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M908 Instituto FEDERAL DE ©) EpucacAo, clENCIA E TECNOLOGIA BSB ois OO Campus Luziania CAPITULO 01 Atkins + Overton + Rourke « Weller + Armstr TABELA PERIODICA DOS ELEMENTOS Periodo 1 fe ia 2 2431 ae) [ 3st K | 20, Ca) & 4) 39,10 || 40,08 4s) } 4s? e762 53 a Ra (228) 1s? #2 Ff vip vilB_-—— vii (2a Gr] (25 Min] (28 Fe’ 00 | 54; Sats) acts’, [7g O8) (77, 190,23] |1 506s: (Seb: 4 5 vB VB aul eal sig| 094 Stan) oe 2. Hf) (73 Ta) (74 W 17649| |780,95) | 123.4 fs) (Ses!) (Sa? (aD) (is {08S9) iozBA (2sa\ | (ee) | (264) oars, Ga'ts! (Gers! a Pin] 3 tie (21 Se) “tags 304s 98,91 4d d 5 Re 186,21 5ct6st (& Acl|(t0a Re (207 || "ety | 678 8d'732 fs! (223) st se (ee ‘oomanoia nual 10 G4 Se) (a5 Br 78,98 stant] [astaps ae 74,92 45°40 [astap? 0 cas $b] S554 2 Te ot) (bas) Gos) ian ‘0D: (268) 6di7s2 67s) lars!) (268) Bes (63 Eu) (64.Gal (65, Tb) 9 | | Tale leq Er] (68 Tm| sei 2 ene Se Namero Massa molar/ Namero Massa molar/ Simbolo atémico (gmol™) Nome Simbolo atémico (g mot) Ac 89 227) Lauréncio ur 103 262 Al 13 26,98 Litio ui 3 6,94 Am 95 243 Lutécio Lu n 174,97 Sb 51 121,76 Magnési Mg 2 24,31 ; Ar 18 39,95 ‘Manganés Mn 25 54,94 As 33 74,92 Meitnério Mt 109 (268) ; At 85 (210) Mendelévio md 101 258 Ba 56 137,33 Mercdirio Hg 80 200,59 ; Be 4 9,01 Molibdénio Mo 42 95,946 Bk 97 247 Neodimio Nd 60 144,24 Bi 83 208,98 NeGnio Ne 10° 20,18 Bh 107 (264) Netiinio Np 8 237 B 5 10,81 Nidbio Nb a 92,91 Br 35 79,90 Niquet Ni 28 58,69 cd 48 112,41 Nitrog&nio N 7 14,01 Ca 20 40,08 Nobélio No 102 259 cf 98 251 Osmio Os 76 190,23 c 6 12,01 Ouro Au 79 196,97 Ce 58 140,12 Oxigénio ° 8 16,00 cs 55 132,91 Paladio Po 46 106,42 Pb 82 207,2 Platina Pt 78 195,08 cl 7 35,45 Pluténio Pu 94 244 co 7 58,93 Polénio Po 84 (209) cu 29 63,55 Potéssio K 19 39,10 kr 36 83,80 Praseodiinio Pr 59 140,91 cr 24 52,00 Prata Ag 47 107,87 Gn 96 207 Promécio Pm 61 145 Ds 110 71) Protactinio Pa 91 231,04 Dy 66 162,50 Ra 88 (226) Db 105 (262) Rn 86 (222) Es 99 252 Re 75 186,21 s 16 32,06 Rédio Rh 45 102,91 Er 68 167,26 Roentgénio Rg 11 @72) se 21 44,96 Rubidio Rb 37 85,47 . sn 50 118,71 Ruténio Ru 44 101,07 sr 38 87,62 Rutherférdio RF 104 261) fu 63 151,96 Samério sm e 150,36 Fm 100 257 Seabérgio Sg 106 (266) Fe 26 55,84 Selénio se 34 78,96 F 9 19,00 Silicio si 4 28,09 i 30,97 Sédio Na 11 22,99 Fr 87 223) Tatto Tl 81 204,38 : Gd 64 157,25 Tantalo Ta B 180,95 Ga 3 69,72 Tecnécio Te 43 98 Ge 32 72,64 Telirio Te 52 127,60 HF 7 178,49 Terbio Tb 65 158,93 Hs 108 277 Ti Ti 2 47,87 He 2 4,00 Torio Th 90 232,04 H 1 1,0079 Tilio Tm 69 168,93 Ho or 164,93 Tungsténio w mh 183,84 In 49 114,82 Uranio u 92 238,03 I 53 126,80 Vanadio v B 50,94 ir 7 192,22 Xendnio Xe 54 131,29 Yb 70 173,04 Zinco Zn 30 65,41 Si 39 88,91 Zitconio zr 40 91,22 138,91 Glossario de abreviaturas quimicas see, HCO sceacetonato spies em solu aquosa 22biptiina 23 butanodianina 1,Scidleocadena ‘icloocatetraene lcopenacent peniametcilopentedienit drei tetearaiotevadecsno etonermina Aimotivermamide imetisuléido haptieidade etlenodiaminatraactato etlenadiemina tl sicnato hate ‘sopepit PH Bry 34,0 cm igante Sipe um ligonte em pone Uumimetal mest, 246enetin uma espe oxidada| xslt fen ferantatine pina azine salvene ou uma moléuia de ohente ‘espa solura0 nie squase butter tetra Heroarano AA Wetametletienadianina 22/7 aminotelens setemente um halo; também um grupo de sak uum Sion il 26 dmetvent lumrupa de errada PARTE 1 PARTE 2 9 10 u 2 3 14 15 16 7 18 19 20 a 2 PARTE 3 23 2% 25 26 Apéndice Apéndice Sumario Resumido Fundamentos 23 Estrutura atémica 25 Estrutura moleculareligagio 57, Asestruturas dos slides simples 93 Acidosebases 133 Oxiredugao 163, [Métodos fisicos em quimica Inorganica 191 Simetria molecular 218 Intradugo aos compostos de coordenacao 241 Oselementos e seus compostos 259 Hidrogénio 261 Os elementos do Grupo 280 Oselementos do Grupo2 295 Oselementosda Grupo 13309 Os elementos do Grupo 14. 339 Oselementos da Grupo 15 369 Oselementos do Grupo 16 398 Oselementos do Grupo 17, 422 Oselementos do Grupo 18. 447 Osmetaisdo blocod 455 CComplexos dos metas do bioco a: estruturaeletronicaeespectro 481 Quimica de coordenagdo: as reacdes dos complexos 513 ‘Aquimicaorganometalca dos metais do blocod 547 Osmetaisdo blocaf 594 Fronteiras da quimica inorganica 609 Quimica de estado sdlido e quimica de materiais 611 Nanomateriats, nanociéncia enanatecnologia 665 Catalise 702 Quimica inorganica biol6gica 733 + Ralos inicos selecionados fem picBmetros, pm) 791 Propriedades elettnicas dos elementos 793 Apéndice 3: Potenciais padrao 795 Apéndice &: Tabelasde caracteres 808 Apéndice 5: Orbtais formados porsimetria 813 Aptndice 6: Diagramas de Tanabe-Sugano 817 Respostas dos testes eexercicios 821 Indice 333 PARTE 1 Fundamentos 23 © Estrutura atémica 25 Aerize dos elementos 25 41.1 Nucleossintese dos elementos leves 27 1.2 Nucleossintese das elementos pesados 28 13. Adlassificagéo dos elementos 30 “ASestruturas dos dtomos hidrogendides 32 4 Espectroscopia 32 5. Alguns principfos de mecanica quantica 33 1.8 Orbitaisatémicos 34 Hesmos multieletrénicos 40 1.7 Penetraraoe biindagem 40 1.8 O principio do preenchimento 42 1.9 Propriedades atémicas 45 “SSTURACOMPLEMENTAR 55, Estrutura moleculareligacao 57 “Eeuturasde Lewis 57 21 Aregradoocteto 57 22. Estrutura. propriedades deligacio 62 23 Omadelo REC 67 “Ateoria da ligagdo de valéncia 70 24 Amalécula de hidrogenio 70 2.5 Moléculas datémicas hornonucleares 71 2.6 Moléculas poliatémicas 71 eovia dos orbitais moleculares 74 27 Umaintrodusdo ateoria 74 2.8 Moléculas diatomicas homonucleares 77 29° Moléculas diatOmicas heteronucleares 80 210 Proptiedadesdeligacdo 82 ‘Gritais moleculares de moléculas poliatémicas 84 2.11 Aconstrucio dos arbitais moleculsres 84 2.12. Geometria molecular com base nas orbitals moleculares 88 SSTURACOMPLEMENTAR 90 sxexcicios 91 PROBLEMAS. 91 3 Asestruturas dos sélidos simples 93 Descrigdo das estruturas dos sélides 9% 3.1. Células untarias e a descrcao das estruturas cristalinas 94 3.2. Empacotamento compacto de esferas 96 3.3. Cavidades nas estruturas de empacotamento compacto 98 As estruturas dos metaise das ges 99 3.4 Poltipisma 99 3.5. Estruturas que no apresentam empacatamento compacto 100 3.6 Polimorfismo dos metais 101 3.7 OsralosatOmicos dos metais 102 38 Ligas 102 S6lidos nicos 105 3.9. Estruturastpicas dos s6lidasidnicos 106 3.10 Justificando a razdo de sercasestruturas 111, Aenergética da ligagdo iénica 116 3.11 Entalpia derede eo ciclo de Born-Haber 115 3.2 Caleulo dasentalpiasderede 116 3.13 Comparagio dos valores tedricos ¢ experimentals da enialpiaderede 118 3.14 Aequaciode Kapustinckll 139 3.15. Consealéncias das entalpias de ede 120 As estruturas eletronicas dos sélidos 124 3.16 As condutividades dos silidos morganicos 124 3.17 Fotmaggo de bandas pela sobreposicaa de orbitals atomicos 125 3.48 Semicondutores 128 LEITURA COMPLEMENTAR 129) ExERcicios 130 PROBLEMAS 130 INFORMAGAO ADICIONAL3.1 AequagZo de Born-Mayer 131 4 Acidose bases 133 ‘Acidez de Bransted 133 4.1 Equilbrio de transferéncla de préton em gua 134 42 Oefeitonivetadordo solvente 137 CCaractersticas dos dcidos de Bronsted 140 43. Tendéncias periddicas na forca dos aquadcidos 140 sumAnio 4.4 Oxodidos simples 141 45 Oxidos anidros 144 446 Formagdo de poliaxocompostos 145 Acidez de Lewis 147 4.7 