Você está na página 1de 24
Lt APRENDA VOCE It) te Pye leu L Le a) PS says DOr ce PVE Tey Lie Lens t a LB UC Les} bry Ca TUL bl ee Pray Coe ae Bey PRA QUEM GOSTA DE MUSICA AH JAVA O CHORO QUER ESPACO Rio, novembro de 96. Estamos novamente em campo e com algumas novidades. A movimentacao no universo do Choro tem aumentado consideravelmente nos tl meses. A quantidade de discos langados ¢ significativa, bem como recitals, rodas de choro ¢ eventos variados © ntimero de pedidos de partituras € grande mas o volume de doagdes também cresceu, Recebemos um presente inestimavel do nosso leitor e assinante Wilson Maria dos Santos: um album de partituras com a obra de Rossini Ferreira que vem sendo pacientemente copiada por Wilson a partir de gravagdes em fita. Neste nosso nimero 4 da RAC as ligagdes do Choro com 0 futebol sao desfiadas por Luis Antonio Simas prosseguindo a sua série de artigos. O compositor ¢ saxofonista Edgar Duvivier com extrema lucidez nos aponta algumas questées que teremos que enfrentar para o amadurecimento das relagbes estado, sociedade e artista. As origens do cavaquinho so relatadas por Luciana Rabello enquanto um disco de 1957 da Banda de Pixinguinha sai das gavetas para a RAC pelas maos de José Leal. O Carne Ensopada e outros tipos pitorescos desfilam nas estorias do Animal, enquanto a historia do Choro por Henrique Cazes entra em seu 5° capitulo focalizando o periodo das gravagdes mecanicas. Nosso mais novo colaborador Luis Filipe de Lima da seguimento a um dos temas mais importantes para 0 desenvolvimento do Choro: a questao do aprendizado e da passagem do conhecimento no ambito dos instrumentistas brasileiros. A Discoteca Basica nos traz um disco longamente esperado: Memérias Chorando de Paulinho da Viola, que também lanca disco novo de rara beleza. Para term Pedro Amorim com sua fina verve resolve contar tudo’ a Casa do Carrilho sera dissecada em varias Saideiras prometendo uma descri¢o completa de todos os lances, do: escabrosos aos tragicémicos ABRAM A RODA ar, Os Editores ‘Nossa capa: Paulinho da Viola por Xande. REVISTA _ RODA DE CHORO | EDIGAO.N' 4 © 1996 Editores: Egou Laus e Rodrigo Ferart Conselho Editorial Ary tasconcelos, Henrique Cazes, | Herminio Bello de Carvalho, Imar Carvalho, Jairo Severiano, Luciana Rabello, Mauricio Cartho, Pedro Amorim e Sérgio Cabral Colaboradores: Porto Alegre, RS: Carios Roberto de | Campos e Zeno Azevedo / Florianépolis, |. Sc: Wagner Segura! Curitiba, PR: Fernando Cardoso Nascimento, Selma Baptista e Sergio Albach | Maringa, PR: Paulo Patrni Sio Paulo, SP: Helton ‘man, Cepucho e José Fernando da Sa! S. José dos Campos, SP: Carlos Alxande \Whensche Ribeiro Preto, SP: Mari Lz G. Coelho i Belo Horizonte, MG: Asier | Vinicius ! Belém, PA: Adamor Ribeiro Fortaleza, CE: Eduardo Giuseppe | Teresina, Pr: Claudia Maria da Siva Brasilia, DF: Henrique Filo, Wellngton 7 cordasISio Lai, MA: carte Aimeida Santos | Rio de Janeiro, Rj: Conceigdo | Campos, ergo Prae, Leonard Miranda, | issn de Araujo Moura, Liz Antonio ‘Simas, Mario de Aratanha, Luciana Lopez ‘Andcéa Pedreira, Anna Paes, Carlos | Nascimento, Luiza Mara Braga Martins, Liz Antonio de Almeida, Eduardo Coutinho Andréa Ribeiro Alves, Xande (lustragdes) UA: Tom Garcia / Alemanha: Gison de |. Assis Pranga: Patrick Regn Macrias assinadasrefleter a opiniao de seus autores Projeto Grafico: Egeu Laus Redago: Rodrigo Ferrari Fotolitos: Sulamérica Estilo Grafico Assinaturas: RS 21,00 Exterior USS 56.00 CCorrespondéncia para: | iz Monteiro, 276/101-C | iras, Rio de janeiro, RJ | eax: 021) 285.3672 ‘emai choro@rio.com br APOIO: BIOARTE ~ Instivio Municipal de Arte € Cultura - 0 CHORO E 0 FUTEBOL Luiz Antonio Simas * ten através stamos monstrat, sa série de que como género musical e maneira de tocar, 0 choro possui relagdes com diferen: es express6es musicais. bra sileiras, Aqui, porém, vamos abordar a ligacao do choro ‘om um esporte que, mais do gue um jogo, € um verdadeiro trago de identidade cultural do brasileiro: o futebol artigos Inicialmente, é importante Te de bal om ce destacar um certo jeito macunaimico no nosso choro e no nosso futebol. © choro é um estilo musical com algumas regras basicas, mas guarda seu mistério e seu fascinio nas trilhas do improviso; nas frases inusitadas, nas nuances ritmicas, nos contrapontos de Sao Pixing (que fizeram Vinicius de Moraes chama-lo de “o nosso Bach”) € muito mais. Igualmente 0 futebol, esporte que possui suas regras basicas, também abre espaco para a magia do improviso e é exatamente este mproviso que fez a fama do jeito b jogar bola. Nada melhor para surpreender o adversario que uma bicicleta de Leénidas, um drible desconcertante de Garrincha, um génio de Pelé ou mesmo uma jogada inusicad do peladeiro dos campos de varzea Além desse aspecto do improviso, também importante recordar que o futeb inspiragéo para que alguns dos nossos cho pudessem compor verdadeiras obras-prim Como contar a histéria do choro sem mencionaj ha rasileiro de © 1x0, do grande Pixinguinha, feito em homenagem ao gol de Friedenreich contra o Uruguai no sulamericano de 1919? Ou como nao lembrar de outro mestre, Jacob do Bandolim, homena: geando Garrincha em A ginga do Mané e seu clube do coragao em Vascaino? Quanto ao Flamengo, de Bonfiglio de Oliveira, alguns afirmam que foi composto em homenagem a0 bairro € outros ao remo do Clube de Regatas do Flamen go — 0 choro surgiu em 1911 ou 1912 mas s6 foi gravado em 1931, Mas aqui o que inte ressa € que em gravagao de 979 Copinha homenageou o futebol do rubro- negro, campeao carioca daquele ano, com um improviso maravilhoso. introduzindo frases do hino do mengo no choro de Bonfiglio. mica de Catuary M outro aspecto importante € o [ato que, enquanto o choro é uma expressao musical essencialmente brasileira, 0 futebol, esporte importado dos campos da Europa, vai se abrasileirando exatamente na medida em que incorpora as regras do jogo o espirito do chorao improvisador, se tornando o jogo mestico do garoto brasileiro que, mesmo saber, reprod a bola no pé a magia do chorao com bandolim dolente ou uma flauta rav sem 2 com um 98a Nas maos Qualquer relacao racional entre 0 choro € 0 jutebol, porém, nao consegue exprimir a sensacao de ver o time campeao, marcar um gol de placa numa pelada descompromissada e, de preferéncia, rechear a alegria ouvindo depois um choro dos bons. Quem nao experiment nao sabe 0 que esta perdendo SARTAS (.) Sinto nde estar ai para comprar cordas © partituras nas redondezas do Largo da Carioca. E 0 ‘Tabuleiro da Balana, ainda esta la? Mas o fim desta € muito outro, & dquase uma chantagern; mandat patti turas de (rés das poucas melodias que cconsegui escrever (..). Fiquem Trios no tenho a menor pretensao de vé las publicadas na revista, cwo espaco € pequeno para os mestres. Mas se elas chegassem as maos de um Atamiro, por exemplo, me daria por realizado como chordo: ia dizendo que ele podia tocé-las pata seus netos, ai lembrei que os meus ndo ouvem ‘minha miisica ( Odorico Cardoso de Oliveira Cerqueira Cesar, SP RAC: Como todas as partituras gue nos tem chegado, agora us suas tarmbemt Jazem “parte do nosso. acervo Tentaremias atender seu pedido de fazé= las chegar ao Altariro, (.) Estando a trabalho_més passado na California, conhect um. clarinetista chamado Andy Connell gue escreveu uma tese de mestrado em masica na Universidade de Michigan sobre... adivinhem! Choro, ¢ claro, (..). Mas a principal razao desta € destacar o trabalho de transcrigao que ele fez (..) ele praticamente editou musicas do Luis Americano, Ximbinho, Otaviano Pitanga, Abel. Paulo Moura e outros que nao me lembro (inclusive um bocado de temas de Hermeta Paschoal. (..) AAlém de tocar clarinete muito bem, da pra ver que ele ouviu, entendeu e assimilou a linguagem ‘de todos os principats clarinetistas do choro ( (.) Sou um aficctonado do Choro, venho por este meio, saber da possibilidade de fazer uma assinavura de vossa revista Roda de Choro (.) Reinaldo H.R.Nunes Sesimbra, Portugal (3 Como pesquisador Interessado em tudo que diz respeito 4 nossa musica, da qual 0 Choro € a vertente mais rica e auténtica, gos- taria de receber de V Sas. informa- Ges pormenorizadas sobre assinatura dessa revista, inciuindo os nameros atrasados liver Ribeiro de Almeida Campos dos Goitacazes, RJ RAC: 0s interessados encontram fodas as informacdes requisitadas na terceira capa da revista (embaixo do idolos do Choro) (.) Fiquel muito feliz em saber ‘que foi langada uma revista sobre choro (..).Estou fazendo. minha monografia do cursa