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Resumao - Direito Tributario RESUMO DIREITO TRIBUTARIO Contetido 1, Competéncia Legislativa pag. 02 2. Limitagées do Poder de Tributar pag. 05 3. Normas Gerais do Direito Tributario pag. 07 4. Competéncia Tributaria pag. 08 5. Sistema Tributario Nacional pag. 10 6. Principios Gerais Tributarios pag. 12 7. Cédigo Tributario Nacional pag. 13 8. Tributos pag. 27 9. Legislagao Tributaria pag. 32 10, Vigéncia da Legislagao Tributaria pag. 35 11. Obrigagao Tributaria Principal e Acesséria pag. 38 12. Responsabilidade Tributaria pag. 40 13. Crédito Tributario: pag. 44 14, Isencdo e Anistia pag. 53 15. Garantias e Privilégios do Crédito Tributario pag. 54 16, Administragao Tributaria pag. 54 Alexandre José Grangotto Julho a Outubro / 2002 Resumao - Direito Tributario RESUMAO - DIREITO TRIBUTARIO 41. COMPETENCIA LEGISLATIVA ‘A competéncia para legislar sobre 0 direito tributario, financeiro @ sobre orcamento é concorrente da Unido, Estados e Distrito Federal (art. 24, Ie Il, da CF), embora algumas leis organicas municipais abordem a matéria, * Cabe a Unido legislar sobre normas gerais, mas o Estado mantém competéncia suplementar. ‘+ Se nao houver lei federal, o Estado fica com a competéncia legislativa plena. Mas, sobrevindo a lei federal, somente serao validas as disposig6es estaduais que nao contrariem as federais recém editadas. Soberania -> qualidade invulgar e exclusiva concedida pela sociedade ao Estado, para que ele atinja seus objetivos Atividade Financeira > além das atividades politicas, sociais, econémicas, administrativas, educacionais, policiais, etc, o Estado exerce uma atividade financeira > visa obtengao, a administragao e 0 emprego de meios patrimoniais. A atividade financeira se desenvolve em 3 campos: ita > obtengao de recursos patrimoniais; ‘+ despesa > emprego de recursos patrimoniais; ‘+ gestdo > administragao e conservagao do patriménio publico; Exercicio da atividade financeira > para exercer a sua atividade financeira, por meio de seus érgaos administrativos, sob estrita legalidade e, também, com o intuilo de obrigar legalmente os cidadaos a se sujeltarem as suas exigéncias (pagar tributos), o Estado langa mao do DIREITO TRIBUTARIO. DIREITO TRIBUTARIO > Dividido entre Direito Puiblico (Externo e Interno) e Direito Privado. E adstrito ao campo da receita publica e alheio aos campos da gesto patrimonial e despesa. Eo ramo do direito publico que rege as relagGes entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere 4 obtencao de receitas (tributos) Receita > é ingresso de dinheiro aos cofres publicos. Todo ingresso de dinheiro chama-se entrada, entretanto, nem toda entrada compée a receita do Estado. Temos: a) entradas provisérias: que néo estio destinadas a permanecer nos cofres puiblicos (ex. caugao) b) entradas definitivas: que se realizam por meio da cobranga de tributos e dos pregos publicos (ex. farifas) ‘+ Modalidades de receita: + Extraordinaria - auferidas nas hipoteses de anormalidade (Ex. imposto extraordindrio), receitas aprovadas e arrecadadas no curso do exercicio do orcamento; ‘© Ordindrias - de entrada regular, periddica, receitas previstas no orgamento: + ofiginaria ou facultativa - s40 oriundas do patriménio do Estado e se traduzem nos pregos cobrados; * derivadas ou compulsérias - advém de constrangimento do patriménio particular (ex. cobranga de tributos); Resumao - Direito Tributario + transferidas: repassadas por outro entre politico, que as arrecadou, pelo sistema de cobranga de tributos, pregos piiblicas ou tarifas; = gratuita: é aquela que o Fisco arrecada sem nenhuma contrapartida (ox. heranca jacente) ‘+ contratual: que deriva de um ajuste (ex. compra e venda) + obrigatéria: 6 a arrocadada de forma vinculada, obrigatoriamente, como na cobranga dos tributes. Receitas Tributarias > so obrigatérias, porque o seu pagamento decorre da lei e néo de um contrat ‘Competénc , ao qual o particular adere voluntariamente, > a Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios poderdo instituir os seguintes tributos: + impostos > receitas que 0 Estado cobra tendo em vista, unicamente, o interesse PUblico da atividade desempenhada pelo Governo; os impostos terao cardter pessoal e serdo graduados segundo a capacidade econémica do contribuinte * faxas > receitas que 0 Estado cobra em razdo do poder de policia ou pela Uutilizagao dos servigos publicos, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposigéo; Ex.: servigos de justi¢a, satide piblica, seguranca, prestados pelo Govermo. As taxas nao poderdo ter base de calculo propria de impostos. ‘+ contribuig6es de methoria > decorrente de obras puiblicas e que venham a valorizar ‘0s iméveis vizinhos, Ex.: construgao de pontes, estradas, viadutos ‘Além destes tributos, o Estado conta com mais 2 tipos de recettas: Precos quase-privades > sfo as receltas cobradas pelo Estado tendo em vista exclusivamente o interesse dos patticulares na atividade desempenhada pelo Governo, sendo 0 interesse publico meramente acidental, Ex.' exploragdo de ramo industrial ou comercial pelo Estado. Precos Publicos > sao as receitas cobradas pelo Estado tendo em vista Principalmente o interesse_dos particulares na_atividade desempenhada pelo Poder Pablico, e atendendo a existéncia de um interesse geral e coletivo nessa alividade, Ex. ‘exploragao dos Correios @ Telégrafos pela Unido. Lei Complementar > 6 de que se vale 0 Governo para legistar sobre Direito Tributario. Utiizando-se da Lei Complementar, pode o Gaverno: L- dispor sobre confltos de competéncia, em matéria tributaria, entre a Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios; N- regular as limitagdes constitucionais ao poder de tributar; IIL - estabelecer normas gerais em matéria de legislagdo tributaria, especialmente sobre: a) definicao de tributos ¢ de suas espécies, bem como, em relagdo aos impostos discriminados na Constituigao, a dos respectivos fatos geradores, bases de calculo e contribuintes; b) obrigagdo, langamento, crédito, prescrigéo e decadéncia tributérios; ¢) adequado tratamento tributario ao ato cooperative praticado pelas sociedades cooperativas. Resumao - Direito Tributario ‘+ Podera, também, utiizando-se da Lei Complementar, instituir empréstimos compulsérios: | para atender a despesas extraordinarias, decorrentes de calamidade publica, de guerra externa ou sua iminéncia, I - no caso de investimento piblico de caréter urgente © de relevante interesse nacional; * A aplicagdo dos recursos provenientes de empréstimo compulsério ser vinculada a despesa que fundamentou sua instituigao, Unido > nos Territérios Federais, os impostos estaduais competem & Unido e, se o Territério no for dividido em Municipios, cumulativamente, os impostos Municipais; Distrito Fedoral -> cabem os impostos municipais; Orcamento > 6 a pega técnica que demonstra as contas ptiblicas para um periodo determinado, contendo a discriminagdo da receita e da despesa, demonstrando a politica econdmico-inanceira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os seguintes principios: ‘= unidade (6 uno, englobando as contas de todos os escaninhos da Administragao), = universalidade (todas as receitas © despesas devem estar incluidas no orcamento), + anualidade (a lei oreamentaria vigora por um Unico ano, de 01.01 a 31.12), + nao afetagio (¢ vedada a vinculagao de receita de imposto a érgao, fundo ou despesa > o Estado deve ser livre para aplicar seus recursos) + exclusividade (a lei orcamentaria s6 deve conter dispositivos estranhos a previsdo da receita e a fixagéo da despesa, admitindo a inclusao de autorizagao para abertura de créditos suplementares © contratagao de operagées de crédito) Processo Legislative 2 A iniciativa é exclusiva do Chefe do Executivo que devera enviar 0s projetos das leis orgamentarias. O Judiciario faz o encaminhamento da sua proposta junto com 0 Executivo = Se o Poder Legislative no receber a proposta orgamentaria no prazo fixado pela legislagao, consideraré como proposta a lei de orcamento vigente © © projeto sera apreciado pelas duas Casas do Congreso Nacional, cabendo a uma comisséo mista emitir parecer. E possivel a apresentagéo de emendas na ‘comissao mista, que sobre elas também emitira parecer. Resumao - Direito Tributario 2. LIMITACOES DO PODER DE TRIBUTAR Principios Limitadores > ‘+ principio da legalidade dos tributos ‘+ principio da igualdade; ‘+ principio da anterioridade; + proibicao de efeitos confiscatérios; Sem prejuizo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, Estados, ao Distrito Federal e aos Municfpios: ‘+ principio da legalidade dos tributos > 6 vedado exigir ou aumentar tributo sem lei que © estabeleca; ‘+ principio da igualdade > ¢ proibido instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situagéo equivalente, proibida qualquer distingao em razéo de ‘ocupacdio profissional ou funcao por eles exercida, independentemente da denominagao juridica dos rendimentos, titulos ou direitos; ‘+ principio da anterioridade > & vedado cobrar tributos: a) em relagao a fatos geradores ocorridos antes do ini que os houver instituido ou aumentado; b) no mesmo exercicio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; jo da vigéncia da lei ‘+ principio da irretroatividade > a lei que cria ou aumenta tributos nao pode ser retroativa; ‘+ @ proibido utilizar tributo com efeito de confisco; + estabelecer limitagdes ao tréfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobranca de pedagio pela utilizagao de vias conservadas pelo Poder Publico; * imunidade reciproca das pessoas juridicas de direito publico com respeito ao patriménio, renda ou servigos, uns dos outros, ou seja, uma PUDP nao pode cobrar imposto de outra PIDP; ‘+ proibida a adogao de base de cAlculo prépria dos impostos para as taxas; * proibicdo de serem criados pela Unido, novos impostos que sejam cumulativos ou tenham base de célculo ou fato gerador préprios dos discriminados na CF. * proibicao de serem criados outros impostos pelos Estados, DF e municipios, além daqueles outorgados pela CF. ‘+ proibigao de serem criados instrituidos empréstimos compulsérios pelos Estados, DF e municipios; Resumao - Direito Tributario Outras limitagées > imunidade de impostos aos templos de qualquer culto; imunidade aos impostos sobre patriménio, renda ou servicos dos partidos politicos, inclusive suas fundagoes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituigoes de educagao e de assisténcia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; Imunidade aos impostos sobre livros, jornais, periédicos e 0 papel destinado a sua impressao, Qualquer subsidio ou isencdo, redugéo de base de cdlculo, concessdo_de_ crédito presumido, anistia ou remissdo, relativo a impostos, taxas ou contribuigées, s6 podera ‘ser concedido mediante lei especifica, federal, estadual ou municipal. A lei podera atribuir a sujeito passive de obrigagdo tributaria a condigéo de responsavel pelo pagamento de imposto ou contribuicdo, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituigao da quantia paga, caso no se realize o fato gerador presumido, E PROIBIDO AUNIAO > | Uniformidade dos tributos federais > instituir tribute que nao seja uniforme em todo © territorio nacional ou que implique distingao ou preferéncia em relagao a Estado, ao Distrito Federal ou a Municipio, em detrimento de outro, admilida a concesséo de incentivos fiscais destinados a promover o equillbtio do desenvolvimento sécio-econdmico entre as diferentes regides do Pais; Il - tributar a renda das obrigagées da divida publica dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, bem como a remuneracao e os proventos dos respectivos agentes piiblicos, em niveis superiores aos que fixar para suas obrigagdes e para seus agentes; lil - instituir isengées de tributos da competéncia dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municipios. E PROIBIDO AOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E AOS MUNICIPIOS > ‘© estabelecer diferenca tributdria entre bens e servicos, de qualquer natureza, em razo de sua procedéncia ou destino. 6 Resumao - Direito Tributario 3. NORMAS GERAIS DO DIREITO TRIBUTARIO Fontes do Direito Tributario > 0 lugar donde nasce uma regra juridica que ainda nao existia na sociedade. ‘+ Fontes Reais > a prépria riqueza ou complexo de bens enquanto relacionados com as pessoas que depois de serem discriminadas na lei tributaria (patriménio, renda, transferéncia de bens) passam a consliluir os fatos geradores dos tribulos; + Eontes Formais > correspondem, precisamente, aos textos normativos que o CTN ‘engloba na expressao legislagao tributaria ‘= Constituigao Federal; ‘+ Emendas & Constituigéo > podem modificar o sistema tributario nacional, com limites; * Leis Complementares > devem ser aprovadas por maioria absoluta dos membros do Congreso Nacional; + Tratados e Convengées Internacionais > é de competéncia privativa do Presidente da Repiblica, sujeito a referendo do Congresso Nacional através de Decreto Leaisiativo; * Leis Ordinarias > atos especificamente criadores das princioais obrigagses ibutarias; 6 fonte formal basica do Direito Tributario; * Leis Delegadas > claboradas pelo Presidente da Republica, que antes deve solicitar a delegacao ao Congreso Nacional, que é dada através de Resoluco; * Decretos Legislativos > servem para 0 Poder Legislative aprovar atos do Poder Executivo, por exemplo, tratados e convengées internacionais; + Medidas Provisérias > em caso de relevancia ¢ urgéncia, o Presidente da Repiblica pode adotar medidas provisérias, com forga de lei, mesmo em matéria ibutaria. * Resolugées do Senado > definir aliquotas maximas do imposto sobre fansmissao “causa mortis” e doago, por exemplo. * Normas @ Decretos complementares > atos administrativos de competéncia exclusiva dos chefes do Executivo; * Decreto > ¢ inteiramente subordinado a Lei: ndo pode contrarié-ja, nem ‘excedé-la ou restring?