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Gestor. Propriedade do Bradesco.

INOVAÇÃO
SUMÁRIO

MÓDULO 1 – CONCEITOS BÁSICOS DE INOVAÇÃO.....................................3

MÓDULO 2 – A INOVAÇÃO E OS PROCESSOS MENTAIS...............................6

MÓDULO 3 – A INOVAÇÃO E OS PROCESSOS COMPORTAMENTAIS............10

MÓDULO 4 – FERRAMENTAS PARA A INOVAÇÃO E A CRIATIVIDADE...........15

MÓDULO 5 – A IMPLANTAÇÃO DA INOVAÇÃO............................................23

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MÓDULO I - CONCEITOS BÁSICOS DE INOVAÇÃO

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Neste século repleto de tecnologia e competição, nós não precisamos de
pessoas otimistas. Nós precisamos é de pessoas estusiasmadas.

TRIPÉ DA EVOLUÇÃO

Primeiro Passo: O mundo em que vivemos atravessa um período de


transformação jamais imaginado. Nele nada é definitivo. Ficamos perplexos
quando não conseguimos acompanhar a velocidade de evolução dos
acontecimentos, sentimo-nos perdidos, principalmente nos assuntos
relacionados à dinâmica do desenvolvimento tecnológico.

Segundo Passo: Estamos num período de transição, num mundo que caminha
na estrada da inovação, da diferenciação, explorando cada vez mais o
potencial de criatividade das pessoas.

Terceiro Passo: É fundamental, portanto, dispormos de conhecimentos e de


uma sistemática, adequados para lidar com essa situação, buscando o contínuo
intercâmbio de conhecimentos e experiências no nosso dia a dia.

POR QUE INOVAÇÃO AGORA?


As organizações e as pessoas sempre precisaram ter e mostrar inovação,
pois se trata de um requisito fundamental para o bom desempenho e sucesso.
Nos tempos atuais, o conceito de inovação está mais forte e ampliado, sendo
aplicado a requisitos e atributos pessoais, assim como a diversos aspectos
empresariais e organizacionais, como:
- Estratégia
- Tecnologia
- Processos
- Gestão
- Negócios e outros

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Inovação é um tema que vem sendo discutido pelo homem desde os mais
remotos tempos. Ser inovador parece ser um desafio constante do homem e
das organizações.

“A inovação pode ser definida como o processo estratégico de reinvenção


contínua do próprio negócio e de criação de novos negócios.” Gary Hamel

A inovação, como vimos, é a aplicação da criatividade. Assim, toda vez


que mudamos um conceito, mudamos um processo, transformamos algo já
existente, estamos inovando. Para fazer isso, precisamos deixar velhos
paradigmas, deixar velhas formas de fazer as coisas e, utilizando a
criatividade, transformá-las em algo diferente, novo.

INOVAÇÃO NAS EMPRESAS


Criatividade é o meio, e a atividade é o fim.
A criatividade é a maravilhosa habilidade de produzir ideias que só o ser
humano possui. Somente nós podemos pensar coisas diferentes, abstrair,
sonhar ou, ainda, ter o privilégio de ver o que todos veem, mas enxergando
algo diferente.
Nas empresas, a criatividade de resultados é a que mais interessa.
Ideias para aumentar vendas, melhorar a qualidade, reduzir custos, identificar
novas oportunidades, solucionar problemas, desenvolver novos produtos,
buscar outros canais de distribuição e muito mais. Em razão disso, as
empresas, a cada dia, priorizam mais o desenvolvimento do potencial criativo
de seus funcionários.

MAS ONDE ESTÁ A VERDADEIRA INOVAÇÃO?


Coisas, processos, métodos, formas de trabalhar, quando transformadas
podem ser inovadoras e criar paradigmas.
Exemplo: As passagens aéreas e os embarques em aviões eram feitos de uma
forma tradicional, conhecida por todos. De repente, uma nova companhia
aérea surge no mercado, muda a forma de vender passagens (aliás, o próprio
formato das passagens) e a forma de realizar o embarque. Ela inovou e o
mercado inteiro a acompanhou.

A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO
Dezenas, centenas ou até milhares de exemplos poderiam ser dados,
para que pudéssemos perceber a importância da inovação em nossos dias.
Acorde para a inovação! No momento em que somos despertados do
nosso sono e, ao decorrer de todo o dia, estamos todo o tempo em contato
com produtos, com processos, com métodos e com ideias que se inovam. E
toda vez que algo permanece do mesmo jeito por algum tempo nos damos
conta de que está ficando ultrapassado ou entrou na rotina. A inovação é
fundamental para atender às expectativas de todos, consumidores ou
empresas. Quem não inova, organizações ou pessoas, fica literalmente para
trás, obsoleto.

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MITOS SOBRE INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
Ao falarmos sobre inovação e criatividade, a primeira ideia que temos é
de que esse é um assunto para gênios, pessoas diferentes, professores
“Pardal”, pessoas que ficam o dia todo em contemplação e depois têm uma
ideia maravilhosa. Esse é um grande mito, não tem nada a ver com a verdade
sobre inovação. No entanto, independentemente de serem “gênios”, as
pessoas que têm vontade de inovar, de modificar, de criar coisas novas, de
romper com paradigmas antigos ganham cada vez mais importância nas
organizações.
OUTROS MITOS RELACIONADOS À INOVAÇÃO:
- Ninguém aceita mudanças ou ninguém quer mudar: Quando as mudanças
promovem melhorias, facilitam as coisas, produzem melhores resultados,
mesmo que incomodem um pouco no começo ou que sofram alguma
resistência, acabam sendo aceitas e incorporadas.
- Em time que está ganhando não se mexe: Para que continue dando certo e
“ganhando”.
- Isso não é da minha área, não é o meu negócio: Da mesma forma que num
jogo, quem está de fora vê melhor. Muitas vezes, quem é o de fora pode ter
ideias que os outros não percebem. E, numa organização, ninguém está de
fora de nada.
- Inovar e criar ocorre em momentos de iluminação: A verdade nos mostra,
contudo, que o que vale mesmo é a observação, a vontade, a busca de
alternativas e a persistência em fazer algo diferente.

APLICAÇÕES PRÁTICAS
A vontade de inovar é seguramente comum à totalidade das empresas.
Até porque inovação pode ser ainda uma oportunidade de diversificar sua
forma de atuação, de atacar novos mercados ou uma forma de as empresas
melhorarem a sua imagem, sua marca, tornando-se um símbolo de
modernidade e eficiência.
Exemplo: Está à nossa volta o tempo todo. Olhe para seu relógio, para o
ônibus, para seu computador, para este curso, para a forma de pagar suas
compras, para a forma de relacionar-se com seu banco ou de movimentar sua
conta bancária. Compare a forma de fazer os diagnósticos médicos de dez
anos atrás e como são feitos hoje.
Você vai encontrar inúmeras aplicações práticas dos processos de
criatividade e inovação. Todos com o objetivo de facilitar nossa vida, de
tornar os produtos mais fáceis de manusear (ou mais atraentes e diferenciados
dos concorrentes).