Exemplosde dcidose bases de Lewis 147 4.8 As caractersticas dos dcidos de Lewis segundo 0 seu grupo da tabelaperiédica 108 Reacdes e propriadades dos dcidos ebases de Lewis 152 49 Ostipos fundamentals dereagio 152 4.10 Acidose bases “duros” e*macios" 154 411 Pardmetros termodindmicos de acidez 156 4.2 Salventes como dcidose bases 157 4.13 Reagées dcido-base heterogéneas 159 LEITURACOMPLEMENTAR 160 EXERCICIOS 160 PROBLEMAS 361 5 Oxirredugdo 163 Potencials dereducéo 164 5.4. Semireagdesde oxireducdo 164 5.2 Potencials padrdo 165 5.3. Tendéncias nos potencias padrdo 166 5.4 Asérieeletroquimica 167 55 AequagdodeNemst 168 Estabilidade e oxireducio 170 5.6 Reagéescomaagua 170 5.7. OxidagSo pelo oxigénio atmostérico 172 5.8 Desproporcionamentoe comproporcionamento 173, 59 Alnfluéncia da complexaczo 174 Representacio diagramstica dos dados de potencials 175 5.10 Diagramas de Latimer 175 5.11 Diagramas de Frost 177 5.12 Dependéncia da estabilidade como pH 180 5.13. Diagramas de Pourbaix 181 5.14 Aguas raturais 182 Obtencdo dos elementos 182 5.15 Obten¢dodoselementos porredugo 183 5.16 Obten¢do dos elementos poroxidayao 187 5.7 Obtencdo eletroquimica dos elementos 188 LEITURA COMPLEMENTAR 189 EXERCICIOS 199 PROBLEMAS 190 © Métodos fisicos em quimica inorganica_ 191 Métodos de difragao 191 6.1 Diftagio deraiosx 191 6.2 Difragdo de neutrons 194 Espectroscopia de absorgao 195 63. Espectroscopia ultravioletawisivel 195 6.4. Espectroscopiainfravermelha e Raman 197 Técnicas de ressonancia 199 65 Ressondncla magnética nuclear 199 6.6 Ressonancia paramagn6ticacletronica 203 67 Espectroscopia Méssbauer 205, Técnicas baseadas emionizagio 206 6.8 Espectroscopia fotoeletrOnica 206 6.9 Espectrometriade massas 207 Anélise quimica 209 6.10. Espectroscopia de absorcao atOmica 209 6.1 Andliseelementar 210 6.12 Métodostérmicos 211 ‘Magnetometria 212 Técnicas eletroquimicas 212 ‘Técnicas computacionais 213, 643. Procedimentos 213 6.14 Representacdo dos resultados e aplicagbes 214 LEITURACOMPLEMENTAR 215 ExERCICIOS 215 PROBLEMAS 216 7 Simetria molecular 218 Introdugdo A andlisedesimetria 218 7A. Operagies elementos desimetria 218 72 Osgruposde pontos dasmoléculas 221 Aplicagdes da simetria 223, 7.3. Moléculas polares 224 7.4 Moléculas quirais 226 As simetrias dos orbitals 225 1.5. Tabelade caracteres eos simbalos de simetiia 225 7.6 Combinagées ineares formadas por simetria 228 7.7 Aconstrugdo dos orbitals moleculares 228 As simetrias das vibragSes moleculares 230 7.8 Considerandoasimetria 230 Representagdes 234 7.9 Reducto de uma representagdo 234 7.10 Operadares projegdo 236 SETURACOMPLEMENTAR 237 ‘Bescicios 237 PROSLEMAS 237 PPORWACAO ADICIONAL 7.1 Representacdes matricials 238 © ntrodugdo aos compostos de coordenacao 241 Geesttuigdoe geomettia_ 242 8.1 NUmerosde coordenacaobaixes 242 8.2. Nimeros de coordenacao intermediétios 243 8.3 Nimeros de coordenacaomais altos 246 8.4 Complexos polimetalicas 247 ‘Geentesenomenctatura 248 8.5 Ligentes representatives 248 86 Nomenclatura 250 ‘Senerise quiraidade 251 8.7 Complexos quadtaticos planos 252 88 Complesostetraédricos 252 8.9 Complexos bipiramidastrigonals e piramidais quadraticos 253 8.10 Complexos octaédricos 253, 811 Quiralidade de ligante 257 SETURACOMPLEMENTAR 257 sercicios 257 PROBLEMAS 258 PARTE 2 Oselementos e seus compostos 259 % Hidrogénio 261 Oelemento 261 9.1 Propriedades nucleares 262 9.2 Atomoseionsde hidrogénio 263, 9.3. Propriedades ereacies do dishidrogénia 264 Compostos de hidrogénia 267 9.4 Hidvetos moleculares 268 9.5 Hidretossalines 273 9.6 Hidretos metdlicos 272 Estabilidade, sintese ereagbes 274 97 Estabilidade 274 98 Sintese 275 9.9 Reaghes 276 SUMARIO 13 LEITURA COMPLEMENTAR 278 EXERCICIOS 278 PROBLEMAS 279 10 Oselementos do Grupo 1 280 Oselementos 260 10.1 Ocorrénciae obtencao 281 10.2 Usos das elementos eseuscompostes 282 Compostos simples 284 103 Hidretos 284 10.4 Haletos 284 10.5 Oxidos e compostos assemelhados 285 10.6 Hidréxidos 287 10.7 Compostos derivados de oxodcidos 287 108 Nitetos 289 10.9 Solubilidade ehidrataczo 289 10.10 SolugBesem amdnia liquide 290 Compostes de coordenago e organometélices 290 10.11 Compostos de coordenacéo 291 10.12 Compostos organometalicos 292 LETURACCOMPLEMENTAR 293 EXERCICIOS 293, PROBLEMAS 294 11 Oselementos do Grupo2 295 Oselementos 295 11.1 Ocorténciae obtengio 296 112 Usos 297 Compostos simples 299 113 Hidretos 299 114 Haletos 299 11.5 Oxidase hideéxides 300 11.6 Carbetos 302 117. Sais derivados de oxoacidas 303 11.8 Solubilidade ehidrata¢io 305 Compostos de coordenagao e organometalicos 306 11.9 Compostosde coardenagdo 306 11.10 Compostos organometlicos 306 LEITURACOMPLEMENTAR 308 EXERCICIOS 308 PROBLEMAS 308 14__sumArio 12 Oselementos do Grupo 13309 Oselementos 309 124 Ocowenciae obtencio 311 12.2 Usos 311 Compostos simples de boro 312 123 Hidretos simplesde boro 312 124 Trichaletosde boro 315 12.5 Compostos de boro e axigenio 317 12.6 Compostosdeboroe nitragtnio 318 Clusters deboro 321 12.7 Boretos metalicos 321 128 Boranose boridretos superiores 322 12.9 Metalaboranos 328 12.10 Carboranos 328 Compostos de aluminio, gilio,indio etalio 330 1241 Oshidretos de aluminioe de gilio 330 12A2 Haletos 331 1213 Oxocompostos 333 12.14 Saisde oxodcidos 334 42.15 Sulfetos 334 12:16 Compostos com elementos do Grupo 15 335 Compostos organometilicos 335 127 Organoboranos 335 1218 Compostos rganaaluminio 336 LEITURACOMPLEMENTAR 336 EXERCICIOS 337 PROBLEMAS 337 13. Oselementos do Grupo 14 339 Oselementos 339 134 Ocorrénciae obtengio 340 132 Usos 341 133° Diamante egrafte 341 13.4 Outras formas de carbono 343 Compostos simples 346 13.5. Hidretos 346 13.6 Compostos com halog@nios 348 13.7. Compostos de carbone cam oxigénioe emxofre 354 138. Compostos simples de silico com oxigénio 354 13.9 Oridos de germénio, estanhoechumbo 356 13.10 Compostos comitrogenio 357 13.1 Carbetos 358 13.42 Silcetos 360 Compostos estendidos de silicioe oxigénio 360 13.13 Aluminossilicatos 360 Compostos organossilicio 364 Compostos organometélicos 365 LEITURA COMPLEMENTAR 367 exercicios 367 PROBLEMAS 368 44 Oselementos do Grupo 15 369 Os elementos 369 14:1 Ocorréncia we obtencio 370 14.2 Usos 372 143 Atiagio do nitrogénio 374 Compostos simples 375 144 Compostosbinarias 375 145 Azidas 377 146 Hideetos 37 147 Haletos 381 148 Oxo-haletos 382 149 Oxidos e oxodnions denitrogénio 383 14.10 Compostos de f6sforo,ars@nio, antiménio ebismuta comoonigénio 389 14.11 Fosfazenos 392 Compostos organometélicos 393 1412 Estado de oxidacio +3 394 1413 Estado de oxidacdo +5 395 LEITURA COMPLEMENTAR 396 EXERCICIOS 396 PROBLEMAS 397 15 Oselementos do Grupo 16 398 Oselementos 398 15. Ocorténci, obtencdo @ usvs dos elementos 399 Compostos simples 403 15.2 153 154 155 156 is Hidretos 403 Halotos 406 Oxides 409 Oxodcidos deensofre 412 Oxidosmmetsticos 417 Sulfetos, selenetos, teluretas e polonetas metalicos 428 Compostosem anele clusters 418 15.8 Polidnions 419 : suménio 45 ; ae! PIG ATS) 18 Osmetaisdoblocod 455 1520 Compesos densa com itogénla 420 Oselementos. 