de especia lizagao laro sensu em Histéria da Musica sobre este tema (9. Fago parte dessa nova geragdo que esta Tedescobrindo esta nossa musica do inicio do século; tanto musicaimente {pois estudio flauta para um dia poder tocar este genero musical) quanto historicamente (estou tentando com preender como se deseavolveu € uais espagos socials que ele ocupou). ‘Ana Paula Peters Curitiba, PR (.) Sim, meu endereco € este mesmo: Balnedrio Hlapema do Norte, 189.249.000, ltapoa, SC. Q municipio de llapod tem apenas 7 anos de existéncia, desmembrado de Garuva, que por sua vez, no pasado, fora desmembrado de Sto Francisco do Sul — ltoral norte de SC, divisa com o Parana, meu estado natal. (.) A correspondéncia aqui se busca na agéncia do correio, so tem uma e um funcionario, Wilson Leal Flores Mapoa, SC RAC: Preocupados com 0 exiguo endereco do amigo catarinense Wilson, fis que nos chega 0 esclarectmento, (Tomei conhecimento da revista Roda de Choro, Ii, gostei € apresento a vocts todos, que tveram fessa luminosa iniciativa, os meus ‘mais calorosos parabens. Gostaria de me tornar assinante da revista. (..) Seria possivel me enviar 0 niimero de estreia, 0 # Zero? Castelar de Carvalho Rio de Janeiro, RJ RAC: Castelar, no momento néo temos nenhum exemplar disponivel. jd que este mimero foi dtstribuido gratui- tumente & se esgoiou, Como algumas dus nossas materias comegaram nesta edigdo, estamos batalhunda uma reim- pressdo que resolva este problema Assim que ela estiver pronia nossos ‘assirantes ficardo sabendo, = CDs SORTEADOS PARA 0S ASSINANTES DA RdC Do Rio de Janeiro, RJ: Gilson de Souza Moura, José Nilo de Moras, Nelson Luiz Macieira, Reinaldo &. L Rocha, Sérgio Prata, Silio Carlos P ima, Solange de Araujo Apolinario Vantoen Pereira Jr: De Cachoeiras do Macacu, RJ: Walter Neves Ferreira; De Sao Paulo, SP: Adilson Paulo Pde Amaral F°, “Enedina Quinelato e Mauricio de Souza Roberto: De Piracicaba, SP: Jair Ribeiro: De Tatui, SP: Octavio Marques Martins, De Votuporanga, Bp Anat iv be Belo Norton, MG: Antonio Dias Neto © José Patrocinio Nepomuceno, De Flo- Fianépolis, $C: Carlos Alberto Angioletti Vieira, De Porto Alegre, RS: Gilberto Silveira Coutinho: De Toulouse, Franca: Dominique Chatain (0 CDS SORTEADOS SAO CORTESIA | DA EMI Music € KUARUP DISCOS Lo OPINIAO PASSADO E FUTURO Edgar Duvivier * considero um sortudo de ter crescido ouvindo disquinhos infantis com as musicas de Braguinha e arranjos de Radamés, Mas 0. primeiro disco que me apaixonei na minha vida era um do Altamiro com sua banda, vestidos com uniformes vermelhos e gales dourados (varios anos antes do Sgt. Pepper's). Nao tirava o disco da vitrola, © até hoje me lembro de uma Certa sem-gracice ao insistir que me deixassem toca-lo pelo menos mais uma vez, para que eu udesse viajar naquelas| melodias simples, surfando com aquela flauta encantada inha mae, pianista nas horas vagas. tocava Chopin, Naza reth_e Noel, Comecei a estudar clarinete com meu pai la pelos sete anos de idade, num. instrumento vagabundo, em D6, que nao sei que fim levou. Meu pai, musico amador, ex-aluno de Luis Americano e frequentador dos bares da Lapa, tinha sempre mil estOrias pra contar, € como nao podia deixar de ser, era fa de Pixinguinha e queria que eu fosse aquele ‘chordo” que ele nao tinha podido ser. ‘om o passar do tempo. meu universo musical Cte Sendo invade pela jovem-guarda, pelos Beatles, pelo rock anglo-americano que —tomava conta das radios. Meus amigos todos tocavam rock © a essas alturas 0 Chora ja era coisa do passado A conselho de um professor que viu na Berklee a melhor escola de aperfeicoamento instrumenaal me mandei para os Estados Unidos, junto com uma leva de brasileiros que compartilhavam dessa opiniao. Nas minhas primeiras aulas notci que além do inglés nos falavamos linguas diferentes. Fm todos 05 exemplos musicais cles se baseavam nos ‘Standards’, forma de cangao AABA, que por forca do habito se tornou para’os americanos a forma musical por exceléncia Gt, gu ara ensinar € preciso ve resiringr a modelos, langar mao de regras, e confirme também que para os americanos a mtisica americana, 0 mundo @ americano. Certa vez em conversa uma amiga me disse: “Quando eu tor a Europa quero ir primeiro na Inglaterra, pois ld se fala americano” Conheci assim muita musica americana e aprendi a tocar Jazz. Gostei de ver 0 N 40 quero parecer saudosista demais, mas me Para o ressurgimento de nossa misica instrumental sera preciso conscientizar governo, os proprios miisicos ¢ toda a sociedade, do valor de nossa tradi¢ao artistica. valor gue eles davam & miisica instrumental. Me perguniava porque o Jazz era tao popular e nossa musica instrumental brasileira (a0 desprezada. Por que para me considerar um misico instrumental profissionalmente reconheciddo pelo povo, eu teria que ser jazzista. Algumas vezes perguntei 0 que era Jazz mas nunca obtive uma resposta muito precisa Jazz era tudo. do New Orleans ao Acid Jazz, Be-Bop. Swing, Cool, Free, Latin, tudo contanto que tivesse improvisacao. IN ote ened, que, uma das razoes da popularidade do Jazz era a vontade de abracar toda @ qualquer inovacao ou linguagem. Aliados a sso esiavam tambem as vantagens de uma economia relativamente estavel, que permitia que escolas e criangas pobres tivessem acesso a bons instrumentos, e uma politica cultural que vé as artes com bons altos e inclui 0 estudo da masica no curriculo escolar, (ratando a arte como profissao. endeusamento do artista, criagao do. roman: tismo, foi uma faca de dois gumes ¢ trouxe também uma tevolta da sociedade conira 0 artista No Brasil, frases como “levar a vida na flauta", “nao faz arte, menino”, “fulano é um artista”, demons. tram o desprezo com que @ encarada a profissao. 0 artista € antes de tudo um artesao ¢ um trabalhador Arduo e sem horario ccho que. para o ressurgimento de nossa misica instrumental, sera necessaria uma mudanca geral de atitude. Primeiro é€ preciso uma cons- Cientizagao por parte do governo, dos proprios misicos ¢ de toda a sociedade, do valor de nossa tradigao artistica. Segundo, uma abertura para a aceitagio de novas influéncias, Terceiro, a con- viecao da importancia da criagéo musical. “O profundo significado da miisica, e 0 seu objetivo essencial, & promover uma comunhao, uma uniéo do homem ‘com seu semelhante e ‘com o Ser Supremo”, lembrou Stravinsky. E quando o progresso parece trazer 0 caos, “Tiriricas’, ‘Mamo- nas" e ‘Aboboras’ afloram em “Sepulturas’, regados pot ‘Babas Cosmicas’ ¢ adubados por ‘Camisas de Venus’, vale entao parar para pensar, fazer uma reavaliacdo e seguir 0 conselho de Verdi. “Vamos voltar aas velhos tempos: isso sera um progresso" OS INSTRUMENTOS cavad Luciana Rabello * a historia do cavaquinho ainda nao foi escrita de forma definitiva. Ha varias verrentes sobre sua origem e trajetdria. Uma delas afirma que ele € da familia das guitarras, descendente do insttumento chamado requinto, muito semelhante em sua forma ao cavaquinho dos dias de hoje. Outra, defendida pelo pesquisadar portugues Gongalo Sampaio. afirma que ele tem origem ‘grega, condo sido levado para Portugal, mais especificamiente para 0 Minho, pelos biscainhos. Ja Jorge Dias, ourro historiadar portugues, considera-o originario do ‘guitarnico, instrumento espanol da familia das violas, de iorigem moura Em Portugal foi conhecido por diversos nomes (¢ ea algumas regides ainda é), como: machete, manchere, marchete, machinho. bragisinha ou braguinko, etc. Naguele pais tem diversas afinagoes € algumas vezes 5 cordas ao inves de 4, ow aindo cordas dobradas Tamhem apreserita algumas variagbes de construcdo, e é tocado de muitas maneiras, A mais popular ¢ similar a usada para tocar 0 charango ~ ao inves de usarem uma palhera na mao direica (como € mais comum no Brasil), fazem o riumo com os ddedos, ou especies de dedeiras, ou mesmo com as unhas daguela mao, com uma técnica chamada rasgado ou rasgueado Alguns autores levantamn a possibilidade de Que, por ser canstruido originalmente de uma nica peca de madeira vulgar, sem qualificagao, os portugueses tenharn- no chamado de cavaco (pedaco de paw), ea seguir de cavaquinho. Assim, foi razido para o Brasil, para 0 resto da América do Sul para 0 Havai e para Cabo Verde (Africa), conservando as caracteristicas proprias das respectivas regioes portuguesas de origem Ha pesquisadores que afirmam que © charango © quatro, tencontrados em paises da America do Sul e inclusive er algumas regides do Brasil facompanhando 0 “boi” no Maranhao, por fexemplo) sao exaramente 0 cavaquinho