EXEMPLOS DE INOVAÇÃO
Exemplos de pensamento inovador na prática de duas empresas:
Exemplo 1: Empresa que incentiva o desenvolvimento de novos produtos.
Exemplo 2: Empresa do ramo químico, onde todos os anos são investidos até
7 centavos de dólar de cada venda em pesquisa. A empresa adota essa
medida, pois sabe que seu futuro depende de manter um fluxo contínuo de
novos produtos.

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ABERTURA A NOVAS IDEIAS
Assim é o cenário com que estamos convivendo no nosso dia a dia. As
turbulências deixam de ser exceções para tornarem-se dados de normalidade.
Os parâmetros mudam com uma rapidez jamais vista e a aceleração é cada
vez mais crescente. Também é enorme a quantidade e a variedade de
situações novas que se apresentam para nos posicionarmos e, ainda, expondo
- nos a realidades não só desconhecidas como imprevisíveis.
A pergunta é: estamos diante de grandes oportunidades ou grandes ameaças?

MÓDULO II - A INOVAÇÃO E OS PROCESSOS MENTAIS

HEMISFÉRIOS CEREBRAIS E O PENSAMENTO CRIATIVO


Nosso cérebro está dividido em dois hemisférios cerebrais: Hemisfério
Esquerdo e Hemisfério Direito. Cada hemisfério é especializado em algumas
tarefas específicas e se comunicam entre si.

COMPARANDO AS CARACTERÍSTICAS DE CADA HEMISFÉRIO


HEMISFÉRIO ESQUERDO
- VERBAL: Usa as palavras para nomear, descrever e definir.
- ANALÍTICO: Decifra as coisas de maneira sequencial e por partes.
- ABSTRATO: Com uma porção pequena de informação, representa a
totalidade do assunto.
- TEMPORAL: Mantém uma noção de tempo, uma sequência dos fatos. Faz
uma coisa e logo outra etc.
- RACIONAL: Extrai conclusões baseadas na razão e nos dados.
- DIGITAL: Utiliza números.
- LÓGICO: Extrai conclusões baseadas na ordem lógica.
- LINEAR: Pensa em termos vinculados a ideias, um pensamento que segue o
outro e que, em geral, convergem em uma conclusão.

HEMISFÉRIO DIREITO
- NÃO VERBAL: Percebe as coisas com uma relação mínima com palavras.
- SINTÉTICO: Une coisas para formar totalidades.
- ANALÓGICO: Encontra semelhanças entre diferentes ordens.
- ATEMPORAL: Sem sentido de tempo.
- NÃO RACIONAL: Não requer uma base de informações e fatos reais.
- ESPACIAL: Vê as coisas relacionadas a outras e como as partes se unem para
formar um todo.
- INTUITIVO: Realiza saltos de reconhecimento através da intuição, dos
sentimentos e imagens visuais.
- HOLÍSTICO: Percebe o todo, integrado, ao mesmo tempo concebendo
padrões gerais e estruturas que, muitas vezes, levam a ideias divergentes.

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O HEMISFÉRIO VALORIZADO PELAS EMPRESAS
Apesar de a maioria das organizações estarem cada vez mais
interessadas na importância do pensamento criativo e intuitivo, que se localiza
no hemisfério direto, o sistema de educação formal e os processos de trabalho
estão, em geral, estruturados de um modo predominantemente guiado pelo
hemisfério esquerdo.
Os conteúdos educativos são sequenciais e os alunos progridem em
direção linear. Nas organizações, temos métodos, processos, relatórios,
análises quantitativos e planos fundamentados em projeções numéricas.

O HEMISFÉRIO DIREITO: O sonhador, o artista se perdem muitas vezes nesse


sistema e não são atendidos. Todavia, todos valorizam essas aptidões, mas
aparentemente confiam que desenvolveremos a imaginação, a percepção e a
intuição como consequências naturais do desenvolvimento das capacidades
analíticas e verbais.

O PENSAMENTO CRIATIVO
Ser criativo significa “pensar diferente”. Atualmente as organizações
buscam pessoas que pensem diferente e ajam diferentes, pois a criatividade
impulsiona e amplia o conhecimento organizacional.
Quando falamos em criatividade e inovação com foco em resultado, o
pensamento lógico não poderá vir à frente. Temos que, inicialmente, deixar a
mente livre para buscar ideias, intuir, usar do pensamento divergente,
expandir e depois colocar a lógica em ação, através do pensamento
convergente, buscando resultados qualitativos e quantitativos.
Existem pelo menos cinco elementos que devemos considerar para
tornar a criatividade parte de nossa vida.
- CURIOSIDADE: Observar o ambiente e os acontecimentos que nos rodeiam –
ver diferente em vez de simplesmente olhar...
- DISPOSIÇÃO PARA CORRER RISCOS: A pessoa deve estar disposta a correr
riscos, de ser criticada, por pensar diferente.
- CAPACIDADE DE MUDAR PARADIGMAS: Paradigmas são padrões, ou seja,
pontos de referência que nos orientam na solução de problemas. Pensar
diferente é avaliar de forma crítica e estar disposto a mudar.
- EXERCÍCIO CONTÍNUO: Assim como os músculos do corpo, a mente
necessita ser exercitada. Quanto mais trabalhamos e desenvolvemos nossa
mente, maior será nosso potencial criativo.
- PERSEVERANÇA: É necessário insistir no modo de pensar e agir, mesmo
quando houver resistências. Desistir ao encontrar as primeiras dificuldades
impossibilita a consolidação das ideias em ações concretas.

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SOBRE O PENSAMENTO DIVERGENTE X CONVERGENTE
PENSAMENTO CONVERGENTE: Aquele em que a seleção das palavras de um
texto se direciona a uma cadeia de ligações precisa, determinada, convencional
ou pontual. O pensamento convergente é lógico, analítico, conceitual e linear.

INFORMAÇÕES PENSAMENTO CONVERGENTE

RESULTADO

PENSAMENTO DIVERGENTE: Aquele em que a seleção das palavras de um


texto caminha em diferentes direções, pesquisando livremente os meandros
das figuras de elaboração do estilo no momento da edição da informação. O
pensamento divergente cria novas conexões, amplia, cria ilações, referências e
produz novas ideias e conceitos, fugindo do tradicional.

INFORMAÇÕES PENSAMENTO DIVERGENTE

RESULTADO

O POTENCIAL CRIATIVO
Embora se observe que o uso da criatividade tenha aumentado nas
últimas décadas, ainda nos deparamos com um tabu: concentramo-nos muito
mais nos fatores que bloqueiam a nossa criatividade do que naquilo que
podemos fazer para melhor desenvolvê-la.

UMA QUESTÃO DE FOCO


As pesquisas demonstram que todas as pessoas podem ser criativas. A
questão é como desenvolver esse potencial. Um dos caminhos é o do
pensamento focalizado, pois o foco é tão importante para o desenvolvimento
de novas ideias como para o desenvolvimento de produtos e serviços de uma
empresa.
VANTAGENS:
- Pensamento focalizado canaliza a energia para o objetivo desejado:
“Concentrar-se por um tempo considerável é essencial para realizar coisas
diferentes.” Bertrand Russel
- Pensamento focalizado fornece tempo para que as ideias se
desenvolvam: Uma boa ideia pode tornar-se uma grande ideia quando se dá
a ela tempo de enfoque.
- Pensamento focalizado traz clareza a objetivo: Remove as distrações e
a confusão mental.

