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Capitulo 1 INTRODUGAO E CONCEITOS BASICOS ada ciéncia tem um vocabulério proprio, e a termodin- mica nao 6 excecdo. A definicao exata dos conceitos, basicos estabelece uma base sélida para 0 desenvolvi- mento da ciéncia e evita possiveis mal-entendides. Iniciamos este capitulo com uma vis8o geral da termodindmica e dos sis- temas de unidades e prosseguimos com uma discussao sobre alguns conceitos basicos como sistema, estado, postulado de estado, equillorio e processo. Discutimos também a temperatu ra e as escalas de temperatura com énfase particular & Escala de Temperatura Internacional de 1990. Em seguida, apresenta: ‘mos @ pressdo, que é a forga normal exercida por um fluido por unidade de érea, e discutimos as pressbes absoluta e manomé trica, a variagao da pressao com a profundidade e 0s disposit- vos de medigao de press4o como mandmetros e bardmetros. estudo cuidadoso desses conceitos ¢ essencial para uma boa Compreenséo dos t6picos dos préximos capitulos. Por fim, apre- sentamos uma técnica sistemética e intuitiva de solucao de pro- blemas que pode ser usada como modelo para a solucao dos problemas de engenharia, 0s objetivos do Capitulo 1 séo. * Identiticar 0 vocabulério exclusivo da termadinamica por meio da definicao exata dos conceitos bésicos, formando uma base sdlida para o desenvolvimento de seus principios. + Revisar os sistemas de unidade métrico e inglés. ‘+ Explicar os conceitos bésicos da termodinamica como sistema, estado, postulado de estado, equilibrio, processo e ciclo. + Revisar os conceitos de temperatura, escalas de temperatura, pressao e pressdo absoluta e manométrica, * Introduzir urna técnica sisternticae intutiva de solugao de problemas. + j Termodinamica Energia potencial Energia indica FIGURA 1-1 Energia nio pode ser eriada nem destruida: ela pode apenas mudar de forma (primeira lei. Armarenanento de energia (Canidae) Enurada se energia (Swnidades) Sala de enersi, (Funidades) FIGURA 1-2 Principio de conservagao da energia para © corpo humano. Ambiente fio 20° Calor FIGURA 1-3 O calor Mui da maior para a menor temperatura, 1-1 * TERMODINAMICA E ENERGIA A termodinimica pode ser definida como a ciéneia da energia. Embora toda pes- soa lenha uma idéia do que seja energia, & dificil estabelecer uma definigdo exata para cela, A enengia pode ser entendida como a capacidade de causaralteragdes. © nome fermodindmicu vem das palavras gregas therme (calor) ¢ dynamis (movimento), que descrevem bem os primeiros esforgos de converter calor em movi- mento. Hoje esse mesmo nome & amplamente interpretado para incluir todos os aspectos da energia e das transformagies de energia, entre eles a geragao de energia celétrica, @refrigeragao e as relagdes que existem entre as propriedades da matéria Umia das leis mais fundamentais da natureza é 0 principio de conservagio da ‘energia, Ele diz que durante uma interagao, a energia poe mudar de uma forma para ‘outra, mas que a quantidade total permanece constante. Ou seja, a energia nio pode ser criada ou destrufda, Uma rocha que cai de um penhasco, por exemplo, adquire velocidade como resultado de sua enengia potencial ser convertida em energia cin ca (Figura 1-1), O principio de conservagdo da energia também forma a base da inds- tria da dieta: uma pessoa que tenha uma entrada de energia (alimento) maior do que 4 sada de energia (exerefcio) ganhara peso (armazenaré energia na forma de gordu- ra), € uma pessoa que tenha uma entrada de enengia menor do que a sada perder peso (Figura 1-2). A alterago no contetido de energia de um corpo ou de qualquer outro ema ¢ igual & diferenca entre a entrada de energia e a sada de energia, e 0 balan- 0 de energia € expresso como E, ~ E, = AE. ‘A Primeira Lei da Termodinamica ¢ apenas uma expressio do principio de conservagiio da energia, e diz que a energia & uma propricdade termodinamica. A ‘Segunda Lei da Termodindmica diz que a energia tem qualidade, assim como quan- ridade, € que 0s processos reais ocorrem na ditegao da diminuigao da qualidade da cenergia. Por exemplo, o café quente em uma xicara deixada sobre uma mesa estria aps um certo tempo, mas o café frio em uma xicara deixada na mesma sala nunca esquenta por conta propria (Figura 1-3). A energia de alta temperatura do café & degradada (transformada em uma forma menos til a uma temperatura mats baixa) depois de ser transferida para o ar ambiente. Embora os prinefpios da termodindmica existam desde a eriagio do universo, & termodinamica $6 surgiv como ciéncia apds a construgdo dos primeiros motores 4 vapor na Inglaterra, por Thomas Savery, em 1697. e por Thomas Newcomen, em 1712. Apesar de muito lentos e ineficientes, esses motores abriram caminho para o desenvolvimento de uma nova cigncia ‘A primeira e a segunda leis da termodinémica surgiram simultaneamente na década de 1850, principalmente em decorréncia dos trabalhos de William Rankine, Rudolph Clausius ¢ Lord Kelvin (anteriormente William Thomson), O termo termo- dindmica foi wsado pela primeira vez em uma publicagdo de Lord Kelvin em 1849. 0 primeiro livro sobre fermodindimica foi escrito em 1859 por William Rankine, profes- sor da Universidade de Glasgow. E bem conhecido o fato de que uma substdncia consiste em um grande nime- +0 de particulas chamadas moléculas. As propriedades da substincia naturalmente dependem do comportamento dessas particulas. Por exemplo, a pressio de um gis piente ¢ 0 resultado da transferéncia de quantidade de movimento entre © as paredes do recipiente. Entretanto, no & preciso saber © compor- tamento das particulas de gas para determinar a pressao no recipiente, Seria neces- sirio apenas colocar um medidor de pressio no recipiente. Essa abordagem macroseépica do estudo da termodindmica, que nao exige conhecimento do com- portamento das particulas individuais, € chamada de termodindmica chissiea, Ela oferece um modo direto € ficil para a solugio dos problemas de engenharia, Uma abordagem mais elaborada, com base no comportamento médio de grandes grupos de paniculas individuais € chamada de termodindmica estatistica, Essa aborda- gem microsc6pica € bastante sofisticada e & utilizada neste livro apenas como um elemento de suporte, Areas de Aplicagao da Termodinamica ‘Todas as atividades da narureza envolvem algun interagio entre energia e maté- 1. Assim, € dificil imaginar uma drea que no se relacione a termodinéimica de algu- ‘ma maneita. O desenvolvimento de uma boa compreensio dos prineipios bisicos da termodinimica hé muito constitui parte essencial do ensino da engenaria, Capitulo 1 A termodindmica é encontrada normalmente em muitos sistemas de engenharia © em outros aspectos da vida; no ¢ preciso ir muito longe para ver algumas iireas de sua aplicagao, Na verdade, nao é preciso ir a lugar algum. O coragdo esta constante- ‘mente bombeando sangue para todas as partes do corpo humano, diversas converses de energia ocorrem em trilhdes de células do corpo, ¢ 0 calor gerado no corpo é cons tantemente rejeitado para o ambiente. O conforto humano estd intimamente ligado a jo do calor metabélico, Tentamos controlar a taxa de transferéncia \digies ambientais ca esto no local onde moramos, Uma casa comum é, em alguns aspectos, uma galeria cheia de maravilhas da te ira 1-4). Muitos utensilios e aparelhos domésticos comuns foram criados, no seu 0 ow em parte, usando os princfpios da termodinamica. Alguns exemplos incluem rede elétrica ou de gis, os sistemas de aquecimento ¢ condicionamento de ar, o reft gerador, o umidificador, a de pressio, o aquecedor de gua, 0 chuveiro, o ferro de passar roupa, € até mesmo o computador e a TV. Em uma escala maior, a termodi- ‘nimica tem um papel importante no projeto das usinas nucleares, nos coletores sol res © no projeto de veiculos desde os auntoméveis comuns até os avides (Figura 1-5) A casa eficiente qi r2ia, por exemplo, foi criada com base na minimizagZo da perda de calor no inverno e do ganho de calor no vero. O tamanho, a localizaco e a poténcia do ventilador do seu computador t selecionados pds uma andlise que envolve a termodinamica, 10 a0 consumo de © corpo humano Radiadores de automdveis Usinas termoelétricas FIGURA 1-5 Algumas dreas de aplicago da termodindn Unidade dear condicionado,refrigerador¢radiador: © The McGraw-Hill Companies, Inc. 14PhotoDise: eriancas: © Nel. [2U/PhanoDise; sina termoelerca: © Corbis rates fee 1-2 * IMPORTANCIA DAS DIMENSOES E UNIDADES Toda grandeza fisica pode ser caracterizada pelas dimensdes. As magnitudes atribuidas as dimensdes so chamadas de unidades. Algumas dimensdes bisicas, como massa m, comprimento L, tempo te temperatura T sio selecionadas como dimensdes primérias ou fundamentais, enguanto outras como velocidade V, ener- gia E e volume V so expressas em fungio das dimensdes primdrias e so chamadas imensdes secundirias ou dimensdes derivadas, Introdugao e Conceitos Basicos Coletores solares| Chuveirg} Agua ‘quent Agua Troecador de calor FIGURA 1-4 projeto de muitos sistemas de engenharia, como este sistema solar de aquecimento de dgua, envolve a Avides Sistemas de refrigeragio Biraten foirafo; avi: Ok 4 | Termodinamica ae As sete dimensoes fundamentais (ou primérias) e suas unidades no SI Dimensoes ____Unidades Comprimento metro (m) Massa quilograma (kg) Tempo ‘segundo (s) ‘Temperatura kelvin (K) Corrente elétrica ampere (A) Quantidade de luz candela (cd) Quantidade de materia mole (mol) ere) Prefixos padrao em unidades SI Maltiplo ____Prefixo 10 tera, T 10° sige, G 10° mega, M 108 uilo, k 10° hecto, h 10! deca, da lo! deci, d 10? centi, ¢ 10 mil, m 10-8 micro, a 10° rrano, 0 10-2 pico. p femas de unidades foram desenvolvidos ao longo dos anos. Apesur dos unidade cientifica e de engenharia para unificar © mundo com um nico sistema de unidades, hoje ainda existem dois conjuntes de unidades em uso: 0 sistema inglés, que também € conhecide como United States Customary System (USCS) [Sistema Usual dos EVA] ¢ 0 SE métrico (Le Systeme International d°Unités — Sistema Internacional de Unidades) que também € conhecido como Sistema Internacional. O SI é um sistema simples € Kiico baseado no esealonamento decimal entre as diversas unidades, utilizado no trabalho cientifico e de engenharia na maioria das magdes industrilizadas incluindo a Inglaterra, O sistema inglés, porém, nao tem tuma base numérica sistemiitica aparente, ¢ diversas unidades desse sistema esto rela ccionadas entre side forma bastante arbitraria (12 pol = 1 pé, | mitha = S280 pés, 4 qt = gal etc. 0 que o forna confuso e dificil de entender. Os Estados Unidos si0 0 nico pais industrializado que ainda nao fez a conversio completa para o sistema métrico. (Os esforgos sistemaiticos para desenvolver um sistema de unidades universalmen: te aceito remonta a 1790, quando a Assembiéia Nacional Francesa incumbiu a Academia Francesa de Ciencias de criar tal sistema de unidades. Em pouco tempo, uma das primeiras versées do sistema métrico foi desenvolvida na Franga, mas nao teve aceitagdo universal até 1875, quando o Tratado da Convengio Métrica foi prepa- rado ¢ assinado por 17 nagdes, incluindo os Estados Unidos. Nesse tratado internacio- nal, metro e grama foram estabelecidos como as unidades métricas de comprimento & de massa, respectivamente, € foi estabelecida uma Conferéncia Geral de Pesos e Medics (CGPM) para se reunir a cada seis anos. Em 1960, & CGPM produziu o SI. «que tinha por base seis quantidades fundamentais; suas unidades foram adotadas em 1954 na Décima Conferéncia Geral de Pesos e Medidas: metro (m) para comprimen- to, quilograma (kg) para massa, segundo (s) para tempo, ampere (A) para corrente elé- trica, grau Kelvin (°K) para temperatura € candela (ed) para intensidade luminosa ‘(quantidade de luz), Em 1971, a CGPM adicionou uma sétima quantidade fundamen- tal de unidade: mole (mol) para a quantidade de matéria. ‘Com base no esquema de notagao apresentado em 1967, 0 simbolo de grau foi aabandonado oficialmente da unidaide de temperatura absolut, e todos os nomes de uni- dades passuram a ser eseritos sem maitisculas, mesmo que fossem derivado de nomes proprios (Tabela 1-1). Entretanto, a abreviacio de uma unidade devia ser escrita com 4 primeira letra em maidscula, caso a unidade derivasse de um nome proprio. Por exemplo, a unidade SI de forga, cujo nome foi dado em homenagem a Sir Isaac Newton (1647-1723) 6 0 newton (no Newton), ¢ sua abreviago € N. Da mesma forma, 0 nome completo de uma unidade pode ser colocado no plural, mas no sua abreviagio. Por cexemplo, 0 comprimento de um objeto pode ser 5 m ou 5 metros, nao 5 ms ou 5 metro. Finalmente, nenhum ponto deve ser usado nas abreviagdes de unidades, a menos que aaparega no final de uma frase. A abreviago adequada de metro é m (nao m.). ‘O movimento recente na diregdo do sistema métrico nos Estados Unidos parece ter comegado em 1968 quando o Congresso, em resposta ao que estava acontecendo no restante do mundo, aprovou a Lei do Estudo Métrico. © Congresso continuou pro- ‘movendo uma mudanga voluntéria para o sistema métrico, aprovando a Lei de Con- versio Métrica de 1975. Um projeto de let aprovado pelo Congresso em 1988 defi © prazo final de setembro dé 1992 para que todos os drgios federais passassem a uti- lizaro sistema métrico, Entretanto, esses prazos foram relaxados sem nenhum plano claro para 6 faturo, As indistrias envolvidas no comeércio intemacional (como automotiva, de refri- gerantes e bebidas alcodlicas) passaram rapidamente a utilizar o sistema métrico por questdes econdmicas (um tinico projeto mundial, menor nmero de tamanhos, esto- ques menores ete.). Hoje, quase todos os sutoméveis fabricados nos Estados Unidos seguem 0 sistema métrico. Porém, a maioria das indiistrias desse pais resistiu & ‘mudanga, retardando assim processo de conversio, No momento, os Estados Unidos so uma sociedade de sistema duplo, e perma- necerdio assim alé que & transigdo para 0 sistema métrico esteja completa. Isso adicio- na uma carga extra aos alunos de engenharia, uma vez que eles devem manter sua ‘compreensio do sistema inglés enquanto aprendem, pensam ¢ trabalham no SI. Neste livro, enfatizamos 0 uso do sistema SL : ‘Como jé dissemos, o SI tem por base um relacionamento decimal entre as uni- dads. Os prefixos usados para expressar 0s multiplos das diversas unidades esto lis- tados na Tabela 1-2. Eles so padrio para todas as unilades, ¢ 0 aluno € incentivado ‘a memorizé-los em virtude de sta smpla utilizagao (Figura 1-6), Capitulo 1 io —ww9— (10°) Algumas Unidades do SI e Inglesas No SI, as unidades de massa, comprimento e tempo s40 0 quilograma (kg), ‘metro (m) ¢ segundo (s), respectivamente. As unidades respectivas do sistema inglés so @ libra-massa (Ibm), pé e segundo (s). Embora no idioma inglés a palavra libra seja*pound’, 0 simbolo Ib é, na verdade, a abreviagdo de libra, que era a antiga medi- dda romana de peso. O inglés conservou esse sfmbolo mesmo depois do final da ocu- pagdo romana da Gri-Bretanha em 410 dC. As unidades de massa e comprimento dos dois sistemas relacionam-se com 1 Ibm = 0,45359 ke 1 pé = 0,3048 m No sistema inglés, forga € considerada uma dimensio primaria e€ atribuida a ela uma unidade nao derivada. Essa é a fonte de confusdo e erro que pede o uso de uma constante dimensional (g,) em muitas formulas. Para evitar esse aborrecimento, con- sideramos a forga uma dimensio secundsria, cuja unidade € derivada da segunda lei de Newton, ou seja Forga = (Massa) (Aceleragio) F=ma an No SI, a unidade de forga é newton (N), ¢ ela ¢ definida como a forca necessd- ria para acelerar uma massa de 1 kg a uma taxa de I mis. No sistema ingles, uti dade de forga € a libra-forga (bf) definida como a forca necesséria para acelerar uma massa de 32,174 lbm (1 slug) « uma taxa de 1 péls® (Figura 1-7). Ou seja, IN = 1 kgemis? Vibf = 32,174 tm pes? ‘Uma forga de 1 N € aproximadamente equivalente ao peso de uma maga peque- na (m = 102 g), enquanto uma forga de 1 Ibf € aproximadamente equivalente a0 peso de quatro magas médias (m.,) = 454 g), como mostra a Figura 1-8. Outra unidade de Forga normaimente usada em muitos paises europeus € 0 quilograma-forga (kgf), {que € 0 peso de uma massa de | kg no nivel do mar (1 kgf = 9.807 N). © termo peso quase sempre € utilizado incorretamente para expressar massa, particularmente pelos “vigilantes do peso”. Ao contrario da massa, o peso W é uma Forga. Ele ¢ a forga gravitacional aplicada a um corpo, e sua magnitude € determina- dda pela segunda lei de Newton, W=mg () 2 ‘onde m & a massa do corpo e g & a aceleragdo gravitacional local (g & 9,807 m/s? ou. 32.174 péls? no nivel do mar e 45° de latitude). Uma balanga comum mede a forga gravitacional que age sobre um corpo. O peso de uma unidade de volume de uma substdncia € chamado de peso especifico ¥ e € determinado por y = pg. onde p é a densidade. A massat de um corpo permanece a mesma independente de sua localizago no saniverso, Seu peso, porém, modifica-se de acordo com alteragdes na aceleragao gra- ‘itacional. Um corpo pesa menos no alto de uma montanha, uma vez que g diminui Introdugao.e Conceitos Basicos = | 5 FIGURA 1-6 Os prefixos das uinidades SI sio usados em fodas as éreas da engenharia =i mst FIGURA 1-7 A definigaio de unidades de forga. Het FIGURA 1-8 ‘As magnitudes relativas das unidades de forga newton (N), quilograma-forga kgf) ¢ libra-forga (Ib). 6 =| Termodinamica FIGURA 1-9 Um corpo que pesa 600 N na Terra pesaré apenas 100 N na Lua. S 8B 23178 The pals? FIGURA 1-10 0 peso de uma nivel do mar. ade de massa no FIGURA 1-11 Para que uma equaco seja dimensionalmente homogénea, todos os seus termos devem ter a mesma unidade. © Reimpreszo com permisaio especial do King Features Syndicate e=os8o7mst |p =32.174 pei? ‘com a altitude, Na superficie da lua, um astronauta pesa cerca de um sexto daguilo ‘que normalmente pesaria na Terra (Figura 1-9) No nivel do mar, uma massa de | kg pess 9,807 N, como ilustra a Figura 1-10. ‘Uma massa de 1 tbm, porém, pesa | Ibf, levando as pessoas a acreditar que a libra massa e a libra-forga podem ser usadas como libra (Ib), 0 que & uma grande fonte de erro do sistema inglés. ‘Biptecist:cbtesver ue.s forya da phavidade id age sobte uita:mnainé devida, 2 atragio entre as massas e, portanto, ela é proporcional as magnitudes das massas e inversamente proporcional wo quadrado da distancia entre elas. Assim, a aceleragao ¢gravitacional g em uma localizago depende da densidade local da crosta da Terra, da distancia ao centro da Terra e, em menor grau., das posigdes da lua e do sol. O valor de g varia com a localizagio entre 9,8295 mvs? a 4500 m abaixo do nivel do mar € 7,3218 m/s? a 100,000 m acima do nivel do mar, Entretanto, a altitudes de até 30,000 10 de g do valor no nivel do mar de 9,807 m/s? é menor do que 1%. Assim, para a maioria das finalidades priticas, a aceleragdo gravitacional pode ser admitida constamte ¢ igual a 9,81 m/s, E interessante notar que, nos locais abaixo do nivel do mar, 0 valor de g aumenta com a distincia ao nivel do mar, atinge um valor méximo acerca de 4500 me, em seguida, comega adiminuir. (Qual valor voc® acha que g tem no centro da Terra?) {A principal causa de confusdo entre massa e peso & que a massat em geral én dda indiretamente calculando-se a forca da gravidade exercida sobre ela, Essa abord ‘gem também considera que as forgas exercidas por outros efeitos, como o empuxo, so despreziveis. Isso & como medi a altitude de um avido por meio da pressao baro- métrica, A forma direta apropriada de medir massa € comparé-la a uma massa cconhecida, Essa forma é complicada e, portanto, mais usada para calibra3o & medi- ‘lo de metais preciosos. © trabalho, que & uma forma de energia, pode ser definido simplesmente como forga vezes distncia, Dessa forma, ele tem a unidade “newton-metro (N-m)”, c mada de joule (J). Ou seja 1J=1Nem oO Uma unidade de enengia mais comum no SI € 0 quilojoute (1 kJ = 10°). No sis: tema inglés, a unidade de enersia & 0 Btu (unidade térmica britinica),definida como a ‘enengia necesséria para elevar em I*F a temperatura de 1 thm de Sigua 3 68°F. No siste- ma métrico, a quantidade de energia necessiria para elevar em IC a temperatura de 1 g de dgua a 145°C 6 definida como uma ealoria (cal, ¢ I cal = 4,1868 J. AS magni tudes do quilojoule e do Buu so quase idénticas (1 Bru = 1.0551 Ki}. Homogeneidade Dimensional No ensino fundam enddemos que ni & possive Mas de certa maneira conseguimos fazer isso (por engano, & claro). Em en, lodas as equagdes deve ser dimensionalmente homogéneas. Ow seja, ca termo de uma equagdo deve ter a mesma unidade (Figura 1-11). Se, em algum estigio da and- lise, estivermos somando duas quantidades com unidades diferen clara de que cometemos um erro nos pr jos. Assim, a verificagio das dimensdes pode servir como unva valiosa ferramenta para detectar erros. EXEMPLO 1-1 Lovalizagao Inconsisténcias Em algum estagio da solugdo de um problem seguinte equagao: luma pessoa acabou chegando & B= 25M + 7hke onde E¢ a energia totale tem 2 unidade quilojoules. Determine como corgi erro € discuta 0 que o causou. Solugao Durante a andlise, uma relag8o com unidades inconsistentes & obtida. & preciso encontrar a coregio e a causa provével do erro deve ser determinada. Capitulo 1 IntrodugdoeConceitos Basicos =| 7 ‘Anélise 0s dois termos do lado direito no tém as mesmas unidedes e, portanto, eles no podem ser somados para obter a energia total. A multiplicacao do ultimo ‘ermo pela massa eliminaré 0s quilogramas do denominador, ¢ toda a equacdo se tornard dimensionalmente homogénea, ou seja, cada termo teré a mesma unidade. Discussd0 Obviamente esse erro foi causado pelo esquecimento de multiplicar 0 iltimo termo pela massa em um estagio inicial ‘Todos sabemos por experiéncia que as unidades podem causar terriveis do- res de cabega se nao forem usadas com cuidado na solugio de um problema, Entretanto, com um pouco de atengao ¢ habilidade, elas podem ser usadas a nosso favor: para verificar formulas e até para derivar formulas, como explica 0 proximo exemplo. EXEMPLO 1-2 Como Obter Formulas por meio de Consideracdes sobre as Unidades Um tanque esté cheio de éleo cuja densidade ¢ p = 850 kg/m?. Seo volume do tanque for V= 2 m?, determine a quantidade de massa m do tanque. Solugde 0 volume de um tanque de éleo € conhecido. A'massa do dleo deve ser determinada, Hipétese 0 6le0 & uma substinciaincompressivele, portant, sua densidade & constante. fnalise Um esquema do sistema que acabamos de descrever € dado na Figura 1-12. Supontha que tenhamos esquecido a férmula que relaciona a massa & densi- dade e 20 volume. Sabemos que a massa tem unidade de quilograma. Em outras palavras, quaisquer que sejam os célculos que realizarmos, acabaremas tendo uni FIGURA 1-12 ‘dade de quilogramas. Colocando em perspectiva a formula dada, termos Exquema do Exemplo 1-2. p=85D kg/m? V= 2m) bvio que podemos eliminar m*'e obter kg multiplicando essas duas quantidades. Assim, a formula que estamos procurando deve ser m= pV Entao, ; m= (ASO Kg m9 1700 kg Discussao Observe que essa abordagem pode néo funcionar para érmulas mais ‘complicadas, Voce deve ter em mente que uma formula que nao é dimensionalmente homogé- estd definitivamente errada, mas uma formula dimensionalmente homogénea nio esta nevessariamente certa. Razdes de Conversao Unitarias Assim como todas as dimensdes no primarias podem ser formadas por combi- nagdes adequadas de dimensées primérias, todas as unidades ndo primérias (unida- des secundirias) podem ser formadas pela combinagdo de unidades primérias. As unidades de forca. por exemplo, podem ser expressas como Neke © Ibf= 32174 16m 8 =| Termodinamica FIGURA 1-13 ‘Uma massa de 1 Ibm pesa 1 Ibf na Terra FIGURA 1-14 Uma peculiaridade do sistema métrico de unidades. \VIZINHANCA, c FRONTEIRA FIGURA 1-15 Sistema, vizinhanca e fronteira. Elas também podem ser expressas de forma mais conveniente como razies de conyersao unitirias como Ne ey bt kgem/e 32,174 Ibm + pé/s! As razdes de conversio unitérias so identicamente iguais |. no possuem, ‘unidade e, portanto, tais razSes (ou seus inversos) podem ser inseridas conveniente- mente em qualquer célculo para converter unidades adequadamente. Os alunos so incentivados a sempre usar as razdes de conversdo unitérias, como as mostradas aqui na conversio de unidades. Alguns livros inserem a constante gravitacional arcaica 2, definida como g. = 32,174 Ibm-pé/lbf-s? = kg-m/N-s? = 1 nas equagdes, para forgar as unidades a coincidirem. Essa pratica leva a confusdo desnecessaria e veementemente desencorajada pelos autores. Em vez dela, recomendamos que os alunos usem as razdes de conversio unitérias EXEMPLO 1-3 0 Peso de uma Libra-Massa Usando as razées de conversdo unitarias, mostre que 1,00 Ibm pesa Loong Tera (Figura 1-13). ; Solugdo Una masa de 1,0 bm et sie paiae puro do Toa Seu ‘peso em Ibf deve ser determinado. Hipdtese —Consideram-se as condicdes padréo no nivel do mar, Propriedades A constante gravitacional € g = 32,174 péls*. ‘Anaise Aplicamos » segunda li de Newton pare calcula o peso org) que cor- smo dah mien 3 scale cine ae oaeite Ra areata ‘sua massa vezes 0 valor local da acelerac3o gravitacional. Assim, J bf 32,174 Ibm « pé/s* W = mg = (1,00 Ibm) (32,174 ve) ( ) = 1,00 1bt Discussao /A.massa 6 a mesma independente de sua localizacao. Entretanto, em | algum outro planeta com um valor diferente para a aceleraco gravitacional, 0 peso de 1 Ibm seria diferente daquele que foi caleulado aqui. Quando voc’ compra uma caixa de cereal para o café da manhi, o rétulo diz “Peso liquido: uma libra (454 gramas)”. (Consulte a Figura 1-14), Tecnicamente, isso significa que o cereal que esté dentro da caixa pesa 1,00 Ibf na Terra e tem uma massa de 453.6 g (0.4536 kg). Usando a segunda lei de Newton, 0 peso real do cereal no sis- tema métrico & w= me = sneost is) (< t=) (ME) = 1-3 = SISTEMAS E VOLUMES DE CONTROLE Um sistema ¢ definide como uma quantidade de matéria ou regido no espago sele- cionada para estudo, A massa ou regio fora do sistema é chamada de vizinhanga. A superficie real ou imagingria que separa o sistema de sua vizinhanga ¢ chamada de fron- teira, Esses termos so ilustrados na Figura 1-15. A fronteira de um sistema pode ser Jfixa ou mével. Observe que ela é & superficie de contato comparilhada pelo sistema € ‘pela vizinhanga. Em termos matemsticos, a fronteira tem espessura zero e. portanto, no pode conter massa nem ocupar nenhum volume no espaco. (Os sistemas podem ser considerados fechados ou abertos, dependendo da sele- 20 de uma massa fixa ou de um volume fixo para o estudo, Um sistema fechado Capitulo 1 também conhecido como massa de controle) consiste em uma quantidade fixa de sa, € nenhumna massa pode atravessar sua fronteira, Ou seja, nenhuma massa pode entrar ou sair de um sistema fechado, como mostra a Figura 1-16, Entretanto, a enet- forma de calor ou trabalho pede cruzar a fronteira; € 0 volume de um sistema fechado nao precisa ser fixo. Se, em um caso especial, nem a energia atravessa a fron- Jeira, esse sistema € chamado de sistema isolado, Considere 0 arranjo pistdo-cilindro mostrado na Figura 1-17, Desejamos deseo- bri © que acontece ao gas que est confinado quando é aquscido, Como nos concen- ramos no gas este & nosso sistema, As superficies interas do pistio e do cilindro for- ‘mam a fronteira; como nenhuma massa esti cruzando essa Frontera trata-se de um wi Fechado. Observe que a energia pode atravessar 8 fronteira, e que parte da {rontcira (neste easo a superficie interna do pistio) pode se mover. Tudo a que estiver do pais, ineluindo o pistio e o cilindro, é a vizinhanga Um sistema aberto, ou um volume de controle, como ¢ ustalmente chat uma regio criteriosamente selecionada no espago. Em geral, ele inclui um disposi tivo que envolve fuxo de massa, como um compressor, umn turbina ow um bocal. O escoumento airayés desses dispositivos pode ser methor estudado selecionando-se a regio dentro do dispositivo como o volume de controle. Tanto massa quanto energia podem eruzar a fronteira de um volume de controle, Um grande nimero de problemas de engenharia envolve fluxos de massa para Llentro e para fora de um sistema e, portanto, sio modelados come volumes de con- ‘role. Uni aquecedor de égva, um radiador de automével, uma turbina e um compres- sor apresentam fluxo de massa e devem ser analisados como volumes de controle (sis- temas abertos), em ver de massas de controle (sistemas fechados). Em geral, toda regio arbieraria no espago pode ser selecionada como um volume de controle. -cxistem rogras coneretas para a selegdio dos volumes de controle, mas a opiio adequa- da certamente torna a andlise muito mais fic. Se tivéssemos que analisar 6 Muro de ar través de um bocal, por exemplo, uma boa opsio para o volume de controle seria 2 regido interna do boca As fronteiras de um volume de controle sao chamadas de superficie de controle, e podem ser reais ou imagindrias, No caso de um bocal, a superficie intema do bocal parte real da fronteira, © as dreas de entrada e saida formam a parte imagina- ria, uma vez que nelas ndo existem superficies fisicas (Figura -18a), Um volume de controle pode ter tamanho ¢ forma fixos, como no caso de um hocal, ou pode envolver uma fronteira mével, como mostra a Figura 1-18). A maioria dos volumes de controle, porém, tei fronteiras fixas e, assim, nao envol- ve nenhuma fronteira mével. Em um volume de controle também pode haver in- teragdes de calor e trabalho, como em um sistema fechado, além de int de mass ‘Como exemplo de um sistema aberto, considere o aquecedor de agua mostrado, 1a Figura 1-19, Desejamos determinar quanto calor deve ser transferido para a gua do tanque a fim de obter uma corrente constante de gua quente. Como a sigua quen- Frontera Fronteia real imaginia ats oe (2) Um volume de controle com fromtcras reas © imaginrias FIGURA 1-18 ‘Um volume de controle pode conter fronteiras fixas, méveis, reais ¢ imagindrias. () Um volume de controle com frontecasfixa e mével Introdugao.e Conceitos Basicos =| 9 SISTEMA FECHADO FIGURA 1-16 Massa ndo pode cruzar as fronteiras de ‘um sistema fechado, mas energia pode. Fromeira smivel FIGURA 1-17 ‘Um sistema fechado com uma fronteira mével. Said te ions sqente FIGURA 1-19 Um sistema aberto (um volume de con- role) com uma entrada ¢ uma sada, wo | Termodinamica eed FIGURA 1-20 Critério para diferenciar proprie intensivas e extensivas, 3 10! mokéculasimmn? A v0 | © FIGURA 1-21 Apesar das grandes distincias entre as moléculas, uma substincia pode ser tratada como um continuo devido ao elevado mimero de moléculas que volume o. | ™“~ existem mesn extremamente pe te saird do tanque e seri substituida pela dgua fria uma n para aa rar nossa atengdo no volume formado pel siderar as correntes de gua quente € fria como massa que sai e entra do volume de controle, As superficies interiores do tanque caso, € 4 massa cruza a superficie de controle em dois locals. Em uma andlise de engenbaria, o sistema em estudo deve ser definido com cui dado. Na maioria dos ante simples e Sbvios, ¢ ‘a definigio do sistema pode parecer uma tarefa entediante e desnecessiir casos, porém, o sistema em estudo pode ser muito solisticado, e uma e dda do sistema pode simplificar bastante a andlise Jo € conveniente escolhermos fixa como nosso sist ise. Em ve7. disso, podemos concen: superficies imteriores do tanque ¢ con- formam a superficie de controle nesse ISOS, 0S sistemas investigados so ba Em outros -olha adequa- 1-4 * PROPRIEDADES DE UM SISTEMA ‘Qualquer caracteristica de um sistema é chamada de propriedade, Aly priedades conhecidas peratura T, 0 volume Ve an lista pode se estender incluindo propriedades menos conhecidas como a viscosidade, 4 condutividade térmica, © médulo de elasticidade, 0 coeficiente de expansdo térmi: ca, a resistividade elétrica e até mesmo a velocidade e a altura, As propriedades podem ser classificadas como intensivas ou extensivas. As pro- priedades intensivas sio independentes da massa de um sistema, como temperatura, pressio ¢ densidad. As propriedades extensivas sio valores que dependem do tama- ‘tho — ou exter total ¢ a quantidade de Um modo fécil de 10 4 pressio P, tet — do sistema, A ma sa total, © volu ‘movimento total sio alguns exemplos de propriedades extensi determinar se uma propriedade ¢ intensiva ou extensiva é dividir 0 sistema em duas partes iguais com uma partigio imagindria, como mostra a Figura 1-20, Cada parte tera propriedades intensivas com 0 mesmo valor do sistema original, mas metade do valor original no caso das propriedades extensivas, Em geral, as letras maitisculas so usadas para indicar propriedades extensivas (com a massa m como a grande excego), € as mintsculas, para as propriedades inten sivas (con pressio P e a temperatura T como as excegdes Sbvias), As propriedades extensivas por unidade de massa so chi des especificas. Alguns exemplos de propriedades especificas $i = Vim) e « energia total especifica (e = Em) las de proprieda © volume especii Continuo A matéria é formada por ditomos que se encontram amplamente espagados na fase gasosa, Entretanto, é bastante conveniet substincia e vé-la como uma matéria continua, homogénea e sem descontinui- dades, ou seja, um continuo. A idealizacio do continuo pern ‘como fungdes pontuais e considerar que as propriedades variam continuamente no ‘espago sem saltos de descontinuidade, Essa idealizagao é vilida desde que 0 tama nho do sistema com o qual lidan as moléculas. Esse € 0 caso de pr ins mais especificos. A ideali nossas afirmagdes, como “a densi quer ponto” Para se ter uma idéia das distancias existentes no nivel molecular, considere unt recipiente fe ignorar 4 natureza atémica de uma te tratar us propriedades 0s seja grande com relagdo ao espagamento entre jicamente texlos os problemas, com excegio implicita em mui a em qual de io do continuo est pleto de oxigénio nas condigdes atmosférieas. O didmetro da molécula de oxigénio € de aproximadamente 3 x 10°! m e sua massa € de 5.3 10" kg. Da mesma forma, 0 percurso livre médio do oxigénio & pressio de | atm © 20°C € de 6,3 X 10° m, Ou se em média uma distincia de 6,3 10-* m (cerca de 200 vezes o seu didmetro) até colidir com ooutra molécula. Além disso, existem cerea de 3 X 10" moléculas de oxigénio no minisculo volume de 1 mm? & pressdo de I atm e a 20° C (Figura 1-21). O modelo de continue se apliea ape metro) for muito maior do que o percurso livre muito altos ou altitudes muito grandes, 0 percurso livre médio pode se tornar grande altitude de 100 km), ima molécula de oxigenio percorr as enquanto o comprimento caraeteristico do sistema (tal como seu di io das moléculas. Em vicuos (por exemplo, ele & de cerca de 0,1 m panto ar atmostérico a u Capitulo 1 Introdugao e Conceitos Basicos = 1 = 11 Nesses casos, a teoria do escoamento de gis rarefeito deve ser utilizada, ¢ 0 impac~ to de moléculas individuais deve ser considerado. Neste livro, limitaremos nossa ate as que podem ser modeladas como um continuo. fo a subs 1-5 = DENSIDADE E DENSIDADE RELATIVA A densidade € definida como massa por unidade de yolume (Figura 1-22), fae » (kg/m’ “4 © inverso da densidade € 0 volume especifico dade de massa. Ou seja, / definido como volume por uni 8) pode ser expressa como p = Sm/6V. Em geral, a densidade de uma substincia depende da temperate A densidade da maioria dos gases & proporcional a pressdo ¢ inversamente proporcio- nal & temperatura. Os liquidos e sdlidos, por outro lado, so substi te incompressiveis,e a variagio de suas densidades com a pressBo so geralmente des. preziveis. A 20° C, por exemplo, a densidade da égua varia de 998 kg/m’ a 1 atm a 1003 kg/m a 100 atm, uma alterago de apenas 05%. As densidades de Hiquidos e solidos dependem muito mais da temperatura do que da pressio. A | atm, por exem- plo, engenharia As vezes, a densidade de uma substincia ¢ dada de forma rel de uma substincia bem conhecida. Nesse caso, ela & chamada de gravidade es} fica, ou densidade relativa e é definida como a razao entre a densidade da substi cia e a densidade de alguma substincia padrio, a uma temperatura especificada (em geral gua a4° C, para a qual pyjo = 1000 kg/im?). Ou seja densidade da gua varia de 998 kg/m’ a 20°C a 975 kg/m a 75°C, uma altera- 1s anilises de le 23%, aq pode ainda ser considerada desprezivel em mu Densidade retativa: pr=— 6) deza adimensio- Observe que a densidade relativa de uma substincia € uma gra nal. Entretanto, em unidades SI, o valor numérico da densidade relativa de uma subs- tGncia & exatamente igual & sua densidade em g/cm: ou ke/l (ou 0,001 veres a dk dlade em kg/m’), uma vez que a densidade da igua a 4°C & de | glem* = 1 kg/ = 1000 kg/m’, A densidade relativa do meretrio a O°C, por exemplo, 6 de 13,6. Assim, sua densidade a O°C & de 13,6 glem’ = 13,6 kg/l = 13.600 kg/m’. As densidades relat vas de algumas substancias a O°C so fornecidas na Tabela 1-3. Observe que as subs- is com densidades relativas menores do que I sio mais leves do que a agua e, Portanto, elas futuam na gua peso de uma unidade de volume de uma substanc fico © pode ser expresso como Echamado de peso espeet- Peso especifico: = pg (Nim') an onde g € a aceleracio gravitacional. As densidades dos liquidos sao essencialmente constantes ¢, assim, eles podem ser aproximados como substncias incompressiveis durante a maioria dos processo sem grandes prejuizos. 1-6 * ESTADO E EQUILIBRIO Considere um sistema que nio esteja passando por nenhuma mudanga, Nesse onto, todas as propriedades podem ser medidas ou calculadas em todo o sistema, © ue nos dé um conjunto de propriedades que descreve completamente a condigio, ou FIGURA 1-22 Densidade & massa por unidade de volume; 0 volume especitico é volume Por unidade de massa. ae) Densidades relativas de algumas substancias a 0°C Substancia oR Agua 1,0 Sangue 1,05 ‘Agua do mar 1,025 Gasolina 07 Alcool etilico 0,79 Mercirio 13,6 Madeira 0,3-0,9 Ouro 19,2 Ossos 1,7-2,0 Gelo 0,92 Ar (a1 atm) 0,0013 12 Termodinamica (a) Estado 1 (0) Estado? FIGURA 1-23 Um sistema em dois estados diferentes. (ay Ames (b) Depais FIGURA 1-24 ‘Um sistema fechado atingindo 0 equilibrio térmico, FIGURA 1-25 estado do nitrogénio & detinido por y, As (18) onde y, = pg € 0 peso especifico do fluido. Assim, concluimos que a diferenga de pressao entre dois pontos em um fluido de densidade constante & proporcional a dis- tincia vertical Az entre os pontos € & densidade p do fluido. Em outras palavras, 3 pressio em um fluido aumenta linearmente com a profundidade. £ 1ss0 0 que um mer- gulhador experimenta a0 mergulhar mais fundo em um lago. Para um determinado fluido, a distancia vertical Az as vezes € usada como uma medida de pressio ¢ cha- mada de altura manométrica, Concluimos também pela Equagdo 1-18 que para distincias de pequenas a moderadas, a variagio da presso com a altura é desprezivel para os gases, por causa de sua baixa densidade. A pressio em um tangue contendo um gis, por exemplo, pode ser considerada uniforme, uma vez que 0 peso do gis € muito baixo para fazer uma diferenga aprecidvel. Da mesma forma, a pressio em uma sala cheia de ar pode ser suposta constante (Figura 1-41), Se considerarmos 0 ponto 1 na superficie livre de um liquido aberto para a atmosfera (Figura 1-42), no qual a pressio € a pressio atmosférica Py, entd0 4 pres- so a uma profundidade h da superficie livre torna-se P= Pay + PEN OW yay = pel (1-19) 5s liquidos so substancias essencialmente incompressiveis e, portanto, a varia- ‘lo da densidade com a profundidade é desprezivel. Isso também acontece com os zzases quando a diferenga de altura nio é muito grande, Entretanto, a variagio da den- sidade dos liquidos ou dos gases com a temperatura pode ser significativa e deve ser levada em conta quando a precisdo desejada for alta. Da mesma forma, a profundida- des maiores, como aquelas encontradas nos oceanos, a variago na densidade de um liquido pode ser significativa, por causa da compressio exercida pelo enorme peso do liquido que esté acima. A aceleragio gravitacional g varia de 9,807 in/s? no nivel do mar até 9,764 m/s? a uma altitude de 14,000 m, na qual viajam os grandes avides de passageiros. Essa mudanga é de apenas 0.4% nesse caso extrem. Assim, ¢ pode ser suposto constante com um erro desprezivel. Para os fluidos cuja densidade muda significativamente com a altura, a relagao para a variagio da pressio com a altura pode ser obtida dividindo-se a Equagio 1-17 por Ax Az, ¢ tomando o limite de Ac —+ 0. Iso resulta em ap de Pe (1-20) sinal negativo porque supomos a diregdo < positiva para cima, de modo que AP 6 negativo quando dz & posi io diminui na diregao ascen- dente. Quando a variagao da densidade com a altura é conhecida, a diferenca de p siio entre os pontos 1 € 2 pode ser determinada pela integragio como ap=P.