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Teoria do Estabelecimento Comercial Leptee oF Ivrropugio. COLOCAGAO DO TEMA NA PROBLEMATICA DO DIREITO COMERCIAL ‘comercial como ca: aio logislativa das relagtes ial constitui categoria on- ica. 6 ~ Direito mereantil e economia de massa. 7 — ito comercial. 8 — A problemi. (0 mercantil se centraliza na “atividade”. 9 — A atividade negocial no projeto de eédigo de obrigagées. 10 ~ 0 sistema atual do dizeito comercial, 11 — Cons ragio de atos em série. 12 ~ Evolugio conceitual do direito 13 ~ A empresa como pressuposto jurtdico da co- de. 14 — A empresa na teoria dos atos de comér- io. 15 — Os aspectos juridioos da empresa. 16 — Os per. fis da empresa nos projetos de reforma dos obdigos. 17 — © empresiri, de imputagzo da atividade empresa I. 18 ~ 0 estabelecimento, projesio patrimonial da em. esa 1. 0s trabalhos de reformulagio dos quadtos legnis do o privado, em nosso pafs, tornam oportuna uma ten termediéria entre a produgio e 0 co 8 Osean Baaneo Fro Sem perder de vista os exquemas consagrados entes, deve o jurista, num constante esforgo para atualizarse, levar em conta os novos dados e conceitos resultantes da cont, nua elaboragio doutrindria e jurispruden: 4s consteugdes dogmicas 8 talid cial lade p AAs transformagies que se observam em todos os ramos do to, em nosso pais como nos demais, evidenciam a inc rel tendéncia para substituir os velhos conceitos fundame de comerciante e de ato de comércio por outcos melhor adapta dos & pujanga da vida econémicosocial de nosso dias Em consonincia com oe , nao deverd o direto comercial cons Se conjunto de n restrita a uma dete inserirse no contexto do direito privado comum, no mesmo Plano das normas civis, com elas se integrando num sistema obviamente, atenta consideracao pe- ividade mercanti a a progtessiva “generalizagéo” das Gans revelndo a voeasSo para uniform 228 © regramento juridico dz pritica econdmiea, aplcével —- -.. 0 dessa tend cia, uma visio parcial da realidade tem i Tizagao do diceto i porém, nfo se cuida; trata-se, tdoso egragio do diteito privado. 2 Odi plexo orginico de normas que’ discpl to comercial é, no conceito tradicional, © com: am uma categoria espe: 1. A expressio se deve a Riesser, mas foi divul Ripert, que se refere ao fendmeno em sen Droit Comme ed bbém J. Hemel do em “Le droit privé frangais BOL e segs. J. Exc ‘Teoma 20 Estasrcrcnemsro Commeut 9 de selagies juridicas privadas, decorrentes do exercicio do partanto, das cha- € mais amplo. porque estas nio tide econtmico, ou P'istematzapo dis tocan © sera doh slo assimiladas para to comercial sla. sew campo de st que emergen tem fal nas rclgoes decoents dos atos juridicos alistados sob a rubrica de alos de comércio nos paises que, como 0 nosso, ainda seguem o modelo do ebdigo co: ‘mercial francés de 18074 0 di fe 05 escritores, © que se nota prin fem que 0s estudos doutri lor, se 0 direito comercial deve seen Fe estas duas posigoes se le ser da. dicotom Ireda Rocco, i Le Fron 40 Osean Dasasro Fate pe nos pis que procera 3 niin priv 3. J& Asquini afirmava que a eutonomia do di cial € win produto mais histrico do Re onto com a disci fot pan citeerl 4 regimes diversos, pois 0 consumo repre. Proceso econdmico que se inicia com a produgs Buinte, enquanto o desenvolvimento do processo econdmico im- pligue’ numa divisio de tal numa economia de tr ma aquisigio de uma mercadoria or sua vez 3 adquiriu do produtor para vendé-la, A distingSo, portanto, nao poderk comer ene odieto da economia de’ consumo, € 0 dda economia de producéo ou de circulagio, mas entre as épocas K ‘oes) em que a divisto do trabalho importa a concen- lversos sujeitas da produgio de diferentes ou servgos depois ofereci rma espécie de autarquia runes prod consumo, Adi dict commerciale, vol 25, p. 14, pig 518 Commerciale ( ay Teoria dell Por estes argumentos, ¢ outros que enumera, en u posbilidade de fazer eomneie inada fase ou forma de a lade de Roma, que 25 relagBes comer iais, que cabem dentro do quedro mais amplo das re e constantes, que se explicam pela econdmico-pritica que visam a satisfazer do cédigo eiv de comes 2 Osean Baanero Fito Teoma no Esraumsctenro ComenctaL 13 de 1882), inclui entre idades comercais, além da ati 8. Fazse mister, a esta altura, afirmar que provavelmen dade imermedisria na circulagio de bens, a dustrial te nio ice as duas posigbes aquele inconcilidvel antago destinada & produgio de bens e de servigos, a atividade de trans- rnismo. que & primeira vista se poderia divi a atividade bancéria, a atividade seguradora e ainda ou- Ehicida @ préptio Ferri que 0 AA terminologia empregada, aduz 0 professor romano contra apoio na substincia das co fenémer Em todos estes fendmenos ec fan uma fngdo gorau de operagies opostas, em fungio das exigen fem consderacao to resultado ccondmice ae devia de ieee diagéo, Esta’ fungSo intermediéria pode realizarse mediante « coordenacio de simples operagnes de troca (comércio em sen. tido econémieo) ou, ao eantrétio, através de um sistema de ope rages mais complexas, nas quais se insira um proceso prod vo, mas em ceda cao idéntica € a posigio do intermedisem, ticas as suas finalidades, idéntico o resultado da sua atividade E precisamemte na identidade dessa posigio de intern rio, asinala Ferri, ndo obstante as variadas feigées que pode reves baseia a unificagdo da categoria das to expec icago de “relagdes sa sidades da vida econémico-so as operactes de Nilo € ocx, po ered como quer Ascrll di BE conte no dsj de eon itado pelas novas exigencias e inspirado por novos pr outeo sistema den pelas exigéncias da gene aon pie em relevo a ito privado se apresenta subd dicional oem doe Desde o ve 9. V. Diritto commerciale, na Enciclopedia del Dinitto, vol. + pigs: 1-3 e 81-82, “ foncan Banazzo Pano © certo & que, ao mesmo tempo que se viram as péginas da his Ibém progrde a técnica, modificamse a5 estrut ras 'icas, sociais € econdmicas, e evolucm os sistemas juridi- Con Nao excapa a sega o eno que regula a svidede pod va. Ee mercado, 