portugués de Coimbra, do Minho € de Agores. De fato, a forma de tocar € 0 efeito sonoro sao muita semelhantes. NO CH@RO uinho © cavaquinho. (diminutive de cavaco) Sm, Pequena viola de origem europeia, de quatro cordas simples ou dedithaveis, braga, braguinna, macheve, machete de braga, machetinho. yy Para o Havai, fol levado em 1879, por Joao Fernandes, musico da itha da Madeira, Rapidamente os hhavatanos batizaram definitivamente 0 instrumenta de ukeléle, que curiosamente quer dizer “pulga saltadora’ certamente numa alusio a0 modo “sakitante” como era tocado. Assim @ conhecido até hoje naguele pais. ‘© Brasil, no entanto, foi 0 pais onde o cavaquinho ganhou maior popularidade, e mais ampla utilizacao. Neste pais ele € usado na execugao dos mais importantes ritmos nacionais, nas mais diversas regioes, € votlemos dizer que teve sua técnica tao camente aprimorada quanto em nenhumn tutro pais, Na musica popular, teve partieipacao fundamental desde 0 Incipio da'sua historia, formando antamente com 0 violdo @ alguns outros iscfumentos a estrurura dos géneros mais ricos € jpresentativos da cultura musical do pais, como 0 toro @ o samba, Agui é mais usada a afinacao ré- al-si-ré (do grave para o agudo), popular em Lisboa ha da Madeira, assim como a cecnica do onteado, alem de manter as principals racteristicas da estrutura de fabricacio, Alguns muisicos brasileiros tambem optaram pela finagao ré-sol simi, usada em outras regides Portugal, como recurso para aurmentar sua visando sobretudo 0 solo. Fm todos os casos, nos diferentes mos em que € usado, tanto no seu pais de gem quanto nos que o adotaram, 0 zaquinho ¢ mais usado como instrumento de mpanhamento ~ como chamamos ne Brasil Centro. A definigao € muito oportuna, pots sua vio como acampanhante esta Ge Fat0 niralizada entre os instrumentos de srcussio ¢ harmonia, Mas, como instrumento solo, além de grande popularidade, tem um spertorio consideravel € na sua histéria ha J} suimos instrumentistas que muito contribuiram para © enriquecimenta de nossa musica Entre os mestres do cavaquinho, sejam centtistas, salistas efou compositores, «eveese car Jonas Pereira da Silva, Canhoto, son Alves, Esmeraldino Salles, Garoto ¢ Waidyr zevedo. A este ultimo, a cavaquinho deve muito da a popularidade & reconhecimento, inclusive internacional Julto Perea ronguitadas: encarte da (Fon sau * Luciana Rabello¢ cavaquista, Panorama da MPB nna Belle Epoque de Ary Vasconcelos O fetonadr des. da NPB. todo mundo conhece Sea trabalho € fundamental para os inte ressados nas coisas da nossa cultura, Talver o que falte seja uma melhor di vulgacao de sua obra, totalmente margi nalizada pelos profissionais que comer. cializam livras er nosso pais. Achar ur ivro do Ary numa livraria é uma ci lade! No entanto cle produziu ~ ¢ roduz ~ muito, sendo autor de inuime 0s trabalhos, alguns dels ainda inéditos, E que além de escrever ele edita divuiga e distribui sua obra, ja que nenhum editor brasileiro se dispoc fazé-lo, E como um jogador de futebol que tivesse que bater o corner, correr pra area e ainda cabecear pro goll sm seus livros Ary faclita a vida de qualquer um que queira es musica popular, mapeando e levan: tando dados sobre 08 fatos e persona: gens que fizeram nossa historia Sempre com muito rigor e acuidad Nesse Panorama da MPB na Belle Epoque ele se cetem a0 period que vai do fim da Guerra dio Paragual a0 Grande Guerra, delineando © per gens € apontando reterén cias bibliograticas para 0 estudo d mesmos. Suas fontes sap seu proprio acevo e também as conversas que eve com varios remanescentes da uele period, como o cantor ¢ locator da Casa Faison Nozinho (Carlos Vas ques. aquele que muitas vezes anun. lava mos discos: ~ "Gravado para a Casa Edison, Rio de Janeiro”) Eis aqui um verda ada nossa historia RARIDADES ASSIM E ls vésperas do ano em que se comemora 0 centendrio de Pixinguinha, um disco que deveria ser relangado em CD. Assim € que ¢... Pixinguinha © sua banda em polcas, maxixes e choros. Ginter SLP 1715). a rearrumagio depois da mu: dana. resgatei enire os velhos discos em vinil um dos meus preferidos Assim é que é Pixinguinha e sua banda em polcas, maxixes e choros. Euitado em 1957 apreseniava-se como uma singular dade na producao fonogratica da épo- ‘a, mesmo consideranclo sua contem: poraneidade com o memoravel disco Maxixes e Choros, gravado pela Bunda do. Cor Bombetros da Federal (Odeon MOFB 3012) nliguracao instrumental ado. ewinha se fundamenca no foreniato da banda de misica tradi ional — insteums sapro com preponderancia de metais. Pixingi wha Je por assim dizer, criar luma especie de banda de musica ds camara Reduz as decenas de instru Mentos de uma banda marcial a ape nas ne istons (rrancisvo Sex Laerte Resende); uma tuba Solon) bombardino (Paulo Silva), um clatine te Joao Ratisia); um flautim (Pedro V ngalves). uma bateria (Manoel Dias de Figueiredo}: um prata (Angelo) um reco. bastido Gomes) Pixinguinha nao toca, Seus arran jos sintetizam uma banda inteira onde cada instrumenio © mutip uma estruuracao perfeita fe timbres, melodias e contracantos, cheios de lirismo € graga, Para tanto, basta com pparar a gravacao de Cigana do Catumb feita por Pixinguinha e sua banda, com 1 que fo! feita pela banda do Corpo de Bombeiros, com arranjo do maestro Capito Antonio Pinto junior foze fainas que compéer P, apenas. tres, Flauzina (Ped Gauing © Pixinguinha), Aff horo (Allredinha) e Buligaso juve QUE E.. A. Leal * a Pires Peixoto), sfo classificadas coma charo AAs demas, sete maxixes e duas poleas itrelanto € incontestavel a afinidade entre 0 choro @ © maxixe, integrados pelos arranjos do genial macstro em um 56 geneto tusical E verdade que 0 choro tem sua mais adicional forma de interpre 5 do conhecido conjunio regional: violdo, cavaquinho, bando: lim, flauta, um ou outro insirumento de sopro © pandeiro. Entretanto, a Taridade que apresertamos comprova neia de que a musica mas iente carloca nao esta restrita os instrumentals crisalizados, Desde scus primdrdios nossos musicos populares ‘se valeram dos mais fariados instrumentos para compor € interpreiar O LP Assim ¢ que ¢... Pixinguinha € sua banda em poleas, maxixes e choros ¢ apresentado por Paulo Ta pajés, 0 que dispensa quaisquer outras Tecomendacées ou comentarios. vesperas do ano em que se comemora © centenario de Pixinguinha, seria oportuna a reedican deste ¢ dos outros dois LPs que compoem a. série Pixinguinha e sua Banda (Carnaval de Naissara e Marchinhas carnavateseas de io de Barro ¢ Alberto Ribeiro, ambos Sinter), mantenda-se as textos riginais de coniracapa, de significa ancia dacumental 7 receipe cnoro = PASSO LOTADO S - PEDRO AMORIM Ft ey ae f abe thee ppp Os FT i Be vies bebe 9 ee | DIA > Bb6 BL6 Ab7 Gb7 Cm7 re Be Ebo pb? Eebe , 0 ef ou abe Dbo Bb6 Abo Gmo BZ. "Bho = b= SAUDOSO CAUAQUINHO “°F core ANTONIO DA SILVA TORRES (JACARE) Eb/g = ih bere an sae 2PM OAD yt fetes te Am7(|)5) D7 t — = 10 HISTORIAS DO ANIMAL 0 CARNE ENSOPADA Donde se apresenta outro personagem dos choros de outrora eu Gaudéncio trabalhava varie Stee: di Aandega v por mative que me convém guardar segredo fo domvitido, passando a andar por ali na convivéncia dos seus conhecimentos Afinal se encostoua0_inesquecivel Raymundo, mavioso Mauta, também da Alfandega ‘¢ morador das bandas 43 Gléria, Seu Gaudéncio costumava comer um “frege-mosca’ que havia_na Travessa do. Rosario, mas quando as coisas Ihe corniam bem ele procurava uma casa de pasto no Largo da Sé cujo proprietario era o St. Bernardino & 0 raixeira um mulatinho — chamado Timotheo. A especialidade da casa era angi 4 bahiana, mas nosso Gaudencio preferia carne ensopada (© St. Bernardino, além de veia poética, tinha grande predilegao pelos Versos de Guerra junqueiro — havia um fetrato do poeta portugues em um ladro a entrada do seu estabele cimento — e de vez em quando servia seus Tregueses versejando ou declamava uum alexandrino do. saudoso poeta (Quando via Seu Gaudéncio encrar dizia Bom dia, meu camarada virandose pra cozinha — tire uma carne ensopad ~~ E foi assim que quase ninguém icou sabendio que ele aendia pelo name ide Gaudeneio, sendo mesmo conhecido pela pessoal como o Carne Ensopada, Certa fetta Seu Gaudencio apareceu rum baile dancante © foi logo se misturando ao pessoal do serena om 0 olhar ativo para descobrir um conhecilo que the desse um ingresso, 0 que nao demorou muito. Embaratustouse pela asa adentro no justo_-momento que estava se formanda uma quadritha e rhosso camarada, nao enconttando de pronto um par. foi carinhando ate a ozinha para arranjar uma dara, @ tenconitou a mulher do dono da casa Formou cm frente a janela que dava pro pessoal da sereno, que nao perdon Bravo do Carne Ensopada! ele virando para a dara disse ‘Nao faca caso, minha senhora, istoé uma canalha, 6 uma cambada.. — fe comegou a proferit palavras rebarbativas Dai a pouco comey quadriiha e ja es ‘quando gritos maquina pari Detained caratara de Sat = Preparar para @ grant granchene’, esquerda com esquerda. direia a seus pares, grande promenad sang, sane double, Sange anarrie Tot ai que 0 sereno em peso bradou — Ai, Seu Carne Ensopadal Nem quelram saber. 