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definigo do imével doador do direito de construi do respectivo potencial de construgao a ser transferido e da finalidade a ser dada ao mesmo imével; I~ definigéo do imével receptor, do potencial adicional de construgao que 0 mesmo podera receber ¢ de todos os indices urbanisticos; Il - as recomendagées do Relatério de Impacto de Vizinhanga — RIV. g4e risco e de preservacao permanente consideradas non aedificandi nos termos E vedada a aplicagdo da transferéncia do direito de construir de areas de da legislagao pertinente, § 5° - Nao serd permitida a transferéncia de area construida acima da capacidade da infra-estrutura local ou que gere impactos no sistema vidrio, degradagao ambiental e da qualidade de vida da populagao local. DAS OPERAGOES URBANAS CONSORCIADAS Art. 171 - Considera-se operagéo urbana consorciada 0 conjunto de intervengdes e medidas coordenadas pelo Poder Publico Municipal, com a participagao dos proprietarios, moradores, usuarios permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcangar em uma area transformagées urbanisticas estruturais, melhorias sociais e a valorizacéo ambiental. § 1° - Poderdo ser previstas nas operagées urbanas consorciadas, entre outras medidas: 1+ a modificagao de indices e caracteristicas de parcelamento, uso ‘ocupagéo do solo e subsolo, bem como alteragées dos indices urbanisticos, considerado o impacto ambiental delas decorrentes; Il- a regularizagéo de construgées, reformas ou ampliagées executadas em desacordo com a legislagao vigente. § 2° - As operagées urbanas consorciadas, apés a elaboragéo Estudo de Impacto de Vizinhanga - EIV e aprovagao do respectivo Relatério de Impacto de Vizinhanga - RIV, seréo aprovadas, caso a caso, por lei municipal especifica, que delimitaré a érea para aplicagao ¢ estabelecera o plano da ‘operagao, contendo, no minimo: I definigéo da drea a ser atingida; Il- programa basico de ocupagao da drea, com as medidas previstas nos incisos | e Il do § 1° deste a igo que serao incluidas, definindo-se o potencial adicional de construgao que a area poderd receber e os gabaritos maximos que deverdo ser respeitados; Ml programa de atendimento econémico e social para a populagéo diretamente afetada pela operagao; IV - finalidades da operagao; V- estudo prévio de impacto de vizinhanga e respectivo relatério com parecer conclusivo; Vi-contrapartida a ser exigida dos proprietérios, usudrios permanentes investidores privados em fungao da utilizagéo das medidas previstas nos incisos | ou II do § 1° deste artigo; Vil-forma de controle da operagao, obrigatoriamente compartilhado com representagao da sociedade civil. § 3° - Os recursos obtidos pelo Poder Publico Municipal na forma do inciso VI deste artigo sero aplicados exclusivamente na propria operagéo urbana consorciada. § 4°- A partir da aprovagao da lei especifica de que trata o caput, sao nulas as licengas e autorizagdes a cargo do Poder Publico municipal expedidas em desacordo com o plano de operagao urbana consorciada. Art. 172 - A lei especifica que aprovar a operagao urbana consorciada podera prever a emissao pelo Municipio de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de construgdo, que serdo alienados em leildo ou utilizados diretamente no pagamento das obras necessérias a propria operagao. § 1° - Os certificados de potencial adicional de construgao serdo livremente negociados, mas conversiveis em direito de construir unicamente na area objeto da operagao. § 2° - Apresentado pedido de licenga para construir, o certificado de potencial adicional seré utilizado no pagamento da drea de construgdo que supere os padrées estabelecidos pela legislagdo de uso e ocupagao do solo, até o limite da, fixado pela lei especifica que aprovar a operagao urbana consort DA DESAPROPRIAGAO COM PAGAMENTO EM TITULOS Art. 173 - Decorridos cinco anos de cobranga do IPTU progressive sem que o proprietdrio tenha cumprido a obrigagéo de parcelamento, edificagao ou utilizagao, 0 Municipio podera proceder @ desapropriagéo do imével, com pagamento em titulos da divida publica com a previso do artigo 201 em seu inciso Ill, da Lei 027/97. § 1° - Os titulos da i e sero resgatados no prazo de até dez anos, em prestagées anuais, iguais ¢ ida publica terdo prévia aprovagao pelo Senado Federal sucessivas, assegurados o valor real da indenizagdo e os juros legais de seis por cento ao ano. § 2° - O valor real da indenizagao refletira 0 valor da base de calculo do IPTU, descontado o montante incorporado em fungao de obras realizadas pelo