0 q1 designado convencionalmente pelo Mas a afitmagio da historcidade do diteto nio impede, e que seja ele posto em corre paralelo com as fases da hi do) e, mais espec nada categoria de fenémenos caractersticos do regime econ em vitude de suas pecuhars exigencies ten cas © econdmicas, pressupde organizagio prépria © normas es. pesificas de atuago. Data necosidade logic le teunt todas os normas que regulam os diversos fendmenos econdmicos de in. termediagso, sob a categoria ontoldgica de “diteito comerc 6. Mesmo conceituado como categoria histérica, € certa 4 permanéncia do direito comercial (sob este ou outro” rétulo) como disciplina aut8noma, porque a normatividade jutidica no pode esquecer a realidade econdmica e social, nem pode en quadrar na mesma regulamentasio fenbmenos diversos, Havers sempre necessidade de editar normas expeciais para regular de- terminados fenémenos econdmicos, mommente numa econo- ia de massa io Ascarelltcoloca em relevo a importincia dos fe rromenos de produgio em massa, que explicam a dispar ceistente entte as categorias juridicas e as exigéncias da prética como em outros setores da vida social, a ace éria trouxe como conseqiiéncia a inad: quadios juridicos 20s mecanismos econdmicos. Os institutes ju ridicos existentes sio, em grande part, fruto de elaboragio dou ca da producio em massa, pois as codili cipalmente nas concep- com dificuldade que vi ‘Troms no Exramzcuteto CoMERCHAL 15 indo as categorias juridicas, de modo a adequiclas & nova realidade econdmicosocial. Ocorre, comumente, que fe- menos de rara ocorténcia pritica sio largamente regulados na ie estudador na doutrin, enguanto que fendmencs de todos o: dias so alvidados ou meidos orga nos quads legasexentes Do mesmo modo, 2 jurisprudéncia, que se forma em los ios, no esté sempre em fungio da importincia dos vérios tutos, principalmente nos peculiares & eco 4 precisamente nesses casos mais freqiiente 0 judiciais Como o arbitramento) para a solugio do io Di de adequar as normas ju . icosocial sem perder de vista os valores a realizar. Faz-e mister elaborar esse panorama, atarefa categoria juridicas que se adaptem a uma sociedade industrial, caracterizada pela produgdo em massa, Em face das profund: mudangas que se vem operand na estrutura econdmico social € preciso atender as peculiaridades das novas situagdes, modifi cando na medida do necessiio os esquemas ta Tados insuficientes!®, 7. A singularidade do fendmeno econdmico-téni bra argutamente Ferri, traduz-se necessariamente numa singu ladda da problemi, refletese neesaramente sabe 0 mo- todo e sobre os critérios de pesquise”. Nio se deve olvidar que 6 dite comercial forece um instrumental técnico petfe e apto a atender as necessi- dades da produgio e da circulagdo das riquezas (por ex. a cam- 4 sociedade por agGes, 0 seguro), que terminam até por ser lizados fora do seu campo origindto, pelas entidades publica, ‘que se situam na esfera do dirito administrativo"™ 1. Corso pgs. 106-107, ae Toe. cit 13, V. Diritio Commerciale, na Enciclopedia det Diritto, XI, 1964, pig. 995; Manuale cit, n. 6 pig, 13 fo Ascarlli, na segunda edieio de suas Leziont di Di- Milio, 1955, a pig, 65, far re tos do dizeito comercial na atividado. feténcia 3 utilizagio dos in 16 eee eee eee ‘Teoma 20 Estaurazetwento, COMERCIAL v Ainda quando se proceda 3 unifi to privado, reunindo em um s6 texto s8es (como se tenciona fazer no Bras amplo e ambicioso, todo 0 diteto ci fez na Itdlia e na Suiga), nio importa nomia do diceto comerdil. E claro que, eferuada a unificagio legislativa, no mais de ser sustentads tee da autonoma do dieito comercial, Sob significa a perda da aut: bo ponto de vst complexo de nor il 0 diteto das obrign Fon muy pln mas cngantzada puta as necesilades do mereao, 1 Mostra Carlo Pasteris que as normas que regulam as rela- 1 fato-em nega a auto Be perma ", € justficada cien- ela" import jue assume 0 conhecimento das spelfasdeses norma, ex clan 3 especie geralimente, as ecido, € por isso a invest xaurit-se no exame do aspecto formal a qual se reconhece q 1as juridicas € dominado por principios proprios®™. ‘A reuniio das normas de diteto privado em um s6 corpo de leis nio suprime a profunda diferenga entre, de um relagées jueidicas que dizem respeito 3 ps de bens © servigos para o mercad juridicas que sao pectinentes 4 organizacio cessBes ou ainda a produgio e circulagao de bens destinars a0 mercado, E inegivel, diz Messineo, vel entre o tipo de atividade juridica do “civ po de atividade juridica do empr c regulam’” lado, a complexidade e o tecnicismo das relagées wecessirio 0 emprego de métodos.particula- pete omaer aie enicotconimios dos principalmente ao direito comparado, em nota atualmente para a elaboragio de no campo do tcéfico 8. No si apenas as diferencs de eautur, de eros . de pesquisa € nétodo que devem ser consideradas, em relagao_ Juriicas dese se stuam sempre no go tema da sutonomia do creio comercial quanto que as Seer juri Pode acontecer que, formal ane tenga esta ene um neg ie da diversidade das de bens para 0 mercado, mas, substenc ca Fundament io haja uma dife- idico celebrado, para obter fo 8 obtengio té independenternente exige nio 6 uma robre 8 pro ig Commerciale, mo Novissimo Digesto Italiano, embora restrita A autonomia Neste sentido, Antonio Azara, v. Codice di Commercio, in Taliono, vol. Il, 1959, pg. 987 Francesco Mestineo, Manuale di Diritto C 6 (Oscar Bauxite Po trumentacio técnica e, ainda mais, uma atividade criadora que no existe na vida eivil comum, Na atividade mercantil, as relages econdmicas apresentam se e so reguladas tendo em vista sua atuagio dindmica, nfo sua 3 € por outro motivo que Giuseppe Ferri, com elegincia iso, asinala que o onto de refed do deta consecial tividade, isto &, a série coordenada e unificada de atos em fungio de um fim econémico unitiri. Justamente em consi- deragio 2 identidade desa funcio, ersas (eo sujeitamse a mesma disciplina, o que nio sucede com a agricu tara, que permanece for do dteto comercial. Numa palo toda a problemética do diteito comercial se centraliza na "ati dade interessa a um setor determinado e sempre mais relevante da vi da moderna, nio & somente o hilito de s lean do fendmeno regulado; é e na slug dos regulado, sio as suas continuas modificagSes técnica particular e diversa, requerendo rmentos, que apenas uma ci ia especializada pode aprestar”®. 