0 fornenzinho ficou daquele jeito © retrucou com palavrasbscenas. estabelecendo-s tuma grande conlusi. Seu Gaudencio f posto do baile pra tora Na saida pprocurava_o chapéusem saber onde {inha deisada, tamanha sua precipitacao quando entrou, ¢ lembrouse de ter calocado em uma cadeira onde agora esiavasentada uma senhora muiko gorda. Pois ela estava justo em cima do Cape do Carne Ensopada, que ai mais desatinado disse para adam Nao rinha outro lugar pra sentar sem ser em cima do meu chapéu, sinha sapa-intannal (© sururu aumentou ainda mais ¢ ‘Seu Gaudéncio salu debaixo de uma vaia formidavel. So se ouvia pessoal grtar © Carne Ensopada fo: bartado! ‘ora o Carne Ensopadal Depois dessa ovagao de desagrado 0 choro cantinuoy, tornando se cada vez melhor com a chegada do. Bifhar. d Maneco, Leal, Joao Ihamaz e Chico Ber E eu nunca mais tive noticia do Gaudencio, o Came Ensopada, T strate aetna via por © elo Noel Rosa, dir PA posso deat de hes conta, © grande compostor Pedro Caetano nao riod muito da inimidade do poeta onhecea €esteve com ele em aamas pros lads da Vila, ld estava Noel fodeado de amg, bincando de Ut tersos de improvso. Olhando a cena Tembrou dem fato vhido por Noel Contado por lgum amigo comm. pot tim motivo qualquer uma nove na Lapa, alguns homens da eo conduciram 20 aistrgo" Logo. a0 entrar 0. delegado reconieceu © aul de Pulte Infeie Lembrando disso, Pedro fol se ‘Seu Noel wacé me diga 0 qe fol que waed fer pra. ter que dar shi de graga E este responce de primeira sponda pra 0 (que na inceressam ma A assisténcia ndo se conteve © a gargalnada foi uma s6, todos pasmos Com a genialidade insianvanea desses bamvas do nosso cancioneiz, Recebemes em nasse redagdo, mises mente, envelopes assinados peo chordo do inicio do sB0uo Animal Os das sobe ele [3 ram opscuros, agar @ que ninguém enterde mais nada, Num caso impar de paranerma Tea, parce quo ole novanente est onto nos. € nosso dever, ent, abngele em ross roca. Corespondéncia para 0 Animal: envie ara a Run Pro Luis Cantarhede, 240/208 Laranias. CEP 22285040 Rode Janeiro, R) ) DESDE QUE 0 CHORO E CHORO -V ~<> AS GRADACOES MECANICAS Henrique Cazes * 6 fim dos anos vinte dois fatos mudariam a N velocidade de desenvolvimento da misica popular no Brasil trazendo consequéncias imediatas para 0 Choro: o fortaleci- mento do radio e o advento das gra vagoes elétricas Antes de passarmos a fase seguinte das relacoes entre 0 Choro € a induistria fonagrafica, julgo con- veniente fazer um breve balango do que foram as gravacoes da fase mecanica Os primeiros regisiros do reper torio choristicos foram realizados pela Banda do Corpo de Bombeiros, pri meiramente comandada por Ana cleto de Medeiros © mais tarde pelo > trompetista Albertino Pimentel - o Carramona. Formada por misicos que Anacleto ia arregimentando nas rodas de Choro, a Banda do Corpo de Bombeiros se destacava das demais de seu tempo pela melhor afinacao, leveza e arranjos melhor acabados.O repertorio cra dividido entre polcas, schottisches, quadrilhas, valsas, dobrados ¢ marchas de carater civico e também techos de operas e transcricdes de classicos, Em seu livro O Choro, o Animal (Alexandre Goncalves Pinto} nos revela na pagina 60 0 segredo de Anacleto conseguir um resultado musicalmente Go superior: "Coma maestro ensaiador transfor mou a Banda do Corpo de Bombeiros cm um Conjunto de professores que o respeitavam obedeciam, na maior rispidez de suas energias. pois Anacleto era um diretor de miisica caprichoso € violento”, Mesmo quando surgitt a Banda da Casa Edison, a primeira orquestta de estidio © que contava com varios musicos da BCB, esta nao perdeu a lideranca, £m tempo, cabe registrar que 1996 marca o centenario da Banda do Corpo d Bombeiros gue infelizmente nao foi comemorado & altura de suas tradicoes As primeiras gravacdes de solistas comecam a aparecer em 1907 como Grupo Novo Cordao e nc FIGNEIt IRMAOS ano seguinte com © Grupo Cavaquinho de Ouro. Normaimente sao trés instrumentos com um solista acompanhados de violao e cavaquinho. A flauta e 0 clarinete sao os instrumen: tos mais usados para o solo, sendo que flautistas como Patapio Silva ¢ Pedro de Alcantara optam por gra var com acompanhamento de piano evidenciando suas intengdes concer cas, ‘Trompetistas como Luis de Souza, Albertino Pimentel ¢ Case- miro Rocha (autor de Rato rato) apresentam um desempenho bem mais convincente que. clarinetistas como Louro © Malaquias e solistas de sax soprano como Francisco Lima. Por outro lado vemos que mesmo sem uma linguagem musical mais organizada grupos como o Novo Cordao ¢ o Terror dos Faces ja traziam a baixaria contrapontistica do violao bastante desenvolvida. Em um Choro de 1908 intitulado Doralice, de autor nao identificado e gravado pelo Novo Cordao, vé-se claramente 0 prenuncio das modulacées e esquemas de resolucao de partes que Pixinguinha usaria na década seguinte E interessante notar que as gravagoes de Choro até entao nao continham percussao, que 56 vai Sendo introduzida com a gravacao de reperto- io de intencao carnavalesca a partir de 1915. Na banda era usada a caixa clara mas nao para lazer ritmo constante (levada) e sim para reforcar os ata- gues de metais, como nos arranjos usuais do re- pertario civico. Um agradecimento especial deve se pesquisador Jaito Severiano, que guiou € vou a audicao desses pioneiros, Ha ainda um detalhe importante a respeito do feito ao ncenti Tepertorio: as musicas que se perpetuaram eram realmente as melhores, o que atesta o carater seletive natural da roda de Choro 1 ee L Coro: APREN Se ha varios choros, ainda que unidos por uma misteriosa esséncia que thes garante a identidade comum, haverd varios processos validos de aprendizagem. Ou nao? zia Noel Rosa ainda er parceria com Vadico, Feit 1933, no primeiro samba feito de Oracdo: “Batuque é um pri- > / Ninguém aprende samba no colegio...” Estes versos, ja astante discutidos por estudiosos da MPB, especialistas em comunicagao ¢ fildsofos de botequim, podem servir de interessante material para reflexdo também se aplicados ao ch primo-irmao do samba, afinal de contas. Sera que choro se aprende na escola? Qu prescinde de formacao académica, se nao for mesmo incompativel com métodos de aprendizagem rigo- rosamente escolasticos? Como se poder dominar as sutilezas de uma linguagem tao dinamica e criativa? De onde vem mesmo o tal do molho”, as variagoes inesperadas dos solistas, a baixaria improvisada e cheia de bossa do violdo, a palhetada suingada do cavaquinho, as quatro semicolcheias transformadas em ritmo pelo pandeiro? Sera 1 mesmo que no choro, assim como na letra de Sinh6, “quem quer se a fazer nao pode, quem € bom ja nasce feito”? { Uma primeira dificuldade para responder a todas estas perguntas aparece quando nos questionamos sobre 0 que pode ser definido ou 140 como choro — velha encrenca! Marcus Ferrer, no anterior numera * aE oe edwin chavao! chore é urna mancira de tocar, © @ Boa pista. Seno, como juntar sob o mesmo ‘\ réiula composigoes de Pixinguinha, de 8 Garoto e de Hermeto Paschoal. 