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A Constituição Federal de 1988, ao outorgar a competência tributária à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, delineou uma série de
limitações ao poder de tributar por meio de princípios e imunidades.

Os princípios se caracterizam por ser um conjunto de normas, tidas


como principais, para fins de nortear um determinado sistema jurídico. No caso
do sistema tributário brasileiro, destacam-se os princípios da capacidade
contributiva, da legalidade, da anterioridade, da irretroatividade, dentre outros.

Para o princípio da capacidade contributiva, a CF/88 dispõe que sempre


que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados de acordo
com a capacidade econômica do indivíduo. Porém, apesar da Carta Magna se
referir acerca dos impostos, tal princípio é aplicável às demais espécies
tributárias.

Os princípios da legalidade, anterioridade e irretroatividade relacionam-


se à instituição ou modificação de um tributo e ao momento da produção de
seus efeitos. Não se pode aumentar uma taxa, por exemplo, que não seja
instituída por meio de lei; não se pode cobrá-la antes do exercício financeiro
seguinte ao da sua publicação e nem aplicá-la a fatos geradores anteriores à
sua vigência. Importa observar que tais regras comportam exceções.

As imunidades são hipóteses em que não haverá sequer a ocorrência do


fato gerador, impedindo, portanto, o exercício da competência tributária de
determinado ente político. Vedam a instituição de impostos, taxas e, até mesmo,
contribuições a determinadas pessoas ou situações. Por isso, podem ser
classificadas em objetivas ou subjetivas.

São situações subjetivas, por exemplo, a vedação de cobrança de


impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços sobre os templos de
qualquer culto, assim como a cobrança recíproca de impostos entre os entes
políticos. Enquadra-se como objetiva, a imunidade referente à vedação de
cobrança sobre jornais, livros e periódicos se caracteriza pela objetividade.

Uma vez que o poder de tributar brasileiro não é absoluto, tais limitações
são necessárias para manter a harmonia do sistema tributário nacional, garantir
a igualdade regional e evitar qualquer forma de excesso por parte do ente
tributante.

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