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Manuel José de Arriaga Brum da Silveira e

Peyrelongue foi o primeiro presidente da República


Portuguesa, tendo sido sucedido por Teófilo Braga.
Foi
também escritor, poeta e um grande orador.
Nasceu na cidade da Horta, nos Açores, a 8 de Julho
de 1840.
Estudou direito na Universidade de Coimbra de 1860
a
1865. Foi membro do Partido Republicano e eleito
quatro vezes deputado pelo círculo da Madeira (de
1882 a 1892).
A 17 de Outubro de 1905 foi nomeado reitor da
Universidade de Coimbra, cargo que manteve, em
1910 , conjuntamente com o vice-reitor Sidónio Pais.
Foi deputado constituinte em 1911 e eleito
Presidente
da República - o primeiro chefe do Estado do novo
regime. O seu mandato foi atribulado devido a
incursões monárquicas movidas por Paiva Couceiro.
Após o "golpe das espadas", em 1915, Manuel de
Arriaga convidou o general Pimenta de Castro a
formar governo, uma decisão que deu origem a um
grande descontentamento e a uma revolta com
centenas de mortos que acabou por derrubar o
general formando uma junta militar que repõe a
ordem.
Manuel de Arriaga é então substituído pelo
professor
Teófilo Braga, vindo a morrer, em Lisboa, dois anos
depois, a 5 de Março de 1917 com 77 anos de
idade.
Foi sepultado no jazigo de família no cemitério dos
Prazeres e transladado para o Panteão Nacional de Santa
Engrácia, cumprindo decisão votada por
unanimidade pela Assembleia da República, em 16
de Setembro de 2004.

OBRAS PRINCIPAIS

Distinguiu-se principalmente como advogado e


orador. Alguns dos discursos políticos ficaram
célebres,
nomeadamente "O Partido Republicano e o
Congresso", pronunciado no Clube Henriques
Nogueira em 11 de Dezembro de 1887, "A Questão
da
Lunda", na Câmara dos Deputados em 1891,
"Descaracterização da Nacionalidade Portuguesa no
regime monárquico", em 1892, na mesma Câmara,
"Começo de liquidação final", "A irresponsabilidade
do poder executivo no regime monárquico liberal", e
tantos outros. “Contos Sagrados”, “Irradiações e
Harmonia Social”, constituem exemplos da sua
obra
como filósofo e poeta.
A experiência como Presidente da República é-nos
contada na sua última obra, escrita após a
experiência presidencial, intitulada “Na Primeira
Presidência da República Portuguesa”.

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