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crs25,00 NOVA ELETRONIGA Ne4-MAIO * SISTEMA TERMINAL DE AMPLIFICADOR 99} Th, 99 on DE ALTA POTENCIA PARA AUTOMOVEIS, e| DISTORCEDOR RVI —TERCEIRO MODULO DO SINTETIZADOR. CONVERSORES ANALOG! CO-DIGITAIS @|AMIGOS HUMANOS E RO- BOS PATRICIOS * FREQUENCIMETRO DIGITAL ATE 30 MHZ. —— * PROGRAMACAO DE MICROCOMPUTADORES — 4 licdo * AUDIO — 33 ligdo Filcres liqiiida com Os precos altos Cr$3.50 Cr$ 4.70 | 400mw [ess \ i ZENER BUDE ey | ‘ih | 404srivce” 448comPponeNnTes AIBCPTOELETRONICA CONVERSANDO SO- NOS AUTOMOVEIS appere FETs = (CONG Diretor Responsive! NAO ESTA NOS LI- pepe 421vros! AgD EE ROCESsADORES LEONARDO BELLONZI EM PERSPECTIVA Gerente Administrative Auoto CESAR DIAS BAPTISTA ou Assessor Técnico e Redator DISTORCEDOR RVIII AMIGOS HUMANOS E “JULIANO BARSALI A Consultor de Arte e Fotografia Seana AGB rowos PaTRIcIOs SERGIO OLIVELLA ° OKO BATISTA RIBEIRO F° GUIA DE ABREVIA- SIST. TERMINAL DE 421tunas TB \roe0 - 13 PARTE CONSULTORIA TECNICA: ‘Cldudio C. Digs Baptista Geraldo Coen Joseph €, Blumenfeld CURSO DE PROGRA- fuliano Barsalh 2 a Jt Baral 434vocica PL AQQMAcAO DE MicRO- Leonardo Ballonzi COMPUTADORES — CORRESPONDENTE EM NEW YORK: . A Guido Forgnont LIGAO 4 Impresso na Cia. Lithographica Ypiranga CURSO DE AUDIO — Rua Cadete, 209 MD ricao 3 BOIS eS DISTRIBUIGAO NACIONAL: DIGITAL ABRILS,A. Cultural e Industrial A. Emfio Gooidi, 575 NOVA BLETRONICA é uma publicaedo de propriedade de Todos of direitos reservador: proibese « reproducso porcal ou EDITELE — Editora Técnica total dos textos e usragSer desta publica, asim como taducées eadeptande, Eletrdnica Ltda. 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Nada, nada mesmo de bom se pode adquirir pelo mesmo prego do “‘ndo to bom"? | Bem... pelo menos a Nova Eletrénica continua a melhorar seus artigos, a qualidade de impressao, a equipe técnica; continua a langar “kits” que funcionam NOVA ELETRONICA 403 “AMPLIFICADORES DE AUDIO CONECTA- DOS EM PONTE (BRIDGE) PARA MAIOR PO- TENCIA COM BAIXA TENSAO DE ALIMENTA- AO” — Aplicacao do sistema “bridge” aos ampli- ficadores TBA-810DAS, para excelentes resulta- dos em auto-rédios e afins. CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA NOVA ELETRONICA 405 __ (MSSM INTRODUGAO Com o aparecimento de altofalantes de alta Poténcia, tal como alguns modelos “Gauss” (USA) que, mesmo sendo de alta eficiéncia, aceitam 300 W RMS continuos, ou os “Cerwin-Vega” usa- dos nos efeitos sonoros cinematograficos chama- dos “‘Sensuround’', que admitem ainda mais po- téncia, tornou-se obrigatério o uso de ampli cadores de dudio também de poténcia elevada. Isto do 6 dificil de ser conseguido com amplificadores valvulados, mas estes sé probleméticos, enormes € mais caros que os bons transistorizados. Os amplificadores transistorizados, no entanto, sem transformadores de saida (felizmente!), tém sua tensio méxima de sada limitada pela méxima tensio da fonte de alimentago que neles se pode aplicar. Os transistores, em geral, no admitem ten- ses muito elevadas ‘de alimentagio, 0 que os faz poder entregar uma determinada tensio alternada maxima de saida, ndo muito alta. Para obtermos deles mais poténcia & necessdrio, pois, jé que a tenséo maxima é limitada, reduzir a impedéncia do altofalante ou carga colocada a saida. Ora, jus- tamente os mais potentes altofalantes, bem como ‘a maioria dos altofalantes, tem uma impedancia um tanto alta(8 @ em geral e raramente 49) para que os amplificadores possam entregar corrente FIGURA 1 Sv 406 NOVA ELETRONICA suficiente para excitar a0 méximo esses altofalan- ‘tes mais potentes. O resultado 6 que o amplifica- dor entra em “clipping” antes de atingir a potén- cia de programa que o altofalante suporta e a forma de onda ceifada, do sinal, acaba por danifi- car 0 altofalante, que ndo pode acompanhar esse tipo de sinal, superaquecendo-se a bobina mével e estragando-se com, digamos, 135 W RMS, um alto- falante que aceitaria amplificadores de até 300 W RMS com formas de onda ‘mais senoidais”. Meus irmaos MUTANTES adquiriram, hé bastante tem- Po, quatro altofalantes “Gauss” de 18”, cada qual devendo aceitar 300 W RMS a 8 . Para uso pré- Vis6rio, foram conectados, cada um, a um ampli- ficador, de minha confecgao, de 135 W RMS. Em um dos “shows”, no auge do Rock, o técnico de som “‘resolveu" deixar acenderem-se as, lampadas de aviso de “‘amplificadores em clip- ping’ que coloquei na mesa que construi para Mu: tantes. Nesses momentos, a alma se inflama e nem mesmo 0 risco do equipamento consumir-se em holocausto a expressio artistica é considerado. O sucesso foi obtido, 0 piblico pulava e cantava sobre as cadeiras, todos eram uma pessoa sé. Mas, 0 prego foi pago — um dos maravilhosos “Gauss” de 18”, 0 melhor altofalante do mundo para essa aplicagdo, passou pela transiggo. .. Sua VU Altofalant FIGURA 2 bobina tornou-se som, calor e seu dltimo instante entre nés foi siléncio gritante que interrompeu os acordes graves do sintetizador .. . Preocupado com isso, apés “transar a reencar- nagio" do altofalante, passei a estudar maneiras de obter mais tensio na saida dos amplificadores transistorizados. Transformadores de saida? Nao! Seria 0 retorno a um passado problemético; seria a perda de uns 40% da poténcia; seria mais distoreSo, pior resposta a freqiiéncias, custo ele- vado, peso e volu ne excessivos. Impedancias mais baixas de altofalar.tes? — Nao! Estes néo sao fa- bricados assim e 0 uso de vérios altofalantes em paralelo néo resolveria, obviamente, a questéo, jé que havia pouca poténcia para apenas um deles Outro problema de usar impedancias baixas seria a perda de grande parte da mesma nos cabos que ligam os amplificadores aos altofalantes devido a que a propria impedancia ou resisténcia dos cabos passaria a ser excessiva. Tensdes mais altas na alimentacdo? — Nao! Os transistores existentes na época, no mercado nacional, néo resistiriam, mesmo os mais bem selecionados; haveria pouca confiabilidade A solucéo foi o uso de dois amplificadores (de 135 W a4 Q) conectados em ponte (bridge), ‘© que nos deu 270 W RMS sobre 8 &2 e, portanto, exatamente 0 que desejavamos, ou praticamente isso (300 W RMS @ 8 OHMS) CONEXAO EM PONTE (BRIDGE) — Que & essa conexdo em ponte? — pergun- taria vocé a esta altura. — Trata-se apenas de enviar, por qualquer meio eficaz, 0 mesmo sinal a dois amplificadores iguais, no nosso caso, de 135 W RMS @ 4 &, mas com fase invertida, isto é, 180° de defasamento (fig. 1). A saida dos dois amplificadores, conectamos entéo, um altofalante ENTRE OS DOIS “VIVOS”, desprezando os “terras”. Vemos que, além de outras vantagens, temos também como resultado uma “linha balanceada” usando o sistema de conexdo em ponte. A tensdo sobre a carga passou a ser dobrada em relacdo a cada amplificador e, para 4 2, a potén- cia quadruplicaria. Isto, seria demasiado para cada amplificador, que seria obrigado a fornecer poténcia dobrada, ficando entdo 0 uso limitado a altofalantes de, 8 2 (onde a poténcia seria apenas dobrada e nao quadruplicada) e a poténcia a 270W, praticamente 0 que se desejava. Na fig. 2, podemos acompanhar a explicacdo tedrica que se segue. Para maiores detalhes, pro- cure o livro AUDIO HANDBOOK, da National, (na LITEC, por exemplo, Rua dos Timbiras, 257 em Sao Paulo, SP) A Editora é a National Semi- conductors Corporation — 2900 Semiconductor Drive — Santa Clara, CA95051. A conexio de dois amplificadores como na figura resulta em considervel aumento de potén- cia de saida, Nesta configuracdo os amplificadores so excitados em contrafase, de maneira que NN NOVA ELETRONICA 407 quando a tensio na saida de Al esté a Vs, a tenso nna saida de A2 é a da terra, Caso néo existisse A2 © a carga estivesse conectada entre Al e a terra, isto daria aparentemente © mesmo resultado que © sistema “bridge”. Mas quando Al estivesse a terra, nao haveria diferenca de potencial entre as extremidades da carga, enquanto que na conexdo em ponte, quando Al passa a ter a tensdo de saida ao nivel terra, A2 tem a tenséo ao nivel da fonte na extremidade da carga que estaria ao nivel terra se usassemos apenas A1 como ampli- ficador. Considerando cada extremidade do resistor de carga R1, no sistema convencional, uma delas estd sempre a terra enquanto que a outra varia de tensdo entre 0 nivel da fonte e o da terra. No sistema em ponte, ambas as extremidades da carga variam entre os niveis da terra e da alimentacao. A fig. 3 mostra esse aspecto em gréfico. A tensdo pico a pico é, pois, 0 dobro, idealmente, daquela da fonte de alimentaco. A poténcia de saida seré, ento, quatro vezes a obtida com 0 uso de ‘apenas um amplificador. Como cada amplificador teria de liberar 0 dobro de poténcia, como jé disse ¢ isto € geralmente impossivel, pelas préprias Condigdes de projeto desses amplificadores, faz-se RL com o dobro do valor e obtem-se apenas © dobro da poténcia, mas com a vantagem de po- dermos trabalhar com a mesma tensio de alimen- tagdo e com impedancia dobrada. A poténcia dissipada em um circuito em ponte, € calculada notando-se que a tensio no centro da carga no se “move”; por isso a equagéo seguinte Pode ser aplicada a metade do resistor de carga: V; Vs2 S2 Pay ou Pay = — ‘Al 2° BRL 10 RL APLICACAO Os amplificadores que usei como exemplo, que construf para os MUTANTES, serao publicados brevemente. Por ora, passo a descrever uma apli- cacao da conexio em ponte, usando os amplifi ficadores TBA 810DAS, de artigo que jé publiquei nesta Revista, no seu ndmero 2. © principal motivo da escolha destes amplifi- cadores, muito mais que o da abertura de nova Possibilidade de comercializagdo, é ser a tensao de alimentacao das baterias dos automéveis, onde o ——-ov FIGURA 3 — —-. oo, 408 NOVA ELETRONICA TBA B810DAS encontra larga aplicaco, muito reduzida, geralmente 12V e atingindo 14,4 V quando ela est sendo “carregada. Isto torna © sistema de conexéo em ponte ideal para obter- mos potenciais elevados em amplificadores de du: dio para automéveise similares,a um custo reduzi- do e sem qualquer desvantagem em relacdo 8 qua- lidade sonora e conseguirmos “aquele som Quaisquer aplicades onde seja necessdrio obter-se maior poténcia com tensdes de alimentacao baixas fe com impedincias mais altas de carga (8 ©) do que se obtinha usando apenas um TBA 810DAS (a 4.Q) sero permitidas pelo uso de dois TBA B810DAS conectados em ponte. O uso, em auto- movel, de varios pares destes amplificadores conec tados em ponte, cada par precedido de um filtro ativo passafaixas e reproduzindo uma seccdo da faixa de dudio em conjunto com seu altofalan- te, pode chegar a um resultado realmente “Cine- ramico”! INVERSOR Foi experimentado, por mim, 0 uso de pré- amplificadores inversores integrados para conse- guir a conexdo em ponte, bem como consegui, em testes, fazer a inversio de fase necesséria por meio de transformador, Geralmente evito trans- formadores e neste caso ndo fugi 4 regra. Preferi © uso de um dnico transistor inversor, pela maior simplicidade na montagem e custo mais reduzido, sem comprometer a qualidade sonora em grau relevante para esse tipo de aplicagdo, nao de altis sima fidelidade. Prés inversores de alta qualidade com circuitos integrados, para circuitos profissio- nais de Alta-Fidelidade, sero publicados, mas séo muito caros para serem usados nesta aplicacSo. GRANDE VANTAGEM DA APLICAGAO DO TBA-810DAS EM PONTE, COMO AMPLIFICA- DOR PARA USO EM AUTOMOVEIS (12 a 14,4 V). Estive refazendo mais seriamente as medicdes relativas 8 poténcia maxima possivel de se obter do TBA-810DAS. As medicées publicadas no pri meiro artigo foram baseadas nas especificagdes do fabricante. As medic&es deste artigo foram feitas por mim. Isto se deu devido a fonte de 12V que possuia naquela época no suportar a medi