455 SETURA COMPLEMENTAR 421 18.1 Ocorrénciaeobtengéo 455 : Brxcicios 421 18.2 Propriedadesfisicas 456 ' roniews 421 Tendéncias nas propriedades quimicas 460 Gch propriedades das particulas subatOmicas que necessitamos considerar na quimica sesumidas na Tabela 1.1. Os 111 elementos conhecidos que sdo formados a partir Particulas subatOmicas so diferenciados por seu mimero atémico, Z, o ntimero de =n nticleo de um dtomo do elemento, Muitos elementos apresentam varios isétopos, * sdo dtomos com o mesmo ntimero atémico, mas com massas atOmicas diferentes, topos se diferenciam pelo mimero de massa, A, 0 ntimero total de prétons e néu- = nticleo. O ntimero de massa é, mais apropriadamente, também chamado “ntimero s. O hidrogénio, por exemplo, possui trés is6topos. Em cada caso, Z= 1, indica sscleo contém um proton. O isétopo mais abundante tem A = 1, simbolizado por 'H, “== aiicleo consistindo em um tinico préton, Muito menos abundante é 0 deutério, com = semente | em 6000 dtomos). Este ntimero de massa indica que, além de um proton, = prods 6 fsa0 «neurons soso estelar, mas So produzidos mais tarde em reagdes como: Nat fa Hig + in CAPITULO 1» ESTRUTURAATOMICA 29 ara cada ndutron consumido, aproximadamente 2,5 ngutrons s30 procuzids, Estes do causaraisdo de outros ndceos de ™°U. A malor Date da eneia berada aparece coma enersacinética dos produtos de sso ¢ dos néutrons. A energiacnétca€ rpidamente convertida em movimento tice (calor) através de colsbes com outros dtomos. Em um reator nuclear, a cadeia de reagées & controlada pela absorcdo de uma certa quantidade de nutrors por materais como o graft. Um ‘estado de equa € alcangado no quel um néutronsobrevve para cada ‘evento de sto, Has bombas puceares, nose toma qualquer medida par controlar a eaptes em cadela ea liberacto da eneriaprocuzida¢ eplsivamente pia. ‘Aenensa cinta dos produtos de fssbo do ™"U & de, aproximada mente, 165 MeV; a ener dos néutrons& de, aproximadamente, 5 MeV, ‘20 alos produdos tem uma eneigia de, aproximacamente, 7 Me 0s produtos de fis também sdo radloathos e decaom emitindo rad {es f,7eralos X,iberando cerca de 23 Mev. Os neutros que no so ansumidos na FsSao so capturacosnoreator com a iberaca de cerca ‘de 10 MeV. anergiaproduzida € compensads por cerca de 10 MeV que ‘escapam do reator como raclago e cerca de 1 MeV que permanece no ombustivel eaurda soba forma de produtos de fis que ainda no sofreram decaimento radiative. Portanto, a eneria total produzid para um evento de isso € cerca de 200 MeV ou 32 gl Tos asin que cerca de 1W decaor do reator onde 1 = 1) 5) corespande acereade 3,2 10" eventos de isso por segundo, Um reatornuclar produzinco 3 GW ‘de calor gerard, aproximadamente, 1 GW de sletrcidade, corresponden dod fissiode 3kgde"U pordia, -m @ eaptura dé néutrons livres, os quals ndo estdo presentes nos estigios iniciais da Sob condigoes de intenso fuxo de néutrons, come em uma supemova (a explosiio de estrela), um dado nifleo pode eapturar uma sucesso de néutrons e tomar-se progres- inte um isdtopo mais pesado. Entretanto, chegar um momento no qual o nicleo ex- _getsni um elétron como uma particula 8 (um elétron com alta velocidad, €°). Devido 20 “csimento f no alierar o némero de massa do muelideo, mas aumentar seu nimero a= ‘secoem | (@carga nuclear aumenta em 1 unidade quando um eléiron¢ expelido), um novo “Semeato & formado, Um exemplo & Capra de néutron; Mo + jn Mo +1 Seguida por deeaimento B acoropanhado poremissio deneutrino: Mo — Te-e"-+¥ © nucleo fio, o produto de uma re2ea0 nuclear (Te, 0 is6apo de tend, neste Spo), pe abnorver outa néuton, eo process pode contnargravalmente formance ccmentos mis pesados, ern ace ea "A siniese de elementos pesados acore pelasreagbes de catura de néutrons que se acredita ocr ‘serem no nterior da extrlas ris “gigantes vermatiae™ ima desss reagBes & 3 conversdo do Sn ‘== “Ica por captura de néutron para formar o f2n, 0 qual sofre entaa decalmento f. Escreva as /s5u3cdes nucleares balanceadas para este proceso. ‘Resposta A captua de nutrons aumenta a nimere de massa ce um nuclide em 1, mas deka 0 “sGmerootOmico fe, portnto,identidade do elements) inalteado: Senn Boney 30 PARTE 1 « FUNDAMENTOS a €eliminado como um foton. A perda de um elton do clea peo decaimen- {0 detna.onirero de massa inalterado, mas aumenta 9 nimero atOmio em 1. Uma vez que & Zico tem ndmere atémico 30, e nucideo flo tera 2 = 31, cortespondando ao gio. Deste modo, aveacdo nuclear & Sen Yea +e Defato, um neutrnetembém & emo, mas isto nds pede ser percebido a partir dos dacs, pols ‘nevirio praticamente nao possu massa. eletrcamenteneuto, Teste sue compreensio 1.1 Escevaa equagso nuclear balanceada para a captura de ution pelo an, 1.3 Aclassificacao dos elementos ‘Algumas substincins que agora reconhecemos como elementos quimicos ji eram conhe- ‘idas desde a Antigtidade, como 0 earbono, 0 enxofre, 0 feer0, 0 eobre, a prata, 0 Ouro € 0 mereério. Os alquimistas e seus sucessores imediatos, os primeiros quimicos, adicionaram cerea de 18 elementos até 1800. O precursor clo conceito modemo de elemento tinha sido for- ‘mulado como uma substineia formada por um tnica tipo de dtomo (hoje, naturalmente, Por “tipo” de tomo entendemos um éforo com un niimero atOmico particular). Nagucla poca, um grande niimero de técnicas experimentais estava disponivel para a conversio de ‘xidos e outros compostos em elementos. Essas téenicas sofreram um importante acréscimo ‘om a introdugio da eletrlise. A lista de clementos cresceu rapidamente no ital do século XIX. Este crescimento foi, em parte, resultado do desenvolvimento da espectroscopia at ‘mica, na gual étomos de um elemento particular, excitados termieamente, emitem radiagio quimico especifica uma propriedade fisica do elétron:n especitica a enersia, {indica 0 ‘somento angular orbital © my indica a orientagéo do momento angular. O valor de também “Stica o tamanino do orbital, com os onbitais de eneraia mais alta sendo mais difusos do que “= orbitais de energia mais baixa, que s80 mais compactos. O valor de I também indica a ‘Soma angular do orbital, eom o numero de Iobulos aumentando & medida que J aumenta, ‘slor de m, também indica a orientagio do orbital ‘As energias permitidas sio especificadas pelo niimero quéntico principal, n. Para wm Smo hidrogenside de nmero atdmico Z, elas so dadas por eZ? aa as) -constantes fundamentals dessa expresso slo dadas na contracapa.) valor numérico € 1.097 10" mem excelente concordéncia com o valor empirico determinado es- copicamente. Para futura referéncia, o valor de hcR corresponde a 13,6 eV. O zero gia (correspondendo a n = 0c) corresponde 2 situacio em que o elétron e 0 nicleo bestante separados e estaciondtios. Valores positivos de energia correspondem aos no ligados do elétron, nos quais ele pode se mover com qualquer velocidade e jpossuir qualquer energia. As energias dadas pela Ba. 14 sGo negativas, significando ‘= cocrgia de um elétvon em um estado ligado ¢ menor do que a de um elétron estacio- 2 grande distancia do nicleo, Finalmente, uma vez que 2 =nerzia € proporcional a 1/ s: niveis de energia convergem & medida quo a enersia aumenta (tornando-se menos vos, Fig. 1.8). (0 valor de lespecifica a magnitude do momento angular orbital através de{I(1-+1)}!h, 1. 