Reflexão Final
Avaliar o serviço da BE é uma prática de rotina que se impõe à Equipa da BE, no final de
cada período e no fecho do ano lectivo, a fim de produzir os relatórios para a Escola e para a
RBE. Até ao ano lectivo 2007/2008, cada Biblioteca utilizava o modelo que considerava mais
adequado à sua realidade; no meu caso, seguia a estrutura que herdei da coordenadora que me
antecedeu. Optei por introduzir um questionário desde o primeiro ano em que comecei a exercer
funções de coordenadora da BE. Era um questionário simples e abrangente; uma página de
questões de resposta fechada visando auscultar o grau de satisfação dos utilizadores, relativamente
às condições físicas, à colecção, aos equipamentos, às actividades desenvolvidas e ao
atendimento. A segunda parte, de resposta aberta, destinava-se a obter sugestões para novas
aquisições, propostas de actividades e acções de melhoria. Este instrumento era muito importante
para orientar a nossa acção e justificar as opções tomadas.
No ano lectivo 2008/2009, surgiu o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares.
Analisámo-lo e considerámos que seria vantajoso experimentá-lo, sem termos a pressão de
mostrar a nossa experiência à RBE. Depois de reflectirmos sobre os nossos pontos fortes e pontos
fracos, verificámos que era prioritário investir no Apoio ao Desenvolvimento Curricular (Domínio
A). Não seguimos escrupulosamente todas as orientações: começamos por introduzir no Plano de
Actividades da BE as acções que eram recomendadas pelo MAABE no domínio A.
Concretizámos o projectado da melhor forma que pudemos e, em Maio de 2009, aplicámos os
questionários QD1 e QA1, com alguns ajustes, a todos os professores do Agrupamento e aos
alunos dos 2º, 3º ciclos e Secundário. Os resultados dessa avaliação traduziram-se em propostas
para o Plano Anual de Actividades deste ano. Esta experiência foi muito útil para a
implementação do MAABE no presente ano lectivo.
Considero, assim, que o MAABE é uma ferramenta valiosa, sobretudo para a organização
do trabalho nas Bibliotecas Escolares; obriga a uma rigorosa disciplina e a uma coerência entre
princípios e acções. Com os necessários ajustamentos a cada realidade, permite aferir a qualidade
dos serviços prestados e o impacto das acções na comunidade escolar, relativamente a outras BE
da região e do país. Este documento oferece ao professor bibliotecário uma referência, uma base
de trabalho que lhe confere autoridade junto dos seus superiores hierárquicos, dos professores e da
comunidade educativa em geral. Neste processo, antevejo um constrangimento: a recolha de
evidências, pois a minha equipa é muito reduzida e a BE está envolvida em actividades que
requerem muito tempo de preparação. Foram pensadas numa lógica de avaliação trimestral, após
o encerramento das actividades lectivas.
Relativamente à realização desta acção de formação, devo dizer que o seu surgimento me
colheu de surpresa. Já estava a frequentar uma outra – A utilização dos quadros interactivos na
aula de Língua Portuguesa. A par de tudo isto, tive de lidar com o facto de a funcionária
responsável pela gestão documental da BE ter saído da Escola.
Foi um trabalho árduo, mas penso que consegui atingir os objectivos. Esta acção constituiu
um desafio enorme, até pelas competências que mobiliza. Tive de resolver dúvidas (sozinha)
quanto à criação do blogue, à inserção de hiperligações, entre outras. Posso corroborar a máxima
de que “É o sofrimento que nos faz crescer”. E olhando para trás, ao contemplar o nosso trabalho,
sentimo-nos orgulhosos e dizemos: “Valeu a pena!”