~ P= —| ped: a2 Para o caso de densidade e aceleragao gravitacional constantes, essa relaglo fica reduzida A Equacdo I-18, como jd era esperado. ‘A pressio em um fluido em repouso no depende da forma ou segdo transversal do recipiente. Ela varia com a distincia vertical, mas permanece constante em outras dliregdes. Assim, a pressdio ¢ igual em todos os pontos de um plano horizontal em deter- ‘minado fluido. O matemético holandés Simon Stevin (1548-1620) publicou em 1586 © principio ilustrado na Figura 1-43. Observe que as pressGes nos pontos A, B, C, D, E, F eG sio iguais, uma vez que estdo a uma mesma profundidade, ¢ estio interconec~ tadas pelo mesmo fluido em repouso, Entretanto, as presses nos pontos H e J nio sao iguais, jé que estes dois pontos nao estdo interconectados pelo mesmo fluido (ou seja, Capitulo 1 IntrodugaoeConceitos Basicos | = 21 Pa=Py=Po=Py=Pe=Pr=Po= Pam bah PyAP; FIGURA 1-43, {A pressio € a mesma em todos os pontos de um plano horizontal em um fluido, independente da geometria, desde que os ‘Pontos estejam interconectados pelo mesmo fluido. ‘iio podemos desenhar uma curva do ponto J a0 ponto H, permanecendo sempre no ‘mesmo fluido), embora eles estejam & mesma profundidade. (Vocé poderia dizer em {qual ponto a press € mais alta?) Da mesma forma, a forga de pressio exercida pelo {luido ¢ sempre normal & superficie nos pontos mostrados. ‘Uma conseqiiéncia da pressio de um fluido permanecer constante na dirego horizontal € que a pressdo aplicada a wma dada regiao de um fluido confinado ‘aumenta a pressio em todo 0 fluido na mesma medida. Esta é a Lei de Pascal, em ‘homenagem a Blaise Pascal (1623-1662). Pascal sabia também que a forga aplicada ‘por um fluido € proporcional a érea da superficie. Ele percebeu que quando dois cilin- dros hidréulicos com éreas diferentes esto conectados, o de maior érea de serio transversal pode ser usado para exercer uma forga proporcionalmente maior do que aquela aplicada a0 menor, A “méquina de Pascal” tem sido a fonte de muitas inven- {des que so parte do nosso dia-a-dia, como 0s freios € os elevadores hidréulicos. E isso que nos permite elevar um automével facilmente com um brago, como mostra Figura 1-44. Observando que P, = P, j4 que ambos os pistdes esto no mesmo nivel (oefeito das pequenas diferengas de altura é desprezivel, particularmente a altas pres- ses), raz entre a forga de sada e a forga de entrada é determinada por (1-22) A razio de freas AJA, € chamada de ganho mecanico ideal do elevador hidréulico, Usando um macaco hidriulico com uma raziio de dreas do pistio de A/A, = 10, por ‘exemplo, uma pessoa pode elevar um automével de 1000 kg aplicando uma forga de apenas 100 kgf (= 981 N). 1-10 * 0 MANOMETRO DE COLUNA Observamos na Equago 1-18 que uma mudanga de altura Az em um fluido em repouso corresponde a AP/pg, o que sugere que uma coluna de fluido pode ser usada para medir diferencas de pressio. Um dispositivo que se baseia nesse principio & cha- ‘mado de mandmetro de coluna, normalmente usado para medir diferengas de pres- tio pequenas e moderadas. Um mandmetro de coluna consiste principalmente em um tubo em forma de U, de vidro ou plistico, contendo um ou mais fluides como mered- rio, égua, dlcool ou Gleo. Quando as diferengas de pressao so elevadas, fuidos pesa- dos como o merctirio sao usados, o que mantém © tamanho do mandmetro em um vel gerencidvel, f FIGURA 1-44 Elevagiio de um peso grande com uma ‘orga pequena pela aplicagao da Lei de Pascal. 22 | Termodinamica FIGURA 1-45 (© manmetro de coluna bésico. Pra Pat h pe: Iss FIGURA 1-46 =964Pa — h=ssem Esquema do Exemplo 1-6. FIGURA 1-47 Em camadas de fluido sobs variagdo de pressao em uma camada de fluido de densidade p repostas, a ura h€ ph. Considere © manémetro de coluna usado para medir a pressdo do tanque mos- trado na Figura 1-45, Como os efeitos gravitacionais das gases so despreziveis, a pressiio em qualquer parte do tangue ¢ na posigio | tem o mesmo valor. Além disso, como a pressao em um fluido nao varia na diregao horizontal dentro do fluido, a pres- so no ponto 2 é igual & pressio no ponto 1, P, = Py ‘A coluna de fluido de altura h esid em equilibrio estitico e aberta para a atmosfera, essa forma, a pressdo no ponto 2 ¢ determinada diretamente da Equagao 1-19 como Pans + pa (1-23) onde p & a densidade do fluido no tubo. Observe que a seciio transversal do tubo niio tem efeito sobre a diferenga de altura h e, assim, ndo tem efeito sobre a pressdo exer- cida pelo fluido, Entretanto, odidmetro do tubo deve ser suficientemente grande (mais de alguns milimetros) para garantir que o efeito da tensio superficial, portanto, da levaco por capilaridade seja desprezivel EXEMPLO.1-6 Medico da Press@o com um Mandmetro de Coluna Um mandmetro de coluna & usado para medir a presso em um tanque. 0 fluido usado tem uma densidade relativa de 0,85, e 2 altura da coluna 6 de 85 cm, como mostra a Figura 1-46, Se a pressio atmostérica local for de 96 KPa, determine a pressdo absoluta dentro do tanque. Solugdo A leitura de um mandmetro de coluna acoplado @ um tanque e a pressdo atmostérica s30 fornecidas. A pressdo absoluta no tanque deve ser determinada. Hipotese 0 fluido do tanque 6 um gés cuja densidade & muito menor que a den- sidade do fluido manométrico. ‘A densidade relativa do vido manométrico 6 0,85. Supornos que a densidade padrao da Sgua seja 1000 kg/m®. Andlise A densidad do fuido € obtida multiplicando-se @ sua densidade relativa pela densidade da agua, igual a 1000 kg/m?: P= DR (yo) = (0,85)(1000 kg/m?) = 850 kgim? Entdo, da Equagdo 1-23, P= Pan + ph = 96 kPa + (850 kg/m) (981 m/s!) (055 m) ian) Goma Discuss30. Observe que a presso manométrica no tanque é de 4,6 kPa. = 1006 kPa Muitos problemas de engenharia ¢ alguns manémetros de coluna envolvem a sobreposigio de varias camadas de fluidos imisciveis de diferentes densidades. Tais sistemas podem ser facilmente anlisados se lembrarmos que (1) a variagdo da pressio em uma coluna de fluido de altura f € AP = pi, (2) em um fluido, a pressi ta para baixo e diminui para cima (OU Sea. Piya, > Page) € (3) dois pontos a uma mesma altura em um fuido continuo em repouso estio a uma mesma pressao. 0 iiltimo prineipio, resultado da Lei de Pascal, permite “pularmos” de uma colu- na de fluido para a préxima, sem nos preocuparmos com a variagiio de pressio, desde que nio pulemos sobre umm fluido diferente, © desde que 0 fluido esteja em repouso.. Assim a pressio em qualquer ponto pode ser determinada iniciando com um ponto de pressio conhecido ¢ adicionando ou subtraindo os termos pgh medida que se avanga na diregio do ponto de interesse. Por exemplo, a presso na parte inferior do tanque da igura 1-47 pode ser determinada iniciando na superficie livre. onde a pressio & P,, € movensdo para baixo até atingir 0 ponto 1 na parte inferior, Isso resulta em Pan + pigh, + pashs + paghs = Py No caso especial de todos os fluidos possuirem a mesma densidade, essa relagdo fica reduzida & Equaco 1-23, como era esperad, Capitulo 1 Introdugaoe Conceitos Basicos 1 = 23, Manémetros de coluna sio particularmente adequados para medir a queda de presstio entre dois pontos do escoamento em tim duto, devido & presenga de um dis- positivo como uma vélvula, um trocador de calor, ou qualquer resistencia a0 escoa- ‘mento. Isso € feito conectando as duas extremidades do mandmetto a esses dois pon- tos, como mostra a Figura 1-48, O fluido de trabalho pode ser um gas ou um liquido de densidade p,. A densidade do fluid manométrico € p;,€ a diferenca de altura do fluido manométrico € h. Uma relagdo para a diferenga de pressio P, ~ P; pode ser obtida iniciando no ponto 1 com P,, movendo ao longo do duto adicionando ou subiraindo os termos pgh até atingir 0 ponto 2, ¢ definindo o resultado igual a Py Py + pix(a + h) = pagh = piga = Pz (1-24) Observe que passamos do ponto A horizontalmente para 0 ponto B e ignoramos a parte inferior, uma vez que a pressio em ambos os pontos é a mesma, Simplificando, P, — P= (p: = prdgh (1-25) Note que a distincia «nfo tem efeito sobre o resultado, mas deve ser incluida na ané- lise. Da mesma forma, quando 0 fluido escoando no duto € um gis, enti py py e a relagdo da Equagio 1-25 pode ser simplificada para P, ~ Py ® p3gh. EXEMPLO 1-7 Medico da Pressau com um Mandmetro de Coluna de Varios Fluidos ‘agua de um tangue ¢ pressurizada a a, a pressao 6 medida por um manémetro de coluna de vies fluidos, come mostra a Figura 1-89. O tanque esté lcalizado em uma montanha a uma altitude de 1400 m, onde a pressdo atmosférica é de 85,6 kPa. Determine a pressdo do ar no tanque seh; = 0,1 m, h, = O.2me hy = 0,35 mv. Tome as densidades da agua, do dleo edo mercério como 1000 kg/m, 850 kgim?, € 13.600 kg/m®, respectivamente. Soluglo A presso em_um tanque de égua pressurizado & medida por um mand- ‘metro de vrios fluidos. A pressdo do ar no tanque deve ser determinada, Hipétese A presséo do ar no tanque & uniforme (ou seja, sua variago com a altu- ra é desprezivel devido & sua baixa densidade) e, portanto, podemos determinar a presséo na interface ar-Sgua. Propriedades. As densidades da agua, do dleo e do mercdrio $86 dadas como 1000 kg/m?, 850 ke/m? e 13.600 kein, respectivamente. Anélise niciando com a presse no ponto 1 na interface ar-eua, movendo a0 longo do tubo adicionando ou subtigindo os termos.pgh até atingirmos 0 ponto 2, € definindo 0 resultado como Py, uma vez que 0 tubo esta aberto para a atmoste- ra, temos PL Pages + Pato 82 ~ Prarie Bhs = Pram Resolvendo para P; € substituindo, P= Pam = Piqua: — Poca hs + Panis hy = Pan + $Poeiiolts — Pagal ~ Ptwoh:) |= 85,6 KPa + (9:81 m/s"J{ (13.600 kg/m?) (0.35m) ~ 1000 kg/m?) (0,1 m) —eoteniean mre) Gan = 10 kPa Discusséo Observe que pulando horizontalmente de um tubo para 6 outro e levan- do em conta que @ presséo permanece a mesma no mesmo fluido, a andlise fica muito mais simples. Observe também que o mercirio é um fluido tdxico € que os mandmetros e termémetros de mercirio est8o sendo substituides por outros com fluidos mais seguros, por Conta do risco da exposi¢&0 ao vapor de mercaris em caso de acidente. Un trecho de tubo ou Aispostivo de escoamento FIGURA 1-48 ‘Medigdo da queda da pressao através de ‘um trecho de tubo ou de um dispositivo de escoamento por meio de um ‘mandmetro de coluna diferencial. FIGURA 1-49 Esquema do Exemplo 1-7. (O desenho ‘no esté em escala.) 24 = | —_Termodinamica tipo spiral “Tubo toreido Helicoidal —_ ‘Se transversal do tubo FIGURA 1-50 Diversos tipos de tibos de Bourdon utilizados para medir press. FIGURA 1-51 0 bardmetro bisico. Outros Dispositivos de Medigao de Pressao Outro tipo de dispositive mecdnico de medigao de pressdo muito usado é 0 tubo de Bourdon, assim denominado em homenagem ao engenheiro e inventor francés Eugene Bourdon (1808-1884), que consiste em um tubo de metal oco torcido como ‘um gancho, cuja extremidade é fechada e conectada a uma agulha indicadora (Figura 1-50), Quando 0 tubo esta aberto para a atmosfera, ele ndo se deforma ¢ a agulha do ‘mostrador, neste estado, esta calibrada para a leitura zero (pressio manométrica), Quando 0 fluido dentro do tubo esta pressurizado, 0 tubo se estica € move a agulha proporcionalmente & pressio_aplicada, A eletrénica esta em todos os aspectos da vida, incluindo 0s dispositivos medi- dores de pressdio, Os sensores de pressiio modernos, chamados de transdutores de ressio, utilizam diversas técnicas para converter 0 efeito de pressio em um efeito elétrico, como uma mudanga de voltazem, resisténcia ou capacitincia, Os transduto- res de pressio so menores e mais répidos, e podem ser mais sensiveis, confidveis € precisos do que seus equivalentes mecinicos. Eles podem medir presses de menos de um milionésimo de | atm até varios mithares de atm. ‘Uma ampla variedade de transdutores de pressio esté disponivel para a medigio das presses manométrica, absoluta ¢ diferencial em uma ampla variedade de aplica- gies. Os transdutores de pressao manométrica wilizam a pressio stmosférica como referencia, por meio de uina abertura para a atmosfera na parte traseira do diafragma sensor de press, Eles acusam uma saida de sinal zero & pressio atmosférica inde pendente da altitude. Os transdutores de pressdo absoluta sao calibrados para ter uma safda de sinal zero no vacuo absoluto. Os transdutores de pressao diferencial medem diretamente a diferenga de pressio entre dois pontos, em vez de usar dois transduto- res de pressio e tomar a diferenga entre eles. Os transdutores de pressio extensométricos funcionam fazendo com que um diafragma se curve entre duas edmaras abertas para as entradas de pressio. A medida que 0 diafragma se estende em resposta a uma mudanga na diferenga de pressio através dele, o extensOmetro se estica e um circuito de ponte Wheatstone amplifica a saida, Um transdutor capacitivo funciona de modo similar, mas a varia- ‘do de capacitincia € medida, em vez da variagao de resisténcia, & medida que 0 diagrama se estende, (Os transdutores piezelétricos, também chamados de transdutores de pressio de estado sélido, funcionam de acordo com o prinespio de que um potencial elétrico € ‘gerado em uma substincia cristalina quando ela é submetida & pressio mecinica, Esse feniémeno, descoberto pelos irmaos Pierre e Jacques Curie em 1880, é chamado de feito piezoelétrico. Os transdutores de pressio piezoelétricos tém uma resposta em frequéncia muito mais ripida que Aquela das unidades de diafragma, e so muito ade- quads para as aplicagdes de alta pressio, mas em geral nao sio tao sensiveis quanto 0 transdutores do tipo diafragma, 1-11 * 0 BAROMETRO E A PRESSAO ATMOSFERICA A pressio atmosférica & medida por um dispositive chamado bardmetro, Desa forma, a pressio atmosférica € chamada com freqiiéncia de pressdo barométrica. O italiano Evangelista Torricelli (1608-1647) foi o primeiro a provar, de forma conclusiva, que 4 pressiio atmosférica pode ser medida pela inversio de um tubo cheio de mererio em um recipiente de mercirio aberto para a atmosfera, como mostra a Figura 1-51, A pressdo no ponto B ¢ igual & pressao atmosférica, ¢ « pres- siio em C pode ser considerada zero, uma vez que s6 existe vapor de merctrio acima do ponto C, cuja pressio é muito baixa com relagio a Py, podendo assim ser des- prezada com uma excelente aproximagao. Um equilirio de forgas na diregio verti- cal resulta em Pays = ah (1-26) ‘onde p é a densidade do merctirio, ¢ é a aceleragdo gravitacional local e é a altu- ra da coluna de merciirio acima da superficie livre. Observe que o comprimento € Capitulo 1 a segiio transversal do duto nao tém efeito sobre a altura da coluna de fluido de um. barémetro (Figura 1-52), ‘Uma unidade de pressio utilizada com freqiiéncia é a atmosfera padrao, defini- da como a pressio produzida por uma coluna de mereério com 760 mim de altura a OPC (Py = 13.595 kg/m’) sob aceleragio gravitacional padrio (g = 9,807 mis?). Se fosse usada digua em ver de merctrio para medir a pressio atmosférica padrio, seria necesséria uma coluna de gua com cerca de 10,3 m. As vezes, a pressio & express (particularmente pelos meteorologistas) em termos da altura da coluna de merciirio, A pressio atmosférica padrio, por exemplo, € de 760 mm Hg (29,92 pol Hg) a 0°C. A unidade mm Hg também é chamada de torr em homenagem a Torricelli. Assim, | atm = 760 torr e 1 torr = 133.3 Pa. A pressdo atmosférica padrio P,.., que no nivel do mar é de 101,325 kPa muda para 89,88, 79,50, 54.05, 26,5 e 5,53 kPa as altitudes de 1000, 2000, 5000, 10.000 e 20.000 metros, respectivamente. A pressdo da atmosfera padrio em Denver (altitude = 1610 m), por exemplo, é de 83,4 kPa. Lembre-se de que a pressio atmosférica em uma localizagio & apenas 0 peso do ar acima daquela localizagao por unidade de drea de superficie. Ela nfo apenas muda com a altitude, como também com as condigdes meteorolgicas, declinio da pressio atmosférica com a altitude tem importantes implicagdes na vida didria, Por exemplo, leva mais tempo cozinhar nas altitudes elevadas, uma vex que a dgua ferve a uma temperatura mais baixa a presses atmosféris baixas. O sangramento do nariz é uma experiéncia comum nas al que a diferenga entre a pressio sangilinea ea pressio atmosférica € maior neste caso, € as delicadas paredes das veias do nariz quase nunca conseguem suportar essa tensio extra, Para uma dada temperatura, a densidade do ar € mais baixa a altas altitudes e, assim, um determinado Volume contém menos ar € menos oxigénio. Nao ¢ surpresa que nos cansamos com mais facilidade € temos problemas respirat6rios a elevadas altitudes. Para compensar esse efeito, as pessoas que moram emt altitudes maiores desenvolvem pulmdes mais eficientes, Da mesma forma, um motor de automével de 2,0 | funcionars como um motor de 1,7 1a uma altitude de 1500 m (a menos que ele seja um motor turbo), por causa da queda de 15% na pressio e, portanto, da queda de 15% na densidade do ar (Figura 1-53). Um ventilador ou compressor deslocaré 15% menos ar nessa altitude para a mesma taxa de deslocamento volumétrico. Ven- tiladores que operam em elevadas altitudes precisam ser maiores para garantir uma ‘mesma vazio méssica. A pressio mais baixa e a conseqiiente menor densidade tam- bém afetam a sustentagao € 0 arrasto aerodinimico: avides precisam de uma pista ‘mais longa em altitudes maiores para desenvolver a sustentagao necessaria, € viajam a altitudes muito altas para reduzir o arrasto aerodinimico e, portanto, diminuir 0 consumo de combustivel. | EXEMPLO 1-8 Medico da Pressio Atmosférica com um Bardmetro Hise cone be lee besos cit pee Daas € de 740 mm Hg e a aceleracso amet saan ‘Suponha que a temperatura do mercirio seja de 1 sua densidade ¢ de 13.570 kg/m?, ‘Solugao Heat Nae eatin aaa & eseen wet localidade. A pressto atmosférica deve ser determinada. | Hipdtese A temperatura do mercirio € de 10°C. ie ‘Adensidade do mercirio € de 13.570 kg/m’. Ht hIRe 78 a me eran arama Pan = Pah | = (3sr0igymy oar eyarem( IS) Gt) oe Camm ainae com a temperatura e, portant, a afel- IntroducaoeConceitos Basicos =| = 25 FIGURA 1-52 © comprimento ou a segao transversal do tubo nao tém efeito sobre a altura da ccoluna de Mluido de um bardmetro, desde que 0 didimetro do tubo seja suficientemente grande para evitar os efeitos de tensao superficial (capilaridade) FIGURA 1-53 A grandes altitudes, um motor de automvel produz menos poténcia e uuma pessoa recebe menos oxigénio, por ‘causa da densidade mais baixa do a. 26 == | _—_‘Termodinamica FIGURA 1-54 Esquema do Exemplo 1-9 ¢ o diagrama de corpo livre do pistio, “EXEMPLO 1-9 | Efeito do Peso do Pistao sobre a Pressa0 em um Citindro 0 pistdo de um arranjo pistdo-cilindro vertical contendo um gés tem massa igual @ {60 kg e érea de segdo transversal de 0,04 m?, como mostra a Figura 1-54. A pres- s4o atmosférica Jocal é de 0,97 bar, a aceleragéo gravitacional ¢ de 9,81 mis*. (2) Determine a pressdo dentro do cilindro. (b) Se calor for transferido para 0 gas © seu volume dobrar, voo8 espera que a pressao dentro do cilindro mude? Solug3a Um gés est contido em um citindro vertical com, um pisto pesado. A [presso dentro do cilindro'e o efeito da variagdo de volume sobre a presséo deve) ser determinados. Hipdtese 0 atrito entre o pistao eo cilindro & desprezivel, Andlise (a) A pressao do gas no arranjo pistéo-cilindra depende da presséo atmos férica e do peso do pistao. O diagrama de corpo livre do pistdo, mostrado na Figura 1-54, e 0 equilibrio das forgas verticais resultam,em, seme) (inet) Caen) N97 bar = 12 bar (0) A variacio do volume no teré nenhum efeito sobre © diagrama de corpo livre desenhado na parte (a) e, portanto, a pressio dentro do cilindro permanecera 2 mesma. Discussd0 Se o gis se comporta como um gas ideal, a temperatura absoluta dobra ‘quando 0 volume é dobrado a uma pressao constante. EXEMPLO 1-10 Presso Hidrostatica em um Lago Solar com Densidade Variavet Lagos solares $80, pequenos lagos artficiais com alguns metros ve profundidede usados para armazenar energia solar, A ascencéo da égua aquecida (e, portanto, menos densa) é evitada pela colocacéo de sal no fundo do Jago. Em umn lago solar ‘com gradiente de sal tipico, a densidade da agua aumenta na regido de gradiente, ‘como mostra @ Figura 1-55, podendo ser expressa como p= ali +w(25) onde po é a densidade da agua na superficie, 2 6 a distincia vertical medida de cima para baixo a partir do topo da regido de gradiente, eH é a éspessura da regio de gradiente. Para H = 4m, po = 1040 kom? e uma espessura de 0,8 m para a regido superficial, calcule a pressdo manométrica no fundo da regio de eradiente. Solugdo A variago da densidade da agua salgada na regigo de gradiente de um lago solar com profundidade ¢ fornecida, A press8o manométrica no fundo da regi8o, de gradiente deve ser determinada. Hipétese A densidade na regido superficial do lago @ constante. Propiedad 1 eee x teva te tie oe 6 enn ae aise ‘Chamamos 0 topo e o fundo da regido de gradiente de 1 e 2, respectiva~ mente. Notando que a densidade da regiao superficial € constante, 2 pressdo mano- métrica no fundo da regido superficial (que & 0 topo da regiéo de gradiente) 6 LN 1000 kg +m Ine esi honsaircipaumteite( A fissdo completa de 0,1 kg de urénio-235 libera (6.73 X 10! ki/kg) (0.1 ke) = 6:73 X 107k {de calor, que € suficiente para atender &s necessidades de energia do automével por ‘Quantidade de energia do combustivel 6.73 10°) ‘Uso dirio de energia © 165.0005) dia = 40.790 dias © que equivale a cerea'de 112 anos. Considerando que nenfium automdvel dure ‘mais que 100 anos, esse veiculo nunca precisaré ser reabastecido. Parece, eno, que combustivel nuclear equivalente ao tamanho de Uma cereja é suficiente para abastecer um automével durante toda a sua vida atit. Discussdo Observe que o problema nao 6 muito realista, uma vez que a massa ci tica necesséria nao pode ser atingida com uma quantidade téo pequena de combus- tivel. Além disso, nem todo o urdinio pode ser eanvertido durante fissao, novamente ‘devido aos problemas de massa critica ap6s converséo parcial. IN? de dias = Na pritica, as reagdes de fusio so muito ais dificets de serem realizadas por ‘causa da forte repulsio entre as niicleos com carga positiva, chamada de repulsao de Coulomb, Para superar essa forga de repulsio e permitir que os dois niicleos se fun- dam, o nivel de energia dos niicleos deve ser elevado aquecendo-os a cerca de 100 milhoes de °C. Entretanto, tais temperaturas s6 sio encontradas em estrelas ou durante Capitulo 2 Energia, Transferencia de Energia e Andlise Geral da Energia a explosio de bombas atémicas. De fato, a reago de fusio descontrotada de uma ‘bomba de hidrogénio (a bomba H) é iniciada por uma pequena bomba atomica. A rea io de fusio descontrolada foi realizada no inicio dos anos 1950, porém todos os esforgos desde entalo para realizar a fusio controlada para produzir poténcia, seja por ppodleroxos lasers, campos magnéticos € correntes elétricas,falharam. Energia Mecanica Muitos sistemas de engenharia so projetados para transportar fluidos de um lugar a outro a uma vazio, velocidade e diferenga de altura especificadas, e 0 sistema pode produzir trabalho mecanico em uma turhina ou pode consumir trabalho mecdni- co em uma bomba ou ventilador durante o processo, Exses sistemas no envolvem, conversio da energia nuclear, quimica ou térmica em energia mecdnica. Da mesma forma, nao hi transferéncia de calor em quantidades significativas e os sistemas ope- ram essencialmente a temperatura constante. Tais sistemas podem ser analisados de forma conveniente considerando apenas as formas mecdnicas de energia ¢ 0s efeitos de atrito que causam perda de enengia mecanica (ou seja, conversdo em energia tér- mica que. em geral, nao pode ser utilizada para nenhuma finalidade ttl). ‘A energia meciinica pode ser definida como a forma de energia que pode ser convertida completa e diretamente em trabalho mecdnico por um dispositivo meciini- €o ideal como uma turbina ideal. As enengias cinética € potencial sio as formas conhecidss de energia mecinica. Entretanto, energia térmica nio é energia mecanica, uma vez que nio pode ser convertida direta e completamente em trabalho (a Segunda Lei da Termodinimica). ‘Uma bomba transfere energia meciinica para um fluido elevando sua pressio, € ‘uma turbina extrai energia mecanica de um fluido diminuindo sua pressio. Assim, a pressio de um fluido em escoamento também esté associada & sua energia mecanica, Na verdade, a unidade de pressio Pa € equivalente a Pa = N/m? = N-m/m* = J/m', que é energia por unidade de volume, ¢ 0 produto PV ou seu equivalente P/p tem uni dade Jkg, que € energia por unidade de massa. Observe que a pressio por si s6 no & ‘uma forma de enengia. Mas uma forga de pressao agindo sobre um fluido ao longo de ‘uma distincia produz trabalho, chamado de trabalho de escoamento, em uma quanti- dade P/p por unidade de massa. O trabalho de escoamento é expresso em termas de propriedades do fluido, sendo conveniente imaginé-lo como parte da energia do Mui- do e chamé-lo de energia de pressdo. Assim, a energia mecinica de um fluido em escoamento pode ser expressa por unidade de massa como piv Cty he 210) onde P/p € a energia de pressito, V"12 € a energia cinética, ¢ gz energia potencial do fluido, todas por unidade de massa. Ela também pode ser expressa na forma de taxa como (2 Eon = Title (2 7 +) aa ‘onde si € 0 fluxo de massa do fluido. Ent. ‘Tuido em um escoamento incompressivel (p variagao da energia mecdnica de um constante) toma-se tel %) — (Ki/ke) (212) AB ne = HMC ae = wi( Mis ete »)) (KW) 2413) Portanto, a enengia meciinica de um fluido no varia durante o escoamento se sua pressilo, densidade. velocidade e altura permanecerem constantes. Na auséncia de perdas, a variagio da enengia mecanica representa 0 trabalho mecanico fornecido a0 fuido (se Aejg. > 0) ou extrafdo do Muido (Se Aegec <0). oT Termodinamica 8S ms. Local avaliado para uma estacio e% discutido no Exemplo (© Wl. 30¢PhenoDIse Fronteira do sistema Calor SISTEMA FECHADO ‘Trabalho |. (om=constane) FIGURA 2-11 A energia pode atravessar as fronteiras de um sistema fechado na forma de calor e trabalho, maior a diferenga a taxa de transfers EXEMPLO 2-2 Energia do Vento Um local avaliado para uma estagao dics tan vend estiels de velocidad 8 3 mis (Figura 2-10). Determine a energia do vento (a) por unidade de massa, (6) para | uma massa de 10 kg de ar e (c) para um fluxo de massa de 1154 ke/s de ar: ‘Solugdo_Um local com velocidade do venta conhecida é considerado. As energias por unidade de massa para uma massa especificeda e para um certo fluxo de massa de ar devem ser determinadas. Hipétese 0 vento sopra, de modo estavel & velocidade especificada. ‘Anélise 2 Gnica forma de energia do ar atmosférico aproveitavel para esse fim & a ‘energia Cinética, @ qual & capturada por uma turbina eélica. Ee (2) A energia do vento por unidade de massa do ar é ve IS e epee enka et ear ) = 364) (0) A energia do vento para uma massa de ar de 10 kg é q E = me = (10kg) (36,1 Ike) = 361) ste (€) A energia do vento para um fluxo de massa de 1154 ke/s € E = the = (M4 ays) (361k) aa DDiscuss4o £ possivel mostrar que o fluxo de massa especificado corresponde a uma seco de escoamento com diametro de 12 m quando a densidade do ar ¢ de ‘1,2 kg/m’. Portanto, uma turbina de envergadura de 12 m tem um potenciel de geragdo de energia de 4 -7 KW, Turbingse6licas reais convertem cerca da um tergo desse potencial em ‘elétrica. =4i7kw | 2-3 » TRANSFERENCIA DE ENERGIA POR MEIO DE CALOR Energia pode cruzar a fronteira de um sistema fechado de duas formas diferen- tes: calor e trabalho (Figura 2-11), E importante diferenciar essas duas formas de cenergia. Elas serio discutidas em primeiro lugar, para formar uma base s6lida para 0 desenvolvimento das leis da termodinimica, "Nossa experiencia mostra que uma lata de refrigerante gelado deixada sobre uma mesa se aquece apis um certo tempo, da mesma forma que uma batata assada colo- cada sobre a mesma mesa se esfria, Quando tum corpo & deixado em um meio que esti ‘uma temperatura diferente, a transferéncia de energia ocorre entre 0 corpo e © meio até que 0 equilfbrio térmico seja estabelecido, ou seja, até que 0 corpo e 0 meio atin Jam a mesma temperatura, A dirego da transferéncia de energia sempre & do corpo ‘com temperatura mais alta para aquele com temperatura mais baixa. Depois de esta- belecida a igualdade de temperaturas, a transferéncia de energia para. Nos processos descritos acima, diz-se que a energia € transferida sob a forma de calor, Calor é definido como a forma de energia transferida entre dois sistemas (ou ‘entre um sistema ¢ sua vizinhanga) em viride da diferenga de temperaturas (Figura 2-12), Ou seja, uma interagao de energia s6 € calor se ocorrer devido a uma diferen- ‘ga de temperatura, Dessa forma. no pode haver qualquer transferéncia de ealor entre dois sistemas que estejam & mesma temperatura. Viirias frases de uso corrente hoje em dia — como fluxo de calor, adigao de calor, rejeigio de calor, absorgao de calor, remogao de calor, ganho de calor, perda de calor. armazenamento de calor, geragio de calor, calor de reayio, liberagao de calor, calor especifico, calor sensivel, calor latente, calor perdido, calor do corpo, calor do proceso, sumidouro de calor ¢ fonte de calor — nao so consistentes com 0 signifi- Realizagio de trabalho, W Uma interagio de energia que no ¢ causada por uma diferenga de temperatura entre um sistema e sua vizinhanga € trabalho. Um pistio suhindo, um eixo girando ¢ um fio elétrico atravessando a fronteira do sis- tema estio associados a interagées de trabalho. A realizago de trabalho sobre um sistema aumenta a energia do sistema, e a realizagdo de trabalho por um sistema diminui a energia do sistema, uma ver. que a energia transferida para fora sob a forma de trabalho vem da energia contida no sistema, Os motores dos automé- veis © as turbinas hidréulicas, a vapor ou a gs produzem trabalho enquanto os ‘compressores, as bombas ¢ os misturadores consomem trabalho. 3. Fluxo de massa, m —Fluxo de massa para dentro e para fora do sistema se cons- titui em um mecanismo adicional de transferéncia de energia. A energia do siste- ‘ma aumenta quando ha entrada de massa, porque massa carrega ener (nia ver= dade, massa € energia). Da mesma forma, quando alguma massa sai do sistema, ‘energia nele contida diminui, porque a massa que sai leva com ela alguma ener- ‘ia. Por exemplo, quando uma certa quantidade de Sigua quente é retirada de wm aquecedor de igua e & substituida pela mesma quantidade de gua fria, a quanti~ dade de energia do tanque de sgua quente (o volume de controle) diminui como resultado dessa interago de massa (Figura 2-45), Observando que energia pode ser transferida sob a forma de calor, trabalho © com o fluxo de massa ¢ que a transferéneia liquida de uma quantidade ¢ igual & dife- fenca entre as quantidades transferidas na entrada © na safda, o balango da energia pode ser escrito mais explicitamente como FIGURA 2-44 Para sistemas estaciondrios, AEC = AEP = 0; entao AE = AU. Volume de | sone hg Bata FIGURA 2-45 ‘A quantidade de energia de um volume de controle pode ser modificada pelo fluxo de massa, bem como pelas interagbes de calor e de trabalho. 60 =| ~—_Termodinamica 7 FIGURA 2-46 Para um ciclo AE = 0, portanto Q = W. — 0) + (W.-W) + Enussae waa) = DE ema (2-34) ‘onde os subindices “e” e "S” indicam as quantidades que entram e saem do sistema, respectivamente. Todos os seis termos do lado direito da equagdo representam “quan- tidades” e, portanto, quantidades positivas. A direcio de qualquer transferéncia de cenergia & descrita pelos subscritos (O calor transferido Q & zero para os sistemas adiabsticos, 0 trabalho realizado W 6 zero para os sistemas que nao envolvem interagdes de trabalho, € a energia transpor- ada com @ Massa Ejay € 7eF0 nos sistemas em que ndo hi escoamento através de suas fronteiras (ou seja, 08 sistemas fechados). © halango de energia para qualquer sistema passando por qualquer tipo de pro- ‘eesso pode ser expresso de uma forma mais compacta como (us) (2-35) dt (kW) (2-36) Para taxas constantes, as quantidades totais durante um intervalo de tempo Ar esto relacionadas is quantidades por unidade de tempo como Q=Od, W=WAL © SE= (b/d) dt (WI) 8D O alango de energia pode ser expresso por unidade de massa como = Be stema (ki/kg) (2-38) que € obtido dividindo todas as quantidades da Equagio 2-35 pela massa m do siste- ma, O balango de energia também pode ser expresso na forma diferencial como BE, BE, = dE say OU Bee ~ Be, = deieas (2-29) Para um sistema fechado executando um ciclo, os estados inicial ¢ final so idén- ticos €, portanto, AE ems 0. Assim, o balango de energia em um ciclo pode ser simplifieado como F, O ou E, = E, Observando que um sistema fechado no envolve nenhum fluxo de massa através de suas fronteiras, o balungo de energia de um ciclo pode ser expresso em termos de interagdes de calor e trabalho: como Wigs = Que OH Wins = Giye — (Paraum ciclo) (2-40) Ou seja, 0 trabalho liquido realizado durante um ciclo é igual a entrada liquida de EXEMPLO 2-10. Resfriamento de um Fluido Quente em um Tanque Um tanque rigido contém um fivido quente que & resfriado enquanto ¢ agitado por uma hélice. Inicialmente, a energia interna do fluido € de 800 KJ. Durante o pro- ccesso de restriamento, 0 fluid perde 500 kJ de calor, e @ hélice realiza 100K) de trabalho no fluido. Determine a energia interna final do fiuido. Despreze’a energia armazenada na helice. Solugdo Um fluido em um tanque rigido’perde calor enquanto ¢ agitado. A ener- | {ia interna final do fluido deve ser determinada. Hipéteses 1.0 tanque é-estacionétio: Doran, «vara. da eu cin, ‘poten shor, AEG = AEP 0, Potano, SF = AU, energia interna 6 a ica forma de energia do sistema que pode variar durante 2Aener gia armazenada na hélice é desprezivel. ee Het? = Capitulo 2 Energia, Transferéncia de Energia e Andlise Geral da Energia | Anilise Seja 0 conteddo do tangue o sistema (Figura 2-47). Esse ¢ um sistema fechado, uma vez que nenhuma massa atravessa a fronteira durante © processo. Observamas que o volume de unt tanque rigido é constante e, portanto, nao existe trabalho de-fronteira mével, Da mesma forma, o sistema petde calor, e trabalho de 2x0 6 realizado, A aplicagao do balanco de energia sobre o sistema resulta em Bie a Ne “ariieslscctsckneg “ates Wome - Q~ BU= U, =U 100K) = SOOKI = U, ~ 8005 Us = 400K Portanto, @ energia interna final do sistema ¢ de 400 kJ. EXEMPLO2-11 —Aceleraco do Ar por Meio de um Ventitador Um ventilador que consome 20 W de energia elétrica quando em operacao descar- ‘ar de uma sala ventilada a uma taxa de 0,25 kg/s e a uma velocidade de 8 m/s, ura 2-48). Determine se essa afirmagao ¢ razodvel. Solugae _Diz-se que um ventitador aumenta 2 velocidade do ar de um dado valor, 4 medida que consome poténcia elétrica 2 determinada taxa. A validade dessa afir- magdo deve ser investigada. ‘Hipétese K sala ventilada é relativamente caima e a velocidade do ar dentro dela & desprezivel. ‘Anélise Em primeito lugar, examinemos as converses de energia envolvidas. 0 ‘motor do ventilador converte parte da poténcia elétrica que ele com'some em potén- cig mecainica (de eixo), usada para girar as pds do ventilador no ar. As pés tém um {ormato que thes permitem transmitir uma grande parte da poténcia mecanica do ‘x0 para 9 ar por meio de sua movimentacao. No.caso limite ideal em que nao ha perdas (neniuma conversio de energia elérica e mecénica em energia térmica) e ' operago ¢ em regime permanente, a poténcia elétrica fornecida sera igual 8 taxa ‘com a-qual aumenta a energia cinética do ar. Assim, para um volume de controle ‘ue inelui a unidade motor-ventilador, 0 balanco de energia pode ser escrito como BB = dE gs dE = 0 EE ee ee. "ig an utwcee cms amma cans pace Wane = iy €6, = tng mos a velocidade maxima de saida do ar Resolvendo ¥, € fazendo a substtuigao, come [Wane [200 (THY 6, YM Bin, ~ V 310.25 ke/s) ( Take ) ge ue 6 menor que 8 m/s, Portanto, @ alegacao & falsa, Discuss#0. 0 principio de conservacéo da energia exige que ela seja preservade durante sua conversio de uma forma pare outra, endo permite que nenfiuma ener ‘2 Seja criada ou destruida durante um processo. Sob o ponto de vista da Primeira Le, nao hd nada de errado na conversao de toda a energia elétrica em energia ciné- tica, Portanto, @ Primeira Lei nao faz objec 20 fato da velocidade do ar atingir 6,3 m/s ~ mas esse € 0 limite maximo, Qualquer afirmago sobre a existéncia de uma yolocidada mai¢ alta viola a Primeira Lei e 4, portanto, impossivel. Na verdade, a do ar seré consideravelmente menor que 6,3 m/s devido as perdas 3 convers80 da poténcia elétrica em poténcia mecdnica de eixo, ¢& con- ‘versio da paténcia mecdniea de eixn em energia cinética do a. 0,= 50015 Wain e= 100K FIGURA 2-47 Representagao esquemitica do Exemplo 2-10, ms Ventilador FIGURA 2-48 Representagiio esquemtica do Exemplo 2-11. © Vol. 0557/Phoodise 62 =| —_Termodinamica EXEMPLO 2-12. Efeito de Aquecimento de um Ventilador Uma sala encontra-se inicialmente & temperatura de 25°C, que ¢ @ mesma do ambiente externo. Um grande ventilador, que consome 200 W de eletricidade quan- ddo em funicionamento, é entao ligado no interior da sala (Figura 2-49). A taxa de transferéncia de calor entre a sala e 0 ar externo @ dada por Q- UAT, — 7), onde Wim?:°C € 0 coeficiente global de transferéncia de calor, A = 30:m®é a érea das superficies da sala e T, e T, s40 as temperaturas do ar interno e externo, res- pectivamente, Determine @ temperatura do ar interno quando s8o estabelecidas Mann = “yO = Gog (c) A poténcia de eixo na saida é determinada pela definigao de eficiéncia mecanica, Wesne = Thudina AE icc gusto! = (0.80) (2455 KW) = 1964 kW. Discusséo Observe que o \ago fornece 2455 kW de energia mecanica 3 turbi- ‘na, 2 qual converte 1964 kW desta em trabalho de eixo para mover o gerador, ue por sua vez gera 1862 KW de energia elétrica. Existem perdas associadas a cada componente, 70 1 ‘Termodinamica EXEMPLO 2-17 Economia de Custos Associada aos Matore: Alta Eliciéncia orp Mai i 6 op i ia Trico 90 Wr sac eds Fape & wi cla fo 98 tank Cages won er uous por peta OF cs Sitretielncl cj elséncte¢ de 9.2% (gua 2.61) 0 mol opaa 3500 hres par ano em pleria carga. Sendo o custo da eletricidade $0,08/kWh, determine a ‘quantidade de energia e a economia de custos resultantes da instalagéo do motor = 89% de alta eficiéncia em vez de um motor padrdo. Além disto, determine 0 periodo de ‘ecuperacdo do investimento se 0s preqos dos motores padrao e de alta eficiéncia forem $4.520 e $5.160, respectivamente. Soluedo Um motor paddo desgastado deve ser substituido por tim motor de alta iciéncia. A quantidade de energia elétrica e o dinheiro economizado, bem como © periodo de recupera¢o do investimento, devem ser determinados. Hipdtese 0 fator de carga do motor continua constante e igual a 1 (plena cargo) durante a operagao. Anélise A poténcia elétrica que cada motor utiliza ¢a diferenca entre elas podem ser expressas como Woe egatan = Wass/tha = (Pokencia nominal (Fator de are) xp Wass binisas Wael Tune ~ (Pottncia nostinal) (Pag 0s carp) ras Motor Padrio Economia de poténcia = Way ys ~ Woe eatne Motor de Alta Bficiéncia ‘stints? = (Poténcia nominal) (Fator de carga)(I/hyx ~ 1/nese) Representagio esquemética do ‘onde tim € a ficiéncia do motor padro, & nau. €2 eficiéncia do motor de alta ef Faemplo 2417. cigncia: Assim, a economia de energie de custo anuais associadas 8 instalaco do a motor de alta eficiéncia tornam-se Economia de energia = (Economia de poténcia)(Horas em operagiio) = (Poténcia nominal)(Horas em operacio)(Fator de carga) ny ~ Wig) = (640 hp)(0,7457 kWiip) (3500 h/ano\ 1170.89 ~ 1/0,932), = 7929 kWh/ano Economia de custos ~ (Economia de energia)(Custo unitério da energia) = (7929 kWh/ano)($0,08/KWh) = $634/an0 Da mesma forma, Csto inicial adicional = $5.160 ~ $4,520 ~ $640. sso nos fornece um periodo de recuperacdo do investimento de Periodo de recuperagio __Custo inicialadicional $640 do saturado e vapor suturado € significativanente menor. ‘A medida que a pressio aumenta mais, essa linha de saturag0 continua a ence» Iher, como mostra 4 Figura 3-16, torando-se um ponto quando a pressio atinge 22,06 MPa (no easo espeeifico da gua). Esse ponte & chamado de ponto critica, sendo definido como 0 ponio no qual os estades de liquido saturado ¢ vapor satura do 0 i A temperatura, a pressio ¢ 0 volume espeeitica de uma substinei tico so chamados respectivamente de temperatura critica Tay pressio erica P,, € volume especifico critico V,,. As propriedades do ponto critico da dgua siio P.. = 22,06 MPu, T., ~ 373.95°C ¢ V,, ~ 0.003106 m'/kg. Puru o hélio, elus so 0,23 MPa, ~267,85°C c 0.01444 mi/kg. Propriedades eriticas de diversas substineias siio apre- sentadas na Tabela A~1 do apéndice, ‘A presses acima da pressio critica, ndo existe um proceso identificavel de smudanga de fase (Figura 3-17). Em ver disso, o volume especifico da substineta aumenta continuamente, sempre cxistindo uma tinica fase presente, A partir de um ‘deteriinado momento, ea se parecerd com vapor, mas nunca poderemos dizer quan- do a mudanga ocorreu, Acima do estado critico, niio existe uma linha separando a regiti de liquide eomprimido da regido de vapor superaquecido. Entretanto, costuma- se chamar a substancia de vapor superaguecide a temperaturas acim da temperatura critica, ¢ de liquido comprimido a temperaturas abaixo da temperatura critica, de 1 alin for descrito em det 2 ponte ert Capitulo 3 Propriedades das SubstanciasPuras =! 