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- O pensamento focalizado o levará adiante: “A mente imatura pula de
uma coisa para outra; a mente madura procura seguir um caminho.”
Harry A. Overstreet

A PERCEPÇÃO E A IMAGINAÇÃO
O mundo ocidental, através de seu raciocínio árido, tem desacreditado e
desvalorizado a qualidade imaginativa da vida humana, deixando apenas a arte
como o lugar da imaginação. Para o filósofo Kant, há dois tipos de imaginação:
a reprodutiva e a produtiva (ou transcendental).

Assim, a imaginação, além de sua função reprodutiva, oferece a


possibilidade de enxergar o lado interior das coisas e de nos assegurar que há
mais em nossa experiência do mundo que costumamos reconhecer. É sair de
uma visão literal da realidade e buscar uma capacidade de simbolizar e figurar.
- IMAGINAÇÃO REPRODUTIVA: Seria a reorganização de situações e imagens
que fomos recolhendo durante nossa vida e que a memória guarda para
podermos compor de diversas maneiras possíveis.
- IMAGINAÇÃO PRODUTIVA: É entendida como um poder ativo espontâneo,
um processo que se inicia por si mesmo, através de um poder sintético que
combina os dados puramente sensoriais com apreensão intelectual (categorias
da razão). Ela é essencialmente vital. Não somente é fonte da arte, mas o
poder e o agente de toda a percepção humana. Uma maneira de estabelecer
uma relação de profundidade com o mundo.
- PAPEL DA PERCEPÇÃO: É a competência de “pegar” verdades ou realidades
que estão abaixo da superfície aparente dos fatos. Apesar de não serem
evidentes, os significados descobertos pela percepção são óbvios,
imediatamente aceitos por todos. O processo é mais ou menos este: ninguém
percebe determinada realidade, até que alguém exercendo sua percepção, a
denuncie. Imediatamente, a realidade fica evidente para todos
independentemente de qualquer argumentação ou raciocínio.
A percepção de realidades, de soluções, de algo que está escondido,
ocorre, muitas vezes, quando deixamos nossa mente livre para aceitarmos
novas possibilidades, para ver o diferente, para aceitar o inusitado. Quando
isso ocorre, em geral, usamos expressões como “estava na minha cara e eu
não via”, “como eu não percebi isso antes?”, “mas é tão simples, como
ninguém vê?”.

VISÃO HOLÍSTICA
A visão holística de uma organização equivale a termos uma “imagem
única”, integrada, sintética de todos os seus processos e sistemas, que podem
abranger suas estratégias, atividades, assim como suas inter-relações. Ter
visão holística significa caminhar da visão parcial, segmentada, para o todo.

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IMPORTÂNCIA
Todo empresário e o seu corpo diretivo/gerencial deveriam ter uma
visão holística de sua Organização. Essa visão abrange diferentes ênfases e
graus de abstração. No entanto, a visão do todo (a imagem única) é essencial
para que eles cumpram o seu papel de pensar a organização estrategicamente.
Em algumas empresas, há pessoas com essa visão e, normalmente, elas se
destacam de suas concorrentes.
Uma grande parte dos dirigentes, porém, atingiu seu posto vinda de
uma área específica, trazendo assim uma visão distorcida do todo. É comum
encontrar gerentes empolgados com os recursos computacionais, outros
achando que a solução está somente na estrutura organizacional, ou os que
consideram suas máquinas e equipamentos a salvação da empresa.
EXERCÍCIOS MENTAIS
Como qualquer um dos nossos músculos, nosso cérebro se fortalece
quando exercitado. Podemos fazer isso utilizando diversos recursos. Pode
parecer brincadeira para alguns, mas os desafios que encontramos numa
revista de palavras cruzadas podem ser muito úteis para desenvolver a nossa
capacidade de raciocinar, resolver desafios mentais e assim por diante.
Por outro lado, para desenvolver nosso pensamento divergente, alguns
exercícios interessantes podem ser feitos ao nos desafiarmos a olhar as nossas
tarefas, nossos hábitos, os processos, as rotinas de forma diferente, ao nos
perguntarmos: “o que aconteceria se...”, “e se eu mudar a variável X”, “por
que não?”. Aliás, utilizar a pergunta “por quê?”, para aprofundar a análise de
um processo, de uma tarefa, de um hábito, leva-nos a um nível de
compreensão que, muitas vezes, não imaginamos.
O PONTO DE VISTA
Ponto de vista tem tudo a ver com paradigmas. Quando mudamos nosso
ponto de vista, nossa forma de observar, de analisar os fatos, muito
provavelmente criamos condições de mudar os paradigmas que regem nossas
percepções.
Um exercício prático e interessante é mudar nosso posicionamento sobre
os fatos da vida para que possamos observá-los sob diferentes pontos de vista.
Exemplo: Diante de uma reclamação de um cliente, temos nosso ponto de
vista como funcionários de uma organização prestadora de serviços. Mude seu
posicionamento e olhe a mesma situação sob o ponto de vista do cliente. Como
lidaria com a situação se você fosse o cliente?

MÓDULO III – A INOVAÇÃO E OS PROCESSOS


COMPORTAMENTAIS

COMPORTAMENTOS FACILITADORES DA INOVAÇÃO


“Nenhum problema novo pode ser resolvido pelo mesmo raciocínio velho que
o criou.” Albert Einstein

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A implantação de ações de inovação está diretamente associada a
comportamentos inovadores. Não se lida com inovação apenas no aspecto
conceitual. É necessário traduzi-la em ações.
MAS POR QUE MUDAR?
As novas e crescentes exigências e os inesperados desafios no contexto
do mundo atual impõem que se pense e se aja de um jeito novo, um
comportamento diferente do praticado até então. Ao raciocínio reprodutivo e
ao trabalho repetitivo, que imperaram soberanamente na Era Industrial, é
preciso acoplar, hoje, o raciocínio produtivo e a ação inovadora, que resultem
em vantagem competitiva.
Essa mudança não é exterior às pessoas. Ela precisa ocorrer dentro das
cabeças pensantes e ser traduzida em ações diferenciadas e perceptíveis por
todos.
QUAIS SÃO OS RISCOS?
Uma grande preocupação é que corremos sempre o risco de ir a reboque
da história. E essa onda avassaladora de mudança pode varrer muitas
pretensões para longe. Cada vez mais, adaptação e inovação mostram sua
importância no mundo moderno.

