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Introdução ....................................................................................................................
1. Plano Collor I ........................................................................................................... 03
2. Recessão ................................................................................................................... 03
3. Privatizações ............................................................................................................. 04
4. Bloqueio da Liquidez ............................................................................................... 05
4.1 Liquedez dos Haveres Financeiros ....................................................................... 07
4.2 Monetização Acelerada ......................................................................................... 08
4.3 O Bloqueio das poupanças .................................................................................... 10
5. As Medidas do plano Econômico ............................................................................ 10
6. Objetivo do Plano Econômico ................................................................................. 11
Considerações Finais ................................................................................................... 13
INTRODUÇÃO
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deve ter sido muito influenciado por uma proposta discutida na assessoria do candidato do
PMDB, Ulysses Guimarães, durante o primeiro turno das eleições presidenciais de 1989.
Quando ficou claro o esvaziamento da campanha de Ulysses, a proposta foi levada para a
candidatura de Luís Inácio Lula da Silva, do PT, obteve grande apoio por parte de sua
assessoria econômica e chegou à equipe de Zélia depois do segundo turno, realizado em 17 de
dezembro.
1. PLANO COLLOR I
2. RECESSÃO
No inicio do Plano Collor a inflação foi reduzida porque o plano era ousado e radical,
tirava o dinheiro de circulação, porem com a redução da inflação iniciava-se a maior recessão
da história no Brasil, houve aumento de desemprego, muitas empresas fecharam as portas e a
produção diminui consideravelmente, tem uma queda de 26% em abril de 1990, em relação a
abril de 1989. As empresas são obrigadas a reduzirem a produção, jornada de trabalho e
salários, ou demitir funcionários. Só em São Paulo nos primeiros seis meses de 1990, 170 mil
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postos de trabalho deixaram de existir, foi o pior resultado, desde a crise do início da década
de 80. O Produto Interno Bruto diminui de US$ 453 bilhões em 1989 para US$ 433 bilhões
em 1990. Collor parecia alheio a sua política econômica desastrosa, procurava passar uma
imagem de super-homem, sempre aparecendo na mídia se exibindo, pilotando uma aeronave,
fazendo caminhadas, praticando esportes etc. Mostrava uma personalidade forte, vaidoso,
arrojado, combativo e moderno.
3. PRIVATIZAÇÕES
necessária uma medida dramática, justifica Zélia Cardoso de Mello. Todo o resultado das
medidas fiscais previstas seria consumido pelo pagamento dos encargos da dívida pública. A
política monetária era ineficiente por causa do grande volume de dívida pública. Alguns
economistas sugeriam a renegociação, outros, o calote, lembra Zélia. Cada plano econômico
está ligado ao seu tempo. O bloqueio de haveres financeiros está ligado ao cerne dos debates
no final dos anos 1980.
Parte mais traumática do Plano, o bloqueio de liquidez efetuou-se por meio do
processo de conversão da moeda antiga (cruzado novo) para a moeda nova (cruzeiro), na
base de Cr$ 1,00 para cada NCz$ 1,00. Cada pessoa pôde fazer a conversão imediata de
apenas Cr$ 50 mil, ou US$ 1.300,00 à época. O restante permaneceu depositado em cruzados
novos, em conta bloqueada mantida em nome de cada correntista nos bancos, à ordem do
Banco Central do Brasil- BACEN. Essa conta só pôde ser usada para pagamento de tributos
ou por meio de “transferência de titularidade”, para pagamento de dívidas entre correntistas.
Após 18 meses, o saldo da conta em cruzados começou a ser convertido em cruzeiros e
liberado em 12 parcelas mensais. Estima-se em centenas de milhares o número de liminares
concedidas pelo juízes para a liberação antecipada do bloqueio. Para os advogados, o período
ficou conhecido como uma “época de ouro”. O STF, em junho 1991, por meio de ação direta
de inconstitucionalidade, julgou favorável ao governo a questão do bloqueio. Em 1990, o PIB
brasileiro retraiu-se 4,4% e a inflação mais baixa do período foi o IPCA de 7,59% apurado em
maio. O Plano Collor desencadeou grave recessão e não conseguiu domar a inflação. Em
setembro 1990, a inflação já beirava 20%.