97 ni Ponto critica 573.95) Liguido Vapor saturado satucado 10,003106 mike FIGURA 3-16 Diagrama T-v dos processos de mudanga de fase pressio constante para uma substincia pura a diversas pressdes (valores numéricos para a gu), FIGURA 3-17 ‘A pressdes supercriticas (P > P,,). no hd como caracterizar um processo de ‘mudanga de fase (ebulica0).. REGIAO DE. LiQUIDO compriino/] REGIAO DE, VAPOR SUPERAQUECIDO REGIAO DE, LIQUIDO-VAPOR SATURADOS FIGURA 3-18 Diagrama T-v de uma substincia pura 0s estados de liquido saturado da Figura 3-16 podem ser ligados por uma linha chamada linha de liquide saturado, ¢ 0s estados de vapor saturado da mesma figura poxlem ser ligados por ootra linha chamada linha de vapor saturado. Essas duas Tinhas se encontram no ponto ertico, formand uma curva como mostra a Figura 3-18. Todos os estados de liquido comprimido estio localizados na regio ’ esquerda da 98 =| —‘Termodinamica FIGURA 3-19 Diagrama P-v de uma substincia pura FiguRA 3-20 A press em um arranjo pistio-cilindro pode ser reduzida com a redugdio do peso do pisto, Pp 4 Ponte eritico REGIAO DE | LiguIDO. | COMPRIMIDO | [ MOUIDO-vAPOR 3 Sarurabos linha de liquide saturado, chamada regio de liquide comprimido. Todos os estados de vapor superaquecido esto localizados a direits da linha de vapor saturado, chama- da regio de vapor superaquecido, Nessas duas regides, existe uma tnica fase da substincia, Liquide ou vapor. Todos os estados que contenham amhsas as fases em cequilibrio esto localizados sob a curva, chamada regio de mistura liquido-vapor saturada ou regio dmida. 2 0 Diagrama P-v A forma geral do diagrama P-v de uma substincia pura é muito parecida com 0 diagrama 7-v, mas as linhas de T constante desse diagrama apresentam uaa tendén ccia descendente, como mostra a Figura 3-19. CConsidere novamente um arranjo pistio-cilindro que contenha égua liquide a 1 MPa e 150°C. Nesse estatlo a gua existe como liquido comprimido. Agora os pesos na parte superior do pistdo so removidos um a um, para que a pressao dentro do cilin- 4dro diminua gradualmente (Figura 3-20), A éigua pode trocar calor com a vizinhang: de modo que sua temperatura permanega constante, A medida que a pressdo diminui, © volume da dgua aumenta ligeiramente. Quando a pressio atinge 0 valor de satura 40 a temperatura especificada (0,762 MPa), a gua comega a ferver. Durante esse processo de vaporizakso, a temperatura e a pressio permanceem constantes, mas 0 volume especifico aumenta, Apos a titima gota de liquid se transformar em vapor. uma redugio na pressio resulta em um strmento do volume especifico, Observe que durante 0 provesso de mudanga de fase, nv removemos nenhun peso. Isso fans com ‘que a pressfio, ¢ portanty a temperatura, cufsse [uma Ve? qUE Tyg ~ /(Pya)]e © 0 pro cesso mio mais seria isotérmico. Quando o processo se repele para outras femperaturns, trajetGrias semelhantes so obtidas para os processos de mudanga de fase. Conectanndo 0s estados de Kquido € vapor saturados com uma curva, obtemos o diagrama P-v de uma substincia pura, como mostra a Figura 3-19. Estendendo os Diagramas para Incluir a Fase Sélida (Os dois diagramay de cuillbrio desenvolvidos até agora representa uy estado de equilibrio que coniém apenas as fases Niquida e vapor. Kntretanto, esses diagramas podem ser facilmente estendidos pura incluira fase s6tida. assim como as regides de acao solido-liquido € sélidlo-vapor. Os prinefpios basicos discutides juntamente com o processo de mudanga de fase liquido-vapor aplicann-se igualmente x08 proces- sos de mudanga de fase sdlid-liquido ¢ slido-vapor. A maioria das substincias se Capitulo 3 Propriedades das Substancias Puras | 99 Pont VAPOR SOLIDO + LiQuIDO LIQUIDO + VAPOR Linha Tripla SOLIDO + VAPOR Ponto critica VAPOR “$iib0 sLiguwo LIQUIDO + VAPOR Linha Teipla SOLIDO + VAPOR sontrai durante 0 prosesse de solidificagao (ou seja, congelamento). Outras, como a 44gua, se expandem & medida que congelam. Oy diagrams P-v de ambos os grupos de sultinciag <0 apresentadas nas Figuras 3-21 € 3-22, Esses dois diagramas diferem apenas na regitio de sanurago sétido-iiquido. Diagranas T-v se parécent muito com os diagramas P-V, particularmente para as suislanciay que se contraem ao congelar. (0 fato da sjpua se expandir ao congelar tem conseqdneias vitals na natureza. Se 4 dua se contaise no congelumento coro « miaioria das outras substincias, 0 gelo tormado seri mais pesado que a dua Viguida © assentaria no fundo de ries, lagos © ‘oceatos, em ve7 de flutuar. Os raios do Sol nunca atingiriam essas camadas de gelo, € 0 fundo de muitos rios, lagos © oceanos ficaria coberto de gelo em determinadas epocas. prejudicando seriamente @ vida marinha, “Tadlos estamos acostumados com as duas fases em equilfbrio, mas sob determi: raas condigdes todas as tés fases de uma substincia pura coexistem em equilfbrio ‘Figura 3-23), Nos diagramas P-V ou T-v, esses estados de fases triplas Formiaan uma ‘iota chamada tinha tripla, Os estados sobre linha tnpla de uma substéncia tém a FIGURA 3-21 diagrama P-v de uma substincia que se contrai a0 solidificar. FIGURA 3-22 diagrama P-v de uma substincia que se expande ao solidificar (al como a dgua), FIGURA 3-23 A pressio e temperatura do ponto triplo, as trés fases de uma substincia existem: em equilibrio. 100 |‘ Termodinamica FIGURA 3-24 A buixas pressdes (abaixo do valor do ponto triplo), os sélidos derreter (sublimacao). raporaum sem TEs) ‘Temperaturas e press6es do ponto triplo de diversas substancias ‘Substancia Formula Ty K Pray KPa Acetileno CoH, 192,4 120 Amonia NH 195,40 6,076 ArgOnio A 83,81 68,9 Carbono (grafite) c 3900 10.100 Didxido de carbono CO, 216,55 517 Monéxido de carbono CO 68,10 1537 Deutério Dy 18,63, 71 Etano OH 89,89 8x 104 Etileno CH 104,0 oz Helio 4 (ponto a) He 2,19 5,1 Hidrogénio Hy 13,84 7,04 Cloreto de hidrogénio HCI 158,96 13,9 Merciirio He 234,2 1,65 x 1077 Metano cH, 90,68 17 Nebnio Ne 24,57 43,2 Oxido nitrico NO 109,50 21,92 Nitrogénio N 63,18 12.6 Oxido nitroso NO 182,34 87,85 Oxigénio 0; 54,36 0,152 Paladio Pd 1825 35% 10+ Platina Pt 2045 2,0. 10-* Diéxido de enxofre SO» 197,69 1,67 Titanio T 1941 5.3102 Hexafluoreto de urénio UF, 337,17 151,7 Agua H,0 273,16 0161 Xendnio xe 161,3 815 Zinco Zn 692,65 0,065 Fonte: Dados do National Bureau of Standards (U.S.) Gre, 800 (1952). mesma pressio ¢ temperatura, mas tém volumes especificos diferentes. As linhas tri- plas aparecem como um ponto dos diagramas P-T e, portanto, freqdentemente so chamadas de ponto triplo. As temperaturas ¢ presses do ponte triplo de varias subs- Xincias sfo mostradas na Tabela 3-3, Para a fgua, u temperatura ¢ u presso do ponte triplo so de 001°C ¢ 046117 kPa, respectivamente, Ou seja, todas as irés fases da ‘ota coexistem em equilibrio apenas se a temperatura € a pressio tiverem exatamente esses valores. Nenhuma substincia pode exist na fase liquida em equilibrio estivel a presses abaixo da pressao do ponte triply, O mesio pode ser dito sobre a tempera {ura para substincias yue se contrac ao congelar, Entretanto, as substancias a altas pressoes podem existir na fave liquida a temperaturas abaixo da temperatura do ponte itiplo, Por exemplo. a gua nfo pode existir na forma liquida em equilfbrio & presstio atmasférica em temperanuras abaixo de (P C;, mas ela pode existir come um liquide & 20°C a pressio de 20) MPa, Da mesma forma, © gelo existe em sete fares s6lidas diferentes a pressbes acima de 100 MPs, Frxistem duas maneinis pelas quais uma substincia pode passar da fuse sOlida para a de vapor: ela pode derreter primeiro, transformando-se en liquid, para depois evaporar, ou ela pode evaporar diretamente sem derreter. Lista ultima mancira ocorre a pressoes abaixo do valor do ponto iriplo, uma vex que uma substineia pura nfo pode ccxistir na fase Iiquida nessas pressBes (Higura 8-24). A passaigem direta da fase sé dda para.a fase de vapor & chamada de sublimagao. Para as substanctas que tem a pres- sao do ponto triplo acima da pressiio atmosférica, como 0 CO, s6lido (gelo seco), a sublimagiio & a tiea forina de rnudar da fave de sid para a ae de vapor en com digdes almosféricas, Capitulo 3 Propriedades das Substdncias Puras =f . Subtanctas que Substancias se expandem ‘que se conteaem ‘ao soludtiewr 30 eolidiicar LiQuibe 2 SOLIDO Ponto triplo VAPOR FIGURA 3-25 Diagrama P-T das substincias puras. 3 0 Diagrama P-T A Figura 3-25 mostra o diagrama P-T de uma substincia pura, Esse diagrama & frequentemente chamado de diagrama de fase, uma ver que todas as trés fases 830 separadas umas das outras por trés linhas. A linha de sublimagdo separa as regides de s6lido © vapor, a tinha de vaporizagao separa as regives de liquido e vapor e a linha de fusio separa as regiges sdlida e liquida. Essas trés linhas se encontram no ponto triplo, onde todas as trés fases coexistem em equilfbrio. A linha de vaporizacio termi- na no ponto eritico, ja que nao € possfvel fuzer nenhuma distingdo entre as fases de liquido e vapor acima do ponto critico. As substincias que se expandem © contraem, nna solidificago diferem apenas na linha de fusio do diagrama P-T. Superficie P-v-T © estado de uma substincia compressivel simples € determinado por duas pro- priedades intensivas independentes. Apds a determinagio adequada das duas proprie- dads, todas as outras propriedades tornam se dependentes. Lembrando que tod cequagaio com duas varidveis independentes na forma z = 2x, y) representa uma super- ficie no espugo, podemos representar 0 comportamento P-\-T de uma substincia como tuma superficie no espago, como mostram as Figuras 4-26 « 3-27. Aqui Te v Plein ser vistalizados como varidveis independlentes (a hase) ¢ P como a varidvel Aependente (a altura) ‘Todos os pontos da superficie representam estados de equilibrio, Todos os esta dus ay Lugo do percurso de im processe quase estatico este sobre a superficie Pv , uma vee que tal processo deve passar através de estados de equilforio, As regides de fase tinica aparecem como superficies curvas na superficie P-v-T, ¢ as regioes de dduas Fases aparecem como superficies perpendiculares ao plano P-T. Isso era espera do, uma vez que projegses de regides de duas fases do plano P-T sia Tinhas fados vs diagcamas bidimensionais que discutimos até agora so apenas proj 40s dessa superficie tridimensional nos planos apropriados. Um diagram P-vé ape- nas uina projegao da superticie P-v-7' no plano P-v, © win diagrama T-v nada mais 6 do que uma vista em perspectiva dessa superficie. As superficies P-v-T apresentam uma grande quantidade de informagdes simultaneamente, porsm em uma anilise ter- ‘modinamica € mais convenicnte trabalhar com diagramas bidimensionais, como os diagramas P-ve 7: 102 | _—_‘Termodinamica FIGURA 3-26 FIGURA 3-27 Superficie P-v-T de uma substincia que se expande ao solidificar (como a égua).. Press Pressio 3-5 * TABELAS DE PROPRIEDADES Para a maioria das substincias, as relades entre propriedades termodinsimicas so complexas demais para verem expressas por meio de equagdes simples. Assim, aay propriedudes quuse sempre so apresentadas ua forma de tabelas. Algumas pro- pricdades termodinimicus podiem ser medidas com fucilidade, mas outeas nem ba devendo ser caleuladas nsanda as relacées entre elas @ as prapriedades mensuraveis, Os resultados dessas medigdes ¢ cAleulos so apresentados em tabelas com formato conveniente. Na discussio a seguir, tabelas de vapor agua so utlizades. para proprieatdes termine, Ta i usaas da mesina ananicira, Para cada substdncia, suas propriedades termestindinicas power estar relacionadas em mais de uma tabela, Na verdad, urna tabela separada preparada para cada regia de interesse, como as regides de Vapor superuquevid. liquid comprimido & de n ura saturada, Tabelas de propriedades emi unidades do SE sity aptesentaday my Apéndice. Entretanto, antes de discutirios us tubelus de propriedades, definireros ‘uma nova propriedade chamada ental, dle Capitulo 3 Propried Entalpia — Uma Propriedade Combinada Ao examinar as tabelas, vemos duas novas propriedades: entalpia he entropia s ‘\ntropia ¢ uma propricdade associada a Segunda Lei da Termodindmica, ¢ nds nao a. usaremos até sua definigio formal no Capitulo 7. Entretanto, € apropriada a apre- sentagdo da entalpia neste ponto. Na analise de determinados tipos de processo, particularmente na geragaio de reragao (Figura 3-28), feqiicntcanente encontramos a combinagao das ‘upriedades u | PV. Env nome da simplicidade e tk con ia, essa combinag30 definida como uma nova propriedade, « entalpia, que recebe 0 simbolo h: eerie refi haut Py (ki/ke) on) H=U+PV (KI) 2 ‘Tanto a entalpia total H quando a entalpia especifica ht sfio chamadas apenas de lalpia, uma ver que o contexto esclarece qual deve ser usada. Observe que as equ 2s acim so dimensionalmente homogéneas. Em algumas tabelas encontradas na itica, a energia interna u freqlientemente nao é listada, podendo contudo ser deter- nada a partir de w= h — Pu. © amplo uso da propriedade entalpia deve-se ao professor Richard Mollier, que vonheceu a importincia do grupo u + Pvina andlise de turbinas a vapor e na repre- utagfo das propriciules do vapor na forma tabular e grafica (como no famoso dia- sina de Mollier). Mollierinicialmente chamou o grupo u + Pude comtetio de calor salor total. Esses termos niio si muito consistentes com a terminologia moderna termodindmica e foram substituidos na década de 30 pelo termo entalpia (da pala- 1 prega enshalpien, que significa aguecer). a Estados de Liquide Saturado e Vapor Saturado As propriedades da dgua nos estados de liquide e vapor saturados esto listadas sTabolas A-t e A-S. Ambas as tabelas oferecem as mesma informagdes, A tnica Ferenga € que na Tubela A~1 as propriedades estdo listadas em funcao da tempera «ve na’Tabela A-S em funcao da pressio. Assim, € mais conveniente usar a Tabela 4 quando a temperatura for forvecida e a Tabela A-S quando a pressdo for fone Jn, O uso da Tabela At € ilustrado na Figura 3-30. (O sub-fndice:(€ usado para indicar as propriedades do liguido saturado ¢ o sub- lice v para indicar as propriedades do vapor saturado, Outro subscrito muito usado +, qe denota 2 diferenga entre os valores do vapor saturado e do liquide satura- » para a wiesina propriedade. Por exemplo, volume especifico do Iiquido saturado UV, = volume especitico do vapor saturado vy ~ diferenga entre v, € V, (ov seja, Uy, = Uy ~ UV) A quantidade fy, é chamada de entalpia da vaporizagio (ou calor latente de iporiaavii), Eka representa « quantidade dle energia necesséria para vaporizar uma anna uniuitia dp Higuide suurado a uina deternunada temperatura ow pressio. Ela minui medida que a temperatura ou a pressto aumenta ¢ torna-se Ze70 HO pon EXEMPLO3-1 _Presso de um Liquido Saturado em um Tanque Um tanque rigido contém 50 kg de agua liquida saturada @ 90°C. Determine a pres 30 € 0 volume do tanque. Solug3o Um tanque rigido contém gua liquida saturada. A pressao e o volume do tanque devem ser determinados. jades das Substancias Puras = | 103 FIGURA 3-28 ‘A combinagiio uw + Py 6 encontrada com fregiéncia na andlise de volumes de controle. ‘ KPa mg = KW wr estos | MPa -m?= 1000 ky psi 11 = 0.18505 Buu FIGURA 3-29, © produto presse X volume tem unidades de energia, especie do liquid saturado Presto de Volume saturagio especifco correspondente dbo vaper saurado FIGURA 3-30 ‘Uma listagem parcial da Tabela A-4, 104 =| —Termodinamica Andlise 0 estado da agua liquide saturada € mostrado emum diagrama T-v na Figura 3-31. Como as condigdes no tanque comespondem & saturaca0, a pressdo no tanque deve ser a pressio de saturagdo a 90°C: P= Poy ouye = T0183 KPa (Tabela A-A) 0 volume especifica do liquid saturado a 90°C.¢ Y= Vie are = 9.001036 m¥vkz— (Tabela A=) Ent3o, 0 volume total do tanque resulta = mu = (50 k1}40,001036 m°/kg) = 0,0818 m* FIGURA 3-31 EXEMPLO 3-2 Variagao de Volume e Energia Durante a Eva Representagao esquemiitica ¢ diagrama T-vdo Exemplo 3-1 ‘Uma massa de 200 g de agua liquida saturada 6 completamente vaporizada a uma pressio constante de 100 kPa. Determine (a) a variagao de volume e (b) a quanti- dade de energia transferida para a agua, Pe kPa Solugdo Agua liquida saturada & vaporizada a jpresséo constante. A mudanca do volume e a energia transferida devem ser determinadas, Anélise (a) 0 processo descrito & ilustrado em um diagrama Fv na Figura 3-32, ‘A variagdo de volume por unidade de massa durante um processo de vaporizacso & Vj. que é a diferena entre v, ¢ v, Lendo esses valores na Tabela A-5 2 100 KPa e Viger sit azendo a substtuicao temos PeY = v= 1.6941 ~ 0,001043 — 1,6931 m/kg Y= Assim, 0.3386 m* AV = mvp, = (0.2 key 16931 m'Vkg) (D) A quantidade de energia necessdria para vaporizar una ‘wassa unitérie de uma substancia a ua determinada pressdo é a entalpia de vaporizac30 aquela presso, ‘que € h, ~ 2257.5 ku/kg para 3 gua a 100 KPa. Assim, a quantidade de energia transferida é imhy, = (0,2 kg (2257.5 ki/kg) = 451.5 kJ Discusséo Observe que consideramos as quatro primeiras casas decimais de v, FIGURA 3-32 ignoramos as restantes. Isso foi feito porque apenas as quatro primeiras casas deci- Representagao esquem: mais s80 significativas para v, Se copidssemos lodos og digitos da calculadora, P-vdo Exemplo 3-2, estariamos admitindo que v, = 1,694100, o que ndo & necessariamente 0 caco, O resultado poderia muito bem ser v, ~ 1,694138, uma vez que’ esse ndinery tar ‘bém pode ser arredondado para 1,6941. Todos os algarismos de nosso resultado (169311) sdo significativos. Mas se nao tivéssemos arredondado o resultado, obte- riamos vy = 1,693057, 0 que dana a falsa impresslo de que o resultado obtido & cevalo até‘a sexta casa decimal 1b Mistura de Liquido e Vapor Saturados Durante um processo de vaporizagio, uma substincia existe parte como liqui- ddo.e parte como vapor. Ou seja, ela é uma mistura de liquido saturado e vapor sat ado (Figura 3-33), Para analisar essa mistura adequarlamente, precisanos conbecer as proporgies das fases liquido ¢ vapor da mistura. Isso ¢ feito definindo uma nova propriedade chamada de titulo x como a relagao entre a massa do Vapor ¢ a massa total da mistura: .<— an FIGURA 3-33 a ‘As quantidades relativas das fases onde liquido e vapor de uma mistura saturada so especificadas pelo titulo x. 2s — Mhynsy * Mrgee 2H + My Capitulo 3 Propriedades das Substancias Puras =| © titulo tem significado apenas para as misturas saturadas. Nao faz sentido falar cm titulo para as regides de liquide comprimido ou de vapor superaquecido, Seu valor esté entre 0 e 1. O titulo de um sistema composto por liguido saturado & 0 (0%), € 0 titalo de um sistema composto por vapor saturado & 1 (ou 100%). Nas misturas saturadas, 0 titulo pode ser uma das duas propriedades intensivas indepen- dentes necesstirias para descrever um estado, Observe que as propriedades do liqui- do saturado sao as mesmas, independentemente dele existir sozinho ou em wma mis- ura com vapor saturado, Durante © processo de vaporizacao, apenas a quantidade de liquido saturado muda e no suas propriedades. O mesmo pode ser dito sobre 0 vapor saturado. ‘Uma mistura saturada pode ser tratada como uma combinagao de dois subsiste- mas: o Iiquido saturado ¢ © vapor saturado. Entretanto, a quantidade de massa de cada fase 6 geralmente desconhecida. Assim, & quse sempre mais conveniente supor que as duas fases se misturam bem, formando uma mistura homogénea (Figura 3-34). Assim, as propriedades dessa “mistura” serio simplesmente as propriedades médias dda mistura liquido-vapor saturada. Este procedimento & mostrado a seguir. ‘Considere um tangue contendo uma mistura de liquide e vapor saturados. O ‘volume ocupado pelo liquido sarurado € V, € 0 volume ocupado pelo vapor saturado 6 V,, 0 volume Vé a soma dos dois: veyr+y V= my—> mpgs = Mv + mY, 4) = 4, — my —> Vga = (2m, ~ mn DU, + VY, Dividindo por m, temos pee = (1 — x) +24, jf que x = m//m,, Esta relagio pode também ser expressa como Vass =U +4, (m*/kg) oa onde vjy = vy ~ Vj Resolvendo para o titulo obtemos, oo Com base nessa equayao, 0 titulo pode ser relacionado as distincias horizontais, de um diagrama P-v ou T-v (Figura 3-35), A uma determinada temperatura ou pres- so, o numerador da Equagio 3-5 & a distancia entre 0 estado real ¢ 0 estado liquiddo saturado, ¢ 0 denominador é 0 comprimento de tods a Tinha horizontal que unc 0s estados de liquido e de vapor saturados. Um estado com titulo igual a 50% esté na metade dessa linha horizontal, ‘A andlise acima pode ser repetida para a energia interna e para a entalpia da seguinte forma: =u, +x, (kikg) oo) Jiggy = by, + hy, (kS/g) an Todos os resultados esto no mesmo formato e podem ser resumidos em uma Jinica equagio Yass =H + ‘onde y € v, w ou h. Para simplificar, o subindice “méd” (de “média”) é, em geral, des- cconsiderado. Os valores das propricdades médias ds misturas esto sempre entre os valores das propriedades de liguido saturado e de vapor saturado (Figura 3-36), Ou seja, 15 Ysa * My Mistura gui FIGURA 3-34 Por conveniéncia, um sistema bifisico pode ser tratado como uma mistura homogénea. Pour FIGURA 3-35 O titulo esti relacionado as distincias horizontais nos diagramas P-ve T-v. Pout FIGURA 3-36 valor de v para uma mistura Iiquido- vapor saturada estd entre os valores ye v,auma dada Tou P, 16 Termodinamica mee 90 v= 0.001036 3503 vs wT FIGURA 3-37 Representagio esquemitica e diagrama P.kPa 10 2348 uw he A= hag FIGURA 3-38 Representagio esquematica e diagrama P-vdo Exemplo 3-4, Finalmente, todos os estados de uma mistura saturada esto localizados sob a curva de saturagio, e tudo que precisamos para analisar as misturas saturadas S20 dados do vapor e do liquide saturados (Tabelas A-4 e A~5 no caso da égua). ima-Mistura Saturada 90°C, Se 8 kg de agua estiverem na forma liquida eo restante estver na forma de vapor, determine (a) a pressdo no tan- que © (6) 0 volume do tanqu ‘Solugdo Um tanque rigido contém uma mistura saturada. A pressso © 0 volume do tanque devem ser determinados.. ‘Andlise (a) 0 estado da misturaliquido-vapor saturada € mostrado na Figura 3-37. Como as duas fases coexistem em equilibrio, temos uma mistura saturada, e a pres- fo deve ser a pressdo de saturacdo na temperatura em questio: P=Prseyre = WA8SKRa—(Tabela AA) (b) A. 90°C temos v, = 0,001036 m*/kg e v, = 2,3593 mi/kg (Tabela A-4), Uma forma de encontrar o volume do tanque é determinar 0 volume que cada fase ocupa , em seguida, somé-los. VEV+V, = my + my, = (8 kg}0,001036) m'Ykg + (2 ky )2.3593 m'Pkg) = 473 m ‘Outra forma é determinar primeiro o titulo x, em seguida o volume especifico médio Ve finalmente 0 volume total: = 0,001036 m'/kg + (0,2)1(2,3593 — 0,001036) m°/kg} = 0.473 mivkg V= my = (10 kgX 0473 mvkg) = 4,73 m* Discussd0 0 primeito método parece ser mais fécil neste caso, uma ver que as ‘massas de coda fase foram fornecidas. Na malotia dos eases, porem, as massas de cada fase ndo estBo disponives, tormando 0 segundo método mais conveniente. EXEMPLO 3-4 Propriedades Um vaso de 80 | contém 4 kg de refrigerante-1342 a uma pressio de 160 kPa. Determine (a) a temperatura, (b) 0 titulo, (c) a entalpia do refrigerante e (d) 0 volu- ‘me ocupado pela fase vapor. Solug3o_Um vaso contém refrigerante-134a. Algumas propriedades do reftigeran- te devem ser determinadas. Anélise (2) 0 estado da mistura\iquido-vapor saturada ¢ mostrado na Figura 3-38. 'Nesse ponto no sabemas se o tetrigerante esta na regio de liquido comprimido,, ‘Vapor superaquecido ou mistura saturada. Isso pode ser determinada pela compa- ‘aco do valor de uma determinada propriedade com os valores desta propriedade fos estados de liquido saturado e de vapor saturado. A partir das informagdes do enunciado, podemos determinar o volume especifico: Capitulo 3 Propriedades das Substancias Puras | y= 0,0007437 m'/kg. - vy, = 0,12348 m'/ke Claramente, Bei, x rtrigheareniaatd rcilgpla to vistora senirst: Assim, ‘temperature deve ser» temperature de sturacio presse especificad: T= Tage vain = —15,60C: 1.0 use tere i ; vy __ 0.02 ~ 0,0007437 iB 77 oy, 7 0.412348 = 0,0007837 (0) A 160 kPa, lemos também na Tabela A-12 que hy = 31,21 ki/kg € fh, = 209,90 (Tabela A-12) = 0,187 ‘kafkg. Assim, = hy xh, : = 31,21 kifkg + (0,157)(209,90 ki/kg) oe OAD KI (a) A massa de vapor € ‘m, = xm, = (0,157)(4 kg) = 0.628 kg «0 yolume ocupaco pla fase de vapor ¢ LV, ~ tv, ~ (0,628 kgX0,12348 m'7kg) = 0,075 mn? (ou 77,51) O restante do volume (2,5 1) € ocupado pelo liquide, ‘Tabelas de propriedades encontram-se também dispontveis para as misturas s6li- do-vapor saturadas. Propriedades da mistura gelo-vapor d’gua saturada, por exem- plo, esto listadas na Tabela A-8. O tratamento de misturas s6lido-vapor saturadas € | ¢ ‘andlogo aquele para misturas Iiquido-vapor saturadas, 2 Vapor Superaquecido Ye Re R Na regio a direita da linha de Vapor saturado © a temperaturas acima da tempe- ratura do ponto crtico, uma substincia existe como vapor superaguecido, Como a regidio superaquecida é de Unica fase (apenas a fase vapor), a temperatura € a pressio: nio sio mais propriedades dependentes, podendo ser usadas de forma conveniente ‘como as duas propriedades independentes das tabelas. O formato das tabelas de vapor superaquecido ¢ iustrado na Figura 3-39, NNessas tabelas, as propriedades esti listadas em fungi da temperatura para presses selecionadas, comesando a partir dos dados de vapor saturado. A temperata- rade saturagio & mostrada entre parénteses apd o valor da pressio. Sat Quando comparado a0 vapor salurado, 0 vapor superaquecid ¢ caracterizado 100 2506.2 por: Pressies mais baixas (P< P.,, a uma determinada 7) ‘Temperaturas mais altas (T'> Ty a uma determinada P) Volumes especifivos mais altos (v > v, a uma determinada P ou 7) Energias internas mais altas (w > w, a uma determinada P ou 7) FIGURA 3-39 Entalpias mais altas (h > ha uma determinada P ov 1) Uma listagem parcial da Tabela A~6, 107 TeC|_m'/kg_kikye _ bike 0,1 MPa (99,61°C) 2505,6 2675.0 37483 25607 2748,1 200| 0.42503 2643.3 2855.8 250| 0.47443 2723.8 2961.0 W8 =| —_Termodinamica EXEMPLO 3-5 Temperatura de um Vapor Superaquecido Determine a temperatura da agua em um estado em que P= 0,5 MPae h = 2890 kuvkg. Soluedo A temperatura da agua em um dado estado deve ser determinada. Andlise A 0,5 MPa, a entalpia do. vapor d’agua saturado & h, - 2768.1 Kime, Jé que > fi, como mostra a Figura 3-40, temos um vapor superaquecido. 0,5 MPa, da Tabela A-6, lemos que TC h Kuk 200 28558 250 2961,0 FIGURA 3-40 Obviamente, a temperatura esta entre 200°C e 250°C. Por interpolagao linear A uma dada P, 0 vapor superaquecido Aeeermracee aie possui ft mais alta que o vapor saturado T= 216,3°C (Exempio 3-5), 3 Liquido Comprimido Tabelas de liquido comprimido ni sao encontradas to faci aTabela A-7 € a tnica tabela de liquido comprimido deste livro. O formato da Tabela A~7 nuito parecido com o formato das tabelas de vapor superaquecido. Um motivo para a falta de dados para liquido comprimido é a relativa independéncia das pro Priedades do Iiquido comprimido em relagio i pressiv. A variagao das proprieds- des do liquido comprimido com a pressdo é muito pequena. E necessério um aumen to de 100 veres na pressio para que a variagio das propriedades atinjam valores da ondem de 14 FIGURA 3-41 ‘Na auséncia de dados para o liquide comprimido, uma aproximago geral seria tratar 0 liquide comprimide como liquido saturado a mesma temperatura (Figura 3441), Isso porque as propriedades do liquide comprimido dependem muito mais da temperatura do que da pressio, Assim, Um liquido comprimido pode ser aproximado como um liquide saturado os para Iiquidos comprimidos, onde y & v, w ou fi, Dessas ts propriedades, a propriedade Cujo valor é mais sens{vel a variagdcs na pressio é a entalpia h, Embora a aproxima- do acima resulte em erro despreivel para Ve u, 0 erro em h pode atingir niveis inde sejdveis, Entretanto, a presses e temperaturas de baixas a moderadas, © erro em fr pode ser reduzido significativamente pela sua avaliagio a partir de heh Yor Puan oo as como hy, Observe, porém, que & aproximagiio da Equagio significativa a temperaturas e presses de mode- em ver de tomil 3-9 nilo resulta em nenhuma methori a pode inclusive resultar em erro maior devido ao excesso de corr 125) radas a altas, e nperaturas e pressOes muito altas (consulte Kostic, Referéncia 4, pig eral, um liquido comprimido é caracterizado por slo at 5 a uma determinada 7) Presses mais altas (P > Py uma determinada P) Temperaturas mais baixas (7 < Ty 10s (U< Ya uma determinada P ou 7) Enengias internas mais baixas (u P.,, temos obviamente liquido comprimido como mostra a Figura 3-42. (2) De tabela de liquide comprimida (Tabela A~7) P= SMPs T= 80°C } w= ananiaite (b) Da tabela de saturagdo (Tabela A~4) temos: W = We we = B49TKI/Kg O erro associado é de a = 333,82 * 100 = 034% que & menor que 1%. Estado de Referéncia e Valores de Referéncia Valores de u, fre sno podem ser medidos diretamente,¢ por isso so calculados tir de propriedaes mensuraveis usando as relagBes entre as propriedades termo- dindunicas. Entretanto, essa relagdes fornecem as variages das propriedades no 08 valores das propriedades nos estados especificados. Assim, precisamos escolher um estado de referéncia conveniente e atibuir 0 valor zero para uma ou mais proprieda- des naguele estado, Para gua, o estado de liquido saturado a 0.01°C é tomado como estado de referéncia, ¢ valores zero sdo atribuidos & energia interna e & entropia naque- |e estado, Para o refrigerante-134a, 0 estado de liquido saturado a —40°C € tomado como estado de referéncia, ¢ a entalpia ¢ a entropia recebem valores zero naquele esta- ‘do, Observe que algumas propriedades podem ter valores negativos, em eonsequigncia do estado de referéncia escolhido, As vezes, tabelas diferentes apresentam valores diferentes para algumas pro- priedades no mesmo estado. Isso & resultado do uso de estados de referénca diferentes mm cada tabela, Entretanto, em termodinamica, estamos interessados nas variagdes das propriedades, ¢ 0 estado de referéncia escolhido nao tem influéneia sobre os cal- culos, desde que sejam usados valores de um Gnico conjunto consistente de tabelas ou diagramas EXEMPLO 3-7 0 Uso de Tabelas de Vapor d’Agua das Propried: Determine as propriedades que estdo faltando e descreva as fases na seguinte tabe- Ia para a agua: 3 TCR KPa us kik x Deserigéo da fase 200 06 @ 125 1600 re) 1000 2950. i 5 . 850, 0.0. ra a Determinacao FIGURA 3-42 Representagio esque T-u do Exemplo 3-6. 1 109 ce diagrama 110 Termodindmica sate Propriedades edescrifes das fases da gua devem ser determinadas em lversos estados, Roe {a} 0 titulo fornecido é x = 0,6, 0 que significa que 60% da. $° encontra na fase vapor, I cn aoa ase ata ‘rn ‘temos uma mistura liquido-vapor saturada a uma pressdo de Entao, 3 ‘temperatura deve ser a temperatura de saturaao na pressdo T= Toxo nurs = 120,21°C (Tabela A-5) ‘A 200 kPa temos também na Tabela A-5 que u, = 504,50 kiNg & ty = 2024,6 Kivkg, Ento, a energia interna média da mistura & ua ut xm, = = 504,50 ki/kg + (0,6) (2024,6 kJ/kg) = 1719.26 kJ/kg (b) Desta vez a temperatura e a energia interna so fornecidas, mas no sabemos {qual tabela usar para determinar as propriedades que estao faltando, porque no sabemos se teremos uma mistura saturada, um liquido comprimido ou um vapor superaquecido. Para determinar a regido em que nos encontramos, consultamos primeiro a tabela de saturacdo (Tabela A-A) e determinamos os valores ue u, na temperatura fornecida. A 135°C lemos u, = 524,83 kilkg eu, = 2534,3 kilke. A seguir, comparamos 0 valor u fornecido com esses valores de t@ u, lembrando que seu , teremos vapor superaquecido NNesse caso, 0 valor de u fornecido ¢ de 1600, que fica entre os valores de ue U, ‘2 125°C. Assim, temos uma mistura liquido-vapor saturada. A presséo deve ser a ‘bresséo de saturacao na temperatura fornecida: P= Pocoizre = 23229 KPa— (Tabela At) 0 titulo-¢ deternunado a parte de 4 = 4 1600 — $24,83 te 2009S Os eritérios apresentadas acina pra determinar se temos liquide compfimido, mis- tura saturada ou vapor superaquecido podem também ser usados quando a ental: pia hou 0 volume especitico v forem fomécides em vez da energie itera u, ou ‘quando a presslo for fornecida em vez da temperatura. (c) Este caso ¢ semelhante ao (b), exceto pelo fato que a pressdo é conhecida, em ‘vez da temperatura, Seguindo 0 argumento acima, temos 0s valores U, u, & pres {So expectcace At MPa temos = 761.09 Wkg oc = 2560.8 th, Ole de w 6 2950 kJ/kg, que 6 maior que 0 valor de u, a 1 MPa, Assim, temos umn vapor ‘Superaquecido @ a temperatura nesse estado ¢ determinada por meio de uma inter- polaco usando a tabela de vapor superaquecide, Obtém-se entéo T= 395,2°C (Tabela A~6) Deixamos a coluna de titulos em branco neste caso, uma vez que 0 titulo ndio tem ‘significado algum na regio de vapor superaquecido. (A) Neste caso a temperatura € a pressio slo fornecidas, mas no podemos dizer ‘qual tabela deve ser usada para determinar as propriedades que esto faltando, por- que nao sabemos se teremos uma mistura saturada, um liquido comprimido ou um vapor Superaquecido. Para determinar a regido na qual nos encontramas, consulta- mos a tabela de saturacao (Tabela A-5) e determinamos o valor da temperatura de Saturagéo na pressdo fornecida. A500 KPa, tem0s Tg = 151,83°C. Em segui: ‘Comparamos.o valor de Tfornecida com T,,., lembrando que se TTryop _teremos vapor superaquecide 0535 Capitulo 3 Propriedades das Substancias Puras Neste aso, 0 valor de Ffornecide € 75°C, que'é menor que Tx & pressdo speci ficada. Temos, porianto, auido comprimido (Figura 3-43), Normalmente, determi- rrariamos 0 valor da energie interna a partir da tabela de liquide comprimid. Entretanto, a pressao fornecida neste caso é muito mais baixa que o valor da pres- sia. mmais baixar tabla de liquide eomprimida (5 MPa) e, portanto, justificamos 2 aproximacao do liquide comprimida. por Jiquida saturado temperatura (@ nd0.a pressio) fornecida: 1% Wye ye = 313,99 KIMkg (Tabet A) Debkamos @ coluna de titulos ém branco neste caso, una vez qui o title nao tem Significedo algum na regiao de Iiquido comprimio. {2} titulo.é dado como x = 0 », partanta, temos liquido saturado a pressdo de £850 kPa, Assim, a temperatura deve ser a temperatura de saturagao & pressao for- hnecida, e a energia interna deve ter 0 valor da do liquido saturado: T= To panin = 172,94C €= Meson = T3100 Kikg (Tabet A-5) 3-6 * EQUACAO DE ESTADO DO GAS IDEAL Tabelas de propriedades fornecem informagdes bastante exatas sobre as proprie- dades, mas elas so volumosas ¢ sujeitas a erros de digitagio. Uma abordagem mais pric relacdes entre as propriedades que fosse ples ¢ suficientemente gerais e precisas, ‘Qualauer equacto que relacione pressio, temperatura ¢ volume especifico de uma substincia é chamada de equagio de estado, Relagoes envolvendo outras propriedades de uma substincia em estados de equilfbrio também si chamadas de equagoes de estado, Existem varias equagdes de estado, algumas sio simples ¢ outras bastante complexas. A cequagio de estado para substincias na fase gasosa mais simples € mais conhecida € a equagio de estado do gas ideal. Essa equacdo prevé o comportamento P-v-T de um sis com bastante precissio dentro de uma determinada regio. Gas ¢ vapor sto freqiientemente usados como sindnimos. A fase vapor de uma substincia é normalmente chamada de gds quando esti acima da temperatura critica, Em geral, entende-se por vapor um gas que nio esti longe do estado de condensaga Em 1662, o inglés Robert Boyle, observou durante suas experigncias com uma cimara de vécuo que a pressdio dos gases ¢ inversamente proporcional ao seu volume, Em 1802, os franceses J. Charles e J. Gay-Lussac, determinaram experimentalmen que a haixas presses o volume de um gas é proporcional 2 sua temperatura, Ou sej, desejavel seria ter sim: rH) pu= Rr G10) conde a constante de proporcionalidade R é chamada de constante do gis. A Equagio 5-10 6 chamada de equagao de estado do gis ideal, ou simplesmente relacao do gas ideal, e um gis que obedece a esta relagio & chamado de gas ideal. Nessa equag: P Ga pressio absoluta, T & a temperatura absoluta ¢ v & o volume espect A constante R do gas é diferente para cada gas (Figura 3-44) e € determinada a partir de (kJ/kg + K ou kPa+m’/kg + K) onde R, 6 a constante universal dos gases eM é a massa molar (também chamada de peso molecular) do gas. A constante R, é « mesma para todas as substincias e seu lor € 1 it ne rs E> © 15.83) 1 FIGURA 3-43 A uma determinada P € 7, uma substincia pura existe como um liquide comprimido se T < T, Substincia car rere FIGURA 3-44 Diferentes substancias possuem diferentes constantes do gas fy Por unidade de massa Por nidade de mol % mikmol 3, kK/kmol Fi, kitkmol ve mike, kik, re es FIGURA 3-45, As propriedades por unidade de mol so, ‘denotadas com uma barra na parte superior. FIGURA 3-46 A relagiio do gas ideal quase sempre io se aplica aos gases reais; preciso tomar cuidado 20 usé- © Reimpresus com permis especial do King Features Syndicate. eu FIGURA 3-47 Representagio esque! Exemplo 3-8, 831447 Ki/kmol + K 8.31447 kPa m'/kmol + K (0.083147 bar m'/kmol « K 1,98588 Btu/Ibmol +R 10,7316 psia- pé'/Ibmol -R 1545.37 pé + Ibf/bmol -R am A massa molar M pode ser definida de forma simples como a massa de wn mot (também chamado grama-mol, abreviagao gmol) de uma substdncia em gramas, 0% ‘massa de wn quilo-mol (também chamado de quilograma-mol, abreviagao kmol) © quilogramas. A massa de um sistema é igual ao produto de sua massa molar M © © rvimero de moles N: m= Mi ein tke) Os valores de R e M para diversas substincias so dados na Tabela AL A equagiio de estado do gis ideal pode ser escrita de diversas maneiras: Gia oe os V= my — PV = mkT ‘mR = (MN)R = NR, —> PV = NR,T v=NU—> PU=RT onde Vé 0 volume especifico molar, ou seja, 0 volume por unidade de mol (em mk Uma barra acima de uma propriedade denota valores na base molar em toxio este texto (Figura 3-45). Eserevendo a Equagio 3-13 duas vezes para uma massa fixae simplificando, tems 4 seguinte relagdo entre as propriedades de um gis ideal em dois estados diferentes PM rT OY PVs as Um gas ideal & uma substincia imagindria que obedece a relagio Py = RT Figura 3-46), Foi observado experimentalmente que a relagio do gas ideal aproxims- se bastante do comportamento P-V-T dos gases reais a bainas densidades. A baixas pressdes e altas temperaturas, a densidade de um gis diminui e gas se comporta como um gas ideal nessas condigdes. Mais adiante explicamos © que constitui baixa pressio e alta temperatura. Em faixas de interesse pratico, muitos gases, como 0 ar, nitrogénio, oxi hidrogénio, hélio, argGnio, nednio, kript6nio e até mesmo gases mais pesados, como ‘0 diGxido de carbono, podem ser tratados como gases ideais com um erro desprezivet (reqtientemente com erros menores que I‘). Gases densos, como 0 vapor d’gua dis usinas de poténcia a vapor € © Vapor de refrigerante dos refrigeradores. porém, nko devem ser tratados como gases ideais. Para essas substincias devem ser usadas 35 tabelas de propriedades. EXEMPLO 3-8 — Massa do Arde uma Sala Determine a massa do ar de uma sala de dimensdes 4m x 5m X6ma 100 KPa 225°C. ‘Solugdo’ A massa do ar de uma sala deve ser determinada. Andlise Um esquema da sala é mostrado na Figura 3-47. 