FATORES QUE DETERMINAM O COMPORTAMENTO CRIATIVO


Muitos teóricos já detectaram e estudaram os fatores mais importantes
que determinam o comportamento criativo. São os que costumamos chamar
de componentes da personalidade criativa.
- INDEPENDÊNCIA: Produto da autoconfiança, ousadia e iniciativa, tudo isso
conjugado a um espírito aventureiro.
- LEVEZA: Pessoas que veem o mundo de uma forma mais jovial e menos
condicionada a regras e padrões. Em geral são bem humoradas.
- FLUÊNCIA: Qualidade ligada à capacidade de comunicação em todas as suas
formas.
- INTUIÇÃO: Pessoas com ótica menos lógica, valorizando mais os impulsos.
- CURIOSIDADE: Característica inata das pessoas, frequentemente castrada na
educação formal e familiar. Em geral, pessoas curiosas são muito mais
questionadoras e especulativas.
- FLEXIBILIDADE: Pessoas sempre dispostas a rever seus valores, seus
conceitos e comportamentos.
- SENSIBILIDADE: Pessoas mais ligadas aos aspectos emocionais e com
abertura para receber e perceber as emoções das pessoas com quem
convivem.

O LADO PRÁTICO: DO COMPORTAMENTO PARA A ATITUDE


A linha de ação para o aperfeiçoamento da personalidade criativa pode
ser dividida em duas grandes vertentes, aparentemente antagônicas, mas na
realidade complementares: a vertente do “ligar-se” e a do “soltar-se”. Os
chamados comportamentos pró-criativos. A adoção dos comportamentos pró-
criativos acaba sendo uma porta de entrada para o pleno exercício do potencial
criativo de cada pessoa, e é isso que nos interessa.

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VERTENTE DO “LIGAR-SE”: Significa manter um alto e permanente nível de
atenção e de concentração em relação às atividades no dia a dia.
EXEMPLO: Um líder de uma linha de produção, sempre atento ao que acontece
nos processos e com as pessoas, detecta problemas ou oportunidades que as
circunstâncias trazem.
VERTENTE DO “SOLTAR-SE”: Consiste em não valorizar normas e aspectos
ligados ao certo, ao lógico, abrindo terreno para a exploração de hipóteses.
Exemplo: Usando o mesmo caso, o líder, além de manter-se ligado, está
sempre disposto a modificar uma programação de acordo com as
circunstâncias de momento, a fim de solucionar problemas ou criar condições
de motivação da equipe.

COMPORTAMENTOS BLOQUEADORES
Exercer nosso potencial criativo é um propósito com muitos pré-
requisitos, além do básico engajamento a um processo atitudinal. Um desses
pré-requisitos é o combate às tendências naturais contrárias à inovação que,
se radicais, acabam se tornando verdadeiros bloqueios mentais. Esses
bloqueios, como quase todos que enfrentamos no nosso dia a dia, geralmente
estão dentro de nós e, dificilmente, damo-nos conta de sua existência e de
como representam um peso morto que carregamos. São os mais difíceis de
serem enfrentados, aqueles que fazem parte de nossa personalidade em graus
que vão dos suportáveis aos inibidores de qualquer ação favorável à inovação.

ALGUNS COMPORTAMENTOS BLOQUEADORES


- MIOPIA ESTRATÉGICA: Pessoas com pouco ou nenhuma percepção do que
está acontecendo à sua volta. Na maioria das vezes, são pessoas auto-
centradas.
- IMEDIATISMO: Pessoas rápidas e simplistas querem soluções e resultados
imediatos. Acreditam que tudo tem sua lógica.
- TIMIDEZ: Característica de personalidade de pessoas que acabam inibindo a
mudança de comportamento tão necessário às inovações.
- PRUDÊNCIA: Pessoas que, pelo medo, também acabam inibindo a mudança
de comportamento tão necessário às inovações.
- DISPERSÃO: Pessoas com dificuldades de administrar o tempo e acabam
dificultando e impedindo implementações que não mostram resultados
imediatos.
- DESÂNIMO: Pessoas desmotivadas acabam não se engajando nas atividades
que se relacionam às inovações.
- PESSIMISMO: Talvez o maior dos inimigos da inovação. Pessoas pessimistas
sempre acham que nada vai dar certo.
- INSEGURANÇA: Pessoas que necessitam de exagerada aprovação em tudo o
que fazem. Na maioria das vezes, são pessoas com baixa autoestima.
- ACOMODAÇÃO: Pessoas acomodadas que gostam da rotina.

Ter consciência de que esses bloqueios inibem qualquer iniciativa à


inovação é meio caminho andado para localizarmos determinados tipos de
atitudes e comportamentos que estejam nos prejudicando.

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A AUTOESTIMA E A INOVAÇÃO
O princípio é simples: Se eu não gosto de mim mesmo, como espero que
as pessoas gostem? Se eu não me orgulho do que eu faço, como espero que
alguém se orgulhe? Se não admiro os meus próprios empreendimentos, quem
vai admirá-los? Se eu não acredito em mim mesmo e nas minhas capacidades,
quem acreditará?

O PAPEL DA AUTOESTIMA: Quem tem e procura sempre aumentar a sua auto-


estima é um vencedor, vive o momento presente com a consciência de que o
passado foi importante como processo de aprendizagem, mas já passou e não
volta mais. O futuro está por vir, ou seja, não aconteceu ainda. Prepare-se
para vivê-lo quando ele chegar.
Uma pessoa que gosta de si mesma abre espaço em seu coração para
viver bem com os outros, reconhecendo o valor de cada ser humano, sabendo
ter flexibilidade e compreensão para perceber, aceitar e, principalmente,
respeitar as diferenças individuais.
Ao desejarmos algo, fruto dos nossos sonhos de realização, sucesso,
prestígio ou felicidade, é fundamental acreditarmos na nossa capacidade de
inovação e realização. A autoestima não é algo distante como um tesouro
escondido ou difícil de ser conquistado. Ter autoestima é apenas gostar de si e
ficar feliz com a imensa capacidade que todos nós possuímos para a superação
de qualquer dificuldade.

A MOTIVAÇÃO
Motivação pode-se entender como o conjunto dos motivos que nos
levam à ação, isto é, toda energia interna que nos impulsiona, levando-nos à
ação (e a pensar e a decidir). Portanto, sem motivação, a criatividade fica
difícil. A motivação é vital para a ação inovadora.
Considerando que o pensamento criativo contraria o fluxo normal do
raciocínio lógico e, por isso, só tem lugar quando existe uma força específica
motivadora, precisamos encontrá-la se quisermos ser criativos. E o primeiro
passo é desenvolver a ótica de um posicionamento interessado perante seu
trabalho: procurar balancear sua visão entre o idealismo e o materialismo.

MOTIVAÇÃO OBJETIVO

TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
Muitas são as teorias que nos ajudam a compreender o fenômeno da
motivação. Uma das mais conhecidas é a teoria desenvolvida por Abraham
Maslow, centrada nas necessidades humanas.
À medida que passamos a adotar um posicionamento novo perante o
trabalho nos veremos engajados em um programa de desenvolvimento e
aperfeiçoamento contínuo que fatalmente nos levará às recompensas
necessárias à nossa sobrevivência.

