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i\;IINISTÉRIO PÚBI...

ICO
DEPARTAMENTO DE INVESTIGAÇÃO E ACÇÃO PENAL
DISTRITO JUDICIAL DE COIMBRA S<.;.f,
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5.6. Tendo o doente "regressado"à medicina interna, o Or. João Porto, como médico

interno, "reportou" o caso ao Or. José Manuel Santos Pereira de Moura, especialista de

medicinainterna, chefe da equipa de urgência e chefe da equipa de medicina.


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Depoisde consultados os dados disponíveis sobre o doente e observado este, o Or.

Pereirade Moura concluiu que não estavaafastadaa suspeita,antes pelo contrário, de que o

doenteestaria a fazer um enfarte agudo do miocárdio, atendendo sobretudo aos dados

analíticos (enzimascardíacasmuito elevadas;teste de troponina positivo) e à clínica: o doente

apresentavavómitos persistentes,situação que podia ser causada pelo próprio enfaite em

evolução.

Nesta convicção e porque a arguida, como especialistade cardiologia de serviço à

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urgência,
tambémnãotinhaafastado
estediagnóstico,nãolhetendodadoaltadefinitivada
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suaespecialidade,o Or. Pereira de Moura pediu que o doente fossede novo observado pela

especialidadede cardiologia, até porque tinha sido a suspeitade enfarte uma das causasda

transferênciado doente do Hospital de Seia para os HUC, sugerindo que, para combate da

infecção(pneumonia), se fizesseantibioterapia e cultura de fluidos a fim de determinar a sua

natureza.

5.7. Seguidamente,depois de ter tomado e formalizado tal decisão, o Or. Pereirade

Moura abordou a arguida a quem transmitiu a sua posição, nomeadamenteda sua convicção

de que o doente estava numa situação de sofrimento cardíaco e de enfarte como doença

predominante, sendo esta a doença mais grave, de maior risco e a precisar de maiores

cuidados, invocando, em abono da sua opinião, o facto de o doente, com a idade que tinha,

apresentaruma dor abdominal alta e sobretudo o facto de o teste de troponina apresentarum

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