-la; sdo usados para aprovagdo de requlamentos; Normas complementares > ‘+ atos normativos > expedidos por autoridades act fades administrativas (usos © costumes); ‘= convénios que entre si celebram a Unido, os Estados, DF e os municipios; Observacéio comum a todas as Normas Complementares ‘A observancia das normas complementares exclui a imposicao de penalidades, a cobranga de juros de mora e a atualizacéo monetaria da base de calculo do tributo. ‘Assim toma-se obrigatorio o recolhimento do tributo devido com a revogagao dos atos normativos contratios a Lei que dispensaram seu pagamento Jurisprudéncia > ¢ 0 conjunto das soluges dadas pelo Poder Judiciario as questées de direito; ou a solugdo reiterada (solugao uniforme) no mesmo sentido. Resumao - Direito Tributario Doutrina > 6 a produgao dos doutores, juristas @ estudiosos do Direito Tributério, constitulda pela elaboracdo de conceitos, explicacdo de institutos juridicos da tributagao. Poderes das Leis -> matérias reservadas exclusivamente a lei; compete somente & LEI ‘+ instituir, extinguir, reduzir ou majorar tributos; definir fato gerador da obrigagao tributaria principal; fixar aliquotas ou base de calculo de tributos; cominar penalidades; excluir, suspender ou extinguir crédito tributario; 4, COMPETENCIA TRIBUTARIA Conceito > E a aptido para criar in abstrato tributos, descrevendo legislativamente (LEI) todos os seus elementos (hipétese de incldéncia, sujeito ativo e passivo, base de célculo e aliquota). * Exercitar a competéncia ¢ dar nascimento, no plano abstrato, a tributos. Inclui a competéncia para aumenté-os, isenta-los, diminui-los, etc. ‘= S6as pessoas politicas tem competéncia tributaria, Caracteristicas > a) privativa -> cada pessoa politica tem seus préprios tributos; b) incaducavel > ndo esta submetida a prazo para ser validamente exercitada (ex. impostos sobre grandes fortunas); ¢) exercicio facultativo > a pessoa politica é livre para criar ou ndo 0 tribute — excegao ICMS que ¢ de exercicio obrigatério; 4d) inampliavel > no pode ir além das raias constitucionais, s6 & possivel alargamento por forea constitucional, admite por emenda; ) irrenunciavel > (pode deixar de exercitar mas, nao pode abrir mao em definitive); legislador de hoje nao pode criar entraves para o de amanha. f) indelegavel > (nao pode delegar o que recebeu por delegagao, na verdade, o que se delega 6@ capacidade tributaria) a. UNIAO > tem a competéncia para criar taxas, impostos e contribuigdes de melhoria + TAXAS — poderao ser cobradas tendo em vista o poder de policia ou servigos prestados aos contribuintes ou postos & sua disposigio, no Ambito das respectivas atribuigdes da entidade; Resumao - Direito Tributario + CONTRIBUIGGES DE MELHORIA - podordo sor cobradas dos proprictarios de iméveis beneficiados por obras piblicas, no Ambito das respectivas atribulgées ‘+ IMPOSTOS - so impostos federais |= Imposto de Importagao; E —Imposto de Exportacdo: IR — Imposto sobre a Renda ¢ proventos de qualquer natureza; | P 1 Imposto sobre Produtos Industrializados; 1.0 F - Imposto sobre Operagées Financeiras; | TR —Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural Impostos extraordinarias de guerra; Novos impostos, pelo exercicio da competéncia residual; ESTADOS > competéncia para instituir taxas, impostos e contribuigses de methoria + IMPOSTOS - so impostos estaduais: * IC MS -Imposto sobre Circulagéo de Mercadorias e sobre prestagdes de Servicos de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicacao; * Imposto sobre a transmissao "causa mortis” e doagao, de quaisquer bens ou direitos; + IPVA- Imposto sobre a propriedade de Veiculos automotores; + Imposto adicional de imposto de renda do que for pago a Unido; MUNICIPIOS -> competéncia para cobrar taxas, impostos e contibuigées de melhoria + IMPOSTOS - sao impostos municipais: * IPT U -Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana; + Imposto sobre transmissdo “inter vivos” a qualquer titulo, por ato oneroso, de bens iméveis; + Ivv- sobre vendas a varejo de combustive + 1S S—Imposto sobre servigos de qualquer natureza: e gasosos; DISTRITO FEDERAL > 0 DF é também unidade federada nao apresenta diviso em municipios. Ele mostra configuragio propria e tem direito aos imposios estaduais e municipais. Pode instituir taxas e contribuigGes de melhoria, TERRITORIOS FEDERAIS integram a Unido e sua criagdo, transformagao em Estado ou reintegrago ao Estado de origem serao reguladas em Lei Complementar. = n&o sao pessoas de Direito Pubblico, tais como a Unido, os Estados e os Municipios, mas simples circunscrigoes administrativas (6rgaos). Nao tém competéncia tributéria © Os municipios integrantes dos Territérios sao comp impostos e contribuigdes de melhoria; tentes para criarem taxas, Resumao - Direito Tributario 5. SISTEMA TRIBUTARIO NACIONAL Conceite > Sistema Tributério Nacional acha-se embasado em dois pressupostos fundamentais: + consolidagdo dos impostos de idéntica natureza em figuras unitérias, levando-se ‘em conta suas bases econémicas; + coexisténcia de 4 sistemas tributarios auténomos: federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, Composigao -> O Sistema Tributario Nacional compoe-se de’ IMPOSTOS TAXAS CONTRIBUICOES DE MELHORIA CONTRIBUIGOES PARAFISCAIS CONTRIBUICOES ESPECIAIS ENPRESTIMOS COMPULSORIOS Tributo > ¢ toda prestagao pecuniaria compulséria (obrigatéria), em moeda ou cujo valor tela se possa exprimir, que nao constitua sangao de alo ilcito, constituida em lei e cobrada mediante atividade administrativa, plenamente vinculada; * a receita proporcionada pela arrecadagao de tributo é da espécie derivada, Todavia, nem toda receita derivada provem de tributos. Ex.: multas + Tributo Fiscal > quando sua imposigéo objetiva tao somente propiciar a arrecadagao de recursos financeiros & pessoa juridica de direito publico. * Tributo Extra-Fiscal -> quando sua imposigao ndo visa unicamente & arrecadagao de recursos financeiros, mas, também, corrigir situagées econémicas ou sociais anémalas. IPOSTO > ¢ 0 tributo cuja obrigagao tem por fato gerador uma situacao independente de qualquer atividade estatal Competéncia Residual > & a permisso dada pela CF a Unido para a criagéo de novos impostos. Tipos de Impostos > * sobre o comércio exterior, # sobre o patriménio e a renda: * sobre a produgao e a circulaga ‘+ sobre operagées relativas a combustiveis, lubrificantes, energia elétrica e minerais e impostos extraordinarios; TAXAS > podem ser criadas e exigidas ela Unido, pelos Estados, pelo Distrito Federal ¢ pelos municipios, mas limitados ao 2mbito de suas respectivas atribuigées. ‘© tém como fato gerador 0 exercicio regular do poder de polic'a ou a utilizagao efetiva ou potencial de servigo piblico especifico ou posto a sua disposigao Tipos de Taxas > + taxas de policia Resumao - Direito Tributario + taxas de sorvigos CONTRIBUIGOES DE MELHORIA > podem sor criadas e exigidas pela Unido, Estados, Municlpios e Distrito Federal, no ambito de suas respectivas atrbuigdes, tendo em vista obras piiblicas de que decorram beneficios aos proprietarios de iméveis; CONTRIBUIGOES “PARAFISCAIS” > so cortos tributos quo ora sdo verdadeiros impostos, ora taxas, e as vezes, um mislo destas duas calegorias e que por delegagao, sio arrecadadas por entidades beneficiarias. Ex.: as contrbuigées arrecadadas pelo INSS, pelos Sindicatos, pela OAB e oultras entidades profissionais ou econdmicas. EMPRESTIMOS COMPULSORIOS. > séo tributos criados no caso de investimento pilblico; possuem natureza contratual Elementos Fundament > + disctiminagao das rendas tributarias - 6 a partiha das rendas tributérias entre os membros auténomos da federagso (Unido, Estado, DF e Municipios); 6 a outorga de competéncias (para legislar, arrecadar ou fiscalizar tributos) e estabelecimento de direitos de participagao no produto da arrecadacao; ‘© reparticdo das receitas tributarias; ‘+ limitagées constitucionais ao poder de tributar. Poder Fiscal > 6 0 poder que o Estado (Nagao polificamente organizada) possui de criar {fibutos e exigHlos das pessoas que se encontrem em sua soberania nacional. 6. PRINCIPIOS GERAIS TRIBUTARIOS Principios > séo vetores das normas. As normas constitucionais no tam a mesma importancia, Nao importa se esta implicita ou explicita > a sua importancia se mede pela ia da norma, pio da Legalidade -> ninguém sera obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, sendo em virtude de lel (principio da universalidade da leaislacao). +E vedado as pessoas polilicas criar ou aumentar tributo sem lei que o estabolega; deve ser lei da pessoa politica competente (0 sistema tributario foi redundant). ‘+ Em razdo deste principio se exige que sé lei reduza tributos, altere os prazos, Parcelamento, obrigagao acesséria, enfim, tudo que for importante em matéria tributaria deve ser previsto por lei. ‘+ Alguns definem como principio da estrita legalidade ou da reserva legal da lel formal 0 que leva ao principio da tipicidade fechada da tributacdo, o que exige que a lei seia minuciosa, evitando 0 emprego da analogia ou da discricionariedade. Resumao - Direito Tributario b) Principio da anterioridade > principio comum do campo tributario, diz que a lel que cria ou aumenta tributo, ao entrar em vigor, fica com sua eficacia suspensa até o inicio do préximo exercicio financeiro, quando incidiré e produzira todos os seus efeitos no mundo juridico (ndo_adia a cobranca e sim suspende a eficdcia, no ha incidéncia), Este principio e o principio da seguranga juridica evitam a surpresa, + As isengées tributarias devem obedecer este principio, + Excegdes: As oxcecdes a este principio nao podem ser criadas pelo poder reformador, s6 pelo poder constituinte origindrio. + I1-Imposto sobre importacao; IE - Imposto sobre exportacao; IP (pode ter alfquota alterada por decreto) 10 F (pode ter aliquota alterada por decreto) Imposto por Motivo de Guerra; ‘empréstimos compulsérios (por guerra e calamidade publica) + principio da nonagésima > os impostos s6 podem ser cobradas 90 dias, apés a sua edicao. ©) Principio da seguranga Juridica > (ou irretroatividade) - principio universal do direit. ‘A seguranga juridica em sua dupla manifestagdo que é a certeza do direito © a proibigao do arbitrio exige que as lels sejam irretroativas (s6 produzem efeitos para o futuro), salvo se para beneficiar 0 contribuinte (neste caso depende de provisdo expressa).. Como acontece no direito penal a lei deve ser anterior ao fato imponivel. 4) Principio da Isonomia > a lei, em principio, nao deve dar tratamento_desiaual a contribuintes que se encontrem em situacdo equivalent ) Principio da Capacidade Contributiva - faz parte do principio da isonomia, consiste em tratar os desiguais de modo desigual, podendo assim o tributo ser cobrado de acordo com as possibilidades de cada um ) Principio da Vedagao de efeitos confiscatérios > 0 tributo deve ser razoavel, nao podendo ser téo oneroso que chegue a representar um verdadeiro contisco; 9) Principio da Imunidade reciproca das esferas pliblicas > a Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios nao podem instituir impostos sobre o patrimdnio, renda ou servigo, uns dos outros h) Principio da Imunidade de tréfego > nao pode a lel tributaria limitar 0 tréfego interestadual ou intermunicipal de pessoas ou bens, salvo 0 pedagio de via conservada pelo poder piblico i) Principio da Uniformidade nacional > 0 tributo da Unio deve ser igual em todo toritério nacional, sem distingao entre os Estados J) Principio da Vedacao de distingao em razao de procedéncia ou destino > é vedado aos Estados, ao DF e aos Municipios estabelecer diferenca tributaria entre bens & servigos, de qualquer natureza, em raztio de sua procedéncia ou destino k) Principio da Nao-cumulatividade > por este principio compensa-se 0 tributo que for devido em cada operagao com 0 montante cobrado nas anteriores. ‘© Este principio nao 6 geral, sendo aplicado apenas ne IPI, no ICMS ¢ em eventuais impostos que vierem a ser criados pela Unido, na sua competéncia residual. Na apuracao contabil do IPI e do ICMS, o imposto a ser pago é langado como débito, © 0 que ja foi pago nas operacdes anteriores 6 langado como crédito, a diferenga entre esses débitos e créditos 6 que efetivamente deve ser recolhido em determinado periodo. 1) Principio da Tipicidade > o tributo s6 incide no caso de fato ou situacao tipica, ou seja de fato ou situagao previamente descrita em lei. Resumao - Direito Tributario 7. CODIGO TRIBUTARIO NACIONAL Teoria da Recepedo > Segundo esta teoria, a ordem juridica implantada pela nova Constituigdo recepcion2 as normas juridicas infraconstitucionais vigentes sob a égide da Constituigao anterior, desde que sejam compativeis com a nova Carta Magna. As normas imcompativeis séo automaticamente revogadas com a vigéncia da nova Constituicao. O ‘Cédigo Tributario Nacional teve recepcionado a sua maior parte, e revogados, total ou Parcialmente, varios dispositivos, como os relativos aos impostos em espécie, aos ‘empréstimos compuls6rios, ete. TAXAS > As taxas cobradas pela Unido, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municipios, no Ambito de suas respectivas atribuigbes, tem como FATO GERADOR o exercicio reqular do poder de policia, ou a utilizacao, efetiva ou potencial, de servico piblico especifico ¢ divisivel, prestado ao contribuinte cu posto A sua disposi¢éo. + A taxa no pode ter base de calculo ou fato gerador idénticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em fungao do capital das ‘empresas. + Poder de Policia > atividade da administragao publica que, limitando ou disciptinando direito, interesse ou liberdade, regula a prética de ato ou a abstencéo do fato, om razao do intoresso publico concornento 4 soguranga, & higiono, a ordem, ‘aos costumes, & disciplina da produgao e do mercado, ao exercicio de atividades econdmicas dependentes de concessdo ou autorizagao do Poder Puiblico, 2 trangdilidade pablica ou ao respeito & propriedade @ aos direitos individuals ou coletivos. ‘© Consideram-se servigos piblicos: * | -utilizades pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usuf b) potenciaimente, quando, sendo de utilizagao compulséria, sejam postos a sua disposigao mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; fos a qualquer titulo; + IL- especificos, quando possam ser destacados em unidades auténomas de intervencao, de unidade, ou de necessidades publicas; + IIl-- divisiveis, quando suscetiveis de utilizacao, separadamente, por parte de cada um dos seus usuarios. CONTRIBUIGGES DE MELHORIA > A contribuigao de melhoria cobrada pela Unido, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municipios, no ambito de suas respectivas atribuigSes, 6 instituida para fazer face ao custo de obras puiblicas de que decorra valorizagao imobiliaria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imével beneficiado. Resumao - Direito Tributario ‘+ Requisitos minimos: 1-_publicagao prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orcamento do custo da obra: ©) determinagao da parcela a ser financiada pela contribuigao, 4) dolimitagao da zona beneficiada; @) delerminagso do falor de absorgo do beneficio da valorizacao, Il- fixagao de prazo nao inferior a 30 (trinta) dias, para impugnacao pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior, IIl- regulamentagéo do processo administrative de instrugdo e julgamento da impugnacdo a que se refere o inciso anterior, sem Prejuizo da sua apreciagao judicial = A contribuigao relativa a cada imével sera determinada pelo rateio da parcela do custo da obra, pelos iméve's situados na zona beneficiada em fungdo dos respectivos falores individuals de valorizagéo. ‘+ Por ocasiao do respective langamento, cada contribuinte devera ser notificado do montante da contribuigéo, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respective calculo. EMPRESTIMOS COMPULSORIOS > Somente a Unido, nos seguintes casos excep compulsérios: , pode instituir empréstimos I+ guerra externa, ou sua iminéncia; Il- calamidade publica que exija auxilio federal impossivel de atender com 08 recursos orgamentarios disponiveis; UIL-conjuntura que exija a absorgo temporaria de poder aquisitivo. + Alei fixara obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condig6es de seu resgate. COFINS PIS _E CPMF COFINS > > A Contribuigao Social para Financiamento da Seguridade Social, ¢ devida pelas pessoas juridicas, inclusive as equiparadas a elas pela legisiacao do IR, destinadas exclusivamente as despesas com atividades-fins das reas de satide, previdéncia @ assisténcia social, sem prejulzo da cobranga das contribuigdes para o PIS e para o PASEP, Competéncia > da Unido Resumao - Direito Tributario FatoGerador A contribuigao incidira sobre o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vondas de mercadorias, de mercadorias e servigos e de servico de qualquer natureza. Nao integra a receita, para efeito de determinagao da base de calculo da contribuigao, 0 valor. a) do IPI, quando destacado em separado no documento fiscal b) das vendas canceladas, das davolvidas © dos descontos a qualquer litulo concedidos incondicionalmente. Base de Calculo-> A base de calculo varia conforme o ramo de negécio do contribuinte. Exs. + fabricantes de cigarros, na condigao de contribuintes e de substitutos dos comerciantes varejistas > a contribuigao mensal devida sera obtida multiplicando-se o prego de venda do produto no varejo por 118 % * distribuidores de derivados de petréleo @ alcool etilico hidratado para fins carburantes, na condicao de substitutos dos comerciantes varejistas > a contribuigao mensal devida serd calculada sobre 0 menor valor, no Pais, constante da tabela de pregos maximos fixados para venda a varejo, sem prejuizo da contribuigao incidente sobre suas préprias vendas. * A contribuigo seré convertida, no primeiro dia do més subsequente ao de ‘ocorréncia do fato gerador, pela medida de valor utilizada para os tributos federais, e paga até 0 dia 20 do mesmo més, Isengao da contribuigao: Sao isentas da contribuig&o: 1. as sociedades cooperativas que observarem ao disposto na legistacao specifica, quanto aos atos cooperatives préprios de suas finalidades; II as sociedades civis de que trata o art. 1°do Decreto-Lei n*2.397, de 21 de dezembro de 1987; I. as entidades beneficentes de assisténcia social que atendam as exigéncias