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O QUE DIZ MASLOW: O homem é um ser indigente, mal uma das suas
necessidades é satisfeita, aparece outra no seu lugar. Esse processo é
interminável, dura desde o nascimento até a morte.
PAPEL DOA VALORES: A nossa vontade necessita de razões e motivos. Um
motivo é o efeito da descoberta de um valor. Há, pois, uma estreita relação
entre motivos e valores. Os valores são especificações do bem; por isso, devo
me perguntar: O que considero valioso? Ver minha atividade exclusivamente
como uma forma de ganhar dinheiro dificilmente alimentará uma motivação
sólida.
REALIZANDO MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS
Atualmente, cada vez mais pessoas desejam uma mudança em sua
forma de vida, na economia, em seus sistemas sociais, no seu estilo de vida e
em suas crenças e valores. Isso se deve ao fato de que as coisas estão se
desenvolvendo de uma maneira tão rápida que as pessoas notam uma
constante revolução de expectativas crescentes. O que não podemos é ficar
imóveis; precisamos estar atentos e realizar as mudanças necessárias nos
nossos comportamentos.
ALGUMAS DICAS
- TRANSFORME CRISE EM OPORTUNIDADE: Transformar obstáculos em
desafios é a forma mais rápida e direta de conseguir mobilizar-se para uma
mudança de comportamento.
- SEJA PROATIVO: Em vez de culpar alguém ou alguma coisa, torne-se
responsável pelo que acontecer em sua vida. Utilize sua força para escolher a
melhor forma e a ação mais positiva a ser tomada.
- COMECE O DIA COM UM OBJETIVO EM MENTE: Defina a sua missão pessoal,
identificando exatamente o que é mais importante em sua vida.
- PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE: Para liderar efetivamente a nossa vida,
temos que ter nossa missão em mente e entender o que é importante.
Devemos manter o equilíbrio entre o que produzimos a cada dia e nossa
capacidade de produzir no futuro, com base em nossa habilidade de
gerenciamento eficaz do tempo.
- PENSE EM GANHAR-GANHAR: Acordos, decisões ou soluções entre pessoas
podem ser mutuamente benéficos, se todas as partes cooperarem e
começarem acreditando na “terceira alternativa”, em que todos ganham.
- PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER: A base de um processo de comunicação
eficaz começa com a habilidade de saber ouvir.
- SINERGIZE: O total é maior do que a soma de suas partes. Na prática, isso
significa que você precisa usar a “cooperação criativa” em interações sociais.
Valorize as diferenças para a obtenção de soluções criativas e um trabalho em
equipe mais eficaz.
- OLHAR LÁ NA FRENTE: O importante é olhar mais para o futuro do que para
o passado. Prestar mais atenção às tendências do que às experiências.
- AFINE O INSTRUMENTO: Esse é o hábito da autorrenovação, que se processa
através de quatro dimensões: física, mental/intelectual, socioemocional e
espiritual. Por meio de atividades diárias, esse hábito traz à tona todos os
comportamentos anteriores de forma natural, equilibrada e espontânea.
- QUE TAL PENSAR O NOVO DE UM NOVO JEITO?

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MÓDULO IV - FERRAMENTAS PARA A INOVAÇÃO E A
CRIATIVIDADE

IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES
A aplicação da inovação e da criatividade está se tornando cada vez
mais crucial para as organizações; isso porque há competitividade.
Sem sombra de dúvida, o mundo atual, globalizado, exige criatividade e
inovação, contrapondo comportamentos burocráticos e conservadores. Quem
não inova se desarticula do contexto atual e dificilmente alcança o sucesso.
COMO IDENTIFICAR AS OPORTUNIDADES DE INOVAÇÃO?
É fundamental identificar oportunidades de inovação. Olhe a empresa
como “alguém de fora”, um consultor.
FAÇA ESTE EXERCÍCIO: No decorrer do dia deixe sua rotina, analise o trabalho
de sua área e imagine o que poderia ser modificado para torná-lo mais
simples, produtivo e divertido.
DICAS SOBRE IDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES
- Olhe para frente, veja o que pode ser feito para agregar mais valor ao
processo hoje, de forma que o torne mais agradável para quem o executa e
para quem recebe seus produtos e serviços.
- O que poderia ser feito para que nosso produto ou serviço tenha de fato um
diferencial? O que o cliente considera diferencial nos nossos produtos ou
serviços?
- O que os clientes estão solicitando? O que desejam? O que os deixaria mais
do que satisfeitos? O que, se feito, eliminaria reclamações hoje existentes?
- O que outras empresas de sucesso estão fazendo? No que empresas são
melhores ou o que elas podem nos ensinar? O que se faz em outros países? O
que pode ser aproveitado ou aprendido de empresas de outros segmentos?
- Separe as várias fases de um processo e ponha foco exclusivo nelas; às
vezes, podemos encontrar oportunidades nos detalhes.
- Compreenda o processo e suas interfaces como um todo. Entenda a empresa
como um organismo vivo. Melhorar uma etapa pode ajudar no aprimoramento
de outras áreas. O que, em cada etapa, poderia ser feito para melhorar outros
processos, áreas, departamentos e serviços? O que pode facilitar a vida de
outros profissionais?
- Descobrir oportunidades em cada fase do processo pode, muitas vezes,
significar mexer em áreas consideradas intocáveis, aspecto esse, que pode ser
mais mito do que realidade; outras vezes, por hábito ou até mesmo por
comodismo, as pessoas relutam com as mudanças. Quando veem ganhos, no
entanto, elas mudam.
- Ao identificar uma oportunidade, envolva as pessoas que serão afetadas,
tornando-as aliadas. Faça boas alianças e lembre-se: use a empatia, tenha
paciência, estruture suas ideias e conquiste as pessoas. Ouça todos os lados,
mesmo as opiniões contrárias, pois elas podem ser muito úteis para testar a
consciência da inovação.

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- Veja o lado prático de cada inovação. Teste, altere, mude até que a ideia
possa ser implantada, utilizada de forma prática, simples, de fácil compreensão
e aceitação por todos.
BRAINSTORMING: TIPOS E TÉCNICAS
Criatividade e inovação estão diretamente ligadas à geração de ideias.
Uma das formas mais conhecidas de obtenção de ideias é o brainstorming
(tempestade de ideias).
Sabemos, porém, que mais importante do que a técnica, é fundamental
a predisposição das pessoas e do grupo para a geração produtiva de ideias.
VEJA COMO UTILIZAR O BRAINSTORMING
- O CONTRATO: Suspensão de julgamentos e proibições, ou seja, é proibido
proibir como, por exemplo: “isso não vai dar certo”, “nunca foi feito”, “já foi
tentado e não deu certo” ou “as pessoas não gostam”.
Toda ideia, por mais simples ou absurda que seja, é válida.
- ESTRUTURA: O grupo ideal para o brainstorming é em torno de sete ou oito
pessoas. Escolha um local em que o grupo não seja interrompido. Prepare os
seguintes materiais: flipchart, com muitas folhas, vários pincéis de cores
diferentes, fita crepe, água e café, evitando telefones fixos e celulares.
- CLIMA: Cuide para que haja um clima de descontração e humor. Elimine
barreiras hierárquicas. Se a presença de níveis de chefia inibir o grupo é
melhor que não estejam presentes. Estimule todos os participantes para
trazerem ideias. Evite deixar alguém sem contribuir.
Lembre-se de que a solução a ser encontrada precisa ser respeitada. Se
o grupo não tiver autoridade para propor uma solução é melhor que o
brainstorming nem seja realizado, pois gera frustração e sensação de
impotência.
- SISTEMÁTICA: Levante a situação a ser analisada e o objetivo a ser atingido.
Peça que todos falem de sua percepção da situação. Traga todas as
informações necessárias e as repasse ao grupo. Fale da importância da ação
coletiva na busca de soluções. Defina claramente qual o objetivo, o que se
quer atingir e restrinja o trabalho a ele. É fundamental manter o foco.
Peça ideias, fazendo com que, numa sequência, cada pessoa dê uma
ideia por vez. Anote-as no flipchart. Uma vez esgotadas as ideias, agrupe as
semelhantes, verifique o que pode ser aproveitado das “absurdas” e elimine as
que não estão alinhadas com os objetivos. Analise as que podem trazer
soluções mais eficazes, práticas e com menor custo. É importante considerar
aquelas que dependem menos de outras áreas. Uma vez encontrada(s) a(s)
solução(ões) considerada(s) viável(is), analise-a(s) sob a ótica de quem,
quando, quanto, por que e como.
- DICAS E DETALHES: Ao solicitar que cada participante fale de sua percepção
da situação, descobrem-se ângulos novos e já, a partir daí, podem ser
encontradas soluções. É fundamental que as ideias sejam fornecidas uma a
uma para que não haja dominância de nenhum participante. Antes de terminar
a sessão de ideias, faça três rodadas verificando se ninguém tem mais
sugestões.
Ao terminar cada folha de flipchart, destaque-a do cavalete e fixe na
parede para que todos possam ver todas as sugestões. Use pincel azul ou