0 ar nas condicbes especiticadas pode set tratedo como um gis ideal. Da Tabet A-1 temos qué Constante do gts do ar é R = 0,287 kPa-mikgK, e que a temperatura absolute de T= 25°C + 273 = 298 K. 0 volume da sala é V= (4m)(3m)(om) = 120m? ‘A massa do ar da sala & determinada a partir da rolag30 do gs ideal come Pv (100 kPa)(120 m’) RT (0,287 kPa-m'/kg-K)(298 K) me = 03 hg Capitulo 3 Propriedades das Substancias Puras =| 13 0 Vapor d'Agua E um Gas Ideal? Foca perguata nay pode ser respondida simplesmente com um sim ou nao, © foro envolvide ne tratamento do vapor digua como tim gs ideal € mostrado na Figura 3-48. Fica claro nessa figura que, a pressdes abaixo de 10 kPa, o vapor d°4gua pode ser tratado como um gas ideal, independente da temperatura, com um erro des- prezivel (menor que 0.1%). A presses mais altas, porém, a hipétese do gs ideal resulta em erros inaceitiveis, particularmente na vizinhanga do ponto critico e da linha de vapor saturado (acima de 100%). Assim, em aplicagoes de condicionamento de ar, 0 vapor d’ gua presente no ar pode ser tratado como um gis ideal essencialmen- te sem erros, uma vez que a pressio do vapor d”égua & muito baixa. Entretanto, no caso das usinas de poténcia a vapor, as pressées sio geralmente muito altas e, portan- to, as relagdes do gs ideal nao deve ser usadas. Te 10850 24 3-7 = FATOR DE COMPRESSIBILIDADE — UMA MEDIDA DO DESVIO DO COMPORTAMENTO DE GAS IDEAL Por ser muito simples, 0 uso da equaciio dos gases ideais 6 bastante convenien- tc, Entretanto, como ilustrou a Figura 3-48, os gases se desviam significativamente do comportamento de gas ideal em estados préximos a regido de saturagio e ao ponto critieo. Esse desvio de comportamento de gs ideal a uma determinada temperatura e presstio pode ser calculado com precisio por meio da introdugao de um fator de cor- reydo chamado fator de compressibilidade Z, detinido como fy on RI Zz FIGURA 3-48, Erro percentual (IVs ~ VisailYasal 100) a0 aplicar-se a hipstese de gis ideal ‘para o vapor d’égua e a regio na qual 0 ‘vapor pode ser considerado um gas ideal com menos de 1% de erro, 40061 FIGURA 3-49, Termodinamica fator de compressibilidade 6 igual a 1 para ox gases ideais. Pus 2RT 3-18) Ele também pode ser expresso como an 19 Viet Zz ‘onde Ujey = R7/P. Obviamente, Z = | para gases ideais. Para gases reais Z pode ser ‘maior Ov menor que uma unidade (Figura 3-49). Quanto mais distante Z estiver de uuma unidade, mais o g4s se desviaré do comportamento de gés ideal. Dissemos que os gases obedecem i equagiio do gas ideal a presses baixas € {temperatura altas. Mas 0 que exatamente constitui pressio baixa ou temperatura ata 100°C ¢ uma temperatura baixa? Certamente € para a maioria das substancias, mas no para 0 ar. O ar (ou 0 nitrogénio) pode ser tratado como um gas ideal a essa tem peratura a pressio atmosférica com um erro menor que 1%. Isso acontece porque 0 nitrogénio esta bem acima de sua temperatura critica (—147C) e longe da regiio de saturagdo. Nessas temperatura e pressio, porém, a maioria das substncias existiria na fase s6lida. Assim, a pressio ou a temperatura de uma substincia ser alta ou baixa € tum fato que depende de sua temperatura ou pressio eriticas. 10) 09 os oa ale 1 06 4 os| oa Legend Mase = Leepemaso 5 | Cetin — & nttepane —_| a Ean 8 Niopénio | © Propane © Didsilo de eabono oa 4 © p-Butano © Agua Curva médias baseadas em dados fort hldrocarbonainn a | fe eet 00s 10152025303 40a 30S OO Trent veda FIGURA 3-50 Comparagiio dos fatores Z para diversos gases. Fane: Gout-Jea Su, “Modified Law of Corresponding Sues” Ind. Eng. Chem (international ed.) 38 (1946), p. 803. Capitulo 3 Propriedades das SubstanciasPuras | (115 (Os gases se comportum de mado diferente a uma determinada temperatura € pressio, Bntretanta, cles se de modo muito parecido quando as tempera- npor onforme tnirae @ preceRos «flo normalizadas cm relugio ax temperaturas e presses criticas. Af ay onmalizagae ¢ fcita da seuuinte form = G2) Pa Tr FIGURA 3-51 A presses muito baixas, todos os gases aproximam-se do comportamento de gas ideal (independentemente de sua Aqui Py & chamado de pressiio reduzida eT; é a temperatura reduzi fator Z para todos 0s gases é aproximadamente igual mesma pressio e temperatura reduzida. A esse fato «ii-se 0 nome de prinefpio dos estados correspondentes. Na Figura 3-50, os valores de Z determinados experimentalmente so mostrados em fun- temperatura) go de Py € Ty para diversos gases. A concordiincia dos gases com o principio dos estados correspondentes & razoavelmente boa. Ajustando a curva de todos os dados, obiemos o diagrama geral de compressibilidade, que pode ser usado para todos os gases (Figura A-15), As seguintes observagées pexiem ser feitas a partir do diagrama geral de com- é ‘omportamento pressibilidade: de gis real Comportamento de gis ideal |. A pressdes muito baixas (Py, <€ 1), os gases se comportam como gases ideais independentemente da temperatura (Figura 3-51), 2. A temperaturas altas (7, > 2). 6 comportamento de gs ideal pode ser admitido ‘com boa exatidio, independentemente da pressio (exceto quando Py > 1). comesrivetio 3. O desvio de comportamento de gis ideal € maior na vizinhanga do ponte crtico pl ldcal (Figura 3-52) EXEMPLOS-9 —_0.Uso dos Diagrar ‘Determine o volume especitica do refrigerante-134a a1 MPa‘e 50°C, usando (a) a. FIGURA 3-52. equagao de estado do gas ideal e (b) 0 diagrama geral de compressibilidade. “Compare os valores obtidos com 0 valor real de 0,021796 mi7kg e determine oerro Gases se desviam do comportamento de associado a cada caso. 3 ideal & medida que se aproximam da os vizinhanga do ponto critico. Sole 0 volume especfico do relrigerante-134a deve ser determinado admitin. “sss SO PO do comportamento de gas ideal e de gas real. ‘andliseR constante Go gas, a pressio critica © a temperatura crit “1348 ‘so obtidas da Tabela A-1 = R= 0.0815 kPa-m’/kg+K nit ae P,, = 4,059 MPa a 1, =374.2K eae especifico do refrigerante-134a sob a hipttese de és ideal é RF -(0,0815 kPa«m*/kg-K) (323 K) aan 1000 KPa ‘0 vapor do refrigerante-134a como gés ideal resuitaria em um erro de o.0zes2s 0,0217961/0,021796 ~ 0,208, ov, neste caso 20,8%. (b) Para determinar o fator de correcao Z a partir do.dlagrama de compressibilida- de, precisamos primeiro caleular a pressao e.a temperatura reduzidas: do refrige- = 0.026325 m'/kg P I MPa Pe= p= F950 pa ~ 46 903 K Z= 084 chaise mapee HE see | Y= Vay = (084)( 0006325 hg) = WODDLES hg Ep Iae Das econ a a ola 6 nent os 2%; Pea a eu = dados tabelados, © lagrama geral-de eompressiblidade pode’ ser usado:com 116 | Termodinamica | °° RTelPex ) ver apendice) FIGURA 3-53 © fator de compressibilidade também pode ser determinado a partir do conhecimento de Py € Up van der Waals Berthelet Redlich-Kwang Beattie-Bridgeman Benedict-Webb-Rubin Strobridge Virial FIGURA 3-54 Viirias equagdes de estado foram propostas ao longo da hist6ria. Ponto critico FIGURA 3-55 A isoterma critica de uma substincia pura apresenta um ponto de inflexo no estado eritico, Quando Pe v, ou Te v sao fornecidos em ver de Pe To diagrama geral de com: pressibilidade pode ainda ser usado para determinar a terceira propriedade, entretan ‘o isto implicaria em um processo tedioso de tentativa e erro. Assim, 6 preciso de luma propriedade reduzida adicional chamada volume especifico pseudo-reduzido V, 2) Observe que Yp é definido de forma diferente de Py € Ty- Ele esti relacionado & T,,€ P.,em vez de V.,. Linhas de Vs constante so adicionadas aos diagramas de com- pressibilidade e isso permite determinar T ow P sem precisar recorrer a iterades demoradas (Figura 3-53). 3-8 = OUTRAS EQUACOES DE ESTADO A equacdo de estado do gas ideal € bastante simples, mas sua faixa de aplicagao € limitada. Desejamos ter equagoes de estado que representam 0 comportamento P-V-T das substancias com preciso em uma regio maior € sem limitagSes. Naturalmente, tais equagdes sio mais complicadas. Vérias equagdes tém sido propostas para essa finalidade (Figura 3-54), porém discutiremios apenas trés: a equagao de van der Waals por ter sido uma das primeiras, a equagiio de estado de Beattie-Bridgeman por ser una das mais conhecidas e razoavelmente exata © a equagio de Benedict-Webb-Rubin por ser uma das mais recentes e bastante exata, Equagao de Estado de van der Waals ‘A equagio de estado de van der Waals foi proposta em 1873, ¢ tem duas cons- tantes determinadas a partir do comportamento de uma substincia no panto critica, Fla € dada por RT (a2 ‘Van der Waals pretendia aperfeigoar a equagdo de estado do gis ideal, incluindo dois efeitos nio considerados no modelo de gs ideal: as forcas de atragdo intermo- leculares € © volume ocupado pelas moléculas propriamente ditas. O termo ah representa as forgas intermoleculares e b representa o volume ocupado pelas molécu- las do gas. Em uma sala & pressio e temperatura atmosféricas, o volume efetivamente ‘ocupado pelas moléculas € apenas um milionésimo do volume da sala. A medida que pressio aumenta, o volume ocupado pelas moléculas toma-se parte cada vez mais significativa do volume total. Van der Waals props corrigir esse fato substituindo v na relagao do gés ideal pela quantidade v ~ b, onde b representa o volume ocupado pelas moléculas do g4s por unidade de massa A determinagao das duas constantes que aparecem nessa equagdo se baseia na observagio de que a isoterma critica de um diagrama P-V tem um ponto de inflexio horizontal no ponto critico (Figura 3-55). Assim, a primeira e a seguuda derivadas de com relagio a v no ponto critico devem ser zero, Ou seia, (ea iteaaae > OF aes Efetuando as derivagées ¢ eliminando Vj, as constantes a e b so determinadas como a~ 7k, y= (3-2) 4, eP,, As constantes a e b podem ser determinadus para qualquer substincia somente 4 pantr dos dados do ponto eritico (Tabela A-1). Capitulo 3 Propriedades das Substéncias Puras. = |= 117 AA preciso da equacio de estado de van der Waals € quase sempre inadequada, mas pode ser aperfeigoada uoando valores de « © & baseados no real comportamento do gs em uma faixa mais ampla.e nao em um tinico ponto, Apesar de suas limitagdes, 1 equagiio de estado de van der Waals tem valor hist6rico, pois foi uma das primeiras rcnuativas de xe modelar 6 conportamenta das yascs reais. A equagio de estado de van «ier Waals twmbem pode ser expressa na base molar, substituindo V na Equagdo 3-22 por ¥ 6.0 R nas Equasées 3-22 © 3-23 por Ry. Equagao de Estado de Beattie-Bridgeman ‘A cquugdo de Beattic-Bridgeman, proposta em 1928, é uma equagio de estado {que possui cinco constantes determinadas experimentaimente. Bla € express por me ( 1 2 24) onde 3-25) As constantes que aparecem na equacio acima so fornecidas para virias substin- cias na Tabela 3-4. A equagiio de Beattie-Bridgeman é conhecida por ser relativamente cexata para densidades de até cerea de 0,8p.,. onde p, € a densidade da substincia no ponte eritico. | Equagao de Estado de Benedict-Webb-Rubin Benedict, Webb e Rubin estenderam a equagao de Beattie-Bridgeman em 1940 clevando o nimero de constantes para oito. Ela é expressa por RT Go) 1 DRT | ae Pr ) rent + (mater ae Tepe eG Qs valores das constantes que aparecem nessa equagao so apresentados: na ‘Tabela 3-4, Essa equagiio pode lidar com substincias com densidades de até cerca de 2.5p,,. Em 1962, Strobridge estendeu ainda mais essa equago, elevando o niimero de comstantes para 16 (Figura +56) van der Waals: 2 constantes, Precis em um intervalo limitado, Equagao de Estado do Virial soins sagan ea ‘A equagdo de estado de uma substincia pode também ser expressa como uma Precisa para P< O.8pq, po a et sy aan tye a ge” Strobridge: 16 constantes. ‘Mais indicada para ‘Essa outras equagdes similares sdo chamadas de eguacdes de estado do virial efleulos em computador, € 05 coeficientes a7), B17), e(7) ¢ assim por diante, que sio funcdes apenas da Virial: pode variar. temperatura, sfio chamados de coeficientes do virial. Bsses coeficientes podem ser ‘A exatido depend do eterminados experimental ou teoricamente a partir da mecinica estatistica rumero de termos uttzadon, Obviamente, A medida que a pressio se aproxima de zero, todos os coeficientes do Viral desaparecem e a equagio se reduz.& equacao de estado do gas ideal. O com- portamento P-v-T de uma substincia pode ser representado com exatidio por meio dda equagio de estado do virial ao longo de um intervalo maior com a inclusio de FIGURA 3-56 ‘um niimero suficiente de termos. As equagdes de estado discutidas aqui se aplicam — Equagées de estado complexas apenas a fase gis das substincias e, portanto, nio devem ser usadas para liquids representam o comportamento P-v-T de ‘ou misturas liquido-vapor. gases em um intervalo maior com maior 118 =| Termodinamica TABELA 3 Gonstantes das equagtes de estado de Beattie-Bridgeman e Benedict-Webb-Rubin (2) Para Pem kPa, em mi/kmol, Tem Ke R, = 8,314 kPa-m*/kmol-K, as cinco constantes da equagdo de Beattie- Bridgeman s&o: e Gas A a B ° a 131,8441 0,01931 0,04611 0.001101 4,34 x 108 Argonio, Ar 130,7802 0.02328 0,03931 0.0 5,99 x 10* Didxido de carbono, CO, 50 7,2836 0,07132 0,10476 0.07235 6.60 * 10% Helio, He 22,1886 0.05984 ‘0.01400 090 40 Hidrogénio, Hp 20,0117 =0,00506 0,02096 0.04359 504 Nitrogénio, No 136,2315 0.02617 0.05046 0.00691 4,20 «101 Oxgénio, O, 151,0857 0.02562 0.04624 0.004208 4,80 10 Fonte: Garcon J Van Wyle e Richard E, Sonntag, Fundamentals of Gasscal Thermodynamics, Wersio inglesa’I, Sa, ed. (Nova Yorks John Wily & Sons, 1986), pg. 46, tabela 3.3 (b) Para P esta em kPa, 7 em m®/kmol, Tem Ke R, ~ 8,314 kPa-m¥/kmol-K, as oito constantes da equagao Benedict- Webb-Rubin sdo: = P Gas a Ao 6 & ¢ % « y n-Butano, 190,68 1021,6 0,039998 0,12436 3,205 x 107 1,006 x 10* 1,101 10? 00340 CHio Didxido de carbono, CO, 13,86 277,30 0,007210 0,04991 1,511 x 10° 1,404 107 8470 x 10% 0,00539 Monéxido de carbono, CO 3,71 135,87 0,002632 0.05454 1,054 x 105 8673 x 103 1,350x 104 0,060 Metano, CH, 5,00 187,91 0,003380 0.04260 2,578 x 10* 2,286 x 10® 1,244 x 10-* —0,0060 Nitrogénio, Ny 2,54 106,73 0,002328 0,04074 7,379 x 10* 8,164 10? 1,272 x 10-* 0,053 Fonte: Kenneth Wark, Thermodnamics, 4a. od. (Nova York: MeGraw-Hil, 1963), pag. 81, tabla AZIM, Publicado origialmente em H. W. Cooper eG. Golatrank, Hydacarbon Processing 4, no. 12 (1967), p. 141 [As equacoes de estado complexas representam 0 comportamento P-v-T' das, substincias de forma relativamente boa e sao bastante adequadas para aplicagoes em. ‘computadores. Para realizar os célculos manualmente, porém, sugerimos que o leitor use as tabelas de propriedades ou equagSes de estado mais simples. Isso vale particu- larmente para calculos de volume especitico, uina ver que as equagies anteriores estio implicitas em ve exigem uma abordagem de tentativa ¢ erro. A precisio das equayoes de estado de van der Waals, Beattie-Bridgeman e Benediet Webb Rubin & ilustrada na Figura 3-57, pagina 122. Fica claro nessa figura que a equaciio de estado, de Benedict-Webb-Rubin é normalmente a mais exata.. EXEMPLO 3-10 —_Diferentes Métodos de Avaliacao da Pressdo do Gés © Determine a press3o do gs nitrogenio a T= 175 Ke v~0,0 ianaaiiatat wird, fie a dine sone _gGes de estado diferentes. mtorr: “Aan ors neat bt 2968 Kg Capitulo 3 Propriedades das Substancias Puras Anélise (2) Usando a equacio de estado do gas ideal, a pressio ¢ calculada como RE _ (0.2968 kPavm'/ke + K) (175 K v 0,00375 m’/kg P= = 13.851 kPa que apresenta um erro de 38,5%: (0) Re constantec de van der Waals para o nitrogen so determinadas a partir da Equacao 3-23 como, @ = 0,175 m® +kPa/kg” b= 0,00138 m/kg Da Equagto 3-22, que apresenta um erro de 5,3%. (©) As constantes da equagéo de Deattie-Bridgeman so determinadas a partir da Tabela 3-4 como A= 102,29 B = 0.05378 = 42 x 10" ‘Além disso, V = Mv = (28,013 ke/moI)(0,00375 m*tke) = 0,10505 m*rkmol, ‘Substituindo esses valores na Equago 3-24, obtemos 110 kPa (que apresenta um erro de 1.1%. (d) As constantes da equagdo Benedict Webb-Rubin so determinadas a parti da Tabela 3-4 como a=254 ‘Ay = 106,73 6 =0,002328 By = 0,04074 = 7,379 X 10% Gy = 8.164 108 @= 1272310 y= 0,083 Substtuindo esses valores na Equagio 3-26 temas RI ce oR a tae + (aera Ft we we He eee thse “ ae 3) = 10.009 kPa. que apresenta um erro de apenas 0,09%. Assim, & notavel a exatiddo da equacdo de estado de Benedict Webb-Rubin para este caso, 19 120° | —_‘Termodinamica nis é £ 3 : 0.0% + Van der Waals (vo supeion) 00 3.0% + Beatie Beigeman (var do ne) 0.0% —-Henedie- WDD Rb one es) 0% 0% 0.0% 200 £ WW 59.3% 74.5% = >100% 17% 510% ; 100% 21005 ay O88 am ~ 08% Ose a , ni L Sor on r 10 100) FIGURA 3-57 A porcentagem de erro associada a diversas equagdes de estado para 0 nitrogénio (%e de erro = [(Wateis ~ Vagus! Vane] % 100). Pastas oe A pressio de um gis em um recipiente € devida as moléculas individuai que compdem o gis ¢ se chocam contra as paredes do recipiente, exercendo sobre clay uma forga. Essa forca € proporcional a velocidade médin das moléculas.e a0 nimero de moléculas por unidade de volume do recipiente (ou seja, & densidad: molar). Desse modo, a pressio exercida por um gés depende fortemente da den- sidade e da temperatura do gds. Para uma mistura de gases, a pressio medida por ‘um sensor (como, por exemplo, um transdutor) 6 a soma das pressGes exerciddas pelas espécies de gés individuais, as chamadas pressdes narciais. E possivel pro- var (consulte 0 Capitulo 13) que a pressio parcial de um gs em uma mistura & proporcional ao numero de moles (0U a fragdo molar) daquele gs na mistura (O ar atmosférico pode ser visto como uma mistura de ar seco (ar com con- tetido de umidade zero) e vapor digua (também chamado de veaidade) ¢ a pres so atmosférica ¢ a soma da pressio do ar seco P, ¢ da pressio do vapor (gna, cchamada pressdo de vapor ?, (Figura 3-58), Ou soja, Pam = Pst B (3-28) FIGURA 3-58 A pressio atmostériea é a soma da pressio do ar seco P, e da pressio do vapor digua P,, “Esta sagao pode ser ignorada som perca de continuidade. Capitulo 3 Propriedades das Substéncias Puras = | 121 (Observe que, em algumas aplicagdes, o termo “pressio de vapor” é usado também para indicar pressio de saturagaio). A pressio do vapor d’égua const uma pequena fraco (em geral abaixo de 3%) da pressio atmosférica, uma vez que © ar & principalmente niwogCnio e oxigénio, © as moléculas de gua consti- tuem apenas uma pequena fragdo (em torno de 3%) do total de moléculas do ar. Fntratantn, a quantidade de vapor d’igna precente no ar tem uma grande influén- ca sate 0 cOnifarts termic © sobre muitos processes coma, por exemplo, a sevagem, ‘© at pode comportar apenas certa quantidade de umidade, e a razdo entre a {quantidade real de wmidade no ar a uma determinada temperatura e a quantidade ‘mxima que 0 ar pode conter naquela temperatura é chamada de umidacde rela- tiva 4. A umidade relativa varia de 0 para o ar seco a 100% para o ar saturado (ar que nio pode conter mais nenhuma umidade). A pressio de vapor do ar satt- rado a uma determinada temperatura & igual & pressio de saturaglo da agua naquela temperatura, Por excmiplo, a pressio de vapor do ar saturado a 25°C € de 3.17 kPa. ‘A quantidade de umidade no ar & especificada completamente pela tempe- ratura e pela umidade relativa, € a pressio do vapor esté relacionada ’ umidade relativa ¢ por P,= OPacor 3-29) onde Piao €a pressio de saturacio da gua & temperatura Y: Por exemplo, a pressio de vapor do ar 25°C e 60% de umidade retativa é P, = Paso aye = 06 X (3,17 kPa) = 1,90 kPa A faixa de valores de umidade retativa desejada para proporcionar condi- ges de conforto térmico vai de 40% a 60%. ‘Observe que a quantidade de umidade que o ar pode conter € proporcional 8 press de saturacio, a qual aumenta com a temperatura. Assim, 0 ar pode con- ter mais umidade a temperaturas mais altas. Uma queda na temperatura do ar imide reduz sua cupacidade de umidade e pode resultar na eondensagao de parte da uinidade do ar sob a forma de gotas de figua suspensas (neblina) ou como uma pelicula de Liquid sobre superficies frias (orvalho). Assim, nio € surpresa que a nneblina ¢ © orvatho scjam comuns em locais timidos, particularmente-no inicio ‘da manhia quando as temperaturas so mais baixas. Tanto a neblina quanto o ‘orvalhio desaparccem (cvaporam) & medida que a temperatura do ar se eleva logo pds 0 nascer do Sol. Voed também jf deve ter notado que oy aparethos eletroni- cos, como ciimeras de video, vém com avisos para que nfo sejam deixados em sumbjientes dimidos. quando 0s aparelhos estiverem fries, para evitar condensagio da umidade em seus componentes eletrénicos mais sensiveis ‘Na natureza, sempre que existir um desequilfbrio de uma determinada gran- deza-em umn meio, a pripria natureza tonderé a redistribuir esta grandeza até que se estabelega im “equilfbrio” ou ma “igualdade”. Com freqiiéncia, essa tendén- cia ¢ chamada de forea mouris; 0 mecanisme por tris de Fendimenos de transporte de natureza espontinea, como a transferéncia de calor, o escoamento de fluidos, & Comrente elétrica e a transferéncia de massa, Ao definirmos # quantidade de uma srandeca por unidade de volume como sendo a concentracdo dessa grander, Podemos dizer que 0 Muxo da grandeza ocnere sempre na direc da diminuiio da concentragao, ou seja, da repiao de alta concentragio pura a regio de baixa ‘concentracao (Figura 3.59), Ocorre uma lenta migragdio da erandeza durante stia reaistrituigio e dizemos, portinta, que esse & um pracesvo de difusao. ‘Sabemos por experigneia propria que, ap6s um certo fempo, uma camiseta ‘mothada pendurada em wma drea ventilada ficaré seca, que uma pequena quan- tidade de igua deixada em um copo se evapora e que a logo pés-barba em um frasco aberto desaparece rapidamente. Esses e muitos outros exemplos seme- hantes sugerem que existe uma fore motriz para a transformagio de massa de ‘uma fase em massa da outra fase. A magnitude dessa forga motriz depende das (a) Ames () Depois FIGURA 3-59 ‘Sempre que existir uma diferenga de cconcentragio de uma grandeza fisica em ‘um meio, a natureza tendera a eliminar a diferenga, induzindo um Fluxo da regio de concentragio mais alta para a regidlo de concentragio mais baixa, 122, | _—_‘Termodinamica FIGURA 3-60 Quando em contato direto com a atmosfera, a gua estara em equilibrio de fase com 0 vapor presente no ar se apressio de vapor for igual & pressio de saturagio da dgua, concentraydes relativas entre as duats fases. Uma camiseta molhada seca muito mais ripido quando exposta ao ar seco do que ao ar timido. Na verdade, ela nfo seca se & umidade relativa do ambiente for de 100% e, portanto, se 0 ar estiver saturado, Nesse caso, nio hi transformacio de massa da fase liquida em massa da fase vapor, ¢ as duas fases esto em equilibrio de fase. Para a dgua liquids ‘em. contato dircio com a almosfera, 0 eritérie do equilibrio de fase pode set ‘expresso da seguinte muneira; A pressdo do vapor d’dgua presente mw ar deve Ser igual pressdo de saturacdo da dgua a temperatura da dgua. Ow scja (Figura 3-60), Ci de piv de fe pr gua em cto diet com 9 at P, = Poa @ 7 (2-80) Assim, se-a pressio do vapor dégua presente:no ar for menor que a pressdo de saturagaio da égua a temperatura da gua, parte do liquide iré evaporar, Quanto ‘maior fora diferenca entre as pressbes de vapor saturagao, mais alta Seré a taxa de evaporagio. A evaporacdo tem um efeito de resfriamento sobre a feua e, por tanto, reduz sua temperatura, Isso, por sua vez, reduz. a pressio de saturaglo da 4égua e, portanto, a taxa de evaporaciio até que algum tipo de processo.em rey ‘me permanente seja atingido, Tal fato explica por que, particularmente em climas secos, a dgua geralmente se encontra a temperaturas consideravelmente menores {que 0 ar ao seu redor. Isso também sugere que a axa de evaparagai poxle ser intensificada pelo aumento da temperatura da gua e, portanto, da pressio de saturagto da dua, interessante observar que o ar junto & superficie livre da 4gua esté sempre ‘saturado devido a0 seu contato dlirelo com a agua. Desse modo, a presto do ‘vapor na superficie de um lago é a presssio de saturagio da gua a temperatura da ‘égua na superficie. Se 0 ar nao estiver satura, entio a pressio da vapor no ar diminuiré do valor de saturacao junto & superficie até um valor mais baixo que © de saturagao a alguma distancia acima da superficie da dgua, A diferenga entre cessas duas presses do vapor € a forya motriz para a evaporacao da gua. A tendéncia natural de evaporagao da sigua para entrar em equilibria de fase com o vapor d"gua no-ar ao seu redor constitu principio de funcionamento {dos resfriadores evaporativos. Nesses resfriudores, 0 ur externo quente e seco & forcado a escoar através de um tecido diido antes de cntrar em um prédio, Parte dda gua evapora pela absorgio do calor do ar e, assim, 0 resfria, Resfriadores cva- porativos normalmente sao usados em climas secos ¢ fornecem wm resfriament0 efetivo, Seu custo é muito mais acessivel que o de condicionadores de ar. j que ‘seu prego é haixo, ¢ sci ventilador consome muita menos energin que 0 compres sor de tim condicionador de ar. ‘Os termos ehuligio e evaporago sio usados pura indicar a mudanca de fase de Uiquido para vapor. Evora se refiram ao mesmo processo fisico, eles dile- rem em alguns aspectos. Evaporagio ocorre na interface liquido-vapor quando a pressio do vapor € menor que a pressio de satura do liquido a wma detet- ‘minada temperatura, A gua de um lago a 20°C, por exemplo, evapora para © ar 20°C e 60% de umidade relativa, uma vez que a pressio de saturacao da Agu 20°C 6 de 2,34 kPa e a pressio do vapor no ar a 20°C © 60% de umidade rela- tiva € de 1,4 kPa. Outros exemplos de evapora sio a secagem de roupas, fr- 1a € vegetais, a evaporacio do suor para resfriar © corpo humano e a reeigio de calor nas torres de arrefecimento. Observe que a evaporagao niio envolve a for- ‘magio de bothas de vapor (Figura 3-61). ‘A ebuligo, por outro lado, ocorre na interface sdlido-liguide quainlo, wii liquido € colocado em contato com uma superficie mantida a uma temperatura 7, suficientemente acima da temperatura de satura¢io Ty do liquide. A 1 at, 65! exemplo, a égua Iiquida em contato com uma superficie sélida a 110°C ferve, ‘uma yer. que a temperatura de saturaglo da igua.a 1 atm é 100°C. O processo de chutigdo é caracterizado pelo movimento rapido de bolhas de vunor que se tor- ‘mam na interface s6lido-liquido, s¢ desprendem da superficie wo wingix wn determinado tamanho e tentam subir até a superficie livre do liquide. Av cotie nhar, para sahermos que a 4gua exta fervendo, precisamos ver a8 hothas sind aN6 a superficie. Capitulo 3 Propriedades das SubstanciasPuras =! = 123 oF =— ise (© Ws 98/PhoweDisc © Vol 30h FIGURA 3-61 0 processo de mudanga de fase de liquid para vapor 6 chamado de evaporacdo quando el jo ocorre na interface entre um s6lido ¢ um liquide. chamado de ebulicio 4) © vapor. EXEMPLOS-11 Qs la Temperatura de um Lago Devido 3 Evaporacao Em um dia de verio, a temperatura do ar medida sobre um lago & de 25°C. Determine a temperatura da agua do lago quando sao estabelecidas condiges de ‘equilibrio de fase entre a dgua do lago e 0 vapor d’agua presente no ar para umida- des relativas de 10%, 80% e 100% (Figura 3-62). ‘Solli¢d0: (0 ar a uma dada temperatura sopra sobre um lago. As temperaturas de ‘equilibrio da agua para os trés casos diferentes devem ser determinadas. Anélise A pressio de saturagao da Sgua a 25°C, de acordo com a Tabela 3-1, ¢ de 3,17 kPa. Dessa forma, 25 presses de vapor as umidades relatives de 10%, 180% € 100% so determinadas pela Equagio 3-29 como Umidade relativa = 10% Py, = byPace 29e = Ol x (3:17 KPa) 317 kPa Umidade telativa = 80% Py = bsPare aoe = 08 X 3.17 kPa) = 2,536 kPa Umidade relative = 100%) Py = b\Pac wave = LO X BIT KPA) “S317 kPa As tomperaturas de saturac3o correspondentes a essas presses s20 determinadas: ‘por interpolacdo a partir da Tabela 3-1 (ou da Tabela A-5) como T= -s"C T= UPC e 7,=25C ‘Ayu, & agua cotgelaraino primero caso, embora o ar da vizinhanga esteja mals quente. No dltime cagy, w emperatura de agua sere igual A temperatura do er DDiscussa0 Provavelmente, voce esta cuvidando do congelamento do lago ni caso in que 0 a esta @ Z5TC, Voce esta certo. A temperatura da agua cai para -8°C sainente no caso lunite em que nao hs qualquer transferéncie de calor para @ super- fice da 6@ua. Na prdtica, a temperatura da dgua & menor que a temperatura do or, ‘mos nao ehegn a 8°; porque (1) € poneo provavel que 0 aF sobre o lagn asteja tac ‘co (umidade relative de apenes 10%) e (2) conforme a temperatura da agua pr6- xima & superficie cat. transferéncia de calor do ar e das partes inferiores da lamina gua tende # compensar tal perda de calor e evita que a temperatura da agua se tediuza demais, A temperatura da agua estabiliza quando 0 ganho de calor do ar ambiente e da propria gua se iguala & perda de calor por evaporacd9, ou seja, quan- do se estabelece um equillbrio dindrmico entre os processos de transferéncia de calor de massa em ¥ez de um equillbrio de fase. Tente realizar este experimento usan- (do uma camada fing de égua em uma parela bem isolada. Voc veré que a agua se congelar se 0 ar estiver muita seco e relativamente tio. ‘corre na interface entre 0 liquide e 25° FIGURA 3-62 Representagio esquemitica do Exemplo 3-11 124 |_—__Termodinamica ‘Uma substincia que possui uma composigio quimica fixa em toda a sua extensio € chamada de substancia pura. Uma substncia pura existe em fases diferentes, dependendo do seu nivel de energia, Na fase Iiquida, uma substincia que ndo esta pronta para se converter em vapor é chamada de liquido com primido ou sub-resfriado, Na fase gs, uma substincia que niio ‘esti pronta para se condensar € chamada de vapor superaque- ‘ido, Durante um processo de mudanga de fase, a temperatura ‘© presstio de uma substincia pura s20 propriedades dependen- tes, A uma determinada pressio, uma substancia muda de fase uma temperatura fixa chamada temperatura de saturagao. Da ‘mesma forma, a uma determinada temperatura, a pressio & qual uma substincia muda de fase € chamada de pressdo de satura- ‘edo, Durante um processo de ebuligdo, as fases vapor e liquide ccoexistem em equilibrio c, nestas condigdes, 0 liquide € chama- do de liquido saturado e 0 vapor de vapor saturado. ‘Em uma mistura liquido-vapor saturada, a fracdo méssica de vapor & chamada de titulo e expressa por Map Moa titulo pode assumir valores entre 0 (Viquido saturado) & 1 (vapor saturado). Ele nio em significado nas regides de Viqui- ‘do comprimido ou de vapor superaquecido. Na regio de mis- ura saturada, o valor médio de qualquer propriedade intensiva, y’€ determinado por yay + onde / significa liquido saturado e v vapor saturado. Na auséncia de dados sobre 0 Ifquido comprimido, uma aproximag2o geral seria tratar 0 liquido comprimido como Hiquido saturado na temperatura em questi, Y= vor onde y significa Vv, w ou h. O estado além do qual no existe um proceso de vapori- zagio perceptivel € chamado de ponto critico. A pressbes supereriticas, uina substancia se expande de Iiguido para vapor de forma gradual e uniforme. Todas as tés fases de uma subs- tincia coexistem em equilibrio nos estados ao longo da linha tripla, caracterizada pela temperatura e pressio do ponto triplo liquido comprimido tem valores mais batxos para v, we h que ‘© liquide saturado & mesma 7 ou P. Da mesina forma, 0 vapor fo tem valores mais altos para v, we h que o vapor ‘Qualquer relagao entre 4 pressio, a temperatura ¢ 0 volu- me especifico de uma substincia € chamada de equagdo de estado. A equagio de estado mais simples ¢ cont substincias na fase gas € a equagdo de estado do was ideal Pv= RT onde R € a constante do gis. ‘usar essa relagdo, jf que um gas ideal & uma substincia fieticia, Os gases, reais exibem comportamenta de gas ideal a presses relativa- mente baixas e temperaturas relativamente altas. 0 desvio do comportamento de gis ideal pode ser cale lado adequadamente com 0 uso do fator de compressibilidad Z definido por py Ma er ee fator 2 ¢ aproximadamente igual para todos os gases mesma temperanura e pressao reduzidas, que sao definidas po Tv P Tens, Tho onde P,, © 7,, $80 a pressio © temperatura critica, respectiva imente. Esse fato & conhecido como 0 principio dos estado cor respondentes. Quando os valores de P ou T'sao desconhecidos ‘eles podem ser determinados a partir do diagrama de compres sibilidade, com a ajuda do volume espectfico pseudo-rediucid definido por vy = Met ORT) Pe, © comportamento P-V-T' das substincias pode ser repre sentado com maior preciso por meio de equagses de estado mais complenas. Trés das equaydes de estado mais conhecidas siio van der Waals G + S)u- ») = RT onde Beuttie-Bridgeman: P= Benedict-Webb-Rubin: a)! ‘ Pye aC TA Ws (mar Ay (1 ge" cificw 0 Capitulo 3 Propriedades das Substancias Puras =| 125 ata SLO a ay 1. ASHRAE Handbook of Fundamentals. versio SI. Atlanta, GA: American Society of Heating, Refrigerating, and Air- ‘Conlicioning Fgincers, tne, 1993 ASURAL Hundivok of Refrigeration. Versto SI. Auanta, GA: American Soviely of Heating, Refrigerating, and Air- Conditioning Engineers, Ine, 1994 3. A. Bejan, Advanced Engineering Thermodynamics. 2a. ed. Nova York: Wiley, 1997, 4.M. Kostic. Analysis of Enthalpy Approximation for Compressed Liquid Water, IMECE. 2004, ASME, Proceedings, ASME, Nova York, 2004. eS ‘Substncias Puras, Pracessos de Mudanca de Fase, Diagramas de Propriedades 3-1C Agua com gelo é uma substincia pura? Por que? 3-2€ Qual € a diferenga entre liquide saturado € liquide ‘comprimido? 3-4C Qual € a diferenga entre vapor saturado © vapor superaquecido? 34C_ Existe alguma diferenga entre as propriedades intensi- ‘yas do vapor saturado a uma determinada temperatura € as do ‘vapor em mia mistura saturada & mesma temperatura? 3-SC_ Existe alguma diferenga entre as propriedades intensi- vas do liquido saturado a uma determinada temperatura € as do liguido em wma mistura satorada d-mesma temperatura? 346C FE verdade que a gua ferve a temperatura mais alts presses mais altas? Explique, BTC Sea pressio de uma substincia aumenta durante um processo de ebuligio. a temperatura também aumentari ou per- ‘manecersiconstante? Por qué? 3-8C Por que a temperatura ¢ a. pressio Sto propriedades, dependentes na regido de mistura satura? L.9C Qual és diferenga entre o ponto critico & 0 ponto triple’? S10C Fe possvel ter vapor d'égua a 10°C?” Una pesson cocina care ne vapor em uma panela «que esté (a) destampada, (b) coberta com uma tampa leve e (c) ‘coherta com uma tampa pesada. Em qual caso o tempo de cozi- mento serd menor? Por qué? S-12€ Fan que o processed etuligae a pressdes supereriti- as difere do processo de ebuligao a pressoes suberiticas? Tahelas de Propriedades 3-130 Em que tipo de punchy umn determinado volume de djgua ferve a uma temperatura mai alta: em uma panels alta © JHISC _E sabido que 0 ar quente sobe em um ambiente mais frio. Seja uma mistura quente de ar e gasolina na parte superior de uma lata de gasolina aberta. Voce acha que essa mistura ‘gasosa subiré em um ambiente mais frio? 3-16C Em 1775, 0 De. William Callen fez gelo na Fseécia eva- ‘cuando o ar de um tanque de sigua. Explique como funciona esse dispositivo ¢ discuta como tornar © processo mais eficiente 3417C A quantidade de calor absorvida quando | ke de égua liquida saturada ferve a 100°C é igual A quantidade de calor liberada quando | kg de vapor d°agua saturado condensa a tore? 3-I8C 0 ponto de referencia arbitrado para as propriedades, de uma substincia tem algum efeito sobre a andlise termodiné- mica? Por qué? 3:19C Qual € 0 significado fisico de h,,? Seu valor pode ser obtido a partir dos valores de fy ¢ /t,? De que forma? 3-20C E verdadeira a afirmativa de que & necessiria uma ‘maior quantidade de energia para vaporizar 1 kg de dgua liqui- dla saturada a 100°C do que a 120°C? 3-21C © que é titulo? Ele possui algum significado nas regides de vapor superaquecido? 3220 Que processo exige mais energia: vaporizar completa- mente 1 kg de gua liquids saturada & pressio de | atm ou vaporizar completamente 1 kg de digua liguida saturad & pres- stio de 8 atm? 3423C iy, varia com a pressio? De que form: JA24C Pode o titulo ser expresso como a razaio entre @ volu- ‘me ocupado na fase de vapor ¢ o volume total? Explique, 3-28C Na austncia de tabelas de tiquido compris se determina 0 volume espeeifico de umm liquide comy Jeterminada Pe T? 3-26 Complete esta tabela para H,O: strelia ou em uma panela baixa e larga? Explique. {140° Uma paneta caja tampa se ajusta perfeitamente quase 5 sempre fica com a tampa presa apds o cozimento, © orna-se ae irhcx vor DeserigSo da fase Altieri ta a esfrin, Fxplique por que isso 80 MG seanlece e « que vooe Faria para Frar a tampa 200) Vapor saturado 250. 400 Ho 600 *0s problemas designados por um “C” so perguntas conceituais, ¢ (9s alunos so incentivados a responder @ todas elas. Os problemas com 0 feone @ tem natureza abrangente © destinam-se & solu 0 com o ausllo de um computador, de preleréncia ulilzanda 0 programa EES. 3427 Reconsidere o Problema 3-26, Usando 0 BES (ou outro programa), determine as propriedades da fgua que esto faltan- 126 | Termodinamica do. Repita a solugdo para o refrigerante-134a, para o refrigeran- te-22 e para a aménia, 3-28 Complete esta tabela para HO: TC RKPa hy kikg x Descricao da fase 200 07 140 1800 950 oo 80500 800 3162.2 3.29 Complete esta tabela para o refrigerante-1 34a: TC _PkPa__vmikg —_Descrigdo da tase <8 320 30 0,015 180 Vapor saturado 80600 3.30 Complete esta tabela para o reftigerante-134a: TC__PkPa___u, kilkg ___Descrigao da fase 95 Tiquido saturado 400 300 & 600 SL Complete esta tahela para H,0: T2C__PkPa__vmikg __Descrigo da fase 140 0,05 350, Tiquido saturado 125750 500 0140 3-32 Complete esta tabela para H,O: TC AkPa uw Kilkg __Descrigio da fase 400___ 1450 220 Vapor saturado 1902500 40003040 3433 Um tanque rigido de 1.8 m! contém vapor 220°C. Um tergo do volume esta na fase liquida ¢ o restante sob 1 d'égua, (b) o titulo da mistura saturada e (c) a densidade Vapor gua 1800 FIGURA P3-33 34 Um arranjo pistio-cilindro contém 0,85 kg de reftige- rante-1342 a ~ 10°C. O pistio, que esté livre para se movimen- lar, possui uma massa de 12 kg e um didimetro de 25 em, A pressio atmostérica local é de 88 kPa. Calor é transferide para © reltigerante-I34a_ até que a temperatura atinja 15°C. Determine (a) a pressio final, (b) a variagio do volume do cilindro ¢ (¢) a vatiagdo da entalpia do refrigerante-134a, 2 FIGURA P3-34 3435. Uma pessoa tsa uma panela de 30 cm de didmetro com tampa bem ajustada para cozinhar ¢ deixa o alimento esfriar até 4 temperatura ambiente de 20°C. A massa total do alimento ¢ da panela ¢ 8 kg. A pessoa, entio, tenta levantar a tampa da puiela, Supoudo nig haver vazamentr dear pars dentro a panel se a tampa ser levann- luda ow se a panela se moverd junto com a tampa, 3436 No nivel do mar, uma panela de ago inoxidavel com 30 «em de didmetro deve terver égua cm um togdo clétrico de 3 kW. Se 60% do calor gerado pelo fogito for transferido para a igus durante a ebuligo, determine a taxa de evapora da gua. FIGURA P3-36 3.37 Repita o Problema 3-36 para um local a uma altitude de 1500 m, onde a pressio atmosférion & de 84.5 kPa o, portanta, temperatura de ebuligio da dua & de 95°C. 3-38 Uma panela de ago inoxidavel com 25 de di interno ferve gua a uma pressdo de | atm em umn fo co, Observa-se que 0 nivel da égua na panela cai em 10 em no periodo de 45 min, Determine a taxa de transferéncia de calor para a panela 3-39 Repitao Problema 3-38 para um local a uma altitude de 2000 m, onde a pressio atmostérica & de 79.5 kPa. 3-40 Vopor saturado saindo da turbina de uma usina de poténcia a 30°C eondensa no exterior de um tubo con 3 em de didmetro extern e 35m de comprimento a taxa de 45 kg/h. Capitulo 3. Propriedades das Substancias Puras | Determine a taxa de transferéncia de calor do vapor d’igua para a gua de resfriamento que escoa no interior do tubo. 3HII_A pressio atmosférica em Denver (altitude = 1610 m) é de 83.4 kPa, Determine a temperatura na qual ferve a dgua den- tr de ima panela destampada em Denver Resnasta: 94,6°C. 3-42 Obverva:se que a duu de win panels com 5 em de pro- fundidade ferve a 98°C. A que temperatura ferverd a égua de tuma panela com 40 em de profundidade? Suponha que ambas as panclas estejam chetas de agua, 343 Uma panela cujo didmetro interno & de 20 cm esti cheia ‘com gua € tampada com uma tampa de 4 kg. Se a pressio stmosférica local for de 101 kPa, determine a temperatura na qual a agua comega a ferver quando é aquecida, Respesia: 100,2°C FIGURA P3-43 JUL Reconsidere o Problema 3-43. Usando o EES (ou outro, prugrama), iuvestigue v efeity da massa da tampa sobre a tem- peratura de ebuligdo da dgua dentro da panela. Varie a massa da tampa entre 1 kg e 10 kg. Trace um grafico da temperatura de ebuligdo em fungao da massa da tampa e discuta os resultados. 