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ccc

Texto de PEDRO MEDBIR08


Fotoa de MANOEL MOTI'A

ou o COMANDO DO TERROR

.-Comando deo- c;~ Comun~ r.a;;-;orgullwD· em pertencer - à org'J1ização que-~palha "o-terror de tttrema-direila no pab.

São muitos, a organização é grande.


Nos seus feitos estão os ataques aos
. artistas de RODA VIVA e à USP.Todos
são violentos. Alguns, covardes
ONDE O CCC SE ENCONTRA
A Cervejaria MünchCn, U8 Alamêda Santos,
junto à Rua AUgll~tll e à Avenida Paulista, ven·
deu menos chof"l nO dia em que o capitão da
Marinha americana. Charles Chantllcr. foi fuz;·
la"08 metralhadora à porIa de sua casa "m S""
Paulo. Quando deu meia.noite. O dono coçou
O queixo ao ver que os barris continuavam
cheiOO\,ejâsepreparllvlIparac<:rraras porlM.
um pouco intrigado com 11 llllsêncill de ~c"s rlli.
dO$05 fregueses de lodo dia, quando aflual sur·
giu li explicação. Um dos jovens freqüellladores
dll<.:crvejarillllparoceu.com li fisionomill trans-
tornada e olhos de ~panto, para entrar em con-
talo com li sua turma. Seus temores tinham I'm
molivo muito !!ir;o. Depoia de eliminar Chan.
dler, instrutor de guurilh~ no Vietnã, o me:lmo
pelotão de execução tcuorisla poderia iniciar
a caça aos membror. do CCC, organização nel)-
nazista formada para acabar com o comunismo
no Brasil.
Pel. primeira ve,;. depois de ae terem moa-
trado reaolutos e aegoros em suaa ações de ";0.
lenei&, como o massacre aos alõres de Roda
Viva e a goerra fulminante contra os ellodan·
tes da Rua Maria Antônia. 011caçadorl'! de co-
muniMlaa,que lêm como símbolo umll pirâmide,
senliram tremer 011a1icerees de sua organiução.
- Não temo!! mooo de nada - afirma Üli fuzia do CCC estiveram presentea na luta travada entre os elltudant~ do Mackenzie e USP.
Milton Moraia Ulio, um dos maia jovens <:ola_
bondores do Comando de Caça aos Comunistas.
tI" está /l.entado it minha freme_ rO()a o
cOfKlvazio lias miíOf',que me parecem um tanto ro do palácio. Foram aparecendo vários grupos
tremulaa. SaimOll do Sandchurra, na Galeria
Metrópole, e vamos para os jardins da Biblio.
Nós não dispenos, como a Ca.UIlhiJdo Colégio Macken-
zie, os Matadores do Largo de São Francisco,
tecll. ond(' êle me apresenta mais <'inco eompa. oode fiça a FlICuldade de Direito da Universi-
dade de São Paulo.
nheirOll, que wão sentados lIum banco, à nOSSa
espera. _ temos mêdo _ tases não eram de nada _ comenta
_~seêojornalistadequefalei.l?;leqller Zélio, fazendo blague. - Só matavam mesmo
ficar por denlro de uma !!êrie de coiaas. Acho eram as aulas.
melhor consultar primeiro. Em todo caso, há
informaçõea que podemO$ dar tranqüilamente,
de nada Um dia, êsses grupos dispt!nOs deecobriram
que tinham ideiaa <:omunae resolveram juntar·
pois não comprometem. se. Na!leeu 8!l8imo CCC.