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preto para escrever, verde, para marcar concordâncias e vermelho para riscar
o que foi eliminado ou aspectos que gerem discordância. Deixe a discordância
de ideias sempre para o final. Trabalhe prioritariamente nas concordâncias,
ajudando o grupo a focar e a ganhar energia.
- VANTAGENS: Soma dos bancos de dados individuais, em cruzamentos
produtivos e estimulação recíproca acabam provocando reações positivas e em
cadeia. Qualquer assunto pode ser enriquecedoramente explorado por esse
método, que traz à tona uma análise abrangente, fruto da soma das
contribuições de cada participante.
- TIPOS: Direto: Trata da solução para uma situação apresentada.
Reverso: Trata do inverso (Ex.: Como podemos piorar nosso atendimento?). A
partir das ideias que surgem, volta-se para o direto. Essa forma, além de
divertida, acaba apontando as falhas reais, o que ajuda a encontrar soluções
efetivas.

FOFA
Outra técnica que podemos utilizar é a FOFA: Análise de Forças,
Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Quando esses fatores são bem
identificados e formulados, resolvemos 50% de nosso desafio. O pensador
criativo deve conhecer bem o objeto de seu desafio, subdividindo o
problema e coletando o maior número de informações das mais diversas
fontes.

PLANEJAMENTO E AÇÃO PELO MÉTODO FOFA


A seguir, você poderá ver o exemplo de uma tabela FOFA bem como as
instruções de preenchimento:

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INSTRUÇÕES: Uma vez identificado um problema, defina claramente o objetivo
desejado, depois identifique as fases da FOFA. Pontue cada fase utilizando, por
exemplo, uma escala de importância de 1 a 5, sem repetir nenhuma. Em
seguida, utilize o roteiro abaixo para iniciar a ação, começando pelos itens que
tiveram a maior pontuação (nota 5) de cada fase. Uma vez cumprida essa
etapa, passe para aqueles que obtiveram pontuação 4, depois 3 e assim
sucessivamente.

*Em negrito, uma dica do que fazer.

MAPA MENTAL

A criatividade e a inovação podem ser usadas em situações consideradas


simples, mas que influenciam diretamente a produtividade de uma equipe.

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Uma boa dica é a adoção do Mapa Mental, uma metodologia que pode ser
usada na resolução de problemas ou no acompanhamento de um projeto
importante.
CONCEITO: O Mapa Mental é uma expressão do pensamento traduzida em
uma técnica gráfica. É uma ferramenta usada em diversas áreas da atividade
humana, aproximando o registro de ideias ao ato de pensar, obedecendo a três
princípios fundamentais: pensamento irradiante, capacidade multissensorial do
cérebro e associação de ideias.
OBJETIVOS: O registro de ideias, através dos Mapas Mentais, pode ser adotado
para atender a diversos objetivos. No âmbito pessoal, por exemplo, pode
exercitar o autoconhecimento, resolver problemas e desenhar a agenda de
trabalho. No ambiente de trabalho, pode ser usado para desenhar plano de
reunião, resumir palestras, acompanhar projetos, gerar ideias e auxiliar na
tomada de decisões.
O LADO PRÁTICO: Normalmente, quando queremos memorizar, apresentar
uma ideia, planejar, analisar ou tomar decisões, registramos as informações
com padrões lineares: uma informação abaixo da outra na forma de linhas. Os
Mapas Mentais são elaborados a partir de uma estrutura não linear,
obedecendo aos princípios da irradiância, da sensorialidade e da associação.
A irradiância é representada na estrutura dos mapas, similar a dos
neurônios. A sensorialidade faz-se presente nos desenhos, nas imagens, nos
símbolos e nas cores. A associação é praticada durante a montagem dos
mapas, quando uma ideia pode gerar inúmeras ideias, numa cadeia de
conexões infinita.
CARACTERÍSTICAS: Os Mapas Mentais apresentam quatro características
básicas:
- O tema principal é representado por uma imagem central;
- As ideias ordenadas irradiam da imagem central de forma ramificada;
- Os ramos do mapa servem de suporte para uma imagem, símbolo, desenho
ou palavra-chave, associados ao tema central;
- Os ramos formam uma estrutura nodal conectada.
Antes de começar a desenhar seu mapa, é necessário responder a duas
perguntas essenciais: “Qual tema central vou desenvolver?” e “Se o mapa
fosse um texto, que subtítulos eu usaria?”. O tema central será fonte de
inspiração do desenho central. Os subtítulos serão representados nas
ramificações.
VANTAGENS: São inúmeras, entretanto três delas merecem destaque:
- Promove a redução de tempo no registro de informações e dados, já que o
mapa contém o que é realmente significativo e as ideias essenciais.
- Estimula a memorização, já que a figura do mapa fica registrada na mente de
forma mais duradoura do que a de textos.
- O uso constante estimula o desenvolvimento de todas as habilidades corticais
do cérebro.

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EXEMPLO:

Exemplo de Mapa Mental que retrata o programa de um curso de criatividade.

POR ONDE COMEÇAR:


- Comece pela imagem central, organizando o espaço a ser utilizado;
- Use toda a extensão da folha para desenhar as ramificações do mapa;
- Use cores na imagem central e nas várias ideias ordenadas que surgirem no
mapa;
- Misture imagens, códigos e palavras de forma harmônica, com cores e letras
grandes;
- Use somente uma palavra-chave por linha;
- Escreva as palavras em letras de forma e sobre as linhas;
- Atente para que o tamanho das linhas seja proporcional ao das palavras ou
dos desenhos;
- Crie imagens e símbolos que retratem o que você quer informar.