4. BLOQUEIO DA LIQUIDEZ
(seria o caso da espetacular elevação dos preços das ações no primeiro pregão das bolsas após
o anúncio do Plano Cruzado e nas semanas seguintes). Outra explicação é de que as
aplicações financeiras indexadas funcionam como um hedge contra a variância dos preços
relativos em alta inflação, o qual se tornaria desnecessário com a perspectiva de estabilidade
dos preços, liberando esses recursos para outros usos (Simonsen, 1991, p. 124). A terceira é
de que a inflação alta provoca muita incerteza quanto à renda real e induz as pessoas a poupar
mais por precaução, o que diminui muito com a confiança na estabilidade (Bacha, 995, p. 23).
O Plano Collor I determinou que as poupanças individuais com saldo acima de NCZ$
50 mil fossem confiscadas e o restante deveria ser corrigido pelo Bônus do Tesouro Nacional
Fiscal (BTNF) a partir da segunda quinzena de março. Muitos dos bancos aplicaram o BTNP
também para as poupanças que faziam aniversário de 1º a 15. As instituições financeiras não
deveriam ter aplicado o Bônus, deveriam sim ter aplicado o Índice de Preços ao Consumidor
(IPC), que chegou a 44,8%. No caso das contas conjuntas, só foram confiscados saldos acima
de NCZ$ 100 mil. Nestes casos, a correção do saldo chega a R$ 6.400,00. Os extratos de
março e abril de 1990 são essenciais para entrar com ação o certo seria que o poupador
contrate um contador para fazer as contas, para evitar que os juizes neguem o pedido.
Alguns correntistas do interior de São Paulo contra Bradesco, ITAÚ, Nossa Caixa e
Caixa Econômica Federal já conseguiram garantir as perdas, sendo que alguns já receberam.
Os processos demoraram pelo menos, um no meio. E os bancos recorreram, o tempo da ação
atinge quatro anos.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) afirma que poupadores foram
ao Instituto perguntando sobre a correção, mas pelos cálculos que fizeram, o IPC foi aplicado
corretamente. É preciso ter bastante atenção para não entrar com processo e acabar perdendo.
Um dia depois de assumir a Presidência, Collor anunciou uma série de medidas que visavam
reorganizar a economia nacional. Elaborado pela equipe da ministra Zélia Cardoso de Mello,
o Plano Brasil Novo, mais conhecido como Plano Collor, determinou:
criou o Mercosul, acordo internacional que prevê tarifa 0 (zero) nas importações Brasil -
Argentina em 1995 e, no ano seguinte, também com relação ao Paraguai e Uruguai. O tratado
tem por objetivo integrar as relações econômicas no Cone Sul, idéia já enunciada por
Juscelino Kubitschek em seu governo, quando foi criada a Aliança Latino-Americana de
Livre Comércio (Alalc). Durante o governo Collor, o pagamento da dívida externa do Brasil
foi escalonado, depois de sucessivos acertos junto ao FMI, ao Clube de Paris e a outros
credores do país. A dívida voltaria a ser paga a partir de 1992. As reservas cambiais às
vésperas da queda de Collor atingiram o índice recorde de 20,5 bilhões de dólares.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
por moeda para fins especulativos e para giro dos negócios, dentro do conjunto formado pela
moeda indexada e pela moeda convencional. O objetivo de controlar a monetização falhou, no
essencial, por este motivo.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACHA, Edmar L. Plano Real: uma avaliação preliminar. Rio de Janeiro, Revista do
BNDES, v. 2, n. 3, p. 3-26, jun. 1995.
SIMONSEN, Mário Henrique. Aspectos técnicos do Plano Collor. In: FARO, C. de (Org.).
Plano Collor: avaliação e perspectivas. Revista Brasileira de Economia, v. 44, jan. 1991.
Edição especial.