Você está na página 1de 1

Morta

Auta de Souza
A Jahel Beltro
Dos braos da me querida
Desceu Laura sepultura:
Morreu na manh da vida,
Criancinha ainda e to pura!
No viu desabrochar-lhe n alma
A aurora dos quinze anos;
Fugiu inocente e calma
Do mundo cheio de enganos.
Temeu, pobre mariposa!
O encanto louco das brasas,
Pois, na friez de uma lousa,
O arcanjo no queima as asas.
De todo o choroso dia
S nos resta na lembrana,
Como viso fugidia
D aquela virgem criana:
Um caixozinho funreo,
- Abismo de nossas dores Conduzido ao cemitrio
Como uma cesta de flores

Você também pode gostar