estabelecidas em lei IV. ainda isenta da contribuigso @ venda de mercadorias ou servicos, destinados ao exterior, nas condigées estabelecidas pelo Poder Executivo. + 0 produto da arrecadagao da contribuigéo social sobre o faturamento INTEGRA 0 Orgamento da Seguridade Social. PIs > > © PIS - Programa de Integracao Social é destinado a promover a integragéo do ‘empregado na vida e no desenvolvimento das empresas, ‘empresa - a pessoa juridica, nos termos da legislago do Imposto de Renda, ‘empregado - todo aquele assim definido pela legislacao trabalhista. trabalhadores avulsos - os que prestam servigos a diversas empresas, sem relagdo ‘empregaticia, Resumao - Direito Tributario © 0 Programa seré executado mediante Fundo de Participagao, constituido por depésitos efetuados pelas empresas na Caixa Econémica Federal. ‘+O Fundo de Participagao sera constituldo por duas parcelas: a) a primeira, mediante dedugéo do Imposto de Renda devido, processando-se 0 seu recolhimento ao Fundo juntamente com o Pagamento do Imposto de Renda; b) _a'segunda, com recursos préprios da empresa, calculados com base no faturamento. + A participagdo do empregado no Fundo far-se-4 mediante depésitos efetuados em contas individuals abertas em nome de cada empregado, obedecidos os seguintes critérios: 2) 50% (cinqUenta por cento) do valor destinado ao Fundo sera dividido em partes proporcionais ao montante de salarios recebidos no periodo); b) 0s 50% (cinglienta por cento) restantes seréo divididos em partes proporcionais aos quinatiénios de servigos prestados pelo empregado = A cada periodo de um ano, contado da data de abertura da conta, sera facultado ao empregado 0 levantamento do valor dos juros, da corregdo monetéria contabilizada no periodo e da quota - parte produzida, se existir. ‘= As importancias incorporadas ao Fundo nao se classificam como rendimento do trabalho, para qualquer efeito da legislacao trabalhista, de Previdéncia Social ou Fiscal e nao se incorporam aos salarios ou gratificagdes, nem estao sujeitas ao imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. + As disposig6es desta Lei no se aplicam @ quaisquer entidades integrantes da Administracao Publica federal, estadual ou municipal, dos Teritérios e do Distrito Federal, Direta ou Indireta CPMF > Ea conthbuiggo Proviséria sobre Movimentagao ou Transmisséo de Valores © de Graditos ¢ Direltos de Natureza Financeira - CPM. > CPMF 6 qualquer operacao liquidada ou lancamento realizado pelas entidades financeiras, que representem circulagao escritural ou fisica de moeda, e de que resulte ou ndo transferéncia da titularidade dos mesmos valores, créditos e direitos, Fato Gerador > © langamento a débito, por instituigao financeira, em contas correntes de depésito, em contas correntes de empréstimo, em contas de depésito de poupanca, de depésito judicial ¢ de depésitos em consignacao de pagamento; II- 0 langamento a crédito, por instituicdo financeira, em contas correntes que apresentem saldo negativo, até o limite de valor da redugao do saldo devedor, 6 Resumao - Direito Tributario IN- a liquidagdo ou pagamento, por instituigéo financelra, de quaisquer créditos, direitos ou ‘valores, por conta © ordem de terceiros, que ndo tenham sido creditados, em nome do beneficiario, nas contas referidas nos incisos anteriores; IV- a liquidagao de operaco contratadas nos ‘mercados organizados de liquidagao futura; VI- qualquer outra movimentagao ou transmissao de valores e de créditos e direitos de natureza + Accontribuigao nao incid I+ no langamento nas contas da Unido, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municipios, de suas autarquias e fundagdes; Il- nolangamento errado e seu respectivo estorno, | nolangamento para pagamento da propria contribuigao; IV- nas saques efetuados direlamente nas contas vinculadas do FGTS e do PISIPASEP @ no saque do valor do beneficio do seguro-desemprego, V- sobre a movimentacdo financeira ou transmissao de valores © de créditos e direitos de natureza financeira das entidades beneficentes de assisténcia social, Contribuintes: todas as pessoas que realizam movimentagao, transmissao ou transagao bancaria, Base de Calculo: o valor do langamento, e de qualquer outra forma de movimentagao ou transmisséo; o valor da liquidagao ou do pagamento; 6 de 0.38 %. © Compete a Secretaria da Recelta Federal a administracaio da contribuigao, incluldas as atividades de tributagao, fiscalizagao e arrecadagao, * As aplicagées financeiras de renda fixa e de renda varidvel e a liquidago das operag6es de miituo serdo efetivadas somente por meio de langamento ‘a débito em conta corrente de depésito do titular da aplicag4o ou do mutudrio, ou por cheque de sua emissao. * © produto da arrecadagao da contribuigdo de que trata esta Lei sera destinado integralmente ao Fundo Nacional de Saiide, para financiamento das ag6es @ servigos de salide, sendo que sua entrega obedecerd aos prazos e condigdes estabelecidos para as transferéncias de que trata o art. 159 da Constituigo Federal +E vedada a utilizagao dos recursos arrecadados com a aplicagao desta Lei ‘em pagamento de servigos prestados pelas instituigdes hospitalares com finalidade Iucrativa CONTRIBUICOES SOBRE A FOLHA DE SALARIOS Resumao - Direito Tributario IMPOSTOS > Imposto ¢ 0 tributo cuja obrigacdo tem por fato gerador uma situacao independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte, Imposto sobre a Renda Competéncia: da Unio Fungdo: tem, predominantemente, fungae fiscal, consistindo na principal fonte de receita tributéria da Unido; presta-se, também, como instrumento de redistribuigao de riquezas, em razdo de pessoas e lugares, mediante concessdo dos chamados incentivos fiscais a regiées geograficas de interesse, desempenhando, igualmente, importante funcao extrafiscal, Fato Gerador: 6 a aquisigao da disponibilidade econémica ou juridica de renda, assim entendido 0 produto do capital, do trabalho, ou da combinacao de ambos; ¢ de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais nao compreendidos no gonceito de renda (CTN, art, 43), idade econémica: ¢ 0 efetivo recebimento de valores patrimoniais; idade juridica: € 0 crédito a esses valores, sem que tenha ocorrido seu efelivo recebimento. Aliquotas: ‘+ Para as pessoas fisicas 6 fixada em 2 percentuais: 15 © 25%: ‘+ Para as pessoas juridicas a aliquota é proporcional, Base de calculo: 6 0 montante real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributaveis (CTN, art. 44) ‘+ Lucro real: constitui a base de célculo do IR das pessoas juridicas em geral, pode ser ‘entendido como o acréscimo real do patrim6nio da empresa, em determinado periodo; & 0 lucro liquido do exercicio ajustado pelas adigdes, exclusées ou compensagées prescritas ou autorizadas pela legislagdo tributaria + Lucro presumido: é o montante tributavel, determinado pela aplicago de coeficientes legalmente definidos, sobre a receita bruta anual, conforme a natureza da atividade; a definicao do coeficiente ndo pode ser feita pelo fisco discricionariamente, + Lucro arbitrado: ser4 uma porcentagem da recelta bruta, se esta, obviamente, for conhecida; compete 20 Ministério da Fazenda fixar tal porcentagem, levando em conta a natureza da alividade econémica do contribuinte, nao sendo conhecida, a auloridade podera arbilrar 0 lucro com base no valor do ativo, do capital social, do patrimOnio liquido, da folna de pagamento dos empregados, das compras, do aluguel das instalagbes ou do lucro liquido auferido pelo contribuinte em periodos anteriores. Contribuinte: ¢ 0 titular da disponibilidade econémica ou juridica da renda ou de proventos de qualquer natureza ¢ o possuldor, a qualquer titulo, dos bens produtores de ronda ou dos bens tributaveis, desde que a lei Ihe atribua essa condicéo. Langamento: 6 feito mediante declaracao; se o langamento fol errado ou incompleto, sera feito pela Receita Federal, de oficio; quando houver imposto a pagar, sujelto a fiscalizagdo posterior do fisco, o langamento sera por homologacao. Resumao - Direito Tributario Impostos sobre produtos industrializados ‘Competéncia: da Unido Fungao: tem, predominantemente, fungdo fiscal, mas, como 6 imposto seletivo, em fungao da essencialidade do produto, desempenha, também, importante fungao extrafiscal Fato Gerador: ‘+ 0 desembarago aduaneiro do produto, quando de procedéncia estrangeira; ‘+ a saida do produto do estabelecimento do importador, do industrial, do comerciante; ‘* a arrematacao, quando 0 produto industrializado apreendido é levado a leildo, + Produto industrializado: conforme 0 CTN, considera-se 0 produto industrializado, para fins do IPI, aquele submetido a qualquer opera¢ao, ainda que incompleta, parcial ou intermediéria, que modifique a natureza, 0 funcionamento, a Utilizagéo, 0 acabamento, a apresentagéo ou a finalidade do produto, ou 0 aperfeigoe para consumo. Aliquotas: constam da Tabela do Imposto sobre Produto Industrializado (TIPI), em que vém estabelecidas para cada classe de produtos, variando de zero até mais de 300%; * a razo pela qual elas sao muilo variadas é 0 carater seletivo do imposto, em fungao das classes de produtos sobre os quais incide. Base de calculo: * no caso de importagéo > seu prego normal, acrescido do imposto de importagao, das taxas exigidas pela entrada do produto no Pals e dos encargos cambials efetivamente pagos pelo importador ou dele exigiveis; ‘+ no caso de produto nacional > sera o preco de venda a saida do estabelecimento industrial ou comercial, ou, na falta deste, o valor do produto no mercado atacadista da praga do remetente; ‘+ no caso de leiléo > 0 prego da arrematacéo. Nao-cumulatividade: nao cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operagao com 0 montante cobrado nas anteriores; Contribuinte: I~ olmportador ou quem a lei a ele equiparar, Il- industrial ou quem a lei a ele equiparar; IL-0 comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os fornega aos contribuintes definidos no inciso anterior, IV- oarrematante de produtos apreendidos ou abandonados, leiloados; + Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte auténomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante. Langamento: lancamento por homologagao, nos termos do art. 150 do CTN. Impostos sobre o Comércio Exterior Imposto de Importacao ‘Competéncia: da Unido Resumao - Direito Tributario Fungdo: importante instrumento de politica econémica, atuando na protegao a industria brasileira, permitindo-Ihe competir, no mercado interno, em condig6es de iqualdade ou de vantagem com produtos do exterior, aspecto que sobrepuja sua relevancia como fonte de arrecadagao para tesouro; predomina portanto, sua funcdo extrafiscal. Fato Gerador: a entrada de produtos estrangeiros no territ nal na Aliquota: + especifica > tendo em vista o modo de medir o produto, ou * ad valorem > tendo em vista apenas o valor do bem + as aliquotas podem ser alteradas pelo Executivo Base de calculo: T- quando a aliquota for especifica > a unidade de medida adotada pela lei tributaria; II- quando a aliquota for ad valorem > 0 prago normal que o produto, ou seu similar, alcangaria, ao tempo da importagao, em uma venda em condigdes de livre concorréncia, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no Pais; IIL quando se trate de produto apreendido, levado a leil0 > 0 prego da arrematay Contribuinte: 1. oimportador ou quem a lel a ele equiparar; Il- oarrematante de produtos apreendidos ou abandonados. Langamento: é feito por homologagao, pois o contribuinte efetua o pagamento do tributo antes de qualquer providéncia da fiscalizacao. + Drawback: & 0 incentivo fiscal que pode ser dado na importagao de produtos ou matérias com vistas 4 sua posterior exportagao, depois de beneficiamento u agregacdo a outros produtos; + facilita-se a importacao de certos itens, para incrementar a exportagao de outros, por meio de restituigao, suspensdo ou isengdo de tributos. Impostos de Exportacéo ‘Competéncia: compete a Unido instituir e cobrar o imposto sobre exportacao, para 0 exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados Fungo: 6 instrumento de politica econémica, disciplinando os efeitos monetérios decorrentes da variagdo de pregos no exterior, e atuando na protecao ao mercado brasileiro, tem fungao predominantemente extrafiscal; é de carater exclusivamente monetario cambial @ tem por finalidade disciplinar os efeitos monetarios decorrentes da variacho de recos no exterior e preserva as receitas de exportacao. Fato Gerador: a saida de produtos nacionais ou nacionalizados do territério nacional Aliquota: + especifica > tendo em vista o modo de medir 0 produto, ou + ad valorem > tendo em vista apenas o valor do bem * as aliquotas podem ser alteradas pelo Executive Resumao - Direito Tributario Base de calculo: 1. quando a aliquota for especifica -> a unidade de medida adotada pela lei tributaria; I= quando a aliquota for ad valorem -> 0 prego normal que o produto, ou seu similar, alcangaria, ao tempo da exportagdo, em uma venda em condigdes de livre concorréncia. ‘* considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saida do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes ‘sobre a operagdo de exportagao e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento, Contribuinte: 6 0 exportador ou quem a lel a ele equiparar Langamento: é feito mediante declaragao do exportador, mas pode ser feito de oficio, no caso de o fisco no concordar com o valor, Impostos sobre Operacées Financeiras Competéncia: compete a Unido Fungao: é instrumento de politica monetaria, disciplinando os efeitos monetarios © financeiros decorrentes da movimentagdo financeira do mercado; tem fungéo predominantemente extrafiscal Fato Gerador: I quanto as operagbes de crédito > a sua efetivagao pela entrega total ou Parcial do montante ou do valor que constitua 0 objeto da obrigagao, ou sua colocacao a disposigSo do interessado; Il. quanto as operacdes de cAmbio > a sua efetivacao pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocacao A disposicao do interessado em montante equivalente a moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta a disposi¢ao por este; I- quanto as operagbes de seguro > a sua efetivacdo pela emissao da apélice ‘ou do documento equivalente, ou recebimento do prémio, na forma da lei aplicavel; IV- quanto as operagbes relativas a titulos e valores mobiliérios > a emissao, transmissao, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicavel. + A incidéncia definida no inciso | exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto 4 emiss4o, ao pagamento ou resgate do titulo representativo de uma mesma operagdo de crédito. Base de calculo: T- quanto as operagbes de crédito -> 0 montante da obrigagao, ‘compreendenda o principal e os juros; Nl. quanto as operagies de cambio > o respective mentante em moeda nacional, recebido, entreque ou posto a disposicao; IL- quanto 8s operacbes de seguro > o montante do prémi IV- quanto as operagbes relativas a titulos e valores mobiliarios > a) fa emisso > 0 valor nominal mais o agio, se houver, Resumao - Direito Tributario b) na transmiss4o > © prego ou o valor nominal ou o valor da cotagao em Bolsa, como determinar a lei; c) no pagamento ou resgate > o prego. * © Poder Executive pode, nas condigées @ nos limites estabelecidos em lei, alterar as aliquotas ou as bases de calculo do imposto, a fim de ajusté-lo aos objetivos da politica monetaria, + A receita liquida do imposto destina-se a formagao de reservas monetérias, na forma da lei. Contribuinte : 6 qualquer das partes na operagao tributada, como dispuser a lei Imposto sobre a propriedade territorial rural ‘Competénci: : competéncia da Unido Fungdo: 0 ITR tem fungao extrafiscal, servindo como instrumento de politica agraria do Governo, onerando mais _pesadamente os latifindios improdutivos, e permitindo melhor aproveitamento © ocupagao da terra. Fato Gerador: 6 a propriedade, o dominio uttil ou a posse de imével por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Municipio Aliquotas: sao progressivas, aumentando em fun¢do do tamanho da propriedade e a medida que diminui a provoreao entre area utilizada e area