G0 feita com carga. Hoje, medindo eu mesmo, usando fonte ajustdvel que montei para esse fim, obtive os resultados que constam da Tabela I, usando como carga resistores de 4 e de 8 2. ti 1 Ne ae 4 com 0 artigo pronto, meu amigo Leonardo, na Fileres, fez-me notar que a diferenga entre minhas medigdes (as da Tabela |) e as do fabrican- te era demasiada para que as minhas fossem corre- tas. Pensando e testando novamente descobri que os resistores de carga, a0 se aquecerem, tinham seu valor reduzido a 3,5 2, 0 que alterava as me- dicgdes para poténcia menor. Procurei por toda Sao Paulo fio de “‘constan- tana” ou “manganina’” para confeccionar resis- tores mais precisos, que pouco variariam com o aquecimento. Foi impossivel encontrar no tempo de que dispunha. Montei entéo {idéia do José, da Filcres) um sistema de refrigeracdo com agua para que os resistores se mantivessem a 4 92. Medindo novamente, obtive a Tabela II, a verda- deira, que traz os dados reais sobre a poténcia que obtive do amplificador simples TBA 810DAS e do amplificador duplo em ponte. Refiz todo 0 artigo... Na Tabela I! vé-se o resultado de medicdes do TBA-810DAS conectado em ponte (Bridge). Note que, para 0 caso da conextio em ponte, a 82, a poténcia obtida é MAIOR que a 4 ©; isto porque a protecdo interna dos integrados comeca a atuar, reduzindo a poténcia para cargas menores, em impedancia, que 82. Veja que a 4 Qa poténcia da conexdo em ponte é praticamente a mesma ob- NOVA ELETRONICA 409 Max. Poténcia de saida em W RMS Ponto de “Clipping” no (Clipping Point) Max. Tensdo saida VRMS Namero de TBA810DAS Carga Gonexfo | (errada) 6VCC gvcc 12VCC 144V CC 16V CC 6VvcC a 9vcc es 12V.cC er 14,4. VCC a 16 V CC “Bridge” 6VcC avcc 12V.cC 144V CC 16 V CC * Maxima poténcia obtida nos testes para o circuito em ponte de dois TBA810DAS, com os resistores alterados pelo aquecimento. — tida em conexdo normal também a 49 e que ndo € possivel alimentar o circuito conectado em Ponte quando carregado por 42 com a tensio superior a 14,4 V, pois, além dessa tensio, a potén- cia CAI, entrando em cena o circuito de protecao. Resumindo-se, a concluséo é que, para condi- es ideais, 0 circuito conectado em ponte deve ser ligado a altofalantes (cargas) de 8 2 para maxima Poténcia e qualidade sonora. O amplificador em ponte torna-se equivalente ao amplificador normal quando conectado a cargas de 4 © até as tensdes maximas de alimentaco em uso nos automéveis. Temos, portanto, agora, uma medicéo mais realista sobre 0 TBA 810DAS que ilustra ao mes- mo tempo as _vantagens do uso em ponte. Peco ——————-.1A 410 NOVA ELETRONICA perdéo ao leitor que tiver montado o TBA 810DAS. do artigo anterior, pela diferenca aparente nos resultados obtidos agora, nestas medigdes e os Publicados pelo fabricante, mas lembro-o que, em geral, os dados publicados sobre componentes so aqueles mesmos emitidos pelo fabricante. Sendo assim, se usarmos esse critério em voga no mercado, poderiamos dizer que o TBA 810DAS , que, sozinho produzia “7 W"" (na verdade 5.3 W) sobre 42, a 16 V CC de alimentaggo, agora, em Ponte, fornece duas vezes mais sobre 822, ou seja, "14 W"... (11,4 W reais). So esses 714 W" que sero ouvidos como uma perceptivel superio: ridade sobre os demais amplificadores integrados existentes nesta categoria, por mais “WATTS” que exibam em suas especificacdes. Devo frisar Tensio de Alimentagao Max. Poténcia de saida em W RMS no Clipping P Max. Tenso saida VRMS- 6VvCC gvcc w2vcc 14,4 VCC 16V CC 6vcc 9v cc 12vcC 14,4 VCC 16 V CC 6vcc 9vcc 12Vv cc 144VCC 16 Vv cc * Maxima poténcia real obtida nos testes para 0 circuito em ponte de dois TBAB10DAS, com os resistores de 4 ohms constantes, refrigerados. ft que 0 fabricante do integrado fornece dados sobre a poténcia “tipica” e néo a que se deva obrigato- riamente obter, néo tendo havido, pois, ma fé de sua parte. A curva de resposta por mim obtida vé-se na fig. 4. Note a excelente resposta de graves do amp! cador “bridge” que é mais uma vantagem da liga- ao em ponte, dada a possibilidade de pura e sim- plesmente eliminarmos os capacitores eletroliticos na saida dos amplificadores, obtendo agora respos- ‘ta muito mais plana nos graves (fig. 4). A resposta a alta freqiiéncia pode também ser melhorada — ver artigo anterior j4 mencionado. © motivo da possibilidade de eliminarmos os capacitores eletroliticos da safda é que agora ndo hé (teoricamente) diferenga de potencial entre os dois “vivos” dos dois amplificadores em ponte, como havia entre o vivo e o terra, antes do capa- citor, usando-se apenas um amplificador. Na pré- tica hd pequenas diferencas na tenso de alimen- taco divididas pelos resistores exteriores ao inte- grado, devido a tolerancias na fabricagdo desses resistores, quando se usam dois amplificadores conectados em ponte. Fica, pois, a critério do montador individualizar 0 ajuste desses resistores para evitar a presenca de tensdo CC na saida. No prototipo a que me referi, a diferenga de tensio CC era de 100 mV, portanto aceitével, sem qual- quer ajuste, para altofalantes de automéveis. A di- ferenga no custo, pela eliminacao dos eletroliticos 6, também, vantajosa, bem como 0 peso, dimen- ses e tempo de montagem NOVA ELETRONICA 411 ww ee [Ficura 4 © 100 z «88 ene z + 68 aK 20 Toowsz FONTE DE ALIMENTAGAO. Apenas para o uso do amplificador TBA 810D AS conectado em ponte (ou néo) em aplicagées resi denciais ou outras onde no se tenha ou deseje baterias, é necesséria a confecedo de fonte de ali- mentacdo, que deveria alimentar o amplificador com + 16 V CC, jé que esta ¢ a maxima tenséo aplicavel, na prética e que permite a maxima poténcia de saida. A fig. 5 mostra uma fonte de alimentagio con- vencional néo estabilizada, muito simples, que pode ser utilizada e que foi montada e provada Por mim em conjunto com o amplificador conec- tado em ponte. Como toda fonte nao estabilizada, na auséncia de sinal, a tensio é a nominal (16 a 16,5 V CC). Quando hé sinal, maximo e continuo (com carga) e 0 amplificador (bridge) entrega a Poténcia maxima, a tenso da fonte vai caindo até atingir um nivel (12 V CC, no caso) que faz a Poténcia de sa/da limitar-se, para sinais continuos, aquela que se obtém com alimentagdo de 12,7 V e.ndo de 16 V. Para corrigir isto, s6 montando-se fonte super- dimensionada (mais cara) ou estabilizada (também mais cara). NAO MONTE FONTE COM TENSAO FIGURA 5 412 NOVA ELETRONIA SUPERIOR A 16 V CC PARA TENTAR RESOL- VER ESTE PROBLEMA, POIS:O CIRCUITO DE PROTECAO CORTARA O AMPLIFICADOR E O SISTEMA NAO FUNCIONARA, Na prética, para o uso como amplificador de misica ou voz, 0 sinal destes programas no se mantem no maximo nivel, mas chega a este e deste retorna a um nivel médio inferior, durante 0 pro- grama. Isto permite que o amplificador entregue mais poténcia nesses curtos espacos de tempo, on- de a fonte de alimentagdo mantém-se & maxima tenso, sem ter tempo de “esvaziar-se” até a0 nivel de tensdo inferior. Dai ter eu preferido pu blicar a fonte da fig. 5, por enquanto, Aqueles que desejem, mesmo assim, um resultado mais Perfeito, em poténcia, “ronco”, distoreao, etc., Poderdo usar uma fonte estabilizada, que servird Para essa finalidade, desde que aceite cargas de até 2A, para ficar “folgada”. Com a fonte da fig. 5, a méxima poténcia, continua, seré de 8,8 W RMS e, nos picos, 11,4 W RMS (REAIS...). Para a fonte estabilizada ou baterias (potentes, pois pilhas comuns no aguen- tam), a 16 V CC, teremos sempre, nos picos ou continuamente, os 11,4 W RMS. MONTAGEM Para a montagem do amplificador conectado em ponte, basta adquirir ou confeccionar a placa de fiagdo impressa apresentada na fig. 6 vista pelo lado dos componentes e na fig. 7 vista pela face cobreada. As figuras so auto-explicativas Quanto & posigo dos componentes. Nao seré de- mais repetir as explicagdes sobre a montagem dos integrados em seus dissipadores e destes na placa de fiagdo impressa, ia <— f | :| issipaoor ot CATERER FIGURA 7 ATENGAO! Os integrados, na placa, tém que os seguintes passos, na mesma ordem apresentada ser 0s primeiros componentes montados, jé com 0 dissipadores presos s suas aletas e com os para fusos no lugar. Para colocar os dissipadores, siga _indicadas. 1. Escolha apenas dissipadores com as dimensées NOVA ELETRONICA 413 2. Fure os dissipadores conforme a fig. 8. 3. Pegue os dissipadores, um por vez e monte-os usando pasta de silicone, nos integrados, con- forme a fig. 9, Aperte fixamente os parafusos, Pode ser usada cola nas porcas. 4. Ponha em cada dissipador, no furo restante, um parafuso 1/8” por 3/8” e coloque uma porca 118". As pontas dos parafusos devem ficar para o lado oposto as aletas do dissipador e sero inseridas nos orificios correspondentes, nas placas de fiacéo impressa (fig. 10). Esté, entdo, pronto o integrado, com dois dissipadores e dois parafusos salientes para a mon- tagem na placa de fiagdo impressa, devendo ser in- troduzidos os parafusos nos dois furos da placa e com o maximo cuidado para que todos os pinos do TBA 810DAS sejam inseridos e atravessem 0s respectivos furos. Apés soldado no lugar seré dificil, senéo impossivel, retirar o integrado sem danificé-lo, caso algum terminal nao tenha entrado corretamente em seu furo e saido pelo lado cobrea- do da placa de fia¢do. Caso, apesar de todas as precaugées, isto venha a acontecer, tente, antes de retirar 0 integrado jé soldado, retirar o dissipador do lado do pino torto; dessa forma poder recolo- car 0 terminal no furo com alicate de pontas finas, Cuidado para que nenhum pino encoste nos dissipadores! Atengio 4 polaridade dos capacitores eletro- liticos. © diagrama de cada amplificador completo, antes de conectado em ponte, esté na fig. 11. Para maiores detalhes sobre o amplificador indi dividual, procure o artigo jé mencionado (Revista ° n? 2). FIGURA 9 PORCA | | | UY DISSIPADOR SS 2 INTEGRADO 'NOTA~ A medida de 2,5 mm deve ser obedecida com preciso pela montador ac maiores que 0.3mm FIGURA 8 DISSIPADOR FIGURA 10 Dissipador Visto de Baixo 414 NOVA ELETRONICA ENTRADA FIGURA 11 CONECTANDO EM PONTE Jé montados os dois amplificadores, observe a fig. 12 e a observacdo em negrito sobre a fia¢do. importante — Ao montar os componentes na placa note a existéncia de dois furos de didmetro maior, entre os quais deveré ser soldado um fio. Esse fio tem que ser preparado exatamente como se segue. Corte um pedaco de fio grosso, de bitola # 12 AWG (no pode ser mais fino) com nove centi- metros de comprimento, exatamente. “Descasque” as duas pontas, retirando seis mili- metros da capa plastica isolante. Enfie, pelo lado dos componentes, as pontas nos dois furos e solde. ATENGAO: 0 fio NAO pode ser cortado menor ou achatado contra a placa. E obrigatorio que for- me um arco, elevando-se a uns 12 ou 15 mm, sobre a placa de fiagdo impressa. Qualquer oscilacdo de RF que se apresente a safda do amplificador podera ser devida a nao ser respeitada esta indicacao, devendo ser, caso acontecam oscilacées, dada nova atencdo a este fio. Note bem: 0 amplificador nao apresenta pro- blema de oscilagdo, sendo estas precaucdes com o fio terra devidas a medigdes feitas por mim em condigdes de oscilacao propositadamente provoca- das com a retirada do capacitor de “bypass,” de 0,47 uF. Note, também, que este capacitor tem que ser, obrigatoriamente, de poliester metalizado. Oscilagdes de RF séo perceptiveis com o uso de osciloscdpio, mas podem ser detectadas pelo aque- cimento (anormal) dos dissipadores quando nao existir sinal e pela tensdo da fonte de alimentacdo (se no estabilizada) que tenderé a cair ao nivel minimo, como quando existe sinal maximo. Os protétipos montados e provados por mim no apresentam estas oscilagdes em qualquer hipd- tese, a qualquer nivel de sinal, com ou sem carga 8 saida e a qualquer