0 Epoca de Ouro, a Orquestra Tabajara © 0 Choro Eletricc de Alcea Maia, Guinga, Arthur Moreira Lima © Zé da Velha? Percebemos que ha \Y ~ ) para todos os gostos, desdobrando-se & pela influéncia de <6 ’ numeros géneros musicais. Mas melhor qualidade? Perguntas, perguntas... Ao menos, porém, uma conclusdo: se ha varios choros, ainda que unidos por uma_misteric esséncia que Ihe: nte a identidade comum. rm havera varios dos de aprendizagem. Ou nao? 1 primeiro lugar, pode-se seguir os caminhos do autodidatismo, que. de resto. existem desde que musica ¢ nuisica. No século pasado, quando © choro comecou a fi tidade nusicos a ele dedicados aprendiam \ mm expressoes marc JA VOCE MESMO quase todos nas esquinas € nos botequins, desprezando o conhe cimento da escrita musical. F como lembra Marilia Barboza no artigo “Pelos Caminhos do Choro” (da indispensavel antologia Notas Musicais Cariocas, edicéo da Vozes de 1986 0 or Joao Baptista M Vargens): “Os grupos de choro na contentavam em executar miisicas em obediéncia ao que estava consignado na pauta. Em re s6 0 flautista sabia ler viza lisica, quando sabia, Os violées @ os cava: quinhos tocavam de ouvido. Nessas condicoes, a musica ia sendo digerida com o tempero da sincopacao nacional, ao sabor das negagas descaidas © bossas dos executantes, em verdadeiros prélios virtuosismo, onde o fino da arte era surpreender o acompanhador com verdadciras rasteiras harmonicas Afinal. € nas esquinas e nos botequins que se ira aprender, por exemplo, 0 que é possivel chamar de sincope “a bra a estrutura Semicolcheia-colcheia-semicolcheia ¢ sileira” (algo entre quialiera de tres colcheias), célula ritrnica bastante arraigada a nossa memoria musical Comigo mesmo aconteceu uma histéria que ilustra bem a questao da » @ [imitacdo da escrita para com o choro. Ainda garoto, fui ter aulas de bandolim com Joel Nascimento, craque da pelota e, bem mais que Bog © isso. um grande sujeito, Era nosso primeiro encontro, ele perguntou if se eu lia mis 2 Respondi que sim, ¢ Joel pos na minha frente a partitura do Ingénuo. de Pixinguinha, Resoli caprichar, lendo tudo tinho, bem marcado, melhor que qualquer computador de ultima geragao, assim como > spalla da Filarmanica de Berlim Pa... pa. pa. pi, pa, pa, pa, pd, pd. po. Para, gartto. pital Que coisa horrorosa, ter tocado uma cinco vezes seguidas o Ingénu sem alterar uma nota sequets nas improvisando de pretagao que ate hoje me ficou na lembrangca. Provocacao pura, E uma grande licdo, claro, aprendendo a ler ea escrever musica. Em parte, talvez. pelas relagées a5 vezes estreilas mantidas com a masica erudita (desde os pianeiros, passando por Radamés Gnattalli ¢ sua 3 No século passado, quando 0 choro comecou a fixar sua identidade, ‘05 miisicos quase todos aprendiam nas esquinas e ‘nos botequins, desprezando © conhecimento da escrita musical Mrs 1G Muitos misicos so eximios instrumentistas sem nunca terem se submetido a um aprendizado formal Camerata Carioca, até 0 contemporaneo Agua de Moringa) ou pela necessidade crescente de se empregar em esttidios de gravacao musicos que soubessem ler, poupando tempo. Ou ainda, quem sabe, pela influencia da “rapaziada dos bemois instrumentistas de sopro (metais) muitas vezes saidos de bandas sinfonicas, em que se lé correntemente. Isso me mbrar a. histéria ada ainda outro dia pelo Alexandre de la Pefia, violonista. Certo saxofonista veteran, chorao, bom musico, foi chamado para uma gravagao. Todo contente, chegou ao esttidio @ foi logo tirando do estojo o Selmer novinho, aquele brilho faiscante, quando entao aparece o maestro com as partituras: um arranjo complicado, cheio de frases, se bem que escrito com letra muito caprichada. Bastante serio, nosso saxofonista toma nas mos a papelada, 0 suot comecando a escorrer pelo rosto E.. bonito... Essa letra é sua, maestro? Muito boa, dese nhadinha... E... Isso aqui... isso aqui é um dé, nao é mesmo? silencio no esttidio. O velho musico da um suspiro, desconsolado, ¢ sem perder a pose arremata, antes de bater em retirada: Pra mim nao da, tou fora! Mas a questao do aprendizado do choro, marcadamente informal, a0 menos eM seus primeiros tempos, nao se prende sO a escrita musical. Dois outros pontos importantes s40 0 dominio técnico do nsirumento e 0 conhecimento de harmonia. Sei, assim como sabera o jeitor que acompanha as rodas, de muitos mtisicos que sao eximios nstrumentistas (chegando, por vezes, a reinventar a técnica de seu nstrumento), Sem nunca terem se submetido a um aprendizado formal E 0 que dizer dos musicos que nao tocam instrumentos harménicos, nunca estudaram harmonia, mas sao grandes “acompanhadores improvisando contracantos para as melodias? E 0 caso, entre centenas, do flautista Alexandre Romanaz: codinome Maionese —, que me altura em muitos trabalhos. Ele garante, porém, que tem vontade de estudar um instrumento de harmonia. (Nao acredito muito. [la mais de um ano, Maionese comprou um 4 cavaquinho € alé agora s6 sabe fazer um sol maior com s cordas soltas...) ¢ F claro que nao se fara aqui qualquer apologia autodidatismo ou do aprendizado romantica ormal. Ora, se ha choro tl yostos, haverd ainda a absoluta necessidade, em certos odo tipo e para todos os casos, de uma formacao escolastica com os rigores da linguagem erudita, muitas vezes cortejada pelo choro, ou do conhecimento sdlido de harmonia funcional princip mente para as vertentes que se aproximam do jazz. Também empos de informatica, em que comega a haver um derrame et de partituras ¢ informagées sobre o Choro via Internet, 0 conhecimento da leitura musical vai-se tornando cada vez mais Util Dos anos 80 para ca, quando aconteceram no Rio de Janciro as pioneiras Oficinas de Choro da RioArte, com professores como Henrique Cazes, Afonso Machado c Luiz Otavio Braga, algumas iniciativas vem sendo tomadas quanto ao ensino do “jazz-brasileira”. E 0 caso da Escola de Choro Raphael Rabello, em Brasilia, e do Conservatério de Musica Popular Brasileira de Curitiba, coordenado por Roberto Gnattalli, Mas, ainda hoje em dia, aprende-se mais comumente por meio de aulas particulares com miisicos experimentados, No Rio, Dino 7 Cordas leciona na Casa Oliveira (levado ha 27 anos por Jacob) & no Bandolim de Ouro, tradicionais lojas de musica. Afonso Machado, autor de um completissimo método de bandolim, € outro grande mestre, assim como Marcio Almeida. cavaquinista. Isso para nao falar dos discos, eternos professores dos candidatos a chorao. Tocando junto com a gravacao ou apenas escutando atentamente, nao ha baryiolinista que nao tenha estudado com Jacob, solista de cavaquinho que nao tenha aprendido com Waldir, clarinetista que nao tenha sido aluno de Abel sete-cordas que nao tenha Dino como mesire Outro capitulo fundamental € o das rodas. Conheco musicos, alguns ainda adolescentes, que tocam bem o choro, sem nunea terem frequen tado uma roda, entretanto. Hoje ha toda uma geracao de chordes se for mando com base em arranjos fechados, semi-eruditos, em que ha Pouco espaco para a improvisacéo e a espontaneidade de exccugao Uma questao de opedo, certamente valida. Sou suspeito para opinar. uma vez que minha formacao musical 6 a do botequim — embora seja alfabetizado _musicalmente € tenha cstudado algo de harmonia funcional. Mas ouso supor que a roda ainda seja, por exceléncia, 0 espaco do choro. Tocando em conjunto. experimen: tando, criando cumplicidade com os outros miisicos, agiientando 0 chato que inevitavelmente vem pedir para tocar aquela, muitas vezes no meio de um gra burburinho, tocando pela primeira vez um choro de de forma mais plena a esséncia do choro. Mesmo q se va partir para outras experimentacoes, pesquisa de linguagens, ¢ importante passar pela roda t — um acontecimento, alias, para além de musical EI im, nem sempre € preciso colocar em polos demia. Ou, mesmo que 0 seja, € como disse © poeta qualquer maneira de amor vale a pe muitos, assim. sero 05 caminhos que levam ao choro. : f opostos criatividade € rigor formal, botequim e aca. AAinda hoje em dia, 1 aprende-se mais comumente por meio de aulas particulares com masicos experimentados qual s6 se sabe 0 tom (anunciado com a maior dis- AN plicéncia pelo solista), é assim que se pode capturar & 4 16 DATAS JULHO: Oa}W1974- Nore ro Ro delaneo Np 205 68 anos 0 compost Anco Ane de Si Filo, Aut done do Ro, Cidade maroc rath io34 Dsfult9rs - Nace em campos exo do i, Composter ison Bata Je vera, aor sarba Of st Oscar com Naulo fs 94D Ojui9e8 Noo de reo ds depos te’ compler 5 anes morte ¢, compost Wisonttisa ce olver nurde Sande ne nego lem Jorge de Cas, 1955) de Fee Valemar rea com foto Varins 191) Oaja900 O coyusior Jonge i! Ta dr de Ee sade fe arta com Bee tacera nasce no fo de neo). Ompauiseo = verve acs 86 30% [rt oorposcr eyces one Qe Cus de eo Mores "0 poetnns tp ei Talat outa Cosas pores” ro. chr lames de Paina IMfal@48 ~ Nave ro fio “0 Jaa Antonio da Siva pmpastor € Mas, poneio do Chorare autor ce Comal de 186 ‘adit Tif 1866 - Em Paqueca i) nace ocompostor ceregence re toe tne ae rte ten eras por Can d Pando Cearese eet em 1912 corso nome de Rasa cargo) TSult973 = Moce no Rode enero Ras 60 anos o car © compessar Cro Monte, de Madame une dea om Dias da Crh AGOSTO: MoE cast Se ote Nepean «da Bante Coe de somber dM ce Ceres heer see eee anne aglBhe Wo Roce ee ea 8 fos Ercas Joourt bara ds Sates © voage vents tt cna, Malin i bic Gems hare ht an Pe ompés Conaros com aaa