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RITA BAIANA

ALUNAS: BEATRIZ UCHOA, BRUNA


GOMINHO, FERNANDA ARRUDA,
LUISA MOTA.

Rita descrita como diferente dos moldes


criados para a imagem da mulher. Ela no o
modelo esperado pela sociedade tradicional e
patriarcal. Enquanto a mulher deveria ser a
me e esposa perfeita, ao mesmo tempo
passiva e romntica, e se solteira deveria ser
virgem, Rita exatamente o oposto.

A personagem uma
mulher independente, que
trabalhava para o seu
prprio sustento, pois
morava sozinha desde que
ficou rf, ou seja, as suas
escolhas como mulher no
eram determinadas pela
sociedade.

perceptvel que Rita no um ser


determinado, foi a partir de suas angustias,
sofrimentos, desejos e mudanas que ela se
faz quanto sujeito. Ela tambm modifica o
comportamento de Jernimo, transformando
as suas concepes quanto ao corpo e quanto
a vida.

Rita embora esteja


apaixonada por
Jernimo, no coloca o
matrimnio em
primeiro lugar, por isso
desconstri a figura
frgida que molda as
mulheres.

Rita recriminada
pelos habitantes do
cortio, por mais
que tivesse
conseguido certa
mobilidade no
campo das prticas
sexuais.

A personagem, por ser uma figura que


explcita bem a quebra de uma conduta levada
como padro da sociedade, consegue
desassociar o casamento ao ato sexual.

"Naquela Mulata estava o grande mistrio, a


sntese das impresses que ele recebeu
chegando aqui: ela era a luz ardente do meiodia; ela era o calor vermelho das sestas da
fazenda; o aroma quente dos trevos e das
baunilhas, que o atordoara nas matas
brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que
no torce a nenhuma outra planta; era o
veneno e acar gostoso; era o sapoti mais doce
que o mel era a castanha do caju, que abre
feridas com seu azeite de fogo; ela era a cobra
verde e traioeira, a lagarta viosa, a murioca
doida, que esvoaava havia muito tempo em
torno do corpo dele, assanhado-lhe os desejos,
acordando-lhe as fibras embambecidas pela
saudade da terra., picando-lhe as artrias".

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