9. De acordo com essa concepgo, o prof. Sylvio Marcon 10 elaborar 0 anteprojeto do lvno Itt le obti 0 a sociedades exercicio io Marcondes eq a formula “ato negocal 451 ‘Tron no Estanecrwenrro CoMpscist 19 ‘que, conjugando 0 exerci cm atividade negocial. Essa at exposigio de motivas, laidade do empresi ue deve se pressupostos, ou seja, como I desempenha em relagio nomia privada cu aspecto, devern ser si Tron 20 Esurieenunro Comacu, a A funcio mediancira entre a produsio e 0 consumo co tui, nocmalmente, o objeto de uma atividade especializada, cida em cariter profissional, a qual se concretiza por meio de ‘uma organizagio adequada, és dos aa ia teoria dos titu- iso histérica do diteto comercial, viros cri adotados para a definigdo da i das corporagées de mercadores € que se destinavam a servir & a ¢ urbana, em estrutura exclusivamente feudal e agréra, Era um “nor e téenicos que biente politico e soc e de segutanga nas relate jad mento do tréfico, re cuje organiaag ¢ pode explicar em homenagem a sideragies de Sportunidae, dada» matéria que restaria a cargo dos cursos de di 1 fant itera : ico), qual seja a predisposicio de bens e servigos faa stsfoio das necesiddes do meres, tect une dade continuada e pressupée uma organizagio est qual possa atuar™, se fasta a posibilidade de atos isolados, mas, em rege, a; gris de ltemediagio so praca em orporatives da jurisdigdo consular era rest ie, para Nao mais € consider 2 Oscar Baanaro Fro cia 8 pessoa que o prati- ‘0 de “ato” para a nogdo de io profissio nal da atividade intermedifria entre a produgio e o consumo de bens impie uma crescente especializagio e a ctiagdo de organis mos econémices cada vez mais complexos. Chega-se, assim, 20 nese dos elementos deserits, 20 le econdmica organizada, e, portanto, 3 no- 2%. “Convém ressalvar quo 0 cbdigo comercial de. Na ‘io consagrou a concepedo bjetva de node al frumeragteliitatva Los ales Secombe excepeonal dos tm tents que 20 do core é* Element fern tsa, rcapa do sou fe dele também reloge's 0 da teoria que id 0 da empresa; suas idéias fo re fe ssi0, 9 empresa wvés da organizagio que the é de bens em fungio da Em substanciosa monografia, dedicada 20 estudo da res. onsabiidde limitada no exe ‘Marcondes teve ensejo de at empresa na teo empresa econémica®, Sob © ponto de vista econdmico, conceituase a empresa como organizacio de capital e de ‘ou medi nuovo diritto commerciale, a da evoluga I Pinto ‘onde alguém rode 2b a Oscix Biamsro Puzo 14. Ao ser transplantado pera o plano do ceito de empresa, mere da incluso, elo comercial francés de 1807, de coméccio, submetides & competéncia d - itouse acirado debate acerca da definigao juridica da empresa, Na Ilia, assinala Rocco que se formaram entre os com is comrentes de opinia espe de empress Para uma adotado pelo cadige com o conceito econémico dee Ji para fe, sustentada por / Franchi Pagani, de empresa, em re Jo que toca a 20 se pode con ° 0, como acontece, por exemplo, imento, e as de comissées, de agén- nea Cees ep Oe ee eat Em not pals reglamento a deeb ds 737, de 25 de novembre de 1850, 3 ce , de depésito, porte de mercadorias, de espetdculos piblicos 0 doutrindria dessas empresas, os sc tam a opinio de Vivante, como se vé da afirmativa de Ci Tho de Mendonca de que idmico € 0 mesme tidico, em que pese a alguns escritores, que os distinguem sem fundamenco"™. = Mas 0 enxe empresa, no se fez sem ema juridico, da nogio econdmica de iculdades, nem se revelow apto a 31. Alfredo Rocco, Princpit, n, 48, pig, 182. 32. C. Vioante, Trattato, 52 ed, n, 61 30. L, Franchi © C, Pagant, Comentario al Codice di Com- io, vol lg tin 34 Tratado, vol 1. SAS, pig, 402, solucionar todos os problemas ocorrentes. A verdade € que as vis Tes pasar 2 ili 0 Bee teorin dos mmo “empresa” em diver ta que no se chegou, no ambi linear os a acordo Aquietouse, ta pelo eminente 2 Osean Banamz0 Frio ‘Toms 20 Esramcneno Comenctat a pele empresa presides de abslho, seus colaboadones, vic comm sujtandose os diposiges eg que limita seu sando a um objetivo econémico comum!* iimpiem obrigagées e the reprimem os abusos”®, _De cout lens 5 von Gierke elucida que mee a ordem juridica considers e regula trés aspects essenciais da © perfil corporativo ou institucional da empresa, por sua empress econbmica: 1° em sentido subj vee, & acolhido no projeto de eddigo do trabalho, relatado pelo vidade do empresirio (Betriebstatigkeit); 2°, prof. Evaristo de Moraes Filho, que é, também, autor de exaust a empresa & um bre 0 assunto™. O art. 425 do texto revisto dade (Betriehsgesc lisposigfo identifica com a cor ™ sitio e seus em wp 5 essa linka de pensamento, que nio & pos fundir mum conceit juridico unitdrio todas as caracte do fendmeno econdmico da empresa, pois diversos so os aspec ‘Considerase empresa a unidade orgonizada que se destna a um abjetvoecondico ou ide, sevindese He um lecimentos, organizados e vinculados entre vl si pelo mesmo empresiio, pessoa natural ou juridica” A orientagao do cédigo do trabalho é justificada sob a alega- 105 sob of quais pode ela interessar 20 direto io de que “como instituigio — no sentido de que permanece, © j 6s individuos passam — nio hé negar que a empresa precisa ser 16. Em fungio da primazia que conferem a um ou outro | congenizada”. E certo que empresa & a organizagSo destinads a um se se Ihe outorga a natureza de ins lece | obj campo juridico, serio de grande de vo econdmico; por desses aspectos na caracterizacio juridica da empresa, e ramse, na peninsula itilica fora dela, diversas concent opinizo. E interes do nos projets 9 pe to do cédigo de obrigagées, na parte terceira, elabo- "Mtecomdes, lve em conta gue, em tala ndo se pode prescindir