1) Uma professora do ensino fundamental pediu aos alunos que escrevessem frases começando com "não consigo" sobre coisas que eles não podiam fazer; 2) Em seguida, eles "enterraram" essas frases dobradas em um caixa de sapatos enterrada no pátio da escola durante uma cerimônia simbólica; 3) A professora esperava que a atividade ajudasse os alunos a substituírem pensamentos negativos por positivos.
1) Uma professora do ensino fundamental pediu aos alunos que escrevessem frases começando com "não consigo" sobre coisas que eles não podiam fazer; 2) Em seguida, eles "enterraram" essas frases dobradas em um caixa de sapatos enterrada no pátio da escola durante uma cerimônia simbólica; 3) A professora esperava que a atividade ajudasse os alunos a substituírem pensamentos negativos por positivos.
1) Uma professora do ensino fundamental pediu aos alunos que escrevessem frases começando com "não consigo" sobre coisas que eles não podiam fazer; 2) Em seguida, eles "enterraram" essas frases dobradas em um caixa de sapatos enterrada no pátio da escola durante uma cerimônia simbólica; 3) A professora esperava que a atividade ajudasse os alunos a substituírem pensamentos negativos por positivos.
Esta histria foi contada por Chick Moorman, e aconteceu
numa escola primria do estado de Michigan, Estados Unidos. Ele era supervisor e incentivador dos treinamentos que ali eram realizados e um dia viveu uma experincia muito instrutiva, conforme ele mesmo narrou: Tomei um lugar vazio no fundo da sala e assisti. Todos os alunos estavam trabalhando numa tarefa, preenchendo uma folha de caderno com idias e pensamentos. Uma aluna de dez anos, mais prxima de mim, estava enchendo a folha de "no consigos". "No consigo chutar a bola de futebol alm da segunda base." "No consigo fazer divises longas com mais de trs nmeros." "No consigo fazer com que a Debbie goste de mim." Caminhei pela sala e notei que todos estavam escrevendo o que no conseguiam fazer. "No consigo fazer dez flexes." "No consigo comer um biscoito s." A esta altura, a atividade despertara minha curiosidade, e decidi verificar com a professora o que estava acontecendo e percebi que ela tambm estava ocupada escrevendo uma lista de "no consigos". Frustrado em meus esforos em determinar porque os alunos estavam trabalhando com negativas, em vez de escrever frases positivas, voltei para o meu lugar e continuei minhas observaes. Os estudantes escreveram por mais dez minutos. A maioria encheu sua pgina. Alguns comearam outra. Depois de algum tempo os alunos foram instrudos a dobrar as folhas ao meio e coloc-las numa caixa de sapatos, vazia, que estava sobre a mesa da professora.
Quando todos os alunos haviam colocado as folhas na caixa,
Donna, a professora, acrescentou as suas, tampou a caixa, colocou-a embaixo do brao e saiu pela porta do corredor. Os alunos a seguiram. E eu segui os alunos. Logo frente a professora entrou na sala do zelador e saiu com uma p. Depois seguiu para o ptio da escola, conduzindo os alunos at o canto mais distante do playground. Ali comearam a cavar. Iam enterrar seus "no consigo" ! Quando a escavao terminou, a caixa de "no consigos" foi depositada no fundo e rapidamente coberta com terra. Trinta e uma crianas de dez e onze anos permaneceram de p, em torno da sepultura recm cavada. Donna ento proferiu louvores. "Amigos, estamos hoje aqui reunidos para honrar a memria do 'no consigo'. Enquanto esteve conosco aqui na Terra, ele tocou as vidas de todos ns, de alguns mais do que de outros. Seu nome, infelizmente, foi mencionado em cada instituio pblica - escolas, prefeituras, assemblias legislativas e at mesmo na casa branca. Providenciamos um local para o seu descanso final e uma lpide que contm seu epitfio. Ele vive na memria de seus irmos e irms 'eu consigo', 'eu vou' e 'eu vou imediatamente'. Que 'no consigo' possa descansar em paz e que todos os presentes possam retomar suas vidas e ir em frente na sua ausncia. Amm." Ao escutar as oraes entendi que aqueles alunos jamais esqueceriam a lio. A atividade era simblica: uma metfora da vida. O "no consigo" estava enterrado para sempre. Logo aps, a sbia professora encaminhou os alunos de volta
classe e promoveu uma festa.
Como parte da celebrao, Donna recortou uma grande lpide de papelo e escreveu as palavras "no consigo" no topo, "descanse em paz" no centro, e a data embaixo. A lpide de papel ficou pendurada na sala de aula de Donna durante o resto do ano. Nas raras ocasies em que um aluno se esquecia e dizia "no consigo", Donna simplesmente apontava o cartaz descanse em paz. O aluno ento se lembrava que "no consigo" estava morto e reformulava a frase. Eu no era aluno de Donna. Ela era minha aluna. Ainda assim, naquele dia aprendi uma lio duradoura com ela. Agora, anos depois, sempre que ouo a frase "no consigo", vejo imagens daquele funeral da quarta srie. Como os alunos, eu tambm me lembro de que "no consigo" est morto.