O documento apresenta um laudo pericial realizado em uma empresa para avaliar as condições de trabalho de um soldador. O perito conclui que (1) havia exposição a agentes insalubres como ruído e radiações durante o processo de solda, (2) a empresa não fornecia equipamentos de proteção coletiva e equipamentos de proteção individual adequados, e (3) portanto, o soldador deve receber adicional de insalubridade em grau médio.
O documento apresenta um laudo pericial realizado em uma empresa para avaliar as condições de trabalho de um soldador. O perito conclui que (1) havia exposição a agentes insalubres como ruído e radiações durante o processo de solda, (2) a empresa não fornecia equipamentos de proteção coletiva e equipamentos de proteção individual adequados, e (3) portanto, o soldador deve receber adicional de insalubridade em grau médio.
O documento apresenta um laudo pericial realizado em uma empresa para avaliar as condições de trabalho de um soldador. O perito conclui que (1) havia exposição a agentes insalubres como ruído e radiações durante o processo de solda, (2) a empresa não fornecia equipamentos de proteção coletiva e equipamentos de proteção individual adequados, e (3) portanto, o soldador deve receber adicional de insalubridade em grau médio.
GONALVES Processo n. 010101.2000.555.04.00-1 Reclamante: Vtima do Sistema Reclamado: Insalubre e periculosa S.A
Carlos Eduardo Cenci Schmitz, CREA RS191193, exercendo a especialidade de Engenheiro de Segurana do Trabalho, registro SSMT aindasem, Perito Judicial nomeado e compromissado nos autos da reclamao trabalhista acima tendo procedido a anlise dos autos, diligenciado s dependncias da empresa Reclamada, vem apresentar e submeter apreciao de V. Exia., os resultados do trabalho em:
LAUDO PERICIAL
1. OBJETIVO
O presente documento se refere a percia tcnica no local de trabalho onde o reclamante exerce suas atividades laborais, na sede da Reclamada, com a finalidade de verificar se os trabalhos realizados pelos proponentes se desenvolviam em condies insalubres e/ou periculosas, de acordo com as Normas Regulamentadoras (NRs) aprovadas pela Portaria 3.214 de 08 de Junho de 1978 e legislaes posteriores.
2. HISTRICO
Vtima do Sistema, atravs de seu procurador ajuizou uma Reclamatrio Trabalhista contra a empresa Insalubre e periculosa S.A, pessoa jurdica de direito privado, com sede no Municpio de Bento Gonalves (RS) alegando que suas atividades desenvolviam-se em ambiente insalubre, pleiteando desta forma adicional de insalubridade. O Mn. Juiz do Trabalho presidente da 1 Vara da Justia do Trabalho nos honrou com a nomeao, para procedermos a Percia Tcnica e elaborarmos Laudo Pericial, aferindo a existncia ou no de Insalubridade no trabalho desenvolvido pela Reclamante na Sede da Reclamada, alm de verificar o grau de Insalubridade, se for o caso. As partes apresentam quesitos a serem respondidos por este Perito. 3. LEVANTAMENTO TCNICO
Baseado nas normas tcnicas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e FUNDACENTRO, utilizando-se das metodologias que se fizeram necessrias, de acordo com as Normas Regulamentadoras, em especial a NR 15 e seus anexos, temos o que segue: A percia realizou-se no dia 05 de abril de 2014, com incio s 08 horas, na sede da Reclamada. Estiveram presentes o Sr. Vtima do Sistema, Reclamante; o Sr. Z das Coves, Lder de Produo e o Sr. Joo Humano, Gerente de RH.
4. EQUIPAENTOS UTILIZADOS NAS AFERIES
Equipamento de nvel de presso sonora da marca PAGUAI02, modelo PORCARIA, nmero de srie 0101022, com aferio segundo documento anexo. Para medio da luminosidade presente no ambiente, utilizou-se um luxmetro da marca XING-LING, modelo NO FUNCIONA, nmero de srie 01020200, com aferio segundo documento anexo. Para a medio do nvel de chumbo no ar, utilizou-se um medidor de gases da marca IMPRECISO, modelo BARATO, nmero de srie 2, com aferio conforme documento anexo.