do agente da atividade, rotor que a divergéncia de orientagées dou io da natureza da empresa, vem se re de reforma dos cédigos nacionais. I da empress vem consagrado no proje:o Orlondo Gomes, que como centro de conver nto de reelaboragio. a seas 2 do produgio®. F ‘\ propriedade, principal a forma de ck 23 Osean BawtrTo Fo do sujeito de direito. Assim, euida de fixar o perfil subj da empress sob o prsma do pedi ti f rio — e das condigées a que deve sat vidade negocial, em consondncia, vo V do ebdigo civ emprestrio para 1106 do teto revs io quem exerce profssionalmente uma zada para producio ou a citcalls sio de bens ou de servigan”. Harmonizando esses conce ‘mos que, no campo das relagdes. considerada sob 0 Angulo do no campo das relagdes int mo sujeito a unidade no teresses determinades, comun: res (instituigso). pate a conseeugio de 17. A nova colocagio do diteto comercial, que tem o ful- 10 na organizagio da atividade econdmica, encontra sua idéia- forga_no conceito de empresa, Em fundamentado trabalho de elsboragdo dogm: se Font procur ote 0 eirio esencial para 9 del comercialidade". Mostra, em sua a, que 0 conceito ju iidico de empresa deve necessariamente exinedit com 0. con ta Pont, La empresa, la unificacion,.., Madrid, 1985 pig. 165 © segs. ‘Troms 10 Esrisercnoto CommCat 9 dico e € relevante para o empresirio, porém néo para a empress € 20 empresa, Como sujet widade” da em ‘em centro do sistema e confere um especial sia a empresa nio serve por si s6 para dk direito quando € re © ponto de impurads Mas, do pomto de ‘no tocante d titulridade e responsabilidade, vidade deve imputarse ao empresirio, como sujeito das rela xs dela emergentes*. xercida em caréter profisional, estatuto especial a0 smentos — © empresico, chega Broseta Pont & seguinte definigio de " privado que reg fem pot meio de uma Mesmo quando identificada com a pecto funcional), a emp 30 Osc Bansxro Fano jeito de direitos e de obrigagées resultantes do exercicio da em- ue deverd ser construido o sistema do nove direito co Nese sistema, se ajustom 4 maravilha as normas que regu: lam a organizagio e a atuagio concreta da empresa (no set subjetivo) quer dizer, do empresirio comercial. Os diversos ele. mentos pessonis e reais que compiem a empresa aparecern «em Fangio do resultado econtimico a ober ¢ da lialida ia e a produtividade da empresa de- Bipsiey dal aaraias do eesera: do empress ver sua atividade, o empresirio precisa org »mbinagao de coisas, em fungio da undisde de des. so exontmie, Exe aspect parimanial objetivo de eon a se refere, como vimos, 3 nosso de estabelecimento comer. A nova estrutura conceitual da disci , que deverio ser resolvidos a luz dos ormam a seman da mata Nesta ordem de idéias, propusemo-nos a contribuic para 0 estado de um dos mais sugitves aspect dervador do. don to de empresa — o estabelecimento comercial ou fundo de comer 0 ds naps e elas judas a ele encemenes, el borasio cientfiea do tema & particulamene opotuna, no mo mento em que se cuids, em nosso pais, da reforma do direito pred, Caviruzo I PREMISSAS SISTEMATICAS: BENS E SUA CLASSIFICAGAO. MONIO. s. 29 — Universalidades de fata 30 — Notas conceituais da universitas facti & iversitas juris. 31 — Distinglo entre as universalidades 32 ~ Bens principaise acess6rios. 53 — Discrimi legrantes e pertengas. 34 — Nogio de patriménio, sia do patriménio, 96 — Outras concep na, 37 ~ As solugses intermédias. 38 — Con- Yboio na Tei brasileira. 39 ~ © patrimé- juris. 40 — Filiagio doutrindria do e5- ina nacional afetagio 2 Oschn Bassiro Fro direitos sobre a prépria pessoa ou sobre a pessoa de outrem (di- reitos personalissimos e de familia), conjunto dos dieites com valor econémico (direitos patrimoniais). O conceito de sujeito de direto se esgota na nogio de pessoa, a0 passo que 9 conceito de objeto de direito & canplexo, no po. dendo ser reduzido a uma nogio iinica, Assim & que, na sintese apresentada por Clovis Bevilagua, podem ser objeto de dieito ies bens ou vantagens: 1.° modes de ser da propria pes soa na vida soc téncia, a liberdade, a honea ec.); 2° 3s coisas corpéreas tl oul ue ero wo infeed i ce Pe que a nog De acordo com a doutrina tradicional, ensina o Conselhei ro Ribes que “todes os dieitos recaem, ou sobre pessoas ligadas ans sujitos por vinculos natursis e moras, e ndo tém um valor ‘econémico, nem fazer: parte do pattiménio destes, ou recaem sobre coisas e obrigayées que tém um tal valor e fazem parte do patriménio dos sujeitos. As coisas e ebrigagées dé-se a denomina Sao comum de bens?.” Neste tépico, o vacibulo bens é ut do no significado restrito, equivalente 20 de bens econémic de smo pattimd- bjeto de direitos reais (cai to Ci,» XIN, pig. 65 2 Mar ‘vile € Commerciale 9 ed., vol I. ve 9, 2. Canto de Direto Civil Brasco, pig. 73 1 doutvina estbelec ding Sate “objeto” & Hon a do dirt € bem qu incde interes ov fea a gates ate Compeie a ‘Troma bo Esriseizctwenzo ComERcHAL a , em doutrina, a conceituagio de bem ce de coisa, de modo a permitic que se estabeleca, com rigor téeni tingfo, Segundo a ligéo mais correntia, admite-se geral mente que a nogio juridica de bem é mais ampla, e que a relagio entre bem e coisa éa do género para a espécie Sob o Angulo juridico, bens sio ‘que podem ser objeto de uma preendem, no seu significado, coisas corpéreas e incorpéreas, fo. stengbes humana Cobrigagee) am Planiol e Ripert, sio deno- ideas engvanto od em; porém seu uso e gozo se revestem de valor apenas quando sio reservados a uma pessoa determinada, em eujo favor oe tesealeee i deseo l pea iee en/eoraT ean Gea ee objeto de direitos. A palavra bens, que designava primitivamen te as coisas Cobjtoscorpérens), em Gtude fo profes da ete ica obteve maior abrangéncia, passando 2 compreender toda elemento deriquerasusceel de afropriagio Ben, ee tido juridieo, sio pois todos os elementos ativos do patrimbnio®, Na Itélia, resume Pugliatti a doutrina corrente, definindo coisa “uma entidade natural, uma parte do mundo externo, qual eve poder seo 8 atuaglo du 20. Nio é pac 2e 2 qulificagio nomatvaemanada da odem j dica, por forga da qual reputam-se bens somente aquelas coisas ‘cm sto & moro onstiera come sbjun de dewninador reitos. Precisando melhor © conceito, afirma Pug speito N. Coviella, Manua- civile, 94 ed., vol. I. pips. 250251; com orientagao mmenico Barbero, Sistema del dirt privat 135, pg. 215. 