OBSERVAÇÃO: O uso de cores, imagens e até mesmo códigos são recursos


auxiliares, mas não obrigatórios. Eles estimulam a atividade cerebral e ajudam
na memorização.

ASSOCIAÇÃO
Considerando que o mundo é dos curiosos, a implementação do PAI –
Processo de Associação de Ideias – é uma iniciativa que faz da aprendizagem
coletiva uma forma inteligente, prática e barata de agregar valor aos produtos
e serviços. Vale a pena alertar que não se trata de um festival de palpites, mas
do desenvolvimento de projetos com metodologia adequada, que inicia com a
imaginação e termina com a avaliação dos resultados. As ideias devem ter
como objetivos gerais a prevenção de não conformidades, a solução de
problemas emergenciais e a geração de novidades que criem uma posição
singular na mente do consumidor.

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Para as organizações, as vantagens são visíveis, principalmente o
fortalecimento de sua imagem no mercado. Para os funcionários, o maior
benefício é o prazer de revelar e/ou desenvolver o seu potencial, além dos
incentivos motivacionais, que objetivam o reconhecimento e a valorização do
pensamento criativo. O processo de associação de ideias, patente dos
pensadores da antiga Grécia e paraíso da moderna administração, dará
resultados satisfatórios nas organizações que tiverem a ousadia e a humildade
de ter como lema a seguinte frase: Aqui tudo pode ser questionado.

A PRÁTICA DA ASSOCIAÇÃO

Embora muitas pessoas tenham opiniões variadas a respeito da


associação, ela se constitui num ingrediente do relacionamento humano. Toda
vez que encontramos pessoas, encontramos a associação em ação. A dinâmica
da associação surge como um subproduto natural dos esforços das pessoas
para viverem e trabalharem juntas eficazmente.
Podemos observar a dinâmica da associação em ação, isto é, as
tentativas das pessoas de se influenciarem mutuamente, entre pais e filhos,
professores e alunos, vendedores e clientes, médicos e pacientes, maridos e
esposas, gerentes e colaboradores.

METODOLOGIA:
Está fundamentada na participação ativa do grupo: ele constrói sua
aprendizagem, desenvolvimento e inovações a partir da experiência vivenciada
e do comprometimento com mudanças de toda ordem. Para melhor
compreensão do processo, podemos classificar a metodologia da associação
como a capacidade que uma pessoa tem de influenciar outras pessoas e
acontecimentos. Independentemente da base do poder de alguém, quer seja
por causa da posição, carisma pessoal, perícia ou qualidades semelhantes, o
exercício da associação influencia os pensamentos, as ações e os sentimentos
dos outros e, por extensão, os acontecimentos estão colocados em movimento.

UTILIZANDO O PODER:
Mais importante do que saber qual é o grau de poder de alguém, e quem
se reporta a quem, é saber como o poder à mão é empregado. Como alguém
tenta influenciar os pensamentos, as ações os sentimentos dos outros é
frequentemente uma consideração mais importante no uso eficaz do poder do
que a fonte ou a qualidade de poder de que alguém desfruta. Isso porque as
consequências, em forma de pensamentos, ações e sentimentos dos outros,
vão variar não tanto de acordo com a quantidade de poder de alguém, quanto
pela maneira como tal poder é exercido.
No modelo de associação de ideias, o poder é uma mercadoria
distribuível; isto é, quando certa quantidade de autoridade é concedida, uma
pessoa pode compartilhar consciente e propositadamente seu poder com outra,
gerando várias combinações diferentes.

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TRANSPOSIÇÃO
Ato ou efeito de aproveitar um conceito, uma prática, uma ideia
existente num outro segmento, num outro processo e transpor, adaptar para
uma nova realidade. Isso acaba explicando que todo ato de inovação tem os
fenômenos naturais como base. Em outras palavras, o sujeito inovador, muitas
vezes, utiliza-se das suas experiências de vida, das imagens que viu e das
coisas que apreendeu, para inovar.
Não se cria nada do nada, sempre há referência e ponto de partida para
a inovação.

PERGUNTAS CRIATIVAS
Uma atitude criativa torna a vida um processo de questionamento
contínuo e intrigante. E quando você traz para a sua vida o ato de perguntar
criativamente, você começa a entrar em contato com uma perspectiva nova no
mundo. As perguntas criativas podem parecer tolas para muitos, mas, através
delas, podem-se obter respostas inesperadas, inteligentes e recompensadoras.
No amplo propósito do processo criativo, um dos poderosos alicerces é o
ato de perguntar ou, mais exatamente, a atitude criativa de perguntar. Uma
mente inquieta necessita vasculhar amplos planos de conhecimento e,
perguntar é apenas fluxo natural para permitir essa expansão.
POR QUE PERGUNTAR?
Perguntar é fundamental para a criatividade e a inovação. De uma forma
ou de outra, a criatividade sempre começa com uma pergunta. E, de uma
maneira geral, a qualidade da criatividade é determinada pela qualidade das
perguntas. O que se percebe é que as pessoas se satisfazem com uma ou duas
respostas e não aprofundam o seu questionamento, não esmiúçam. Perguntar
é uma das habilidades mais interessantes, bonitas e filosóficas das crianças.
Quando elas nos perguntam “por que” e assim por diante, vemo-nos
compelidos a ir ao fundo de cada questão. Como, muitas vezes, não temos as
respostas ou nem sabemos onde procurá-las, irritamo-nos e damos o assunto
por encerrado.
COMO PERGUNTAR?
Para que você tenha condição de “fazer uma pergunta criativa”, você
deve estar disposto a desafiar regras sociais, até mesmo a tendência que
temos de julgar, com demasiada lógica e paradigmas, as ideias que surgem.
O que são perguntas?
- Abertura;
- Convite à criatividade;
- Começo de uma aventura;
- Ponto de partida;
- Não tem fim nem começo.
Alguns exemplos de perguntas:
- Se eu mudasse esta ou aquela variável, o que aconteceria?
- Se eu não fizesse este ou aquele trabalho, o que aconteceria?
- Por que eu não posso mudar isto?
- O que pode ser mudado, eliminado, automatizado?

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QUANDO PERGUNTAR?
Perguntas geram perguntas. Não se fazem perguntas para as quais a
resposta já é conhecida. Deve se perguntar sobre a validade das coisas,
inquirir sobre a essência, as razões de cada situação, o porquê ela existe, no
que ela contribui, sempre buscando com isso, criativamente, transformar o
conhecimento. Falta às pessoas o hábito de fazer perguntas sobre aquilo que
as rodeia, pois se costuma aceitar tudo como certo e normal. Perguntas
certamente contribuem para desenvolver, de forma significativa, a capacidade
criativa do indivíduo.
Faça perguntas! Reaja criativamente às respostas! Seja criativo na sua
forma de viver e perceba como as perguntas simples, livres de julgamentos
opressivos, podem conduzi-lo a um caminho venturoso e gratificante.

