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Anistia

A transio democrtica no pas foi um exemplo para o mundo, tendo se realizado


sem traumas nem ecloso de violncia . So inmeros os exemplos no planeta em que a
sada de regimes autoritrios ou ditatoriais se deu pela luta armada e , mesmo, pela guerra
civil. No o caso do pas, que fez uma transio pactuada entre os prprios militares
democrticos a oposio, sobretudo personificada do MDB, e os egressos do partido do
governo, a Arena, que vieram a fundar o PFL. O seu instrumento central foi a Lei da Anistia,
que alcanou todos os envolvidos em atos de violncia anteriores. Tratou-se, naquele ento
de um grande acordo nacional, maiamente apoiado pela sociedade brasileira, aprovado
pelo Congresso Nacional e, ainda mais recentemente, validado pelo Supremo Tribunal
Federal.
A anistia uma espcie de pacto que viabiliza um novo comeo. Se no h perdo
estendido a todas as partes, elas continuam se envolvendo em toda em toda sorte de
disputa, recorrendo violncia enquanto um dos seus instrumentos. O futuro se torna refm
de um passado no resolvido e estranhamente presente. A partir do momento em que uma
sociedade decide voltar-se para o seu futuro, no sendo mais refm de contenciosos
pretritos, ela deve dar-se uma anistia generalizada, para que todos os que se envolveram
em lutas se sintam seguros. A partir da, a violncia deixa de ser um instrumento da luta
poltica, que passa a pautar-se por regras republicanas, produzidas por uma espcie de
consenso coletivo que em nosso pas, concretizou-se em uma Assembleia Constituinte.

REFERENCIAS:
LERRER ROSENFIELD, Denis. Anistia Sim! : Globo 21/04/2014 p.12.

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