345 Aqua esd sendo aquecida em un aranj pisto-cilindro ‘eric, O pistio tem massa de 20 ky Srea da segio transver- ‘al de 200) ern. Sea pressio atmosferica local for de 100 KPA, determine a temperatura oa gual a gia comegard a fever 346 Uni (augue sigido de volume igual 2 2,5 m' contém 15 ky de mistura liquido-vapor de égua a 75°C. Em seguida, a ‘égua é aquecida lentamente. Determine a temperatura na qual © liquido do tanque é completamente vaporizado. Identifique © proceso em um diagrama 7-v com relagio as Tinhas. de Resoasta, 187.0 3447 Um vaso rigido contém 2 kg de refrigerante-I34a a S00KPa.e 120°C. Determine o volume do vaso e a energia inter sia total, Respostas 0.0753 m, B55,7 JAAN Um vaso de 0,5 m) contém 10 kg de refrigerante-1340 a 20°C, Determine (a) a pressio, () « energta interna total ¢ (c) © volume ocupado pela fase quida, Respostas: (a) 132,82 kW, (6) 904.2 kW, (c) 0.00489 mr S49 Um arranjo pistio-cilindro contém 0, 1m? de égua liqui: di ¢ 0.9 uP de vapor agua enn equilib a $00 KPa, Calor é transtendo a pression constante até que a temperatura 350°C, (a) Qual é a temperatura inicial da gua? (b) Determine (©) Caleule 0 volume final. jassa total da gua, (d) Mosire © processo em um diagrams P-v com relagio &s linhas de saturagao. 127 FIGURA P3-49 3:50 EB Reconsidere o Problema 3-49, Usando 0 BES (ou outro programa), investigue 0 efeito da pressiio sobre a massa total da gua do tanque. Varie a pressio de 0,1 MPa. 1 MPa, Trace uma curva da massa total de égua em fun- Go da pressio e discuta os resultados, Mostre também pro- ceesso do Problema 3-55 em um diagrama P-v usando 0s recur- 0s de construgio de grificos de propriedades do EES. 3.51 Um arranjo pistio-cilindro comtéin inicialmente 50 1 de gua liguida a 40°C © 200 kPa, Calor ¢ transferido a agua a pressio constante até que todo o Iiquido seja vaporizado. (a) Qual & a massa de égua’? (b) Qual é a temperatura final” (c) Determine a variagao de entalpia total (d) Mostre 0 process em um diagrama T-v com relagdo as, Tinhas de saturagdo. Respostas: (a) 49,61 ke, (b) 120.21°C (c) 125,983 ks 3482 Um tangue rigido de 0.3 m* contém inicialmente uma imistura saturada de liquido e vapor ddgua a 150°C. Em segui: da, a dgua € aquecida até atingir o estado critic. Determine a ‘massa da sigua liquida © 0 volume ocupado pelo liquido no esta- do inicial. - Respastas, 96,10 kg, 0,105 m* 3-53 Determine o volume especifico, a energia interna ¢ centalpia da gua liquida comprimida a 100°C ¢ 15 MPa usando 4 aproximagao de liquido saturado. Compare esses valores com aqueles obtidos nas tabelas de liquide comprimido, 3454 BB Reconsidere o Problema 3-53. Usando o EES (ou outro programa), determine as propriedade: cadas do liquide comprimido, © compare-as aiquelas obtidas usando a aproximagio de liguido saturado, 3-55 Um aranjo pistio-ilindro contém 0,8 kg de vapor gua a 300°C e 1 MPa. O vapor é resfriado a pressd0 cons- ante até que metade da massa condense. (a) Mostre 0 processo em um diagrama Tv. (b) Encontre lemperatura fin (©) Determine a variagao do volume, 3.56 Um tanque rigido contém vapor d’dgua a 250°C a uma presso desconhecida. Quando © tanque for restriado a 150°C, ‘© vapor comeyard a condensar. Estime a pressao inicial do tan- que. Resposta: 0,60 MPa 3.57 Agua € fervida em uma paneta tampada com uma tampa {que mio se ajusta bem em uma determinada localidade. Calor & fornecido a panela por uma resistencia de 2 kW. Observa-se que a quantidade de agua da panela diminui em 1,19 kg em 30 128 |—Termodinamica minutos. Se for estimado que 75% da eletricidade eonsumida pelo aquecedor & transferida para a gua sob a forma de calor, determine a pressdo atmosférica nessa localidade. — Resposta 85,4 kPa 3.58 Um tanque rigido contém inicialmente 1,4 kg de u mistura saturada de égua a 200°C. Nesse estado, 25% do volu me é ocupado pelo liquido ¢ o restante pelo vapor. Calor & entdo fornecido a égua até que o tanque contenha apenas vapor saturado. Determine (a) 0 volume do tangue, (>) a tempe: rie pressio finals ¢ (c) a variagdo da energia interna da digu FIGURA P3-58 3.59 Um arranjo pistio-cilindro contém inicialmente vapor 4 égua a 3.5 MPa com um superaquecimento de 5*C. Em segui da, o vapor d°gua perde calor para a vizinhanga € 0 pistao desce, atingindo um conjunto de batentes. Nesse ponto «ili dro contém gua liquida saturada, O resfriamento continua até que 0 cifindro contenha gua a 200°C. Determine (a) a tempe- ratura inicial, () a variago da entalpia do vapor 4’gua por Uunidade de massa até 0 momento em que 6 pistdo atinge os hhatemtes ¢ (c) a pressio final e 0 tiulo (no caso de mistura). FIGURA P3-59 Gas Ideal 3460C _Propano ¢ metano siio normalmente usados para imento no inve > destes combustiveis, mesmo por periodos curtos, representa riseo de incéndio em dom cilios. Na sua opinido, o vazamento de qual gas impde © maior risco de ineéndio? Explique 3461C Sob que condigdes a hipdtese de gas ideal € adeyuada para os gases reais? 3-62C Qual é a diferenga entre R € R,? Como as duas se relacionam? S63C Qual & a diferenga entre massa e massa molar? Como 4s duas se relacionam? 3464 Um balio esférico com didmetro de 6 m 6 preenchido ‘com hélio a 20°C e 200 kPa Determine o niimero de moles © a massa de helio no balio, —Resposas: 9.28 hol, 47,15 kg Reconsidere o Problema 3-64. Usando © EES (ou ‘outro programa), investigue 0 efeito do do alo Sobre a massa do helio contido no balo para as pres- sdes (a) 100 kPa e (b) 200 kPa. Varie o didmetro entre 5 me 15 mm, Trace um gréfico da massa do hélio em fungao do didmetro ‘em ambos 0s casos 3466 A pressio do pneu de um sutomdvel depende da tempe- ratura do ar dentro do pneu. Quando a temperatura do ar é de 25°C, o manOmetro indica 210 kPa. Se 6 volume do pn for de 0,025 m', determine © aumento da pressdo do pneu quando a temperatura do pncu subir para SO°C. Da mesma forma, deter ‘mine a quantidade de ar que deve ser retirada para restaurar & pressio ao seu valor original nessa temperatura. Suponha que a pressao atmosférica seja de 100 KPa. v=0025 m? 2c \0KPa AR FIGURA P3-66 © mandmetro de win tangue de oxigénio de 2,5, ‘ca 500 k's, Determine a quantidade de oxigénio no tan temperatura for de 28°C e u pressio ulmosférica for de 97 kPa, B= S00 KPa FIGURA P3-67 3468 Um tanque rigid de 400 1 contém 5 kg de ar a 25°C. Determine a leitura do mandmetro se a pressio atmosférica for de 97 kPa, $69 Un tanque de { in! contendo ar 25°C © 500 kPa esti cconectado por meio de uma vilvula a um outro tanque conten= do 5 ky de ara 35°C ¢ 200 kPa, A vlvula ¢ aberta, ¢ todo tema atinge equilfbrio térmico com a vizinhanga, que esté a 2UFC, Determine o volume do segundo tangue € a pressio de equillbrio final do ar. Respostas: 2,21 m, 284.1 KPa Fator de Compressibilidade 3-70C Qual é 0 significado dade Z? 0 do fator de compressibili 3-T1C © que é 0 principio dos estadas correspondentey? 3472C._ Como so detinidas a pressiio reduzida & 4 temperatu- ra reduyida? 3473 Determine 0 volume especitico do vapor d’agua supera- quecido a 10 MPa e 400°C, usando (a) a equ (b)0 diagrama yeneralizado de compressibil iso do pis de de ¢ (c) as tabe. Capitulo 3 Propriedades das Substancias Puras =| Jas de vapor. Determine também o erro associado aos dois Primeiros casos. Respostas- (a) 0,03106 mag, 17.6%, (0) (0.02603 mig, 1,2%%; tr) 0.02644 ming 314 Reconsidere o Problema 3-73. Resolva © proble- ‘ma usando © recurso do fator de compressibilida- de do programa FES. Usando novamente 1 FES, compare 0 Volume especifica da Sigua nos trés casos a 10 MPa em fungdo temperatura pars a faina de temperatura de 325°C a 600°C cm intervalos de 25°C. Trace um grafico do erro percentual da aproximagao de gas ideal em Fungo da temperatura e discuta 7 rvsultadoo, 5.78 Determine o volume especifica do vapor de refrigeran to- L344 a0) MPa© 70°C com base (a) na cquayao do gas ideal, (b) 1 diagrama generalizado de compressibilicade © (¢) 10s aos Ua tabelas. Deteriine também 0 erro cnvolvide nox doy primeiros casos. 34% Determine o volume especifico do gis nitrogénio a 10 MPa 150 K com base em (a) a equacdo do gas ideal e(b) 0 dia grama generalizado de compressibilidade, Compare esses re- sultados com o valor experimental de 0.002388 m’Ykg € deter: mine 0 erro assoviado a cada caso, Respostas: (a) 0.008852 omfg, 86% 8 1.002404 meg, 0.7% 3-77 Determine © volume especifice do vapor d’égua supera quovido a 3,5 MPu ¢ 450°C, com bave (a) na equagio do ais ideal, (b) no diagrama generalizado de compressibilidade e (c) nas tabelas de vapor, Determine o erro envolvide nos dois pri= 3-78 Um tanque de 0,016773 m* contém 1 kg de refrigeran- te-L34a a 110°C. Determine a pressio do refrigerante usando (a) a equagio do gis ideal (b) © diagrama generalizado de co presubilidade © (c) a tabcla do refrigerante, fospastac. (al 1,861 MPa, (0) 1.683 MPa, (c) 1.6 MPa 3-79 Alguém diz que o gés oxigenio a 160 K ¢ 3 MPa pode set tratado como um gis ideal com um erro menor do que 10% Ino € verdadciro? 3480 Qual & o erro percemtual envolvido no tratamento do tlibxidlo de catbono a 3 MPa e 10°C como um gis ideal? 681 Qual € 0 cro percentinl euvolvide no tratamente do idxida de carbone a7 MPa e 380 K cimo um gis ideal? 3482 COs na tase gas entra em um tubo a 3 MPa e 500 K a tuna yard de 2 he. Ble ¢ resfriado a pressio constante, © sua temperatura cai a 450 K na saida do tubo, Determine a vazio volumétrica ¢ a densidade do didxido de curbono na entrada, © ‘url volumétriea na safda do ribo usando (a) 3 equagto do gas {deal € (6) 0 diagrama generalizado de compressibilidade Hetermine tambem (c} 0 erro envolvide em cada caso, sepa 500K CO, —> 450K 2 kgs FIGURA P3-82 Outras Equacées de Estado S-8IC Qual é 0 significado fisico das duas constantes que aparecem na equacio de estado de van der Waals? Como elas so determinadas? 129 3484 Um tangue de 3.27 m* contém 100 kg de nittogénio a 175 K. Determine a pressio do tangue usando (a) a equagio do ss ideal, (6) a equagio de van der Waals e (c) a equagio de Beattie-Bridgeman. Compare seus resultados com o valor real de 1505 KPa. 3-85 Um tanque de 1 m' contém 2,841 kg de vapor d'gua a 00.6 MPa, Determine a temperatura do vapor usando (a) a equa- ‘920 do ga ideal (2) x equaglo de van der Waals ¢ (c) 2s tabelas dle vapor. Respostas: (a 457.6 K, (bb 465.9 K, |<) 473 3486 BY Reconsidere o Problema 3-85. Resolva o proble- ma usando © EES (ou outro programa). Usando novamente 0 EES, compare a temperatura da gua nos trés ‘casos a volume especifico constante em uma faixa de valores de pressdo entre 0.1 MPa e 1 MPa em incrementos de 0,1 MPa. ‘Trace um grifico do erro percentual associado a aproximagao 4o gis ideal em Fungo da pressdo e discuta os resultados. $87. Nitogénio a 150 K tem um volume especifico de 0,041884 m'/kg. Determine a pressio do nitrogénio usando (a) a equagio do gis ideal e (b) a equagao de Beatte-Bridgeman. Compare seus resultados com o valor experimental de 1000 Ka. esoostas: (a 1063 KPa (1000.4 KPa 3-88 BY Reconsidere o Problema 3-87, Usando 0 BES (ou BEE outro programa), compare ox resultados de pres- sto usando 3 equagio do gas ideal e as equagies de Beattie- Bridgeman com os dados do aitrogénio fornecidos pelo EES, ‘Trace uma curva de temperatura em Fungo do volume espeet- fico para uma pressio de 1000 kPa com relagdo as linhas de liquido saturado e de vapor saturado do nitrogénio no intervalo WOK <7 < 150K Topica Especial: Pressao do Vapor Pressao de Equilibrio 3489 Considere um copo com agua em uma sala a 20°C & (60% de umidade relativa. Se a temperatura da ‘gua for 15°C, determine a pressio do vapor (a) na superficie livre da dgua € (b) em um ponto da sala longe do cope. 390 Em um dia quente de verio na praia, com a temperatura do ara 30°C, alguém diz que a pressio do vapor d’igua no ar & de 3.2 KPa. Isso & verdadeito? 3491 Fin um determinado dia, a temperatura ¢ a umidade relativa do ar sobre uma piscina grande so medidas como 20°C © 40%, respectivamente. Determine a temperatura da ‘agua da piscina quando sao estabelecidas condigdes de equi- librio de fase entre a égua da piscina e o vapor d°égua do ar. 592 Considere duas salas idénticas, exceto pelo fato de que uma € mantida a 30°C com umidade relativa do ar de 40%, cenquanto « outra € mantida 2 20°C e 70% de umidade relativa do ar. Observando que a quantidade de umidade € proporeional 4 pressio do vapor, determine qual sala contém mais umidade. 3.93 Em um dia quente de vero, quando a temperatura do ar estd a 35°C © a umidade relativa do ar & de 70%, voc8 compra uma lata de refrigerante que deveria estar “fria”. O vendedor ddiz que a temperatura da bebida esti abaixo de 10°C. Mesmo assim a bebida ndo parece estar tio fria e voce duvida, pois no observa nenhuma condensacao se formando do lado de fora da lata. O vendedor esti falando a verdade? 130 | Termodinamica Problemas de Revisio 3-94 A combustio em um motor a gasolina pode ser uproxi- ‘mada por um processo de adicio de calor a volume constante. Tanto a mistura de ar € combustivel existente no cilindro antes da combustio como os gases resultantes da combustio apés a mesma podem ser aproximados simplesmente como ar, um gis ideal, No motor a gasolina, as condigdes do cilindro sio de 1,8 MPa ¢ 450°C antes da combustio e 1300°C apds a mesma, Determine a pressio ao final do processo de combustio. Resposta: 3916 KPa FIGURA P3-94 3.95 Um tanque rigido contém um gas ideal a 300 KPa e (600 K. Em seguida, metade do gas ¢ retirado do tangue ¢ 30 final do processo o gis encontra-se a 100 kPa. Determine (a) a {temperatura final do gas e (b) a press final se nenbuuma massa tivesse sido retirada do tanque © a mesma temperatura final ti vvesse sido atingida ao final do processo. FIGURA P3-95, 3-96 Didxido de carbono (gis) 3 MPa e 500 K escoa em regime permanente em tim tubo a uma vaziio de 0.4 kmols Determine (a) as vazdes em volume e em mass ¢ a densidade do diéxido de carbono nesse estado. Se 0 CO, for resfriado a pressio constante enquanto escoa no tubo, dé modo que sua temperatura caia a 450 K na safda do tubo, determine (b) a vazio em volume na saida do tubo. SMPs 500 K OAK movs CO; —> 40K FIGURA P3-96 2 3.97 Um arranjo pistio-eilindro contém iniciatmente kg de vapor d’gua 4 200 kPa © 300°C, Em seguids, 0 vapor 6 resfriado a presi constante alé atingir 150°C, Usando 0 fator de compressibilidade, determine a variagio de volume do cilindro dorante esse processo € compare o resultado com, © valor real FIGURA P3-97 3498 A combustio em um motor diesel pode ser modelada como um provesso de ailigdu de calor a pressfo consume com ‘aro cilindro antes ¢ apg a combustao. Considere o cilindro do tum motor diesel com condigies de 950 K © 75 cin* ames da combustio & 150 cu? upds a mesma. O motor opera com uma razio arcombustivel de 22 kg ar/kg combustivel (massa de ar dividida pela massa de combustivel). Determine a temperatura pos o processo de combustio, (Camara de combustio FIGURA P3-98 3499 Nos diagramas de propriedades indicados a seguir, faya ‘uma representagdo (fora de escala) com relagio as linhas do liquido © vapor saturaclos e indique os seguintes processos € estados para 0 vapor d’ayua, Use setas para i processo ¢ identifique os estados inicial final: (a) No diagrama Pv, represente o processo 2 temperatura constante pasando pelo esta # — 400 kPa, v ~ 0,525 m’/kg para a pressio, variando de P, = 200 kPa a I", 400 KPa. Indique o valor da temperatura na curva dexss processo no digrama Pov (b) No diagrama T-v, represente © processo a volume especk fico constante passando pelo estado T = 120°C, v = (0.7163 m’vkg para a pressio, variando de P, = 100 kPa a P, ~ 300 kPa, Para esse conjumto de dados indique os valores de temperatura nos estados |e 2 em seu eixo. Indique o valor do volume especifico em seu cino. IW) A pressio manométrica do pnew de um automével & 200 kPa antes de uma viagem € 220 kPs apis uns viagemn local onde a pressio atmosférica é de 9 kPa. Supondo que o ‘volume do pneu permaneee constante a 0.033 m’, determine © aumento percentual da temperatura absoluta do ar no pneu, 34101 Embora baldes j4 existam desde 1783, quando o pri imciro baldo subiu a0 eéu na Prana, uma verdadeira inovayio no balonismo ocorrer em 1960 com o prajeto do. modemo aldo de at quente alimentado a propano (um gis barato) & construido com tecido de nailon leve. Ao longo dos anos, 0 balonismo tornou-se um esporte um finbhy para muitae pee. soas em todo 0 mundo. Aa contritia dos baldes a g4s hélio leve, ‘0s haldes de ar quente so abertos para a atmosfera, Assim, a pressio no balio sempre ¢ igual & pressio atmostérica local, € (08 baldes niio correm o risco de explodir. 0 didmetro dos baldes de ar quente varia de 15 ma 25 m, © arda cavidade do balio & aquecido por um queimador de gs ropano localizado na parte superior do cesto para passageiros. AS shamas do queimador cntram no balao ¢ aquecem o ar da cavidade, elevando a temperatura do ar na parte superior do bala pare valores nn faixa de 6SAC a 120°C ow mais. A tempe- aura do ar € mamtida nos ntveis desejados tigando periodic ‘mente 0 queimador de gis propano. A forga de Mutuago que {empurra 0 balfo para cima € proporcional a densidade do ar mais frio fora do balio © ao volume do balao. Ela pode ser express por Pa 30 8 Vista onde g € a aceleragfo gravitacional. Quando a resisténeia do ar € desprecivel, a forga de lutuagdo € contrabalangada pelo (1) peso do ar quente dentro do balio, (2) peso do cesto, cordas & material do balio ¢ (3) peso das pessoas e de outras cargas den- tto do cesto. © operador do halao pode controlar o peso ¢ 0 movimento vertical do balo, acendendo 0 queimador ou dei mundo suir win pouco de ar quente de dentro do balo, para que Seja substtuido por ar mais trio, Os ventos movimentam 0 bualo para frente, FIGURA P3101 © Wok Ihotobise mmsidere um balllo Ue ar quente com 20 m de diametro, tamente cami 0 cestn, de massa igual a 80 ky quando vazio 'sse bal est parado no ar em um local onde a pressio atmos it ¢ a Ienuperatura 30 de 90 KPa € 15°C respectivamente, nla carrey U@s pessoas pesando 65 kg cada uma, De. (eriuiue a emiperaura média do ar dentro do balio, Qual seria sa. resposta se a termperatura daar atmostrico fosse de 30°C? 3.102 Reconsidere o Problema 3-101. Usando o EES (ou outro programa), investigue o efeito da tem- Peratura ambiente sobre a temperatura média do ar dentro do bbaldo, quando o bali esta suspenso no af. Suponha que a tem- peratura varie entre ~ 10°C ¢ 30°C, Trace um grafico da tempe- ralura média do ar dentro do balio em fungio da temperatura ambiente e discuta os resultados. Investigue o modo como 0 Capitulo 3 Propriedades das Substancias Puras = | 131 ‘imero de pessoas transportadas afeta a temperatura do ar den- to do balio. 34103 Considere um balio de ar quente com 18 m de diame- {ro que, juntamente com 0 cesto, tem uma massa de 120 kg {quando esta vazio, O ar do bao, que agora carrega duas pes- soas com 70 kg cada uma, € aquecido por queimadores de gis Propano em um local no qual a pressio atmosférica e a tempe- ratura sto de 93 KPa e 12°C respectivamente. Determine a tem- Peratura média do ar dentro do balZo, quando este comegar a subir. Qual seria a resposta se a temperatura do ar atmosferico fosse de 25°C? 4104 Um tangue rigido com volume de 0,117 m* comeén 1 kg de vapor de refrigerante-134a a 240 kPa, O refrigerante csfria, Determine a pressio quando o refrigerante comegar a condensar. Mostre também o proceso em um diagrama P-v ‘com relagio as linhas de satura, 3-105 Um tangue rigido de 4 1 contém 2 kg de mistora de égua liquida ¢ vapor d'dgua saturado a SOC. Em seguida, a gua € aquecida lentamente até existir uma tnica fase somente. No esta- do final, a gua estaré na fase liquida ou vapor? Qual seria sua resposta se-0 volume do tanque Fosse de 400 lem ver de 4 1? FIGURA P3-105 34106 Uma massa de 10 kg de refrigerante-134a superaque- cido a 1,2 MPa € 70°C € resfriada a pressio constante até se encontrar sob a forma de liquide comprimide a 20°C. Mostre o proceso em um diagrama T-v com rel linhas de saturagio. Determine a variago de volume. Determine a variagao da energia interna total @ as wy o Respestas:(b) ~0,18/ m?, (¢) ~ 1,984 Kd 34107 Um tangue rigido de 0,5 m' contendo hidrogénio a 20°C e 600 kPa esté conectado por meio de uma vilvula a outro kPa, A valvula € aberta, ¢ 0 sistema atinge equilibrio térmico ‘coma vizinhanca, que esté a 15°C, Determine a pressio final do tanque FIGURA P3-107 Reconsidere 0 Problema 3-107. Usando 0 EES 4108 (ou outro programa), investigue o efeito da tem- peratura da vizinhanga sobre a pressio de equilfbrio final nos langues, Varie a temperatura da vizinhanga entre — 10°C e 30°C. 132, | Termodinamica Trace um grifico da pressio final dos tanques com relagio & temperatura da vizinhanga e discuta 0s resultados. 34109 Um tangue de 20 m* contém nitrogénio a 23°C © 600 KPa, Parte do nitrogénio ¢ liberada até que a pressio do tanque ccaia para 400 kPa, Se a temperatura nesse ponto for de 20°C, determine a quantidade de nitrogénio que foi liberada Resposta: 44,5 48 3-110 Vapor d'gua a 400°C possui volume especifieo de 0,02 m’7kg. Determine a pressio do vapor d°dgua com base (a) ‘na equagio do as ideal (b) no diagrama geral de compressibi- Tidade e (c) nas tabelas de vapor. Respostas: (a) 15.529 kPa (b) 12.576 4Pa (e) 12:500 kPa S-I1L Um tanque de volume desconhocido é dividido por ‘uma parti¢ao, Um lado do tanque contém 0,01 m* de refri gerante-134a sob a forma de liquido saturado a 0.8 MPa, fenquanto o outro lado & evacuado. A parti¢ao é removida e © refrigerant ocupa todo 0 tangue, Se o estado final do refrigerante for 20°C © 400 kPa, determine o volume do tanque. FIGURA P3-111 su Reconsidere © Problema 3-111. Usando 0 EES (ou outro programa), investigue o efeito da pres ‘io inicial do refrigerante-134a sobre o volume do tanque. Varie a pressio inicial de 0.5 MPa a 1,5 MPa. Trace um grafico do volume do tanque em funcdo da pressio inicial e discuta os resultados. 34113 Propano liquido é normalmente usado como combus- tivel para aquecer as casas, mover veiculos como empilhadeiras € preencher tanques portateis, Considere um tanque de propano que inicialmente contém 5 1 de propano liquido temperatura ambiente de 20°C. Se o tubo de conexio de um tanque de pro- ppano estiver furado e 0 propano comegar a vazar, determine 3 temperatura do propano quando a pressio do tanque cair para 1 atm, Determine também a quantidade total de calor transferido do ambiente para o tanque para evaporar todo o propano do tan- que. FIGURA P3-113 3-114 Repita o Problema 3-113 para o isobutano. 34115 Um tangue contém hélio a 100°C e pressiio manomé- {rica de 10 kPa. O helio & aquecido e atinge um estado final de equilibrio a 300°C. Determine a pressdio manometrica final do helio, Suponha que a pressdo atmosférica é de 10 kPa. 34116 Um tanque contém argnio a 600°C e pressio manomé trica de 200 kPa. O anyénio ¢ resfriado ¢ atinge um estado fins! itbrio a 300°C. Determine a pressio manométrica final do jo. Suponha que a pressdo atmosférica é de 100 kPa. 3417 Complete as eétulas em branco da tabela a seguir com ppropriedades do vapor d'sgua. Na ditima columa, descreva a condigdo do vapor como Liquide comprimido, mistura saturad, ‘vapor superaquecido ou informagdes insufcientes e, se for 0 caso, fomneca 0 tio. Deserigao da concigas BkPa 7° _v ming _u. Kilkg — e ttulo (se for 0 caso) 200 30 270,3_130 400 1,5493 300 ‘ ; 500 3084 _ 4118 Complete a células em branco da tabela a seguir com a8 propriedades do retrgerante-I 4a. Na ima coluna, descre~ va a condigao do retrigerante-1:H4a como liquide comprimido, rmistura saturada, vapor superaquecide ou informagdes insuti- cientes ¢, se for 0 caso, fornega o titulo, Descrigao da conaigae kPa vomi¥fkg_u, kilkg_« titulo (se for caso) 320 -12 1000 39,37 40017794 180. 0,070 200 289 34119 Nos diagramas de propricdades indicados a seguir, faga uma representagio (fora de escala) com relagdo as linha do Iiquido e vapor saturados e indique os seguintes processos & estados do refrigerante- 34a, Use setas para indicar a direcio do processo ¢ idemtifique os estados inicial e final: (a) No diagrama P-v represente © processo de temperatura cconstante passando pelo estado P = 280 kPa, v= 0,06 m'/kg para a pressio variando de P, = 400 kPa a P, ~ 200 KPa. Indique o valor da temperatura na curva de pro eso do diagrams P-. (b) No diagranva T-v, represente © process de volume espe- effico constame passando pelo estado T = 20°C, v ~ 0.02 m'ky para a press varlando de Py = 1200 KPa para P, = 300 kPa. Para esse conjunto de dlados indique 6 valores da temperatura nos estados 1 ¢ 2 em seu exo, Indique o valor do volume especifico em seu eixo. Problemas de Maltipla Escolha 3-120 _ Um tangue rigido contém 6 kg de um gas ideal a 3 atm e 40°C. Em seguida, uma vélvula é aberta e metade da massa do ‘Bas € liberada. Se a pressao final do tangue for de 2,2 atm, a femperatura final do mesmo sera: (a) 186°C (6) 59° (€) 48°C (d) 20°C (@) 230°C 3.4121 A presso do pneu de um automével € medida a 190 ‘kPa (manométrica) antes de uma viagem, e a 215 kPa (mano- ‘métrica) ap6s a viagem, em um local no qual a pressio atmos- {erica € de 94 kPa. Sea temperatura da ar no pneu antes da via- szem era de 25°C a temperatura do ar apris 8 viagem é de: (a) 511°C (6) 64.2°C (C) 272°C (A)/2®S°C (e)25.0°C 2.122 Um tanque sfgido do 300 m? 6 preenchido com uma ‘miptura yaluruda de Agua Hiquida € vapor dégua a 200 KPa. Se 25% da massa for liquida e 75% da massa for vapor, a massa total no tangue é: (a) 451 kg (b) $56kg (0) 300ke (a) 331 kg 3-123 Uma cafeteira ferve sgua & presslo de 1 atm. A cafe- teira tem um elemento de aquecimento elétrico do tipo imersao. Inicialmente a cafeteira contém 1 kg de égua. Apés o inicio da ebuligao, observa-se que metade da sigua da cafeteira evaporou ‘em 18 minutos. Se a perda de calor da cafeteira for desprezivel, A potncia nominal do elemento de aquecimento é: (e) 195 kg (a) 0,90 kW id) 1.05W (1.52 kW fe) 124kW fo) 209 kW 3124 Um tangue rigido de 1 m? contém 10 ke de dgua (em ‘qualquer fase ou fases) a 16UPC. A pressio do tanque &: (a) 738 kPa (a) 2000 MPa OIR KPa (e) 1618 kPa (©) 370 kPa 3-425 Un punela de ago inoxidavel ferve agua a pressao de 1 atm em um fogio elétrico, Observa-se que 2 kg de digua liqui- dda evaporam em 20 min. A taxa de transferéncia Je Calor para gua é de: (a) 251 kW (047 KW () 232kW (@ 3q2kW (eo) 297kW Capitulo 3 Propriedades das SubstanciasPuras =| 133 34126 Uma panela ferve digua em um fogito a0 nivel do mar, Durante 10 min de ebutigio, observa-se que 200 g de gua eva- poraram, A taxa de transferéncia de calor para a agua &: (@) 0.84 ki/min (d) 53,5 ki/min () 43,1 K/min (e) 225.7 kS/min (©) 418 iimin 34127 Um tanque rigido de 3 m? contém vapor a 10 MPa 500°C. A massa do vapor (a) 3Oke (ke (RMS MINKE (e) 130Kg 3128 Considere uma lata fechada preenchida com reftige- rante-134a, O contetido da lata esté & temperatura ambiente de 25°C. Um vazamento surge ¢ a pressio da lata cai & pressio ‘atmosférica local de 90 kPa. A temperatura do refrigerante na lata deve cair para (arredondada para 0 préximo inteiro): (a)0°C (b) 29°C (€) “16°C (d)S°C_(€) 25°C Problemas que Envolvem Projetos, Experimentos e a Redagao de Textos 3-129 Umm solido normalmente absorve calor 2 medida que derrete, mas existe uma excegio conhecida a temperaturas pré- ximas de zero absoluto. Descubra que sélido & esse e apresente ‘uma explicagio fisica para isso. 34130 Sabe-se que a dpua congela a 0°C a pressio atmosféri- ‘ea, Diz-se que a mistura de gua liquida e gelo a O°C esté em cequilibrio estavel, uma ver que ela nao experimenta qualquer alterago quando estéisolada da vizinhanga. Entretanto, quan- do a gua esté livre de impurezas e as superficies intemas do recipiente so lisas, a temperatura da dgua pode ser reduzida a =2°C, ou até menos, sem qualquer formagdo de gelo a pressio stmostérica. Entretanto, nesse estado, até mesmo uma pequena perturbacio pode iniciar a formagao de gelo de forma abrupta, € a temperatura da Agua se estabiliza a O"C aps essa stibita variagio. Diz-se que a agua a —2°C est em estado metaesta- vel. Redija um texto sobre estados metaestaveis e discuta como eles diferem dos estados de equilibrio estiveis Capitulo 4 ANALISE DA ENERGIA DOS SISTEMAS FECHADOS © Capitulo 2, consideramos varias formas de energia e de transferéncia de energia e desenvolvemos uma equacdo geral para 0 principio de conservagao da energia. Em seguida, no Capitulo 3, aprendemos como deter- minar as propriedades terrnodinamicas das substancias. Neste capitulo, aplicaremas a equacao de conservacao da energia 2 sistemas que no envolvem fluxo de massa através de suas fronteiras, ou seja, sistemas fechados. ‘Comecamas este capitulo com umia discusséo sobre traba- Iho de fronteira movel, ou trabalho P dV, geralmente encon. trado em dispositivas alternatives como motores auutomativos, e compressores. Continuamos com a aplicagao da equacao, da conservagao da energia, que é expressa simplesmente como E, — E, = AE ssaomg, @ Sistemas Que envolvem ura subs- tBncia pura. Depois, definimos calores espectfices, obtemos expresses para a energia interna e a entalpia dos gases ideais lem termos de calores espectficos e variagbes de temperatura, e realizamos os balancos de energia em diversos sistemas que evolve gases ideais. Repetimos 0 mesmo procedimento para 0 sistemas que envolvem sblidos e liquidos, que podem ser aproximados como substancias incompressiveis. Os objetivos do Capitulo 4 so: * Fstuder 0 trabalho de fronteira mavel ou Pav geraimente encontrado nos dispositives alternatives, come motores aulomolivas e compressores. ‘= Desenvolver o balango de energia Reral aplicado a sistemas, fechados, * Definir 0 calor espacifica a volume constante ¢ 0 calor especifico a presséo constante. * Relacionar os calores especificos ao caiculo das variacBes da energia interna e da entalpia dos gases ideais. * Descrever as substdncias incompressiveis e determinar as variagdes de suas energia interna e entalpia ‘+ Resolver problemas de balango de energia para sistemas fechados (massa fixa) que envolvern interagées de calor € trabalho de quaisquer substancias puras, gases ideais € substancias incompressiveis. 134 «1 Capitulo 4 Andlise da Energia dos Sistemas Fechados =| 135 4-1 * TRABALHO DE FRONTEIRA MOVEL Uma forma de trabalho mecdnico freqiientemente encontrada na pritica esté associada A expansion ou compressio de um gas em um arranjo pistio-cilindro. Durante esse processo, parte da fronteira (a superficie interna do pistio) se move para cima ou para baixo, Portanto, o trabalho de expansio e compressio geralmente ¢ cha: mado de trabalho de fronteira mével ou simplesmente trabalho de fronteira (Figura 4-1). Alguns o chamam de Pa por razdes que serdo explicadas posteriormen- te, O trabalho de fronteira mével é a forma primria de trabalho encontrada em moro- res de automéveis. Durante sua expansio, os gases de combustio forgum 0 pistio a se mover, 0 que, por sua ver, forga o eixo a girar. (0 trabalho de fronteira mével associado # motores ow compressores reais no pode ser determinado de maneira exata apenas por uma andlisetetmodindmica, porque pistio geralmente se move a velocidades muito altas, dficultando a manutengi0 do is interno em estados de equilibrio, Assim, os estados pelos quais © sistema passa durante © processo nao podem ser especificados ¢ nenhuma trajtéria pode ser tragada trabalho, sendo uma fungio da trajet6ria, nio pode ser determinado analiticamente sem 0 conhecimento da mesma, Dessa forma, o trabalho de fronteira em motores ou compressores reais ¢ determinado por medigdes diretas. Nesta seco, analisamios 0 trabalho de fronteira mével de um processo de quase- equilibrio, um processo durante © qual o sistema permanece aproximadamente em equilibrio durante todo 0 tempo. Um processo de quase-equilibrio, também chamado de processo quase estdtico, & umia boa aproximagdo para motores reais, especialmen- te quando o pistdo se move em baixa velocidade. Sob condigdes idénticas, percebe-se ores é maximo e que o consumo de trabalho nos compressores & minimo quando sao usados processos de quase equilibrio, em ver de processos de nao equilibrio. A seguir, 0 trabalho associado a uma fronteira mével & fo para um processo de quase-equilibro. Considere 0 gis confinado no arranjo pistio-cilindro a pistio exposto na Figura 4-2. A pressio inicial do gas € P, o volume total é Ve a segio transversal do pistio é A. Seo pistdo se deslocar de uma distancia ds em quase equilibrio,o trabalho diferen- cial realizado durante esse processo & 8W, = Fds = PAds = P dv wn Ou seja, o trabalho de fronteira na forma diferencial é igual ao produto da pres- so absoluta P pela variagio diferencial no volume dV do sistema, Essa expresso também explica por que o trabalho de fronteira mével é chamado 3s vezes de traba- Iho P dV. Observe na Equagdo 41 que P € a pressio absoluta, que & sempre positiva. Entretanto, a yariagio de volume dV € positiva durante um processo de expansio (aumento de volume) e negativa durante um processo de compressio (diminuigao de volume). Assim, 0 trabalho de fronteira ¢ positivo durante um processo de expansio € negativo durante um processo de compressio, Portanto, a Equagio 4-1 pode ser vista como uma expressio para a produgio de trabalho de fronteira, W,,.. Um resulta- do negativo indica consumo de trabalho de fronteira (compressio), ( trabalho de fronteira total realizado durante 0 processo completo de movimen- taco do pistio € obtido pela soma de todos os trabalhos diferenciais do estado inicial até 0 estado final w=] Pav (ka) Essa integral pode ser avaliada somente se soubermos a relacdo funcional entre Pe V durante o processo. Ou seja, P= iV) deve estar disponivel. Observe que P = iV) € simplesmente a equagao da trajetria do processo em um diagrama P-V. ‘0 processo descrito de expansio em quase-equilibrio é mostrado em um diagra- ma P-V na Figura 4-3. Nesse diagrama, a rea diferencial dA ¢ igual a P dV, que é 0 trabalho diferencial. A érea total A sob a curva de provesso 1-2 € obtida pela ad destas dreas diferenciais: FIGURA 4-1 O trabalho associado a uma fronteira midvel & chamado de trabalho de fronteira, FIGURA 4-2 Um gis realiza uma quantidade diferencial de trabalho 5W, quando forga o pistdo a se mover por unta distancia diferencial ds. FIGURA 4-3 A Grea sob a curva do processo em um diagrama P-V representa o trabalho de fronteira, 136 =|‘ Termodinamica FIGURA 4-4 © trabalho de fronteira realizado durante ‘um proceso depende da trajetoria seguids, ‘bem como dos estados inicial e final. FIGURA 4-5 © trabalho liquido realizado durante um ciclo € a diferenga entre o trabalho realizado pelo sistema ¢ 0 trabalho realizado sobre o sistema. drea=a= [da ['pav oo Uma comparagio dessa equagdo com a Equagio 4-2 revela que a drea sob a curva de processo em um diagrama P-V é igual, em magnitude, ao trabalho realiza- do durante um processo de compressdo ou de expansao em quase-equilibrio de wm sistema fechado. (No diagrama P-v.a rea representa 0 trabalho de fronteira realiza- do por unidade de massa). ‘Um gas pode seguir diversas trajetGrias diferentes quando se expande do estado 1 para o estado 2. Em geral, cada trajetéria tem uma drea diferente abaixo dela e, como essa fea representa a magnitude do trabalho, o trabalho realizado serd diferente para cada processo (Figura 4-4). Isto é esperado, visto que o trabalho & uma fungio de tra jet6ria (isto é, depende da trajetéria seguida, assim como dos estados inicial e fina). Se 0 trabalho nao fosse uma fungio de trajet6ria (ou de linha), nenhum dispositive celica (motores de automéveis, usinas de poténcia) poderia funcionar como dispositi- vvos produtores de trabalho. O trabalho produzido por esses dispositivos durante uma parte do ciclo teria de ser consumido durante outra parte ¢ ndo haveria nenhuma pro- dugiio liquida de trabalho. O ciclo mostrado na Figura 4-5 produz um trabalho liqui- 4o positivo porque o trabalho realizado pelo sistema durante o processo de expansio (Grea sob a trajetéria A) € maior do que o trabalho realizado sobre o sistema durante a parte de compressio do ciclo (4rea sob a trajetéria B) e a diferenca entre esses dois €0 trabalho liquido realizado durante o ciclo (a rea colorida). Se a relagdo entre P e V durante um processo de expansdio ou compressio for dada em termos de dados experimentais, ¢ no na forma funcional, obviamente no podemos realizar a integrago de maneira analitca. Mas sempre podemos tragar 0 di ‘grama P-V/do processo usando os pontos experimentais e calcular graficamente a érea sob a curva para determinar o trabalho realizado, De forma rigorosa, a pressio P na Equagio 4-2 € a presto na superficie inter- na do pistio. Ela € igual & pressio do gas no cilindro se o processo for de quase-equi- Iiprio e, assim, todo 0 gas do cilindro esté & mesma pressio em cada instante. A Equasao 4-2 também pode ser usada para processos de no equilfbrio desde que a pressio na face intema do pistdo seja usada para P. (Além disso, no podemos falar de pressio de um sistema durante um proceso de nio equilibrio, pois as proprieds- des sao definidas somente para estados de equilibrio). Portanto, podemos generalizar ‘a equagdio para © trabalho de fronteira expressando-o na forma w= [ra a ‘onde P, & a pressio na face interna do pistdo. Observe que trabalho é um mecanismo de interacao de energia entre um sistema sua vizinhanga, € W, representa a quantidade de energia transferida do sistema durante um processo de expansio (ou para o sistema, durante um processo de com- pressio). Assim, ele tem que aparecer em algum outro lugar e devemos ser capazes de localizé-lo, visto que a energia ¢ conservada. Em um motor de automdvel, por exem- plo, o trabalho de fronteira realizado pela expansio dos gases quentes ¢ utilizado para superar 0 atrito entre o pisto e 0 cilindro, para deslocar 0 ar atmosférico e para movi- rmentar 0 eixo, Assim = Waa + Wan + Wosw ™ [Fane + P + Fy jdr 45) E-claro que o trabalho usado para superar 0 atrito aparece como aquecimento por ait, ¢ a energiatransmitida pelo eixo é transferida a outros componentes (como as rodas) para a realizago de certas fungdes. Observe, porém, que a energiatransferida pelo sistema na forma de trabalho deve ser igual & soma das energias entregue ao eixo, 2 atmosfera e & usada para superar o atrito. ‘0 uso da equagio para o trabalho de fronteira ndo € limitado apenas 90s proces- sos de quase-equilibrio envolvendo gases. Ela também pode ser empregada para s6li- dose liquids. Capitulo 4 Andlise da Energia dos Sistemas Fechados 1 137 EXEMPLO 4-1 Trabalho de Fronteira em um Processo a Volume Constante Um tanque rigido contém ar a 500 KPa e 150°C. Como resultado ta transferéncia de calor para a vizinhanca, a temperatura e a presséo interna do tanque caem para 65°C € 400 kPo, respectivamente. Determine 0 trabalho de fronteira realizado durante esse processo. ‘Solugdo_0 ar de um tanque rigid ¢ resfriado, e tanto a press8o como a tempera tura caem. O trabalho de fronteira deve ser determinado. ‘Andlise Um esquema do sistema e o diagrama P-V do processo s0 mostrados na Figura 4-6. 0 trabalho de fronteira pode ser determinado pela Equagao 4-2 como sendo 0 w= [rad Discuss40 Tal fato era esperado, jd que o tanque rigido tem volume constante € ‘dV = 0 nessa equagéo. Portanto, nenhum trabalho de fronteira ¢ realizado durante ‘esse processo, Ou Seja, 0 trabalho de fronteira realizado durante um procésso a volume constante & sempre zero. Isso fica evidente no diagrama P-V do processo (a érea abaino da curva do proceso é zero). EXEMPLO 4-2 Compressao Isotérm! ‘Um arranjo pistio-cilindro contém iniciaimente 0,4 m* de ar a 100 kPa e 80°C. O ‘ar € ento comprimido até 0,1 m? de tal maneira que a temperatura dentro do cilin- ‘dro permanece constante. Determine o trabalho realizado durante esse processo. ‘Solugd0 0 ar em um arranjo pistdo-cilindro ¢ comprimide isotermicamente. O tra- bbalho de fronteira deve ser determinado. ‘Anélise Um esquema do sistema e 0 diagrama P-V do processo sé0 mostrados na Figura 4-7. Hipoteses 1 © processo de compresslo é de quase-equilibrio. 