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Sente, mas no tarda a chorar,

Solitrio,
Finalidade de quem ama, amou ou amars,
Promessas, nossas malditas vidas,
Com sabores de promessas, do amor para sempre,
Dos felizes pela eternidade,
Do deputado que ir trazer UTI, para a cidadezinha,
Do pastor que troca,
Dzimos pela salvao da alma,
O cotidiano,
Em suas singelas pluralidades, te engana, amputa,
Seqestra seus covardes sentimentos,
Abstratos e os jogam,
Num vale escuro,
Repleto de merda, moscas,
E bbados arruinados,
Assim como eu, voc e todos que lerem,
E se sentirem contemplados,
Sujeitados,
A essas rancorosas linhas,
Entre laadas por promessas,
nunca te perderei,
juro meu amor,
Amor um vinho barato,

Sendo o terceiro que estais tomando,


s quatro da manh,
Solitrio em um beco,
Escuro, a beira da BR,
Com faris te cegando,
Pedintes trocando tragos de corote,
Consigo e com os deuses da rua,
Com cachorros lhe mijando as pernas,
Casais passando felizes,
Com seus sorrisos estpidos,
E vidas que sero trevas,
Nos trevos do medo,

Medo,
S de a morte vindo me buscar na juventude,
Dir o meu eu,
Arruinado.
Medo, palavra boa,
Para desajeitar seus afetos,
Consolidar sua deciso,
Em lgrimas, socos na parede,
Vontade de nada por nada,
Vontade de tudo,
Sem ter tudo,
Melancolia aviva dentro das minhas lceras,
Do caf, at o fim do dia,

Deitado, derrubado,
Em um colcho com trapos velhos,
Na noite de estrelas reluzentes,
E de peito vazio.

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