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Na penumbra da alma errante eu construi minha lapide sem nome, inquestionavel desapego

subia feito incenso funebre ao vu soturno de estrelas. Cerrando os dentes no caixo das
improprias indagaes eu criei um mundo particular onde pouco espao pra escoria se obtinha.
Levantava-me nas noites de sede, minha danao eterna regada a sua vitae era uma insanidade
sem precedentes. Me alimentei com bem mais que seu sangue ropriamente dito, alias, esse
sempre foi minha marca, nomear as coisas, o propriamente dito e o propriamente devastado.
No limitanto a nomenclatura funesta na qual eu mantive minha sanidade sob controle
superficial, meti o dedo na sua cara depois de cuspi-la 7 vezes. Num dessas desventuras, e eu
me lmbro bem, algumas noites eu estava a perambular sob a vastido inanimada de sepulturas
melancolicas, a arquitetura da morte guiva meus passos no pantano de imundicies. Pensando
no quanto estava metido nessa circuncisa e difamatoria vida intensa, me esgueirei por entre os
portes do inferno. Sentia o cheiro da hipocrisia contaminar o ar com suas meias palavras. Se
existe uma coisa insuportavel em qualquer criatura, eu diria: Insuportavel saber o que dizem
antes mesmo de dize-lo, insuportavel sorrisos gentis numa alma degradante. No sou nenhum
tipo de justiceiro, bem pelo contrrio, fao o mal, eu peco o tempo todo. Eu levo no rosto o
sorriso da morte, trago na alma o cheiro do caos, ainda assim guardo comigo algum romantismo.
Questionavel, mas um sobrevivente nessa vida fria no qual meti minha no vida.

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