2... Podemos imaginar que indica a velocidade na qual oelétron circula em 4o niicleo. Como veremos logo a seguir, o teceiro mimero quanto. m. especifica a tagdo deste momento: por exempl, sea citculasio € hordria ow ani-horita, Camadas, subcamadas e orbitals gos em destaque: Todos os orbitals com um dado valor de npertencem a uma mesma ca- todos 0s orbitals de uma dada camada com o mesmo valor de | pertencem a uma mesma -amada; cada orbital individual & distinguido pelo valor de m, tum tomo hidrogenside, todos os orhitais com o mesmo valor de m possuem a mesma jg e so ditos degenerados. O nimero quantico prineipal, deste modo, define uma de eamadas do dtomo, ou conjuntos de orbitais com 0 mesmo valor dem que, por esta ‘ém a mesma energiae, aproximadamente, a mesma extensto radial 0s orbitais perteneentes a cada camada sio clasificados em subcamadas, diferencia “Ss pelo niimeto quantico |, Para um dado valor den. @ niimero quaintico I pode ter 08 ‘originando 1 valores diferentes no toal, Por exemplo, a camada ‘Sn = I consiste em somente uma subcamada com {= 0; a eamada com n= 2 consiste “= das subcamadas, uma com = 0 ea ovtra com f= 1; a camada com n= 3 consiste em “= subeamadas com valores de figuaisa0, 12. Ecomum identificar cada subcamada por sem letre: Energia Figura 1.8 Os nivels de energia quanti- 2zados para um atoma de H (= 1) eparao fon He" (2 2).0s nivel de nergia de um {tome hidrogendide sie proporcionais az 36 NDAMENTOS Subcamada 4 3 2 i Figura 1.9. Classticacdo dos aritaisem ssubcamadas (mesmo valer de) @ cams: das (mesmo valor den), Valor ded ote ee Designagio do orbital sop d f @ Para maioria dos propésitos em quimica, necessitames considerar somente as subcamades spodef ‘Uma subcamada com mimero quéntico /consiste em 21+ 1 orbits individeais, Estes orbitals slo diferenciados pelo mimero quintico magnético, ny, o qual pose apresentar 2! + valores inteiros de +14 Este nimero quiintico especifca a componente do momento angular orbital em torno de um eixo atbitririo (comumente designado 2) passando pelo mi- cleo. Assim, por exemplo, uma subcamada d (I= 2) de um dtomo consiste em cinco orbitas, at6micos individuais que sto diferenciados pelos valores m= +2, +1, 0,-1.2 ‘A conclusdo pritica dessas observagbes pura a quimica & que hi somente um orbital na subcamada s (10), com m= 0: este orbital é denominado orbital s, Ha tres orbitas ma subcamoda p (I= 1), com aimeros quanticos m= +1, 0,1; eles so chamados orbitas p Os cinco orbitais da subcamada d (J = 2) sto chamados de orbitais d,e assim por diante Fg. 19). Exemplo 12 Identfcando os orbitals a partir dos nimeros quantcos (Que conjunto de orbitas & define porn =4.¢= 72 Quantos orbitals facem parte dest conjunto? Resposte 0 nimero quantico prncpaln identifies a camadas 0 outro nimero quince Fidentia a subeamada, A subcamada com = 1 consist dos orbitals p, Os valores permiidos de m=, 1, =_-forecem a quantidace de orbits daqueletipa. Neste caso, m= 91,081, Exisem, porianto, ‘tes orbials ap. Teste ua compreenséo 1.2 (ue conjunto de orbitals & definite pelos ndmeros quanticos a =3.¢/= 2? Quantos orbitals exstem neste conunto? (0 Opin do elétron Pontos em destaque: 0 momento angular intrinseco de spin de um elétran € defnido por dols, rumeras quanticos, se m,. Quatro ndmeros qudnticos so necessérios para definiro estado de tum efron em um tomo hidrogendide, Algo dos rs nimerosquanticos ecessrios para expeciticaradsuuigdo espacial de um «létron em um Stomo hirogensie, mais dos mimes quanticos Bo necestos para def nr o estado de um eletron. Estes mtimeros quintcos adicionais relacionam-e ao momento angular intrnseco doeiron, seu spin. Este nome sugeze que um létron pode ser consid rado como tendo um momento angular que surge de um movimento de rolagéo,semelhante 39 movimento de rotaglo dro de um planeta & medida que ele viaja em sua bita anual 20 redor do Sol. Eniretanto, o spin urn propriedade puramente quanto-mecnica ¢difee consideravelmente de seu homénime cls. (0 spin é descrto por dos nimeros quinteos, semi, O primeira € anélogo ao f para © movimento orbital, mas est esrito a um dnicoe invaridvel valor s~ J A magnitude do ‘momento angular de spin € dada pela expresso {s(3++ 1)}"t, de forma que para um elé- tron esa magnitude ¢ fina em } Yh, para qualquer eléron. © segundo nimeto quanti, 0 snimero quintico magnético de spin, m, pode assumir somente dois valores, + (giro no setid ant-horro,vstode cna) e ~ (gk boro). Os dis estado so, reqntement, representados peas setas ("spin para cimat"sm,= +5) eL spin para ano, = —}) o8 plas letras grepas ce B,respectvamente. ‘Uma vez que para espciticarmos o esta de um dtomo devenos espeificaro estado de spin de um eléiron, & comum dizer que 0 estado de wm elton em um dtomo hidroge- bide & earstrizad por qr aimerosqutios,nominalment, 1. © (0 guia némero quinteo, 5 €fxo.em (@ Avariagdo radial dos orbitals atBmicos Pontos em destaque: As regis onde as fungbes de onda passam pelo zero slo chamadas de 16s: um orbital stem amplitude diferente de zero no nileo; todos os outros orbitals (aqueles ‘com! > 0) desaparacem no nile. ! Os quimicos geralmente acham mais adequado utilizar uma representagdo visual dos ‘eeitus amigos ao invés das suas expresses matemdticas. Entretanto,precisamos conhe- ‘s=ras expresses mateméticas nas quaisessas representagies se api. ool As expressdes matemiticas de alguns dos ofbitais atémicos hidrogendides sio mostra “Sa Tabea 1.2. Peo fata do poreocal caslombiano do nclo presenta siti cstca Estes “peoporcional a Z/re independente da orientagao relativa a0 nticteo), os orbitals sto melhor 2b “expresso em termos das coordenadas polares esféricas definidas na Figura 1.10. Nessas 0 serena, todos os obits tn a orm: is Vai = Rat?) Yom (5) (1.6) “Fest sta formula quanto os valores na tabela podem parecer complicados, mas cles expres- ‘se 2 iia simples de que o orbital hidrogenside pode ser eserito como 0 produto de urna Beesio Rir) do raio ea fungao ¥(8.4) das coordenacas angulares. A fungdo de onda radial “Sse varingio do orbital com a distdneia do nicleo, A fungio de onda angular expres + forma angular do orbital. As regides onde a Fungo de onda radial passa pelo Zer0 so “Sfesnalas de n6s radials. Os planos nos quai a funedo de onda angular passa pelo 72r0 sto Jos de nis angulares ou planos nodais. As vatiagdesradiais dos orbitals atmicos so mostradas nas Figuras 1.11 e 1.12. Para sal 1, 0 fungio de onda cam n = 1, = ¢ m=0 decai exponencialmente cam x dis 20 nlcleo e munca passa pelo zero, Tolos os orbitais deeaem exponencialmente para 1s sufcientemente grandes do aiicleo, mas alguns oscilam passando pelo zero em, es prOximas do nicleo, «assim possuem um ou mais nés radiais antes de atingirem éecsimento exponencial final. Um orbital com nimeros qudaticos me Lem geral tem 1-1 nds radiais, Essa oscilagdo € evidente no orbital 2s, orbital com n= 2,1 =O.e m= Se geal passa uma ver. pelo zero e deste modo possui um né radial. Um orbital 3s passa sexes pelo zero e possui entio dois nds radiis. Um orbital 2p (um dos trésorbitais com 2 1= 1) nfo tem nos radiais porque sua Fungo de onda radial nunca passa pelo zero 10, um orbital 2p, como todos os outros orbitals, cxostoo orbitals, zero no nica. = um eléiron em um orbital s possa ser encontrado no ncleo, um eléiron em qualquer ‘opo de orbital nfo ser encontrado li. Logo veremos qu este detalhe aparentemente Tabela 2. Orbital hidrogendides (a) Fungées de onda radats Redo) = RiZIag)"*e?? onde ay €0 lode Bohr (3 pm) ep = 221/00, - » fs 10 1 9 a 2 > (25a -p) 2 1 (1/2V8)p 3 9 (1/9v3K6—69 +04) > 1 (sveye— mp 3 2 (1/9v30)9" (© functes de onde angutores Yon G6)= (1/4060) 1 ™ v0.8) ° ° 