2 Nas condicbes ‘especificadas, 0 ar pode ser considerado um gas ideal, uma vez que se encontra a luma temperatura alta e a uma pressdo baixa em relagdo aos seus valores crticos. ‘Andlise Para um gas ideal & temperatura constante To, PU = mai = € ou P= onde Cé uma constante. Substituindo na Equagao 4-2 temos c Pav= Ee 4 a weft Cin = AM Ing 6) v Na Equagdo 4-6, P;V; pode ser substituido por P;V> ou mT, Da mesma forma, VAM, pode ser substituido por P,/P, nesse caso, uma vez que PV; = P,V>. ‘Siibstituindo os valores numéricos na Equaga0 4-6 temos = —S5SKS Discuss40 © sinal negativo indica que esse trabalhd é realizado sobre o sistema (uma entrada de trabalho), 0 que sempre acontece nos processos de compressao. Processo Politrépico Durante os processos reais de expansio © compressio de gases, a pressio € 0 volume sio freqilentemente relacionados por PU" = C, onde te C so constantes. Um processo desse tipo é denominado processo politrpico (Figura 4-8). Desenvolvemos a seguir uma expressio geral para o trabalho realizado durante um processo politré- pico. A pressio durante um processo politrspico pode ser expressa por Calor P.kBa son 400 FIGURA 4-6 Representagio esquemitica e diagrama P-V/do Exemplo 4-1, al 04 FIGURA 4-7 Representagdo esquemitica e diagrama P-V do Exemplo 4-2. 138 | —‘Termodinamica p=cv" “on Substituindo essa relagao na Equaco 4-2 obtemos w= [rw [ev “We=c al 8) uma vez.que C = P,Vj bbém pode ser escrita como V3. Para um gas ideal (PV = mT), essa equagio tam- nel (ki) oo Puts PVs i Para o caso especial em que n = | o trabalho de fronteira resulta = [rw [ cwlav= evn( #) Para um gas ideal esse resultado é equivalente ao processo isotérmico discutido no exemplo anterior. FIGURA 4-8 Representacdo esquemética e diagrama EXEMPLO 4-3 Expansdo de um Gas contra uma Mola P-Vide um processo politrépico. Um arranjo pistéo-cilindro contém 0,05 m* de um gés, inicialmente a 200 kPa. Nesse estado, uma mola linear com constante de mola igual a 150 kN/m ests tocando 0 pistio, mas sem exercer qualquer forga sobre ele. Em seguida, calor € ‘ransferido para 0 gés, fazendo com que 0 pistio se desloque para cima e compri- mma a mola até dobrar 0 volume dentro do cilindro. Se a segao transversal do pis- ‘do for de 0,25 m2, determine (a) a press&o final dentro do cilindro, (b) 0 trabalho total realizado pelo gés e (c) a parcela desse trabalho realizado contra a mola para ‘Solugdo Um gés em um arranjo pistéo-ilindro equipado com uma mola linear se expande devido ao seu aquecimento. Devem ser determinados a pressio final do g8s, 0 trabalho total e a quantidade de trabatho realizado para comprimir a mola. Hipdteses 1 0 processo de expansao é de quase-equilibrio. 2 A mola é linear na regio de interesse. Andie Um esuema do sistema eo dagrama do process so mostacs na igura 4-9, (a) 0 volume confinado no estado final é Vy = 24; = (2)(0,05 m°) = 0,1 m* ‘Consequentemente, o deslocamento do pistdo (e da mola) resulta. AV _ (0.1 = 0,05) m* _ *A ~~ 025me 02m PAPA 320 200 FIGURA 4-9 Representagio esquemtica ¢ diagrama P-Vdo Exemplo 4-3. Capitulo 4 Analise da Energia dos Sistemas Fechados |! 139 4-2 = BALANCO DE ENERGIA EM SISTEMAS FECHADOS (© alango de energia para qualquer sistema passando por qualquer tipo de pro- ‘cesso foi expresso por (consulte o Capitulo 2) 10) an Para taxas constantes, as quantidades totais durante um intervalo de tempo A¢ esti relacionadas as grandezas por unidade de tempo por = OM, W=WAL © AE=(dE/d)Mt (W) 42) (O balango de energia pode ser expresso por unidade de massa por fe & = Mevisema (kJ/kg) M13} 140, | Termodinamica P 7 FIGURA 4-10 Para um ciclo AE = 0, portanto, @ = W. Geral O-W= Ak Sistemas estacionirios Q— W= AU Por unidade de massa q w= de Forma diferenciivel &y— Bw = de FIGURA 4-11 Viirias formas da equagao da Primeira Lei para sistemas fechados. que € obtido dividindo todos os termos da Equagio 4-11 pela massa m do sistema. O balango de energia também pode ser expresso na forma diferencial como AE oma OU Be, — Be, = de iver 4a) Em um sistema fechado executando um eielo, os estados inicial e final slo idén- ticos e, portant 0, Assim, 0 halango de energia em um ciclo pode ser simpli 0. ou E, = E,, Observando que em um sistema fechado nao existe fluxo de massa através de Suss fronteiras, o balango de energia em ‘um ciclo pode ser expresso em termos das interagGes entre calor e trabalho como 15) Wags = Qige 00 Wye = Gige (para um cicloy Ou seja, 0 trabalho Iiquido realizado durante um ciclo igual ao calor liquide fornecido. (Figura 4-10). As equagoes do balango da energia (ou Primeira Lei) jd mencionadas sao intuitivas por natureza e sio ficeis de usar quando conhecidas as magnitudes ¢ diregdes da trans- feréncia de calor e da realizado de trabalho. Contudo, ao realizar um estudo analitico geral ou ao resolver um problema que envolva.uma interagdo desconhecida de calor e ta- balho, precisamos arbitrar uma dinecio para as interagies de calor de trabalho. Nesses casos, € pritica comum utilizar a convengio clissica de sinais termodinamicos ¢ supor que 0 calor € transferide para o sistema (entrada de calor) na quantidade @ € 0 trabalho realizado pelo sistema (saida de trabalho} na quantidade W, € ento resolver o proble- ‘ma, A equagao do balango da energia nesse caso de sistema fechado toma-se igs — Mag ou Q-W=AE 4-16) onde OQ = Qwe = Q. — Q, é a entrada liquida de calor e W = Wy. = W, ~ W, & saida liquida de trabalho. A obtengao de uma quantidade negativa de Q ou W significa simplesmente que a diregdo assumida para aquela quantidade estava incorreta e deve ser invertida. Na Figura 4-11 so expostas vrs formas dessa equa radicional” da Primeira Lei para sistemas fechados. ‘A Primeira Lei no pode ser comprovada matemticamente. Entretanto, nio se conheve um processo sequer na natureza que a tenha violado,e isto pode ser onside rado prova suficiente. Observe que, se fosse possivel comprovar a Primeira Lei com base em outros principios fisicos, a Primeira Lei seria uma conseqiéncia daqueles prineipios em ver de ser por si s6 uma lei fundamental da fsica, ‘Como formas de energia, calor e trabalho no slo to diferentes, e voc8 provavel- mente deve se perguntar por que continuamos a fazer distingdo entre eles. Afinal. ‘ariago no contetido de energia de um sistema é igual quantidade de energia que ar ‘essa as fronteiras do sistema, e no faz diferenga se a energiaatravessaa fronteira como calor ou trabalho. Pode parecer que as expresses da Primeira Lei seriam muito mais simples se tivéssemos apenas uma quantidade que pudéssemos chamar de interagao de ‘energia para representar 0 calor e 0 trabalho. Bem, do ponto de vista da Primeira Lei calor e trabalho no sio nada diferentes. Do ponto de vista da Segunda Lei, entre to, calor e trabalho sio muito diferentes, como discutiremos nos prOximos capitules. EXEMPLO 4-4 Aquecimento Elétrico de um Gés a Pressdo Constante ‘Um arranjo pistéo-cilindro contém 25 g de vapor 'égua saturado, mantido a pres- ‘80 constante de 300 kPa, Um aquecedor 2 resisténcia dentro do cilindro ¢ ligado € circula uma corrente de 0,2 A por 5 min a partir de uma fonte de 120 V. Ao ‘mesmo tempo, ocorre uma perda de calor de 3,7 KJ. (a) Mostre que para tm siste- ma fechado 0 trabalho de fronteira Wy e a variagao da energia interna AU na equa- ‘go da Primeira Lei podem ser combinados em um Gnico termo, H, para um pro- ‘Gess0 a pressdo constante, (b) Determine a temperatura final do vapor. Solugao Vapor d’égua saturado em um arranjo pistio-cilindro se expande a pres- ‘0 constante como resultado do aquecimento, Deve ser demonstrado que AU + W, = AH, €@ temperatura final deve ser determinada. Hipdteses 1.0 tanque ¢ estacionatio e, portanto, as variagBes da energia cinética € potencial 880 zero, AEC = AEP = 0. Entdo, SE = AU, ea energia interna & a ‘inica forma de energie do sistema que pode variar durante 0 processo. 2 Os fics Capitulo 4 Andlise da Energia dos Sistemas Fechados | 41 PkPal 300 Q=378 FIGURA 4-12 Representagio esquemat diagrama P-v do Exemplo 4-4. ‘elétricos constituem uma parte muito pequena do sistema e, portanto, 2 variag30 ‘de energia dos fios pode ser desprezada. ‘Andlise Tomamos 0 conteddo do cilindro, incluindo a resistencia, como sendo 0 sistema (Figura 4-12). Este & um sistema fechado, uma vez que nienhuma massa atravessa a fronteira do sistema durante 0 processo. Observamos que um arranjo pistdo-cilindro geralmente apresenta uma fronteira mével e portanto trabalho de fronteira W,. A pressdo permanece constante durante 0 processo e, assim, Pp = P,. AAlém disso, calor @ perdido pelo sistema e € realizado trabalho elétrico W, sobre 0 sistema. (2) Esta parte da solugéo envolve@ andlise global de um sistema fechado que passa or um processo de quase-equllbrio a pressso constante, Arbtramas a deco da ‘ransferéncia de.calor @como sendo para o sistema eo trabalho W como sendo rea- lizado pelo sistema. Também expressamos o trabalho como a some do trabalho de fronteirae outras formas de trabalho (como elétrico de eixc), Assim, o balango de ‘energia pode ser expresso como Ep Bo Apis Sie an Tania dept ig de err ‘prea reg ease to ae ve a) Pgh tee = Wess = Wy = Uy — Hair Se a eS a alse Las i. PalVe — V,), Substituindo esta expresso na equa¢ao anterior temos Q Wosiro — PolVz = Vi) = Uy = Entretanto, Py = Py = Py > QO Wouayy = (Uz + P2V3) — (Uy + PiVy) Além disso H = U + PVe assim Woo = Hs=Hy (kd) a7) ens ia 9 2). eo sours estar passam por um processo de quase-equilibrio 2 pressBo constante & Peas secre ‘ois 0 trabalho de fronteira esté automaticamente contempla- do nos termos de entalpia e no é mais necessério determin4-lo separadamente. (8) A Gnica outra forma de trabalho, neste caso, & 0 elétrico, que pode ser determi- ep kis 1000 VA, qabon) 7 T2kI FIGURA 4-13 Para um sistema fechado que passa por tum processo de quase equilibrio com P= constante, AU + W, = AH. 142 Termodinamica Estado I: P, = 300 kPa vapor sat. A entalpia no estado final pode ser determinada diretamente pela Equagdo 4-17 expressando a transferéncia de calor do sistema € o trabalho realizado no sistema ‘como grandezas negativas (uma vez que suas direoSes s80 opostas 3s direcdes arbi {radas inicialmente). Alternativamente, podemos usar a equaglo do balanco global de energia com a simpliicag8o de que o trabalho de fronteita 6 automaticamente levado em conta pela substituico de AU por AH em um processo de expansdo ou Compresséo a pressio constante: E, = 5, = Cae } ‘hy = hy @ soo yrs = 27249 Kd /kg, (Tabela A-S)| ‘nme gander ‘rapes ‘emacs vate ae Se ‘secu Wee — Q, — Wy = AU- Wee ~ Q, = AH = m(y hy) (uma vez que P = constante) 7.2kJ ~ 3,7 kJ = (0,025 kg)(h, — 2724,9) ki /kg. hy = 2864.9 kI/kg ‘Agora o estado final esta totalmente especificado, uma vez que conhecemos a pres 580 @ a entalpia. A temperatura nesse estado & Estado 2: P= 300kPa hy = 2864.9 k/kg. Portanto, 0 vapor estaré a 200°C 20 final desse processo. Discussdo A rigor, a variag8o da energia potencial do'vapor nesse processo néo ¢ ero, uma vez que 0 centro de gravidade do vapor elevou-se um pouco. Conside- indo uma variagdo de elevagao de 1 m (0 que ¢ bastante improvavel), a variagio ‘ha energia potencial do vapor seria de 0,002 kJ, 0 que é muito pouco comparado 208 outros termos da equacao da Primeira Lei. Assim, em problemas desse tipo, 0 termo da energia potencial & sempre desprezado. } T.= 200°C (Tabela A-6) EXEMPLO 4-5 —_Expanso Nao Resistida da Agua ‘Uma partigao divide um tanque rigido em duas partes iguais. Inicialmente, um lado do tanque contém 5 kg de agua a 200 kPa e 25°C, e 0 outro lado esta evacuado. AA pattig30 &, ento, removida e a agua se expande ocupando todo o tanque. ‘Suponha que a gua troque calor com a vizinhanga até que a temperatura no tan- ue retorne ao valor inicial de 25°C. Determine (a) o volume do tanque, (b) a pres ho final e (c) a transferéncia de calor ocorrida no processo. Solugao Metade de um tanque rigido é preenchida com agua liquida enquanto 2 utra metade esté evacuada. A partic ¢ removida e agua se expande e preen che todo o tanque, enquanto a temperatura é mantida constante. Dever ser deter ‘minados 0 volume do tanque, a presséo final e a transferéncia de calor. Hipoteses 1 0 sistema ¢ estacionério e, assim, as variagSes da energia cinética potencial s8o zero, AEC = AEP = 0 e AE = AU. 2 A diregdo da transferéncia ‘de calor € para o sistema (ganho de calor, Q,). Um resultado negativo de Q, indi- ca que a diregdo arbitrada esté ertada e, portanto, hé uma perda de calor. 3.0 volume do tanque rigido & constante e, portanto, no ha nenhuma transferéncia de ‘energia como trabalho de fronteira. 4 A temperatura da dgua permanece const te durante 0 proceso. 5 Néo ha trabalho elétrico, de eixo ou qualquer outro tipo de trabalho, ‘Andlise Consideramos 0 conteddo do tanque, incluindo 0 espago evacuado, como sendo 0 sistema (Figura 4-14), Esse ¢ um sistema fechado, uma vez que nenhuma ‘massa atravessa a fronteira do sistema durante o processo. Observamos que a éeua preenche todo 0 tanque quando a partico € removida (possivelmente como uma mistura de liquide e vapor). Capitulo 4 Andlise da Energia dos Sistemas Fechados =| (143 P. KPa Frontera do sistema FIGURA 4-14 Represent io esquematica e diagrama P-v do Exemplo 4-5. {21 Inicialmente @ gua do tanque existe como um liquida comprimido, pois sua pres- ‘s80 (200 kPa) € maior que a pressio de saturacgo a 25°C (3,1698 kPa). Aproximando © liquido comprimido como um liquido saturado na temperatura dada, obtemos “Vi Vie ase = 0,001003 m’/kg = 0,001 m'/kg ——(Tabela A~4) Entéo, volume inicial da agua é V, = my, = (5'kg)(0,001 m’/kg) = 0,005 m* 0 volume total do tanque 6 duas vezes esse valor: Vangae = (2)(0,008 m?) = 0,01! {(b) No estado final, o volume especttico da agua & que € duas vezes 0 volume especitco inicial. Esse resultado & esperado, uma vez {ue 0 volume dobra enquanto a quantidade de massa permanece constante. ‘A2S°C: vj = 0,001003 m'/ke_¢ Vv, = 43,340 m'/kg(Tabela A-4) Como vj < vo < vs-a gua ¢ uma mistura liquido-vapor saturada no estado final e, ‘assim, a pressdo é a presséo de saturacdo a 25°C: Py = Pore asc = 31698 kPa (Tabela A-4) (0) De acordo com as hipéteses e observagdes enunciadas, o balanco de energia no sistema pode ser expresso por ‘tii de-N de eet ‘see pr caee eta ‘etn Mo deen ‘eto Q.= AU = mu; =u) Observe que, ainda que a agua se expanda durante esse processo, o sistema esco- ‘hide possui’ apenas fronteiras fixas (inhas tracejadas) e, portanto, o trabalho de fronteira # zero (Figura 4-15). Logo W = 0, uma vez que o sistema néo envolve oenhuma outra forma de trabalho. (Voc® conseguiria chegar & mesma conclusdo se escolhesse a dgua como sistema?) Inicialmente Calor ty, thers = 104,83 ki/kg ‘0 titulo no estado final é determinado pelo conhecimento do volume especifico: FIGURA 4-15 0,002 - 0,001 hoe 3 Me ‘A expansio contra 0 vicuo nio envolve Evy et ABM O01 Feo trabalho e, portanto, nenhuma transferéncia de energia. Termodinamica tke Aqua 20-30°C, 45K sgh FIGURA 4-16 So necessdrias diferentes quantidades de energia para aumentar em um mesmo valor a temperatura de substncias diferentes m=tkg | ar=1e [Calor expecitico = 5 kiikg °C) eg su FIGURA 4-17 Calor especifico 6 a energia necesséria para elevar em um grau a temperatura de ‘uma massa unitéria de uma substincia em um determinado processo, FIGURA 4-18 Calores especificos a volume e a presslo constantes ¢, € ¢, (0s valores apresentados io do gas hétio).. My = ty + Katty, oA i z = 104,83 kidkg + (2.3 X 10°5)(2304,3 kUMkg) ms = 104,88 Keg ‘Substituindo temos \; Q. = (5 kg)[(104,88 — 104,83) KIkg) = 025m Discussi0 0 sinal positivo indica t screso, 0s poston auea Grete abate xt cael oalor 4-3 * CALORES ESPECIFICOS ‘Sabemos, por experiéncia, que sio necesssrias diferentes quantidades de energia para elevar em um grau a temperatura de massas idénticas de substincias diferentes. Por exemplo, precisamos de cerca de 4.5 kJ de energia para clevar a temperatura de 1 kg de ferro de 20°C para 30°C, enquanto precisamos de cerca de 9 vezes essa energia (41.8 kJ para ser exato) para clevar de um mesmo valor a temperatura de 1 kg de égua liquida (Figura 4-16). Portanto, é desejével obter uma propriedade que nos permita comparar as capacidades de armazenamento de energia de vrias substincias. Essa propriedade ¢ 0 calor especifico. O calor especifico é definido como a energia necessdria para elevar em um grau a temperatura de uma massa unitdria de uma substdncia (Figura 4-17). Essa energia, em geral, depende de como o processo é executado. Em termodindmica, esta- ‘mos interessados em dois tipos de calor especifico: ealor especifico a volume cons tante c, ¢ calor especifico a pressio constante c,. Fisicamente, 0 calor especifico a volume constante ¢, pode ser visto como a ener- sia necesséria para elevar em wm grau a temperatura de uma massa unitéria de uma ‘substdncia enquanto o volume permanece constante. A energia necesséria para fazer 0 ‘mesmo mantendo a pressio constante € o calor especifico a pressio constante ¢,. Tais processos sio ilustrados na Figura 4-18. O calor especifico a pressio constante ¢, é sempre maior do que ¢, porque & pressio constante o sistema pode se expandir © a ‘energia devida ao trabalho de expansio também deve ser fornecida ao sistema. “Tentamos, agora, expressar 0s calores especificos em termos de outras proprie- Pay, 23 Agua existe como um liquido comprimido no estado especificado. {@) Nas tabelas de liquido comprimido temos P= 15MPa T= 100°C Este 6 0 valor exato. {b) Aproximando 3 liquido comprimido como liquide saturado a 100°C, como é ‘comumente feito, obtemos th = bye ore = 419,17 KS ke O ero associado& este valor & de cerca de 2.6%. (c) Da Equagdo 4-37, hers ™ nor * Veor{? ~ Pra) = (419,17 kI/kg) + (0,001 m? kg){(15.000 - 101,42) a(t) 1kPa-m* = 434,07 kiky Discussdo Observe que o termo de corregdo reduziu o erro de 2,6% para cerca de 1% neste caso. Entretanto, essa melhoria na preciso geralmente no compensa 0 esforgo extra envolvido. } h= 43039 kI/kg—(Tabela A-7) EXEMPLO 4-10 __Resfriamento de um Bloco de Ferro pela Agua Um bloco de ferro de 50 kg e 2 80°C & mergulhado em um tanque termicamente isolado que contém 0,5 m? de agua liquide a 25°C. Determine a temperatura quan- 0 0 equilibrio térmico for atingido. Solugo Um bloco de ferro € imerso na égua em um tanque isolado. Deve ser determinada a temperatura quando o equilibrio térmico é alcancado. oe 1 Tanto a dgua como o bloco 's80 substancias incompressiveis. ‘Colores especifices constantes & temperatura ambiente podem ser assumides PP sp peraepig tay 3.0 sistema 6 estaciondrio e, assim, as variagBes da ‘energia cinética e potencial s80 zero, SEC = AEP = Oe AE ~ AU. 4 Nao hd ‘nenium trabalho elétrico, de eixo ou qualquer outra forma de trabalho. 5 O siste- ‘ma est bem isolado e, portanto, nao hé transferéncia de calor. Andlise Escolhemos todo 0 contetdo do tanque como o sistema (Figura 4-33). ‘Esse € um sistema fechado, uma vez que nenhuma massa atravessa a fronteira do sistema durante 0 proceso. Como o volume de um tanque rigido & constante, ‘do existe trabalho de fronteira. O balango de energia do sistema pode ser expres- $0 por Bea Be ne | AB tial rn peat ionasedes pate” o= au FIGURA 4-33 Representagdo esquemitica do Exemplo 4-10, 153 Termodinamica FIGURA 4-34 Representagdo esquemitica do Exemplo 4-11. A energia interna total U.é uma propriedade extensiva e, portanto, pode ser expres- ‘sa como a soma das energias internas das partes do sistema, Ent8o, a variacao total dda energia interna do sistema resulta MU gana = AU ga + SU sg = 9 ime Tz ~ Ti) Jeeno + Lme(Ts = Th) lag, = 0 (0 volume especifico da agua liquida em temperatures préximas da temperatura do ‘ambiente pode ser tomado como 0,001 m*/kg. A massa de agua é on UO Maen = y= O01 mifeg 7 OE scars sre frente i feelin se eat eee Ne 0,45 KIME «°C @ Cagu = 4,18 kilkg °C. Substituindo esses valores na equa- i 6a ener, obteros (50 kg) (0.45 ki/kg - °C)(7; — 80°C) + (500 kg) (4,18 ki/ks -*C) (7; ~ 25°C) = 0 T, = 25,6°C Portanto, quando estabeecidoo equilbriotrmico, tanto a gua como o ferro esta- fo a 25,6°C, Discussdo © pequeno aumento da temperatura da gua deve-se & sua grande ‘massa e a9 alto calor especifico. EXEMPLO 4-11 Aumento da Temperatura Provocado por um Tapa ‘Se voc® alguma vez deu um tapa ou levou um tapa de alguém, provavelmente se lembra da sensagao de queimacdo. Imagine que voce viveu a infeliz sitvagdo de levar um tapa de uma pessoa enraivecida e isso fez com que a temperatura da area da face atingida subisse 1,8°C (nossa!). Considerando que a mao que deu o tapa tivesse uma massa de 1,2 kg e que cerca de 0,150 kg do tecido da face e da mao fo afetado pelo incidente, calcule a velocidade da méo imediatamente antes.do impacto. Considere que o calor especifico do tecido € de 3,8 ki/kg - °C. Solugdo Uma pessoa leva um tapa na face. Deve ser determinada a velocidade de ‘impacto da mao, conhecido o aumento da temperatura da parte afetada. Hipdteses 1 Depois do impacto a mao fica completamente parada. 2 A face leva © tapa sem se movimentar signficativamente. 3 Nenhum calor ¢ transferido da area afetada para a vizinhanga e, portanto, 0 processo ¢ adiabético. 4 Nao é reali- zado nenhum trabalho sobre ou pelo sistema. 5 A variac0 de energia potencial é zero, AEP = Oe AE ~ AU + AEC. ‘Anélise_Analisamos esse incidente de maneira profissional, sem envolver ai ‘emozSo. Primeiro, identificamas o sistema, desenhamos um esquema dele € ‘mos nossas observagdes sobre as especificidades do problema. Consideramos a mo e a parte afetada da face como sendo o sistema (Figura 4-34), Esse & um sis- tema fechadb, pois envolve uma quantidade fixa de massa (no ha transferéncia de massa). Observamos que 2 energia cinética da mao diminui durante 0 processo, conforme evidenciado pelo decréscimo da velocidade do valor inicial até zero, enquanto a energia intema da area afetada aumenta, como evidenciado pelo 1umento na temperatura. Aparentemente no hé nenhume transferéncia de energia significativa entre o sistema e sua vizinhanca durante esse processo, Com as hipéteses e observacdes enunciadas, 0 balanco de energia do sistema pode ser escrito na forma B-k 0 = WM ycisostants + AECra0 0 = (mT) asin ncnso + {(0 ~ V2)/2 a Capitulo 4 Andlise da Energia dos Sistemas Fechados =| 155 Ou seia, 2 diminuigao da energla cinética da mo deve ser igual 20 aumento da cemergia interna da érea afetada. Explicitando a velocidade e substituindo as quan- tidades informadas, a velocidade de impacto da mao é determinada como sendo ee [2(MCAT recs ater een Moo [2S KeVSR ETRE -°CVTEC) ( ree sy Tks. Tki/kg = 41.4 mis (ou 149 kwh) ‘Discuss0 A reconstrucao de eventos como esse, com as hipdteses adequadas, geralmente ¢ utilizada em engenharia forense. a assasass ‘Uma importante e interessante érea de aplicago da termodinamica é a dos sistemas biol6gicos, onde ocorrem os processos mais complexos e intrigantes de transferéncia e transformagio de energia. Os sistemas biol6gicos nio esto em ‘equilfbrio termodinamico, portanto, nao so féccis de analisar. Apesar de sua 25 _ Oke) Hr) (4-38) onde W 6 o peso (na verdade, a massa) da pessoa em kg e H é a altura em m, Portanto, um IMC de 25 & 0 limite maximo do peso saudavel e uma pessoa com IMC de 27 esta 8% acima do peso. A faixa adequada de peso para adultos de diversas alturas & dada na Tabela 4-3 em unidades SI. EXEMPLO 4-12 Queimando as Calorias do Almoco : Um homem de 90 kg comeu dois hambirgueres, uma porgao normal de batatas fri- ‘tas e um refrigerante de 200 mi no almogo (Figura 4-41). Determine quanto tempo ele levard para queimar as calorias do almoco (a) assistindo TV e (b) nadando damente. Qual seria sua resposta para um homem de 45 kg? “=U Salucdo Um homem almocou em um restaurante. Deve ser determinado o tempo que ele levara para queimar as calorias do almoco assistindo TV e nadando rapida- mente. : ny Hipdtese Os valores das Tabelas 4-1 e 4-2 so aplicdveis para alimentos cicios.. nay ‘Andlise (a) Consideramos 0 corpo humano como nosso sistema e 0 tratamos como um sistema fechado cujo conteddo de energia permanece inalterado durante 0 pro- cesso. O principio de conservacao da energla exige que a entrada de corpo seja igual & saida de energia. A entrada liquida de energia, neste cas0, ¢ 0 conteddo de energia metabolizével do alimento ingerido. Ela € determinada Tabela 4-1 como, 4 Ga E,= 2% Ese + Ein + Erion ae = 2X 275 + 250 + 87 hh = 887 Cal r ‘taxa de salda de energa de um homem de 68 kg assstindo TV 6 dada na Tabe- la 4-2 como sendo de 72 Calorias/h. Para um homem de 90 kg ela é de 5 00kg) sage = 95.Calh fa Capitulo 4 Analise da Energia dos Sistemas Fechados | 161 Portanto, levaré sing 3p Para queimar as calorias do almoco assistindo TV. (0) De maneira similar, pode-se mostrar que séo necessérios apenas 47 min para ‘queimar as calorias do almogo nadando rapidamente. Discussao ior FedInT ME Re reeds So rv do Uc tetan te OS kg. Portanto, gastar a mesma quantidade de energia leva duas vezes mais tempo ‘em cada caso: 18,6 h assistindo TV e 94 min nadando rapidamente. com o Consumo de Batatas Fritas sem ‘A gordura folsa olestra passa pelo corpo sem ser digerida e, assim, adiciona zero Caloria & dieta. Embora 0s alimentos cozidos com olestra tenham um bom Sabor, tire ees iaid 99 Mb iar ro ee cides. Una pore de 28,3 ¢ de baat fia comate tem 10 @ de ordre © 1150 Calorias, enguanto a mesma quantidade de batatafrita “sem gordura” prepa- rada em olestra tem apenas 75 Calorias. Imagine que uma pessoa coma 28,3 ¢ de batatas fritas normais todo dia no almoro, sem ganhar nem perder peso. Determine quanto peso essaipessoa perderd em um ano se passar a comer batatas fritas sem ordura (Figura 4-42), | Solui¢do Uma pessoa deixa de comer batatas fritas normais ¢ passa a comer bata- tas fritas “sem gordura”. Determine 0 peso que a pessoa perderia em um ano. Hipétese A prética de exercicios e outros habitos alimentares continua a mesma. ‘Anélise ® pessoa que passa @ comer batatas fritas sem gordura consome 75 CCalorias a menos por dia. Assim, 4 redugSo anual em calorias consumidas resulta Exetusag = (15 Calldia)(365 dia/ano) = 27.375 Cal/ano) 0 conteddo de energia metabolizavel de 1 kg de gordura corporal ¢ 33,100 KJ. FIGURA 4-42 Portanto, considerando que o déficit na ingestio de calorias € compensado pela : Graal ASH eer ema bases coca oats a nes ers Lnniartrs /esquematica do Tat -xemplo (3) Processo politrépico sobre um sistema ao longo de uma distincia. A forma mais ‘comum de trabalho mecanico € o trabalho de fronteira, que €0 trabalho associado & expansio € compressio de substincias. Em um diagrama P-V, a drea sob a curva do processo represen- tao trabalho de fronteira para um processo de quase-equilibro. Varias formas de trabalho de fronteira so expressas desta smaneira: (1) Geral W, [ Pav (2) Processo isobarico, Wy = Po(V2— Vi) (Py = Py = Po = cconstante) wy ee (n #1) (PV* = constante) (4) Processo isotérmico de um gés ideal Ve = mietyin Gow {A Primeira Lei da Termodindmica & essencialmente uma expresso do princfpio de conservacao da energia. O balango de energia de qualquer sistema que passe por qualquer proceso Pode ser expresso por W, = PY In (PV = mRT, = constante) Termodinamica Ele também pode ser expresso na forma de taxa por & kW) Test metas eewerpa prc ine E, = dEesonuldt ‘ade wa do Considerando a transferéncia de ealor para o sistema ¢ 0 trabalho realizado pelo sistema como quantidades positivas, 0 balango de energia de um sistema fechado pode ser expresso por Q-W=AU+AEC+ AEP (Kd) W= Wao + Wo AU = mus ~ a) vi) AEP = mg(z: ~ z1) Para um processo a pressdo constante, W, + AU = AH. Assim, 2 — Won = AH + AEC + AEP (KI) ‘A quantidade de energia necesséria para elevar em um ‘fat a temperatura de uma massa unitéria de uma substancia é chamada de calor espectfico a volume constante c, para um processo a volume constante e calor especifico a pressao cons- ‘ante cy para um processo a pressio constante. Eles sao defini- dos por a= (#) c= (3), Nos gases ideais, uh, ¢, € ¢, Sio fungies apenas da tem: peratura, Au e Ah dos gases ideais sio expressos por suas — a= [eda eal: ~ 1) a [ IAT & Coea(Ts ~ Ti) Para os gases ide: otk 6, € € estdo relacionados por (ki/kgK) onde R é a constante do gas. A razaio dos calores especiticos & € definido por Para substancias incompressiveis (liquidos e s6lidos), 0s calores especificos a pressio constante e a volume constante so idénticos e denotados por ¢: % ese (Ki/ke+K) As variagdes Awe Ah das substincias incompressiveis si0 dadas por Aus [c(rar a eaults—1) — (/ks) Mh=Au+vAP — (Ki/kg) aa Ls 1, ASHRAE Handbook of Fundamentals. versio SI. Atlanta, GA. American Society of Heating, Refrigerating, and Air- Conditioning Engineers, Inc., 1993. 2. ASHRAE Handbook of Fundamentals. versio SI. Atlanta, GA: American Society of Heating, Refrigerating, and Air- Conditioning Engineers, Inc., 1994. ess Trabalho de Fronteira Mével 4H1C Em um diagrama P-v, 0 que representa a drea sob a curva do processo? 42C _O trabalho de fronteira associado a sistemas de volume constante é sempre zer0? 43C Um gis ideal em um dado estado se expande até um determinado volume final primeiro a pressio constante © *0s problemas designados por um “C” so perguntas conceituais, ¢ (0 alunos so incentivados a responder a todas elas. Os problemas ‘com o icone @ tém natureza abrangente © destinam-se & solu- G40 com 0 auxilio de um computador, de preferéncia utilizando 0 programa EES. depois a temperatura constante, Em qual caso o trabalho re zado é maior? 4HC_ Demonsire que | kPam' = 1 kd. 445 Um arranjo pistio-cilindro inicialmente contém 0,07 m? de 2s nitrogénio a 130 kPa e 120°C. O nitrogénio entio se expande politropicamente para um estado de 100 kPa e 100°C. Determine ‘© trabalho de fronteira realizado durante esse processo. 46 Um arranjo pistio-citindro com batentes contém inicial- mente 0,3 kg de vapor d’fgua 1,0 MPa e 400°C. A localizagio dos batentes corresponde a 60% do volume inicial. O vapor & ‘entdo resfriado, Determine o trabalho de compressa caso 0 esta do final seja (a) 1,0 MPa e 250°C ¢ (h) 500 kPa, (c) Determine também a temperatura no estado final na parte (b). Capitulo 4 Andlise da Energia dos Sistemas Fechados | 47 Umarranjo, de gs nitrogen 130 KPa e 120°C. O nitrogeno enti se expande, de maneira politrépica, até uma presséio de 100 kPa com um expoente politrépico cujo valor é igual razdo entre os calores especificos (a chamada expansdo isventrdpica). Deter- mine a temperatura final ¢ © trabalho de fronteira realizado durante esse processo. 44-8 Uma massa de 5 kg de vapor d’égua saturado a 300 kPa € aquecida a pressio constante até que a temperatura atinja 200°C. Calcule © trabalho realizado pelo vapor durante esse processo, Resposta: 165,9 ki 49 Um amanjo pistio-cilindro que nio softe atrito contém, inicialmente, 200 I de refrigerante-134a liquido saturado. O pis- tio estd livre para se mover e sua massa é tal que mantém uma pressio de 900 kPa sobre o refrigerante. O refrigerante € entao aquecido até que sua temperatura atinja 70°C. Caleule o traba- tho realizado durante esse processo. Resposta: 5571 4d Perea Tie FIGURA P4-9 410 Reconsidere o Problema 4-9. Usando 0 EES (ou outro programa), investigue o efeito da pressio sobre o trabalho. Varie a pressaio de 400 kPa a 1200 kPa. Trace tum grafico do trabalho realizado versus a pressio e discuta os resultados, Explique por que a curva nio é linear. Trace tam- bbém o processo deserito no Problema 4-9 num diagrama P-v. 4411 Uma massa de 2.4 kg de ar a 150 kPa e 12°C esti con- {ida em um arranjo pistio-cilindro bem vedado, que no sofre atrito. O ar € entio comprimido até a pressio final de 600 kPa, Durante esse processo, calor & transferido do ar para o ambien- te extemo de maneira que a temperatura dentro do cilindro per- ‘manece constante, Caleule 0 trabalho realizado sobre 0 ar esse provesso, Resposta: 272 kd 412. Nitrogénio no estado inicial de 300 K, 150 kPa ¢ 0.2 m* € lentamente comprimido em um processo isotérmico até a pressio final de 800 kPa, Determine o trabalho realizado duran- te esse processo, 163 413 _Um gas comprimido de um volume inicial de 0,42 m* até um volume final de 0,12 m’. Durante esse proceso de quase-equilibrio, a pressio varia com o volume de acordo com, arrelagio P = aV + b, onde a = ~1200 kPa/m’ ¢ b = 600 kPa. Calcule o trabalho realizado durante esse processo (a) tragando um grifico do processo em um diagrama P-Ve determinando a rea sob a curva do proceso e (b) realizando as integragdes necessrias FIGURA P4-13, 414 Durante alguns processos reais de expansio e com- pressdo em arranjos pistdo-cilindro, observou-se que os gases obedecem a relagio PU" = C, onde n e C sio constantes. Calcule o trabalho realizado quando um gas se expande de 150 kPa e 0,03 m? para um volume final de 0,2 m' no caso em que n = 1.3. 415 Reconsidere o Problema 4-14. Usando 0 BES (ou ‘outro programa), trace um grifico do processo descrito no problema em um diagrama P-Ve investigue o ef to do expoente politrépico n no trabalho de fronteira. Faca 0 expoente politrdpico variar entre 1,1 ¢ 1,6. Trace um grifico do trabalho de fronteira versus 0 expoente politrspico e discuta os resultados. 4416 Um arranjo pistdo-cilindro contém 2 kg de nitrogénio a 100 kPa e 300 K. O nitrogénio é entio comprimido lentamente de acordo com relago PV" = constante alé que atinja uma temperatura final de 360 K. Calcule o trabalho realizado durante esse processo. Resposta: 89 ki} FIGURA P4-16 4417 A equagao de estado de um gis € dada por UP + 10/04) = R,T_ onde as unidades de 0 € P sio m'/kmol e kPa, respec- tivamente, 0,5 kmol desse gis é expandido em um processo de quase-equilibrio de 2 para 4 ma temperatura constante de 300 K. Determine (a) a unidade da grandeza 10 na equagao (b) 0 trabalho realizado durante esse processo de expansio isotérmica, 164 | Termodinamica 418 BB Reconsidere o Problema 4-17, Usando o recurso de integragao do EES, calcule o trabalho realizado © compare o resultado com o resultado do céleulo manual do Problema 4-17. Trace o processo descrito no problema em um wgrama P-v. 4419 Didxido de carbono contido em um arranjo pistao-ci dro é comprimido de 0.3 para 0,1 m’. Durante 0 processo, ‘1 pressio e 0 volume sio relacionados por P = aV-?, onde a = 8 kPa-m®, Calcule o trabalho realizado sobre 0 didxido de ccarbono durante esse provesso. Respasta: 53,3 kl 4-20 Um arranjo pistio-cilindro contém 50 kg de agua a 250 KPa © 25°C. A secao transversal do pistio € de 0.1m. Calor & transferido para a ‘gua, fazendo com que parte dela se evapore & se expanda. Quando o volume atinge 0,2 m’, © pistio encontra tums mols linear cuja constante de mola é 100 kN/m. Mais calor € transferido para a dgua até que 0 pistdo suba mais 20 cm. Determine (a) pressio e temperatura finais ¢(b) 0 traballvo rea- lizado durante esse processo. Mostre © processo também em um dingrama PV, Respostas: (a) 450 KPo, 147,9°C, (b) 44,5 Kd FIGURA P4-20 4-21 BW Reconsidere o Problema 4-20, Usando o recurso Aa cle integragio do EES, investigue o efeito da cons- tante de mola sobre a pressio final no cilindro € 0 trabalho de fronteira realizado. Varie a constante de mola de 50 kN/ a 500 kN/m, Trace em um grifico a pressio final eo trabalho de fron- ‘ira em fungdo da constante da mola e discuta os resultados. 422 Determine o trabalho de fronteira realizado por um gis durante um processo de expansio se os valores da pressio € do volume em virios estados si0 medidos como 300 kPa, 1; 290 kPa, 1,11; 270 kPa, 1,21; 250 kPa, 14 I 220 KPa, 1,7 Le 200 kPa, 2 1. 4-23 Umarranjo pistio-cilindro contém 0,25 kg de gis nitro- 6nio inicialmente x 130 kPa e 120°C. O nitrogénio é entao expandido isotermicamente até uma pressio de 100 kPa. Determine 0 trabalho de fronteira realizado durante esse pro- eesso. Resposta: 7,65 4) Ns 130 kPa 120°C FIGURA P4-23 424 Um arranjo pistdo-cilindro contém 0,15 kg de ar i cialmente a 2 MPa ¢ 350°C. O ar € primeiro expandido isoter- micamente para 500 kPa, depois comprimido politropicamente ‘com um expoente poltrépico de 1,2 até a pressao iniciale,final- ‘mente, comprimido a presso constante até 0 estado inicial. Determine o trabalho de fronteira em cada proceso ¢ o traba- Iho liquido do ciclo, Balanco de Energia de Sistemas Fechados 4425 Um tangue rigido de 0,5 m? contém refrigerante-134a inicialmente a 160 kPa ¢ titulo de 40%. Calor é entio transferi- do para reffigerante até que a pressio atinja 700 kPa. Determine (a) a massa do refrigerante no tanque e (b) a quanti- dade de calor transferido, Mostre, também, 0 processo em um diagrama P-v que inclua as linhas de saturagao. 4-26 Um tanque rigido bem isolado comtém 5 kg de uma mistura saturada de liquido © vapor d’dgua a 100 kPa. Inicialmente, 3/4 da massa esto na fase liquida. Um resistor ¢létrico colocado no tanque é conectado a uma fonte de 110 V € uma corrente de 8 A flui pelo resistor quando 0 interruptor é ligado. Determine quanto tempo levard para evaporar todo 0 liquido do tanque. Mostre também 0 proceso em um diagra- ma T-v que inclua as linhas de saturagao. FIGURA P4-26 Reconsidere o Problema 4-26, Usando 0 EES (ou ‘outro programa), investigue o efeito da massa ini- cial de gua sobre o tempo necessirio para a completa evapora 640 do liquido. Varie a massa inicial entre 1 ¢ 10 kg. Trace uma Curva para o tempo de evaporagdo em fungdo da massa inicial € discuta os resultados. 4-28 Uma partigio divide um tanque isolado em duas partes, ‘Una parte do tanque contém 2.5 kg de digua liquida comprimida 60°C e 600 kPa, enquanto a outra parte foi evacuada. A part a0 6, enti, removida ¢ a gua se expande para todo 0 tanque. Determine a temperatura final da égua do tanque para uma pressdo final de 10 kPa. Evacuado Partigao FIGURA P4-28 Capitulo 4 Andlise da Energia dos Sistemas Fechados | Reconsidere 6 Problema 4-28. Usando o EES (ou outro programa). investigue oefeito da pressioini- cial da égua na temperatura final do tangue. Varie a pressioinicial cenire 100 MPa e 600 MPa, Trace um grfico para a temperatura final em fungio da pressao inicial e discuta os resultados, 4430 Um arranjo pistio-cilindro contém 5 kg de refrigeran- te-134a a 800 kPa e 70°C. O refrigerante & entio resfriado a pressdo constante até que se transforme em liquide a 15°C. Determine a quantidade de calor perdido e mostre o processo ‘em um diagrama T-v que inclua as linhas de saturagao, Respasta: 1173 4 4.31 Um arranjo pistio-cilindro isolado contém 51 de gua liquida saturada 3 pressio constante de 175 kPa. A gua é agi- tada por uma roda de pas enquanto uma corrente de 8 A fui durante 45 min por um resistor colocado na igua, Se metade do Hiquido evaporar durante esse processo a pressio constante € © trabalho da roda de pis for de 400 kJ, determine a voltagem da fonte. Mostre também 0 processo em um diagrama P-v que iinclua as linhas de saturagio. Resposta: 224 + FIGURA P4—-31 4-32 Um arranjo pistdo-cilindro contém vapor dégua inicial~ mente a 1 MPa, 450°C e 2,5 m°, Deixa-se 0 vapor esfriar& pres- so constante até comecar a condensar. Mostre o processo em um diagrama T-V que inclua as Linas de saturagao e determine (a) a massa do vapor, (b) a temperatura final e (¢) a quantidade de calor transferido. 4-33 Um arranjo pistio-eilindro contém vapor dégua ini- cialmente a 200 KPa, 200°C e 0,5 m?. Nesse estado, uma mola linear (F % x) esté tocando o pistdo, mas'sem exercer qualquer forca sobre ele. Calor ¢ entio transferido lentamente para 0 ‘vapor, fazendo com que a pressio € 0 volume sejam elevados para 500 kPa ¢ 0,6 m’, respectivamente. Mostre 0 processo em. tum diagrama P-v que inclua as linhas de saturagao e determi- ne (a) a temperatura final, (6) 0 trabalho realizado pelo vapor € (c) ocalor total transferido. Respostas: (2) 1132°C, (6) 35 W) (0) 808 ks FIGURA P4-33 165 434 Reconsidere o Problema 4-33. Usando 0 EES (ou ‘outro programa), investigue o efeito da temperatu- 1a inicial do vapor sobre a temperatura final, o trabalho realiza- do € 0 calor total transferido, Varie a temperatura inicial de 150°C a 250°C. Trace grificos dos resultados finais versus a temperatura inicial e discuta os resultados, 4-35 Um arranjo pistio-cilindro contém inicialmente 0,8 m° de vapor dégua saturado a 250 kPa, Nesse estado, o pistio esti apoiado sobre um conjunto de batentes e a massa do pisto é tal que necesséria uma pressao de 300 kPa para mové-lo. Calor é entio lentamente transferido para o vapor até que © volume dobre. Mostre © processo em um diagrama P-v que inclua as linhas de saturagdo € determine (a) a temperatura final, (6) 0 trabalho realizado durante esse processo © (c) 0 calor total transferido. —Respostas: (0) 662°C, (b) 240 ki. (c) 1213 kd 4-46 Dois tanques (tanque A e tanque B) slo separados por ‘uma partido. Inicialmente, o tanque A contém 2 kg de vapor a 1 MPa ¢ 300°C. enquanto 0 tanque B contém 3 kg de uma mi tura saturada de liquido e vapor com a frago em massa de vapor igual a 50%. A partigdo € entaio removida e os dois lados se misturam até que seja estabelecido 0 equilibrio meciinico e térmico. Se a pressio no estado final for de 300 kPa, determine (a) a temperatura € 0 titulo do vapor (se houver mistura) no estado final e (b) a perda de calor dos tanques. TANQUE A 2k MPa 300°C TANQUEB Ske 150°C 508 @ FIGURA P4-36 4-37 Um radiador elétrico de 30 1 contendo éleo de aqueci- mento € colocado em uma sala de 50 m3, Tanto a sala como 0 6leo do radiador estio inicialmente a 10°C. © radiador com ‘uma capacidade nominal de 1,8 kW é entio ligado. Ao mesmo tempo, calor & perdido pela sala a uma taxa média de 0,35 kis. Depois de algum tempo, as temperaturas médias sio medidas, indicando 20°C para 0 ar da sala e 50°C para 0 éleo do radia dot. Considerando a densidade © © calor especifico do 6leo como sendo 950 kg/m’ ¢ 2,2 ki/kg.