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FABETIZACAO DE ADULTOS @ Producao de Textos Marta Durante Wdigopi pela Poncifiin Universidade Catéica de io Paulo, fm Haucago ~ Supervisio e Curiculo ~ pela PUC-SP de adultos: leitura e produclo de (ext Marta Durance.--Porto Alegre : Artmed, 1998, 35-7307-367-6 Relmpressio 2007 1, Educagio - Alfabetizagio - Adultos 1 Titulo DU 372.4.053.8, na publicago; Monica Ballejo Canto - CBR 10/10 clio na publicag Ballejo Cant w/ a ¢ aprendizagem de jovens e adultos ui pouco escolarizados fdas, a tendéncia das praticas pedagogi- ‘aPsicologia para a compreensao dos pro- jagem, uma vez que a educagao escola promotora de desenvolvimento cognitive. faxelagao entre desenvolvimento e apren- Ip Intensa e continua, refletindo visdes dife- lasentende a escola como a instituicio mais, viduos Wwolvimento cognitiv lias fungoes psicologicas superiores (pen- fraciocinio dedutivo, capacidade de planeja- wranga voluntaria, memorizacao ativa, con- comportamento, etc). Em sua abordagem Sdcio-interacionista), os mecanismos p: isticaclos nao sAo inatos, originam-se © se Pelagia entre os indiviciuos em um contexto ‘S6cio-hist6rico, As relagdes clo homem eom 0 mundo sito fun damentalmente relagées medliadas porinstrumentos e signos, O ser humano, descle que nasce, est em interagio com seu grupo social, inserido em uma determinada cultura. Essa interacao permanente est carregada de instrumentos e sig nos de que o individuo vai se apropriando, através de proces sos de internalizagao. Na ontogénese, as relagdes mediadas predominam sobre as relagdes diretas, que sofrem transformacbes no decorrer do desenvolvimento do individuo, tornando-se relagoes media- das. ‘Segundo Vygotsky (1989), o homem, em stia agao, cria ins- trumentos e signos para transformar a natureza e a simesmo, construindo a cultura, “O signo age como um instrumento da atividade psicolgica de maneira andloga ao papel de um ins- tramento no trabalho” (p.59-60). ‘O instrumento exerce a funcao social de mediador do ho- mem com o meio ¢ controle de stias acoes. JA 0s signos $30 ““instrumentos psicol6gicos”, marcas externas, simbolos, repre- sentagdes, que auxiliam os processos internos. ‘Oprocesso de mediacao tem carater hist6rico-social. Fun- ‘ciona como um processo de aproximacio da cultura e meio pelo qual o individuo transforma a cultura ¢ 0 social. O indi \Viduo utiliza signos, mesmo antes de refletir sobre eles (uti za linguagem para se comunicar, mesmo antes de consegu refletir sobre ela), quando reflete, transforma-a. Para Vygotsky, desenvolvimento das fungoes tipicament humanas esta pautado no processo de interacao do individuo! com 0 mundo (com suas dimensoes historieas ¢ sociais) por sistemas simbélicos construidos socialmente. © aprendizado através de interacées com 0 meio fisico, social e hist6rico possibilita o desenvolvimento de processos. internos. Os diferentes contextos sociais e as possibilidades de interacdes propiciam processos diferenciados de aprendi- Zagem, conhecimentos e formas de pensamento. ‘0 desenvolvimento e aprendizado sao processos distin- tos, que interagem na medida em que o aprendizado, fruto da interacao social, ¢internalizado e organizado, estimulando pro- wolvimento, nas fa pelo processoe maturagio fedistincio entre oinato eo adquirido na evolugtoda jumana, “O que € inato nas criangas de nossa espécle, fe assim o € porque foi adquirido em algum momento 3c; provavelmente essa aquisicao fot to importarn= yacabou ficando gravada nos genes da espécie. Por ou lo, um determinado individuo adquire algo por ter ins~ os inatos para realizar a aquisicao” (Palacios, 1995, cédigo genético possui contetidos fechados e contet ertos (Palacios,1995, apud Jacob, 1970). Os contetidos dos sao os que nos definem como membros da espécie & alteram pela experiéncia individual, mas pelo process olugaofilogenética (a longo prazo). S40 03 contetdos con- (locatizagao dos olhos, do nariz, mudancas fisicas na dade, na velhice, ete) “Os componentes abertos do cédigo genético esto relacio~ os com possibilidades de aquisigao e desenvolvimento, adhe frida em funcao da evolucao da espécie em sua filogénese ss possibilidades existem gragas a0 que foi estabelecido na te fechadla do e6digo, mas encontram-se ai nao como con dos, senao como potencialidades” (Palacios, 1995, p19). ‘A aquisicao da linguagem na espécie humana faz parte do gcesso de evolucio filogenética das partes fechadas do e6= g0 Benético, como uma possibilidade de desenvolvimento. Essa parte fechada tem um “calendario maturativo” que mite o desenvolvimento ¢ uso de potencialicades dos com> antes abertos, (O“calendério maturativo” esta relacionado com a fase ini dle vida (primeira infancia). Investigacoes transculturais lizadas com criangas de contextos diferenciados apontam le, enquanto bebés, 0 calendério de desenvolvimento psico~ igo é semelhante entre individwos de contextos diferencla~

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