5. M. Planiol, G. Ripert e J. Boulanger, Traité Elémentaire de Droit Civil, 4*'ed., tomo I, n. 2580.81 8. Salvatore Pugh igo. Cosa (Teoria generals ciclopedia del Dirite, vol. XI, pig. 19 e segs uw Osea Basar Fao ‘Tron 90 Exseizcninro Council, nocio de coisa € prejuridica e neutra, enquanto constitui o ele 21. No mare magnum de sutilezas conceituais em que s30, ‘mento material do conceito juridico de bem, através do interes. peédigos os doutrinadores franceses e italianos, cumpresnos des. se que a ordem juridica tende a tutelar, atribuindo ao sujeito urn cobrir o rumo que haverd de conduzir-nos a porto seguro. sito indeclindvel Coube 20 nosso Teixeira de Freitas 0 Costumase por vezes atribuir a0 conceito de coisa uma ex: 12, quando se eto de propriedade € geealmente ser ele iz que coisa em se or vérios cédigos, de coisas corpére lo & palavea ‘um sentido amplissimo, Os objetos ivels de uma medida de val orem. obj m coisas), formam junta © coisas incorpé- Por fis, Biondi, stendo-s cidie a8 dus nogees, que 5 textos legais. Observa que, em hima andlise, “se trata de dois mente com as coisas a clase dos bens" termos que consideram 2 mesma entidade sob aspectos divers Neste sentido restrito, podemos afirmar, com Clovis Bevi coisa alude a uma entidade objet xine po i, detacada € iqua, que 0 vocibule coisa “designs, mais particularmente, os lesde que juriica bens que sio, ou podem set, objeto de direitos reais!” Nao , evoca a idgia de ubstante © nosso cédigo ci ies de de, © por isso se refere a um sujeito, Coisa estabelece referéncin bem € ci ndo no contexto ambos os termes, infere-se objetiva, bem subjetiva™” Excederia das lindes deste ensaio rias opinibes dos eseritores em torno das nogies de bem ¢ coisa. De qualquer forma, como reconhece o préprio Biondi, nada impede que, no ro preferiu denominar do: no légico, xe distingam as duas nogdes, reservando-se o terms geral para, de acordo com a extensi sas para os objet 0s objetos nificado da palavea bens, dae-lhe maior la em ato, e de bens positvos. A palavra bens compreende: coisas, direitos reais, obi: gacionais e s. Na parte exp servou a designa la propriedade e dos seus dex ranceschelli citala por 3. Nicolé oped Pugh Lis eaaa 10. Allare, epud Po poe an sr ath de Sree Te S12 7580 bene on cise g "Tis Esbogo de Cage Clef We 1852 vl. 1, ats 317 4 podem ser objeto de direitos’? gs. 185.190, 18.” Teoria Geral do Direito Civil, § 29 1. Céai pag, 208, 1, pig. 267, obser: il Comentado, 64 ed, v 6 (Osean Bannsto Prato s, também Pontes de Miranda observa que no sas incorpbreas",o que significaria fazer a imo de objeto ‘corto ¢denominat "bens, ” ou “bens incorpéreos’ aos valores q) ‘eam em coisas, porém sio dotados de conte como os diteitos ce autor. se no corpo lo econdmico, tais cia para as fi Etament de coisa tem uma conotagio ob- va, independemte do sujeito, as dstingbes estabelecidas pel se teferem antes as coisas do que aos bens. O ci i fala em cosas fun i lei rita preci ase falar digo civil se relere a abrangéncia, nessas classes, de diteitos assim considerados por forga da lei (v. arts. 44 © 48). No estudo da natureza do estabelecimento comerc veremos, t2m especial relevancia as distingBes entre os bens, con- siderados em si mesmos ou considerados em suas relagoes reeipro- Dai 2 convenigncia de um exame perfunctério das virias espécies de bens, segundo os etitérios de clasificacso do 40S, pigs. 9.10. (ir do mestre Clévie $00, ‘Teoma 00 Estasrrenemero Cournciat 37 romano a distingéo entre coisas cor péteas e incoxpéreas. Sio corpéeas as que, por sua natureza, se podem tocar Cquae tangi possunt), como wm terreno, um vest do, 0 oure, sio incorpéreas as que se no podem tocar, tais como us jue consisem em um direito®, ° Refesimo nes acim 3s ericas que a concep fem conta © ue reeai, enquanto 5 etam clssificados entre as coisas incompére Na doutrina moderna, podese definic, com Koller: corpéreos sio 0s que ocupam lugar I bens que constituem objeto do diteto de propriedade e de outros dire em sobre as coisas, em sentido estito Gres) Bens incorpéreos sio produtos da ordem juridica, nao t mas 0 ditto 0s reconhece como abjetes 1 cessirios de relagses juri fo incorpérea, E fo, a elo que, num potims ‘consideram como bens uma casa ou uma j6ia, porquanto 0 patti rénio compreende apenas, em andlise, bens incorpérec, direitos. (© que se deve notar somente & que esses deeitos se exercem, ora sobre objetos coneretos — coisas corpéreas — ora sobre objetos abstratos — um crédito, um monopélio de exploracéo, uma parte AAs teorias sobre os bens imateriis e sobre a prépria naturez estabelecimento contradizem esse moda de ver 20. Gaio, Institutes, I, §§ 12-14, Institutas de Justiniano, apresple2 21. Kohler, Lehrbuch, § 198, apud Cl6vis Bevilégua, Teoria oral, § 31 22. Chiront e Abello, Trattato, pig. 209, BB. René Savatier, in Reoue trimestrieile de droit civil neo de 1958, pig. 2 38 scan Bamero Fito venda, 20 orpéreos no se pres, em pi 30 poder ser objeto dos contratos reais, ga de alguma coisa Ccomodato, deposi de atos de somente os be embora 0 eédigo cio, vige ainda is podem ser objeto de operagde cermeril de 1850 contena vis disposes referentes 3 imo. veis (v , n. 4, 26, 27, 215) Cervalho de Mendonca que tal exclusio nio mais ica hodiernamente, pois o transporte no é da esséncia do cide fat, a ciculgio econdmica dos bens. no ex seu deslocamento fisico, A experiéncia mostra a relevincia cats re assume a especulacio imobilicia, praticada ei or numerasas pessoas nos grandes centos u carder habit banos. 