Todos cOllCQrdam:"Não haverá problemas, Continu8lll a desfiar- histórias, a maioria
depende do que a gente di!!5er". cheia de bravatas, destinadas a salientar a dis-
medida em que êles vão me dando puro
À
posição de lota do CCC. Falam 5Ôbre os valô-
menores 5Ôhle a organização, tento entrar IJO~ ressérios q..oedefendem ea"SSII altura a5l!wnem
8!l5untO$confidenciais. Inutilmente: uma atitude eircunspocta. E voltam aos episó-
dios da vida do CCC. Rã um que recordaro
- "5ôhre CSlI3história de preparação ~on· com viva satisfação," um visível sentimento de
tra ~uerrilh8.S,eu nada fKlSSO afirmar. Não está triunfo. t a história do membro do CCC que
ao meu alcance responder". lle "cstiu de padre e conseguiu entrarem v"rias
Eu insisto no 8!lsunto.tabu: reuoiões de ativistas, que êlC!!cbamam de c~
- Dizem quc há uma fazenda a 4üO quilô' /u.lw comuniJlM.
mettos ne São Paulo onde ... Não chego a ter· _ Só nu/na /l.emllllaO homem estêve pre·
minar a fra~; senle a 12 dessa,; reuniõea subversivas.
- Dizem. IJ~ ... Mas ninguem I,ro\'a nada. E repete. fingindo espanto, num tom fabri-
-I)izem IIt,>qut.' um fotógrafo documelltoo cado para deafaz"r qualquer dú"ida:
todo, mas um CCC conseguio roubar·lhe u filme. _ Doze, nem uma nem doas. !k>ze, aabcl
:- Eu flll,'i<lomuilo. Apresente·me i:ese rI" lã o que e i~o, seu môço? E numa semana ape-
pórter, V,••.. ,' acha 'Ioe se i,,~o exis,is~e m"mu> nsa!
(ele a•..•.
e."':ellta om ar de malícia IÍs ~ua.<l,a· Quand" lalam ,le padres, Helder Câroara
IIIHas, parecendo que deliberadall1ente Ilrele",lr' enlra sempre na co''''e,"3. O padrc Heldcr é
dei"ar uma dÚ"ida sôbre as própriM declara. para el""" /),,/,o de Mt>scou.
çõescP""""t:"e),alguémiadeixaralguêmchc_ _Masqualqoerrliailecoidocav/llo.
I;llr por I":rtu~ Fico se," Slher se iasn é uma simp!e>amea-
CumeçHll1eul;;o 11contar histÓr;lI$. Qoan,lo ~II Oll uma informação 'f"e deixa escapar ~ôbre
sllr~io 1\ orga"ir.aç;;o. ninguém sabe ao cerl••. llll!"nl plano .secreto em marcha. O fato é 'luC
N,,~tempo! de Adhcmar. alguns dos atllai,. IlIe",· pouç" t<'mp" depoi~, d. Ilélucr teve sua casa
brosjáestavamelUatividatiee rccebiamdilll ••.i metralha.la.
dO!'. ,I"""",,nli"'"ça por Iô<b parte. ,\ ccr"cjuria,
qlle lôn me"cio"a,b .liversu.'t "~e>lI'e1o gr"po,
n:i" n,e ~aia ,Ia ra~a. l..e'·ci trí'-s dia_~ panl
localizá·la. M,,~ e..llI'-a confirmado. Gente do
ecc 'lue eu já conhecia muito bem estava lá
lOOa> tL'; noil~. Um dia. num gc~lo de I'reei.
pilaçã". al,ri " clldemin],o do 1...;1'0 " eomeeei
a tl'ldollar. Ninguém '1ueria c<ln...::r;;a eo",igo.
Numa da, "I'huas le"talivlll;. Ilre,;les a de.~islir
da'luel" trabalho que pUc<;ia >!CIO !>t:nlido. Fui
5urpr~cndi,lo pela rapidez com 'Iue UlOa "''''11.
~ag~m me fOI Iransmitida 1>01 ulrta voz gravt"
,Iooulroladodalinha.