tolal, variando de 0.03 alé 20%. Base de calculo: é o valor fundiario do imével, isto é, 0 valor da terra nua, sem incluir qualquer benfeitoria, calculado como a diferenca entre © valor total do imével e seu valor venal, Contribuinte: € 0 proprietario do imével, o titular de seu dominio Possuidor a qualquer titulo. lou o sew Langamente: é feito mediante dectaragao do contribuinte; * essa declaragao, entretanto, sé & necessaria para 0 primeiro langamento; anualmente, novo langamento é feito de oficio. SIMPLES > Sistema integrado de pagamento de impostos e contribuig6es das microempresas e das empresas de pequeno porte, — Lei 9317/96, * © simples ndo 6 um novo tributo, mas apenas uma forma simplificada, facultativa e favorecida de pagamento de impostos e contribuigdes. Resumao - Direito Tributario Como funciona > a simplificagéo consiste no pagamento unificado de varias contribuigSes © 2 impostos, tais como: PISIPASEP SSL - contribuigdo social sobre o lucro liquido, COFINS - contribuicdo para financiamento da Seguridade Social; contribuigdes para a Seguridade Social, referentes as parcelas devidas pelas empresas; © @08 impostos federais -IRPJ ¢ I © QICMS ¢ o ISS também poderdo vir integrar o simples, mediante convénio entre a Unido & o Estado ou Municipio interessado. yento de cada més Aliquotas Os percentuais a serem pagos sobre 0 mo\ variam de 3% a 7%, * O percentual 6 fixado de acordo com a receita bruta auferida no ano- calendario até o Més em referéncia. + Sea empresa é contribuinte de IPI acrescenta-se 0,5%. + No caso de ICMS e ISS ha também acréscimo de 0, até 2,5%. * Os participantes do simples ndo podem se valer de incentivos fiscals, nem de créditos relativos ao IPI e ICMS, Também nao podem parcelar impostos. IMPOSTOS DOS ESTADOS Impostos sobre transmiss4o “causa mortis” @ doacao de quaisquer bens e direitos (ITD) ‘Competéncia: sua instituigao 6 de competéncia dos Estados e do Distrito Federal Fungdo: 6 eminentemente fiscal, funcionando como importante fonte de recursos para os Estados e para o Distrito Federal. Fato Gerador: é a transmissao causa mortis, ou a doagao de propriedade ou dominio itil de bens iméveis, de direitos reais sobre iméveis, exceto os de garantia e as servidées predials e as de aces, créditos, quotas, titulos e valores, ou outros bens mévels de qualquer natureza, e os direitos a eles relativos. Aliquotas: 0 imposto sobre herangas ¢ doagées terd suas aliquotas maximas fixadas pelo Senado Federal; salvo essa limitagao, prevalece a liberdade dos Estados e DF para o estabelecimento de tais aliquotas. Base de célculo: ha de ser fixada pela lei da entidade competente para instituir 0 tributo; deve ser, em principio, 0 valor de mercado do bem objeto da transmissio, Contribuinte: na heranca, o herdeiro ou legatario; na doacao, tanto o doador quanto o donatario, conforme determinar a lei do Estado tributante, Resumao - Direito Tributario Langamento: em principio, 6 feito por declaragao; 0 contribuinte oferece ao fisco os elementos necessarios ao respectivo calculo. Imposto sobre _circulacdo de mercadorias e servicos — ICMS ‘Competéncla: competente para a cobranga o ICMS é o Estado em que se verifica a sua hip6tese de incidéncia, Fungo: © ICMS é tributo de fungo predominantemente fiscal Fato Gerador: * qualquer operacao relativa circulagéo de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentagdo e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; * a prestaco de servigos de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; as prestacées onerosas de servicos de comunicagao, por qualquer meio; 0 fornecimento de mercadorias com prestagdo de servigos nao compreendidos na competéncia tributaria dos Municipios; + 0 fornecimento de mercadorias com prestacdo de servicos sujeitos ao ISS, de competéncia dos Municipios, quando a lei complementar aplicavel expressamente co sujeitar & incidéncia do imposto estadual Aliquotas: _variam conforme a operagao seja interestadual ou dentro do estado: ‘© nas operagées de exportacdo > costumam ser mais baixas, ou mesmo zero; ‘© em operagées internas > em geral, 18%; para alguns produtos e servigos (armas, bebidas alcodlicas e servigos de comunicagio), so mais elevadas , em tomo de 25%, ‘+ em operagées interestaduais > variam conforme as regibes: 7 % ou 12.% + em operagées de importacao > varidveis, dependendo do produto. Contribuinte: é qualquer pessoa, fisica ou juridica, que realize operagao de circulagao de mercadorias ou prestagao de servigos descrita como fato gerador desse imposto: Langamento: 6 por declaragao do contribuinte, podendo ser efetuado de oficio, quando ‘ocorrer 0 fato gerador e nao for pago o imposto correspondente, * Convénios interestaduais: a CF, diz que cabera a lei complementar regular a forma como, mediante deliberagao dos Estados e do DF, isengées, incentivos e beneficios fiscais serao concedidos e revogados . Imposto sobre propriedade de veiculos automotores — IPVA Competéncia: é atribuida aos Estados e ao DF. Fungo: tem fungao predominantemente fiscal; tem, todavia, fungo extrafiscal, quando discrimina, por exemplo, em fungdo do combustive! utilizado Fato Gerador: é a propriedade do veiculo automotor, Resumao - Direito Tributario Aliquota: é fixa; ndo é indicada em porcentagem, pelo menos em alguns Estados, mas em valor determinado, em referéncia ao ano de fabricacao, Base de calculo: é 0 valor do veiculo, ao qual se chega indiretamente, pelo ano de fabricagdo, marca e modelo do veiculo, Contribuinte: 6 o proprietario do veiculo, presumindo-se como tal a pessoa em cujo nome © veiculo esteja licenciado pela repartic&o competente. Langamento: é feito por homologagao. IMPOSTOS MUNICIPAIS Imposto sobre propriedade Predial e Territorial Urbana — IPTU Competéncia: @ de competéncia dos Municipios Fungdo: a fungdo é tipicamente fiscal; seu objetivo primordial é a obtengao de recursos financeiros para os Municipios, Fato gerador: 6 a propriedade, o dominio util ou a posse de bem imével por natureza ou por acessio fisica, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Municipio, Aliquotas: sao fixadas pelos Municipios, sem que a CF nem o CTN imponham qualquer limitagao. Base de calculo: 6 0 valor venal do imével Contribuinte: @ 0 proprietario do imével, o titular de seu dominio util ou o seu possuidor a qualquer titulo. Langamento: é feito de oficio. Imposto sobre a transmissao “inter vivos” de bens iméveis - ITBI ‘Competéncla: é dos Municipios Fungo: 6 predominantemente fiscal Fato gerador: 6 a transmissao, inter vivos, a qualquer titulo, por ato oneroso, de bens iméveis, por natureza ou por acessao fisica, e de direitos reais sobre iméveis, exceto os de garantia, bem como cessao de direitos a sua aquisigo. Aliquotas: s4o fixadas pelo Municipio, mediante lei ordindria, inexistindo limitagdo constitucional aos percentuais. Base de calculo: é0 valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Contribuinte: 6 qualquer das partes na operagdo tributaria, conforme dispuser a lei Resumao - Direito Tributario Langamento: & feito mediante declara¢ao do contribuinte, podendo também ser executado de oficio. Imposto sobre servicos de qualquer natureza - ISS ‘Competéncla: é da competéncia dos Municipio Fungo: tom fungao predominantemente fiscal. Fato gerador: ¢ a prestacao de servigos de qualquer natureza, de carater profissional, elencado em lei ordinaria, prestados em carater oneraso, por empresa ou por profissional auténomo, tendo ou ndo estabelecimento fixo, desde que nao seja de competéncia tributaria dos Estados. Aliquotas: sao estabelecidas pelos proprios Municipios, obedecidos os valores maxims fixados pela Unio, em lei complementar; podem ser proporcionais ou fixas, conforme a qualidade pessoal do prestador. Base de calculo: 6 0 prego do servigo prestado; se 0 servico envalve, também, o fomecimento de mercadorias, sujeitas ao ICMS, a base de calculo sera o valor do servico menos 0 preco das mercadorias que serviu de base de cAlculo para o ICMS. Contribuinte: ¢ o trabathador auténomo ou a pessoa juridica que prestou 0 servico elencado na lel ordindria. Langamento: é feito por homologacao, podendo ser efetuado de oficio, REPARTICAO DAS RECE|TAS TRIBUTARIAS > Conceite > Muitas vezes os tributos arrecadados por um ente publico devem ser repassados para outros entes publicos, de modo total ou parcial. Vejamos alguns casos: A.Unido deve repassar: a) aos Estados - 0 produto da arrecadagao do IR incidente na fonte sobre rendimentos pagos por autarquias ou fundagdes publicas estaduais; além do IPI; b) aos Municipios — 50% do ITR relativamente aos iméveis neles situados, (© Estado deve repassar para os Municipios: a) 50% do IPVA arrecadado em seus territérios Resumao - Direito Tributario 8. TRIBUTO Conceite> & uma obrigagdo ex lege em moeda, que ndo se constitui sancdo por ato fo © ter como sujeite ativo, normaimente uma pessoa politica e, por sujeito passivo, qualquer pessoa apontada na lei da enlidade tributante. a) 6 uma obrigacao ex lege - Obrigagao & o vinculo abstrato de contetido patrimonial, pelo qual, alguém, sujeito passivo, vé-se compelido a dar, fazer, ndo fazer ou suportar algo em favor de outrem, sujeito ative + 0 tributo deriva direta e imediatamente da vontade da lei, por isso, 6 uma obrigacao ex lege. Nasce do fato descrito na Iei e, por ela considerado, apto a desencadear obrigagées tributarias, E diferente da obrigago ex vontate - a Fazenda nao vai saber se 0 contribuinte queria ou nao pagar . Por esta razdo que a capacidade tributéria passiva 6 diferente de capacidade civil (louco fem que pagar tributo) b) em moeda - a lei s6 pode obrigar o contribuinte a pagar 0 tributo em moeda, ndo tera que agar em espécie, Deve ser moeda corrente - reais. E obrigagao de dar — dare pecuniam, E possivel, se o contribuinte quiser ou puder poderd pagar o tributo com algo que, em moeda, possa se exprimir, (Dagao) c) nao constitui sangdo - O tributo além de ser uma obrigagao ex lege de dar moeda, nao se constitui sancdo por ato ilicito. O tributo ndo é multa, Tem por pressuposto a pratica de um fato licito qualquer, diferente de multa que pressupée o descumprimento de um dever juridico. + Um ato ilicito sozinno no pode gerar tributo mas, ele pode existir remotamente na cadeia (6x. bicheiro deve pagar IR). Prevalece a teoria non olet (nao tem cheiro) que diz que no importa a origem do tribute, s6 nao pode derivar diretamente de ato ilicit. © © tributo incide sempre sobre fatos que trazem riqueza, economicamente considerando (traz ganhos para a pessoa que praticar 0 ato). © Obrigacdo: ¢ uma relagao juridica e, portanto, tem SA e SP. 4) sujeito ativo: & o credor do tributo, é a pessoa que tem a titularidade do crédito tributario, que tem o direito subjetivo de cobrar, de arrecadar 0 tributo. © capacidade tributaria ativa > O direito subjetivo de cobrar o tributo. ‘=O sujeito ativo 6, normaimente, uma pessoa politica, aquela que cria em abstrato 0 tributo (quase sempre). Normalmente a mesma pessoa que exerce a competéncia tributaria (aptidéo para _criar tributos) também tem a capacidade tributari (aptidao para cobrar o tributo). €) sujeito passivo: 6 o devedor do tributo, é a pessoa que tem o dever juridico de efetuar ‘2 pagamento do tributo, é a que tem capacidade tributaria passiva. * Qualquer pessoa tem capacidade tributaria passiva, inclusive as pessoas politicas, as juridicas (autarquias, sociedade de economia mista, empresas publicas, empresas privadas) ou fisicas, independentemente de ter ou nao capacidade civil ‘+ As pessoas politicas @ as autarquias sao imunes somente aos impostos, podendo Ter que pagar outro tipo de tributo. Resumao - Direito Tributario Fungao dos Tributos: * Fiscal > quando seu principal objetivo ¢ a arrecadagéo de recursos financeiros para o Estado; + Extrafiseal > quando seu objetivo principal 6 a econémico, buscando um efeito diverso da simples arrecadago de recursos + Parafiscal-> quando seu objetivo é a arrecadagio de recursos para o custeio de atividades que, em principio, no integram fungées préprias do Estado, mas este as desenvolve através de entidades especificas. Natureza Juridica > 6 doterminada pelo seu fato gerador, sendo irelovantes para qualificd-la a denominagao, a destinagao legal. Assim, o Imposto & imposto SE TIVER FATO GERADOR PROPRIO DE IMPOSTO e ndo de taxa ou contribuigdo. A anlise do fator erador ndo 6 suficiente, sendo necesséria a base de célculo. As taxas no poderdo ter base de célculo propria de mpostos. Nascimento da obrigacdo tributéria ->o tributo nasce quando se veriica, no mundo em que vivemos, 0 fato licito (diferente de multa) e ndo-voluntario (decorre da vontade da lei) descrito na hipétese de incidéncia da norma juridica tributaria (é a lei da pessoa p ‘competente). Elementos do tributo > hipdtese de incidéncia, sujeito ativo e passivo, base de célculo e aliquota. + hipétese de incidéncia: 6 o fato descrito na Iei que acontecido faz nascer a relagao juridica tributaria (o dever de pagar tributo) que tem por objeto a divida tributéria, Existe no mundo abstrato, 6 0 tipo tributério, 6 0 elemento diferenciador dos tributos (fato gerador in abstrato). Cuidado com a’ expressao fato gerador ~ 6 equivoca. + Fato Imponivel: & a ocorréncia do fato que jé era previsto em como apto a gerar uma obrigagao tributaria. E a ocorréncia real da descrigo abstrata, 6 © fato tipico do triouto (fato gerador in concreto) + base de calculo: ¢ a dimensao legal da materialidade do tributo. Deve guardar correlagao légica com a Hipétese de Incidéncia (estd embutida na Hipdtese de Incidéncia), se houver descompasso entre ambas nada podera ser cobrado. (6 elemento quantitativo). Ex.: IR = a Hipétese de Incidéncia 6 obter rendimentos @ a base de calculo € 0 quanto do rendimento. * Na década de 60 em Porto Alegre criaram um IPTU que tinha por Hipétese de Incidéncia = ser proprietério e como base de célculo = aluqué’s (no lugar do valor venal, valor de mercado) - é inconstitucional. + aliquota: 6 0 critério legal, normalmente expresso em %, que, conjugado a base de cAlculo permite que se chegue a0 quantum debeatur. Nao pode ser confiscatéria ({ributo confiscatério 6 0 que retira do contribuinte 0 minimo necessério para sua sobrevivéncia. A base de calculo e a aliquota séo fixadas pela pessoa politica tributante) Resumao - Direito Tributario Glassificagdo Juridica dos Tributos > 1) Quanto as ordens juridicas podem ser: a) federais (art, 153 154), b) estaduais (art. 185), ¢) municipais (art 156) 6 4) distritas. Quadro de Tributos > Quadro de Tributos [Competéncia da Unido [Competéncia dos Estados, DF e Municipios + Impostos + Impostos }+ Taxas +Taxas }+ Contribuigao de melhorias _ | + Contribuigo de methorias + Contrbuigées Sociais diversas |+ $6 contribuigdio social previdencidria, cobrada de [+ Empréstimo compulsério seus servidores, em beneficio deles. ‘+ Todas as leis devem conviver simultinea ¢ harmonicamente, cada qual obedecendo ao seu campo de aluagao, sem hierarquia (uma lei federal ndo pode criar tributo municipal e vice-versa). l) Quanto ao fato estar ou nao vinculado a atuagao estatal : a) impostos, b) taxas; ©) contribuigdes de melhoria, + Impostos > so os tributos que trazem maior retorno econémico, mas juridicamente tm a mesma importéncia dos outros. E 0 tipo de tribute que tem por hipotese de incidéncia um fato qualquer ndo consistente numa atuagdo estatal (nao vinculado), + 0s impostos podem ser: * federais — Il, IPI, IE, |OF, IR, ITR, etc. ‘* estaduals ~ ICMS, IPVA, et ‘© municipais - IPTU, ISS, ITBI, ete * A Unido tem ainda a competéncia residual, pode, por lei ‘complementar criar impostos ainda néo existentes da CF. Tem também competéncia para criar os impostos extraordinérios. ‘+ Ao DF cabom tanto os impostos estaduais e os municipais ‘+ IPI. IE @ IOF no se sujeitam ao principio da anterioridade. © Qutra classificagao de imposto: * reais (incidem sobre coisa) ou pessoais (incidem sobre pessoas), Para o direito todos os tributos sao pessoais, porque coisa nao pode ser pelo passive da obrigacao tributaria (casa no paga tributo) + diretos (ndo repercutem — a carga econémica é suportada pelo realizador do fato imponivel - IR) ‘+ indiretos (repercutem — a carga econémica 6, de algum modo, transferido para tercelra pessoa, que & o consumidor final - ICMS). Resumao - Direito Tributario ‘+ imposto extraordinario > permite que a Unido em caso ou na iminéncia de guerra externa, crie qualquer imposto, ainda que para isso invada 0 campo que, em época de paz, pertenga a outra pessoa politica, + principal informador dos impostos> capacidade contributiva Sempre que possivel os impostos terdo carater pessoal e serao graduados segundo a capacidade econémica do contribuinte - & efeito através da progressividade das aliquotas (ex.’ IR tem aliquota de 15% © 27,5%, dependendo da renda mas, é raro) e aplica 0 sistema de dedugdes de algumas despesas (nao se abate vestuario, alimentos, lazer, transporte, moradia, remédios. Na verdade deveria incidir $6 sobre supérfluos) + Taxas > 6 0 tipo de tributo que tem por hipétese de incidéncia uma atuagéo ‘statal diretamente referida ao contribuinte. A atuagdo estatal pode consistir ‘em um: servigo piiblico = taxa de servico ou um ato de policia = taxa de policia. O servigo piblico @ ato de policia podem ser gratuitos mas, se forem cobrados deve ser por taxa. a) taxa de servico: tem por hipétese de incidéncia um servigo piblico espectfico e divisivel. Temos duas modalidades: 1) gerais - alcangam a comunidade como um todo, no se fefere diretamente a ninguém, a titulo universal, uti universi — Ex. iluminagao publica, seguranca publica, servigo diplomético, bombeiro etc. 1) especificos - alcangam pessoas _individualmente consideradas, refere-se diretamente a alguém, uti singul, dotados de divisibilidade. Ex. jluminag&o domiciliar, agua potavel, telefone etc. b) taxa de policia: tributos que tem por hipétese de incidéncia atos de policia de efeitos concretos. Ex. taxa de fiscalizagao e inspegao de bebidas alcodlicas (federal), taxa de porte de arma (estadua), taxa de licenga para construir (municipal) + principal informador das taxas > principio da retributividade — a finalidade da taxa 6 compensar a pessoa politica pelo ato que presta, portanto, deve haver uma correlaco entre o custo da atuagdo estatal e 0 valor cobrado a titulo de taxa, segundo certa dose de razoabilidade (ndo serve para encher as cofres piiblicos como os impostos). ‘+ as taxas nao poderdo ter base de célculo prépria de impostos (2 CVM — taxa de comissao de valores mobilidrios, tinha como base de calculo 0 patriménio liquido das empresas — tipico de imposto — 6 inconstitucional) © Contribuicéo de _melhoria > & 0 tipo de tributo que tem por hipétese de incidéncia uma atuagao estatal indiretamente referida ao contribuinte. Tributo que tem por hipétese de incidéncia a valorizagao imobiliéria causada por uma obra publica, Para a cobranga da contribuigao & necessario a obra publica e que esta cause valorizacao no imével do contribuinte — relagao causalidade (nao precisa ser absoluta). S6 pode ser cobrada depois de conclulda a obra. Resumao - Direito Tributario + Principal informador: principio da proporcionalidade — 0 contribuinte devolve & comunidade parte do especial beneficio recebido em raztio da obra. ‘+ Empréstimo compulsério: so tributos e se classificam em imposto, taxa ou contribuig&o, conforme o regime juridico que se constitul. Somente a Unio pode instituir e exige Lei Complementar. Poderao ser criados para + atender as despesas extraordinarias decorrentes de guerra externa ou sua iminéncia e calamidade pablica; * investimento piblico de carater urgente © de relevante interesse nacional, ‘obedecido o principio da anterioridade. * pressupostos de criagdo deste tributo: * 6 6 possivel empréstimo compulsério com relagdo a estas matéras * Nao importa a destinacao dinheiro arrecadado, ele nunca perde sua natureza de tributo. + Sao restituiveis. A lei que o criou que deve estabelecer como ‘sero devolvidos, cria um direito subjetivo ao contribuinte, Resumao - Direito Tributario 9. LEGISLACAO TRIBUTARIA > E principio fundamental o preceito segundo o qual a norma de nivel inferior néo pode extrapolar os limites fixados pela norma superior. Eo que estabelece o art. 99 do CTN * *O contetido e o aleance dos decretos restringem-se aos das leis em fungao das quais sejam expedidos, determinados com observancia das regras de interpretacao estabelecidas nesta Lei”. HIERAQUIA DAS NORMAS JURIDICAS 1° PLANO |Constituigéo Federal e Emenda Constitucional 2° PLANO | Lei Complementar Lei Ordinaria, Cédigo, Lei Delegada, Acordo ou Tratado 3° PLANO | internacional, Decreto-Lei e Medida Proviséria 4° PLANO | Decreto Legislativo, Resolugao e Decreto Normas Complementares (Portarias, Instrugées Normativas, Ordens 5° PLANO | de Servigo, Atos Declaratérios, etc.) Lei em sentido formal: é 0 ato juridico produzido pelo Poder competente para 0 exercicio da fungdo legislativa, nos termos estabelecidos pela Constituicao; Lei em sentido material: & 0 ato juridico normativo, é uma presctigao juridica hipotética, que do se reporta a um falo individualizado no tempo @ no espaco, mas a um modelo, a um tipo; é uma norma, Lei em sentido amplo: _& qualquer ato juridico que se compreenda no conceito de lei em sentido formal ou em sentido material; Lei em sentido estrito: 6 é lei aquela que o seja tanto em sentido material como em sentido formal, Legislagao: significa lei em sentido amplo, abrangendo, além das leis em sentido estito, 98 tratados e as convengées intemacionais, os decretos e as nommas complementares que versem no todo ou em parte, sobre tributos e relagGes juridicas a eles pertinentes. ‘* Material: so 0s atos e situagdes que dao origem a obrigacao tributaria, ‘+ Formal: ¢ 0 conjunto de normas que incidem sobre os atos e classificam-se em: * formais principais: s4o as leis em sentido amplo, nas suas varias formas legislativas; compreendem a Constituiga0 Federal, as Emendas, leis complementares e ordinérias, leis delegadas, decretos legislativos, resolugoes e tratados, * formais secundarias: so os atos administrativos normativos, como decretos, regulamentos, atos, instrugées, circulares, portarias, ordens de servigo, etc.; incluem-se ainda, os costumes administrativos @ os convénios entre 6rgaos estatais, * formais indiretas: so a doutrina e a jurisprudéncia, Resumao - Direito Tributario Leis Orcamentarias: a) lei orcamentaria anual; b) lei do plano plurianual: estabelece, por regido, as diretrizes da Administragao para as despesas relativas aos programas de duragao continuada. Contém o planejamento geral do Govemo a médio prazo, Nenhum investimento que ultrapasse um exercicio financeiro poder ser iniciado sem prévia incluso no plano plurianual, ©) lei das diretrizes orcamentarias: contera os planos para o exercicio seguinte balizara contecgao da lei orgamentaria anual 4) lei complementar - prevé que esta Isi estabeleceré normas gerais para a elaboragdo das leis orgamentarias, Leis Complementares > _Tém o objetivo de disciplinar os preceitos constitucionais nao auto-aplicaveis. Cabe lei complementar, apenas, onde prevista pela Constituicéo, Nese sentido, a Constituigso Federal determina que s6 podem ser instituidos mediante lei complementar 08 seguintes tributos: + empréstimos compulsérios; + imposto sobre grandes fortunas ~ nesse caso a Constituigao determina que compete 4 Unido institui-lo nos termos de lei complementar, 0 que, pelo menos, subordina a sua criagdo a edigao de lei complementar sobre 0 assunto; + imposto instituido mediante a competéncia residual da Unido; * contribuigées socials para financiamento da seguridade social, mediante a competéncia residual da Uniao. + Alei complementar se diferencia da lel ordinaria em, basicamente, dois aspectos. * aspecto material ou substancial > onde a Constituigdo exigir let complementar, s6 ato desta natureza podera dispor a respeito. Decorre disso 0 fato de que tais disposicdes ndo poderdo ser tratadas ou alteradas por lel ordinaria sob pena de inconstitucionalidade. * quorum exigido para aprovagéo > Na lei complementar, exige-se maioria absoluta (metade mais um) dos membros de cada casa do Congresso © na lei ordinaria, maioria simples ou relativa (melade mais um dos presentes, presente a maioria absoluta dos membros). ‘+ a lei ordinaria nao pode invadir o campo reservado pela Constituigao as leis complementares. Se o fizer, sera, neste ponto, inconstitucional. Diante desta posiao, pode-se argumentar, também, que, na hipétese de a atual ordem juridica ter recepcionado lei ordinaria cuja matéria seja agora reservada a lei complementar, tal lei ordindria s6 pode ser alterada, agora, por lei complementar. Leis Ordinarias: > Disp6e sobre instituto jurdico, dentro das limitag6es tragadas na Constituigéo. No campo tributario, em geral, é a lei ordinaria que institui o tributo, definindo o seu fato gerador, a base de calculo, as aliquotas, os contribuintes, alam de prescrever as penalidades aplicdveis as infracées previstas. Resumao - Direito Tributario Medidas Provisérias: > 880 atos editados pelo Presidente da Republica, com forga de lei, em caso de relevancia e urgéncia, Devem ser submetidas de imediato ao Congreso Nacional que, estando em recesso, sera convocado extraordinariamente para se reunir no prazo de 5 (cinco) dias. * As medidas provisrias perdem a eficacia desde a edicéo se ndo forem converiidas em lei no prazo de 30 (trinta) dias da publicagao. © Embora haja controvérsias sobre a utilizagao da MP em matéria tributaria, a maioria das opinides conclui que referido ato 6 inadequado para instituir ou majorar tributo, em face do principio da reserva legal. Leis Deleqada: > S80 leis elaboradas pelo Presidente da Repiblica, mediante delegacéo do Congreso Nacional. A delegacio terd a forma de resolugéo que especificard seu contetido © 08 termos de seu exercicio. Tratados e Convencées Internacionais: > 0s acordos, os tratados ou as convengées intemacionais, nos termos do CTN (art. 98), revogam ou modificam a legislagao tributaria interna, devendo ser observados pela legislacdo editada posteriormente a sua vigincia. Esses atos internacionais passam por varias fases: + anegociagto @ a assinatura (Poder Executive), + @ aprovago (Congresso Nacional, mediante decreto legislalvo), * a promulgagao e a publicagao (Poder Executivo, através de decreto presidencial) + a aplicagdo Decretos Legislativos do Congresso Nacional: > So atos do Congresso Nacional, editados no uso de sua competéncia privativa, como, por exemplo, a aprovagao de acordos e tratados intemacionais. Ndo se submetem & sangao do Presidente da Republica. Resolucées do Senado Federal. Decretos. Normas Complementares: > So atos de uma das casas do Congresso Nacional. Em matéria tributaria, a0 Senado Federal, por exemplo, compete fixar, por resolugao, as aliquotas do ICMS aplicavels a operacies interestaduais e de exportacdo Resumao - Direito Tributario 10. VIGENCIA DA LEGISLAGAO TRIBUTARIA * De acordo com 0 Cédigo Civil > * Salvo disposigdo em contrario, a lei comeca a vigorar em todo 0 pais 45 dias depois de oficialmente publicada; * Alsi tera vigor até que outra a modifique ou revogue; * A lel posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando ela seja incompativel ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior, * Alei nova que estabelega disposicdes gerais ou especiais nao revoga nem * Salvo disposigéio em contrario, a lei revogada no se restaura por ter al revogada perdido a vigéncia; + Alei em vigor tera efeito imediato e geral. * A lei aplicdvel a obrigagao tributaria ¢ aquela em vigor na data da ocorréncia do fato gerador; da Lei no Tempo > + somente depois de ragularmente publicada a lei torna-se obrigatéria; * as leis que criam ou aumentam tributos precisam obedecer ao principio da anterioridade > entram em vigor no 1° dia do exercicio financeiro seguinte ao de sua publicagao; + entram em vigor 45 dias apés sua publicacao, se tal vigéncia for omitida; + excecdes > ‘* atos administrativos > entram em vigor na data de sua publicagao; = decisées de érgaos singulares ou coletivos > 30 dias apos a data de sua aplicagao; ‘© convénios > na data neles prevista, + Vigéncia da Leino Espaco > + Submete-se ao principio da territorialidade > vale, em principio, apenas dentro do territério brasileiro. Mas pode, por exceso, alcangar sujeitos passivos fora do terrtério brasileiro; * A legislagaio tributéria dos Estados, Municipios e Distrito Federal vigora apenas dentro dos seus respectivos territérios; * No caso de convénios ou em face de leis complementares especificas, pode haver a extraterrtorialidade; Resumao - Direito Tributario Aplicacao da Legislacao Tributaria > + alegislacao tributaria regula fatos futuros, nao fatos passados. A aplicacao da legislagao tributéria 6 imediata quanto’ aos fatos geradores futuros @ pendentes. Ou seja: = 86 6 gerador o fato descrito na lei que ocorra apés a edigao da lei (fato futuro). ‘= Se 0 fato se inicia antes da lei e s6 se completa depois, a legislagao tem efeito imediato (fato pendente); * A/norma juridica tera eficacia quando existir uma situagdo a que se aplique. Caso contrario, embora dotada de vigéncia, serd ineficaz: + Alei pode retroagir: * Em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluida a aplicago de penalidade a infrac4o dos dispositivos interpretados * Tratando-se de ato nao definitivamente julgado: = quando deixe de defini-lo como infragao; = quando deixe de traté-lo como contrario a qualquer exigéncia de agao ou omiss4o, desde que ndo tenha sido fraudulento e ndo tenha implicado em falta de pagamento de tributo; = quando Ihe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua pratica Interpretacao da Legislagao Tributaria > + 6 arevelagdo do verdadeiro sentido da lel; a definigdo de seus poderes ¢ alcance com respeito ao fato efetivamente ocorrido. ‘© Espécies de Interpretacao > Gramatical > & a interpretagao de palavras e frases que sejam ou parecam ambiguas, obscuras, imprecisas ou discordantes; Légica > _interpretagao de sentido intrinseco, racional da le Teleolégica > _interpretacao da sua finalidade ou razao de ser; iterpreta¢do quanto ao momento ou circunstancias que a determinaram; iterpretacao do seu poder stico, valorativo, coor iterpretagao dos preceitos universais de ju que the sao propostos. Interpretagao Literal} & a que se faz com o objetivo de compreender unica e cexclusivamente o sentido dos vocabulos do texto legal; ¢ feita quando a legislagao tributéria dispée sobre: + suspensio ou exclusao do crédito tributéri + outorga de isoncao: + dispensa do cumprimento de obrigacées acessérias Interpretagao Benigna > 0 CTN adota o principio consagrado do Direito Penal: “in dubio pro reo”. Sé so aplicadas em relacdo as multas e penalidades, nunca aos tributos. Resumao - Direito Tributario Integracdo da Legislacdo Tributaria > > significa preencher as lacunas da lei, suprindo suas omissGes, tendo em mira sua aplicagao a casos concretos. © Processos de integracao > nesta ordem: © Analogia> —consiste em aplicar a um fato, nao especialmente previsto na legislagdo tributéria, os dispositives legais pertinentes a casos semelhantes; ‘© Principios gerais de Dircito Tributario > legalidade = dos_—_—tributos, anterioridade dos tributos, etc. * Principios gerais de Direito Publico > socorre-se de principios _alheios, pertencentes aos diversos ramos do Direito; © Eqilidade > 0 emprego da eqliidade nao podera, jamais, resultar na dispensa do tributo, o que somente cabe a lei fazé-lo, + Principios gerais de Direito Privade > a aceitacao dos conceitos préprios do Direito Privado (propriedade, compensacao, transagdo, etc) ndo implica em impossibilidade de alteragao pelo legislador tributario, tendo em vista os efeitos fiscais. © Direito Tributario poder aceitar os institutos do Direito Privado, na sua acepedo classica, ou modificar-ihes o conceito, o contetido e 0 alcance. Relacdo Juridica Tributaria: Elementos Estruturais > Ea que se forma pela incidéncia da norma tributaria numa relagéo humana, crando 0 Estado e o individuo efeitos jurdicos-tbutarios. Dela decorre o dirito de o Estado (sujeito afivo) exigir e 0 dever de o individuo (sujeito passivo) prestar. + A relagao juridico-tributaria ¢ de natureza