1 concepeao 0 das relagoes € propriedade dos bens imévei P se tate de matéria de comércio, 1 68, de verbomam signification. ner 191, 24 te ‘Troma 00 Bsrhuetecterro CoMmnctat 0 temente pelo direito civil. Os iméveis podem set objeto de relacdes obrigacionais de caréter mercai direitos reais sobre os moves, inclusive as formas de de 1882, que bens iméve indo fia com o ecop de eye igo portugués de 1888, em e revendas de bens spor extensio. Com a lel 2 sociedade andnima, qualquer que seja seu 1m comerciais os atos praticados pelas so- ciedades andnimas, mesmo que tivessem por objeto bens imoveis, O argumento, contudo, é ‘como acentua a io Borges. Desde que vo pode Teves forma de iciclade andoina ~ torandose, pos, mer lizagdo formal das sociedades a endéncia para comercalizar as operagée biliéias j4 se espelha em nosso direito, conforme se vé das 1. 4.068, de 9 1 declaa meres 40 Osean Basnzro Fuuto 26. As idéias de fungibilidade e de consum so apliciveis a coisas 4 outro angulo, detraig ied siderados As duas idéias sio correlatas, tanto que alimava que todas as coisas que se c veis*, Porém 2 equivaléncia nio ¢ pere da prépria se nado alenagio Ceédigy seja, as specialmente as coisas 0 de mercadorias en covasnateralmeateinconsumives Cou dard ‘economistas) mas, desde que se destinem gine omni, pre oe 0 lo pation da pessoas quem petencen 'As coiss conumives ngo seven pura abjeto de ios de gozo, aos quais € conexa a obrigagio de restitu. si da coisa depois do uso, tal como acontece no usufruto, Eez-se, porno, un apo dist meine» eno do to improprin ov guaseusutt le do bem, e que civil brasileiro. Pela mesma 1: rente para depési Jae —‘que se regula pelos repeas do 11280) _ 32 Esbogo, art 358 38. Carvalho de Mendonca, Tratado, vol. V, parte I, n. 4 © segs ‘Teoma oo Bstanmecnunrro Counc a 27. Na definigio do nosso cédigo sas divisiveis oes te 1s, formando- so as que se poder part cada qual um todo perf No caso sho ind; ia € conveniente as coisas corpéreas, porque tem alidade do dividendo. Mas v dir las Ordenagies de Freitas enunciou no art, 363 do Esbogo os divisive, em que cada uma das partes divi rmanecer da mesma espécie e qualidade do todo widido e preenchendo 0 mesmo fim 2a econdmica do bem, atendendo a possi tea mesma finalidade do todo, or iso “os lade econdmica ow indu: “2 Osean Dannsto Fro tes podein sempre dist ' ‘ irse e, eventualmente, até separarse 9 navio}”. ame de per si, na sua indivi independentemente das demais, mesmo quando se AAs coisas singulares co dualidade, = corpora ex distantibus),si0 ida de varias coisas singulares, se conside junto, formando um todo econémico e designandose ico (como uma biblioteca, uma pinacoteca). na tradicional, devida aos glosadores e principal- Bartolo, distinguia as coisas coletivas ou universaida iveralidades de ato Cunivestes fact, que se riam agregados de virias coisas corpéreas, segundo 0 conceito romano, como 0 rebanho, 2 =e 2° universal tes juris), que se complexos de direitos ou relagées jurdicas, como # heranca As duas regras fundamentais da teoria da univers tio expressas nos arts, 55 e 56 do cédigo civil. A primeira regra as Hep ened a fees fenquanto per ‘manece. pelo menos, um dos seus elementos components; tecipro- camente, tudo quanto acresce & universaldade, nela se compreen- como os frutes. A segunda estatui que, na coletividade, fica uo as coisas ind civil brasileiro, ait. S4, L Vide Teixeira de Freie arts, 260 © segs, 19, Clévis Beviligue, Teoria Geral, § 31 ¢ ig. 285, Eduardo Espinola, Si vol Bevildqua, Teoria Geral, § 37, Syloio Rodrigues, 53, pag. 0. ‘Teotta oo EstaseusenusiTo Cowenctas 2 negam, afirmando que dicey asi como, quanto 8 dades 0 sio também de fato™ , que © pro- prietsco ju econémica e consi era como um todo nico, independentemente da eventual n danga ou subsisténcis dos vérios elementos que a compéem. E, pelo contrério. para outtes universalidade de fato somente © conjunto de coisas corpéreas e méveis, entre si homoge: virtude de um fim econémico ne gue anor E e para lagoes juridicas 9 que seja reconh e vol. 1. 22" parte, p 1, § 67, pigs, 252°~ 2&9 “4 Oscar Basso Fro ‘Tron 20 Esriseizcnenro Cosma 6 lares componer sideram os bens em si, mas as proprias relagdes que a estes bens lade podem ser abjeto de atos e de relagdes j se refetem, isto é, os ditetos que lhes correspondem Com apoio nesses elementos, aponta Sylvio Marcondes tes notas conceituais da universalidade de diteito: lexo de relagbes ju do por forga da leis 3.9, para unificag passivas; 2° foi das mesmas relagées ido pela Mercondes, que 0 ide em que a univer um complexo de’ coisas, das em conjunto, por vont destinag ‘como unidades, nao correspondem a tio, desde que obedecam an em unto ue a vontade do ou imate: suijeito procura 10 no ocorre com as ti para uma des- salidades de Marcondes as caractersticas con: lidade de fato, a saber: 1.9, auténomas, °, formado pela vontade ado Unité JA a universalidade de direito definese ci x0 oxginico, criado pela como complexo me que a compe, po le cada coisa component ser considerada isoladamente. Isto nlo exclat «posh reconhecida em 05 elementos c 0 um comple deixando io 9. 15, Bi Biondi, 1 bens, 0. 98, pg. 101, artigo Cosa semplice & composts, em Nevissimo Digesto laliano, vel. IV. pa 42 Aurelio Candian, apud Syloio Marcondes, obra cit, n. 74 oe be 48. Obra ¢ loe. st, 47. Bonnecase, apud Syloio Marcondes, obra cit. n. 78, pig, 216. 46 Osea Bauarr0 Pao A distingio entre coisas singulares € universais tem rele- vincia jurdica na medida em que submete o todo a uma disci plina diversa das pares que 0 compéem. © assunto interessa ‘especialmente & definigSo da narureza juridica do estabeleci mento. 