Poder PUblico na area onde o mesmo se localiza apés a notificagao de que trata o § 2° do art. 62 desta Lei, néo podendo computar expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatérios. § 3° - Os titulos de que trata este artigo nao teréo poder liberatorio para pagamento de tributos. § 4° - © Municipio procedera ao adequado aproveitamento do imével no prazo maximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporagao ao patrimdnio publico, § 5° - O aproveitamento do imével poder ser efetivado diretamente pelo Poder PUblico ou por meio de alienagao ou concessdo a terceiros, na forma da Lei DO DIREITO DE PREEMPGAO Art. 174- O direito de preempgao confere ao Poder Publico Municipal preferéncia para aquisig&o de imével urbano objeto de alienago onerosa entre particulares, que podera ser exercido sempre que o Poder Publico necessitar de areas para: I+ regularizagao fundidria; Il- execugao de programas e projetos habitacionais de interesse social; I - constituigao de reserva fundidria; IV - ordenamento e direcionamento da expansdo urbana; V- implantagao de equipamentos urbanos e comunitar VI - criagao de ‘espagos pliblicos de lazer e areas verdes; Vi- criagéo de unidades de conservagao ou protego de outras areas de interesse ambiental, Vil-protegéo de reas de interesse histérico, cultural, paisagistico ou arqueolégico. § 1° - O direito de preempgao serd definido por lei municipal, que devera enquadrar cada imével em que incidird 0 direito de preempgao em uma ou mais das finalidades enumeradas no caput deste artigo, e devera fixar 0 seu prazo de vigéncia, ndo superior a cinco anos, renovavel a partir de um ano apés 0 decurso do prazo inicial de vigéncia. §2-0 fixado na forma do § 1° deste artigo, independentemente do nimero de eito de preempgao fica assegurado durante o prazo de vigéncia alienagées referentes ao mesmo imével § 3° - O proprietério deveré notificar sua intengdo de alienar o imével, para que © Municipio, no prazo maximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em compré-lo. § 4° - A notificagéo mencionada § 3° seré anexada proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisigéo do imével, da qual constaré prego, condigdes de pagamento e prazo de validade. § 5° - © Municipio faré publicar, em érgao oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande circulagao, edital de aviso da notificagao recebida nos termos § 3° e da intengao de aquisigéo do imével nas condigdes da proposta apresentada. § 6° - Transcorrido 0 prazo mencionado no caput sem manifestagao, fica 0 proprietério autorizado a realizar a alienagao para terceiros, nas condigdes da proposta apresentada. § 7° - Concretizada a venda a terceiro, o proprietario fica obrigado a apresentar a0 Municipio, no prazo de trinta dias, cépia do instrumento puiblico de alienagao do imével. § 8° - A alienacdo processada em condigées diversas da proposta apresentada 6 nula de pleno direito, go adquirir 0 imével pelo valor da base de calculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for superior ao valor venal atribuido pelo Ocorrida a hipétese prevista no § 8° deste artigo, 0 Municipio poder municipio. DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANCA Art. 175 - Lei municipal definira os empreendimentos e atividades privados ou puiblicos em area urbana que dependerao de elaboragao de estudo prévio de impacto de vizinhanga (EIV) para obter as licengas ou autorizagdes de construgao, ampliagao ou funcionamento a cargo do Poder Publico Municipal. § 1° - 0 EIV sera executado de forma a contemplar os efeitos positivos negativos do empreendimento ou atividade quanto a qualidade de vida da populagdo residente na drea e suas proximidades, incluindo a analise, no minimo, das seguintes questées’ 1 densamento populacional; I~ equipamentos urbanos e comunitarios; Il - uso e ocupagao do solo; IV - valorizagao imobiliéria; V- geragao de trafego ¢ demanda por transporte puiblico; VI- ventilagao e iluminagao; VII -paisagem urbana e patriménio natural e cultural. VIII - nivel de ruidos; IX - qualidade do ar; X- vegetagao e arborizagao urbana; XI-- capacidade da infra-estrutura de saneamento. § 2° - Dar-se-d publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarao disponiveis para consulta, no érgéo competente do Poder Pablico municipal, por qualquer interessado. § 3° - A elaboragao do EIV ndo substitui a elaboragao e a aprovacao de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislagao ambiental. DA USUCAPIAO ESPECIAL DE IMOVEL URBANO

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