5. DESCRIO DO LOCAL DE TRABALHO
O Reclamante trabalhava no setor de produo de escadas metlicas portteis, exercendo a atividade de montagem e solda MIG de corpo com p da escada. O setor est disposto em um pavilho em estrutura metlica e alvenaria, com aproximadamente 60,00m, p direito de 5,00m com cobertura em telhas de fibrocimento e telhas translucidas. A iluminao natural se dava com a passagem da luz solar pelas telhas translucidas. A iluminao artificial era por lmpadas fluorescentes. A ventilao era apenas natural, pelas portas e janelas basculantes quando abertas. A jornada de trabalho era de segunda-feira a quinta-feira das 07:30 at 17:48 e sexta-feira das 07:30 at 16:00h, todos os dias com uma hora de intervalo. Sendo que o Reclamante foi admitido em 01 de abril de 1997, trabalhando na mesma atividade at 01 de abril de 2013. O Reclamante completava um ciclo de montagem e solda em aproximadamente 1minuto e 30 segundos. Exercia sua atividade em um posto de trabalho composto por uma bancada metlica e cavalete. A reclamada no disponibilizava assento, sendo que o reclamante permanecia na posio ortosttica por toda a jornada de trabalho.
6. EQUIPAMENTOS DE PROTEO
A Reclamada oferecia os seguintes equipamentos de proteo:
- EQUIPAMENTOS DE PROTEO COLETIVA Nenhum
- EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL a) Vestimenta tipo avental CA 19515 (valido at 03/06/2018); b) Protetor auditivo CA 5745 (vlido at 31/01/2019); c) Luvas CA 1945 (CA no identificado); d) Respirado purificador de ar tipo pea semifacial filtrante para partculas pff2 CA 9273 (CA condicionado manuteno da certificao junto ao INMETRO).
7. AVALIAO DOS AGENTES INSALUBRES
De acordo com a NR15: a) Anexo 1. Nvel de rudo continuo ou intermitente presente de 88db(a) atenuados com o uso do protetor auditivo; b) Anexo 2. Nvel de rudo de impacto no foi medido; c) Anexo 3. Exposio ao calor no foi encontrada; d) Anexo 4. Revogado; e) Anexo 5. Radiaes ionizantes no foram encontradas; f) Anexo 6. Trabalho sob condies hiperbricas so especficos para atividades no exercidas pelo Reclamante; g) Anexo 7. Radiaes no ionizantes foram identificadas no processo de soldagem. A proteo se deu por mscara com CA no identificado. Anexo 8. Vibraes no foram avaliadas por no existirem fontes desse tipo de fenmeno; h) Anexo 9. Frio no est presente no posto de trabalho; i) Anexo 10. Umidade no est presente no posto de trabalho; j) Anexo 11. Agente qumico com limite de tolerncia. Foi avaliada a presena de chumbo proveniente dos gases despendidos pelo processo de soldagem. Segundo a avaliao no foi caracterizada a sua presena acima dos nveis de tolerncia do anexo. k) Anexo 12. Poeiras minerais no foram identificadas no processo; l) Anexo 13. Agentes qumicos. No se enquadrou na atividade. O processo de soldagem livre de cdmio. m) Anexo 14. Agentes Biolgicos no foram identificados.
8. INFORMAES ADICIONAIS
A Reclamada tem PCMSO e PPRA, alm de possuir CIPA formada. O posto de trabalho no possui sistema de exausto para os fumos metlicos provenientes do processo de solda MIG. No era fornecido creme protetor contra radiao Arco/UV, touca de solda, mangotes e perneira. Alm disso no foi identificado o CA das botas que devem possuir solado isolante. O reclamante no utilizava a mascar de proteo adequada, ficando exposto aos fumos metlicos durante todo o processo. Isso caracteriza o descuido de ambas as partes. No eximindo as suas responsabilidades Alm disso o posto de trabalho do Reclamante carece de adaptao ergonmica.
9. CONCLUSO
Considerando-se as atividades do Reclamante, h exposio agentes insalubres. Como no h EPC e os EPIs no eram suficientes e/ou utilizados em todo o ciclo de trabalho o Reclamante deve receber adicional de insalubridade em grau mdio.
10. QUESITOS
QUESITOS DO RECLAMANTE 1) Vide 5. 2) Vide 7. 3) Vide 9. 4) No, a atividade no se enquadra na NR16. 5) Vide 9. QUESITOS RECLAMADA 1) Vide 6. 2) No. 3) Vide 8. 4) Vide 8. 5) Nada a declarar.