32. Considerados uns em relagio 20s outros, dividem se (05 bens em principais e acessérios. Principal & 2 abstrata ou concretamente. Acesséria, bora acrescentada para o completament E um caso de agregacio ou suboedinagio m diferente daquele da coisa composta, relagio de subot ‘composta, na qual as partes constituem um todo unitério™ ia que falta na Esta distingio se aplica nao s6 aos bens corpéreos (coisas fem sentido estrito) como ainda aos bens imateriais Cas relagdes de diceito, que pressupsem a existéncia de outras, como 8 set: vidoes e a hipoteca. este assunto, vem expresso no o aul, slo disposgo em con lwério, a coisa acessia segue a principal Caccessorium sequi- tur principale). Mas o postulado no tem cariter geval, € sua aplicagio pode ser afastada pela lei ou pela vontade das’ partes. Enictamo, admiese em principio que: ) 0 ate Scom “B._Hlondo Bion, ego Com principle ea sm Digs leon LEN. pg, on se nara ‘Troma v0 Esrasrurcrtenro CoMracia a 33. Costumase, em doutrina, estabelecer distingio entre a coisa que faz porte integrante de outra e as pertencas. Para esta teoria, de duas maneicas se pode verficar a subordinagzo do 40 principal: ow como consequéncia de uma natural faz. uma coisa tornarse fi ‘nto que a coisa principal cont como complets, ainda que The a pertenga. A ido. 2 qual accessorium cedit princi- pall 36 se a plenitude, is coisas acess6rias que fa te das coisas principas. ica Vicente Réo as duas regras gecais da subordinag 1 psi wnela que une a coisas, a principal e a acessoria, ou é um vinculo mater ela netureza ou pelo homem, ou sim Faldo em see de um fim econ sa principal determina a condig te partes mpelo nose i a, Foi, por ee ircunstin pelo prof. Orlando Endemann, apud J. M. de Corvatho Santos, Cédigo Civil 0 Incerpretado, ed, pigs. 65:67; Ruggiero, Ins- ses, 1, | 67, pag. 285 segs ‘50. 0 Diveite ea Vida dos Diretos, 1, n. 197, pag, 375 48 Osean Baaseto Po 34. De acordo cor rménio 20 compleso d verem valor econémic ¢80 econdmica do patriménio faz com que nele se compreendam tanto os elementos ativos (os bens econdmicos) ‘quanto os passivos (as dividas, que também constitiem bens do pponto de vista dos credores). Patriméni pois de solvido o passivo, ‘ expressio econdmica atual do patciménio, Embora alguns autores airmem nio serem os débitos elemen vo, mas Gnus ou encargo do pattime esposada por Windscheid e Von T1 no sentido juridico, o termo patrim6nio pode empregar-se seja para indicar a soma do ativo Cpatriménio bruto), seja do ativo com dedugéo do passivo que 0 grava’ (pa- a nogio comrente, chamase de pati lgBes jurdicas de uma pessoa, que ti- En muitos cases, o diteito acclhe a concepgio econ, aplicando o prin yundo 0 qual: bona nom i bi deduco aoe lens Bae pb constituindo o patriménio do devedo tular do patriménio nio pode que possa livcemente disor, senio aq passivo®, parte que exceda 20 35. Reina grande controvérsia em torno do conceita patriménio, A respeito, os escr rstumam ser agrupadas em cutiveis: 12, a teoria cl E a defnigio de Clie Bevtigua, elaborada 4 x Flaniol, Fadda e Benso, Aubry © Teoria eral § 29. pig. 209 A gon Tab, Derecho ‘388; Vicente Ro, ME Sst 58, Boren, apud J. M. de Carvalho Santos, Cédigo seize Interpret, I, pag. 8. ‘Tron 00 Reresnzcinet0 Comenctal 9 ada, se encontram su- vontade. Por ser 0 sonalidade 6 9 bem possua; 3.°, que uum patriménio. O patrimdnio, em et » Osean Basuero Fuso ida pel Bes e situagées da pessoa, as rel de conteido econémico, ui icadas por perten a esfera menor que, sem embargo, ton te sob 0 is de vista das relagbes privadas; deno- Nio entram no patciménio os ditetos i, nem os da pessoa; sio di home a concepgio de Enneccerus, madera adota uma concepio objetiva do pati at a coesio dos elementos que o inte- Conjunto de bens coesos porque afetados a um determinado, Rompemse, destatte, os principios da u lidade do patsimdnio. Admit cia, a possbilidade da coexisténcia de um patriménio ger patriménios especiais™. 37. Em valioso estudo dedicado as teorias do patriménio, Paulo Cunha, professor da Universidade de Lisboa, mostra 3 idade de re ddemareagdo de concep- 50 de abs lene desaprecem até ‘TaomA 20 Beraseuzcnunrto Coneacut a Na sua obra, Palo Cunha apresenta um quadro sistem «0 das concepsées fundamentais sobre o conceito de patrimdni desde a teora da personalidade do oncepgio siea) até a da objetivagso absoluta @ uma massa de com escal for 2 concepei nosso eédigo ci legal da obei- " wum dos gasio, credores, que, no comércio juridico, se pessoas de devedor e eredor, com 002 © 2.008, Césligo civil it 2 Osean Basnsro Fino juridicas ativas e Ici, taduzse no conceito de universaldade a conclusio de que 0 pati heranga podem eias de que 2 nogio de patsiménio fe @ personalidade, e de que o patriménio reveste o eariter de uma univeralidade de drewo, no "amenteo reconhecimento, em sua lecorrem das doutrinas extremadas da. pe: Sem chegor a0 ponto de afiemar 2 existéncia de patrimé- ioe sm suet, pues 2 de Gény © Copitant, ada , que Paulo Cunha resume da seguin- te forma: © patriménio é uma mas € excessivo € errado dizerse que é uma no, do seu incipios da unicidade, indivisi rabilidade do patriménio da pessoa do sew vel a idéia de pela identidade de fim, de tal sorte que a mesma pessoa pode ser tirular de mais de um patriménioM 40. Na opinido de Sylvio Marcondes, esta € também a gb dowrndia do nes ciigo civil na mesma pessoa, do patrimdnio © ambos unversalidaes sro iqua, cada pessoa tem um em cenos easos, 0 direito permi a necessidades de ordem pe bens de procedéncia divers’ ee peg de imdnio do "de mins epeia ov seperm 84. “Obra cit, ns. 33 ¢ 34, pigs, 85.90 © 148-149, V. Frangois Gény, Méthode Ptmerpretacion ‘et Sources en Di Paris, 1982, vol. , n. 67 page. 14l a 144, Henri Capi ‘du droit cio 3. ed 5 5, pgs 207 a 240. obra cit, 80, ply. 227 © vege ue, Teoria Gor ‘ag. 259, onde Valverde, | a. 258, pag 281 34 ‘Osean Baaazro Pato adverte Ruggiero, esti em acher 0 juando se deve ceconhecer a existéncia ementos necessirios para a ado ou especial. Parte 0 ju: corresponde di 0 eapecial ou bem especial Tuhr, disc a situagio peculiar do 8 proprios e especificos que a0 contririo do que sucede com o patrimé- © qual serve a fins gerais que. em pr xados livreme lar ou seu representante legal; 2.