- Baul?
Não confirmei nem dolmenti. IrnediaLa.
mente, a voz; prosseguiu:
- Hojeãs22.
E depois de uma pausa:
-11""0 limpa.
De~liguei em .cguida, ~em '!-ttber o que fa·
~er. Na verdade. eu nada e1ltendera da men-
sagem. lJa"a Limpa é o nome do restaurante
que pcrtellçeu ao cantor Robcrto Carlos. mas
o nome poderia ~igllifiçar qual'lucr oulra coi!;8..

Uma hora lIntl'!! da~ 22, toquei para O res-


lauranle Barra Limpa. ainda inseguro sóhre a
única pisla. de!lCobcrta por um golpe de sorte.
Não errar o alvo ê uma das vaidades que ê1es têm. José AuguS1.o, alor de Roda Vivo, vitima do cec. Anle!. resolvi dar uma pll.~ada pela cervejaria
Miinchen. Não podia deixar de recordar que
o lerror de Hitler começou justamenle numa çer·
DeJX'i~, Zélia me conta surgiu o sim. vejaria de Munique. De:zenas de f/l.lCG$ ron-
Como
"OrnO

bolo; li pirâmide foi e$Colhida por calls~ da e!I- cavam na C!l<Juina. No meio de um grupo, r~
trulura da organização. Um cbele no IÔPO, qut' conheci Edgar e o Pernn-Torta. Aproximei.me
comanda setore cada vez maiores. à me<lidaqlre c fui diu:ndo:
li

bases
pirâmide
de apoio.
vai crescendo
Nem me
e aumentando
alrevo li p"rguntar
fiuas
no tempo de -
-
Barra
Uê! Você
Limpa?
já está por dentro dessa tam-
quem éésle chde, seria infantil. hém?

Tort4.
Dela vez quem fala é Agenor. o PUIll1l.
Hitler ConfCl!8ei
indi:'K're!o, não
que
illsisli
não,
e
mas, para
afa~tei·me,
não

parecer
com"
- Nó.< ellam05 muito embaixo nlNi/l pirâ· plano de segui·IO!'em mente.
mide. Meu papel;' pesquisa, no noticiário dos O !uJCa dl' Edgar liderava a ura"ana, que
jornais os novos objetivos para a a<;iio orga- cruzou a cidade cOm um ruido de bu.iJlas"
nizada. Elltrego 1000 O material ao ~miJl:O co- aceleradas cnsurdecWoras. Quando nos aprl).-
locado imediatamente acima de mim na pirâ· .limamos elo Morumbi. êles se tornaram menos
mide, ê1e u entrega li outro. lL""im sUÇesljiva- ruidosos. Parei o urro, dcseoofiado. i\ cara·
mente, até .. trabalho chegarem miO!! dosgru- ,'ana dobrou a "'lquilla e o barulho típico ,I"",
PO" cxccuth'o •. ",otUrL'!! i,,,licava que ti .. ham parado sem des.-
ligar. Saltei e resolvi pen::orrer o Irajeto a pé.
Achei aquilo muito complicado, maS Age-
[Jemorei muito. porqueçtllllinhavacaulelosamen-
nOTugumentouqueoS!5in' êmelhor.livra.O!!,la
le. Percebi que os carros partiam. dando a "01.
infih .... ;iio.
Ia no quttrtór,," imcn~o. L"t:ou,li'lne vi lIue
()" rapaze;!; do cec dão por en<.-.;:rrado ,)
tinha,n deixa,!!o os passageiros, Edgar.
C