4 > ° ease a H 39/2)" seme 2 ° (6/6)'7(3c0st6—1) 2 4 3(15/4)!cosdsen de 2 2 (15/8)*" sen? ve CapiTULO 1 + ESTRUTURAATOMICA__37 Figura 1.10 Coordenadas polares esér cas: oralo, 8 (tet) acolatindeed (9) ata a = Zoe) BM hts 3 3s 2 \ 2 ow wa Raio, Za, Figura 1.11 Fungies de onda radials dos otbitas hidrogendides 1s, 25 e3s. Observe que. nimero de nis radials £0, 1 2, res pectivamente. Cada orbital tem uma ampl- {ude diferente de 2er no niclea (ern r= 0). © os 06 oa| o| Fungi de onda radial & 0 0 2% 30 Raio, Za, Figura 1.12 Fungdes de onda radiais dos ctbitais hidrogendides 2p e 3p. Observe que o ndimero de nds radials 6 1, rs pectvamante, Cada orbital em amplitude zerononicleo fem r= 0) 38__paRTe1 + FUNDAMENTOS Raio, Za, Figura 1.13 Funcaodistrbuicdo radial de um orbital hidrogenside 1s.0 produto der’ (que aumenta com o aumento de 1 por v? (que decresce exponencialmen- te) passa por um maximo em r= 0,/2, & = Rojo, Zria, 19 Figura .14 Funcdes distibuigao radial se ombitas hdrogensides, Embora 0 orbital 2p esteja em média mais prdximo a0 ndcleo (observe onde seu maximo se encontra), 0 orbital 2 tem uma maior pr. babildade de estar proximo a0 nucleo por ‘causa do seu maximo interno, Pequeno, uma conseqiéncia da auséncia do momento angular orbital quando /= 0, um dos ‘conceitos principais pars o entendimento da tahela perisdica, (©) Afuncdo distribuigdo radiat Pontes em destaque: A fun¢ao dstribugao radial fornece a probablidade de que um elétron Se]a encontrado a uma dada distancia do ncleo, ndependentemente da drecao. A Forsa coulombiana que stra o elton est centrada no ndcleo, de forma que fregien- temente estamos interessados em conhecer a probabilidade de encontrar o elétron « uma dada distincia do micleo, independentemente de sua diregio, Esta informagao permite-nox avaliar quio fortemente 0 clétxon est sendo atraido. A probabilidade total de ¢ encontey: o elétron em uma casca esférica de rai re espessua dr € a integral de dt sobre todos om Srgulos. ste resultado freaientemente escrito como P(r, onde P( €chamada fang Adistribuiglo radial, Em geral, PU) =PR(r}? an (Para os orbitas s essa expresso 6 0 mesma, uma vez que P= 4ny*y2)) Se conhecemos 6 ‘lor de para um aio r.entio pedemios determinar a probabilidade de encontrar eletion gm algum lugar numa casea de espessura dr neste rio, simplesmente maltiplicando P por Em eral fongodstibuio radial para um orbital numa eamada de nmero quanto Drincipal » tem n-— 1 maximos, endo o maximo mais externo o mais alt, Pelo fato da fungio de onda de um orbital 1s decrescer exponencialmente com a distin. Gia a0 ndcleo,e °aumentar, fungi dstibuigdo radial de um orbital Is apresenta uments Ximo (Figura 1.13), Deste mode, hs uma distincia na qual oelétron pode set mais facilmen ‘= encontrado. Em geral, esta disdncia mais provivel decresce A medida que a carga nuclear ‘tumenta (porque o elétron ¢ atraido mais fortemente para onicleo) eespecificamente us) nde cy € 0 raio de Bohr, ) = coe, uma quantdade que aparece na formulagio do Imailelo atémico de Bob, sendo seu valor numérico 52.9 pm. A distincia mais provivel au, ‘menla com o aumento de n porque quanto maior a energia, maior a probabilidade do eléiron Serencontrado distante do nicl. Figura 114 mostra as fungi dstruigo radial par os orbitals hidrogensdes 2s 69. Qual ore {al permite eo elétron tera maior probabilidade de ser encontrado print do ndvieo? Teste sua compreensio 1.3 Qual dos orbitals, 3p ou, permite ao elétron a maiorprobobildade de ser encontrado prxima do nce? (9) Variagio angular dos orbitals atdmicos cottos em destaque: A superficie lite de um orbital indice a reso do espaco dentro da qual mals provivel de se achar elétron; os orbits de nimero quaatico / tem planes nadste, Lm orbitals possui a mesma amplitude a uma dada distineia do niclo,independentemente «as coordenadas angulares do ponto de intorese, isto, um orbital stem simetra esféren O orbital 6 representado normalmente por uma superficie esérica como nicleo no seu centr, A siperficie ¢ denominada superficie limite do orbital e define a regio do espaco dentro da ual ha uma alta probabilidade (normalmente de 75%) de encontrar-se 0 elton. A supert ie limite de qualquer orbitals éestérica (Figura 1.15). bos ei PEP OR 4.15 Supericie limite esterica de posiiva;no mais escuro énegativa, “>

0 tém amplitudes que variam com o fngulo. Na maioria das “Specsentagies grificas comuns, as superficie limite dos és orbits p de uma dada eamada “SS Hénticas, a no ser pelo fato que seus eixos alinham-se paralelamente a cada um dos tes ‘Ss cartesianos centados no niéceo e cada um possui um plano node passando pelo nicleo |Pogsra 1.16) Esta representagdo 6a origem dos nomes Px. ft¢ 7.08 qutis so alternativas 40 “s9 dos valores de m, para indica os orbitaisindividuais. Cada orbital p possui um inico pla- ‘> odal. Um orbital p., por exemplo. € proporcional ao cos 4 (ver Tabela 1.2). Deste modo, ‘== fungio de onda desaparece em qualquer lugar do plano carrespondente a 8 = 90° (6 plano ‘>> Um elstron nao seré encontrado em qualquer lugar do plano nodal, Um plano nodal eorta, ‘scicoe separa as regies de sinais positivo e negative da fungi de onda. As superfcies limite € os rénilos que usamos para os onbitis d ef sto apresentados ‘== Figuras 1.17 1.18, respectivamente, Observe que um orbital dtipico tem dois planos CAPITULO « ESTRUTURAATOMICA 39. tals, Figura.16 Superficies limite dos orbitals p, Cada orbital tem um plano nodal passando pelo Incleo. Por exemplo, 0 plano nodal da arial. €0 plana xy. © lula claro tem uma amlitude Figura 1.17 Uma representacio das superficie limite dos arbitais d. Quatro dos otbitaist@m dois planos nodals per pendiculares que se ctuzam em uma inha ‘que pa550 pelo ndcleo. No orbital da superficie nodal forma das canes que se lencantram no ndcleo, Figura L.18 Uma representacao das superfcis inte dos orbitals f Outras representagies (com formas diferentes) também s8oalgumas vezes encontradas. + FUNDAMENTOS ‘ods que se interceptam no miclea e que um orbital ftipico possui tes planos nodais, Em gral, um orbital com nimero qudntica em J planos nodais. | Atomos multieletrénicos Como indieado no infeio do capitulo, um “tomo multieletrOnico” & um dtomo com mais ‘de um elétron. Assim, mesmo o He, com apenss dois elstrons, &teenieamente um élomo ‘multiclettnico. A solugdo exata da equacio de Schridinger para um dtomo com Melétrons deve ser uma fungio das 3N coordenaclas de todas os elétrons. Nao hi esperanga de st en. 21 (do escan- cio em diane), Este #0 clagrama que jus tificao principio do preenchimento, endo petmitida que até dos elétrons ocupem «ada orbital Figura 122 Uma representacao mais Setalhada dos niveis de energia dos ao. ‘mos multieletrOnicos na tabela periica Ainsereio mostra uma vista amplada préximo aZ=20, onde comegam os ee rmentas da sre 34, Isso ocorre porque, em uma determinada eamada, os orbitais« so 0s mais penetrantes os ‘orbitas fs 08 menos penetrantes. O efeto total da penetragao e da blindagem & demons. trado no diagrama de niveis de energia para um stomo neutro, mostrado na Figura |.21 A Figura 1.22 apresenta as encrgias dos orbits ao longo da tabela periédica, Os efeitos So diseretos e a ordem dos orbitais depende fortemente do némero de elétrons presentes no tomo e pode mudar quando acon ionizagio. Por