tensio de alimentagio (as recomendadas) entre 6 e 16 V CC. LIGAGAO A FONTE Caso venha a utilizar a fonte de alimentacdo apresentada ¢ muito importante separé-la, pelo menos, por 30 cm do amplificador “bridge”, para evitar indugdo de “‘ronco” do transformador de alimentagao no circuito. A colocago de todo o amplificador conectado em ponte em uma caixa metélica, ligada ao terra do “jack” de entrada é recomendavel para evitar “ronco". Os cabos de alimentagdo devem ser grossos, principalmente quando a fonte estiver distante do amplificador. NOVA ELETRONICA 415 FIGURA 12 0 6até vec Broximo. aciz Autofalante de 8. loudivisor de frequencial CONCLUSAO Apresentei a vocé um exemplo de conexéo de dois amplificadores iguais em ponte (bridge). Este exemplo foi apoiado em testes exaustivos e os re. sultados compensam, desde que sejam cuidadosa- mente obedecidas as instrugées para a montagem. Nao existem ajustes a fazer, daf ser o teste indica- do a prépria conexdo do sistema a um altofalante 416 NOVA ELETRONICA e sua entrada ligada a uma fonte de programa de aproximadamente 50 mV para maxima excitacio, sendo preferivel que essa fonte de programa seja ajustével e que permita niveis mais altos que os 50 mV citados, para a devida folga de operacéo. Poderdo ser usados geradores de dudio e osciloscé- pio para as medic&es, que deverdo confirmar os re- sultados aqui publicados. RELAGAO DE COMPONENTES (oe eeu CCT L Sera} Cee) (el Pe Pee MTL 8) Prac! [oY [or lee RI, R2-12 R3, R4 — 100 k2 Cm ORCA a A ead R8, RO — 562 Crean oRCRC RY R11, R12 - 10V @ 1/4W [el ey eat OT Ca Cok oy ESHA a Ce eC Pee aCe Ce Renu) Circuito Integrado TBA 810DAS” Gnome} €5, C6, C7 — 0,1 uF (schiko ou poliester metalizado) CB, C9, C10, C11 — 100 uF / 40V Peer ON, C13, C14 — 5600 pF Normalmente néo seré necesséria medi¢do algu: ma, pois 0 dispositivo ndo é critico. Recomendo apenas fazé-lo se desejar conhecer melhor o am- plificador. Dois conjuntos destes amplificadores em ponte poderdo ser usados com sucesso em seu au- tomével, para som estereofénico, com poténcia bastante razodvel e superior 4 da maioria dos aparelhos comerciais existentes, por custo muito inferior e para sua satisfa¢do com mais uma mon tagem bem sucedida e com 0 novo som. A sugestéo do emprego de varios conjuntos destes amplifica- dores conectados em ponte, em lugar de di passivos de freqiiéncias apresentada no decorrer do artigo, é também interessante, mas apenas pode- isores C15 — 4,7 uF @ 35V (lies ean aCe ACCC) ree Cea Ne ee C19 — 0,47 pF (poliester metalizado Cre eu) CR ese CO aa ean Pee a Pe Bee ear ea eee ene ee ete a So Cee ue mec) Toate Ve eer COR ol Cont) 1 transformador de alimentacdo primario 110 V; Px POR eee Ur 2 diodos SKE 1/TV Dee rst me ice aie OG NOTA: Resistores de 1/2 W, 5% de tolerancia Pace tee sea 14 ser realizada por técnico competente. Serd apre- sentada futuramente matéria sobre este assunto, Nao se esqueca de usar altofalantes de 8 92 para cada par amplificador em ponte! Divisores de fre- aiiéncias, se utilizados, deverdo ser também de 8 , bem como os altofalantes a estes conectados. Colo- que os altofalantes sempre em fase, para perfeita estereofonia, Para isto, os mesmos bornes dos alto- falantes devem ser conectados nos mesmos pontos dos circuitos para o canal direito e para o canal esquerdo. Veja a 32 li¢do Curso de Audio, se tiver dividas a este respeito. O diagrama do amplificador completo, conec tado em ponte estd na fig. 12. NOVA ELETRONICA 417 ECONTROLE EJGNICAD 418 NOVA ELETRONICA COMBUSTIVEL Os dispositivos optoeletrénicos — tanto os emis- sores como os sensores de luz — tem muitas apli- cagdes familiares a todo mundo, como por exem- plo, em calculadoras de bolso (LEDs) e em siste- mas autométicos de abertura de portas ou leitoras de cartées em computadores (fotodiodos e foto- transistores). Muito pouco conhecidas, porém, so as suas aplicages em controles automotivos, especifica- mente em medigdo de consumo de combustivel e controle de ignicéo. Duas configuracées podem ser aplicadas nesses sistemas: — transdutor de reflexdo de luz — transdutor de interrupgdo de luz LRT e LIT O transdutor de reflexdo de luz (Light Reflec- tion Transducer — LRT) contém uma fonte de luz (um emissor de infravermelho de GaAs) e um fototransistor de silicio. Os dois componentes apontam no mesmo sentido, de tal maneira, que © sensor s6 recebe energia luminosa do emissor quando um objeto refletor estiver bem perto de ambos O transdutor de interrupgao de luz (Light Inter- ruption Transducer — LIT) consiste também de uma fonte de infravermetho e de um fototransis- Neste caso contudo, a fonte a: tor, como sensor. FIGURA 1 Disco com . ranhuras tit Foto transistor Alta tensao ponta para o sensor e 0 dispositivo opera em conjunto com uma roda de ranhuras, rotativa, loca- lizada entre a fonte e o sensor. Vé-se que o foto- transistor s6 seré iluminado quando a fonte for descoberta pelas ranhuras da roda. USANDO OS DOIS COMPONENTES Pode-se considerar o LIT, atualmente, como a melhor técnica utilizada em ignicdes eletrénicas. As ignicdes convencionais aproveitam o proprio platinado do veiculo. Um transistor de poténcia é usado como condutor da corrente e tais sistemas proporcionam uma vida mais longa ao platinado, pela redu¢do do faiscamento e da corrente que passa por ele. Todavia, 0 platinado ainda esté sujeito a0 desgaste mecdnico, a vibracdo e a flutua- cdo, em alta velocidade. NOVA ELETRONICA 419 FIGURA 2 Esses problemas ocasionaram um avango em diregdo as ignicdes totalmente eletrénicas. Pensou- se primeiramente em utilizar uma pega magnética rotativa aliada a um ima permanente fixo, para gerar a informacgo da posicio do virabrequim. Isto significa realmente uma grande melhoria em relagéo aos platinados, mas foram introduzidos atrasos da ordem 175 ys, que reduziram a preciso deste sensor magnético, em altas velocidades Por outro lado, se acrescentarmos um disco com ranhuras ao eixo do distribuidor, com um LED em um dos lados deste disco e um fototran- sistor no outro, os problemas do platinado e do sen sor magnético podem ser eliminados. © disco tem um numero de ranhuras igual a0 numero de cilindros do veiculo. Quando gira, ele expée 0 fototransistor ao LED, em sincronismo com a rotagio do motor. O fototransistor, ligado 40s mesmos dispositivos de poténcia utilizados em sistemas convencionais, possibilita uma igni¢do eletrénica toda em estado gélido, sem as impre- cises causadas pelos atrasos. (fig.1 ) Para se substituir um velocimetro de grande Preciséo, um conjunto igual ao da figura 2 6 0 FIGURA 4 recomendado. Neste sistema o LRT capta a velo- cidade radial do eixo de transmisso e pode ser calibrado para fornecer uma indicagdo de km/h. Temos entéo, como resultado, um velocimetro to ou mais preciso que os atuais, Na fig.3, um LRT “8” a velocidade circular de uma roda de pés, movida pelo combustivel que corre pela tubulago, Sendo maior a quantidade de combustivel usado, mais répido seré 0 seu fluxo pela tubulaggo e em conseqiiéncia, mais velozmen- te girard a roda de pas. O sinal, nestas condigdes, 6 + proporcional 4 quantidade de litros de gasolina por hora. Com essas informagdes a disposieao (litro por hora, km/h e rpm) podemos obter, através de um Processamento posterior do sinal, indicagdes de quilometros por litro ou litros por quilometro. Um veculo usando os sistemas das figuras 1 e 3, incluindo condicionamento do sinal (fig. 4) e um “display” com LEDs, vai fornecer ao motorista uma indicacéo instanténea do consumo de com- bustivel. Em sua forma definitiva a mais bem empregada, esse sistema deveré informar a quilo- metragem que ainda poderia ser percorrida pelo veiculo, a cada diferente velocidade ec 420 NOVA ELETRONICA NAO ESTA NOS LIVROS! sugestoes SS nos SS Nova Eletronica CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA CIOMETROS DA GUITARRA Vérios leitores tem me consultado a respeito do problema que encontraram nos controles de sua guitarra, para obter maior progressividade nos mesmos, tanto no controle de volume quanto no de tonalidade. Na maioria das guitarras e contrabaixos, prin- cipalmente os de fabricagdo nacional, os controles se apresentam como na figura 1. Ligando sua guitarra a um amplificador e sol- dando, por tentativas quanto aos valores, resistores nos pontos indicados na figura 2, vocé poderd fi obter uma progressividade maior nos controles. st Para 0 potenciémetro de volume, tente valores de resistores ao redor de 10 k2. Para 0 potenciémetro de tonalidade, tente valores ao redor de 56k. vem dachave Cuidado! $6 faca as tentativas se 0s potencid- seletora de metros de sua guitarra estiverem ligados como na captadores figura 111! fig 2 ao jack desaida volume tonalidade potenciémetros vistos de tras x NOVA ELETRONICA 421 422 NOVA ELETRONICA DISTORGEDOR CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA “ESTE E O OITAVO DE UMA SERIE DE DISTORCEDORES POR MIM APERFEIGOADA, ESPECIALMENTE PROJETADA PARA OS MUTANTES, DESDE O INICIO DE SUA CARREIRA. COMO OS SETE QUE O PROCEDERAM, FOI EXAUSTIVAMENTE TESTADO EM USO PROFISSIONAL, PELOS PROPRIOS MUTANTES, SENDO ESTE MESMO DISTORCEDOR O RESPONSAVEL PELOS SONS DE GUITARRA DE MEU IRMAO SERGIO NA MAIOR PARTE DOS DISCOS LANCADOS PELOS MUTANTES. +3°MODULO 00 SINTETIZADOR +MELHORA PHASER 0 r NOVA ELETRONICA 423 oo Cid ees Rvil EM BREVE NA Filcres Importacao Representacoes Lida. RUA AURORA 165 ~ CEP 01209 - CAIXA POSTAL 18767 TEL, 2214451 - 2213993 - 2216760 - SAO PAULO. 424 NOVA ELETRONICA Aproximadamente desde a época do maior sucesso dos “Ventures”, anteriores aos Beatles e primeira escola dos Mutantes, 0 som das guitarras elétricas, propositadamente distorcido, aparecia na maior parte das misicas norte-americanas “para ouvir e dangar”’. Desse tempo em diante, a distor¢do do som das guitarras passou a ser assunto de pesquisa caseira no mundo todo, onde guitarristas e técni cos ou hibridos guitarristas — técnicos lutavam para conseguir a espécie de distorgo que mais Ihes agradava, © distorcedor era encarado pela maioria dos técnicos de som como uma maldigio, pois seu objetivo era justamente o inverso do maior obje- tivo desses técnicos! Quantas discussdes enfren- tamos, eu e os Mutantes, nas gravadoras e em toda parte! — "Ou colocam a distor¢ao ou nao sai o LP!’” Esta frase foi realmente pronunciada durante a gravagao do primeiro LP. Vencemos e o LP saiu « Isto aconteceu com o primeiro distorcedor da série que culminou com o aparelho apresentado neste artigo. Em parte, os técnicos tinham razio — meu elétrico vindo de uma guitarra e injetando-o em primeiro distorcedor produzia ruidos de RF que transistor, em nivel acima do limite admitido por prejudicavam a gravagdo. Os de hoje sao livres este para uma reprodugao linear. destes problemas. sinal, que originalmente seria como na fig. 1, Mas, 0 que vem a ser, exatamente, um distor- apareceria, a saida do transistor, igual ao da figu: cedor ? ra 2A ou 2B, geralmente, mais como na 2A que Deixando de lado mintcias tebricas sobre a 02 2B- palavra distorcdo e suas aplicagées, o distorcedor é Homie um aparelho usado para modificar o som de, prin- cipalmente, uma guitarra elétrica, servindo também para qualquer instrumento eletrificado, A modificagdo principal que 0 distorcedor produz é no timbre do som, isto é, modifica, am pliando, 0 contetido harménico desse som. Isto quer dizer que, na pratica, torna 0 som mais ou menos puro de uma guitarra, em um som mais vibrante, mais rico, mais aspirado, mais parecido agora com um som de violino que com o de viol8o. AAR TRE A segunda modificacgo importante produzida FIGURA 2 pelo distorcedor ¢ 0 prolongamento da nota emitida pela guitarra, 0 que permite ao guitarrista mais versatilidade na execucdo. Tecnicamente, ele modifica o “envelope dinémico” de uma nota. (A juncdo dos termos ¢ minha mas creio estar correta). Prolongando-se a nota e acrescentando-se har- 2A ménicos, 0 resultado ¢ um som continuo, seme- Ihante ao produzido pelo violoncelo, violino, etc. e que, conforme o tipo de distorcedor utilizado, pode ser mais ou menos dspero, mais ou menos “sujo”, “embrulhado”, “continuo”, “‘redondo”, 2B 2c NE AE etc, TIPOS DE DISTORGAO Basicamente, hé dois tipos de distorcedores 0 “Fuzz” e o “overdriver”” (ou como deseje cha- mé-los). Existem também “distorcedores-oscila- dores” e outros, cujas caracteristicas tratarei em artigos futuros. © “Fuzz” originou-se da tentativa de obter, com dois transistores, por exemplo, 0 som distor- cido que um amplificador valvulado produz ao ser excitado préximo do ou ao maximo nivel. Tentativa apenas, mas que originou novo ¢ muito Util efeito — a distorgdo “Fuzz”. Consegue-se a distorgéo ““Fuzz’” (nao deve ser 3A 3B traduzido) pré-amplificando-se brutalmente o sinal Integrador Diferenci NOVA ELETRONICA 425 O achatamento da forma de onda visto na fig. 2A e na 2B 6 0 que produz os harmonicos. Para conseguir-se maior achatamento ainda e um sinal mais simétrico é suficiente ligar & saida do aparelho um sistema cujo “‘coragiio’” é compos- to de 2diodos conectados um ao inverso do outro. Obtem-se ento a forma de onda, quadrada, da figura 2C. Todas estas formas de onda so exagerada- mente achatadas para que o som saia “limpo”, apesar de enriquecido em harmonicos. Dai o nome “Fuzz" dado @ distorcedores que produzem este tipo de achatamento, ou “‘ceifamento”’ Com 0 uso de filtros, a saida do distorcedor, modifica-se a forma de onda quadrada, “integran. 