que le-
primeiro coulato e não querem marcar olltro
"ara qualro. ',inha ~"'zinho. ao volanle. C05tu-
paraotlia~l\uj"te,aP"*Ur"ôl\minha insistência.
Itla"a cha",ar·me ,/e Amigiio. Se êle "isse agora
- Só depoi~ de amanhã. Antl'" não pode cec. MAr. e FAC. Pirãmide: ,ímbolo do lerror seu Ami{l:âo, ficaria muilo c!e<;et><:ionado.
ser. p<lrllue amanhã é llrU dia quetJ1e.
Niioousei aproximar.metla casa. A série de
Quando êlL"ll ,;e retiram. eu 'tpalpo no hôlw Lra"ata, 'lue já tinha oU"ido hasla"am para
da ja'l"eta <l caderni"ho de endcrt:«<r.< de 1...;lio. manter·me a di.lâ'K:ia de a.~su"'os perigO/lOli
Na'lude momento, Icmbrei·me vagamellte d:.s com" uma reunião secreta do CCC.
implicações morai, do furto. !\Ias a i<1;'ia .I.,
que O furto d,' um simpl"" cad.,rninho ,Ie en·
den",os n;;" co",.iluirill pecado morlal apa ..i.
gu"u minha c<.>m;ciência. Afinal, er.~ " "niça 1\"" poncos. '"'''' .. fJa •• ",r tio. ,lias. cu i",
maneira d., achar <.>caminho l,ara oS ~uhlerr'" re.·oll,cn,l" ",,,i~ ",aleri"L Eralll "0"''''; 'luc c'"
ocos dú CCc. ""I""'"","asc""""r''''''''U'''I><:quc'I<Ig,rUI'''''ltl
qlle en era o Amill-iío .... a<tl c"""'nl,,,i.,s '''1>re
", persollalida,le de ("ada. sua,; ali"i,hd"" 'I""ti
dia"a~ c sua alunçã" "u" ,.flo'l"~< polili,·o<. f:""
na. [mu frmle. loram tro~ sema''''~., meia ~C"~"; fa"" ll'" 'ieh"·jA , ..... , ,',;rius "on'cs "
de trabalho. l.f\o~a5 ""p':rll'. ""rOtolrO_" Im;;lr'" dad". p'''Iso:.i. si>l ... e cada um.
ALGUNS NOMES DO TERROR
Jaia Marcos ~laqlleT, por MeJllplo. ~ide
na Rua Hlldock Lôbo, trabalha lia Senador feijão
t advogado. Estêve no ataque li Roda /1'00.
Luta karatê. Pertence 110 grupo do XI de ~ÔB-
to, fiM participou do ataque i USP.
Estevão Augusto ,dos Santos Pereira reside
na Avenida Paulista. A violência é o traço prin.
cipal de !leu caráter, maa é dado a fazer poe$ias.
Estive no ataque à Roda YilXl.
Liond ZacJis reside na Rua Zo:quinha d"
Abreu. t violento também, mas !leua colegas o)
têm como covarde, porque apenas.tua em gru_
po e se recua a qualquer missão para executâ·
Ia ~inho. Eslêve no ataque à USP.
Franci!lCP Antônio Fraga mOra n8 Rua Ma·
rechal Barbacena. Bastante agreMivo, chega i<
hillteria.
Paulo F. Campo$ 5a1Jellde Toledo mora na
Rua Joaquim AnlulIell. Muito resoluto. lmpie-
dOllOparacoDlllUUvíliml.6o
. l>ilernuu.do Cical!ínalr. "da nua Manae".
&te só bate pelu e~. F~ ao eorpo·a.corpo
e se atemoriza â menor reação' da vítima. Con·
Iliderado elemento improdntivo.
Paulo Roberto ChavCllde Lara reside Dll
Rua Peuoto Comede, num apartamenlo. t vio.
lenlo, julga-ee lambêm'com veill poética e gOllt::l
de aparecer como orador. Estêve no ataque ii.
ROfÚI Viva.
Luís Correill Salles mora nll Avenida Novc
de Julho. Muito forte, é haherofiliMa. t conlli.
derado muito burro pela tunna. Ü$ companhei.
roa acham que êle os acompanha só pela vaidade
de perte:nce~ao CCC. Tem preparação militar:
fêz o CPOR. Sobrinho de depulado, eseuda'!Ie
nwo para "quebrar galhOll" do grupo. Os instrumentos da peça Roda "'w. foram quebradOll pelos iavuole. do Te-tro Rute Eao,:obar.