exemplo, os efeitos de penettaglo so muito pronuneiados para eletrons 4s no K eno Ca, nests dtomos os orbtais 4x possuem énerpia menor do que os orbitais 3d, Entretanto, do Se uo Zn, 0s orbitais 3d nos atomos Reutros apresentam energias menores do que os arbitas 4s. Do Ga (Z = 31) em diante, os ‘orbitais 3d apresentam enexgia bem abaixo do orbital 4s, € os eléirons mais extemos ate, sem diivida, aqueles da subcamadas 4s ¢ 4p. 1.8 O principio do preenchimento As configuragies eletrinicas no estado fundamental de étomos multicletrOnicos sto de- terminacas experimentalmente por espectroscopia e estio resumidas no Apéndice 2. Para explics-ls, necessitamos levar em conta os efeitos de penetraglo e de blindagem nas ener, Bias dos orbitnis € 0 papel do principio de exclusto de Pauli. O principio de preenchi- ‘mento (o qual é também chamado por seu nome germanico, principio de Aufbau, deserita € seguir) é um procedimento que leva a configuragées aceitveis para o estado fundamen. tal. Nao ¢ infalivel, mas ¢ um excelente ponto de partida para discussio, Entretanto, come ‘eremos, ele fornece uma base teérica para o entendimento da estruturae das implicagdes da tabela periddica, © Configuracdes etetrénicas do estado fundamental Pontos em destaque: A ocupasdo dos orbitals atmices segue aordem 15, 2s, 2p 38,3. 4s,34, 2» Orbitais degenerados sto primeramente ocupados unicamente antes Ge serem dupla- mente ocupados; certas madificages na ordem de ocupaclo ocorrem para orbitals de. De acordo com 0 principio do preenchimento, os orbitas de dtomos neuttos sa0 tratados como sendo ocupados na ordem determinada, em pare, pelo ndmiero quiatico principale em parte pela penetragiae blindagem: Ordem de ocupagto: 1s 2s2p 38 3p 4s dp (Cada orbital pode acommodar até dois eldrons. Assim, os ts orbits em um subeamada p podem acomodar um foal de seis elétrons e 0s cinco arbi Energia —+ Numero atémico, 2 ‘Semmodar até dez eléirons, As configuragbes do estado fundamental dos primeiros cinco _Sementos so previstas como sendo Howe Li Be OB tt ast ass! sas? stag?! Sex ondem concorda com a observaedo experimental. Quando mais do que um orbital esti “Sponivel para ser ocupado, cal como quando os orbitais 2p comegam a ser preenchidos no <0, adotamos a regra de Hund: ‘Quando mais do que wn orbital possu a mesnve enerea, ax elérrons ocupam orbits separ radas, vendo que os spins ficam paratelos (17) A cup de orbits separaios (como um orbital ¢ wm orbital.) poe ser enen- “Ses em termos das intragdes repusivas mas fracas que existem enteelérons ocupando “Beeseaes regis do espago (létrns em diferentes orbitas) do que quando estes ocupam “Seema regio do expago(elétrons no mesmo orbital). O requsito de spins pralelos para “Sons que ocupam diferentes orbiuis uma conseéncia dem efeito da meedniea gun. “Ss chamado de eorrelagao de spn, a tendEncia de dos eletrons om spins paraleos per “See=cerem afastados um do outro c deste modo repelirem-se menos, Uma consequéneia “$5 do perfodo puxs os elétons, resultando em Stomos progressivamente mais compactos, “ semento geral do raio ao descermos no grupo ¢ © aumento 20 longo de um perfodo dever ‘= sempre lembrido, uma vez que eles ve correlacionam muito bem com as tendéacias em “ses propriedades quimicas, ‘0 sexto perfodo mostra uma interessante ¢ importante modificacio nestas tend@ncias “gees. Pexlemos observur na Figura 1.24 que os raios metélicos da tereira linha do bloco ‘SS muito semelhantes aqueles da segunda lina, nfo sendo, como esperado, signticativa- “sere maiores pelo fato de possuirem um nimero muito maior de eletons. Por exemplo. 0% ‘sss do molibdénia (Z = 42) e do ungsttnio (Z = 74) sio 140 e 141 pm, respectivamente, “Ser do iltimo ter muito mais eltrons, Esta redugdo do rao abaixo do esperado com base ‘se smples extrapolagdo da tendéncia observada ao se descer em um grupo é chamada de “estraco dos lantanideos. O nome ressalta x origem do efeito. Os clementos da terecira “Sets do blovo d(sext peiodo) sd0 precedidos pelos elementos da primeira linha do bloco _s lantansides, nos quais 0s orbtais 4festo sendo ocupados. Estes orbitais possuem uma ‘semecne capacidade de blindagem, de forma que os eléirons de valéncia experimentam uma “Se=ss50 nuclear maior do que poderia ser esperado, As repulsGes entre os eléirons que estdo “endo adieionados ao longo do bloco fnio s40 capazes de compensar 0 aumento da cares “secteur, de forma que Ze; 2umenta da esquerda para a direta ao longo do perfodo, Sendo o ‘sso de Z, dominante, este puxa todos os elétrons resultando, dessa forma, num tomo - compacto, Uma contragio similar € encontrada nos elementos que seguem 0 bloco d. “Se cxemplo, embora haja um aumento substancial no raio atdmico entre © boro eo alumi- ‘so (88 ¢ 143 pm, respectivamente),orafo atOmico do gélio (153 pm) ésomente ligeiramen- ‘se msior do que odo aluminio. i ainda uma contracdo adicional dos elementos mais pesados, do sexto perfodo para ‘Sexe. que € atribuida a efeitos relativisticos. De acordo com a teoria da relatividade, 2 ‘eesss de um eletron aumenta& medida que a sua velocidade se aproxima da velocidade da 48. PARTE 1 = FUNDAMENTOS luz, Para os elementos leves, os efcitosrelativstions podem ser negligenciados, mas para ‘elementos mais pesados, com elevados nimeros al6micos, eles se tornam signiticaivos © podem resultarem uma contragdo do tamanho do stomo de, aproximiadamente, 20. Os efeitos rlatvisticos sao particularmente aparentes nos elétrons 6s, os quais peneteamn mais réximo do mticleo «esi sujeltos a forgas de nee muito fortes. Uma outra earacteristica geral que se percebe mit Tabela 1.5 € que todos os finions sto Imaiores do que os tomes orginais ¢ todos os edtions so menores (em alguns casos, de forma ‘mareante}.O aumento do raia de um étom quando da formagao do inion corespondente € 0 resultado de urna maior repulsio elétron-létron que ocome quando um eléiron 6 adicionado Pata formar um dnion. Hii também uma diminuiglo no valor de Za-que esta associada a este faio. O menor saio do ition comparudo com o do stom que o riginou é uma conseqiéncia ‘io somente da redugo na repulsio elétron-elron, devido a perda de elétrons, mas também belo fato de que a formagao do cation results na perda de eléirons de valencia ¢ um aumento de Ze Essa pends, freqientemente, resulta num étomo com camadas fechadas de elétrons, Iuito mais compacio. Uma vez que estas dferengas marcantes sejamn levadas em consideras ‘a, a variagio do raio ifaico ao longo da tabelaperidca acompanha aquela dos étomos. [Embora pequenas variagdes no raio atOmico possam parecer de pouca importincia, de fato © rio atdmico tem um papel central nas propriedades quimicas dos elementos e poque- has variagBes podem ter profundas conseqiéncias. (©) Energia de fonizagdo Pontos em destaque: & primeira energia de ionzacdo € menor em direclo ao lado esquetdo in- ferior da tabela peiddica(préximo do césio) e maior proximo ao canto superior dieito (prdximo 4d halo). As ionizacies sucessives de um étomo requerem energias cada ver maiores, A facilidade com que um elétron pode ser removido de um stouno é medida pela sua energia e fonkzasio, Ja energia mfiima necessiria para remover um elétron de um Stome em fase pasos: Als) AT (g) +e(s) = (AY) — B(A.g) as) AA primeira energia de iontzago, ,€ a energia necesiri para remover oelétro menos firmemente ligado de um tomo neutro: a segunda energia de lonizagio, f,€ « netuia necesstiapara remover oeléiton menos frmementeligado do edtion resultant assim Dor diane. As eneryias de ionizagdo so convenienementeexpressas em cltron-vols (eV), amas sto facilmente convertidas em quilojoues por mol usando-se 1 €V = 96.485 KI mol: ‘A ener de ionizasto do stomo de H.