obrigacional, ou seja, parlicipa do direito obrigacional e nao do direito das pessoas @ nem do direito das coisas ou reals Resumao - Direito Tributario 11. OBRIGACAO TRIBUTARIA PRINCIPAL E ACESSORIA Con A relacao tributaria surge da ocoréncia de um fato previsto em uma norma ‘como capaz de produzir esse efeito; a lei descreve um fato e atribul a este o efeito de criar uma relagao entre alguém e o Estado; ocorrido o fato, nasce a relacao tributaria, que compreende: + 0 DEVER DE ALGUEM (SWEITO PASSIVO) E O DIREITO DO ESTADO (SUJEITO ATIVO); SUAS FONTES SAO: A LEIE 0 FATO GERADOR. Obrigagao Tributaria Principal: tem por objeto, © pagamento de tributo ou penalidade pecuniéria, tem sempre contetido patrimonial Obrigacdo Tributaria Acesséria: _decorre da legislaco tributaria e tem por objeto as prestag6es, positivas ou negativas, nela previstas no. interesse da arrecadag4o ou da fiscalizagao dos tributos, Natureza juridica: a obrigagao tributaria principal corresponde a uma obrigagao de dar, seu objeto 6 © pagamento do tributo, ou da penalidade pecuniaria as obrigagdes acessérias correspondem a obrigagées de fazer (emitir uma nota fiscal), de nao fazer (ndo receber mercadoria sem a documentagao legalmente exigida), de tolerar (admilira fiscalizacao de livros e documentos) Fato Gerador: 6 0 fato ou situagdo que gera ou cria a obrigacdo tributéria Suj ito Ativo (credor): so a Unido, os Estados e os Municipios, os quais d ‘competéncia tributaria, podendo legislar sobre tributos e exigi- los, ©, também, as pessoas piblicas que, embora ndo possam legislar sobre tributes, t8m, contudo, capacidade tributéria, que ihes permite fiscalizar e arrecadar tributos, por delegacao. Sujeito Passivo: 6 a pessoa natural ou juridica, obrigada ao cumprimento da obrigacao tributéria; tem o dever de prestar seu objeto, pode ser: Direto ou Contribuinte: € 0 que tem relagao pessoal e direta com 0 fato gerador Indireto ou Responsével: _& aquele que, sem tor relacdo direta com 0 fato tributavel, esta, por forca de lei, obrigado a0 pagamento do tributo, Pode ocorrer por substitulgdo ou por transferéncia. Na substituicao > a obrigagao constitul-se desde logo em relagao a um substitute, ‘ou responsavel, ficando de fora aquele que seria o contribuinte: Ex. 0 IOMS do agricultor a ser pago pelo comprador da safra. Natransferéncia-> —_a obrigago conslilui-se inicialmente em relagao ao contribuinte, comunicando-se depois, para o responsavel; pode dar-se por ‘sucess4o, por solldariedade ou por subsidiariedade. Resumao - Direito Tributario Na sucesso 0 sucessor responde pelo sucedido como ocorre na Na subsidiariedade > 0 devedor sub: transferéncia da propriedade de um imével, na heranca ou ha incorporagso de uma empresa por outra, (© devedor solidario responde juntamente com o devedor principal, em pé de igualdade, podendo a divida ser cobrada indiferentemente de um ou outro no todo ou em parte, a escolha do credor, jario também responde juntamente com 0 devedor principal, mas com beneficio de ordem, ou seja, em sequndo plano, s6 depois de executados todos os bens do devedor principal, na solueao da divida, Convengées particulares: as conveng6es, relativas 4 responsabilidade pelo Solidariedade passiva: Capacidade tributaria: Domicitio tributario: pagamento de tributos, nao podem ser opostas a Fazenda Publica para modificar a definigao legal do sujeito passivo das obrigagdes tributérias respectivas; podendo ser estipulados entre elas, a quem cabe a condigao de sujeito passivo. segundo 0 CTN, sao solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situagéo que constitua o fato gerador da obrigagdo principal e também as pessoas expressamente designadas por lel sendo 0 sujeito passivo da obrigagdo uma pessoa natural, ou fisica, sua capacidade tributaria independe da civil, mesmo ‘sendo juridicamente incapaz, nos termos do Direito Civil, face ao Direito Tributario tem ele plena capacidade tributaria existem tributos cuja legislagao especifica exclul ou restringe a faculdade de escolha, pelo sujeito passivo, de seu domicilio tributério; nos demais tributos, vigora a liberdade de escolha: * a liberdade de escolha nao pode ser usada para impedir ou diffcultar a arrecadacao ou fiscalizagS do tributo, pois neste caso poder ser recusado 0 domicilio escolhido; ocorrendo a recusa, o domicilio tributario sera o do lugar da situagéio dos bens ou da ocorréncia dos atos ou fatos que deram origem & ‘obrigagao. Resumao - Direito Tributario 12. RESPONSABILIDADE TRIBUTARIA Con 6 a obrigagao legal, assumida pelo sujeito passivo da relacao juridico- tributaria, ndo diretamente beneficiado pelo ato praticado, perante o fisco, de Pagar o tributo ou a penalidade pecuniari ‘+ responsavel > 6 0 sujeito passivo da obrigacao tributaria que, sem ter relacao pessoal e direta com o fato gerador respectivo, tem seu vinculo com a obrigacao decorrente de dispositive expresso em le! Responsabilidade por substituigéo: Ocorre quando a lei tributéria atribuir © dever juridico de pagar o tribute a pessoa diversa (2 substituigéo 6 da pessoa) daquela que d& origem ao fato gerador, mas que com ela possui relaco juridica, assumindo o lugar do contribuinte. A responsabilidade seré por substituicao quando a ‘sujeigdo for anterior a ocorréncia do fato gerador. Responsabilidade por transferéncia: Ocorre quando a lei atribui o dever de pagar tributo (@ substitui¢o 6 do dever) a determinada pessoa, anteriormente_atribuida_a outra, em virtude da ‘ocorréncia de fato posterior A incidéncia da obrigaeao fributaria. A responsabilidade tributaria por transferéncia pode ser por solidariedade, por responsabilidade dos sucessores por responsabilidade de terceiros. Solidariedade tributari corre quando duas ou mais pessoas fisicas ou juridicas estiverem no mesmo pélo da obrigagao perante 0 fisco. A solidariedade tributaria abrange, além do débito referente obrigagéo principal, também os deveres relativos as obrigagdes acessérias. Solidariedade tributéria passive: € a situagao em que duas ou mais pessoas se encontram, simultaneamente, obrigadas porante o fisco. Nesse caso, o fisco poderé eleger qualquer dos sujeltos passivos para proceder a arrecadagao do tributo, A solidariedade tributaria passiva pode ser natural ou legal. Solidariedade tributéria natural > — & aquela em que os sujeitos passives assumem simultaneamente, interesse comum na situagao que dé origem ao fato gerador da obrigago_ principal, respondendo, cada um deles, pela lotalidade da divida. Ex: varios irméos, Proprietérios de um imdvel, so devedores solidérios do IPTU. Solidariedade tributaria legal > é aquela em que os sujeitos passivos assumom _ simultaneamente, POR IMPOSIGAO DE LEI, determinada obrigagao tributaria. Ex: os sécios, pelo pagamento de tributos de uma sociedade de pessoas, no caso de tencerramonto do atividados. 40 Resumao - Direito Tributario Beneficio de Ordem > instituto de Direito Civil mediante 0 qual o coobrigado tem o direito de requerer, quando demandado, que sejam primeiramente executados os bens do devedor principal. +O CTN exclui esse instituto da aplicagao da matéria tributéria, tendo a Fazenda Publica 0 poder de exigir 0 pagamento do tributo de qualquer coobrigado, sem obedecer a qualquer escala de preferéncia entre eles, + Efeitos da Solidariedade Tributaria: a) © pagamento feito por um dos coobrigados LIBERA OS DEMAIS da obrigaco perante 0 fisco; b) em caso de isengao ou remissao do crédito a um dos coobrigados, TODOS OS DEMAIS SE BENEFICIARAO, exceto se concedidos em carater personalissimo, subsistindo a solidariedade quanto aos demais, pelo saldo: ©) _interrupgao da prescrigao em relagéo a um dos coobrigados ATINGE OS DEMAIS, favoravelmente ou nao. Responsabilidade dos Sucessores: Sucesséo tributéria > 6 a transferéncia, por ato negocial ou por forga de lei, de direitos © obrigacées, do campo tributario, a terceiros néo originalmente sujeitos a determinada relagao juridica com o fisco, mas de alguma forma vinculados a seu antecessor. + Exceto nos casos legalmente previstos, 0 contrato particular, que transfere 0 énus fiscal de um contratante para o oulro, ndo 6 reconhecido perante a Fazenda Publica, Os créditos tributarios relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o dominio atil ou a posse de bens iméveis, assim como os créditos tributarios relativos a taxas pela prestagao de servigos referentes a tais bens, passam para as pessoas dos respectivos adquirentes, salvo se do titulo de transferéncia do direito ha prova de sua quitagdio. Assim, se alguém vende um terreno e estava a dever 0 IPTU, ou alguma outra taxa, referente ao imével, 0 adquirente fica obrigado ao respective pagamento. Essa obrigagao, porém, nao existiré, se da escritura de compra e venda constou a certidao, do sujal vo ca tuto, da que 0 mesmo havi aldo page. A sucess tbutiia pode st Sucessao “causa mortis": corre quando o contribuinte falecer, passando 0 esoélio e, depois, os sucessores a sub-rogar-se nos direitos & obrigagdes tributarias do falecido. + © espélio responde por todos os débitos tributarios do de cujus, sejam eles conhecidos ou desconhecidos a data de abertura da sucesso. Seréo pessoalmente responsaveis pelos tributos relativos aos bens, méveis ou iméveis, transmitidos causa mortis: a) 0 espélio > pelos tributos devidos até a data da abertura da sucessao; = b) © Sucessor e 0 cénjuge meeiro > pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou da adjudicagao, exigidos pelo fisco apos a partilha, limitada a responsabilidade ao montante do quinhéo, do legado ou da meagéo. Resumao - Direito Tributario = © espélio © os sucessores néo sao simultaneamente responsaveis. Primeiramente, o pagamento dos tributos serd efetuado a partir do monte partivel, efetuada a partilha - o que somente pode ocorrer mediante prova da quitagao de todos os tributos relativos aos bens ou rendas do espélio - passardo os sucessores a responsavels tributaries, no caso de dividas exigidas apés a partiha. Mesmo que © langamento nao tenha sido ainda efetuado pela entidade tributante, se a obrigacdo tributaria for relativa a ato anterior ao ato sucessério, responderé o sucessor. Sucessdo Comercial: Ocorre quando da alienagdo do fundo de comércio ou do estabelecimento comercial, industrial ou profissional, ou quando se altera 0 tipo societario. Ex: a empresa A tem seu controle aciondrio vendido para a empresa B, quo altera a razao social original; a mudanca da razéo social néo permiliré que B ndo mais se sub-rogue nos tributos devidos por A, pois ainda que alferada a razdo social original pelo adquirente de empresa comercial, permaneceré o adquirente como sucessor tributério da empresa vendida. ‘+ No caso de extingao de pessoa juridica de Direito Privado, continuando o sécio remanescente, ou seu espélio, a comerciar sob a mesma razdo social, ou sob firma individual, que explore a mesma atividade comercial da empresa oxtinta, sera responsavel tributario a nova empresa, relativamente a obrigagées tributarias surgidas até a data da extingao. + Ocorrendo fusdo, transformagao ou incorporagéo de pessoas juridicas de Direito Privado, sera responsavel tributério a pessoa juridica que resultar desses atos, até a data em que ocorram. Continuando a exploracao da mesma atividade, sob a mesma ou outra razao social ou sob firma individual, respondera o responsavel pelos tributos, relativos ao fundo ou ao estabelecimento, até a data do ato, das seguintes formas: a) integralmente, se 0 alienante cessar a exploragao do comércio, indéstria ou atividade; b) subsidiariamente com o alienante, a contar da data da alienacao, se esse prosseguir em sua atividade ou iniciar a exploragao de nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indistia ou profissao. Sucessdo Falimentar: Ocorre quando da decratacdo da falén passando a massa falida a sub-rogar-se nos direitos e obrigagdes, tributarias do comerciante falido. Sucessao Imobilidria: corre quando bens iméveis sao alienados, sub-rogando-se 0 comprador nos direitos e obrigagées tributarias do vendedor. Sub-rogam-se, na pessoa do adquirente de imével, todos os créditos tributarios relativos a: a) impostos cujo fato gerador seja a propriedade, 0 dominio util ou a posse de bens iméveis; b) taxa pela prestagao de servigos, referente a esses bens; ©) contribuigées de methoria referentes a esses bens. Resumao - Direito Tributario + Serao pessoalmente responsaveis pelos tributos referentes a bens méveis ou iméveis, transmitidos inter vivos, remides ou adjudicados, respectivamente, 0 adquirente, o remitente (isto & aquele que paga a divida, para reaver 0 bem penhorado) ou adjudicado. + O adquirente de imével em hasta publica nao sera sucessor tributario do proprietario original, Responsabilidade_de Terceiros: > Nos casos de impossibilidade do cumprimento da obrigagéo principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em que intervierem ou pelas comissées de que forem responsaveis; 1-08 pais > pelos trivutos devidos por seus filhos menores; I-08 tutores e curadores > pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; I-08 administradores de bens de terceiros > pelos tributos devidos por estes; IV- oinventariante > pelos tributos devides pelo espalio; V- © sindico e 0 comissario > pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatario; VI- 08 tabelides, escrivaos © demais serventuérios de oficio > pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razio do seu oficio; VIl- 08 sécios > no caso de liquidagao de sociedade de pessoas. + nese caso, existe responsabilidade subsidiaria (ou supletiva), e ndo plona (solidaria), pois os responsaveis se obrigarao somente quando houver impossibilidade de exigéncia do cumprimento da obrigaco principal pelo contribuinte, + A lei estipula que a responsabilidade de terceiros & LIMITADA AOS TRIBUTOS E AS MULTAS de carat ‘© “multas de caréter moratério” > sao as mullas aplicadas quando © contribuinte néo cumpre a obrigagao tributaria principal, o que pode ocorrer pela falta de pagamento, pelo pagamento posterior a data do vencimento, ou ainda, pelo pagamento inferior ao valor pecuniario. + Aresponsabilidade de terceiros pressupes duas condigdes: 1*- ocontribuinte ndo pode cumprir sua obrigacao, 2"- o terceiro tenha participado do ato que configure o fato gerador do tributo, ou em relagao a este se tenha indevidamente omitido. * Sao pessoalmente responsaveis pelos créditos correspondentes a obrigagées tributérias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infra¢do de lei, contrato social ou estatutos, as pessoas mencionadas acima (Responsabilidade de Terceiros), e ainda: a) _ 0s mandatérios, prepostos e empregados; b) 0s diretores, gerentes ou representantes de pessoas juridicas de Direito Privado. + Note-se que as pessoas mencionadas acima, se agirem com excesso de mandato, infragao lei ou contrato, assumem plena responsabilidade pelos créditos tributarios respectivos; deixam de responder apenas na impossibilidade de oxigéncia do ‘cumprimento da obrigagao principal pelo contribuinte, e passam A posicéo de responséveis solidarios. 