426 NOVA ELETRONICA FIGURA 4 4A 4B ee do” ou “diferenciando”’, como nas figs. 3A e 3B. 0 “som” da figura 3A é mais grave e consegue-se com capacitores em paralelo a terra, na saida; 0 “som da figura 3B é mais agudo e consegue-se com capacitores em série & saida. A falta de limpeza ou a ““sujeira”” do som destes distorcedores 6 utilissima, mas, apenas em deter- minadas aplicacées musicais, principalmente para solos. Os filtros & safda no resolve o problema da “sujeira’’ (quando esta for problema). Pode-se conseguir, usando-se filtros 4 entrada do distorcedor “Fuzz", um som muito mais limpo, que no “embrulha’’ os acordes, onde as cordas graves ndo embaralham o som das agudas quando tocadas em conjunto, mas hd um limite — 0 som vai se tornando cada vez menos grave, mais agudo © menos continuo. Atingindo o limite, s6 conse- guimos sons mais “limpos'’ com outro tipo de distorcedor (0 “overdriver”) ou usando-se um captador de som independente para cada corda @ um distorcedor para cada captador, num total de seis distorcedores tipo Fuzz por guitarra, Esta quantidade nao é exagerada e a maioria das guitar- ras que constru/ artesanalmente para meus irmaos @ amigos, contém seis distorcedores e seis capta- dores independentes, além dos captadores conven- cionais e do “captador milagroso” — (futura “dica”’ para vocé). Voltando a terra, . O distorcedor “overdriver” é um meio termo entre 0 Fuzz e 0 Sustainer, pois prolonga as notas como este Ultimo e distorce (menos) como 0 Fuzz. Um bom distorcedor “‘overdriver’’ nao se consegue sem muita pesquisa, que dura as vezes varios meses — publicarei brevemente dois circuitos de minha 4c me autoria e que séo usados pelos Mutantes. Cuidado, pois, com publicagBes apressadas, que possivel- mente aparecerdo nas revistas brasileiras apés este artigo, sobre “‘overdrivers”!. .. Espere pelo circuito da Nova Eletrénica e nao se arrependeré. As dife- rengas na forma de onda e no som produzido serdo explicadas na época, 0 distorcedor que apresento a vocé aqui ndo é um “overdriver” e no é interessante ainda que 0 seja. Como distorcedor basico, 0 Fuzz é mais versétil e til que o overdriver. Este, pois, é um "Fuzz"... mas néo simplesmente “um" “Fuzz’" Eo" Fuzz! Eo “R-VINI". © DISTORCEDOR ” VII 0 "R-VIIl" produz 0 som "Fuzz" muito pro longado, suficiente para tornar-se continuo se houver um pouco apenas de realimentacdo acus- tica. (Som do amplificador retornando as cordas).. SUAS CARACTERISTICAS PRINCIPAIS SAO: timbre claro e firme em todas as cordas Sustengdo (prolongamento) maxima, inclusive nas primeiras cordas. Resposta excelente e nitida a palhetada. Auséncia de RF e rufdos desde que obedeci das as instrugdes para montagem. Nao embrulha as notas, podendo ser usado para acordes na mdxima medida em que um distorcedor Fuzz" pode fazé-lo. Colocado antes do Phaser, j4 publicado na Nova Eletrénica n° 3, permite mostrar com muito maior clareza o efeito “phasing”, princi- palmente nos agudos, onde se faz sentir a falta do efeito conseguido com phasers ou flangers mais sofisticados, Pode ser acoplado ao Sintetizador para instru- mentos musicais e vozes, ou ser usado como simples pedal independente. SEGREDO DO NAO EMBRULHAMENTO DAS NOTAS EM DISTORCEDORES DO TIPO FUZZ O embrulhamento ou excessiva intermodula¢ao entre as notas emitidas pelas cordas agudas e as emitidas pelas cordas graves de uma guitarra, quando tocadas simultaneamente, ou em acordes, deve-se a que, sobrepondo:se o sinal elétrico vindo da captagdo da corda grave, fig. 4A, com aquele da corda aguda, fig. 48, obtem-se um sinal com- posto, fig. 4C, que, passando pelo distorcedor, & ceifado, fig. 4D, perdendo-se parte do sinal agudo e criando-se um som rouco e indefinido que, sendo Util para muitas finalidades, ndo é, sempre, © desejado Para resolver 0 problema, de forma simples, prética e eficaz, basta colocar um capacitor em série com a entrada do distorcedor, entre este ea guitarra, O valor exato depende da experiéncia prética auditiva, mais que de calculos tedricos. Em nosso distorcedor, R VIII, este capacitor po- de ser ligado e desligado por vocé, por meio de uma chave, obtendo entéo o som mais grave e embrulhado (mas nunca demasiadamente embru- thado!) ou o som mais agudo e puro. O resultado da colocacao do capacitor é visto na fig. 4€. (Conelui no préximo numero) NOVA ELETRONICA 427 OS MAIS ATUALIZADOS MANUAIS DE SEMICONDUTORES! NOVOS LANGAMEN- TOS DA “EDITELE” —A EDITORA DA NOVA ELETRONICA. i FAIRCHILD SEMICONDUCTOR perry MOS/CCD DATA BOOK 473 paginas Cr$ 120.00 RUw eens) Lae eee 428 NOVA ELETRONICA POWER DATA BOOK 321 paginas Cr$ 88.00 /ANTAGENS: PREENCHA O FOLHETO NAS COSTAS DESTA PAGINA’ = = NOVA _ ELETRONICA ASSINATURA Vocé pode ser assinante de NOVA ELETRONICA! Para isso, basta nos enviar toda a pagina seguinte, completamente preenchido, acompanhado de um cheque visado _pagavel em S. Paulo ‘ou vale postal a favor de EDITELE — Editora Técnica Eletronica Ltda. — Caixa Postal 30 141 — 01000 — S. Paulo — SP © vocé receberd, mensalmente, em sua residéncia, sem nenhuma preocupagao, os exemplares que antecipadamente pagou (12 ndimeros) © vocé receberd, inteiramente gratis, como BRINDE, um dos dois uteis e originais manuais acima. Esta oferta é valida somente por noventa dias! © vocé ser dos primeiros a receber nossas promogées (catdlogos, informagées técnicas, etc.)Sempre que houver novidade ® vocé poderé tomar a assinatura a qualquer momento ASSINATURA (12 numeros).......------ NOVA ELETRONICA 429 LS FAIRCHILD SEMICONDUCTOR Se 3 A H DESEJO RECEBER COMO BRINDE P/ASSINATURA DA NOVA ELETRONICA ccd Mos () POWER CE) ESCOLHA UM A EDITELE — Editora Técnica Eletronica Ltda. C. Postal 30 141 .01000 — S. Paulo — SP para pagamento da assinatura de 12 numeros de NOVA ELETRONICA, a partir da proxima edi¢ao posta em circulagao, em OvCheque visado n°9_______ contra 0 Banco O vale Postal n° Receberei, como BRINDE, inteiramente gratis, um dos exemplares acima. NOME - — NUMERO BPTO. AIRRO, cer CIDADE EST. DATA 19, ‘Assinature 430 NOVA ELETRONICA tit ADP (automatic data processing) — processameni- to automdtico de dados ADPE (automatic data processing equipment) — equipamento de processamento automético de dados ADPS (automatic data processing system) — siste ‘ma automético de processamento de dados AED (automated engineering design system) — sistema automatizado de projeto de engenharia AESOP (an evolutionary system for on-line pro- cessing) — um sistema evolutivo para pro- cessamento em linha singela ALGOL (ALGOrithmic Language) — linguagem algoritmica ALTRAN (a language for simbolic algebric mani- pulation in FORTRAN) — uma linguagem para manipulagéo simbélica de dlgebra em FOR- TRAN AMTRAN (automatic mathematical translation) — translago matemética automatica AOSP (automatic operating and scheduling pro- gram) — programa automéatico de operagao e listagem APL/360 (a programming language on the 360) — uma linguagem de programacéo no 360 APT (automatically programmed tools) — maéqui- nas-ferramenta programadas automaticamente ASA (American Standards Association) — Asso- ciago Americana de Padronizacio ASR (automatic send-receive set) — montagem automitica envia-recebe BASIC (beginner's all-purpose symbolic instruc- tion code) — cédigo de instrucao simbélica genérica inicial BCD (binary coded decimal) — decimal codificado ‘em binério BOS (basic operating system) — sistema de ope- ragdo bésica COBOL (COmmon Business Language) — lingua- gem comercial comum CODASYL (COnference on DAta SYstems Lan- guages) — conferéncia em linguagens de sistema de dados COGO (COordinated GeOmetry) coordenada = geometria COM (computer-output microfilm) — microfilme de saida de computador CORAL (abbreviation for graphical communications control language) — linguagem de controle de comunicagées gréticas CPM (cards per minute) — cartées por minuto CPM (critical path method) — método do cami-— nho eritico cps (characters per second) — caracteres por segundo DA (data acquisition) — aquisi¢go de dados DASD (direct access storage devices) — acesso direto aos dispositivos de armazenagem DCCU (data-communications control unit) — uni- dade de controle de comunicagao de dados DATACOM (data communications) — comunica- Bes de dados DDA (digital differential analyser) — analisador diferencial digital DDT (debugging package) — conjunto para teste de programas dup (duplication) — duplicacao NOVA ELETRONICA 431 EAM (electrical accounting machines) — maquinas elétricas de contabilidade EBCDIC (expanded binary coded decimal inter- change) EDSAC (electronic discrete sequential automatic computer) — computador seqiiéncial automati- co discreto eletrénico EDVAC (electronic discrete variable automatic computer) — computador variével automético discreto eletrénico ENIAC (electronic numerical integrator and caleu- lator) — integrador e calculador numérico ele- trénico EOF (end-of-file) — fim do arquivo FORMAC (formula manipulator compiler) — com- pilador manipulador de férmula FORTRAN (FORmula TRANslator) — tradutor de formula GIGO (garbage in-garbage out) GPSS (general purpose simulation system) — sis- tema simulador de uso geral JAR (instruction adress register) — registro de enderego de instrucao V/O (input/output) — entrada/safda 1OCS (input/output control system) — sistema de controle de entrada/saida IPL (information processing language) — linguagem de processamento de informacdes IPL (initial program loading) — carga do programa inicial ISO (International Standards Organization) — Or ganizaco Internacional de Padronizacées JCL (job contro! language) — linguagem de con- trole de tarefa KSR (keyboard send-receive) — teclado envia- recebe KWIC (key word in context) — palavra-chave no contexto LISP (LISt Processing) — processamento de lista LP (linear programming) — programagao linear LPM (lines per minute) — linhas por minuto LSC (least significant character) LSD (least significante digit) MAC (multiple access computer) — computador de multiplo acesso MICR (magnetic ink character recognition) — reco- nhecimento de caracter a tinta magnética MIS (management information system) MODEM (MOdulator DEModulator) — modula- dor-demodulador MSC (most significant character) MSD (most significant digit) N/C (numerical-control) — controle numérico OS (operating system) — sistema operacional PCM (punches card machine, pulse code modula: tion) — maquina de perfuragées de cartéo, mo: dulaco por cédigo de pulsos, PL (programming language) — linguagem de pro- gramagdo RJE (remote job entry) — entrada remota de tarefa RWD (rewind) — rebobinar SDA (source-data automation) — automatizagéo na fonte de dados 432 NOVA ELETRONICA Pats yy eee TBA 810 DAS - Na revista Nova Eletronica n9 2., artigo BG eps ella “TBA 810DAS", na relagdo de componen- eee tes, a pagina 157, o valor do resistor R3 Crean ey esta impresso como "R3 — 1k” Peco Deve ser lido i Kee “R3-100 2” ieee PRESCALER ECL A légica ECL apresenta um atraso tipicc 2qs para portas e 3 a 6 us para operagdes tematicas. E 0s contadores, registradores Ainda na revista 2, pagina 130, no artigo flops” ECL podem operar com frequéncia “Prescaler ECL”, onde se 1é us (micros- ordem de 200 MHz, em média, Ngo consider segundos), leia-se ns (nanossegundos) Um tempo de subida tipico para uma minada familia ECL é de 200 mV por us. comparagdo, 0 tempo para a ldgica Schc FIGURA 1 FIGURA 2 \ th tim | Bom t——} == Regular Mau Tapsatae] Péssime nr a apsulas| pre | Amplificadores Instrumentos Transduto, | pig |Amplitcadores|Altofalantes vec me | Amoltind | Atefalamte insta epeaptau] P°® Amptcndores Ale NOVA ELETRONICA 433 Grime Todos apreciam a légica transistor-tran- sistor, mais conhecida como TTL. E rapida, barata, facilmente encontrdvel e... tem uma grande dissipacdo em poténcia. Nao muita, quando comparada as antigas valvu- las, porém demais para circuitos integrados, especialmente em relacdo aos semiconduto- res de dxido metélico. Alids, estes ultimos, pertencentes 4 ldgica MOS, sdo também apreciados, justamente pelo seu baixo con- sumo. Mas, normalmente, nao sao to répi- dos, nem tao baratos quanto os da légica TTL. Isto significa que os circuitos integrados LSI (Large Scale Integration — integragao em larga escala) dissipam demasiada potén- cia (TTL) ou no possuem a rapidez neces- sdria a muitas aplicagdes (MOS). E se as vantagens dessas duas ldgicas pudessem ser reunidas em uma Unica? Portas rdpidas, baratas, de baixo consumo — € o que nos oferece a légica I?L ou légica de injecdo integrada (Integrated Injection Logic) Vamos ver como ela consegue abranger tais caracteristicas. 434 NOVA ELETRONICA TERRY STEEDEN APRESENTANDO A LOCH 2 NOVA ELETRONICA 435 SADA PORTAS TTL CONVENCIONAIS X PORTA I?L O que é que determina o consumo nos circuitos TTL? A presenca de resistores, principalmente, que se traduz como perdas resistivas. A solugéo aparente é remover esses componentes. A figura 1A representa um diagrama es- quemético de uma porta TTL convencional, enquanto na fig. 1B temos uma porta |?L. Ambas executam a mesma funcdo, sendo que |? L o faz sem resistores. O custo 6 um outro fator a considerar. A fig. 2A & uma possivel configuracado de uma distribuigéo normal em I?L, com um transistor PNP e um NPN conectados por um “‘jumper’’ e separados por uma isolacdo difundida. Com todas estas jungdes, o fa- bricante precisa usar sete mascaras para pro- duzir o circuito, que € similar aos TTL. A fig. 2B mostra o mesmo circuito, com os transistores “‘imersos”. A base do PNP. foi ligada a terra e o NPN foi invertido {invertendo-se as fungées do emissor e do coletor). Nao ha necessidade do ‘jumper’. pois as duas porgées P esto agora em um 6 bloco. Muito importante 6 o fato que apenas quatro mascaras sdo exigidas agora. Podemos enxergar trés razSes que causam a reducdo de custos nesta ldgica. Primeira, méscaras menos complicadas e redugio de 436 NOVA ELETRONICA Figura 1 Portas logicas. © diagrama esquerné- tico conceitual de uma porta TTL tipica estd representedo em A, A funeéo logica equivalente com tecnologia 12L aparece em B, Note que a porta TTL possui diversos resistores como parte de sua estrutura, a0 passo que 3 porta I2L usa transistores, exclusivamente, Como resul- tado, hd muito menos dissipago em po- téncia, devido & auséncia de perdas re- sistivas (R12), Processamento, devido a “imerséio’”. Segun- da, as tecnologias TTL e MOS jé existentes podem ser usadas para a fabricacdo dos circuitos |7L, mantendo reduzidos os gastos de pesquisa e desenvolvimento. Terceira, 0 processo de “‘imersdio” economiza espaco, Permitindo um maior numero de portas por unidade de drea e portanto, diminuindo o custo por circuito (a propdsito, I7L é conhecida também como légica de tran- sistores imersos). A velocidade de operacdo destas portas © 0 pino Vyy esto intimamente relacio- nados. Vjy € um novo pino de alimenta- 940, incluido nos circuitos I7L, além do ja conhecido Vec, onde sao aplicados os 5 volts CC. Este novo pino é uma entrada de tensdo que determina a velocidade de operacao do circuito, Observe, pela fig. 3, que quanto menor for a poténcia apresentada a uma porta |? L tedrica, mais baixa sera a veloci- dade obtida na porta. Basicamente, pode- mos obter maior velocidade a custa de maior poténcia, controlada no pino Vy). Ajusta-se a velocidade através de um resistor limita- dor ligado em Vyy, que vai controlar a cor- rente fornecida. Conhecendo-se tensio e corrente, a lei de Ohm pode fornecer o valor para este resistor. Futuramente, o re- sistor poderd ser previsto internamente. Veja (fig. 3) como a ldgica IL se com- porta em relagao as ldgicas C MOS e Schot- tky de baixa poténcia (LS). E bem visivel a economia de poténcia que ela proporciona, mesmo se operada nas mesmas freqiéncias. Diminuindo-se a freqiiéncia de operacado (ou velocidade) das portas |7L, a economia seré maior ainda. Que outras observacées poderiam ser adi- cionadas ao nosso conhecimento bisico de PL? De acordo com a firma Signetics, que mais produziu e desenvolveu esta logica, sua produgio de |?L nos proximos dois anos seré dirigida de maneira tal a torna-la compativel com os niveis TTL. Isto ¢ facil- Figura 3 Velocidade x poténcia. Este grético indica a tipica relagéo do consumo com a Yreqléncia de operagso, para tras farni- lias logices. LS designa portas Schottky de baixa poténcia, A curva 5V CMOS é tipica para estes dispositives (GMOS), quando, alimentados por 5 Vee. A curva ara I2L permanece abaixo das outras durante todo 0 seu percurso, 0 que implica maior eficiéncia (Traduzido do namero de Agosto de 1976 da Revista “Byte” — The Small Systems Journal). ISOLANTE Pe Figura 2 Redugo dos custos de fabricagéo. A porta 12L pode ser construida com uma distribuico na pastilha similar as portas TTL, como é visto em A. Entre- tanto, a constituicao fisica da légica 12L permite a “imersio" dos dois transis- ‘tores, produzindo uma configuracgo igual a de B, um artiffcio que simplifica o processamento do silicio e reduz os custos de fabricacio. POTENCIA/ PORTA 10m; mW ts 1OkHz — 1OOkHz = IMHz © 10MHz_——TOOMHz Freq. de operacéo, NOVA ELETRONICA 437 mente compreendido quando se sabe que TTL apresenta de 0 a 0,8 Vcc, no estado légico 0, e de 2,45 Vec, no estado légico 1, 0 que perfaz uma diferenga de 5 volts entre niveis. E, por outro lado, a légica I7L usaré uma diferenca de apenas 0,6 Vc entre © estado “’baixo”’ eo estado “alto”’, Portan- to, vé-se que para compatibilizar 27L com TTL 6 preciso um “‘interface’’, ou circuito adaptador, para levar os niveis da primeira aos da segunda. Passados mais dois anos, este “interface” sera abandonado e serdo introduzidos entao sistemas I7L “puros”. A mesma companhia advertiu ainda que a nova légica ndo se destina a substituir TTL e C MOS, mas sim a preencher o “vécuo"’ existente na faixa de operacao de 2. 20 MHz. Circuitos I7L com tenséo de operagdo maior estdo sendo produzidos, para utiliza- go conjunta com a légica C MOS. EXEMPLOS PRATICOS Finalmente, 0 que tudo isto, significa para nds, os futuros utilizadores desta logi- ca, se for levado a pratica? Vejamos um exemplo real: Em um integrado I?L da Signetics, nota- se que a dimensao de uma Unica porta é de 1,5 mil? (1 mil — 1 milésimo de polegada). Toda a pastilha do integrado mede apenas 125 mil?, sendo 90 mil? ocupados pelos circuitos |7L. O restante consiste de circuitos TTL para “‘interface"’. No que se refere a poténcia, a parte I?L deste inte- grado requer 200 mW a 10 MHz. Na mesma freqiiéncia, a por¢do TTL, bem menor, exi- ge 220 mW. Quando sistemas |?L comple- tos se tornarem viaveis, teremos um consu- mo da ordem de miliampéres em sistemas que necessitam de varios ampéres, se pro- jetados com TTL. Em resumo, I7L 6 uma légica de alta densidade, que pode ser feita com a tecno- logia e 0 processamento existentes; que 438 NOVA ELETRONICA tem baixo consumo e alta velocidade de operacdo; que pode ser ajustada a veloci- dade de opera¢ao dos circuitos TTL, dispo sitivos 1/0, ou das memdrias RAM, ROM ou PROM. Suas safdas séo em “‘coletor aberto”, configurac¢do muito util para cone- xdes “WIRED OR” ou circuitos de barras de dados (data bus circuitry). A nova légica I7L é uma tecnologia avancada e muito interessante, e sera uma conquista cada vez mais significante para o campo da eletronica a: NOTICIARIO CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA MUSICMAN Uma Nova empresa vem crescendo nos Estados Unidos, tendo por detras um grande nome em ins- trumentos musicais. E a Musicman’, que traz Novas bossas de Leo Fender, o pai da guitarra elétrica, Novos amplificadores para guitarras, hi- brides, que associam as vantagens dos circuitos integrados na pré-amplificagdo, com as (discuti- veis) vantagens do sistema valvulado na parte de poténcia, esto sendo produzidos. Aliados a alto- falantes “Gauss”, um dos dois, sendo os melhores altofalantes para instrumentos musicais, os ampli- ficadores “Musicman”, que tive oportunidade de ouvir e curtir em casa de meu amigo Raphael, (0 iniciador do movimento que culminou com os Mutantes), séo realmente uma nova forca a dispo- si¢do do guitarrista exigente. Novos instrumentos eletrificados, de cordas, guitarras, contrabaixos, etc,, sio também produ- zidos pela Musicman e tem incluidos em seu in- terior pequenos pré-amplificadores, que realizam as fungdes de controle de volume e tonalidade, bem como 0 casamento de impedancia com os amplificadores e a relagao sinal-rufdo. Parabéns a Musicman | (continua). As noticias que levamos a conhecimento de nossos leitores hos foram enviadas pelo nosso correspondente em N. York, GUIDO FORGNONI Esta seco teré 0 maior prazer em divulgar noticidrios das empresas nacionais ligadas a eletronica, de entidades particulares ou oficiais, estabelecimentos de ensino, importadores e comerciantes de componentes, etc. Para tanto, deverdo nos fornecer 0 material, por escrito, através da C. Postal 30141 — 01000 — S. Paulo. Reservamo-nos, no entanto, 0 direito de divulgar ou no a matéria que recebermos, bem como a resumi-la no que julgarmos ser de maior interesse para enquadramento, no espaco disponivel. Este servigo é feito inteiramente sem dnus para a fonte informadora, CHRYSLER A Chrysler norte-americana desistiu dos Display com LEDs para uso em uma nova geragdo de reld: gios digitais e optou pelos displays fluorescentes a vécuo, fornecidos pela FUTABA, uma produ tora Japonesa. Uma ordem inicial de 50.000 pecas de displays de 3 1/2 digitos, 0,3 polegadas na cor azul-verde foi emitida e a empresa americana planeja aumentar a procura para aproximadamente meio milhdo de unidades em 1978. A Chrysler tam- bém selecionou a NATIONAL SEMICONDUC- TOR e a AMERICAN MICROSYSTEMS como fornecedores de circuitos I6gicos para novos relé- gios digitais, para serem incluidos nos dltimos modelos de carro de 1977. NOVIDADE EM PIANOS ELETRONICOS Um novo circuito