€ 13,6 eV, de forma que remover um elétron de um ‘tomo de hidrogénio ¢equivalente a arastar um eléron através de um dferenga de poten. cial de 13.6, Nos cilelos termodindmicos éfreqlentemente mais apropriado usar a entalpia de jonas, a entalpin padrio do processo descrito pela Eq. 1.9, nomialmente 298 KA en tain de ionizagio motaré$ RT maior do que a eneegia de tonizagio. Esta difereaga proven «ta variagto de T=0 (asemida impictamente para) para fenperatoraT(ipicamente 298 ) A qual o valor de enalpia se refere, a subtitui de | mol de particulas de spor 2 mmol. Entetanto, como RT € somente 25 kI mol (eorespondendo a 0.026 eV), tempers- {ura ambiente, eas enemies de ionizagio so da ondem de 10" — 10° KI mol "(1-10 eV), 8 siferenga entre energiaeenalpa de ionizgo pode Treqlentemente ser ignorada, De modo geral,« primeira energia de ionizagfo de un clemento ¢ dterminada pela netpia do orbital mis alto ocupado no seu estado fundamental. primeira energia de io. nizigo varia sistematicamente ao longo da tabels periddica (Taba 1.6), sendo menor no ‘anioinfrior esquedo(préximo do eésio)e maior no canto superior dircito (prximo do hhc). varagto segue o pad da carga nuclear efetvae (como optipra Zs most) éxistom modulagdes suis que se originam dos efeitos de repulsio elétron-létron deat. da mesma subcamada. Uma aproximacto dl € que para um eleron de uma cama com mero quantico principal » do ‘energla de fonizao(ealgumas superioves) dos elementos, - He pv 2373 5259 o Be 8 c " ° F Ne ss 899 son rose 4023146812080 ee ee ee Tyss02 tae 3660s as77 5300 e501 25018 = ms a si P s a a “ss a7 a7 yes 1011 1000s 1820 Miss trees 57715032251 72862865 fen 72 ett a6k 382539828 a oe f os se Br & 589 579 say ak AL Ce so ld2963 3302 ar3e ah 35003585 x in Sn Si 1 x sas 558 me 8h) 1008 1170 2 06 twat tat? 1798795 tts smo 77082983 as 269831973097 ta 1 > a Po a m es 502 590 m6 70h wt 926186 965 asl 50.1610 1800600 351928783080 28627002500 As energias de ionizagdo também se correlacionam fortemente com os rai atmicos, © "= clementos que possuem pequenos ros atOmicos geralmente tim grande eneraia de ioni- ‘S530. explicagdo dessa corrclagdo é que em um stomo pequeno.0elétron esta proximo 40 ‘sssieo c experimenta uma forte atragzo coulombiana, tornando diffell remové-lo. Portanto, “Sst 0 aio atmico aumenta a medida que descemos num grupo, a energia de ionizacio si, © a diminuigio do raio 20 longo de um perfodo € acompanhada por um aumento “sesdual na energia de ionizagio. Alguns desvios desta tendéneia geral na energia de ionizagto podem ser facilmente -Sspticados. Um exemplo & a observagdo de que a primeira energia de ionizagio do bore & enor do que a do berfio, apesar do primero possuir earga nuclear maior, Essa anomalia -Sexplicada observando-se que no boro o eléiron mais externo ocupa o orbital 2p, fleando ‘sens fortemente ligado do que se estivesse no orbital 2s, Como resultado, 0 valor de / -sersscnta um valor menor, © decréscimo entre nitrogénio ¢ oxigénia tem uma explicagio “se pouco diferente, A configuraglo dos dois stomos &: © (reas ayap}zp! ‘Senos que, no tomo de O, dois elétrons ceupam um mesmo orbital 2p. les se repelem ‘Semen esa forte reputso compensa a maior carga nuclear. Uma outa cotrbuigio gee esta diferenga & a menor energia do fon O* em razao da sua configuragao 25°2p": ‘Se ios, una subcamaula semipreenchida possul uma energiarelaivamentebuixa (Fi ie 125). N [Hel2s*2plapjapt CAPITULO 1 + ESTRUTURA ATOMICA PARTE * FUNDAMENTOS Figura 1.25 Variacéo pariédica da pri- melraenergia de lonizasao, Energia de ionizagao, eV Periodo Figura 1.26 Primeirs, segunda e terceira ‘enetals defonizagdo dos elementos co Grupo 13. As energias de onizatdo suces: Sivas s40 cada vez majores, mas ndo ha um padro claro & medida que descernos ro grupo. Energia de ionizacdo, veV Numero atémico, Z temple 1.7 Explcando varagio da nela de lonzacdo Expligue odeéscimo na primera enera de ianzaro do foro para o encore, Resposta As conguacbes do estado fundamental dos dois tomes sto: P INe3S*p!3p}ap) —S Nestapapt3pt ‘Como no casa andlogo do N do 0. na configuraco do estado fundamental d S dois elronsestto ‘resentes em um dos orbitals 3p. Fles assin esto 20 primes que se repelemfortemente,¢ este ‘aumento na repulso compensa o efit ds carga nuclear maior do Scomparada 3 do Como ned. ferenga entre We 0 asubcamads semipreenchida do S"embém contribuiparaareducio ca energla oon e assim, paraa sua menor energia de onizagao, Teste sue compreensio 1.7 Expique o decscimo da primeira energia de ionizagio do Gor para o or, Considerando 0 flor € neénio, os iltimos elstrons entram em orbitais que jf estdo se- ‘mipreeachides, seguindo a tendéncia na energia de ionizagdo iniciada no oxigénio. Os altos valores da energia de ionizagdo destes dois elementos refletem o valor alto de ZO valor 1.8 Exolicando os valores sucessivos das enersias de ionizacéo 10s seuintes valores para as sucessvasenesalas de onizagBo Go bor, onde Ay iM) Ba a entalpia de onieagao: ” 1 2 a 4 5 SuaMO/OMI mer) 0.807 2493 3.666 5038 aH ‘A configuragaoelettnica do boro ¢ 1s'2s'2p. A primeira energla de lonizacéo corres- 3 remagio do eltron do orbital p, Este elétron esta blindado da carga nuclear pelo caroco sada 15 © pee subcamade 2s. 0 segundo valor orresponde a remacio do primelr eltran 2s ‘ttion 8. Este elton & mals fl de remover davido 20 auenta da carga nuclear eftiva eda ‘energia de um elton s. carga nuclear efetvaaumenta mals anda com 2 remocao deste resultando num aurnento de dp, M(2) ara doy) Hé um grande aumento entre Ae, 3) 2) porque a cameda 1s ea numa energia muito bala, uma vez que ela experiments pra ‘oda a carga nucleate também & camada com n= 1.0 timo eléton a ser removido no qualquer blindager da carga nuclear, de forma que 4. HIS) é mult alta, endo dada por heR7™ 275, cortespondendoa (13,5 eV] x25 = 340 eV (62,836 M9 mel). sue compreensdo 1.8 Osserve o valores istadosabaio para a inc primeras energie on: So de um erent ededuza.aqual grup databelaperiéica ele pertenc.lusinque sua respste N E 2 3 4 > SeohQO/OH mer) — 1.083 2389 AAT 6297838, © Minidade eletrinica ‘Sestos em destaque: As afnidadeseletnicas io mais altas para os elementos préximos do ‘ise na tabelapericica “Sestalpia de ganho de elétron, AH”, é variagio da entalpia padro molar quando um “emo na fase gasosa gana um eléiron: Als) +e-(g) = A-(8) @ sssho de elétron pode ser exotérmico ov endotérmico. Embora o termo entalpia de ga- “S> & clétron seja 0 termo termodinumicamente apropriado, muito da quimica inorganica ‘© Sscutida em termos de uma propriedade muito prOxima, a afinidade eletrOnica de um -Seecoto, F, (Tabela 1.7), que & a diferenca de energia entre os stomos gasos0s € os fons ipeeses a T=0. = F{A,g) — E(A",8) (1.19) Tabela 1.7 Afinidades letronicas dos elementos principals, E,/(K mot 4 He 2 a ie a Be ae Ne m2. 