8 Resumao - Direito Tributario Responsabilidade por Infracées: > a responsabilidede por infragées tributérias E OBJETIVA. independendo da intengdo com que foram praticados e da elevidade, natureza e extensdo dos efeitos do ato, salvo disposigao legal em contrario. + Aresponsabilidade & pessoal ao agente: I. quanto as_infragées conceituadas por lei como crimes ou contravengées, salvo quando praticadas no exercicio regular de administragéio, mandato, fungao, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de cireito; Il- quanto as infragées em cuja definigdo 0 dolo especifico do agente soja elementar; IIL quanto as infragées que decorram direta e exclusivamente de dolo especifico: a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem: b) dos mandatérios, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; ©) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas juridicas de direito privado, contra estas. * De acordo com a doutrina, porém, esse principio nao 6 absolut. A responsabilidade podera ser excluida se o contribuinte ou responsavel puder provar que nao houve descuido ou negligéncia, nem intengao de lesar o fisco. * Ofisco nao precisa provar dolo ou negligéncia para impor a penalidade; basta o fato objetivo. O contribuinte ou responsavel, porém, podera afastar eventualmente a autuacao, provando auséncia de culpa, © As sangdes tributdrias administrativas podem consistir em multa, apreensdo de mercadorias, veiculos ou documentos, perda de mercadorias, proibigao de contratar com o Poder Publico, sujeigao a sistema especial de fiscalizacao, etc. * A multa pode ser simplesmente moratoria (sem cardter de penalidade especial) ou consistir em mulla-sane&o (com caréter especifico de penalidade). * A penalidade pela infragao tribularia administrativa pode ser excluida por dentincia espontanea, acompanhada do pagamento devido e dos juros de mora Casos de _responsabilizacdo _pessoal_na_esfera_administrativa: As vezes a Tesponsabilidade pela infragao administratva 6 atribuida apenas a pessoa fisica que executou 0 ato, e no ao contribuinte ou responsavel. Séo casos em que 0 executor material do ato procedeu com excesso de poder ou fraude a lei, lesando 0 fisco e, a0 mesmo tempo, © contribuinte ou responsaval, Trala-se de pessoas que agem contra os seus patrées, ou contra seus representantes ou comitentes. Nesse rol esté o pai que, assim agindo, lesa o interesse do filho menor, 0 tabelido que lesa o fisco © as partes, ou o diretor que prejudica a sociedade que dirige. A responsabilidade pela infracdo tributaria administrativa deixa, entdo, de ser objetiva e passa a ser pessoal e subjetiva, respondendo pelas sangées 0 executor material do ato, ¢ ndo 0 devedor origindrio do tributo, Resumao - Direito Tributario 13. CREDITO TRIBUTARIO Conceito: ivo do Estado de exigir do contribuinte o pagamento do tributo devido, derivado da relagdo juridica tributaria, que nasce com a ocorréncia do fato gerador, na data ou no prazo determinado em ei ‘* decorre da obrigacao tributaria e tem a mesma natureza desta; resulta da conjugacao da lei, do fato gerador e do lancamento; as circunstancias que modifica o crédito tributario, sua extensdo ou efeitos, ou as garantias ou privilégios a ele atribuidos, ou que excluem sua exigibilidade, nao afetam @ obrigagdo tributaria que Ihe deu origem. Crédito regularmente constituido: —& aquele tomado liquido, certo e exigivel, por meio do langamento, fo tributario somente poderé ser modificado, extinto, ou ter sua idade suspensa ou excluida nos casos legalmente previstos. Langamento: 6 0 ato administrative vinculado que verifica a ocorréncia do fato gerador, identifica 0 sujeito passive da obrigagao tributaria, determina a matéria tributavel, aponta o montante do crédito © aplica, se for o caso, a penalidade cabivel, * © langamento constitutive do crédito tributdrio, mas 6 apenas declaratério da obrigagao. Efelto Temporal do Langamento: 0 langamento impde_obriaacao tributéria desde a data do fato gerador, retroaginds no tempo; sous efeitos S80 ex func; ele sera regido pela lei vigente a época da ocorréncia do fato gerador, no_soffendo qualquer _alteracdo em virlude de modificagao ou revoaacao dessa le Conseqiiéncia Juridica: Caso a Administragdo nao proceda ao langamento destinado a arrecadar tributo sob sua responsabilidade, os funcionérios plblicos estardo sujeitos a crime de responsabilidade funcional. Por ser ato administrative vinculado (o langamento), a Administrago néo tem a opgdo de nao praticé-lo, como no caso de ato administrative discricionario; sendo vinculado, tem caréter obrigatério. Alteragao do Langamento: 0 langamento somente poder ser alterado: a) por Iniclativa do sujelto passivo > mediante impugnagéo, por via administrativa ou judicial b) por recurso de iciativa do fisco > impetrado contra decisao judicial de primeira insténcia; ©) por iniciativa de oficio da autoridade administrativa > para obedecer determinacéo legal, para suprir a falta de declaragéo do sujeito Passivo, ou em casos de irregularidades previsto em lei 45 Resumao - Direito Tributario * de oficio > quando & feito por iniclativa da autoridade administrativa, independentemente de qualquer colaboracao do suieito passivo; * por declaragéo > & 0 que deve ser feito em atuagao conjunta da Administracdo © do sujeito passivo da obrigago tributaria; é feito em face de declaragso fomecida pelo contribuinte ou por terceiros; * por homologagao 2 & 0 que corresponde a tributo cuja iniciativa de apuracao e de pagamento competem ao sujeito passivo, devendo ser homologado oor parte da autoridade administrativa Langamento por arbitramento: © langamento por arbitramento 6 técnica a ser ‘empregada tanto no langamento por declaracio quanto no langamento por homologagao; ¢ quando 0s documentos apresentados pelo sujeito Passivo, ou suas declaragées _SEJAM OMISSAS, INCOMPLETAS, CONTROVERSAS OU INDIGNAS DEF Reviséo de Declaracao: pode ser iniciada enquanto ainda néo EXTINTO o direito da Fazenda Publica, que decai no prazo de 5 anos, contado a partir do primeiro dia do exercicio seguinte aquele em que o langamento poderia ter sido efetuado; feita_a revisio e efetuado novo lancamento, passa a fluir novo prazo. > consiste na sustagio temporéria da © ser suspenso nos seguintes casos: bilidade do tributo; a lei prevé que pode a) moratér b) depésito integral do montante exigido; c) reclamagées e recursos legais, de acordo com a legislago, 4) concessao de medida liminar em mandado de seguranga. Moratéria: 6 a prorrogagao do prazo para pagamento do crédito tributario, com ou sem parcelamento; situa-se no campo da reserva legal; sua concessao depende sempre de lei quando em carater geral resulta diretamente de | quando em carater individual depende de autorizacao legal, @ moratéria somente poderd beneficiar os créditos jé definitivamente constituidos ou aqueles cujo lancamento jé tenha sido iniciado por ato preparatério, notificado o sujeite passivo, 46 Resumao - Direito Tributario © sujeito passivo pode depositar o montante do crédito tributario com o fim de suspender a exigibilidade deste; o depésito pode ser: Depésit + prévio - anterior a constituigdo definitiva do crédito > nao impede a marcha do processo administralivo de langamento, mas impede sua cobranga ‘+ posterior - apés a constituicao > suspende a exigibilidade do crédito. Reclamagées e Recursos: sua interposigo suspende a exigibilidade do crédito tributario, desde que seja feita nos termos da lei (casos & prazos regularmente admitidos); eles impedem que o crédito se torne exigivel, pois ainda no foi constituido. Liminar em Mandado de Sequranca: 0 mandado de seguranga assegura aos individuos a protecao de direito liquido e certo, lesado ou ameacado, por ato de autoridade; assim, em face de cobranga de tributo indevido pode o contribuinte valer-se dele; ‘© ocontribuinte tem 0 prazo de 120 dias, a contar da ciéncia do ato de cobranga do tributo que considera indevido, para impetra-lo; porém, pode impetrar 0 mandado preventivo, diante da _ameaca de cobranga de tributo ilegal, ou inconstitucional, Efeitos da Suspensao > * manutengéo da exigibilidade do cumprimento das obrigagoes acessérias dependentes ou conseqlentes do crédito cuja exigibilidade foi suspense: + vedagao que o fisco proceda a execugao fiscal; + suspensao dos prazos, caso jé tenha sido proposta agdo fiscal + impedimento a que se inicie a contagem dos prazos. Causas Suspensivas do Crédito Tributar > Eo ato ou o fato A QUE A LE! ATRIBUI O EFEITO de adiar a ex Podem ser: to. a) Moratéria > & a prorrogagao do prazo inicial para pagamento do tributo ‘+ exige lei ordinaria — S6 a entidade tributante pode conceder moratoria + Moratéria 6 diferente de parcelamento que consiste em NOVAGAO (nova obrigagdo, nova dala, novo valor com a extingao da obrigacao anterior) + 6uma medida de politica fiscal (conseqiiéncia de crises). 0 Resumao - Direito Tributario b) —_Depésito integral do montante tributado > para que seja causa suspensiva deve ser depositado o valor integral cobrado pela Fazenda Publica. * Seo contribuinte perder a agdo, nada serd cobrado ja que a conta judicial faz atualizagao © se ganhar o dinheiro sera devolvido com corregéio monetaria * 0 depésito é uma faculdade para o contribuinte, néo um dever (a Lei que exige 0 depésito € considerada pelo Poder Judiciério inconstitucional, apesar de néo ter decisao expressa) ¢) _Interposigao de recurso administrative > s6 sera causa suspensiva se 0 recurso tiver efeito suspensivo; sendo assim, a Fazenda Publica néo podera ajuizar a Execugao Fiscal, enquanto nao decidido 0 recurso. * 0 contribuinte nao precisa esgotar as vias administrativas para ir a0 judiciario - é faculdade. * decisdo administrativa nao faz coisa julgada, 6 possivel a Fazenda Publica ajuizar ago judicial contra 0 julgamento administrativo, isto porque, o judiciério é para todos, é universal d) — Concessio de Liminar > a tutela antecipada pode ser considerada como uma liminar; 6 também uma antecipagao de tutela, + liminar de mandato de seguranga nao vincula o juiz, ele pode caga-la a qualquer momento e, por fim, denegar a seguranga (ndo é possivel denegar a seguranga e nao cagar a liminar), + liminar pode ser restabelecida pelo tribunal ad quem, pelo relator se distribulda a ago ou pelo presidente do tribunal antes da distribuigao, * as obrigacoes acessérias persistem mesmo que suspensa a exigibilidade do crédito tributario Extingdo do crédito tributario > 60 desaparecimento deste (da exigibilidade, pois o crédito surge com a ocorréncia do fato gerador); sua forma mais comum & 0 pagamento, que significa a satisfagaio do direito creditério; utario-> Na verdade so causas extintivas da obrigagao tributaria ©, nao somente do crédito tributario, S30 elementos da obrigagao: sujeito ativo, passivo e crédito tributario — atingindo qualquer um deles, desaparece a obrigacéo. * A obrigacao ndo se perpetua no tempo; nasce para morrer e, com sua EXTINGAO desaparece o estado de sujei¢ao do contribuinte. 4 Resumao - Direito Tributario Sao causas extintivas: a) Pagamento > causa extintiva por exceléncia. Pode ser considerado: 1) quanto ao tempo: a [ei estabelece os termos genéricos 0 langamento fixa 30 dias da notificagao. Se feito em prestagbes sucessivas, aplica 0 vencimento antecipado, salvo com relagao ao IPTU ll) quanto ac lugar: domiciio da pessoa fisica ou sede da pessoa juridica ll) quanto ao modo: deve ser em moeda corrente ou equivalente Repati¢ae do indébito: 0 contribuinte tem o direito de pagar sé 0 que deve © 0 que for pago a maior (indébito tributério) deve Aco de Repeticao de Indébito: * em regra a Fazenda Piblica se recusa a restituir e nega os juros ea correo monetaria * a legitimidade 6 de quem recotheu a maior, ainda que tenha culpa pelo erro, * prazos: ‘© prescreve em 5 anos da data do recolhimento - passado este prazo persiste 0 direito de restituir mas ndo pela aco de repetigao ‘© prescreve_em 2 anos contados da data_da_deciséo administrativa que denegou o pedido de repeticso ~ quando esgotada a via admin'strativa + “A restituigao de tributos que comportem, por sua natureza, transferéncia do respectivo encargo financeiro somente sera feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de té-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebé-la.” isso > 6 um perdao legal do crédito tributario (diferente de remigao, que significa pagamento). * concedida por lel (lei remissiva) - deve ser da mesma espécie normativa que criou 0 tribute; deve ser da mesma pessoa politica tributante: = lei especifica > uma pessoa nao pode perdoar tributo de outra ‘+ & medida de politica fiscal * para os doulrinadores atinge s6 0 também a multa (perdao de multa é ANISTIA) ©) Transagéo > 6 um acordo celebrado em [ei entre 0 fisco @ © contribuinte (excego do parcelamento, que ndo exige lei): a primitiva obrigagao desaparece cedendo lugar a nova obrigagao — NOVAGAO (novos valores e novas datas) ” Resumao - Direito Tributario d) Compensacio > & uma das formas de extingéo de obrigacao reciproca equivalente de débitos entre contratantes, sendo que a Administragéo Publica pode autorizar a compensacao de créditos tributarios, desde que liquidos e certos, vencidos ou vincendos, do SUJEITO PASSIVO CONTRA A FAZENDA PUBLIC) * para que possa ser autorizada, 6 necessério que haja extingao miitua das respectivas obrigagées, até o montante em que os respectivos valores possam ser encontrados ou compensados; s6 poderé ser efetuada entre tributos @ contribuigées da mesma espécle. Reauisitos: ‘a. mesmas partes b. créditos liquidados (liquido e certo) c. autorizagao legislativa para compensar. Espécies: 41. convencional (nao permitida) 2. legal (possivel) ©) Prescricio > 6 a perda do direito de aco e, de toda sua capacidade defensiva, por nao ter sido exercida durante certo tempo (desaparece a agdo que viabiliza o dreito, mas nao o dirito) +o prazo prescricional pode ser suspenso ou interrompido Reauisitos (devem estar todos presentes): 1) existencia de uma ago exercitavel: N)___inércia do titular desta agao; Ml) prolongamento de inércia durante certo tempo: IV) auséncia de qualquer fato que a lei atribua o efeito de impedir, suspender ou interromper a fluéncia do lapso prescricional * 6 ocorre depois do langamento (quando comega a ser ‘contada) * quem paga tributo prescrito néo tem direito a restitui¢ao + Causas suspensivas da Prescricao: |) moratéria, depésito do montante, recurso administrs concessio de liminar (as que suspendem o crédito tributério) |) quando a divida ativa do contribuinte inadimplente estiver inscrita em livro préprio, o contribuinte tera 180 dias para tomar as providéncias, ficando suspensa a prescricao, Ill) © prazo é suspenso se o contribuinte nao for encontrado para a citagéo ou nao tiver bens que garantam a execugéo (suspende indefinidamente) so Resumao - Direito Tributario + Causas interruptivas da Prescricdo: |) citagdo pessoal feita ao devedor - considera interrompida da data do despacho que ordena a citacdo; |) protesto judicial - nao vale extrajudicial Ill) qualquer ato judicial que constitua em mora do devedor (ex. notificagdo, interpelagéo judicial ou intimagéio) IV) qualquer ato inequivoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor (ex, pedido de parcelamento) f) Decadéncia> 6 a perda do direito pelo seu nao exercicio por certo lapso de tempo. + ADecadancia néo se suspende, nem se interrompe. * 0 langamento um divisor entre a prescrigo e a decadéncia: ANTES DO LANGAMENTO SO OCORRE DECADENCIA; * quem paga tributo langado a destempo (depois de ocorrida a decadéncia) tem direito de restituigao (diferente da prescricao) Prazo da Decadéncia -> varia dependendo do tipo de langamento’ 1) direto ou misto ~ DECALEM 5 ANOS, contados do primeiro dia do exercicio financeiro seguinte aquele em que o langamento poderia ter sido efetuado (a /ei fixa a data em que deve ser realizado) por homologacéo - a fazenda piiblica pode homologar em até 5 anos da ocorréncia do fato imponivel; se permanecer em silancio ocorre a homologacao tacita e, com isso, a extingao da obrigaco, salvo se comprovada a ocorréncia de dolo, fraude ou simula¢ao, quando 0 prazo passa a ser de 20 anos, 9) Confusdo > ocorre quando 0 fisco se torna ao mesmo tempo credor @ devedor do mesmo tributo; é um fenémeno mais comum que a lransagao. Ex.: heranga declarada vacante h) DacdoemPagamento> em bens iméveis, na forma e condices estabelecidas em lei i) Desaparecimento, sem sucessor, do sujeito ativo ou passive do tributo > desaparece a obrigagdo tributaria em razdo da falta de um de seus elementos: |) sujeito ativo - 6 rarissimo, Ex. municipios que foram inundados para formar represas. (O Estado da Guanabara ndo é exemplo, pois deixou o Estado do Rio de Janeiro como sucessor) Resumao - Direito Tributario II) sujeito passivo — 0 contribuinte morre deixando dividas mas ndo deixando bens (os herdeiros sé respondem pelas dividas até as forgas da heranga) + ALLE! DISPORA QUANTO AOS EFEITOS DA EXTINGAO TOTAL OU PARCIAL DO CREDITO SOBRE A ULTERIOR VERIFICAGAO DA IRREGULARIDADE DA SUA CONSTITUICAO. Pagamento Indevide > Pagamento: a entrega ao sujeito ativo, pelo passivo ou por qualquer outra pessoa em seu nome, da quantia correspondente ao objeto