ds toes pra enrique 3 ‘oun bem como pana corigr and neces, Agadccerns a age Fobra Mrtrsda FMR. Cbs bet dé Crp Cube do Ct 3 Ret Agee rae Cac de aac. U) ISCOTECA Bisica Henrique Cazes * MEMORIAS CHORANDO Paulinho da Viola EMI Music Relangado em CD, 1996 do original em LP, 1976 retomada co Choro em meados dos anos 70 nao teve na area fonografica a mesma exuberancia dos palcos. A maior parte dos lancamentos de Choro desta fase era de gravagoes antigas nem ‘sempre bem combinadas em compilagées © usuaimente martelando 0 mesmo repertorio, Coube no entanto a Paulinho da Viola, j4 consagrado entao como compositor € cantor, a realizac4o do mais original ¢ Instigante disco de Choro desta década — Memérias Chorando. Contande com a equipe que sempre o acompanhou — Copinha, César Faria, Dininho, Cristovdo Bastos, Chaplin e Hercules — além da contribuigao percussiva de Jorginho do Pandeiro ¢ Elton Medeiros e do bandolim centrista de seu irmao Chiguinko, Paulinho rompeu suavemente alguns dogmas do género © bem ao seu feitio, com elegancia e sobriedade, mpunhou o cavaguinho num repertério que além de composigdes suas ¢ de Pixinguinha, traz a belissima faixa titulo de autoria de Ary Barroso. Vinte anos depois de lancgado, Memorias Chorando permanece plenamente atual e merece da EMI Music um fratamento 3 altura de sua qualidade artistica. Remasterizado nos lendarios esttidios da Abbey Road 0 som esta perfeito. A capa, original de Elifas Andreato, foi adaptada para CD por Jo Oliveira e manteve todos 0s textos e informagdes sobre mussicas © musicos da versao original. Enfim, € um classico da discografia choristica que volta a cena. + Heri Cazes misc Relagdo das musicas: Cinco Companheiros; Chorando; Cuidado Colega: Romanceando; Cochickando; Rosinha, essa menina; Oragdo de Outono: Beliscando; Segura ele; Choro de memorius ¢ Inesquecivel. Ficha Téenica: Direcdo artistica: Multon Miranda: Direpao de Produgao: Mariozmho Rocha: Prodiigao Artistica: Paulinho da Viola: Técnico de Gravagdo: Roberto Castro, Remixugem: Nivaldo Duarte ¢ Tontnho: Corte: Osmar Furtado, Capa: Elifas Andreato com assisténcia de Yolanda e Alexandre Husak. Remasterizagao em Abbey Road pelo engenheiro Peter Mew: Coordenacao de estiiita: Chris Buchanan: Direedo Artistic: joao Augusto: Supervisao: Paulinho {da Viola; Coordenagdo do projeto: Sonia Antunes: thustragdo de lombuda de Elifas Andreato e adaptacao grafica para CD de Jo Oliveira Teil' Otincamentos Roba pe CHORO Luis Nasir pegs, Wark ph mento d9 Cb demonst brane economsta, {anos snerprear a tance i produ Miltinho © o violio do Ze Barbelro, Nass, era em xa pa, en he Sobre muni popular ¢ 0 impuso ago na area o enol merino Chafles da Flat, seja pelo esmera da pn ‘erezuslano Antonio Lauro. Nassi,choras desde dead de 6 Pog 1s (MGI, evanos anos 8 mais due 3 sen so mane tim dad cultural fundamental na Fria um gre pa Piatt semere QUINKA Sempre Peancuinna ~ 100 Anos Varios Paxinguinha natal Nascimento, Paulo Sergio Santos Chiquinno ger : adames 1 por Joao Carlos Assis Brasil 1 Paulo Sérgio Santos ha vasa stud solstag Joel ‘Odette soa maxim, Paxinguinha Barbosa, i on Mitropaunnetcomr Sempre Jacos Varios ekbrinde da Alan de Pingo a'Agua 1 Afonso. Machado, fen mhotes ba faz também um 1 esto fren © Mira Criminal Nek un oi veredor don Ese € 0 stgundo CD da sere Sempre da Auaryp, que pata 1997 nos promete Sempre Radames, Sempre Anacleto. Sempre Nazareth Sempre Chiguinha 5 ae ‘ceP osteee a Wm siete n 18 1 @L ANCAMENTos Os Carinnoso. VaRios Ons aualitde d pou mi gravagao.raizada © reper seas Cho desi Calla sit Chico Barge {Ginere russel no pats © comand com 9 isis e Seas Chores, Mai jue Caraquet Gantounto, ‘Omar. war" Adison Cod Witlam Cram Cabrel st ? Gapeuph co percssonses Btn Sods sem Jether Gar Renato Camargo Melons Carlo Canara odie drgaee jana stranstior Mareo Antonio Bernardo ‘ariahss 0 peo C arco Antonio Bernard 2 * " £0. nals ls Omar ar" 0 7 Aaison-Gabret-Willam, 1 into eon fe on ether al dos do ae z tandolim Doce de Cave I Antonio, ais ral de Almeida ey =08 so fine Renato Camargo Chore ex Samilizt Choro em Famitia Dro RIAN & BRUNO Aguiseontontiaces Jacob do Bandotim gravou x Inpto. Deo lian i s rrosidades chorsicas. Re 0 Tembrados como Cincinato, Juvenat Felnowo, Mario Alres, ‘Mauricio, Braga Sebastii’ Cinna, naclet, La perce po Deo, Choro ic mip Marcio. Almeida, a " 1 jus Deo «jacob no on Manvel Riga Damazio Baptista, 7 r eo. Ricardo Calaate necinen yALINN TAN BeBaposampa PAULINHO DA VioLA ima fsse dep : indo sam seu pa) César Ca, Cabelinho, Celsinho. Hercules. Dininho « Gfistovdo, gue sles do. piano impeenel event 5 ose Copinta pros de Maio Seve © Ricardo Pontes Fi Epoca de Ouro, com 2 Vetha Guarda da Portela ees nga data Casquinha e Eton Medeiros. do. bon-batane-metocatioa. ts bscurceda Pb ISTURA & MANDA! ESCOLA FREE MUSIC EM LONDRINA Enuou em funcionamento re: centemenie, em Londrina/PR, a Escola Free Music, com cursos teoricos & instrumentals © apoio a todo género de atividade cultural Sua biblioteca aceita doacses de livros, revistas e partituras musicais, A directo da escola esta a cargo de Aldo Morais na Rua Huge Cabral, 727 - Londrina/PR - 86.020-060 CURSOS NA ESCOLA RIO MUSICA A Rio Musica, sod a dire de Sérao Benevento, cnou 0 Curso de Produgdo onogrdfea. que. cl somorizagio, produgao de shwa gralicas para capa, de listos Estao." Sgendados também Backstage. Em janeto de 97 acon babio,” guitarra, wolio. havera teona © grupo vocal 2 Rio Masia fica Clarice Indio do Bras, 52. Bovatoyo. Ter (021) 8520905 e fax (021) 855-2260, BANDOLIM, VIOLAO DE 7 E CAVAQUINHO NA CAVACO A partir do més de dezembro Henrique Cazes passa a assinar urna coluna na revista Cavaco, edicts em Sao Paulo pela Editora Jazz Na coluna, Cazes mosirara os. funda mentos técnicos do instrument © dara dicas para a solucio de pro blemas com o insirumento, cordas e palhecas, Assim, Cavaco, que ja conta em seu corpo. de colaboradores ‘com nomes como Isaias Bde Almeida na coluna sabre bandolim e jorge Stmas rna de violao de 7 cordas. ganha um reforgo considerivel que vem de encontro ao interesse cada vez maior pelo cavaguinho, 50 ANOS DE ALDIR BLANC Criador de inumeras obras: primay de nossa miisica popular c Fesponsdvel pela_populati sensacionals -personagens nica carioca — quem nao ¢ Waldyr taperee, 0 Lindau idade de da cro onhece © Penteado. parceiros de copo do poeta lana Rua dos Art Aldie Blane comemorou tas? seus 50 anos em grande estilo, com. lan: Gamento de lito © Ca No disco. Seus parceiros c outros grandes interpretes” prestam-lhe hh gens cantando suas criaydes. No. livro esto reunicos poemas, letras de nuiisicas @ eronicas, inclusive uuma que estara em. um dos nossos. proximos sumeros, na Saideira— inaugurada por nosso-n© Um — qu bramento da mesma. Fst coluna rele em ‘um desdo: ratios? Naquela oeasiio ele contava © encontro de Ceveu Rico © Helena, simplesmente seus pais, E de Ouro, a fesia dos 30 m Bodas anos de luniao do casal, comemorados na casa do poeta, & 0 palco uma. impagavel erdnica de mais na estilo inconfundivel do. Aid Quem nao conseguir esperar pode “c livraria e reservar stu ¢ Um cara bacana na 19" rer na lar de eedivora Record. RS 22.00). © disco estara nas boas casas do ramo, mente sem preco tabelado Rodrigo Perr SHEN Phono, t Tal um sitio imperdivel de Samba & Choro, Paulo Eduardo Neves, ofere macées gerais a respeito sginerns, com sugestoes de fia © mapeamenio dos ban: infeliz Agenda jada por dos dois, discogra. s lugares do Rio de Janeiro onde se ouve mut sica brasileira de qualidade, A agenda ¢ atualizada semanal- redo Visilea, accssando 0 enderego: ‘brisamba&choro# Eye u Laussej PUBLICACOES MUSICAIS PELO BRASIL ‘Sao muitas as publicages em torno da misica que nos chegam as ‘maos. Ai vai uma pequena lista com 65 contatos de algumas. Gostariamos de ser corrigidos e também de eber mais informacdes, tanto sobre as que agui esto quanto das a : Brasil Seresta: Praca Fernandes Pacheco, 21 Santos, SP” CEP 1! 060: 000) Violao Intercambio: Rua Angelo Guerra, 18/92 Santos, SP - CEP 11045510 ‘el, (0132) 37-5660. 6 mail: tmarui@originet com br Ventania: Rua 24 de malo, 188/1* sobrelojal cis. 13/15/17 Sao Paulo, SP - CEP 01.041-000 tel (O11) 222-6275 e fax (Oil) 223-6651 Musica Brasileira: esta em seu 1 numero, trazendo entrevista com Aldir Blanc. Av. Marechal Camara, 160/401. Teletax (021) 240-9742 2 34° SEMANA VILLA-LOBOS NO RIO Ocorreu de 18 a 22 de novembro deste ano a 34¥ edigao da Semana Villa-Lobos, na Sala Cecilia Meireles, no Rio de Janeiro. O festival apresentou Paulo Sérgio Santos no Saxofone # a Orquestra Petrobras Pro Musica, o violonista Oscar Caceres. 