3 ae aa 328116 780 a omg oA SI ge ar eee yt tay es ones 2000 9-96 497 IS cart oem vrtearst ohekmniec ray eb DP Ke Pig hoe earner ae 195 325-98, mos Se ee a a cal xe 7s Shit eT (see tOS geal *Osprinsies valores frome aac dean Xa at do toma neuto:9 segundo valet crespondefornacio dea partir dex CAPITULO 1 + ESTRUTURA ATOMICA 52 PARTE 1 » FUNDAMENTOS Embora a relago precisa seja Alt = —F,— $27, a contibugho de SRT € freqlen- temente ignorada, Uma afnidade eletrOnicapostva indica que o fon A” tom uma cnergin ‘enor, als negtiva, do que o tomo neutro A.” A segunda entalpa de ano de eaten. 2 ‘arlagto de enalpia para ligagio de um segundo cléirn a um domo iieiameste neue, sempre positiva porque arepulsioeletOnica supers aatagao nuclear Exemplo 19 Explicando a variagdo na afinidade eletsnica Justfiqueo grande decréscimo na afinidadeeletrnica do ia para oberlo, pesado aumento na carga nuclear, Resposta As cntiguracieseletrénices do Le do Be so, respectvamente [Meld « [Hels 0 ole {Yon adictonal entra no ottal 25 do Ll mas no orbital 2p do Be cando mula menos gad, De fate, 2 carga nuclear est to bem blincada no e que o ganho deum elétron endotennice Teste sua compreensio 1.9 lusiique.odecréscimo ne ofiridade cleric do CparaoN A afnidade elewénica de um clemento € determinada, em grande pate, pela energia o orbital ndo-preenchida de menor energia (ou semipreenchida) do stom no seu estado fundamental. Este orbital & um dos dois arbitais de frontefra de um domo, sendo 0 outro © orbital atémicn preenchid de mats alta energia. Os rbitais de Frontera sta nqueles onde correm mites das mudangas nas distribuigtes elewénicas quando as ligaes se formam.e Veremos mais sobre a sua importineia ao longo do texto. Um elemento possui uma alta af nidade eletrGnica se o eltron adicional pode entrar numa camada onde ele experiments uma {ote carga nuclear eta, Bse 0 caso dos elementos préximos ao canto direito superior da tabels perce, como jd explicames. Desse modo, podemos esperar que os elementos prot ‘mos 40 for (especificamente O e Cl, mas no os gases nobres)tenham as maioresafinglades eletrdnicas e grandes valores de Zy, sendo possiveladicionar clétrons &.camada de valencia O nitrsénio tem wma ainidade eletrOnica muito baixa devido als repulstoelernica sue ‘corre quando um elétron entra em um orbital que jé est semipreenchido, (@ Eletionegetividade Pontos em destaque: A cletronegatividade de um elemento & a capacidade que um tomo de tum elemento tem de atrair elétrons quando ele é parte de um composto; hé uma tendéncta {eral de aumento da eletronegatividade ao longo de um periodoe uma tendéncia geral de dimi- ‘uigdo ao descermos num grupo. A eletronegatividade, (chi), de um elemento é a eapacidade que um étomo de um ele ‘mento tem de atrar eletrons pare cle quando faz parte de um composto, Se um tomo temp lua forte tendéncia de adquirirekétrons, diz-se que ¢ “allamente eletronegativo” (como ox Figura .28 interpretargo da eletione- satvidade © da polaizabiidade de um elemento em termos das energias dos o bitais de fronteira(o orbital preenchida de tmalorenergia eo desocupada de menor ‘nergia). (a) Batxa eletronegatividade © Polarzabilidade; (b) ata eletonegatvid ee polarzablidage. Sisseado como altament eltronegative_Inversamete se ant sua energia de ona em balxas, nto o toma tenderé a perder elétrons 40 Hos: desse mode, sed elasificado como eletropositivo. Essa observasdes ‘motivaram a definigfo de eletronegatividade de Mulliken, 7, coma 0 valor médioda caer, £58. lonizagdo da afiidade eletrbnica do elemento (ambos expressos em eV) m= 40+) aay A Gifculade na definigfo da cletronewatividade de Mulliken é que a energia de ionizagio sreauigadeeletronica na dfingto relacionam-se ao estado de valencia, aconfgurasao ) Qual x sua distneia mus provivel do ‘icteo porque ext & diferente? (c) Qual Eadstincia mak provivel de ‘ut elton 2s em relagto ao ndclen? 143 As enegias de ionizagto do nbidio eda prata So, respoetivamente, 4.1867.57 eV, Caleule as enegias de ionizagio de um dtomo de Hang sex eléron nos mesos orbits destes dois tomes eexplique as ite eng entre os valores, 2.4 Quando uma ratio de 58,4:am de uma lampsda de descarga de ‘i € rigid prs uma amestra de ciptnio, elon so expan comm uma veloicade dl 1,59 10° mA mesma radiagao pe «letrons de stomos de rub com uma velocidad de 243.1 me! ‘Qua so as energis tle inizago (em eV) dos dos elementos? 445 Discora sobre as primcias eas mais modernas propostas de cons- teas di tbel erica. Vet deve considera a tentatas de erapar ‘elementos em helices © cones, assim como as superfiies dimen, ‘ais mas pitas. Quis so, er sua opinito, as vantagens e desrane Be doses virosattanjos? 146 A deci sobre quais elementos penenocm ao bloeo fem sido um. ‘assunto controverso. Uma determinads pos foi detendida por Wid ‘ease Chom. Edc 1982, $9,635), Resumaa conta 0 rhe ‘mentos de Jensen 17 A sbundincia natural de clementosadjacentes na taba pertiica, setaene fee por um ftor de dez ou mas, Expliqu ete Fendmego, 4.8 Equiibreaseguine reagio neclear: tem + 4.48 Expigue as endéncss, elemento por clement, 20 longo do teres +» period para: (a) enerpa de ionizagao, (6) alnidade elatonica eto sletonegatvidade 1148 xpligue por que dois elementos do Grup 5, nibio (Perfodo$)¢ tmtalo Period 6), possuem o mesino rao atbmico, 1.20 Diseuta a tendénea nas cetronegatividades ao longo do segundo Perfo, do lito ao for Voce sera capaz deexpicar em detathes,a tendéncia ma energie de fonzagte? 4421 ldentique os abiais de fronteica do toma de Be 1.22 Compare as tendciasseras na cnerga de ionizag, rio atémicn ‘letronegatividade,Justiique os parla. 119 Explique como voe8 determinaria sea seago nuclear do Problema | Biber energia ow alo, se voc® tvesse aces a dos tbelados, 1440 Considereo proceso de blindagern em diomos, usando Be come tum exemplo, O que est endo blind? Do que €blinado? O qu en bindando? 1.11 Em ger as enerpas de ionizag aumentam 40 longo do pefado Ge esquerch par. diets. Explique por ques segunda ener de lonisa ‘0 do cromo é maior, e no inferior, do que a do mangants 1.42 Desene as projegdes de dos obits no plano ay, cme proje- 4s plans no plano do papel. Rule cata desea com x teapestvn fang matemética © atribua um tuo de dois simbotos ou que use om ar de cixos cartesian. Indiqu, de forma apropriada os lebulos dos orbitals com os snas-+ (posiivo} e~ (negatvo} 4.13 Em 199 sprsceram, na tertua cinta, verso uigos legando que os orbit do CoO haviam sid observa experimen ‘almente, Em seu artigo “Seré que orbits foram realmente observed 2. Chem, Ede. 2000, 77, 1484), Eric Sco dscusessasslepagore também se orbits podem ser observadosfisismente,Faga umn eve resumo desses arguments, 2.14 Fim épocasiferentes, das propestas foram sugerids para. gue ‘98 sepuines elementos safa includes no Gap 3 (a) Se La hg (©) Se, ¥, Lu Lr: Uma vez que o aio nico infunciafortenemtens ropiedadesqumica dos elementos metlicos,pode-sopenstr que ele ‘osderia ser wad como um criti para oamanjo pedo dens le, -metos. Usindo este critto, descrova qual dessassexéncis deve neva refer, 2.85 Na artigo “Energi de ionizaeo de ons © moléculas" (PF Lang and B.C. Smith. Chem, Educ. 2003, 80, 938), os autores disci tem ss apaentesimesularidade nas primers €segunlas energis de ionizagao dos elementos dos blocos def Decreva como esas manis- \encias so jusificadan. | RB Ee ge ae 7 a ee

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