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Comentário à análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das

Bibliotecas Escolares feita pelo colega António Santos

A razão pela qual decidi comentar a análise feita pelo colega António
Santos tem a ver com o grau de conhecimento que revela sobre estas matérias
e, simultaneamente, com a capacidade de síntese que evidencia ao tratar as
questões.

O modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria.


Conceitos implicados
A análise do colega começa por associar o MAABE ao desejo de
afirmação da BE e a uma necessidade intrínseca de obter feedback sobre a
qualidade do serviço que presta. Partindo, seguidamente, da recolha e
tratamento de evidências, faz-se a recensão dos pontos fortes e fracos, e
parte-se para a acção continuando com as práticas que se revelaram ajustadas
e corrigindo as contraproducentes. Refere - e muito bem – o compromisso que
toda a escola deve assumir no sentido de participar neste trabalho, pois ela
será a sua principal beneficiária.

Quanto aos conceitos que subjazem a este modelo, refere, por exemplo,
o de valor, introduzindo as noções de input e output: mais importante do que
as condições oferecidas pela BE, é “o impacto qualitativo do seu trabalho junto
dos utilizadores”; a recolha e o tratamento das evidências são igualmente
referidas, mas o enfoque é colocado na passagem à acção, isto é, a revisão de
políticas e práticas.

Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as


Bibliotecas Escolares

O colega António Santos justifica – e muito bem – a pertinência do


MAABE aludindo ao contexto em que (sobre)vivemos: dado o grau de
competitividade que caracteriza as sociedades actuais, a avaliação é tida como
uma forma de melhorar a prestação. Por outro lado, é uma estratégia de
afirmação da BE.

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Organização estrutural e funcional. Adequação e
constrangimentos

Concordo com o colega quando defende que o modelo apresenta


alguma garantia em termos de adequação pelo facto de se estruturar em torno
de domínios internacional e consensualmente definidos como “deveres” da BE:
apoio ao desenvolvimento curricular; leitura e literacia; projectos, parcerias e
actividades livres de abertura à comunidade; gestão e organização.
Por outro lado, a divisão do MAABE em quatro domínios facilita o
trabalho: seria catastrófico – impossível, até! - tratar todos os domínios em
simultâneo! A flexibilidade do modelo e a possibilidade de o adaptar à
realidade de cada escola representam igualmente uma vantagem.
Tal como o António, receio a falta de disponibilidade da comunidade
escolar em colaborar: o tempo escasseia e exige-se cada vez mais dos
professores.

Integração/aplicação à realidade da escola

Concordo inteiramente com o colega quando defende que a flexibilidade


do modelo – respeitando a sua estrutura, claro! – agiliza todo o processo. Por
outro lado, a avaliação da BE não surge descontextualizada; antes pelo
contrário, encaixa numa perspectiva mais ampla: a da avaliação da própria
escola.

Competências do professor bibliotecário e estratégias


implicadas na sua aplicação

Tal como refere o colega António Santos, compete ao professor


bibliotecário liderar todo o processo de auto-avaliação da BE, destacando as
vantagens que daí advêm para a escola.
Neste âmbito, nas campanhas de marketing referidas pelo meu colega
poderiam, a título de exemplo, incluir-se acções de sensibilização sobre a
importância de processo.

A formanda,

Clara Barreto

16 de Novembro de 2009

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