0 piano de jodo Carlos Assis. Brasil, Quarernagiia — quartet de violoes ~ we teve no seu encerramento a bela performance da Oficina de Cordas de Pernambuco quie, sab a dire¢ao musical cle Henrique Annes, brindou os presentes com pegas de compositores do calibre de Jose Menezes, Nelson Ferreira e Jost do Carmo, ‘ale das de Villa-Lobos, Destaque para o bandolim de Adal- berto Cavateante, um legitima repre seniante da_nobre linhagem de bandolinisias pernambucanos. como Luperce Miranda, Rossint Ferreira ¢ Marcos Cesar. Sérgio Prata/R] 19 20 ISTURA & MANDA! ‘TEM GRUPO NOVO NA PRACA. Estreu no dia 11 de outubro na Unk Rio o ino formate por Ronaldo do Ban: dolim, Jose Paulo Becker (viold0) ¢ Mar cello Goncalves (violio de 7) 0 show lez pparte do 2° Encontro Nacion promovido pela universidade (grupo Madeira Brasil traz como nov dade, além de sua formacdo instrumen- tal, um reperconio que mescla Chor autores consagrados de nossa musica popular. como F ha © Jacob do Bandolim, com prgas de camposiiores ‘com uma linguagem mais erudita, como © espanhol Man PO ver elano Antonio Lauro, Ernesto Nazareth que de certa forma fica no meio desse pélas, ambem lo grupo de maneira extremamente particular ‘Quem estiver iteressalo em rece ber am, pode ligar Paulo) ou (02 ) 267 545 (Marcel SUPORTE PARA MICROFONE EM PANDEIRO Pritico ¢ leve, 0 supe fone em pandeiro ver resolver um an as, Adapta-se principal ‘oO MLE. Podera ser encomendada pe (061) 248.2975 ou fax (0 E por anterior, ern in 6. 1° paragrato, 3 linha ppequenas aberturas, ond JOEL APRESENTA CONCERTO EM PORTO ALEGRE Nos dias 23 ¢ embro passado, em Porto Alegre (RS), OF questra de Cordas da Unisinos, sendo ‘como solista convidado o bandolinist Joel Nascimento, apresenvou o Concer para Bandolim, composio por Radames Gnauiali © especiaimence dedicalo a Joel. A apresentagao. que coniou com a Fegéncia de Pedro Borssi, Fee parte d hhomenagens aos 90 anos de nascimen ide Radames CHORO NA MANGUEIRA. Mais um espago pata 0 Choro no Rio de Janeito. Agora reformado. 0 Espaco Cultural da Mangueita (fia Frederico Siva, 85 - Praga Onze), 40 lado «do prédio ‘Balanga mas nao cat’. recebe agora os chordes no projela Choro Carioca, © ponlape inicial for dado dia (04 de dezembro com 0 lancamenta do CU Choro em familia, onde Deo Rian presenta seu filha # herdeiro musical ano. acompanhades do Conjeato producia & de Apolonio Neto « Beth Bessa, sob 9 coordenacao de Alvinha da Mangueira, que esperam a paricipagio maciga dos choroes © a presenca' dos amantes da genero todas as quattas, das 20.00 as 24 00hs, li na PRACA MAUA GANHA PROJETO DE REVITALIZACAQ CULTURAL Um dos pontos mais tradicionals da Ikura carioca ganhow um projet sando a documentagio da sia memar tivacaa eulral da Zana fs baitros da Saide. G: tulwral Cirewito Mau Angola, O6i12: 1101 4 Fuladerra, 304 nha; OB/O2: Afoxe Fithos de rio as sostasfeias, no Largo da Prainha (Praga Maud) © serao_precedides por animadas rodas de samba a partir dt 800 hO Circuito Maua preve ainda uma segunda fase. pos 0 carnaval. co4r rodas de Choro e exposigio fal 1 bre a area, possivelmente na Pedr sal, na Sauce, local onde entre as tias dancar personal Sergio Prata/R INGENUOS FROM BRAZIL horos from Brazil, lancado pela ‘Nimbus Records na Europa, EUA e Japao, urn CD raro do grupo Os Ingéntios, dé Salvador, BA, que esté na estcada’ ha muitos anos com dson 7 Cordas, Caca Apandero),Jalson Coelho (viok3a), Carlito Chenaud violao), Ailton Reiner (bande. lim) e Paulo Cesar (cavaco), Contatos Edson (071) 355-6560, OUTROS GRUPOS DE CHORO Camera 3, formado pelos vo Os Ingenuos, Hs nec Contatos: Fdson (071) 383 6560, Grupo Bons Tempos, ce Campinas, if as ud. SP, cour io «cavaquinho, vido € vor), Caco Precoli (vocal solo & percus: S80), Ch ssinot (pandelra © vo2, E ‘umba_e voz) & Newion yt (wiolao de 7 ¢ vo7), Contatos: ewan Genutcayk (019) 243-4714) Grupo Instrumental Pixinguinl de Sao Lis, MA, que tem Zezé da Flauta Domingos (violio. de 7), juea (cavaco}, Marcelo Moreira (violdo), Raimundo Luis (oandolim, Garvincha ttimba) ¢ Fa Passariaho (vo2), Contatos: Ric Almeida (098) 251-0500), TRIO CHORO CARIOCA Desde 1995, 0 Trio Chore Carioca (leonardo Miranda, flauta; Alessandro Valente, cavaeo © André Bellieny 7 ‘onias) se dedica & pesquisa do. reper Lorio dos pioneiros da" Chora, como Callado, Viriata Figueira ¢ Galdino Bar rein. formaydo ¢ idéntica & dos conjun 15 do final da sée. XIX (sem percussio), ‘evoca 0 xrupo de Callao, compositor ‘lebre Flor Amorasa Ms(JZ MPB NA CASA DE RUI BARBOSA Albino Pinheiro, Aloysio Alencar Pinto, Arthur Dapieve, Ary celos. Carios Didier, Ferndndo Pam plona, Herminio Bello de Carvatho, Jlmar’Carvatho, Jairo Severtano, Joiio Maximo, Lutz Carlos Saroldi, Ricardo Cravo Albim. Sueténio Valenga e Tinhordo, Foi este o time que. sob 0 comando de Raquel Valenga, minis trou 0 Curso de Miisica Popular Brast- leira na Casa de Rui Barbosa ((\\o dc Janeiro), de junho a setembro deste ‘ano. As pailestras, que contaram muitas vezes com ilustragdes musi cais © participagdes especiais, abor- daram-desde a modinha a rock tragandoum panorama geral da nossa musica popular O sucesso foi eniorme, 0 que pressupde a corttinul dade do projeto, Rodrigo Ferrari ELISMAR E SEU __ ACERVO NO CEARA Elismar Holanda Pontes, cho ro de Fortaleza, tocador de bando. lim, € daqueles Caras que podem ser consideratios sortudos. Durante toda vida conviveu com os grandes no- mes do choro brasileiro, foi aluno de Luperce Miranda, companheto. de aula de Déo freqientou os saraus nia casa do Jacob, enfim, teve © privilegio de “conhecer varias eragées de chordes. Por tudo isso, atualmente 0 acervo de recordagoes de Elismar € dos mais completos, & ele provou isso nos mandando aigumas fotos — copias, claro — onde aparece sem pre_bem acompanhado, com joe! Nascimento, Pedra Amorim. Déo Rian, isaias do Bandotimm, Canto da Paraiba, Raphael Rabelio, 78 da Vetha Evandro do Bandolim, ¢ até uma em que esta lado a lado com o mestec Luperce Miranda Sorte que nosso amigo tom apreco pela meméria, e guarda com carinho esses documentos que tem valor histdrico inestimavel! RAPHAEL, ARMANDINHO E EPOCA DE OURO. E os lancamentos em Cd nao pararn: em marca do ano que vem Sal uma gravacao ao vivo feita no fazzmania do Kio, em 1994, com Raphael Rabello ¢ Armandinho. No reperiorio, muito Jacob © musicas em homenagem a ele, como Evoca fo a Jacob (do charista Avena de Castro) © Lembrando Jacob (de Armandinho ¢ Luis Brasi) E ja esta nas lajas 0 disco de Armandinho com 0 Epaca de Ouro, também gravado_ao vivo, com Tamentos, Noites Cariocas «Bras leirinko, entre outros, PROGRAMA DE RADIO, AGORA EM SANTOS. Nosso colaborador em Santos, Marcelo Laranya, avisa que em outu: bro desie ano estreou 0 Programa Brasil Seresta na Radio Cacique Jovem “Pan AM (1510. KHZ) Comandado por Cicero Andrade, sempre das 15:00 as 17-00 h CINCINATO NO RIO Esteve no Rie entre julha e agosio 0 bandolinista —Cineinato. Simoes dos Santos. Remanescente da Vclha Guarda, tendo convivido com mesires como. Pixinguinha ¢ Jacob do Bandolim, Cineinato, hoje ‘com 72 anos, reside em Brasilia Durante sua_estadia no Rio, ciceroneado por Sergio Prata e por mim, Cineinato reencontrou-se com varios amigos dos tempos em que morava aqui: Joel Nascimento, Déo Rian, Tico-Tico, Dino, César Faria € Jjorginho do Pandeiro As varias rodas de Choro onganizadas em sua Homenagem Ihe. renideram a oportunidade de fazer novos amigos entre os? chordes ariocas, como Ronaldo do Bandolimn, Henrique Cazes, Luiz Otavio Braga, Mario Seve. Jorginho Filho, Celsinho Silva, Marcello Gongatves, Adonivan Boryes, entre outros. Leonardo Miranda/Ry HOMENAGEM A RAPHAEL RABELLO NO BANCO CENTRAL Em 23 de outubro, més em que Raphael Rabello completaria 34 anos. a Delegacia Regional no Rio de Janeiro do Banco Ceneral do Brastl iniciou uma série de homenagens a0 grande musico falecido em 1995, A abertura da exposicao sobre a vida do violonista, uma homenagem 4 familia, a apresertacdo do video Raphael Rabelio: 0 mago das cordas € a distribuiggo aos participantes de uma pequena biografia sobre a tajetdria de Raphael fizeram parte do evento que continua até o dia 6 de dezembro, no Rio, ¢ logo apos levera seguir em circuito nacional. RABO TOCA EM SANTA TERESA. TODAS AS SEXTAS O grupo Rabo de Lagartia (Daniela Spielman ro sax. ATessano Velene no nvaquinho, Marlin Gorales no vio- lio. Alevandre ras no. contabaixo & Fessarto na pereussio) comand uma toda de choro