MOS para pianos eletrénicos foi desenvolvido pela General Instruments, nos EUA, e deverd estar disponivel no mercado americano a partir de abril © microcircuito, designado AY-1-1320, detecta a velocidade com que cada tecla do piano € pressio- nada e gera um sinal correspondente para os cir- cuitos de som. Em seu interior, existem 12 circui- tos independentes geradores de freqiiéncia, um para cada nota em uma oitava. Um instrumento de cinco oitavas necessitaria, portanto de 5 destes integrados, Seus fabricantes afirmam que um piano eletrd- nico que inclua estes Cls de 40 pinos iré custar menos de 200 dolares, e vai gerar sons mais proxi mos aos dos pianosnao-eletrificados. (continuagao) C.C.0.8. ‘Em carta recebida a 10 de marco de 1977, tive ‘0 prazer de ser informado diretamente pelo Sr. Jo- seph E. Masucci, de sua promocéo ao cargo de Diretor de Marketing para todas as divisdes da CETEC CORPORATION, inclusive para a América Latina e a Divisio de Audio da CETEC, que é responsavel pelos excelentes altofalantes GAUSS, ‘a que me referi no Curso de Audio da Nova Eletronica MUTANTES ja internacional conjunto MUTANTES, nas- cido em Sao Paulo e exportado para o Rio de Janeiro, estd de partida novamente a Europa, mais precisamente para Mildo, Itdlia, onde se apresen- taré durante seis meses ou mais, Noticias de ld serio enviadas com exclusividade para a Nova Eletrénica, pelo Sérgio, lider do conjunto, Novos equipamentos de som, movimentos mu- sicais, tudo chegaré a nés por seu intermédio, para colocar-nos em dia com o que hé de mais recente na Europa. Aguardem! NOVA ELETRONICA 439 RESUMO DAS LICSES DADAS Os artigos do curso de audio sero inteli- giveis pelo leitor totalmente leigo no as: sunto Colodue-se em atitude receptiva, sem julgar, ao ler pela primeira vez: “VIVA” a leitura. Depois, faca seu julgamento e apro- veite 0 que achar correto Existem pontos-chave nos sistemas de audio que, por serem intrinsecamente imper- feitos em demasia, precisam de toda a aten- cdo e cuidado, ou resultargéo sempre em elo mais fraco na cadeia de elementos, que formam o sistema. Os elos mais fracos so os transdutores, especialmente os altofalantes — ver curvas de qualidade. LAUDIO CESAR DIAS BATISTA Cer. ESPTRONICA 441 Um altofalante deve ser o mais aperfei- goado possivel para chegar perto, em qua- lidade, dos mais vulgares equipamentos ele- mentos eletrénicos que compée qualquer sistema de dudio. Uma das mais importan- tes diferencas entre os altofalantes nacio nais e os importados é 0 fio da bobina mével que, nestes, é “‘achatado’”. Enquanto isso ndo for realizado aqui, em grande escala, nossos altofalantes jamais igualaro aqueles. Definicdes sobre a natureza do som, velocidade do som, frequéncia, superticies irradiantes versus frequéncia, superficies, comprimento de onda, psico-acustica, expe. rimento, apelo aos fabricantes para que usem fio “‘chato”’ Apelo aos fabricantes de altofalantes Para que publiquem dados concretos sobre 442 NOVA ELETRONIC) ———— S88 ex __ © Nivel de Intensidade Sonora de seus produtos. Definicéo de NIS ou SPL — SPLMe- ter. Fase, pressdo, velocidade das particulas do ar, gradiente de pressio, deslocamento das particulas Comparacao de listas de especificagdes aparentemente corretas com lista correta- mente publicada. INTRODUCAO E costume dos cientistas e sua “corte” partirem do particular para o geral. Assim, baseados neste sistema, sao escritos a maio- ria dos livros didaticos, O resultado, geral- mente, € que o estudante se “enche” de aprender detalhes daquilo que ainda nao “viu'’ inteiro, de estudar partes de um todo que desconhece e, como conseqiéncia, abandona ou faz mal feito o estudo. Eu, particularmente, preferia passar o tempo em que cabulava aulas desse tipo, quando no Ginésio, construindo e fazendo voar aeromodelos ou aprendendo a fazer teles- cépios astronémicos no Planetario do Ibi- rapuera, na saudosa “AAA” S6 na Faculdade é que a coisa melhora. La, somente la, quem passou a vida estudan do as pecas do imenso quebra-cabecas, co- meca a enxergar o todo. Alguns estudantes, em algumas faculdades apenas, chegam a te privilégio! 1 Mas, quantos de nos chegam até a fa Buldade? !l Seria o caso de conjecturar se ————————————————— ———————————————————— esta atual forma de ensino seria uma das mais fortes causas da crescente babel en- tre os homens! O sistema inverso de ensino 6, em.geral, superior. Partindo do geral para o parti- cular, mantém-se os objetivos, a filosofia da “coisa” em mente e, com isto, a devida NOVA ELETRO ——$—$<—<—<———————wOO]VHVaa OO ___ Be ae rr aoe Bil Ker nant nye S— 8 Rtn BUS” ame in ge 1D he Wh Send 00 ae Coomtogen 49 dB below Ghannel 1 Output .60 dB below Overload Limit: dio Fee Sey I pute proporcio entre as partes. Sabendo-se que © quebra-cabecas formara a figura do Pato Donald, serd muito mais facil perceber as diversas partes de seu corpo, separadas. Esta série de ligdes pretende juntar ambos 08 sistemas. Enquanto vai dando o esboco geral do assunto e mantendo claros os obje- tivos, detém-se sobre os detalhes mais inte - ressantes que forem sendo encontrados pelo caminho. Preferi esta forma de apre- sentacdo por ser a linguagem humana muito limitada em sua linearidade e em sua rela- tiva incapacidade de produzir a compre- ensdo global e instantanea Passo, pois, a discorrer sobre um sistema completo, muito conhecido de todos, que a todos interessa e toco apenas em seus Pontos-chave para ir “‘clareando” os deta- Ihes para vocé. Este é 0 sistema de repro- ducao estereofénica. Prefiro escolher como objetivo ou “geral” o sistema estereofonico ao invés do tri, quadra ou plurifénico, por ser atualmente o estereofénico aquele mais difundido e que mais carga de interesse contém para a maioria. Chegarei, futura- mente, a tri, quadra e plurifonia. Para o estudante mais dvido, indico o livro, bastante compreensivel, de Saul So- rin, “Estereofonia Pratica’’, da Enciclopedia Moderna de Eletronica, numero oito da Co- lecdo Radiorama, Littec Ediciones, Argen- tina. Pode ser encontrado na LITEC (R. Sta. Ifigenia, 180, Sao Paulo, SP). Para os mais avancados, 0 livro de Alec Nisbett, da BBC, indicado em minha primeira ligdo do Curso de Audio, sera também interes- sante. Eis uma introdugdo a estereofonia — adiante voltarei em mais detalhes ao assun- to. Segue-se, nesta licéo ainda, a continua- cao da exposigao classica sobre 0 Som e suas variaveis. SOM ESTEREOFONICO A n&o ser em condigdes ambientais excepcionais, supercontroladas, 0 “som estereofénico’’ nao atinge seu objetivo, mesmo com 0 uso do mais sofisticado equi- pamento de reprodugdo. A reproducao es- tereofonica pretende colocar a frente do ouvinte, uma cépia fiel, exata, daquilo que foi originalmente gravado. E preciso ficar muito claro em sua mente que esse objetivo original tem sido abandonado pelos técni- cos que controlam o condicionamento de cada evento da gravacSo e reprodugdo do som, desde a fonte original desse som, até seu ouvido, Uma concep¢do mais modesta e que é mais aceita atualmente 6 a de que a “reproducdo” sonora estereofénica ndo tem que ser absolutamente fiel ao original mas, apenas “‘aceitével como se fosse uma outra audicao ao vivo, com caracteristicas diferentes, mas possiveis, naturais”. = “Que é que produz estas outras con- digBes?” (vocé me perguntaria) 444 NOVA ELETRONICA O som estereofnico, gravado ao ar livre, e reproduzido ao ar livre, ou se grava- do em camara perfeitamente anecdica e ai mesmo reproduzido pode, teoricamente, para o ouvinte corretamente localizado e usando-se equipamento reprodutor de qua- lidade t3o excepcional que néo produza distorgdes perceptiveis, fazer chegar 2 seus ouvidos as vibragdes sonoras que serao interpretadas como exata reproducio do original e impossiveis de serem distinguidas daquele. Foram tentados e com sucesso experimentos nesse sentido (ver livro “Cur- so Esse de Alta Fidelidade’’, sugerido na primeira licdo deste curso); mas creio que muita coisa foi deixada por conta da adap- tabilidade do ouvido humano (ainda neste caso) e da sugestio. Em condigdes diferentes das duas que enunciei, a néo ser quando, pelo menos, a reprodugo, seja feita em camara anecdi- rr ca ou ao ar livre, comegaremos a distinguir a reproducdo do original 4 medida em que existir som chegando a nossos ouvidos, nao apenas diretamente da fonte sonora reprodutora, mas também das reflexdes deste som reproduzido, feitas nas paredes e objetos da sala de reprodugao. As proprias reflexes e reverberacdes existentes no am- biente original da gravaco sao dificeis de gravar fielmente devido as caracteristicas dos microfones. Como misica classica em geral, a musica sacra em especial e a musica popular em muitos casos deve ser, por costume e por preferéncia dos préprios musicos, executada em ambientes com determinadas e especi- ficas caracteristicas de reverberacdo e como, em nenhuma residéncia ou esttidio conven- cionais as dimensées e construgao do recin- to dao possibilidade de se eliminar a refle- NOVA ELETRONICA 445 xo sonora por completo, posso afirmar a vocé que, dificilmente em toda sua vida, mesmo que seja um técnico profissional em gravacdo ou reprodugdo de som, tera ouvido ou ouvird uma reprodugio estereo- fénica idéntica ao original, Ao contrario do que se tem afirmado, mesmo uma reprodugdo estereofénica feita no ambiente original da gravacao néo sera idéntica ao original devido a diferente forma de propa- ga¢do do som e reflexdo vinda, por exem- plo, dos diversos instrumentos que compée uma orquestra sinfénica em comparacao com a que vem do par de caixas actisticas que compée o sistema estereofénico de reproducéo. Também n&o seré idéntica devido a soma das reflexdes gravadas no original as novas reflexdes durante a re- producio. Sistemas de mais de duas caixas acusti- cas, com trés canais ou quatro, sao tenta- dos, as vezes com sucesso relativo, para recriar pelo menos uma reverberacdo fic- ticia, mais aproximada a que esperariamos que fosse a original. Vocé veré, nas proxi- mas ligdes, a importancia do ambiente em relacdo a reproducdo e os “compromissos” normalmente aceitos Pessoalmente sou de opinido que deve- mos forcar ao extremo o aperfeigoamento da técnica de grava¢éio e reprodugo sono- ra, no sentido da obtengao do som o mais perfeitamente possivel igual ao original, isto nos niveis de pesquisa avancada, Toda uma revolugdo nos principios basicos da gravagéo e reprodugdo vira mudar todos Os componentes da cadeia, isto é, a grava- ¢&0 e reprodugdo virdo a ser totalmente ele- trénicas, sem pecas méveis, utilizando-se principios da técnica digital, por exemplo (os gravadores e toca-discos convencionais desaparecerdo). Os altofalantes convencio- nais seréo substituidos por sistemas que permitam a reprodugao “‘hologréfica”, ou seja, cada vibragao seré reproduzida no es- Paco tridimensional vinda do ponto original mesmo e nao de duas caixas separadas. Isto viré a ser possivel (talvez e apenas 446 NOVA ELETRONICA por minha particular especulacio) com o uso de batimentos ultra-sénicos e sistema de varredura tridimensional, em campo acustico nao linear (esta ultima idéia é minha, particular, apenas para ilustrar uma possibilidade), Enquanto o futuro nao chega, tentamos compreender melhor e utilizar o sistema estereof6nico atual. Vocé deve ter em mente que um sistema estereofénico mal “regu- lado’ (o que é facil acontecer devido a sua maior complexidade) é pior que um sistema monofénico. Também uma caixa com vé- rios altofalantes, mal projetada e alimen- tada, sera pior que uma caixa de som com um s6 altofalante “full-range”. Tudo se Passa como com a TV em cores versus a TV branco e preto. A primeira vista, para quem jamais viu TV em cores, a surpresa causa uma forte impressdo, Esta impressao, a prazo