Amen TClIlamora na M8t0Groao e tra·
balha na Paulo Egídio. TodOllo acham covarde. Acácio Vu de Lirna Filho também 1IDda'
Chegam a deaeonfiar de aua mlllliCulinidade,o annado. Sofre de cri_ nervoaas e ataquee b.i.
que possivelmente é um meio de provocá.lo par:l tériooa de violência graluita. t um peioopata,lla
que daanpenhe melhor IlUllSmi!lllÕes.Aeompa. opinião dOIlcoleglll que preferem alaatá-Io de
nba aempre o F1aqul"r.Estêve no ataque à Roda miMõesdelicadu. Moranll Rua Jaceguai.
ViVA. Os colegu duvidam até de llUa Iioo"",i. Paulo F1aquer mora na Rua Atibaia. t: iDo
dade, mu não explicam porquê. teligentiallimo,poasui muita preeença deCllpírilo
Fernando Forte mora na Rua Traipu c tra· e malicia. Vangloria·se de conhecer t~ ClI__
balha na F1orineio de Abreu. POINXl fie laia dêl..,. nluu dOI comunilttl.l. Faz constantes advertên.
só que tem verdadeiros at.a1que8 de histeria quan. cw em ação e quue tudo o que prevê llOODtecc
do em ação. realmente. Muito respeitado pelo CCC. Lula
Pe«:y Ed Heckmann é da Rua Goitacás. Sü karalêe judó.
a:nda armado. pôe violência em tudo o que fn'l'. Francisco Joaé Aguirre Menin estêve DO
Os colegll8 o apelidaram de NfUilmo. Qusre ataque à Roda Y'VII. Mora na Rua Arthur Pra.
tudo, êlea tratam no aumentativo: Ntui!lão. Ámi. do e trabalha na Felipe Oliveira. Foi êIe quem
gão. Ú-ceçÕCll:COntuAUUnha, e'quuàinM. ver· comandou o ataque â USP.
mdhinho. Souvenir Assumpção Sobrinho está no 3.0
Paulo R. Ferreira Eugênio mora na Rua ano de Direito. peri\>do diurno. MOr3 na Bela
da& Azãleall. Compele com Petey na conquill13 Cinrra e e~téve nos ataques à Roda VivlI e â
do apelido de N~liio. Também só a.nd;" USP, no qual morrcu baleado o ginasiano Ja":
armado. G~irnarães. PcrjgollO,anda IlCmpreannado.
Silvio Salvo VenOllamora na Rua Cristia· Bernardo MacDowell Krug inlitula_ &p_
no Viana. Não esquece II llnna em caSll e g1'l!tn te da PoIkia Federal e anda armado. r..t.da
de atirar até por motivol gratuitol no meio n:! Direito ~ eIIlêveno alaque à USP. M\>rana RUll
rua. Pratieatiro ao alvo em anúociosluminollO~. Chicago e trabalha num eacrilório da Rua Piaui.
Tod~ são unànimell numa coisa: Silvio c muit"
inteligente. Eslêve no ataque ao ClIpetáculone
Chico Buarquc de Hol3llda.
Os que Pcdro José Libcul lem lIua residência ali.
Capitão RabeJlo. mas nunca está lá. t elemeDto
muito ath'o, violento e perverw. Dirigiu urna
Femaud\> Piu reside na Rua CamiJ". And~ dali alas d\>lllaque li USP, de arma na mão. Nio
annado e ai'; \>sr.olllllanhcuM o temem. poi~ o
conaideramum pllcOpata.
compõem o CCC llusn<Jonao rel'óh'er nem lIra dormir.
Boru Cazoy ou KSWl)' c;;luda Direito. L0-
José Lamartioc Sátiro mora ua RUIIFnn. cutor dll Rlidio I-:!dorado. C""clamou osalunOll
cilCa Mesquita. Salienta·w IlOr IIUU idéias f.l~·
cilllas. Sua arma c uma pistola 45. de S. Paulo do Mackeroziea lomar ,; USI'. dI" eu;a invasio
participou. Anda armado ruas, segundo OS ~
22
ili terroristas quo só aceitam arte como prllzer C violência como mnral, deixaram seu conselho CllCritODOTeatro Municipal de 5, Paulo.