todas as 6° feras no Bat fo Abi. gx: Fiea no Largo das Neves, fer Sania Teresa Ria de fare, a partir das 22 50hs 0 couvert € de RS 3.00 CENTRO CULTURAL VIA ARTE 22 NO BAIRRO DE FATIMA Fol inaugurado em navembro mais um Ceniro Cultural na cidade. E 0 Via Ane 22, dirigice pela _produtora Tais Lima & pelo planisia Jodo Carlos Assis Brasil, (0 espago possul um teatro para 300 pessoas, quatro salas de musica, sala de projeao de videos. urls salées para ‘eursns de teatro € estudio de sam No més de dezembra sb vai rolar choro, todas as quintas, Sempre as 18'30h, comegando com Marco de Pinna, depois Epoca de Ouro, Agua de Moringa =, pra fechar, NO em Pingo D’Agua. O Via Ante 22 fica na AWN Senhora de Fatima, 22 al ee ~~ ACASA DO CARRILHO Pedro Amorim * cho que foi em 1988: tinha um de musica e era dono de um bbotequim la na Vila da Pena, ¢tinha © Mauricio Carrlho que era o dono da mais moderna guitarra-sinteizador dda 6poca, Daj, num momento de gran- de lucidez, sensatamente fizeram a troca ~ 0, tu fica com a guitarra e me passa o botequim, oque? ~ Beleza, dle vez em quando eu vou la dar uma canja,falou? Assim surgiu a Casa do Carritho. administrada por essa familia de sélida tradigéo choristica, com dire to aos salgadinhos e caldos verdes & aquele famoso feijao “com cdo dentro’, que a Zeinha faz e ninguém esquece, 0 bor humor do César, a flauta do Alvaro, 0 violao do Mau: ricio € mais um time de musicos no rminimo inigualavel A inauguragdo com toda a pom: pace citcunstancia, com diteito a dis Cursos (pouicos e Cutos, que a gente queria beber logo) e descerramento de placa comemorativa e poster tamanho familia: Palco Joet Nas mento. Dai, meu amigo, as noites de 4*felras ‘viraram um acontect menta. e pelo Palco Joe! Nascimento desfilaram, além da proprio joel Paulo Moura, Elizeth Cardoso. Zé da Velha, Dalva Torres. Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco. Raphael © Luciana Rabello, Valmar do Cavaguinho, Carinhos 7 Cordas, Teca Calazans, Claudio Santas - mais conhecido coma Camunguelo Silverio, Suzano, Wilson Morera, Net Lopes, Delcio Carvalho, Nelson Sar gento, Monarco, Sergio e Odair Assad... 0, vou parar por falia de espago. porque tinha muito mais gente desse naipe,juro!€ cinha outra Coisa: 0 campinho de futebol sogaite © que? Nio acredita? Pois a gente focava até umas duas da_manhi trocava de roupa e adentrava a cancha, Havia peculiaridades) 0 Paulao, por exemplo, s6 entrava em campo depois de devorar 2 (dois!) pratos de feijoada; 0 Paulo Senglo Santos. que nunca havia jogado bola na vida, fez um gol lindo na estreia, quando jogou de meia Pierre Cardin E se houlvesse um exame anti doping, ninguém passaria: seria logo constatada a presenca de sangue na Corrente alcoolica Eu jogava de zagueiro central, € foi [a que ganhei o apelido de Bruegel’, devido, claro, a sutileza € finura do meu desempenho futebo- listo, Foi um dia, chegou lé no bar um cara tocando um cavaguinho sofrivel e querendo dar uma canja Todo mundo deu forca “- po. legal, estuda que tu leva jeito!", essas coisas. Fchegou a hora da pelada e 0 cara ficou cheio de “meu pe me dot nao queria nem trocar de roupa, dai © Jocl_mandou, com o mesmo suingue © precisao com que toca bandolim ~ Bilicho, a gente te aturou tocando cavaquinho, agora tu vai aturar a gente jogando bolal © cara era o Tita, Jogador do Flamengo, © virou também fregués dda. Casa do Carrilho © do futebol das madrugadas na Vila da Penha, Uma vez comemorei ld meu aniversério, veio a farnilia toda, meus irmaos que moram fora do Rio, e um deles me trouxe um presente muito especial: uma garrafa de Chorinho do Turvo com mais de crinta anos de idade, uma reliquia, uma beleza, uma {ia liquida com aquele perfume de cana caiana ~ nao posso nem me lembrar que eu choro, Pois é, meu irmao Carlao desconhecia a maior parte do pessoal que tava na festa dai 0 Camunguelo se chegou logo, com aquele faro de 30 de caga e aqueles quase 2 metros de ma intencao Tu ¢ irmao do Pedro, né? Deixa comigo que eu vou s6 provar ¢ ja entrego pra ele. E eu Ia, distraidao, todo feliz na minha festa de aniversirio, cumpri mentanda os amigas, jogando con- versa fora... Quando prestei atencao, notei que 0 Camunguelo estava lige ramente adernado pra boreste, € a0 me aproximar, constatei 0 que eu emia: o negio tava rind a toa, abragado a garrafa cujo conteido ja estava reduzido a mais ou menos um décimo. Fiquei fora de mim, pulet em cima dele tentando salvar 0 que restava do meu patrimonio — ja completamente dilapidado - e ele relutava, agarrando a garrala e reclamando: = th, 60 cara ail Qualé, Pedrao, val se amarrar por causa'de dois dedos de cachaga, €?! Era tudo 0 que restava daquela raridade’ dois dedinhos no fundo da garrafal Bom, 0 botequim nao teve tuma vida muito longa, mas fo: palco de diversas outras historias que merecem ser contadas num proximo niimero JOAO PERNAMBUCO. Been oe Sone sees ees Patcio Ceaense eSatio Biba. Passa a reqdenar os fests populares da poca e a Se apeseriar em casas de pessoas famosas, pnncpalmente 20 lado de Cat, Forma o Grupo do Caxanga por onde passaiam todos os Oto Bantas,sendo ele mesmo Baa numa formado posterior do grup. ‘Com o'Gripo do Caran fez sucesso em todos 0s camavas de 142 19, leangando cert populariiace na época, depais escuecia So fruito mals tae sera recoaneido como 60: ‘aor de Laar do Serio e Cabeie do Caxangd {ema ois recolhidos por eee pasados & histra como obras de Cando, foto demorov 8 feclamar a autora © Cando se achava 0 Uni novos verso para ua ps dora ut o bla candisol una cera ago plas russ fot Als de cub dete som te La & Serta eta. por Pabainka. Deng € ‘lgns amigos ¢-ekeravo noe 6 eco sen meant omeragre JOAQUIM CALLADO feaquim Antonio da Stha Callado nasce no Ro de Jane (R) a It de uo de 1848. inka o mesmo nome do pai — mestte de banda que o iniciou na misia — e ate a morte deste em 1867. era confide por Callado Junior, E deste ano. seu primeira sucesso, 2 Callad fol, segundo farsa Sigua, 0 erlador do conn Choro Carioca, composto or cavaquinho dois vieles e Nauta, 0 misico do cavaqunno aptendia uma pola de owido © fensinava 208 vilbes, que aos pouces iam se ‘desirando nas novas melodias ‘A za era 9 insrumento soli. Nestes conjuntos apenas Um Integrante sabia ler ‘musics, cendo cs demals improvisadores do acompanhamento harmonica Fregientou arto 0g sales ariscraicos quanto 5 esquinas das ruas. juno com seu amigo Vira (também afamado Nauta) rimava, 2 plo do Imperador Pedr I, Saraus do Pago Imperial Referencias a Callado séo encontadas nos jornais da epoca ena Iteraura: Machato de Assis 0 ca e wambem Jato do Rio, que 0 chamava de “allacinho Denire as composiges que ress ao tempo podemas citar Quorn por todos oleae homeragem a Chiqunha Gonzaga, 1869) man (pelea, 1873) e Roma Meyer iquxriha) ‘Norrou no da 20 de margn de 1880, Onze dias depos as casas de misica do. Rio fcolocavamy 8 venda sua Ulta composicéo, 4 ola Flor Amorosa, até hoe mule conhectd, TARANTULA DESIGN LTDA. ALBUM DE FIGURINHAS IDOLOS DO CHO JACOB DO BANDOLIM 2scdo em 14 de fevereko de 1918, ra fidade do. Rio de Janet, jacob. Pick Batncour eve como prime numero um Mino Achando”deanecesino 0 aco. de {haa algunas vata usando por pala ce tgampos de cabelo de san mie. Uma amiga Esto apes a0 bandon ef amare ideniiardo que depois incorpra 20 seu 0 nome dosent. im meats da daa de 30 es ma Ratio Gamear compara 0 gandes mes ca fea, Nee Rose inch. Apes is, Jaco Bandlim contruara tare viacues Som outas ocipagbes, exereendo vet atdades at set_nomeade, por concurs, ‘Screveeepramenato do Dist Federal treatfeno com’ 2 condo de mero acompntant, gua em 47 eu chore Teme treme reafimando 0 que Lape Mardi ala moseado, que bandolin amb peda Serum emo inumesto slo. Seu reo Sucwsto nessa condo foi Flamengo = coro de Bovgo & Olvere que sins vasaras iim em die que @ tna Romenager 30 Sato, nfo 20 cube. Comps ene tans, rages Dae de a. Tm ce todo. seu var como insite ment ou. pesqusadorieansave, Pau dos mars es mu partculres, hae nerperado a0 MIS Taleceu em 1968" no la de ago, de ataque cardiac, meses depols dO show Sali que fez com laa Cargo "0 Zimbo Tra 0 Tet jun Caetano, em 68 ASSINATURA DE RODA DE CHORO (6 Edigées) Envie seu nome e endereco, com cheque cruzado, no valor de R$ 21,00 nominal a para a R. Ortiz Monteiro, 276/101-C * CEP 2245-100 Rio de Janeiro, RJ Ser AF i MINISTER / RUA BELA, 434 - SAO CRISTOVAO CEP. 20930-380 - RIO DE JANEIRO TEL. (021) 580.8040 FAX. (021) 580.8126 C.G.C 97.500.185 / 0002-16 A melhor impressao é a que expressa.

Você também pode gostar