°C, respectivamente, deter- mine por quanto tempo 0 aquecedor foi mantido ligado. Considere que a sala é bem vedada e, portanto, nao hé vaza- mento de ar. FIGURA P4-37 166 =| —_‘Termodinamica Calores Especificos , Aue Ah dos Gases Ideais 4-38C A equagio Au = me, yyAT restringe-se aos provessos a volume constante ou pode ser aplicada a qualquer tipo de pro- ccesso de um gts ideal? 4-39C A equagio Alt = me, qagAT restringe-se aos processos a pressio constante ou pode ser aplicada a qualquer tipo de pro- ceess0 de um gis ideal? 440C Demonstre que para um gis ideal G, = G+ Ry. 44IC A cnergia necessairia para aquecer ar de 295 K até 305 K & a mesma necessiria para aquecé-lo de 345 K até 355 K? Considere que a pressio permanece constante em ambos 0s 4A2C Na relagdo Au = me, AT, qual é 4 unidade correta de iy — Kilkg °C ou ki/kg - K? 443C Uma determinada massa de um gas ideal € aquecida de 50a 80°C a presses constantes de (a) | atm ¢ (b) 3 atm. Em qual caso vocé acha que a energia necessiria serdé maior? Por que? 444C Uma determinada massa de um gas ideal € aquecida de 50 a 80°C a volumes constantes de (a) 1m‘ (b) 3 m’. Em qual caso voeé acha que a energia necessiria sera maior? Por que? 4-4SC Uma determinada massa de um gas ideal & aquecida de 50 a 80°C (a) a volume constante e (b) a pressao constant. Em qual caso voc’ acha que a energia necesséria sera maior? Por qué? 4-46 Determine a variago da entalpia Mh do nitrogénio, em kl/kg, quando ele € aquecido de 600 para 1000 K usando (a) a cequaigio empirica para o calor especifico em fungdo da tempe- ratura (Tabela A-2c), (6) 0 valor de c, a temperatura média (Tabela A-2b), € (e) 0 valor de ¢, "temperatura ambiente (Tabela A-2a». Respostas: (a) 447.8 kikg, (0) 448.4 kilg, (c) 415,6 kik 447 Determine a variagdo da energia intema Au do hidrogé- rio, em ki/kg, quando ele € aquecido de 200 para $00 K, usan- «do (a) a equagao empirica do calor especifico em fungao da tem- peratura (Tabela A-2e), (4) 0 valor de «, & temperatura médi (Tabela A-26) ¢ (c) 0 valor de ¢, 4 temperatura ambiente (Tabela ‘A-2a), Balango de Energia em Sistemas Fechados: ses Id 4-48C _£ possfvel comprimir um gés ideal de mancira isotér- ica em um arranjo pistao-cilindro adiabético? Explique. 449 Um tanque rigido de 3 m’ contém hidrogénio a 250 kPa © 550 K. O gis € entio resfriado até que sua temperatura cai para 350 K. Determine (a) a pressio final no tangue e (b) a quantidade de calor transferido, 4-50 Uma sala de 4m X 5m 6 m deve ser aquecida por um aquecedor elétrico. Deseja-se que 0 aquecedor tenha ccapacidade para elevar a temperatura do ar na sala de 7°C para 23°C em 15 min. Admitindo que nao hé perdas de calor da sala e uma pressio atmosférica de 100 kPa, determine a poténcia necesséria do aquecedor. Considere calores especiti- cos constantes & temperatura ambiente, Resposta: 1,91 kW 4-51 Uma sala de 4 m x 5m X 7 m é aquecida pelo radia- dor de um sistema de aquecimento a vapor. O radiador a vapor transfere calor a uma taxa de 10.000 ki/h, ¢ & usado um venti- lador de 100 W para distribuir o ar aquecido na sala. A taxa com a qual o calor € perdido da sala € estimada em cerca de 5000 KUM, Se a temperatura inicial do ar da sala for de 10°C, deter- mine quanto tempo levard para que a temperatura do ar atinja 20°C. Considere calores especificos constantes & temperatura ambiente. 5000 kh FIGURA P4-51 4-52. 0 quarto de uma estudante possui dimensdes 4m 6m X 6m. Ela liga um ventilador de 150 W antes de deixar 0 quar- to em um dia de verdo, esperando que o mesmo esteja mais fresco quando ela voltar & noite, Considerando que todas as portas € janelas estdo bem fechadas € descartando qualquer transferéncia de calor através de paredes ¢ janelas, determine a temperatura da sala quando ela voltar 10 horas mais tarde. Use valores de calor especifico & temperatura ambiente € admita que a sala esti a 100 kPa e 15°C de manha quando ela sai Resposta: 58,2°C SALA 4mx6mx6m Ventilador FIGURA P4-52 4-53_Uma partigao divide um tanque rigido isolado em duas partes iguais. Inicialmente, uma parte contém 4 kg de um gas ideal a 800 kPa ¢ 50°C e a outra parte esta evacuada. A partic & enti, removida e 0 gas se expande para todo o tanque. temperatura e a pressio finais no tanque. Capitulo 4 4-54 Um arranjo pistio-cilindro, cujo pistio esté em repouso apoiado em um conjunto de batentes, contém 0,5 kg de gis helio inicialmente a 100 kPa € 25°C. A massa do pistao € tal ‘que & necessiria uma pressio de 500 kPa para eleva-lo. Qual a ‘quantidade de calor que deve ser transferida para o hélio antes, {que 0 pistdo comece a se elevar? Resposta: 1857 ki 4455 Um arranjo pistio-cilindro isolado contém 100 1 de ar a 400 kPa e 25°C. Uma roda de pas é movimentada dentro do cilindro até que um trabalho de 15 kJ seja realizado sobre o ar cenquanto a pressio & mantida constante. Determine a tempera- tura final do ar. Despreze a energia armazenada na roda de pas. 4-56 Uma massa de 15 kg de ar em um arranjo pistio-cilin- ddro € aquecida de 25°C para 77°C pela passagem de corrente por um aquecedorelético dentro do cilindro. A pressio no inte- rior do cilindro & mantida constante em 300 kPa durante © processo ¢ ocorre uma perda de calor de 60 KJ. Determine a cenergiaelétrica fornecida em kWh. Resposta: 0,235 kWh FIGURA P4-56 4-57 Um arranjo pistio-cilindro isolado contém inicialmen- te 0,3 m' de didxido de carbono a 200 kPa e 27°C. Um inter- ruptor elétrico é ligado e uma fonte de 110 V fornece energia ‘a um aquecedor a resisténcia dentro do cilindro por 10 min, A pressio & mantida constante durante o processo, enquanto 0 volume dobra, Determine a corrente que passa pelo aquecedor resistencia, 4458 Um arranjo pistio-cilindro contém inicialmente 0.8 kg de nitrogénio a 100 kPa e 27°C. O nitrogénio é entao comprimi- «do lentamente, em um processo politrpico para 0 qual PU = cconstante, até que 0 volume seja reduzido & metade. Determine ‘© trabalho realizado eo calor transferido nesse proceso. 459 BBY Recomsidere o Problema 4-58. Usando o EES (ou outro programa), mostre o processo deserito no problema em um diagrama P-V e investigue o efeito do expoente politrépico 1 no trabalho de fronteira © na transfe~ réneia de calor. Varie 0 expoente politrépico entre 1,1 ¢ 1,6, Trace um grafico do trabalho de fronteira e da transferén- cia de calor em fungio do expoente politripico € discuta os resultados, 4460 Uma sala € aquecida por um radiador elétrico. Quando ay perdas de calor da sala em um dia de inverno chegarem a 100) kJ/h, @ temperatura do ar na sala permianecerd constante, ainda que 0 aquecedor funcione ininterruptamente. Determine ‘a poténcia nominal do aquecedor em kW. Analise da Energia dos Sistemas Fechados | = 167 T= constante FIGURA P4-60 461 Um atranjo pistio-cilindro comtém 4 kg de argdnio a 250 kPa e 35°C. Durante um processo de expansio isotérmica em quase-equilibrio, 15 kJ de trabalho de fronteira sio realiza- dos pelo sistema e 3 KJ de trabalho slo realizados sobre o si tema por um agitador mecinico. Determine a transferéncia de calor durante esse process. 4-62 Um arranjo pistio-cilindro, em que o pistio esté apoiado sobre batentes, contém inicialmente 3 kg de ar a 200 kPa € 27°C. ‘A massa do pistio ¢ tal que € necesséria uma pressio de 400 kPa para mové-to, Calor é entao transferido para 0 ar até que 0 volu- ‘me dobre, Determine o trabalho realizado pelo ar e o calor total transferido para © ar durante esse processo, Mostre também 0 processo em um diagrama P-v. Respostas: 516 ki, 2674 k) 4-63 Um arranjo pistio-citindro, com batentes na parte supe- rior, contém inicialmente 3 kg de ar a 200 kPa 27°C. Calor é entio transferido para 0 ar e 0 pistio sobe até atingir os baten- {es € nesse ponto 0 volume é duas vezes 0 volume inicial. Mais calor é transferido até que a pressio dentro do cilindro também dobre. Determine o trabalho realizado e a quantidade de calor transferido nesse processo. Mostre também processo em um diagrama P-v. ‘Andlise da Energia em Sistemas Fechados: Sélidos e Liquidos 464 Em uma instalagio fabril, esferas de lato de 5 em de ddidmetro (p = 8522 kg/m’ e ¢, = 0.385 kifkg- °C), inicialmente 4 120°C, sio resfriadas em um banho d’gua a 50°C por 2 min, taxa de 100 esferas por minuto, Se a temperatura das esferas depois de resfriadas for de 74°C, determine a taxa com a qual 0 calor precisa ser removido da dgua para manter sua temperatura constante a 50°C, Banho dgua FIGURA P4-64 4-65. Repita 0 Problema 4-64 para esferas de aluminio, 466 Considere um ferro elétrico de 1000 W cuja base é feita de liga de aluminio 2024-T6 com a espessura de 0,5 em (p = 2770 kg/m’ e c, = 875 Jkg-°C). A placa da base tem uma 168 =| —_‘Termodinamica superticie de 0,03 m?. Inicialmente, o ferro esti em equiltbrio {térmico com o ar ambiente a 22°C. Considerando que 85% do calor gerado nos fios da resisténcia € transferido para a placa, determine o tempo minimo necessério para a temperatura di placa atingir 140°C. FIGURA P4-66 © Wo SWPhotoDise 4-67 Rolamentos de ago inoxidivel (p = 8085 kg/m’ e cy = 0,480 kivkg.* °C) com didmetro de 1,2 em devem ser tempera «dos em gua a uma taxa de 800 rolamentos por minuto. Os rola- mentos deixam o forno a uma temperatura uniforme de 900°C «so expostos ao ar a 25°C por algum tempo antes de serem imersos na digua. Se & temperatura dos rolamentos cair a 850°C antes da témpera, determine a taxa de transferéncia de calor dos rolamentos para o ar. 4468 Esferas de ago carbono (p = 7833 kg/m’ e c, = 0,465 Kd/kg - °C) de 8 mm de didmetro sio recozidas primeito por aquecimento a 900°C em um forno, e depois por resfriamen- to lento até 100°C em ar ambiente a 35°C. Se 2500 esferas tiverem de ser recozidas por hora, determine a taxa total de transferéncia de calor das esferas para o ar ambiente Resposta: 542 W Ane 900" Fsfera de ago LKPC FIGURA P4-68 4469 Um dispositivo eletrdnico que dissipa 30 W tem uma massa de 20 g € um calor especifico de 850 J/kg:°C. O dispos tivo é pouco usado. Ele fica ligado por $ min e depois desligado por Vérias horas, durante as quais ele esfria até « temperatura ambiente de 25°C. Determine a temperatura maxima que 0 di pPositivo pode atingir ao final de um perfodo de funcionamento ‘de 5 min, O que voc’ responderia se 0 dispositivo estivesse issipador de calor de alumnio de (0.2 kg? Admita que 0 dispositive © 0 dissipador de calor so quase isotérmicos. 470 Reconsidere o Problema 4-69. Usando o EES (ou ‘outro programa), estude os efeitos da massa do dissipador de calor na temperatura mixima do dispositivo. Varie a massa do dissipador de calor entre 0 € | kg. Trace um agrifico da temperatura méxima versus a massa do dissipador de calor e discuta os resultados. 4471 Um ovo comum pode ser aproximado como uma esfera de 5,5 em de didmetro. O ovo esti inicialmente & temperatura uniforme de 8°C ¢ € colocado em Agua fervente a 97°C. Considerando as propriedades do ovo como sendo p = 1020 kg/m' e ¢, = 3,32 ki/kg-°C, determine quanto calor é transfe- rido para 6 ovo até o momento em que a sua temperatura média tinge 80°C. 4-72 Bastdes cilindricos longos de ago (p = 7833 kg/m’ e 6, = 0.465 kifkg:"C) de 10 cm de didmetro so tratados termi- ‘camente pela passagem a uma velocidade de 3 nv/min em um Tomo mantido a 900°C. Se os bastdes entrarem no forno a 30°C € sairem a uma femperatura média de 700°C, determine a taxa de transferéncia de calor para os bastes no foro. Topico Especial: Sistemas Biologicos 473C 0 que € metabolismo? O que € taxa metabstica basal? Qual € o valor da taxa metabstica basal de um homem médio? 4-74C Para qual finalidade € usada a energia liberada duran- te o metabolismo em humanos? 4-7SC 0 contetido energético metabolizével de um alimento 6 igual ao da energialiberada quando queimado em uma bomba calorimétrica? Se nao for igual, qual é a diferenga? 4-T6C _O ntimero provivel de estudantes é importante no pro {eto de sistemas de aquecimento e refrigeracao de salas de aula? Explique. 4-T7C O que vocé acha de uma dieta que permite genero- sas quantidades de pio e arroz, desde que sem manteiga ou ‘margarina? 4-78 Considere duas salas iénticas, uma com um aquecedor elétrico de 2 kW € outra com tr8s casais dangando rapidamen- te. Em qual sala temperatura do ar subir mais répido? 4-79 Considere dois homens idénticos de 80 kz que fuzem releigdes ¢ atividades idénticas, com a diferenga de que um deles corre por 30 min todos os dias, enquanto 0 outro assiste ‘TY. Determine a diferenga de peso entre os dois em um més. Resposta: 1,045 kg 4-80 Considere uma sala de aula que esté perdendo calor para o exterior a uma taxa de 20,000 KJMh, Se houver 30 alunos na sala, cada um dissipando calor sensivel a uma taxa de 100 W, determine se & necessirio ligar 0 aquecedor na sala para evi- tar que a temperatura dela cai. +81 Uma muther de 68 ke planeja andar de bicicleta por ‘uma hora, Se ela vai comer barras de chocolate de 30 g enquan- to pedala, para repor toda a energia necesséria, determine quan- tas barras de chocolate ela precisara leva. 4-82 Um homem de 55 kg cede a tentagao e come o contetido inteiro de uma embalagem de 1 | de sorvete. Quanto tempo ele precisa correr para queimar as calorias do sorvete consumido? Respasta: 2,52 n 483 Considere um homem com 20 kg de gordura corporal quando entra em uma greve de fome, Determine quanto tempo ele pode sobreviver somente da sua gordura corporal. Capitulo 4 Andlise da Energia dos Sistemas Fechados | 4-84 Considere duas mutheres idénticas de 50 kg, Candy © Wendy, que fazem coisas idénticas ¢ ingerem alimentos idénti- cos, com a diferenga de que toda noite Candy come sua batata asada com quatro colheres de chi de manteiga, enquanto ‘Wendy come a dela pura. Determine a diferenga nos pesos de Candy e de Wendy depois de um ano, Resposta 6.5 48 44-85 Uma mulher que costumava beber cerea de um litro de refrigerante normal todo dia muda para refrigerante diet (zero caloria) e comega a comer duas fatias de torta de maga todo dia. ‘Agora ela esté consumindo mais ou menos calorias? 4-86 Um homem de 60 kg costumava comer uma maga todo dia depois do jantar, sem ganhar nem perder nenhum peso. Agora, ele come uma porgio de 200 mil de sorvete no lugar da ‘maga e caminha 20 min todo dia. Nessa nova dieta, quanto peso cle perderd ou ganharé por més? Resposta: gnhara 0,087 ke. 44870 calor especifico médio do corpo humano € 3,6 kJ! kg °C. Se a temperatura do corpo de um homem de 80 kg subir de 37°C para 39°C durante exercicios vigorosos, determi- nie 0 aumento da energia térmica do corpo como resultado dessa clevaco na temperatura corporal 4-88. Considere dois amigos que vio almogar todos os dias ‘numa lanchonete. Todos os dias, um deles pede um hambairguer dduplo, uma poreao grande de fritas e um refrigerante grande {total de Calorias = 1600), enquanto o outro pede um hambéir- guer pequeno, uma porgo pequena de fritas © um reftigerante Pequeno (total de Calorias = 800). Se esses dois amigos so bem parecidos e tém a mesma taxa metablica, determine a diferenca de peso entre os dois em um ano, 4-89 No almogo, uma pessoa come um sanduiche Big Mac do McDonald's (530 Cal), uma segunda pessoa come um san- duiche Whopper do Burger King (640 Cal) e uma terceira pessoa come 50 azeitonas com uma porgio normal de fritas (350 Cal), Determine quem consome mais calorias. Uma azei- (ona contém cerca de 5 Calorias. 440 Um homem de 100 kg decide perder 5 kg sem diminuir sua ingestio didria de 3000 Calorias. Em ver disso, ele comeca ‘1 nadar rpido, a dangar répido, correr € a pedalar todos os dias or uma hora para cada atividade. Ele dorme ou relaxa 0 resto, do dia, Determine quanto tempo ele levaré para perder 5 kg. 491 0 indice de massa corporal (IMC) de uma mulher com altura de 1,70 m, que geralmente come 3 fatias grandes de pizza de queijo € 400 ml de refrigerante no almogo, é de 30. Ela decide mudar seu almogo para 2 fatias de pizza e 200 ml de refrigerante. Considerando que o déficit na ingestio de ccalorias € compensado pela queima da gordura corporal, deter- mine quanto tempo levard para o IMC dessa pessoa cair para 25. Use 0s dados do texto para obter as calorias e considere 0 ‘contetido energético metabolizsvel de 1 kg de gordura corpo- ral como 33.100 KI. Resposta: 262 dias Problemas de Reviséo 492 Considere um arranjo pistio-cilindro que contenha 0,5 kg de ar. Calor € entio transferido para o at a pressio constan- te ea temperatura do ar sobe 5°C. Determine o trabalho de expansio realizado durante esse processo. 4-93 Em edificios com aquecimento solar, a energia geral~ mente € armazeniada como calor sensivel em rochas, conereto ou 4égua, durante o dia, para uso a noite, Para minimizar 0 espaco de armazenamento, & desejével usar um material que possa armazenar uma grande quantidade de calor, mas que sofra pequena variagdo na temperatura. Uma grande quantidade de calor pode ser armazenada essencialmente a temperatura cons- tante durante um processo de mudanga de fase e, portanto, mate- riais que mudam de fase quase que na temperatura ambiente — como 0 decaidrato de sulfato de sédio, que tem um ponto de fusio de 32°C e um calor de fusdo de 329 KIA — so bastante adequados para essa finalidade. Determine quanto calor pode ser armazenado em um espago de S m? usando (a) decaidrato de sullato de s6xio mudando de fase, (b) rochas de granito com uma capacidade térmica de 2,32 kiskg - °C € uma variagdo de temperatura de 20°C e (c) égua com uma capacidade térmica de 4,00 kWtkg.°C e uma variagao de temperatura de 20°C, 4-94 Um arranjo pistio-cilindro contém 0.8 kg de um gis ideal. O gas & entio resfriado a pressao constante até que sua temperatura diminua em 10°C. Se for realizado um trabalho de compressiio de 16,6 ki durante esse processo, determine a cons- tante do gas © a massa molar do gas. Determine também os calores especificos a volume e & pressao constante do gas, caso a razio dos calores especificos seja 1,667. FIGURA P4-94 4495 A temperatura do ar muda de 0 para 10°C, enquanto sua velocidade muda de zero para uma velocidade final e sua altu- +a muda de zero para uma altura final. Quais os valores da velo- cidade final do are da altura final de forma que as variagoes das, ‘energiay interna, cinética e potencial sejam iguais? Respostas: 119.8 ms, 731,9m 4-96 Um arranjo pistio-cilindro sem atrito contém inicial- ‘mente ar a 200 kPa € 0,2 m’. Nesse estado, uma mola linear (F % x) esté tocando o pistio, mas sem exercer qualquer forga sobre 0 mesmo. O ar € entio aquecido até o estado final de 0,5 m’ e $00 kPa, Determine (a) 0 trabalho total realizado pelo ar € (b) 0 trabalho realizado contra a mola. Mostre também 0 processo em um diagrama P-v. Respostas: (a) 150 kl, (0) 90 kd FIGURA P4-96 170 | Termodinamica 4497 Uma massa de 5 kg de uma mistura de égua vapor d’égua saturados esti contida em um arranjo pistio-cilin- dro a 125 kPa, Inicialmente, 2 kg da gua esto na fase liquids o restante esté na fase vapor. Calor & entio transferido para a Jigua € 0 pistio, que esti apoiado em batentes, comega a se mover quando a pressao interna atinge 300 kPa. A transferéncia de calor continua até que 0 volume total aumente em 20% ermine (a) as temperaturas inicial ¢ final, (b) a massa de ‘égua na fase liquida quando o pistio comega a se mover e (¢) 0 trabalho realizado durante esse processo, Mostre 0 processo em tum diagrama P-v. FIGURA P4-97 4.98 Uma massa de 12 kg de vapor saturado de refrigerante- 134a esté contida em um arranjo pistio-cilindro a 240 kPa. ‘Uma quantidade de 300 KJ de calor & entdo transferida para 0 refrigerante a pressio constante, enquanto uma fonte de 110 V alimenta um resistor dentro do cilindro durante 6 min, Determine a corrente elétrica se a temperatura final for de 70°C. Mostre o processo em um diagrams T-v que inclua as linhas de saturagio, —Resposta: 12,8 A 4-99 Uma massa de 0.2 kg de refrigerante-134a saturado est contida em um arranjo pistio-cilindro a 200 kPa. Inicialmente. 75% da massa esté na fase liquida. Calor é entdo transferido para o refrigerante a pressdo constante até que o cilindro conte- rnha apenas vapor. Mostre processo em um diagrama P-v que inclua as linhas de saturagao. Determine (a) volume ocupado inicialmente pelo refrigerante, (h) 0 trabalho realizado ¢ (c) transferéncia total de calor. 4-100 Um arranjo pistio-cilindro contém inicialmente gés hélio a 150 kPa, 20°C e 0,5 m*. O hélio é entdo comprimido ‘em um processo politrpico (PV" = constante) para 400 kPa e 140°C. Determine a perda ow ganho de calor durante esse processo, Resposta: pera de 11,2 hd Pt =-constante FIGURA P4-100 44101 _ Um arranjo pistio-cilindro sem atrto e um tangue rgi- do contém, inicialmente, 12 kg de um gis ideal, cada um dees i mesma temperatura, pressio e volume, Deseja-se elevar 2 temperatura dos dois sistemas em 15°C. Determine a quantida; de extra de calof que deve ser forecida ao gas no cilindro que € mantido a pressio constante para atingir esse resultado Considere que a massa molar do gas € 25 4-102 Uma casa com aquecimento solar passivo, que esti perdendo calor para o exterior a uma taxa média de $0,000 KI/h 6 mantida a 22°C por 10 horas durante uma noite de inverno, A casa deve ser aquecida por 50 reservatérios de vidro, cada um contendo 20 I de égua, que € aquecida a 80°C durante o dia pela absorgdo da energia solar. Um aquecedor elétrico de reserva de 15 KW, controlado por termostato, € ligado sempre que neces srio para manter a casa a 22°C. (a) Quanto tempo o sistema de aquecimento elétrico funcionou nessa noite? (b) Quanto tempo ‘© aquecedor elétrico precisaria funcionar essa noite se a casa nio tivesse nenhum aquecimento solar? Respostas: (2) 4.77 » (0) 9,26 h Bomba FIGURA P4—102 4-103 Umi resisténcia elétrica de 1800 W estd imersa em 40 kg de dgua inicialmente a 20°C. Determine quanto tempo leva: 14 para essa resisténcia clevar a temperatura da gua a 80°C. 44104 Uma tonelada (1000 kg) de agua liquida a 80°C 6 levs- dda para uma sala bem isolada e vedada de 4m x 5m X 6 m, que inicialmente esté a 22°C € 100 kPa, Assumindo calores especificos constantes para o ar e para a agua & temperatura ambiente, determine a temperatura de equilforio final da sala Resposta: 786°C 44105 Uma sala de 4 m x $ m X 6m deve ser aquecida por ‘uma tonelada (1000 kg) de gua liquida contida em um tan Capitulo 4 Analise da Energia dos Sistemas Fechados =| que que € colocado na sala. A sala esté perdendo calor para o exterior taxa média de 8000 kJ/h. Inicialmente a sala esta a 20FC e 100 kPa é mantida sempre & temperatura média de 20°C. Para que a éeua quente atenda as necessidades de aquecimento dessa sala por um periodo de 24 horas, determine a temperatu- ra minima da 4gua quando ela for levada para a sala. Assuma calores especificos constantes para 0 ar e para a dua a tempe- ratura ambiente 4.106 © contetido de energia de um determinado alimento deve ser determinado em uma bomba calorimétrica que contém 3 kg de gua pela queima de uma amostra de 2 g na presenca de 100 g de ar na camara de reacio. Se a temperatura da égua subir em 3,2°C quando for estabelecido o equilforio, determine ‘© contetido energético do alimento, em ki/kg, desprezando a cenergia térmica armazenada na cdmara de reagio ¢ a energia fornecida pelo misturador. Qual é a estimativa aproximada do erro cometido ao desprezar a energia térmica armazenada na cedmara de reagio? Resposta: 20,060 Khe FIGURA P4106 4-107 Um homem de 68 kg cuja temperatura corporal média 39°C bebe I I de dgua gelada a 3°C em um esforgo para se refreseat, Considerando 0 calor especitico médio do corpo ‘humano como 3,6 ki/kg-°C, determine a queda na temperatura corporal média dessa pessoa sob a influéncia da égua gelada. 410% Um copo d°égua de 0,2 1 ¢ a 20°C deve ser resfriado ‘com gelo para ficar a $°C. Determine a quantidade de gelo que precisa ser adicionada & 4gua, em gramas, caso 0 gelo esteja & (a) 0°C e (b) =8°C. Determine também a quantidade de gua {que seria necessaria caso o resfriamento tivesse de ser realiza- do com agua fria a 0°C. A temperatura de fusdo e 0 calor de fusio do gelo a pressio atmosférica sio 0°C e 333,7 ki/kg, res- pectivamente, ¢ a densidade da 4gua é 1 kg/l 4109 Reconsidere © Problema 4-108, Usando o EES (ou outro programa), estude 0s efeitos da tempe- ratura inicial do gelo sobre a massa final necesséria. Varie temperatura do gelo entre -20°C e 0°C. Trace um grifico para ‘a massa do gelo em fungao da temperatura inicial do gelo e dis- ccuta 0s resultados, 4-110 A fim de resfiiar | tonelada de égua a 20°C em um tan- {que isolado, uma pessoa despeja 80 kg de gelo a ~5°C dentro da 4égua. Determine a temperatura final de equilibrio no tanque. A temperatura de fusio ¢ 0 calor de fusdo do gelo & pressio atmos- férica so O°C e 333.7 kifkg respectivamente. Resposta: 12.4°C m 44111 Um arranjo pistio-cilindro isolado contém inici ‘mente 0,01 m? de uma mistura saturada de Kquido e vapor a 120°C com titulo de 0,2. Gelo a 0°C € entio adicionado a0 cilindro, Se o cilindro contiver liquide saturado a 120°C quan- do for estabelecido 0 equilibrio térmico, determine a quantida- de de gelo acrescentada. A temperatura de fusio e o calor latente de fusio do gelo & pressio atmostérica so de 0°C e 333.7 ki/kg, respectivamnente, 44112 As primeiras méiquinas vapor eram movimentadas pela pressioatmosférica atuando sobre o pistio em um eilindro ccheio de vapor saturado. Um vécuo era criado no cilindro pelo resfriamento externo do cilindro com gua gelada, condensando, assim, 0 vapor. Considere um arranjo pistio-cilindro com uma drea de superficie do pistio de 0,1 m? preenchido inicialmente com 0,05 m? de vapor dua saturado a pressio atmosférica de 100 kPa, Agua gelada € entio despejada na parte extema do cilin- dro € 0 vapor interno comega a se condensar como resultado da transferéncia de calor para a 4gua gelada na parte externa, Se 0 pistio ficar travado em sua posigio inicial, determine a forga de atrito que atua no pistio e a quantidade de calor transferido quando a temperatura dentro do cilindro cair para 30°C. Arua fea FIGURA P4112 44113 No nivel do mar, égua & fervida em uma cafeteira equi- pada com um elemento de aquecimento elétrico por imersao. A cafeteira contém 1 | de égua quando cheia. Depois de comega- dda a fervura, observa-se que metade da igua da cafeteira evapo- ra em 25 min, Determine a poténcia nominal do elemento de aquecimento elétrico imerso na gua, Determine também quan- to tempo levard para esse aquecedor elevar a temperatura de 1 | de dgua gelada de 18°C até a temperatura de ebuligdo, Cafetera FIGURA P4113 172 Termodinamica 44114 Dois tanques rigidos so conectados por una vélvu- Ja. O tangue A contém 0,2 m! de égua a 400 kPa e titulo de 80%. O tanque B comtém 0,5 m? de sgua a 200 kPa e 250°C. AA valvula entio & aberta e os dois tanques chegam ao mesmo estado. Determine a pressio e a quantidade de calor transieri- ddo quando o sistema atinge © equilibrio térmico com a vizi- nnhanga a 25°C. Respostas: 3,17 KPa, 2170 K) FIGURA P4114 BY Reconsidere 0 Problema 4-114, Usando o EES (ou outro programa), estude os efeitos da tempe- ratura ambiente sobre a pressio final e a transferéncia de calor, Varie « temperatura ambiente entre 0°C e 50°C. Trace um gré- fico dos resultados finais em fungio da temperatura ambiente € discuta os resultados. 4-116 Um tanque rigido contendo 0,4 m? de ar a 400 kPa € 30°C esté conectado por uma vilvula a um arranjo pistio- cilindro com zero de espago morto. A massa do pistao € tal ‘que € necesséria uma pressiio de 200 kPa para elevar o pis- Go. A valvula 6 entio ligeiramente aberta e € permitido 0 escoamento de ar no cilindro até que a pressd0 no tanque caia a 200 kPa, Durante esse processo, calor é trocado com a vizinhanga de tal maneira que todo o ar permanece a 30°C © tempo todo. Determine a transferéncia de calor nesse pro- cesso. FIGURA P4116 44-117 Uma sala bem isolada de 4m x 4m x 5 m, inicial- mente a 10°C, é aquecida pelo radiador de um sistema de aque- cimento a vapor. O radiador tem um volume de 15 1 € contém ‘vapor superaquecido a 200 kPa e 200°C. Neste momento, as vlvulas de entrada ¢ saida do radiador sio fechadas. Um ven- tilador de 120 W ¢ usado para circular o ar na sala. Observa-se que a pressio do vapor cai a 100 kPa depois de 30 minutos como resultado da transferéncia de calor para a sala, Con- siderando 0s calores especificos do ar constantes, determine & temperatura média do ar apés os 30 minutos. Admita que a pressio do ar permanece constante a 100 KPa, we 4mxdmxsem FIGURA P4117 44118 Considere um cilindro rigido, horizontal, bem isolado, que € dividido em dois compartimentos por um pistio com liberdade de movimento, mas que ndo permite fuga de gis de tum lado para 0 outro. Inicialmente, um lado do pistio contém 1 m’ de gas N, a 500 kPa e 80°C, enquanto o outro lado con tém 1m? de gas He a 500 kPa e 25°C. O equilibrio térmico no cilindro € entio estabelecido como resultado da transferéncia de calor através do pistio. Usando calores especificos constan tes & temperatura ambiente, determine a temperatura final de equilibrio no cilindro. O que vocé responderia se 0 pistio nao fosse livre para se mover? FIGURA P4118 4-119 Repita o Problema 4-118, considerando que o pistio & feito de 5 ke de cobre ¢ esté inicialmente & temperatura média dos dois gases nos dois lados. Resposta: 56°C 44120 BBY Reconsidere © Problema 4-120. Usando o EES NEES (ou outro programa), estude os efeitos da massa do pistio de cobre na temperatura final de equilorio. Varie « massa do pistio entre 1 kg ¢ 10 kg. Trace um grifico da tempe- ratura final em fungi da massa do pistao e discuta os resultados. 4-121 Um tanque rigido isolado contém, inicialmente, 1.4 ke de uma mistura saturada de Ifquido € vapor d’égua a 200°C. Nesse estado, 25% do volume & ocupado pelo liquido € 0 resto pelo vapor. Um resistor elétrico é entio colocado no tanque © ligado. Observa-se que depois de 20 minutos o tanque contém apenas vapor d’égua saturado. Determine (a) 0 volume do tan- que, (b) a temperatura final e (c) a poténcia elétrica nominal do Tesistor. Respostas: (a) 0,00648 m’, (0) 371°C, (c) 1,58 kW FIGURA P4-121 Capitulo 4 Andlise da Energia dos Sistemas Fechados | 173 4.122 Um arranjo pistio-cilindro, vertical, com 12 em de difimetro, contém um gas ideal nas condigdes ambientes de | bar e 24°C. Inicialmente, a face interna do pistio esti a 20 em ‘da base do cilindro, Um eixo externo conectado ao pistdo exer- ce entio uma forga correspondente a uma realizagio de traba- Iho de fronteira de 0,1 kJ. A temperatura do gas permanece cconstante durante © processo. Determine (a) a quantidade de calor transterido, (b) a pressio final no cilindo € (c) 0 destoca- mento do pistio, 4123 Um arranjo pistio-cilindro contém, inicialmente, 0.15 kg de vapor d’égua a 3,5 MPa, superaquecido em 5°C. O vapor «agua ento perde calor para a vizinhanga e o pistio move-se para baixo, alcangando um conjunto de batentes em um ponto no qual ocilindro contém gua liquida saturads. O resfiamento continua até que 0 cilindro contenha égua a 200°C, Determine (a) a pressio final e 0 titulo (se for uma mistura) (b) 0 trabalho de fronteira, (c) 0 calor trocado até quando o pistio aleanga os batentes (d) ¢ o calor total trocado. Vapor O.15ke * 35 MPa FIGURA P4123 4-124 Um tanque rigido isolado ¢ dividido em dois comparti- mentos de volumes diferentes. Inicialmente, cada compartimento ccontém 0 mesmo gs ideal sob presses idénticas, mas em tempe- raturas € massas diferentes. A parede que separa os dois compar timentos € removida e os dois gases se misturam, Considerando calores especificos constantes, encontre a expresso mais simples, para a temperatura da mistura escrita na forma de n=(% 210) onde m, e 7, so a massa e a temperatura da mistura final, res pectivamente. LApot Temperatura = 7, FIGURA P4124 4-125 _Explosoes catastrificas de caldeiras a vapor nos anos 1800 e inicio dos anos 1900 resultaram em centenas de mor- tes, que levaram, em 1915, a0 desenvolvimento do Cédigo ASME de Caldeiras © Vasos de Pressio. Considerando que 0 fluido pressurizado em um recipiente naturalmente alcanga 0 equilibrio com a vizinhanga logo depois da explosio, o traba- tho que um fluido pressurizado faria se pudesse se expandir de ‘maneira adiabstica para 0 estado da vizinhanga pode ser visto como a energia explosiva do fluido pressurizado. Devido a0 curtissimo tempo da explosio e & aparente estabilidade poste rior, 0 processo da explosio pode ser considerado como sendo adiabstico sem variagdes. nas enengias cinética © potencial. Nesse caso, a equacio de conservagao da energia do sistema fechado reduz-se a W, = m(ut, ~ ua). Portanto, a energia explo- Siva Ejay resulta em Eup = (uy — 2) onde os subscritos | € 2 referem-se ao estado do fluido antes ¢ depois da explosdo, respectivamente. A energia de explosio especifica e,,, geralmente & expressa por unidade de volume, € 6 obtida pela divisio da quantidade acima pelo V total do reci- piente: uy ts €e onde v, € 0 volume especifico do fluido antes da explosio. Mostre que a energia de explosio especifica de um gas ideal com calor especitico constante & r) n Determine também a energia total de exploso de 20 mde ara 5 MPa e 100°C quando a visinhanga esté a 20°C. FIGURA P4125 44126 Usando as equagies do Problema 4-125, determine cenergia explosiva de 20 m de vapor a 10 MPa e 500°C, conside- rando que © vapor se condensa e se toma liquido a 25°C depois dda explosio. A quantos quilos de TNT equivale essa energia cexplosiva A energia explosiva de TNT é de cerca de 3250 ki/kg. Problemas do de Miltipla Escolha 4-127 Uma sala € preenchida com vapor d°dgua saturado a 100°C. Uma bola de boliche de 5 kg @ 25°C € enti trazida para a sala. Calor ¢ transferido do vapor para a bola e a tempe- Tatura da bola sobe para 100°C, enquanto um pouco do vapor condensa-se na bola & medida que este perde calor (mas ainda ermanece a 100°C). O calor especifico da bola pode ser con- siderado como 1,8 ki/kg-C. A massa do vapor que condensou esse processo €: (a) 80g (b) 128g (29g (d)351g¢ (e)405g 4-128 Um arranjo pistio-citindro sem atrto e um tanque ri do contém 2 kmol de um gis ideal a mesma temperatura, pres fio e volume, Calor é entdo transferido e a temperatura dos dois, temas se eleva em 10°C. A quantidade extra de calor que deve ser fornecida ao gas no cilindro mantido a pressio constante é: (a) 0K (d) 02 KS (b) 42 kd (6) 166 kd (83 KI 114 Termodinamica 4-129 O calor especifico de um material € fornecido em uma estranha unidade como sendo ¢ = 3,60 Ki/kg-°F. O calor espe- cifico desse material nas unidades ST de Ki/kg-°C &: (a) 2,00 kik? (d) 4.80 kiTkg°C (b) 3.20 Ki/ky°C (6) 648 Kitkg-°C (6) 3,60 kilkg °C 4-130 Umi tanque rigido de 3 m' contém gas nitrogénio a S00 kPa € 300 K. Calor & entdo transferido para o nitrogénio no ‘que € a pressio do nitrogénio sobe para $00 kPa. O trabalho realizado durante esse processo & (a) 50013 (d) 900 Kd () 1500 kd (e) 2400) (0K 4H131 Um tanque rigido de 0,8 m° contém gas nitrogénio a {600 kPa e 300 K. O gis € entdio comprimido de maneira isotér- ‘mica para um volume de 0,1 m’. O trabalho realizado sobre © sis durante esse processo de compressio €: (a) 746 bs (d) 998 KI (moks (e) 1890 ks (©) 20K) 4-132 Uma sala bem vedada contém 60 kg de ar a 200 kPa e 25°C. Energia solar passa a entrar na sala a uma taxa média de (08 Ki/s, enquanto um ventilador de 120 W ¢ ligado para cireu- lar o ar na sala. Se a transferéncia de calor pela paredes & des- prezivel, a temperatura do ar na sala em 30 minutos sera (a) 256°C (ad) 325°C (b) 49.8°C (W6.4°C (83, 4-133 Um aquecedor a resisténcia elétrica de 2 kW é ligado ‘em uma sala vazia € mantido ligado por 15 minutos, A massa do ar na sala & de 75 kg e a sala € rigidamente vedada para que nenhum ar entre ou saia. A elevagdo da temperatura do ar a0 fim dos 15 minutos sera de: @ 85°C (d) 34°C (24°C () 548°C (e)24.0°C 4-134 Uma sala contém 60 kg de ar a 100 kPa e 15°C. A sala tem um refrigerador de 250 W (0 refrigerador consome 250 W de eletricidade quando em funcionamento), uma TV de 120 W, um aquecedor elétrico de 1 kW e um ventilador de 50 W. Durante um dia frio de inverno, observa-se que o refrigetador, a TV, o ventilador e 0 aguecedor funcionam continuamente, mas a temperatura do ar na sala permanece constante. A taxa de perda de calor da sala nesse dia é (a) 3312 K/h (d) 2952 ksh (b) 4752 kh, (@) 4680 ksh (co) S12 Kit 4135 Umarranjo pistio-cilindro contém 5 kg de ar a 400 kPa © 30°C, Durante um processo de expansao isotérmico em quase= ‘equilibrio, 15 kJ de trabalho de fronteia sao realizados pelo sis- tema e 3 KJ de trabalho de um agitador mecénico sio realizados sobre o sistema. A transferéncia de calor durante esse processo & de: @ 2K (b) 18 ks (024K) (3.5 kI (60K) 4136 Um recipiente equipado com um aquecedor a resistén- cia elérica e um misturador contém 3,6 kg de vapor ¢égua ini ialmente saturado a 120°C, O aquecedor eo misturador so eto ligados: 0 vapor & comprimid e existe perda de calor para ‘oar da vizinhanga. No final do processo, a temperatura e a pres- sio do vapor no recipiente so medidos como 300°C e 0.5 MPa. ‘A transferéncia liquida de energia para o vapor durante esse pro- cess0 6 de (a) 274 (d) 988 kd (b) 914 Wd (e) 291 (©) 2B 4-137 Um pacote de 6 latas de bebida deve se resfriado de 25°C para 3°C. A massa de liquide em cada lata € 0,355 kg. As bebidas podem ser tratadas como se fossem sigua e a enengia aarmazenada na lata de aluminio € desprezivel. A transferéncia de calor das 6 latas de bebida (a) 33K (d) 196 kd (370 (a) 23 (a7 4-138 Um copo contém 0.45 kg de igua a 20°C que deve ser resfriada para 0°C pela adigao de eubos de gelo a 0°C. O calor Iatente de fusio do gelo € 334 kW/kg eo calor espeeifico da égua € 4,18 ki/kg + °C. A quantidade de gelo que precisa ser acres- centada é (a) 56g (d) 242 13s (e) 450g (242 4-139 Um aquecedor a resistincia elétrica de 2 kW submer- so em 5 kg de dgua é ligado e assim mantido por 10 minutos Durante esse processo. 300 kJ de calor sio perdidos pela dua. © aumento de temperatura da gua é de: oare (@) 718°C () B,C (©) 180°C (0) 57.8°C 4140 3 kg de dgua liquids, inicialmente a 12°C, devem ser aquecides a 95°C em um bale de chi dentro do qual existe um ele- mento de aquecimento elétrico de 1200 W. O calor especifico da ‘égua pode ser considerado como 4,18 kl/kg.: “C ea perda de calor dda égua durante 0 aquecimento pore ser desprezada, O tempo que leva para aquecer a dua até a temperatura desejada & de: (@) 48 min (9 min (6) 14.5 min (e) 18,6 min (e) 6.7 min 4-141 Um ovo comum com uma massa de 0,1 kg e calor especifico de 3,32 Kikg + °C € colocado em agua fervente a 95°C. Se a temperatura inicial do ovo for $°C, a quantidade mmuixima de calor transferida ao ovo é de: (a) 12d (a) 18k () 304 (e) infinita (o) 26) 4-142 Uma maga com uma massa de 0,18 kg e calor especi- fico médio de 3,65 ki/kg + °C é restriada de 22°C para 5°C. A ‘quantidade de calor transferido da maga & (a) 0.85 ks (@ 2k (b) 62,1 kd (71k (177 Capitulo 4 Andlise da Energia dos Sistemas Fechados | #143 0 calor especifico a pressio constante de um gis ideal é dado por c, = 0.9 + (2.7 < 10~)T (kifkg: K) onde T esté em kelvin. A variagio da entalpia desse gas ideal 30 sofrer um processo no qual a temperatura varia de 27°C a 127°C € de aproximadamente (a) 90 kif (d) 1089 kg (0)92.1 Kika (e) 105.2 Kikg (0) 5 ihe 4-144 O calor especifico a volume constante de um gas ideal € dado por ¢, = 0.7 + (2.7 x 104)T (kifkg-K). onde T esti em kelvin, A variagio da energia interna deste gas ideal ao sofrer um processo no qual a temperatura varia de 27°C para 127°C & de aproximadamente: (a) 70 kikg (d) 82.1 kikg (b) 21 Kikg (e) 84.0 ike (0) 795 kikg 44145 Um arranjo pistio-cilindro contém um gis ideal, O gis passa por dois processos sucessivos de resfriamento a0 rejctar calor da vizinhanca. Primeiro, 0 gis € resfriado a pressio cons- tante até T, = }7,. Depois, o pistio é mantido fixo, enquanto 0 sis € resfriado ainda mais para T, = 47), onde todas as tempe- raturas esto em K, 1. A proporgdo do volume final para o volume inicial do gas & de: (a) 0.25 (0.75 (8) 0,50 10 (©) 0.67 2. O trabalho realizado sobre o gas pelo pi RTA (dle, GIT VA eT — (eT + TWD (ed eT 2 3. O calor total transferido do gas &: RTA KC, + eT eT — (We (T, + TW (qN2 44146 Um amanjo pistio-citindro contém vapor d’égua satu- rado. Calor € entio adicionado ao vapor, enquanto 0 pistio & ‘mantido parado. A pressio ¢ a temperatura'se tomnam 1,2 MPa € 708°C, respectivamente. Mais calor € fornecido a0 vapor até {que a temperatura atinja 1200°C, com o pistio se movendo de forma a manter a pressao constante. 