do crédito tributario; 0 pagamento de uma parcela no importa presungao de pagamento de outras, nem 0 pagamento de um crédito faz presumir-se o pagamento de outto, referente ao mesmo ou a outros tributos; * se no for fixada a data para pagamento do tributo, seré de 30 dias apés a data em que se considera o contribuinte ou responsavel regularmente notificados do langamento, 6 0 ato juridico praticado pelo devedor de varios débitos ga mesma natureza a um Unico credor, que consiste na escolha de qual deles pretenda extinguir, na legislacao tributaria, a escotha é feita pela autoridade administrativa competente, devendo obedecer a sequinte ordem: Imputacdo de Pagament: 1) débitos por obrigagao propria 2) débitos decorrentes de ‘responsabilidade tributéria; no caso de tributos de varias espécies, a imputagdo seguird a seguinte ordem: ‘a. contribuigdes de melhoria; b. taxas; c. impostos; ‘+ quanto aos prazos de prescri¢ao, a ordem deverd ser crescente; quanto aos valores, a ordem deverd ser decrescente, Pagamento Indevido Restituicao: a legislagao tributaria prevé as_sequintes hipéteses para que o sujeito passivo tenha direito @ restituicao total ou parcial do tributo: a) cobranga ou pagamento espontaneo de tributo indevido ‘ou maior que © devido em face da legislagdo tributaria correspondente, ou da natureza ou circunstancias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; b) erro na indicagao do sujeito passivo, na determinagao da aliquota aplicavel, no célculo do montante do débito ou na elaboragao ou conferéncia de qualquer documento relative ao pagamento; ©) reforma, anulagao, revogagao ou resi condenatéria. so de decisao Resumao - Direito Tributario Exclusao do C1 ito Tributario, > ébeneficio fiscal, que consiste na dispensa da exigibilidade de determinadso tributo, por parte da Fazenda Publica, nos termos expressamente previstos em lei; significa evitar que ele se constitua; pode ocorrer mediante ISENGAO e ANISTIA. Incidéncia: corresponde ao fato ou situagéo em que o tributo 6 devido; dado o fato gerador concreto, recai ou incide sobre ele o tributo previsto na lei Nao-incidéncia: _corresponde a um fato ou a uma situagao que ficou fora do alcance da norma tributéria; pode decorrer de IMUNIDADE ou ISENGAO. Imunidade; consiste na vedagdo constitucional do tributo; a CF proibe a instituigao de tributos em certos casos, 14. ISENCAO E ANISTIA Isengéo: 6 a dispensa do tributo por forga de lei; corresponde a uma norma aditiva, que modifica a norma basica, fazendo com que um tributo, em regra devido, no o seja, devido a certas circunstancias. Pode ser: * de carater geral: (quando beneficia todos os contribuintes do territério diretamente) * de carater individual: (quando atinge determinados contribuintes, dependendo de despacho mediante 0 requerimento do interessado); objetiva ou real: (quando se referir a um produto ou mercadoria), subjetiva ou pessoal: (quando tocar o cardter pessoal do beneficiério); ‘* Pode ser ainda: onerosa ou simples, por prazo indeterminado ou por prazo certo, ampla ou restrita ‘+ em regra pode ser modificada ou revogada por lei a qualquer tempo, equivalendo a criagdo de um novo tributo, que deverd respeitar o principio da anualidade. 6 a exclusao do crédito tributario relativo a penalidades pecuniarias; pela anistia, o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo, infrator da legislagdo tributéria, impedindo a constituicSo do crédito tributgrio. 15. GARANTIAS E PRIVILEGIOS DO CREDITO TRIBUTARIO > embora nao soja clara a diferenga, 6 possivel afirmar que a GARANTIA assegura 0 direito de receber o crédito e o PRIVILEGIO se refere 4 ordem de pagamento em relagao a outros credores: > de regra, todos os bens do sujeito passivo respondem pelo pagamento do crédito fiscal, mesmo os com garantia real @ os gravados; somente os bens apontados em I como absolutamente Impenhorévels escapam dessa garantia, 3 Resumao - Direito Tributario “> com excasio dos cries trabalhistas o crédito tibutirio dave ser nano antes dos demais; MAS OS CREDITOS VENCIDOS E VINCENDOS, EXIGIVEIS NO CURSO DA FALENGIA SAO CONSIDERADOS ENCARGOS DA MASSA E SAO PAGOS ANTES MESMO DOS TRABALHISTAS E DAS DIVIDAS DA MASSA; > havendo concurso de credores, a Unido fica em primeiro lugar para cobrar 0 respective crédito, vindo depois os Estados e os Municipios; > 0 crédito fiscal néo se sujeita a concordata; porém, para concesséo de concordata ou declaracéo de extingdo das obrigagées do falido & obrigatéria a prova de quitacéo de todos os trbutos referentes & atividade mercanti > a sentenca de julgamento da partilha ou adjudicacao somente sers proferida com Prova de quitagao de todos os tributos relativos ao espélio. 16. ADMINISTRAGAO TRIBUTARIA Conceito: envolve a fiscaliza¢do @ a arrecadagao de tributes, bem como autos de infragao, orientagao aos contribuintes e a expedigao de certidées. Fiscalizacdo: A competéncia das autoridades administrativas em matéria de fiscalizagao é regulada na legislagao tributaria; indispensavel, portanto, que a fiscalizacdo seja feita por pessoas as quais a legislagao atribua ‘competéncia para tanto, em carater geral, ou especificadamente, em fungao do tributo de que se tratar; = todo ato da administragao tributaria sé tem validade se praticado por quem tenha competéncia para tanto; as normas dessa legislacao, quando nao constem de lei, evidentemente devem tratar apenas de aspectos procedimentais, ou de simples obrigagbes acessérias. Atividade fiscalizadora: consiste no exame de livros, arquivos, documentos, papéis efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, industriais ou produtores, © estes tém o dever de exibi-los, sempre que solicitados pelos agentes do fisco. Objetivo da fiscalizacao tributaria: 6 a correta aplicagao da lei tibutdria, devendo o fisco exigir do contribuinte © devido cumprimento das Normas, mediante seu enquadramento na legislagao pertinente. Procedimento de fiscalizacio: inicia-se com a diligancia, que deveré ser documentada pela autoridade que proceder ou presidir a diligéncia, lavrando-se os termos necessarios para tal, na forma da legislagao aplicavel, e fixando os prazos para sua conclusao. ivida Ativa: constitui divida ativa tributaria a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartigdo administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisdo final proferida em processo regular; Resumao - Direito Tributario + 6 0 crédito da Fazenda Publica proveniente de obrigacao legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas; * © crédito 6 levado a inscrigso como divida depois de definitivamente constituido; a inscrig&o nao & ato de constituigao do crédito tributario; pressupde que este se encontre regular e definitivamente constituldo, ¢ ainda que se tenha esgotado o prazo fixado para seu pagamento; ‘+ a divida ativa regularmente inscrita goza de presuncao de certeza e liquidez; a certidéo de inscrigao respectiva tem 0 efeito de prova pré- constituida; essa presungdo, todavia, é relativa, podendo ser elidida or prova inequivaca a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a quem apraveite; ‘a divida ativa regularmente inscrita contrario, ‘© liquida, quanto ao seu montante; * certa, quanto a sua legalidade; liquida e certa até prova em +o executado, se alegar que nao deve, ou deve menos, teré o énus de provar o alegado. Certidées negativas: a lei poderd exigir que a prova de quitacao de determinado tributo, quando exigivel, seja feito por certidao negativa, expedida a vista de requerimento do interessado que contenha todas a informagoes necessarias a identificagao de sua pessoa, domicilo fiscal e ramo de negécio ou atividade, e indique o perlodo a que refere o pedido; + 0 prazo legal dado a repartigao para expedir o documento é de 10 dias contados da data da entrada do requerimento na reparti¢ao. Lei 8.137/90 CAPITULO! Dos Crimes Contra a Ordem Tributaria Segao | Dos crimes praticados por particulares ‘Art. 1°Constitui crime contra @ ordem tributéria s uprimir ou reduzir tributo, ou contribuigdio social e qualquer acessério, mediante as seguintes condutas: | - omitir informago, ou prestar declaracdo falsa as autoridades fazendarias II fraudar a fiscalizagao tribuléria, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operagao de qualquer natureza, em documento cu livro exigido pela lei fiscal; IIL falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo a operag&o tributavel 55 Resumao - Direito Tributario IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; \V- negar ou deixar de fornecer, quando obrigatério, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestagdo de servigo, efetivamente realizada, ou fornecé- la em desacordo com a legistacao. Pena - reclusdo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Paragrafo Unico. A falta de atendimento da exigéncia da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderé ser convertido em horas em razao da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigéncia, caracteriza a infragao prevista no inciso V. Art, 2°Constitul crime da mesma natureza: | - fazer declaragao falsa ou omitir declarago sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo; Il deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuigao social, descontado ‘ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigagao e que deveria recolher aos cofres piblicos: lIl- exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiario, qualquer percentagem sobre a parcela dedutlvel ou deduzida de imposto ou de contribui¢&o como incentivo fiscal; IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuldo, incentive fiscal ou parcelas de imposio liberadas por érgao ou entidade de desenvolvimento; \V- utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passive da obrigacao tributaria possuir informacao contabil diversa daquela que 6, por lei, fornecida a Fazenda Pablica. Pena = detencdo, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, Segao Il Dos crimes praticados por funcionarios publicos Art, 3°Constitui crime funcional contra a ordem tributaria, além dos previstos no Decreto-Lei n°2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Cédigo Penal ( Titulo XI, Capitulo I): | - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razdo da fungao; sonegé-lo, ou inutiliza-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuigao social; II exigir, solictar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da fungo ou antes de iniciar seu exercicio, mas em razao dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de langar ou cobrar tributo ou contribuigao social, ou cobré-los parcialmente. Pena - reclusio, de 3 (trés) a 8 (oito) anos, e multa, IIL - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administracao fazendéria, valendo-se da qualidade de funcionario pubblico, Pena - reclusao, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, 56 Resumao - Direito Tributario Art, 11. Quem, de qualquer modo, inclusive por meio de pessoa juridica, concorre para os crimes definidos nesta lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade. Art. 15, Os crimes previstos nesta lei sto de agdo penal piiblica, apicando-se-Ihes o cisposto no art. 100 do Decreto-Lei n°2.848, de 7 de dezembo de 1940 - Cédigo Penal ‘Art, 16. Qualquer pessoa podera provocar a inicialiva do Ministério Pablico nos crimes descritos nesta lei, fornecendo-ihe por escrito informagdes sobre o fato e a autoria, bem ‘coma indicando o tempo, 0 lugar e os elementos de canviegao. Paragrafo Unico. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilna ou co-autoria, 0 co- autor ou participe que através de confissao espontanea revelar & autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa tera a sua pena reduzida de um a dois tergos. (Paragrafo incluido pela Lei n® 9.080, de 19.7.1995) Lei 9.983/2000 Art. 1° Sao acrescidos a Parte Especial do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 = Cédigo Penal, os seguintes dispositivos: propriagao indébita previdenciaria® “Art. 168-A. Deixar de repassar a previdéncia social as contribuigdes recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:” “Pena recluséo, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.” 1° Nas mesmas penas incorre quem deixar de:” “I= recolher, no prazo legal, contrbuigéo ou outra importéncia destinada a previdéncia social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do publico;" = recolher contribuigdes devidas a previdéncia social que tenham integrado despesas contabeis ou custos relativos & venda de produtos ou a prestagdo de servigos;* “lll - pagar beneficio devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores jé tiverem sido reembolsados a empresa pela previdéncia social." "§ 2° E extinta a punibilidade se 0 agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua 0 pagamento das contribuigbes, importancias ou valores e presta as informagGes devidas & previdéncia social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do inicio da agao fiscal.” "§ 3° E facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primario e de bons antecedentes, desde que:" “I= tenha promovido, apés 0 inicio da agao fiscal e antes de oferecida a dentinci pagamento da contribuigao social previdenciaria, inclusive acess6rios; ou" —0 valor das contribuig6es devidas, inclusive acessérios, seja igual ou inferior aquele estabelecido pela previdéncia social, administrativamente, como sendo o minimo para 0 ajuizamento de suas execugdes fiscais.” sergio de dados falsos em sistema de informagoe: “Art, 313-A. Inserir ou faciltar, 0 funciondrio autorizado, a insergdo de dados falsos, allerar ou s Resumao - Direito Tributario excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da ‘Administracao Publica com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:" "Pena — reclusdo, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.” “Modificagao ou alteracao nao autorizada de sistema de informagoes" “Art. 313-8. Modificar ou atterar, 0 funcionario, sistema de informags informatica sem autorizagdo ou solicitagao de autoridade competente:” ou programa de “Pena detengdo, de 3 (trés) meses a 2 (dois) anos, e muta. “Paragrafo tinico. As penas so aumentadas de um tergo até a metade se da modificagao ou alteragao resulta dano para a Administragao Pablica ou para o administrado.” "Sonegagao de contribuigéo previdenciatia® rt. 337-A. Suprimir ou reduzir contribui¢ao social previdenciaria e qualquer acessério, mediante as seguintes condutas:” “I~ omitir de fotha de pagamento da empresa ou de documento de informagées previsto pela legislagao previdenciéria sequrados empregado, empresario, trabalhador avulso ou trabalhador auténomo ou a este equiparado que Ihe prestem servigos; = deixar de langar mensalmente nos titulos proprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de servigos;" “lll — omitr, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remuneragées pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuigdes sociais previdenciarias:” “Pena — reclusao, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e mula.” 1 € extinta a punibilidade se 0 agente, espontaneamente, deciara e confessa as contribuigdes, importancias ou valores e presta as informagdes devidas a previdéncia social, nna forma definida em lei ou regulamento, antes do inicio da ago fiscal.” "§ 2° facultado 20 juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de mutta se © agente for primario e de bons antecedentes, desde qu — (VETADOy" “I~ 0 valor das contribuigées devidas, inclusive acessérios, seja igual ou inferior aquele estabelecido pela previdéncia social, administrativamente, como sendo 0 minimo para o ajuizamento de suas execugées fiscais *§ 3° Se 0 empregador nao é pessoa juridica e sua folha de pagamento mensal nao ultrapassa R$ *.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), 0 juiz poderd reduzir a pena de um tergo até a metade ou aplicar apenas a de multa.” 4° O valor a que se refere o paragrafo anterior serd reajustado nas mesmas datas e nos. mesmos indices do reajuste dos beneficios da previdéncia social, Até a proximal FIM 5

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