Rodrígo Santiligo tambem a1ullvaem RodD I' j"a,
lega!!,éincapal de atirarem alguêm. Mora na na ação em fotos feitas por uma fotógrafa ja·
Rua ltape>·a.Acham·no mole com os comunistas ponê>ada Fôl/w. da Tarde, Essa profil!llionalpos-
João Parw FilhoagecQDl uOla.violinciatle sivelmente !\Crá uma das próllimas. vi.t.im.uda
elIpantar o~colega$ mais duro,. Pinta uscabclos ação do CCC. Rarr. tem uma loja na Rua do
e p.orisso os colfgllllse relerem a êle dCillliros.a_ Arouche (loja URfA), que vende lingérie!.
mente. Sua pistola 45, cntretanto, evita que isso Nesse negócio é sócio de Menin.
lhe seja dito cara 11CllU. Todos sahem que êle Chacon (não foi poMívd apurar seu nome
toma psicotrõpicos. "Paro cri"r coragem?", ~ompleto) tem um bar na Rua Maria. Antônia
perguntam·se os companheiros, sempre com Il (Lanches Magu), onde usa as orelhas para mano
mesma suspeita de sua mailCulitlidade.ÚMI IUS' ter·se inlormadodu atividad<.'11dos estudanlC3.
pc.ilas envolvem um tcnentc da Aeronáutica cha- Não toma parte nos conflitos e age apcnas eolOo
mado Prado, que, segundo os ropatea, liCrill informante.
o "favorito" de Parisi. flávio Caviglia estuda Economia, Partici.
Josê Antônio de Oliveira Machado partiei pou das operaçõCl>Roda Viva e USI',
pau do ataque à USP, anda armado. mlll su~ Henri Penchas estuda Engmharia e desta.
coragem não e:!!láno uivei desejado para um~ cou·se por sua agressividade no ataque ã Roda
organizaçãoquenãoquercontellllllaçiionenhu Vh·u. Na opera~ão contra a USP sua atuação
ma com os comuni$llu. Mora 1111 Bua Iracema. IUIO foi dasmaÍ!apagadas.
Raul Nogueira Lima (conhecido por Raul Outros elementos que participaram do ata·
Careca), mora ria nua Comendador Eogênio de que à Roda Vit'a: Augusto florestan, Cláudio
Lima. Estuda Direito, anda sempre armado. Leite. Dilermando Agágua (Tepórter), Douglu
Eetêve no ala/lue ao espetáculo Roda Viva e il (que estuda Sociologia e mora em Santana),
USP, A posição que escolheu para dirigir um Mário Verangieri, Nelson Mangando. Luis An.
dOI grup.os foi o telhado. tónio Sacari, Mário Bailo, Antônio Suecar Fi·
Henrique Meira Castro ClItudaDireito e par· lho (conhecido p.or Succar do /JaJquetc), Jose
4.cip.oude amb~ u ações terroristas já men· Augusto Bauer e Ncv,-tonCamargo RO!a.
cionadas. Anda armado, mora na Rua Ahilio Por fim, quatro alunos ou c:<-alun08de Di·
Soares. reito do Largo de São Francisco, que tomaram
Estefan Buriti Suzian, o TIlluruna, estuda parte no massacre ao! artista!l de Roda Vit'a:
Direito, Participou dos ataques li peça Roda CáSllio Scatena, conhecido p.or BJanco; Cícero
Viva e à l'SI'. Mora na Rua Nazare. A. J. GubeiSlli(mora lia Benjamin ConSlant de
10&ê Hobcrto Uatochio est~ve também no nnde só S8' amlado)j Jelln Koudalla (faz·sepas-
ataque à USP. sar por mani!lla), e Rohcrto Ulhoa Cinlra, OIU
Ralli Kathlian estuda Ecollomia eé um dO! do~ melhúrcs atiradores do bando. F.ste se ur.
lideres do CCC no Mackenúe. Al.>ar/X:eu em pie- gulha de nunca havererrlldo um tiro.
Q...CRUZE1RO, 9-11-1968

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