%, 3s venes, a adm imonio separado € conferida a pes- ss dvesa ila que deter a admi ‘gio do dlemais, a desde o pene ‘Teoma no Estaneuecoeerro Cornet 3 ue derivam do seu proprio desenvolvimento; 42, a lei ndo es tabelece de modo taxativo 05 li ‘massas_patrimoniai rm como 0 patriménio geral, 0 es pécial também 1020 lado do ativo, no senti existe a possibilidade de rel pecial e'0 geral, as imonio especial ow sepa- ado, no campo do 0 da massa falida, em referéncia & qual co ‘Trata-se, com el da sua liguidasio. para de masa falda & cow buigBes so enumeradas scadagao dos bens que dos que compéem 0 Imentos, pensies, orde- proceder & lida, disci a tese da exis TO. Obra cit, pigs. 408 © segs 71, Berrs, spud Trojano de Miranda Valonde, Comentérion 4 Let de Policia 1,24 etn. 240, pig. 269, * Oncim Bamezro Paseo x forga de lei"*. Também Vicente Réo afirma a pos a mesma pessoa ser titular de vérios patrimdni pparticipar da titularidade’ de patriménios distintos”” Para de- monsttar a tese da limitagio da tesponsabilidade do comer ciante individual, apegase Syivio Marcondes ao pressupos- to da separacio patrimonial". Essa ori que hoje parece dominante na doutcina bras ida pelo prof. Or. de haver, no mesmo patriménio, cu pela destinacao Cos bens da herang, o dot em fideicomisso). Os bens existem no patriménio do titular, sob encargo ou condigio, e nele poderio, ow ni tegrados em defi s sempre como massa de bens € no como um pa into do seu sujeito. Por uma questio terminologi- a, s vezes chamasse a estes acervos de bens de “patriménios so io abstante a separagio de tais acervos ou masas, 0 patrim@nio do individuo hé de ser tatado como unidade, em ra 240 da unidade subjetiva das relages 3 Como se verfica, tratase, no fundo, de uma questio de (0s compromissos, exclusvos ou tanto faz chamélos ou ndo de patrimdnios separados: as conse: lidncias juridicas que disso dimanam serio as mesmas Temos por assentado, com Paulo Cumha, que nio se deixar de distinguir certos ageupamentos dentro dat 72, Pontes de Mirando, Trotado de Direito Privado, Rio, 1955, tomo V, §, 558, pig, 388 7 Obra Stn 154, pt, 231, nto pode : tos vinculados a pi Stananestoleal cone Trwithees do si Ripe! Belenger separado um conjunto do, assim por IT, 87, pag, 292. V. Plo ‘Teots no Estansuzcimeto Comencta, 7 jue o patriménio de erep ss umas das ou conjunto dos bens de uma cia de que pertencer , a expresséo patrimdnio niio 0 destaque de um det 1, 93 ed, § 26, pég. 307, to ue neles comunidade de inado. A afetacio nio implica a dis nna sua saida do patriménio do sujet na sua vinculagéo a uma finaidade especfica (Brina, De Poge). Enquanto afetados a um fim, os bens sio considerados como patina spared, no quad ds bens que compiem 9 iménio geral do individuo. Se, porém, a afctacao implicar 9 Eriagio de ume penonalidade (oom ne co de Fenda ‘ech um ptrind ipso facto, a formacio de un Com esta noso, bisicos, que co G fruto CONCEITO DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL. SUMARIO: 44 — Novos dados da realidade econdimico-socil rimBnio axiendal”. 46 Nogio ecw leis francesas sobre o fundo de valencia das expressies azienda, fun- do de comércio e estabelecimento comercial. 51 — A dow. trina francesa, 52 — No direito alemio. 53 — A doutrina sna ais antiga. 54 ~ Escritores cbdigo de 1942. 55 — Ainda os juristas to brasileiro. 57 ~ Esbogo conceitual do estabeleci- mento comercial 44. 0 fendimeno econdmico da organizagio de uma p idade de bens em fungio de uma atividade econdmica € mui Mas os contornos da empresa e do estabelecimento, como hoje se apresen ico, constituem novos dados da re: Tornase di tees ju tegorias dog Tapio norma os precede coi Feito, de modo 1942, jedia del Divito, ry (scan Basnaro rato Nesse terreno, & preciso reconhecer, como proclama Escar 17a, que, quando se quer encontrar, no exame dos fatos, as bases de um estudo cientiico e de uma cons ‘mento, impée € a fungio econdmica do 5 a quota com que © sécio, para a formacio do capital de uma sociedade vidade : 2 Tean Escora, Principes de Droit Commercial, 42. a 1904, «27, ‘ato di Dirtto Commerciale, preficio & 5° edigio, Milgo, ‘Troms vo Estamercnemrso Comeactst a Franchi e Pagani essa discriminagio, dizendo que “o cunceito de estabelecimento Cazienda) —nigorosamente imbém iimpl a dotada gagao de manter ae ragées do giro merca lagoes reitos, a tepercussio & de somenos impor em seguida 46. A distingdo entre patriménio civil e patriménio co- mercial do comerciante individual néo se reflete no plano ju ridico, em raaio da unidade do patrimdnio (supra, n. 38) Nio se concebe a existéncia de duas massas patrimoniais sob a titularidade de um mesmo sujeito. E dba cia entre as relagée- juri , que ambas rmassas se fundem num 36 5 a05 proprios credorest E certo que existe, em tese, a ‘patrimdnios separados, mas somente 8 e (scan Banser0 rwo Tron op Estaneiscnemro CoMmctaL « sio exploradas sobretudo as f A combi G30 desses wi ds formagio de nova pesos juridca 8 qual idade do complexo de relates jurdiss o ptrménio, No cio da wciedade ¢ lc falar de po a relieieog! trimdnio comercial, no sentido peéprio da expresso, visto que nto, insta remontar as origens histricas do i todas as relacées juridicas que nele confluem so peninentes 20 Marghieri que, embora 0 argumento nio fesse exercicio do comércio, do de modo amplo e orginico, dele se encontram nogées nas fon: tes romanas, em virios techos do Digest” 41. No sentido econdmico, © patrimdnio comercial, tan- Em ertdito ensaio publicado nos Studi per toda psn fica quanto da do estabel dinheiro. Mas, para a consecugéo do objetivo econémi em bens adequados a0 exereicio do. comércio gins, mane primes, meradoiss x), Da ansor magio do capital num complexo de bens apropriados para o exer- Cito da ativdade mereantl relia o eabelecimento comercial los pos glosadores: Baldo e Angelo tro da Ancarano, Bartolomeo Socini ade do estabelesimenta, como 0 estitico, representa: do pelo capital, para formar o estabelecimento come uunidade econémica, Fazse Ihe 0 elemento dint tmico, representado pelo trabalho, que se. converte em servigos, sados 208 objetives que se tem em mia alcangar. Esses bens Coriundos do capital) © ho) sio conjugados em fu nto al: a of 5. pig. 59. 0 Commerciale poste Page 310314

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