1. A pressio inicial do vapor é aproximadamente: (a) 250 kPa (a) 1000 kPa (6) 500 kPa (6) 1250 kPa (0) 750 kPa 2. O trabalho realizado pelo vapor sobre o pistio & de cerca de: (a) 230 kikg (a) 2340 kiikg (6) 100 ki/kg (e840 Kk (0) 2140 Kihkg 175 3. 0 calor total transferido para o vapor & de aproximada- mente: (a) 230 kiikg (d) 2340 kiikg (b) 1100 Kikg—(e) 840 kg (6) 2140 kik Experimentos e a Redacao de Textos 44147 _Usando um termémetro, mega a temperatura de ebuli- ‘go da digua e determine a pressio de saturagao correspondente. ‘Com essas informagies, calcule a altitude da sua cidade e com- prare-a com o valor real de altitude, 4-148 Determine como os calores especificos de gases, liqui- dos © sélidos so determinados nos laboratérios nacionais, Desereva o dispositivo experimental e os procedimentos usados. 44149 _Elabore um experimento completo com instrumentagao para determinar os calores especificos de um gas usando um aquecedor a resistencia, Discuta como 0 experimento sera con- duzido, quais medigdes precisam ser Feitas € como 0s calores especificos serio determinados. Quais sdo as fontes de erro do seu sistema? Como voc’ pode minimizar 0 erro experimental? 44150 Elabore um experimento completo com instrumenta- «a0 para determinar os calores especificos de um Ifquido usan- do um aquecedor a resisténcia, Discuta como 0 experimento seri conduzido, quais medigdes precisam ser feitas e como os ccalores especificos serio determinados. Quais sio as fontes de erro do seu sistema? Como vocé pode minimizar o erro experi- mental? Como voe® modificaria o sistema para determinar 0 calor expecifico de um s6lido? A151 Voce deve projetar um sistema de aquecimento para uum piscina com 2 m de profundidade, 25 m de comprimento e 25 m de largura, Seu cliente deseja que o sistema de aques ‘mento seja grande o bastante para elevar a temperatura da gua de 20°C para 30°C em 3 horus. A taxa com que a gua perde calor para 0 ar as condigdes externas € 960 Wm’ e o aquecedor também deve poder manter a piscina a 30°C nessas condigdes. A perda de calor para 0 solo & pequens e pode ser desprezaca. O aouecedor considerado ¢ um forno a gas natural cuja eficién- cia € de 80%. Qual 0 consumo em kW do aquecedor que voce recomendaria ao seu cliente? 4152. Alega-se que frutas e vegetais so resfriados em 6°C por cada ponto percentual de perda de peso de umidade durante a refrigeragio a vacuo, Usando eileulos, demonstre se essa ale- ‘gaciio € razosvel 44153 _Um trabalho de 1982 do Departamento de Energia dos EUA (FS #204) afirma que 0 vazamento de uma gota de agua quente por segundo pode custar USS1,00 por més. Fazendo hipdteses razoiveis sobre © tamanho de eada gota ¢ © custo da cenergia, determine se essa afirmacio € razoavel, ANALISE DA MASSA E DA ENERGIA DOS VOLUMES DE CONTROLE 0 Capitulo 4, aplicamos a equacao geral do balanco de energia expressa como E, — E, = AE jaen 208 Siste- mas fechados. Neste capitulo, estendemos a andlise da energia aos sistemas que envolvem 0 escoamento de massa através de suas fronteiras, ou seja, a0s volumes de controle, com particular énfase para os processos em regime permanente. Iniciamos este capitulo com o desenvolvimento da equacao_ geral de conservagao da massa para os volumes de controle, & continuamos com uma discuss8o sobre o trabalho de escoa- mento e sobre a energia das correntes de fluidos. Aplicamos entdo 0 balango de energia aos sistemas que envolvem proces- 508 em regime permanente e analsamos 0s dispesitves com fescoamento em regime permanente mais comuns, como bocais, ditusores, compressores, turbinas, dispositivos de estrangulamento, cémaras de mistura e trocadores de calor. Finalmente, aplcamos o balango de energia aos processos com escoamento em regime transiente, como o carregamento € descarregamento de reservatrios. et 0s objetivos do Capitulo 5 so: ‘+ Desenvolver 0 principio de conservagao da massa ‘+ Aplicar principio de conservacao da massa a diversos sistemas, incluindo volumes de controle com escoamento fem regime permanente e transiente. Identificar a energia transportada por uma corrente de fluido ue atravessa uma superficie de controle como a soma da energia interna, do trabalho de escoamento, da energia Cinética e da energia potencial do fluido, e relacionar a combinagao entre a energia interna e 0 trabalho de escoamento a propriedade entalpia Resolver problemas de balango de energia para dispositivos ‘com escoamento em regime permanente como bocais, Compressores, turbinas, valvulas de estrangulamento, misturadores e trocadores de calor. Aplicar 0 balanco de energia aos processos com escoamento em regime transiente, com énfase particular para 0 proceso com escoamento uniforme, adotado como modelo para os processos mais comuuns de carga e descarga. Capitulo 5 Andlise da Massa e da Energia dos Volumes de Controle =| = 177 5-1 * CONSERVACAO DA MASSA A conservacio da massa é um dos principios mais fundamentais da natureza. ‘Todos conhecemos esse principio, € nao € diffeil entendé-lo. Nao & preciso ser um Ccientista para descobrir a quantidade de motho vinagrete que seri obtida ao misturar 100 g de azeite © 25 g de vinagre. As equagdes quimicas também so balanceadas com base no principio da conservagdo da massa. Quando 16 kg de oxigénio reagem com 2 kg de hidrogénio, 18 kg de dgua sio formados (Figura 5-1). Em um processo de ele- trélise, a dgua se decompie de volta em 2 kg de hidrogénio e 16 kg de oxigénio. ‘A massa, assim como a energia, é uma propriedade que se conserva, e no pode ser criada nem destruida durante um processo, Entretanto, massa m € energia E po- dem ser convertidas entre si, de acordo com a conhecida férmula proposta por Albert Einstein (1879-1955): 1) onde ¢ = 2,9979 X 10° mvs € a velocidade da luz no vacuo. Essa equagio sugere ‘que & massa de um sistema muda quando hé variagdes em sua energia, Entretanto, para todas as interagdes de energia encontradas na pratica, com exceco das reagdes rucleares, a variago da massa é extremamente pequena e no pode ser detectada nem pelos dispositivos mais sensiveis. Por exemplo, quando | kg de égua € formado a partir de oxigénio € hidrogénio, a quantidade de energia liberada € de 15.879 kl, que corresponde & massa de 1.76 X 10~'° kg. Uma massa dessa magnitude extrapo- (a preciso requerida em quase todos os cilculos de engenharia e, portanto, pode ser desprezada, Em sistemas fechados, o principio de conservagao da massa é usado impli mente pela exigéncia de que a massa do sistema permaneca constante durante um processo. Em volumes de controle, porém, a massa pode atravessar fronteiras e, assim, devemos levar em conta a quantidade de massa que entra e sai do volume de controle. Vazao Massica e Vazao Volumétrica ‘A quantidade de massa que escoa através de uma Srea por unidade de tempo & chamada de vazio méssica, ou fluxo de massa, ¢ ¢ denotada por sit. O ponto sobre tum simbolo ¢ usado para indicar a raxa de variagdo com o tempo. ‘Um fluido escoa para dentro ou para fora de um volume de controle geralmente através de tubos ou dutos. O fluxo de massa diferencial através de um pequeno ele- ‘mento de drea dA, em uma sego transversal do escoamento & proporcional ao proprio da... densidade do fluido p e 4 componente da velocidade do escoamento normal a dA... que denotamos como V,, ¢ & expresso como (Figura 5-2) din = pV, dA (6-2) Observe que 5 € d sio usados para indicar quantidades diferenciais, mas em geral 6 & usado para quantidades (como calor, trabalho ¢ transferéncia de massa) que sto funcdes de trajetéria e tem diferenciais inexatas, enquanto d & wsado para quan- tidades (como as propriedades) que sio funcdes de ponto e tém diferenciais exatas. ara o escoamento através de um anel circular com raio interno re raio externo rs, 2 2 pr eki [steme Abeta [Phim te ‘massa total através do ane! circular), © nao 2, — 1. Para valores especificados de r, € r.0 Valor da integral de dA, & um valor fixo Gustificando os nomes fungi de ponto € diferencial exata). Ji mesmo nao pode ser dito para o caso da integral de Brit (jus- tificando os nomes fungao de trajet6ria e diferencial inexata), O fluxo de massa atra- ‘és de toda a segao transversal de um tubo ou duto € obtido por integrago: n= | an={ prar. ais 2h |_. [iste H + | — [33 FIGURA 5-1 Massa 6 conservada mesmo durante as, reagdes quimicas Supertce de eto FIGURA 5-2 A velocidade normal a uma superficie V, € componente da velocidade perpendicular a superficie, Termodinamica FIGURA 5-3 Vaya € definida como a velocidade média «em uma seco transversal Sedo transversal FIGURA 5-4 A vazio volumétrica 60 volume de fuido que escoa em uma segd0 transversal por unidade de tempo. Embora a Equagao 5-3 seja sempre vilida (na verdade ela € exata), nem sempre ela € adequada para andlises de engenharia em razio da integral. Em vez disso, gos- tarfamos de expressar 0 fluxo de massa em termos de valores médios em uma seco transversal do tubo. Em um escoamento compressivel, tanto p quanto V, variam a0 Jongo do tubo, Em muitas aplicagées priticas, porém, a densidade € esscncialmente Lniforme na sexo transversal do tubo e podemos retirar p da integral da Equacio 5-3, A velocidade, porém, nunca ¢ uniforme em uma segao transversal de um tubo, devi do a condicio de nio-deslizamento nas paredes. Em vez disso, a velocidade varia de zero nas paredes até algum valor maximo na linha central do tubo ou perto dela, Definimos a velocidade média V,,. como o valor médio de V, em toda a segao trans- versal do tubo (Figura 5-3) Velocidade média: ‘onde Ag € a rea da segdo transversal normal a diregdo do escoamento. Observe que, se a velocidade fosse Vaay em toda a seco transversal, 0 luxo de massa seria idéntico quele obtido pela integrago do perfil da velocidade real. Assim, para o escoamento incompressfvel ow mesmo para 0 escoamento compressivel no qual p € uniforme em Ao Equagao 5-3 torna-se Fi = PVings Ac (kg/s) 5-5) Para 0 escoamento compressivel, podemos pensar em p como a densidade média na segio transversal e, dessa forma, a Equagio 5-5 ainda pode ser usada como uma aproximagao razoavel. Por questdes de simplicidade, retiramos 0 subscrito da velocidade média. A ‘menos que especificado 0 contrrio, V denota a velocidade média na dirego do escoa- mento. Ag também denota a segao transversal normal & diregao do escoamento. volume de fluido escoando através de uma drea por unidade de tempo & cha- mada de vazio volumétrica V (Figura 5-4) ¢ € dada por v [ va. Vousde= VA. (m'/s) 6) Uma forma priméria da Equagao 5-6 foi publicada em 1628 pelo monge italia- no Benedetto Castelli (1577-1644). Observe que muitos livros sobre meciinica dos fluidos usam Q em ver de V para a vazio volumétrica. Usaremos V para evitar con- fusio com a transferéncia de calor. |AS varbes massica e volumétrica esto relacionadas por jn= p=" on onde v é 0 volume espeeifico. Essa relagio € andloga a m = pV = VIV, que &a rela- ‘do entre a massa e 0 volume de um fluido em um reservat6rio. Principio de Conservagao da Massa 0 principio de conservagio da massa aplicado a um volume de controle pode ser expresso como: A transferéncia liquida de massa para ou de um volume de con- trole durante um intervalo de tempo At é igual a variagdo liquida (aumento ou dimi- ‘nuigdo) da massa toral dentro do volume de controle durante At. Ou seja, (eas total comm) E (ieamaeen ; (‘aiid liquida bere ‘no VC durante Av do VC durante At dentro do VC durante Ar NS ee a Capitulo 5 Andlise da Massa e da Energia dos Volumes de Controle =| 179 m.—m,=Amye (ke) 6) onde Arye = mins ~ Maas € a variagao da massa do volume de controle durante 0 processo (Figura 5-5) Ela também pode ser expressa na forma de taxa como tng ~ tn, = dinye/dt —_(ke/s) 69 ‘onde rit, € st, so as taxas com que massa entra € sai do volume de controle € dycldt € a taxa de variagdo da massa dentro das fronteiras do volume de controle. As equ ges 5-8 € 5-9 so chamadas de balango de massa e se aplicam a qualquer volume de controle que esteja passando por qualquer processo. FIGURA 5-5 Considere um volume de controle de forma arbitriria, como mostra a Figura Principio de conservagdo da massa para 5-6. A massa de um volume diferencial dV dentro do volume de controle & dm = — uma banheira comum, dV. A massa total dentro do volume de controle em determinado instante r & deter- ‘minada por integragao como sendo Massa total dentro do VC: mye { pdv (5-10) Portanto, a taxa de variag3o da massa dentro do volume de controle pode ser expressa como wwe tl pay on dt di he? Taxa de variagao da massa dentro do VC: Para 0 caso especial em que nenhuma massa atravessa a superficie de controle (ou seja, quando o volume de controle se reduz a um sistema fechado), 0 prinefpio da conservacdo de massa fica reduzido a dmycldt = 0. Esta relagio ¢ vélida tanto para um volume de controle estaciondrio, quanto mével ou que esteja se deformando. Considere agora o escoamento para ou de um volume de controle estacionério, através de uma drea diferencial dA sobre sua superficie de controle. Seja ri um ve- tor unitrio normal a dA e apoatanda para fora e Va velocidade do escoamento em 4A relativa a um sistema de coordenadas fixo, como mostra a Figura 5-6, De modo geral, a velocidade pode atravessar dA com um angulo @ com a diego normal a dA, © 0 fluxo de massa é proporcional & componente normal da velocidade V, Utilizando 0 conceito de produto escalar entre dois vetores, a magnitude da compo- nente normal da velocidade pode ser expressa como ‘Componente normal da velocidade: V, = V cos @ = V+ (6-12) 0 fluxo de massa através de dA & proporcional & densidade do fluido p, & velo- cidade normal V,, ¢ & rea do escoamento dA e pode ser expressa como “@ oo ‘on Fluxo de massa diferencial: Brn = pV, dA = p(V cos) dA = p(V-7) da (5-13) oP ‘Volume de © fluxo liquido de massa para ou do volume de controle através de toda a \omtale (VC) superficie de controle é obtida pela integrago de dri sobre toda a superficie de con- peer troles Soper de contoe (SC) FIGURA 5-6 ‘Volume de controle diferencial dVe a = superficie de controle diferencial dA Observe que Vi = V cos € positivo para < 90° (saida de massa) e nega- usados na dedugo da equacio de tivo para @ > 90° (entrada de massa). Assim, a diregio do escoamento é levada em conservaco da massa. Fluxo liquido de massa: ty = [a = [ora = [0 -ityan (5-14) Termodinamica FIGURA 5-7 © principio de conservagio da massa de ‘um sistema com escoamento em regime permanente com duas entradas uma saida, conta automaticamente e a integral de superficie da Equagdo 5-14 fornece diretamen- te 0 fluxo liquido de massa, Um valor positivo para ry, indica um fluxo liquide para fora um valor negativo indica um fhuxo Iiquido para dentro, Rearranjando a Equacio 5-9 como diiycidt + rit, ~ th, = 0, a equagao da con- servagdo da massa para um volume de controle estacionsrio pode ser expressa por Forma Geral da Conservagio da Massa: | AV 7) dd = 0 6-18) A expresso acima afirma que a taxa de variagdo da massa dentro do volume de controle mais 0 fuxo liguido de massa através da superficie de controle € igual a zero. Separando a integral de superficie na Equagio S-15 em duas partes — uma para as correntes de safda (positiva) e outra para as correntes de entrada (negativa) —, a equagiio de conservagao da massa também pode ser expressa por $/ av +S | pvaan = 3 | ovas 16) tt he I, ‘s onde A representa a drea de uma entrada ou de uma saida e os sinais de somatério si0 usados para enfatizar que todas as entradas € safdas devem ser levadas em conta. ‘Usando a definigao de fluxo de massa, « Equa 5-16 também pode ser expressa por d S [m= SH La ow = S-Di 61 ‘As Equagdes 5-15 e 5-16 também sio vélidas para volumes de controle méveis ‘ou que se deformam, desde que a velocidade absoluta V seja substituida pela veloci- dade relativa V,, que € a velocidade do fluido relativa & superticie de controle. Balango de Massa para Processos com Escoamento em Regime Permanente Durante um processo com escoamento em regime permanente, a quantidade total de massa contida dentro de um volume de controle no muda com o tempo (myc = constante), Assim, 0 principio de conservacio da massa exige que a quanti- dade total de massa que entra em um volume de controle seja igual & quantidade total de massa que dele sai. Para o bocal de uma mangueira de jardim operando em res me permanente, por exemplo, a quantidade de Jigua que entra no bocal por unidade de tempo é igual & quantidade de gua que sai do bocal por unidade de tempo. ‘Ao lidarmos com processos com escoamento em regime permanente, nio esta- ‘mos interessados na quantidade de massa que escoa para dentro ou para fora de um dispositive ao longo do tempo; em vez disso, estamos interessados na taxa com que & ‘massa escoa. ou sea, o luxo de massa rt. O principio de conservago da massa para uum processo em regime permanente aplicado a um volume de controle com varias ‘entradas e saidas pode ser expresso em forma de taxa como (Figura 5-7) Escoamento em regime permanente: Sin = Sin (he's) 6-18) Essa equagio declara que a taxa total com que a massa entra em um volume de controle é igual & taxa total com que a massa que sai do volume de controle. “Muitos dispositivos de engenharia como bocais, difusores, turbinas, compresso- res e bombas envolvem uma tinica corrente (apenas uma entrada e uma saida). Nesses casos, denotamos 0 estado de entrada com 0 subscrito 1 € 0 estado de saida com 0 subscrito 2 ¢ tiramos os sinais de somatGria. Assim, a Equagao 5-18 fica reduzids, para volumes de controle com escoamento em regime permanente e corrente tinica, & Escoamento em tebhd permanents: y=, => PVA, (corremt tnica): Caso Especial: Escoamento Incompressivel ‘As equagtes de conservago da massa podem ser simplificadas ainda mais quan- 4400 Muido € incompressivel, ue é normalmente 0 caso dos liquides. Cancelando a den- sidade em ambos os lados da equagio para processos em regime permanente, tem0s | | | Capitulo Andlise da Massa e da Energia dos Volumes de Controle =| = 181 Escoumentoincompressvel Sy) 3 y em regime permanente: (m/s) aren Para escoamentos em regime permanente de corrente nica ela se reduz a Escoamento incompressivel em regime permanente (corrente tinica): Uy VA) = Voy 6-21) Deve-se ter sempre em mente que niio existe um principio de “conservagio do volume”. Assim, as vazdes volumétricas de entrada e de safda em um dispositive num pigyRA 5B processo em regime permanente podem ser diferentes. A vazao volumétrica na safda de um compressor de ar é muito menor do que & vaz0 na entrada, embora a vaziio Durante um processo com escoamento méssica através do compressor seja constante (Figura 5-8). Isto acontece devido a €™ Fegime permanente, as vazbes densidade mais alta do ar na saida do compressor. Para escoamento de liquidos em —_ olumétricas nao sao necessariamente regime permanente, porém, as vazies volumétricas, bem como as varSes miissicas, COMSerVadas,entretanto as vazBes permanecem constantes, uma vez que os liquidos sio substincias essencialmente incompressiveis (densidade constante), A digua que escoa através do bocal de uma mangueira de janim é um exemplo deste dltimo caso. (0 principio de conservagao da massa tem por base observagdes experimentais e ‘exige que toda a massa seja levada em conta durante um processo. Se vocé € capaz de calcular 0 saldo da sua conta bancéria (controlando depdsitos ¢ retiradas, ou simples- mente observando o principio de “conservagio do dinheiro”). no tera dificuldades ‘em aplicar 0 prine‘pio de conservagio da massa aos sistemas de engenharia, 5-1 Escoamento da Agua Através de um Bocal de Mangueira deJardim de jardim conectada a um bocal ¢ usada para encher um balde de Ii ciees eansastanglNOd € fo Ei = wnenton ssi ve (Figura 5-9). Se s80 necessérios 50 s para encher o balde com gua, Stemine ba lors ‘méssica de gua avaves Ga manguaa (0) 1 velocidade média da agua na saida do boca. ‘Solucao ‘Uma mangueira de jardim é usada para encher um balde. ‘As vazbes volu- metrica e méssica e @ velocidade da agua na salda devem ser determinadas. Hipdteses 1 A gua & uma subst€ncia incompressivel. 2 0 escoamento na man- ea Tasca gerttiny) Sie ere Propriedades Romitios 3 {da gua como 1000 kg/m? = 1 kg. ‘Anélise (a) Observando que 10 de agua s8o descarregados em 50 s, as vazbes volumétrica e méssica de agua s80, vga 3.70544 1 NTA s05 7 gat SIS) PAA, = paVoAy (6-32) onde os subscritos 1 2 denotam os estados de entrada e saida, p & a densidade, V é a velocidade média de escoamento na dirego do escoamento € A é a drea da seg30 transversal normal 3 diego do escoamento. Durante um processo em regime permanente, o contetido de energia total de um volume de controle permanece constante (Eye = constante) e, portanto, a variagio na cenergia total do volume de controle é zero (AE, = 0). Assim, a quantidade de ener- ‘gia que entra em um volume de controle sob todas as formas (calor, trabalho e fluxo de massa) deve ser igual & quantidade de energia que deixa 0 volume de controle. Entio, na forma de taxa, o balango de energiaaplicado a um processo em regime per- rmanente se reduz a FIGURA 5-19 _a teegime permanente) Sob condigdes de regime permanente, as é = 6-39) propriedades do Mido em uma entrada aaa ‘ou em uma saida permanecem eco pr Cconstantes (no variam com o tempo). aarimeeet ——s SS SS Capitulo 5 Andlise da Massa e da Energia dos Volumes de Controle =! 187 ou lemento de aquecimento cleric Balango de energia: E = £ (kW) (5-34) Toca cnatade Ta ‘Observando que a energia pode ser transferida apenas por calor, trabalho e fluxo ‘de massa, 0 balango de energia da Equacdo 5-34 aplicado a um volume de controle com escoamento em regime permanente pode ser escrito mais explicitamente como O.+W.+ m= 0.404 Sno (5-35) 2 FIGURA 5-20 ) Otis Din(ar ee «) (5555) Um aquecedor de diva operands on ee, oe Nee regime permanente. uuma vez que a energia por unidade de massa de um fTuido em escoamento é 0 = ec + ep =h + V2 + gz. A equagio do balango de energia aplicada a volumes de controle em regime permanente apareceu pela primeira vez em 1859, em um livro ale- indo sobre termodindmica escrito por Gustav Zeuner. Considere, por exemplo, um aquecedor elétrico de dgua operando em regime permanente, como mostra a Figura 5-20. Uma corrente de gua fria com um fluxo de ‘massa fi entra continuamente no aquecedor, e uma corrente de digua quente & mesma vazio escoa continuamente para fora. O aquecedor de digua (0 volume de controle) perde calor para o ar ambiente a taxa de Q,,¢ 0 elemento de aquecimento elétrico for- rece trabalho elétrico (aquecimento) para a sigua a taxa de W.. Com base no principio de conservagao da energia, podemos afirmar que a corrente de dgua sofre um aumen- to em sua energia total & medida que escoa pelo aquecedor. Esse aumento é igual & cenergia elétrica fornecida para a égua menos as perdas de calor. (0 balango de energia recém-apresentado tem natureza intuitiva e é facil de ser aplicado quando as magnitudes e as diregdes das transferéncias de calor e de trabalho ‘do conhecidas. Ao realizar-se um estudo analitico geral ou resolver um problema que envolve uma interagao desconhecida de calor ou trabalho, porém, precisa-se arbitrar uma ditegdo para as interagdes de calor ou trabalho. Em tais easos, a pritica comum 6 arbitar que calor é transferido para o sistema (entrada de calor) & taxa de Q, € que trabalho ¢ realizado pelo sistema (safda de trabalho) a taxa de W para entio resolver © problema. Neste aso, a primeira lei ou equagio do balango de enengia aplicada a ‘um volume de controle com escoamento em regime permanente resulta, +8) = Yin(ns Soe) om AA obtengio de um valor negativo para Q ou W significa simplesmente que @ diregio assumida esté errata ¢ deve set inverida. Para dispostivos com corrente nica, a equagio do balango de energia simplifia para nhs phe Fs o-w | -2| (6-38) Dividindo a Equago 5-38 por si resulta 0 balango de enengia aplicado a uma, ‘massa unitéria dado por rj ES nah, mates q7w (5-29) Wari sao a transferéncia de calor ¢ o trabalho realizado por uni- 4e trabalho, respectivamente, Se 0 fuido sofrer uma variagio ‘desprezivel em suas energias cinética e potencial enquanto escoa através do volume de controle ou seja, Aec = 0, Aep 188 | ‘Termodinamica (5-40) Os diversos termos que aparecem nas equagdes anteriores so os seguintes: 0 = tava de transferéncia de calor entre 0 volume de controle e sua vizinhanga. Quando 0 volume de controle estiver perdendo calor (como no caso do aquecedor de Agua), G é negativo. Se 0 volume de controle estiver bem isolado (ou seja, adiabiitico), entao 0 = 0. FIGURA 5-21 W = poténcia. Nos dispositivos com escoamento em regime permanente, 0 Em regime permanente, 0 trabalho de volume & constante e, assim, nao hi trabalho de fronteira. J4 0 trabalho x0 € 0 trabalho elétrico si as tinicas necessirio para empurrar massa para dentro e para fora do volume de formas de trabalho que podem estar controle € computado usando as entalpias (em vez das energias internas) no ‘envolvidas em um sistema compressivel___cileulo da energia das correntes de fluido. Assim, W representa as form: simples, restantes do trabalho realizado por unidade de tempo (Figura 5-21). Muitos dispositivos com escoamento em regime permanente, como turbinas, ‘compressores © bombas transmitem poténcia através de um eixo, ¢ W tom: se simplesmente a poténcia do eixo daqueles dispositivos. Se a superficie de controle for atravessada por fios elétricos (como no caso de um aquecedor elétrico de ‘gua), W representara o trabalho elétrico realizado por unidade de tempo. Se nenhum deles estiver presente, entio W= 0. Ah = hy ~ hy. A variagio da entalpia de um fluido pode ser facilme Tendo nas tabelas os valores da entalpia nos estados des: (ke/sy(kl/kg) = kW. Acc = (V3 ~ ViV2. A uniddade de energia cinética é m/s? , que é equivalente a J/kg, (Figura 5-22). Em geral. a entalpia € dada em ki/kg. Para somar essas duas quan- tidades, a energia cinética deve ser expressa em ki/kg. Basta dividir a enengia inética por 1000. Uma velocidade de 45 m/s corresponde a uma energia cinética de apenas 1 kivkg, que & um valor bastante pequeno comparado aos valores de entalpia encontrados na pritica. Assim, a baixas velocidades, o termo que contém cenergia cinética pode ser desprezado. Quando uma corrente de fluido entra e sai de um dispositivo com escoamento em regime permanente mais ou menos 3 ‘mesma velocidade (V, = V,) a Variagao na energia cinética sera proxima de zero, FIGURA 5-22 independentemente da velocidade. Entretanto, velocidades altas exigem cuidado, [As unidades ms* ¢ kg so equivalentes, POIs Pequenas variagdes nas velocidades podem causar variagdes significativas energia cinética (Figura 5-23), Aep = (=) — =). Um argumento semethante pode ser usado para 0 termo dda energia potencial. Uma variag20 de 1 ki/kg na energia potencial comresponde a uma diferenga de altura de 102 m. A diferenga de altura centre a entrada e a saida da maior parte dos dispositivos industriais, como turbinas € compressores. est bem abaixo desse valor € © termo da cenergia potencial sempre ¢ desprezado nesses dispositivos. A nica situagio ¢ fem que 0 termo da energia potencial & significativo € quando um processo envolve 0 bombeamento de um fluido para alturas elevadas © queremos ¢ Moo dee saber a poténcia de bombeamento necessiria mis _wis_kihg toate 5-4 = ALGUNS DISPOSITIVOS DE ENGENHARIA COM ESCOAMENTO EM REGIME PERMANENTE Muitos dispositivos de engenharia operam essencialmente sob as mesmas con- por longos periods. Por exemplo, os componentes de uma usina de poténcia 4 vapor, como turbinas, compressores, trocadores de calor e bombas, operam ini ruptamente durante meses até que o sistema seja paralisado para manutengao (Figura 5-24), Assim, esses dispositivos podem ser convenientemente analisados como dispo- FIGURA 5-23 sitivos com escoamento em regime permanente. Em velocidades muito altas, mesmo Nesta seg, sio descritos alguns dispositivos comuns com escoamento em regi- pequenas alteragoes de velocidade ‘me permanente ¢ so analisados os aspectos termodinamicos do escoamento através podem provocar alteragdes significativas — deles. Os principios de conservagdo da massa ¢ da energia para esses dispositivos so nna energia cinética do fuido. ilustrados com exemplos, Capitulo 5 Andlise da Massa e da Energia dos Volumes de Controle | 189 Compressor Compressor de “Turina de Turina. de debaita—Coletorde purgabaixa presto alta pressio haa pressio reso (LPC) deardoLPC (LPC) de Combustor de 2estigios de 5 estigios de Sestigos estigios Coetores do Flange de transmissio Flange de transmisso do lado quente 4o lad trio FIGURA 5-24 : ‘Uma moderna turbina a gs usada para a produgao de energia elétrica. Trata-se de uma turbina LMS000 da General Electric. Ela tem 6,2 m de comprimento, pesa 12,5 ton e produz 55.2 MW a 3600 rpm com injego de vapor. Cortes da GE Power Systems 1 Bocais e Difusores Ps s bocais e difusores normalmente so utilizados em motores a jato, foguetes, ' = “nibus espaciaise até mesmo em manguciras de jardim. Um bocal & um dispositive | \ {que aumenta a velocidade de um fluido & custa da pressio. Um difusor & um dispo- Yi > “Beeal, = Ya 2 Vi sitivo que aumenta a pressdo de wm fluido pela sua desaceleracdo. Ou seja 0s bocais ! ‘© 08 difusores realizam tarefas opostas. A seco transversal de um bocal diminui na ae diregio do escoamento para escoamentos subs6nicos e aumenta para escoamentos deettiisx io eee ts pion loos cr ‘A taxa de transferéncia de calor entre 0 fluido que escoa em um bocal ou em um. a ' ditsbor’e'sun viniskanca 6 jpetalineate mito pelpens (O70), una ved qoeo Nokdo ' tem alias velocidades e, portanto, no fica dentro do dispositivo tempo suficiente para Yi ifr P+ Va My ‘que ocorra uma transferéncia de calor significativa. Os bocais ¢ os difusores normal- ' mente niio envolvem trabalho (W= 0)¢ uma eventual variagio na energia potencial € Pitas quase sempre desprezivel (Aep = 0). Mas em bocais ¢ em difusores so encontradas —s Yelocidades muito altas,e 4 medida que um fluido escoa ao longo de um boeal ou de difusor, ele experimenta grandes variagdes de velocidade (Figura 5-25). Portanto, as FIGURA 5-25 variagies de energia cingtica devem ser levadas em conta na anélise do escoamento A forma dos bocais dos difusores através desses dispositivos (Acc # 0) provocam grandes variagSes nas ‘elocidades dos fluidos e, portanto, das energias cindticas. de massa de ar e (6) a temperatura do ar na saida do ditusor. Solugo Ar entra no difusor de um motor a jato a ume velocidade conhecida. O tyxo de massa de ar e a temperatura na saida do difusor devem ser determinados. Hipéteses 1 Esse & um processo com escoamento em regime permanente, uma ‘ve2. que no hé variag3o com o tempo em nenhum ponto e, portanto, Amc = Oe AE, = 0. 2 O ar é um gas ideal, uma vez que esta a uma temperatura alta e a uma pressdo baixa com relacdo @ seus valores criticos. 3 A var de energia potencial é zero, A,, = 0. 4 A transferénicia de calor & desprezivel. 5 A energia cinética na saida do difusor 1. 6 N3o existem interagdes de trabalho. ern: ). Esse é um volume de FIGURA 5-26 ‘ Taek 2 Presse Representagiio esquemiéticn do pans momen Exemplo $4. ‘Termodinamica hipétess ¢ observapies declaradas,obalanco volume de controle em regime permanente pode ser expresso de energiaaplicado a esse ‘em forma de taxa 2 Turbinas e Compressores Nas usinas a vapor, a gas ou hidrelétricas, 0 dispositivo que aciona o gerador elétrico é a turbina. A medida que o fluido escoa através da turbina, trabalho é rea- lizado nas pis que estao presas a0 cixo. Como resultado, 0 eixo gira e a turbina pro- ‘duz trabalho. (Os compressores, assim como as bombas ¢ os ventiladores, so dispositivos uti- lizados para aumentar a pressio de um fluido. O trabalho é fornecido a esses disposi- tivos por uma fonte externa por meio de um eixo girante. Assim, os compressores ‘envolvem consumo de trabalho. Embora os trés dispositivos funcionem de forma similar, eles diferem nas tarefas executadas. Um ventilador aumenta ligeiramente a Capitulo 5 Andlise da Massa e da Energia dos Volumes de Controle pressio de um gas, e € usado principalmente para movimentar 0 gis. Um compressor € capaz de comprimir um gis a presses bastante allas. As bombas funcionam de fornia muito parecida & dos eompressores. exceto que elas lidam com liquidos em vez de gases. Observe que as turbinas produzem poténcia, enquanto os compressores, as bombas e 05 ventiladores consomem poténcia. A transferéncia de calor das turbinas em geral é desprezivel (0 ~ 0), uma vez que elas so bem isoladas. A transferéncia de calor também € desprezivel nos compressores, a menos que haja resfriamento intencional. As variagies de energia potencial sio despreziveis para todos esses ispositivos (Aep = 0). As velocidades encontradas nesses dispoxitivos, com exce- ‘Zo das turbinas e dos ventiladores, sio em geral muito baixas para causar variagdes Significativas de energia cinética (Aec = 0). As velocidades dos escoamentos na joria das turbinas sao muito altas, € o fluido sofre uma variagao significativa em sua energia cinética, Entretanto, essa variago em geral é muito pequena com rela ‘Glo a variagdo da entalpia e, portanto, ela pode ser desprezada, 5-5 Compressio de Ar por um Compressor 300) £20 canna en ee ene aD 400 flux de massa de ar € de 0,02 kg/s, e ocorre uma perda de calor de 16 lesan ‘Assumindo que as vaiagSes nas energias cinética e potenci determine a poténcia consumida pelo compressor. Solugio ‘Ac & comprimido por um compressor até uma temperatura e presséo i | Yornecida 20 compressor deve ser determinada, 3 ven ise ocemesen tapes pane ef i 86 4 com 0. ‘em nenhum ponto e, portanto, Ame = 0e AE = 0.20 eer cuba cele ston saad Lies on caitoreslnn neeaibsin wre ee ne ee re Definimos 0 compressor como o sistema (Figura 5-27). Esse € um volu- ‘controle, uma vez que massa atravessa a fronteira do sistema durante 0 pro- foe Telit) safe ictadetp ich mpl eh tapaa ‘fe = 1h. Alm disso, 0 volume de controle perde calor e consome trabalho. “Sob as hipdteses e observacbes declaradas, o balango de energia aplicado a esse ‘Giaiaey -aferracaitaemn ueeanees™ ton en rig ho de iia eee vase cnoube Sirois ee ocetercerns seats (aied lass Al belay iam ig FIGURA 5-27 Representagdo esquemiitica do Exemplo 5-5. 191 192 Termodinamica Py=2MPa 7, = 400°C Y,=50mvs 10m | TURBINA | AvAPoR Pex ISKPa = 9% 180 ms 226m FIGURA 5-28 Representagio esquemitica do Exemplo 5-6. EXEMPLO 5-6 Geragao de Poténcia por uma Turbina a Vapor ‘A poténcia gerada por uma turbina a vapor adiabatica € de 5 MW € as condigbes de entrada e saida do vapor so as indicadas na Figura 5-28. (a) Compare as magnitudes de An, Aec e Aep. (0) Determine o trabalho realizado por unidade de massa do vapor que’ escoa na turbina, {c) Caleule 0 fluxo de massa de vapor, ‘SolugSo So fornecidas as condigdes na entrada e na saida e a poténcia de uma turbina a vapor. As variagbes das energias cinética e potencial e da entalpia do ‘vapor, o trabalho realizado por unidade de massa e ofluxo de massa de vapor deve ser determinados. ‘Hipéteses 1 Esse 6 um processo com escoamente em regime permanente, uma vez que no hi variago com 0 tempo em nenhum ponto e, portanto, Ame = 0 and AE,¢ = 0. 20 sistema € adiabatico e, portanto, nao ha transferénia de calor. ‘AnéliseDefinimes a turbina como o sistema, Esse € um volume de controle, uma vez que massa atravessa a fronteica do sistema durante o processa. Observamos que existe apenas uma entrada e uma saida e, portanto, mh, = mh, = rh. O trabalho € selene pas Hote penser aires tte cada ele scissor ccidas e, portanto, as energias cinética e potenciat devem ser levadas em conta, (a) Na entrada, 0 vapor esté em um estado de vapor superaquecido e sua entalpia & ae ee s tet 7, = 400°C Ay = 32484 kik (Tabela A-6) Ws ada. de trig obvaent tonas uma mista gud vapor stron 8 pressio de 15 kPa. A entalpla nesse estado & fy = hy + sn, = [228,94 + (0.923723) Kg = 2361.01 Lig Entlo, Ah = hy ~ hy = (2361.01 ~ 32484) Ai/ag = —847.39 Kaa 3 = Vi _ (180 m/s)? = (50.m/s)? (_1 44) ea eal (ames) “oun ep = elec 2) = (981 m6 10) maar ees) ~ —BOEKIIG (0) 0balano de enerna en rgine penanentsapicad a ese lume te cotro- le pode ser expresso em forma de taxa como 0 (regime permanente) AE guegalt "3 0 ii(n, + + gs) -ta(ne te) jenremeoa oh Dividindo pelo fluxo de massa rhe substituindo, o trabalho realizado ea vatind ppor unidade de massa de vapor ¢ determinado como es) miei Aec + a = ~[-887,39 + 14,95 ~ 0s ksh = 87248 kiphg (6) 0 fluxo de massa necessério para uma poténcia de 5 MW é Capitulo 5 Andlise da Massa e da Energia dos Volumes de Controle =| 193 ue ec vette aa jen 3 Valvulas de Estrangulamento ‘As viilvulas de estrangulamento sio quaisquer tipos de dispositivos que restrin- gem o escoamento e que causam uma queda significativa na pressio do fluido. Alguns exemplos conhecidos so as vilvulas regulaveis comuns, os tubos capilares € os tampdes porosos (Figura 5-29). Ao contrério das turbinas, elas produzem uma queda de pressio sem envolver qualquer trabalho. A queda de pressio no fluido ‘quase sempre é acompanhada por uma grande queda na temperatura, € por esse motivo os dispositivos de estrangulamento normalmente so usados em aplicagées de refrigeragio e condicionamento de ar. A magnitude da queda de temperatura (ou, as vezes, da elevacio de temperatura) durante um processo de estrangulamento governada por uma propriedade chamada de coeficiente de Joule-Thomson, ser dis- ‘cutida no Capitulo 12. ‘As valvulas de estrangulamento em geral sio dispositivos pequenos, ¢ 0 escoa- ‘mento através delas pode ser suposto adiabatico (q = 0), uma vez que nao hé tempo suficiente nem rea suficientemente grande para que ocorra uma transferéncia de calor efetiva. Da mesma forma, nao ha trabalho realizado (w = 0), ¢ a variagao da cenergia potencial, se houver, € muito pequena (Aep = 0). Embora a velocidade na saida seja, em geral, consideravelmente mais alta que a velocidade na entrada, em muitos casos, o aumento da energia cinética € insignificante (Aec = 0). Assim, a ‘equagio de conservacio da energia para esse dispositivo com escoamento em regime Permanente ¢ corrente tinica se reduz a Ay = hy (kJ/kg) (6-41) Ou seja, 08 valores de entalpia na entrada e na safda de uma vélvula de estran- _gulamento sio iguais. Por esse motivo, uma valvula de estrangulamento também pode ser chamada de dispositivo isoentdlpico. Observe, porém, que nos dispositivos de estrangulamento com éreas de superficie exposta grandes, como os tubos capilares, transferéncia de calor pode ser significativa. Para ter uma idéia de como o estrangulamento afeta as propriedades do fluido, cexpressemos a Equagio 5-41 da seguinte maneira: w+ Py + Pads Energia interna + Energia de escoamento ~ Constante Assim, o resultado final de um processo de estrangulamento depende de qual das duas grandezas aumenta durante 0 provesso, Se a energia de escoamento aumenta durante 0 processo (PV, > P,¥,), ela o faz d custa da energia interna. Como resul- tado, a energia interna diminui, 0 que em geral € acompanhado por uma queda na temperatura, Se o produto PV diminuir, a energia interna e a temperatura do flui- do aumentardo durante um processo de estrangulamento, No caso de um gas ideal ‘f= A(T) e, portanto, a temperatura precisa permanecer constante durante um proces- so de estrangulamento (Figura 5-30), =m (a) Uma valvula reguvel —_ (6) Um tampio porose ———— (©) Um tubo capilar FIGURA 5-28 Valvulas de estrangulamento so ispositivos que causam grandes quedas de pressio no fluido. ‘Vatvuta de FIGURA 5-30 ‘A temperatura de um gés ideal no muda durante um processo de estrangulamento (r= constante) uma vez que h = HT).

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