ESCOLHA DE CAMINHOS E ALTERNATIVAS

Embora a organização precise de criatividade para garantir a inovação e


a sobrevivência adaptativa ao ambiente, não devemos nos iludir com a
eliminação de conflitos ou com a solução mágica dos problemas. Vários são os
caminhos e, independentemente do caminho escolhido, dificilmente
desenvolveremos a criatividade em ambientes manipuladores.
PASSO 1 – A CONSCIENTIZAÇÃO: Conscientize-se de que você tem
criatividade. É necessário convencer-se disso. Escreva para si mesmo frases
encorajadoras como: “sou uma pessoa de grande potencial criativo” ou “minha
mente é capaz de gerar muitas ideias” e coloque-as em lugar visível, onde
possa lê-las diariamente. O principal: acredite nelas!
PASSO 2 – O SONHAR: Permita-se sonhar! A partir daí, visualize sua ideia
concretizada. Quanto mais você acreditar nos seus sonhos, mais facilmente
encontrará os caminhos para realizá-los, até porque acreditar possibilita criar
soluções originais.
PASSO 3 – O RECONHECIMENTO: Reconhecer os seus pontos fortes e fracos. É
preciso que você saiba muito bem no que é bom e no que não é, para saber,
principalmente, no que precisará de reforço.
PASSO 4 – A ENERGIA: Saiba dosar sua energia na solução dos problemas. Às
vezes, é melhor começar pelos problemas maiores. Isso pode ser uma atitude
inteligente, já que o tanque das energias está cheio. Em outras, pode ser
melhor começar pelos problemas menores, para fortalecimento de seu moral.
PASSO 5 – ABRIR A MENTE: Deixe que venha à tona todas as ideias e
possibilidades, nada de preconceitos ou prejulgamentos. Procure também não
classificar as ideias como boas ou más, apenas registre-as.
PASSO 6 – AÇÃO: Implemente, ouse. Quem ousa chega aos lugares em que os
outros ainda não chegaram. Quem não ousa, quando chega, os lugares já
estão ocupados.

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MÓDULO V – A IMPLANTAÇÃO DA INOVAÇÃO

ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO
Ouve-se muito dizer que o ser humano é resistente à mudança, mas
também é fundamental lembrar o paradoxo: “A única coisa imutável é a
mudança.”
A implantação é a fase mais desafiadora do processo de inovação, pois
passa do plano mental (uma ideia) para o material (o seu resultado concreto).
A aceitação da inovação é um aspecto que merece atenção e cuidado, pois
toda inovação provoca mudanças em maior ou menor escala, afetando
variáveis tais como processos, cultura, valores, status, métodos, entre outros.
Mudanças afetam pessoas que podem reagir dos mais diferentes modos,
a favor ou contra.

PROVIDÊNCIAS PARA IMPLANTAÇÃO


Algumas das providências simples que podem ser tomadas para tornar o
processo criativo mais efetivo:
Segunda-feira: Procurar “estudar” assuntos os mais diversos possíveis, para
aumentar o nosso poder de fazer analogias, uma das mais poderosas
ferramentas na criatividade.
Terça-feira:
- O que podemos fazer para intensificar o processo criativo?
- Anotar qualquer ideia que tenhamos a qualquer instante.
Quarta-feira: Refinar a percepção sensorial (lembre-se de que a missão de
vida de Da Vinci, o maior gênio de todos os tempos, era aprender a ver).
Quinta-feira:
- Procurar antecipar problemas, para não estarmos sempre reagindo.
- Quando formos verificar uma ideia, devemos procurar sempre olhar os
pontos positivos antes dos negativos, apenas como exercício mental.
Sexta-feira: A qualidade principal que se tenta desenvolver para ser mais
criativo chama-se persistência. Só a persistência garante a implementação.
Sábado: Anotar os nossos sonhos todas as manhãs (o inconsciente pode ser
acessado dessa forma, e ele encerra um manancial infinito de ideias).

OBSTÁCULOS À INOVAÇÃO: TIPOS E COMO SUPERAR


A força autônoma de inovação, além de nos empurrar provocando
reações individuais que podem chegar a verdadeiras neuroses, também acorda
em muitos de nós o sentimento nostálgico da perda do contexto mais
tranquilo. É a velha e conhecida “saudade”, manifestando-se como rejeição
natural ao novo, criando obstáculos, às vezes difíceis de serem transpostos.
Veja alguns exemplos de obstáculos organizacionais e pessoais:
- EXCESSO DE NORMAS: Normas que acabam e criam áreas “imexíveis” na
organização, não deixando espaços para iniciativas pessoais.
- POSTURAS SÉRIAS E CONTIDAS: Climas pesados que limitam ações
individuais, principalmente as inovadoras. Não permitem a leveza, o bom
humor, fatores que ajudam muito no processo criativo.

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- ESTRITA OBEDIÊNCIA A NÚMEROS: Não gosta de trabalhar com estimativas,
prefere o dito popular “preto no branco”.
- SEGMENTAÇÃO TOTAL DE PROCESSOS: Herança organizacional taylorista.
Cultura tão departamentalizada que elimina os saudáveis fluxos paralelos de
informação.
- OBEDIÊNCIA CEGA AO CONSENSO: Princípio que cria a necessidade de
manter todos os procedimentos dentro de parâmetros já estabelecidos.
- CULTURA DE SEGURANÇA TOTAL: Caracterizada por ambientes em que
prevalecem atitudes excessivamente cautelosas ou pessimistas.
- CONFORMISMO: Há anos fazemos assim e sempre deu certo, até porque em
time que está ganhando não se mexe.
- FALTA DE REFERÊNCIA E INSEGURANÇA: Afinal quem é criativo? Quais
outras organizações que fizeram quais os resultados?
- AUTORIDADE E CIÚME: Aqui mando eu e não quero mudanças! Crises de
perdedores x vencedores.

E COMO SUPERÁ-LOS:

PRATICANDO
- Chuva de ideias (verbal e escrita);
- Pesquisa de opinião (consultas a clientes internos e externos);
- Sensibilidade (cuidar mais do lado emocional das pessoas);
- Fluência de pensamento (pensar mais positivamente);
- Originalidade (inovar sempre).

E, principalmente, com iniciativa e coragem, colocar as ideias em


prática.

OBTENÇÃO DE APOIO E PATROCÍNIO

Há duas dimensões básicas na forma como negociarmos com os outros


sobre o apoio e o patrocínio de que necessitamos para implementar nossas
inovações: Concordância e Confiança. Essas dimensões determinam o caráter
de nossos relacionamentos e a força do apoio que teremos.

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ESPECIFICAÇÕES DE PUBLICAÇÃO

a. Documento: Apostila do curso Inovação

b. Válido até: Indeterminado

c. Responsabilidade: 4636-1 Departamento de Treinamento

d. Seção/ramal do responsável: TreiNet - 43840

e. Homologado por: Departamento de Treinamento

f. Restrições de reprodução:
X Restrito aos participantes do Curso TreiNet Inovação
Proibida impressão
Proibida cópia em arquivo

g. Público-alvo:
Agências
Departamentos
Usuários específicos (contas de e-mail)
X Todos os usuários

h. Classificação:
Confidencial
X Uso interno
Uso público

j. Tamanho do arquivo: 300 KB

k. Criado no MS Office Word 2003 e convertido em PDF.

Atualizada em 14.08.2009

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