mais ou menos curto, ou até imedia tamente, por mais forte que seja, poderd ser desagradévell Esta sensagéo se deve a que Novos fatores foram introduzidos e estes, mal ajustados, so prejudiciais 4 imagem que, embora mais inteligivel por conter mais informago, torna-se menos natural. Realmente, um televisor colorido mal “‘re- gulado” é “pior’’ que um branco e preto! Mas, bem ajustado, que maravilha! Quanta coisa nova podemos agora perceber e com que maior aproximagao do original! © mesmo se dé com a estereofonia, E necessario conhecimento maior, mais ajus- tes, mais trabalho e estudo para conseguir bens resultados. ATENCAO: Apesar de nao se reproduzir com perfeigéo 0 original, vale a pena o esforco aplicado na construgdo ou aplica- cdo do sistema estereofénico: ele supera, hoje em dia, em média, o sistema mono- fonico. TEORIA DA REPRODUGAO ESTEREOFONICA A idéia bésica da estereofonia é criar um campo de som a frente do ouvinte, aproximadamente igual a um campo ori- ginal, ou que dé a impresséo de ser um som “‘possivel’, ao "vivo". Normalmente, esse objetivo é consegui- do, na reprodugo, com o uso de duas caixas de altofalantes, cada uma recebendo um sinal diferente, isto 6, cada uma produ- zindo um som diferente. Ndo cada uma reproduzindo um instrumento diferente ou som completamente diferente; nao ape- nas isto, mas uma qualidade ou informagao diferente do mesmo instrumento ou grupo de instrumentos. Supondo um som ou um sinal idéntico, sendo reproduzido por ambas as caixas, este pareceré estar vindo de um ponto situado entre as duas. Quando vem de uma s6 caixa, obviamente parecera estar vindo daquela caixa. Outras direcdes, séo simula- das por diferentes proporgdes do mesmo som, vindas das duas caixas. Usa-se chamar a caixa de altofalantes da esquerda como reprodutora do sinal “A” e a caixa da direita do sinal “B”. E necessério que, pelo menos, os alto- falantes da esquerda ao serem estimulados pelo mesmo sinal que os da direita, movam se para a frente ao mesmo tempo que os da direita, isto é, que estejam em “FASE” — ‘ou nada parecido com “estereofonia” sera obtido a ambas as caixas reproduzirem 0 mesmo som, mas sim, um som de direcdo indefinida e tonalidade irreal. Um som para, que seja reproduzido no centro, entre as duas caixas, portanto, deve sair o mais exatamente igual de ambas as caixas e os altofalantes devem trabalhar juntos, no mesmo sentido, para a frente e para tras, ao mesmo tempo. (Conelui no proximo numero, NOVA ELETRONICA 447 nn FND800 / FNDE07 omitiDo SEGMENTO A SEGMENTO F CATODO COMUM/ANODO COMUM SEGMENTO E CATODO COMUM/ANODO COMUM SEM CONEXAO OMITIDO OMITIDO 10 PONTO DECIMAL " SEGMENTO D 12 CATODO COMUM/ANODO CoMUM 13 SEGMENTO C 14 SEGMENTO G 15 SEGMENTO B 16 OMITIDO 17 CATODO COMUM/ANODO COMUM 18 omiTIDO FND 800 — FND 807 DESCRICAO GERAL © FND 800 e 0 FND 807 séo “displays” vermethos de GaAsP, digito simples de sete seg: mentos, Cujo caracter possue a altura nominal de 20,3 mm (0,8). 0 FND 800 tem a configu- racdo de catodo comum. © FND 807 apresenta a configuragéio de anodo comum. Sao recomen. dados para 0 uso onde seja necesséria uma visibilidade de até cerca de nove metros do display Cada digito tem um codigo de luminosidade (05, 06, 07...) que permite a montagem de conjuntos com casamento perfeito, Requisito de baixa corrente, tipicamente 5 mA por segmento Baixa tenso de tipicamente 1,7 V_ Ponto decimal no canto inferior direito Ponto de sobre-carga (overflow) no canto superior esquerdo com o digito montado invertido. Relacdo de contraste com a lente de cobertura integral aumentada Montagem horizontal tipica de 25,4 mm (1”) Catodo comum ou anodo comum, 448 NOVA ELETRONICA CARACTERISTICAS ELETRICAS E RADIANTES: Ta PARAMETRO i cONDIGdES noo oe Vistas 9 Meie Intnsade Miss de Lominodnse do Sento Ccaamento de Ines, Saprnto 2 Seemento LIMITES ABSOLUTAMENTE MAXIMOS Temperatura e umidade maximas Temperatura de jungao -25°C a + 85°C Temperatura de armazenamento =25°C a + 85°C Temperatura de soldagem (5 segundos} 260° C Umidade relativa @ 65° C 98% Tenses e Correntes méximas Vag Tensdo reversa 30 V Ie (Avg) Corrente direta média por segmento ou ponto decimal 25 mA ‘Acréscimo a partir de 25°C na temperatura ambiente 0,3 ma/°c 'p Corrente de pico por segmento ou ponto decimal {pulso com largura de 100 us) 1000 pps, TA = 25°C 200 mA ee Tabela de equivaléncia de foto produtos Siemens TO-18, c/ lente, foto trans. FPT 500 Philips TO-18, c/ lente, foto trans. FPT 500 Philips TO-18, ¢/ lente, foto trans. FPT 510 Pro Electron TO-18, c/ lente, foto trans. FPT 500 Pro Electron TO-18, foto trans. plano FPT 510 Pro Electron T0-18, ¢/ lente, foto trans. FPT 520 Pro Electron TO-18, ¢/ lente foto trans. FPT 500 NOVA ELETRONICA 449 FOTO PRODUTOS EQuiva- DISPOSITIVO | FABRICANTE TIPO DE DISPOSITIVO LENTE |cODIGO FAIRCHILD BPX 59) Pro Electron 70-18, c/ lente, foto Darlington FPT 560 B BPX 70 Philips Lente pldstica esférica, foto trans, | FPT 100 cB BPX 70C Philips Lente plastica esférica, foto trans. FPT 100 CB BPX 70D Philips Lente plastica esférica, foto trans. | FPT 100 cB BPX 70E Philips Lente plastica esférica, foto trans. | FPT 100 cB BPX 72 Philips Lente pldstica esférica, foto trans. | FPT 120 cB BPX 72 Philips Lente pldstica esférica, foto trans. | FPT 120 cB BPX 72D Philips Lente pidstica esférica, foto wans. | FPT 120 CB BPX 72E Philips Lente plastica esférica, foto trans. | FPT 120 cB CL 100 Central Lab Diodo emissor de luz infra-vermetha | FPE 500 B,C cL 110 Central Lab Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 500 E CL 1104 Central Lab Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 500 E CL 1108 Central Lab Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 500 E CLT 2010 Clairex 10-18, foto trans. plano FPT 510 B CLT 2020 Clairex TO-18, foto trans, plano FPT 510 B CLT 2030 Clairex TO-18, foto trans, plano FPT 530 B CLT 2065 Clairex TO-18, ¢/ lente, foto trans. FPT 520 B CLT 2130 Clairex TO-18, c/ lente, foto trans. FPT 520 B CLT 2140 Clairex TO-18, c/ lente, foto trans, FPT 500 B CLT2150 Clairex T0-18, c/ lente, foto trans, FPT 520 B CLT 2160 Clairex 70-18, c/ lente, foto trans, FPT 520 B CNY 22 Philips Acoplador, saida trans, FCD 8258 | C CNY 23 Philips Acoplador, saida trans Fcop 8258 | c CNY 42 Philips Acoplador, safda trans Fop 8258 | Cc CNY 43 Philips Acoplador, saida trans, FCD 8258) Cc CNY 47 Philips Acoplador, saida trans, FcD825B | A CNY 474, Philips Acoplador, saida trans, FcD 8258 | A COY 10 Pro Electron Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 500 B coy 118 Philips Diodo emissor de luz infra-vermelha_ | FPE 510 A cOY 11C Philips Diodo emissor de luz infra-vermetha | FPE 510 A coy 13 Pro Electron Acopladores, saida trans. 2N26 B coy 14 Pro Electron Acopladores, saida trans, 2N26 B COY 15 Pro Electron Acopladores, saida trans, 2N26 B EE 100 EEP Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 560 —P2 EEP Acoplador, saida trans, 4N26 EPY 621 EEP TO-18, c/ lente, foto trans. FPT 500 EPY 6211 EEP TO-18, c/ lente, foto trans, FPT 500 EPY 62111 EeEP 70-18, c/ lente, foto trans. FPT 500 GG 686 General Sensors | TO-18, c/ lente, foto trans. FPT 540 B GLE 503 Sharp Diodo emissor de luz infra-vermetha | FPE 500 B,C Gs 600 General Sensors | TO-18, trans. ¢/ lente plana FPT 510 B Gs 603 General Sensors | TO-18, trans. c/ lente plana FPT 510 B GS 606 General Sensors | TO-18, trans. c/ lente plana FPT 530 B 450 NOVA ELETRONICA FOTO PRODUTOS DISPOSITIVO FABRICANTE TIPO DE DISPOSITIVO EQUIVA- |_LENTE | cODIGO FAIRCHILD | Gs 609 Gs 610 GS 612 Gs 670 Gs 680 GS 683 HITAL H11A2 H11A3 HITA4 HI1AS H11B1 H11B2 a ILS IL12 1L15 IL 16 174 ILA 30 ILA 55 ILCA2-30 ILCA2-55 IRL 40 1461 1462 11463 L14A502 Lact L14c2 Li4F L024 LPT 100 LPT 100A LPT 1008 LPT 110 LPT 110A LPT 1108 7-161 M7-162 7-163 M7-164 M7-165 General Sensors General Sensors General Sensors General Sensors | General Sensors General Sensors General Electric General Electric General Electric General Electric General Electric General Electric General Electric Litronix Litronix Litronix Litronix Litronix Litronix Litronix Litronix Litronix Litronix Litronix General Electric General Electric General Electric General Electric General Electric General Electric General Electric Siemens Litronix Litronix Litronix Litronix Litronix Litronix Monsanto Monsanto Monsanto Monsanto Monsanto TO-18, trans. ¢/ lente plana 70-18, trans. ¢/ lente plana TO-18, trans. ¢/ lente T0-18, c/ lente TO-18, trans. of lente 70-18, trans. c/ lente Acoplador, saida trans, Acoplador, safda trans. Acoplador, saida trans. Acoplador, saida trans Acoplador, saida trans. Acoplador, saida Darlington Acoplador, saida Darlington Acoplador, saida trans. Acoplador, safda trans. Acoplador, sa(da trans. Acoplador, saida trans. Acoplador, safda trans. Acoplador, saida trans. Acoplador, sada Darlington Acoplador, sada Darlington Acoplador, saida Darlington Acoplador, saida Darlington Diodo emissor de luz infra-vermelha TO-18, c/ lente, foto trans. 0-18, c/ lente, foto trans. TO-18, c/ lente, foto trans. TO-18, c/ lente, foto trans. TO-18, plano, foto trans. TO-18, plano , foto trans. T0-18, ¢/ lente, foto Darlington Diodo emissor de luz infra-vermelha Plastico, lente esférica, foto trans. Plastico, lente esférica, foto trans, Plistico, lente esférica, foto trans. Plastico, lente plana, foto trans. Plastico, lente plana, foto trans. Plastico, c/ lente plana, foto trans. Plastico, c/ lente esférica, foto trans, Plastico, c/ lente esférica, foto trans. Plastico, c/ lente esférica, foto trans. Plastico, c/ lente esférica, foto trans. | Plastico, c/ lente esférica, foto trans. FPT 530 8 FPT 530 B FPT 500 8 FPT 500 B FPT 520 8 FPT 520 B H11A1 A H11A2 A H11A3 A HI1Aa A FCD 810 A H11B1 A H11B2 A 1 A LS A IL 12 A 1L15 A FCD 820A) B IL 74 A Fcp 8508 | A FcD855B | A FCD 850B | A FCD855B | A FPE 100 8, FPT 500 B FPT 500 B FPT 500 B FPT 500 B FPT 510 B FPT 510 B FPT 560 B FPE 500 E FPT 100 A FPT 100A | A FPT 1008 | A FPT 110 A FPT 110A | A FeT 1108 | A FPT 100 A FPT 100 B FPT 100 B FPT 100 B | FPT 100 B NOVA ELETRONICA 451 FOTO PRODUTOS areas EQUIVA- DISPOSITIVO | FABRICANTE TIPO DE: DISPOSITIVO LENTE FAIRCHILD M7-181 Monsanto | Plastico, c/ lente plana, foto trans. | FPT 110, A M7-182 Monsanto | Plastico, ¢/ lente plana, foto trans FPT 110 B 7-183, | Monsanto Plistico, c/ lente plana, foto trans. | FPT 120 |B M7-184 Monsanto Plastico, c/ lente plana, foto trans, FPT 136 |B MCA 230 Monsanto Acoplador, saida Darlington FCD 850A) A MCA 231 Monsanto Acoplador, saida Darlington FCD 865A) A MCA 255 Monsanto Acoplador, saida Darlington FOD855A A MCT 2 Monsanto | Acoplador, saida trans. MCT 2 A MCT 2E Monsanto Acoplador, saida trans, [McT2E | A MCT 26 Monsanto Acoplador, saida trans. MCT 26 A ME 7021 Monsanto Diodo emissor de luz infravermelha |FPE 104 | B,C ME 7022 Monsanto Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 104 B,C ME 7023 Monsanto Diodo emissor de luz infra-vermetha_| FPE 104 B,C ME 7024 Monsanto Diodo emissor de luz infra-vermetha | FPE 104 B,C MLED 930 Motorola Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 500 A MOC 1000 | Motorola Acoplador, sada trans | Moc 1000 | A MOC 1001 Motorola | Acoplador, saida trans. Moc 1001 | A MOC 1002 | Motorola Acoplador, saida trans. Moc 1002 A MOC 1003 | Motorola | Acoplader, saida trans Moc 1003 | A MOC 1100 | Motorola Acoplador, saida Darlington 4N30 A MOC 1200 | Motorola Acoplador, saida Darlington 4N30 A MRC 300 Motorola TO-18, ¢/ lente, foto trans FPT 500A | A MRD 310 Motorola 0-18, ¢/ lente, foto grans. FPTSO0A | A MRD 810 Motorola TO-18, c/ lente, foto trans. |FPT510A | A MRD 3050 | Motorola TO-18, c/ lente, foto trans, FPT 500 A MRD 3051 Motorola | 10-18, c/ lente, foto trans. FPT 500 B MRD 3052 Motorola | 70-18, ¢/ lente, foto trans. FPT 500 B MRD 3053 | Motorola TO-18, c/ lente, foto trans, FPT 500 B MRD 3054 | Motorola TO-18, c/ lente, foto trans. FPT 500 B MRD 3055 | Motorola 0-18, c/ lente, foto trans. FPT 500 A MRD 3056 | Motorola 70-18, o/ lente, foto trans. FeTs00 | A MT1 Monsanto 0-18, ¢/ lente, foto trans, FeTs00 | A MT 2 Monsanto TO-18, ¢/ lente, foto trans. FpT500 | A oP 131 Optron Diodo emissor de luz infra-vermelha_ | FPE 500 B OP 300 Optron TO-18, o/ lente, foto Darlington FPT 560 B OP 301 Optron 0-18, ¢/ lente, foto Darlington FPT 560 8 oP 302, Optron 0-18, c/ lente, foto Darlington FPT 560 B oP 303 Optron TO-18, c/ lente, foto Darlington FPT 560 8 OP 304 Optron 0-18, c/ lente, foto Darlington | FPT 560 B OP 305 Optron TO-18, ¢/ lente, foto Darlington FPT 560 B oP 700, Optron 00-33, lente plana, foto trans. FPT 101 A OP 701 Optron 00-33, lente plana, foto trans FPT 101 8 OP 702 Optron | 00-33, lente plana, foto trans. FPT 101 B 452 NOVA ELETRONICA FOTO PRODUTOS EQUIVA- LENTE DISPOSITIVO | FABRICANTE TIPO DE DISPOSITIVO FENG p | CODIGO OP 703 Optron DO-33, lente plana, foto trans. FPT 101 B OP 704 Optron DO-33, lente plana, foto trans. FPT 101 B OP 705 Optron 0-33, lente plana, foto trans. FPT 101 B oP 790 Optron 100-33, lente plana, diodo FPT 102 A oP 800 Optron T0-18, c/ lente, foto trans. |rpTs00 | A oP g01 Optron TO-18, ¢/ lente, foto trans. FPT 500 B op 802 | Optron TO-18, c/ lente, foto trans. FPT 500 B OP 803 Optron T0-18, c/ lente, foto trans. FPT 500A | B oP 804 Optron TO-18, c/ lente, foto trans. FPT 500A | B OP 805 Optron TO-18, c/ lente, foto trans. FPT 520 A SGSP 21 sGs 0-18, ¢/ lente, foto trans FPT 500 B,C SPST 300 Sensor Tech TO-18, c/ lente, foto diodo FPT 540 B SPST 310 Sensor Tech T0-18, c/ lente, foto diodo FPT 520 B ssl General Electric | Diodo emissor de luz infra-vermelha |FPE500 | A SSL 34 General Electric | Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 600 B SSL54 General Electric | Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 500 B STPT 100 Sensor Tech Plastico, foto trans. c/ lente esférica | FPT 100 A STPT 100A _ | Sensor Tech Plastico, foto trans. c/ lente esférica |FPT 100A | A STPT 100B | Sensor Tech Plastico, foto trans. c/ lente esférica |FPT 1008 | A STPT 110 Sensor Tech Plastico, foto trans. c/ lente plana | FPT 110 A STPT 110A _ | Sensor Tech Pldstico, foto trans. c/ lente plana | FPT 110A | A STPT 110B Sensor Tech Plastico, foto trans. c/ lente plana FPT 110B A STPT 120 Sensor Tech Plastico, foto trans. c/ lente esférica_ | FPT 120 A STPT 120A Sensor Tech Plastico, foto trans. c/ lente esférica | FPT 120 A A STPT 120B Sensor Tech Plastico, foto trans. c/ lente esférica | FPT 120B A STPT 130 Sensor Tech Plistico, foto trans. ¢/ lente plana | FPT 130 A STPT 130A Sensor Tech Plastico, foto trans. c/ lente plana FPT 130A A STPT 130B | Sensor Tech Plastico, foto trans. c/ lente plana | FPT130B | A TILa1 Texas Instrument | Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 500 B TIL 32 Texas Instrument | Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 104 B,C TIL 33 Texas Instrument | Diodo emissor de luz infravermelha | FPE 510 B TIL 34 Texas Instrument | Diodo emissor de luz infra-vermelha | FPE 500 |B TIL6S, Texas Instrument | Plistico, ¢/ lente esférica, foto trans. |FPT 100 | B,C TIL 66 Texas Instrument | Pléstico, ¢/ lente plana, foto trans. | FPT 110 B.C TIL67 Texas Instrument | Pléstico, foto trans, ¢/ lente esférica |FPT 120 B,C TIL81 | Texas Instrument | TO-18, foto trans. ¢/ lente FPT500 | A TIL 99 Texas Instrument | TO-18, foto trans. c/ lente plano FPT 510 A TILA Texas Instrument | Acoplador, saida trans. TILA A TIL 112 Texas Instrument | Acopladores, saida trans, TIL 112 A TIL 113 Texas Instrument | Acopladores, saida Darlington /TIL 113 A TIL 114 Texas Instrument | Acopladores, saida trans. TIL 114 A TIL 115 Texas Instrument | Acopladores, saida trans. | TIL 115 A TIL 116 Texas Instrument | Acopladores, saida trans. [TIL 116 A TIL WZ Texas Instrument | Acopladores, saida trans. TIL 117 A NOVA ELETRONICA 453 FOTO PRODUTOS DisPositivo | FABRICANTE TIPO DE DISPOSITIVO Equvalente | capigo Fairchild TIL 118 Texas Instrument | Acopladores, saida trans. TIL 118 A TIL 119 | Texas Instrument | Acopladores, saida Darlington TIL 119 A TIL 613, 614 Texas Instrument Plasticos, esférico, DO-33 FPT 101 B,C 615, 616 lentes planas FPT 500 B ZM 110 Ferranti TO-18, c/ lente, foto trans. 1N2175 Texas Instrument — Foto diodo, DO-33, lente plana FPT 102 E 4N25 Industry Acoplador, saida trans, 4N25, A 4N26 Industry Acoplador, saida trans. 4N26 A 4N27 Industry Acoplador, saida trans. 4N27 A 4N28 Industry Acoplador, saida trans. 4N28 A 4N29 Industry Acoplador, saida trans. 4N29 A 4N30 Industry Acoplador, saida trans. 4N30 A 4N31 Industry Acoplador, saida trans, 4N31 A 4N32 Industry Acoplador, saida trans. 4N32 A 4N33 Industry Acoplador, safda trans. | 4N33 A 4N35 Industry Acoplador, saida trans. )4N36 A 4N36 Industry Acoplador, saida trans, | 4N36 A 4N37 Industry | Acoplador, saida trans, |4N37 A A TABELA DE EQUIVALENCIA DE FOTO-PRODUTOS Esta util tabela de equivaléncia de foto-dispositivos esté em ordem pela referéncia do fabricante para a qual hd um direto ou similar equivalente Fairchild O codigo que aparece na ultima coluna da direita define o grau adaptacdo entre o dispositive Fairchild e 0 de outra procedéncia. Esse cédigo é 0 seguinte: A- moon © dispositivo Fairchild 6 elétrica e mecanicamente equivalente diferenca elétrica minima diferenca mecanica minima diferenca elétrica significante diferenca mecénica significante 454 NOVA ELETRONICA we NOVA ELETRONICA Rua Aurora 171-2 and. S4o Paulo waavsuaawal CORRESPONDENCIA Temos respondido a todas as cartas recebidas, pessoalmente. Neste caso particular, na falta de remetente, a Nova Eletrénica responde. Devemos ‘comunicar, no entanto que sera a primeira iltima resposta a remetentes ignorados, pois pode-se ima- ginar 0 que adviria se prosseguissemos em tal atitude. Uma entidade superior, harmonizando-se a personalidade de R. A. Moog, enviou-nos a seguin- te carta, sem remetente (reproduzida “ao pé da letra”) Belo Horizonte 25/03/1977 "Cesse tudo 0 que a musa antiga canta que outro valor mais alto se alevanta"” Senhores, Esta revista “Nova Eletrénica é mesmo da pesada. Comecou entrando de cheio nos assuntos mais fascinantes da atualidade: Synthesizers, apa relhos digitais e computadores, E como dizia o Carlos Gomes para 0 Verdi Vocé comeca onde as outras termina. Ah! nao, desculpem foi o contrério, foi o Verdi que. disse. E por falar em contrério, no sustain, pag. 44, fig. 3, 08 diodos estdo a0 contrario do diagrama, bem como 0 Q4 tomou 0 lugar do OS. Apés terminar o grande Synthesizer, enviarei fotos, dados e esvecificacées. E que venha o curso de dudio. Salve-o. Parabéns e Cordiais saudacées ROBERT A. MOOG P.S. E ele mesmo, o pai dos VCO, VCF, VCA, ENV, SHAPERS, RING MODULAT. TRAN. SIENTS GEN., NOISE GENERATORS, FREQUENCY DOUBLER, INVERTERS PINK NOISE, WAA, SURF, RAIN, WIND, KEYBOARD CONTROLLER, ETC.” Compreendemos e somos gratos; harmonizamo- nos também, Claudio César Moog Baptista NOVA ELETRONICA 455 CONVERSANDO ATUACAO DOS FETs EM RF Vamos tratar, nesta ultima parte, de aplicagdes mais especificas dos transistores de efeito de campo. Interessa-nos agora 0 FET em circuitos de radio freqiiéncia @ os motivos que © tornam ideal para tais circuitos. FETs de UHF em amplificadores de 450 MHz, configuraggo “porta comum”, Os FETs de alto desempenho podem ser usados com vantagens em amplificadores de UHF, devido 8 sua faixa dinémica, baixo rufdo e excelente iso- aco reversa, quando usados como elementos ativos, Circuitos empregando uma configuraco “porta comum'', com o dreno e o supridouro sintonizados, ndo requerem neutralizacao, pois a isolacdo reversa é fungdo da capacitancia dreno-su- pridouro e da condutancia de saida. Sendo esta capacitancia muito baixa, conelui-se que a reali mentagio através do transistor seré desprezivel. O amplificador da fig. 22 trabalha na freqiiéncia central de 450 MHz, com uma largura de faixa de 6 MHz, a3dB. E compativel com sistemas de 502. d-von FIGURA 22 Pode ser usado em receptores, com excelentes caracteristicas de isolacdo reversa, que reduzem a irradiagao do oscilador local a antena. Encontra aplicagdes em comunicagées aéreas ou terrestres (aerondutica, policia, bombeiros), em UHF de TV, radioamadorismo e vérias outras, 456 NOVA ELETRONICA TRANSISTORES DE EFEITO DE - a4) ea ee DOBRADORES DE FREQUENCIA A curva de transferéncia dos FETs aproxima-se das curvas da lei quadrdtica, o que quer dizer que (03 mesmos produzem uma razoavel segunda harmé- nica do sinal de entrada, enquanto que as harmé- nicas de ordem superior séo despreziveis. Esta particularidade torna o transistor de efeito de cam- po ideal para circuitos dobradores de freqiiéncia No passado, muitos multiplicadores de freqlién- cia em estado sdlido empregaram diodos Schottky (ou hot-carrier) em circuitos de onda completa, balanceados. Mas estes circuitos alcangavam uma eficiéncia maxima de multiplicaggo de apenas 8%. Além do mais, tais diodos possuem curvas de trans- feréncia exponenciais, 0 que torna obrigatério uso de vérios filtros (traps) sucessivos, a fim de suprimir as harménicas superiores e manter a pure- za da forma de onda na saida. Ao contrario, um circuito multiplicador utili zando FET requer apenas um filtro para supressdo de harmonicas e pode operar com eficiéncia de até 100%. © multiplicador da fig. 23 usa dois FETs “casa- dos” como amplificadores “porta-comum". Usa-se esta configuragdo porque a impedancia de porta comum (gig) dos transistores pode ser “casade", aproximadamente, com a impedancia do secun- darios dos transformadores de banda larga dispo niveis no mercado. O circuito de sintonia série CBL2 forma um “trap (filtro) que aumenta a rejeicéo de harmo: nicas de terceira ordem para mais de 70 dB. Mesmo sem este filtro, a rejeicdo seria de 50 dB. FETs de jungdo (JFETs) em amplificadores de UHF de banda super larga Os transistores de efeito de campo, tipo juncdo, podem ser utilizados como elementos ativos em amplificadores de banda larga, com miltiplas citavas, distribuidos. Sua aplicacdo nestes casos FIGURA 23 NOVA ELETRONICA 457 teve © mesmo sucesso de projetos anteriores, com valvulas e transistores bipolares, que alcanga- vam variam décadas de largura de faixa, O prcjeto de amplificadores distribu {dos envolve basicamente a configuracao escolhida para a linhas de atraso de transmisséo de entrada e sa(da. Exis- tem vérias opgdes, porém a mais simples é a da fig. 24, que oferece um dtimo atraso em grupo, ao longo de uma maior drea de banda passante. “Dual” FETs em preamplificadores de baixo ruido Os “‘dual’’ FETs (FETs duplos) encapsulados em plastico (epoxy) séo muito adequados para ampli- ficadores VHF em cascata e acoplamento direto, por causa de sua estabilidade e alto ganho, aliados a0 seu baixo rufdo (menos de 1,5 dB). Uma outra vantagem de se trabalhar com esses amplificadores deve-se 4 possibilidade de estabele- cer 0 ganho pela agdo de AFC (controle automé- tico de freqiiéncia), se a segunda porta (o estagio de saida) for usado como controle, Esta caracte- ristica, combinadas as anteriores, vai refletir em circuitos de JFETs que ultrapassam o desempenho de amplificadores com MOS FETs convencionais de portas duplas, devido a substancial redugdo de rufdo. O circuito da fig. 25 € um amplificador de FI de baixo ruido (<1,5 dB) e alto ganho (>20 dB), ‘operando a 30 MHz, com sistemas de 50 &2. FETs em filtros ativos balanceados Os filtros demonstram caracteristicas superiores quando empregam JFETs de alta freqiéncia e alto desempenho, ao invés de diodos Schottky ou transistores bipolares. Veja, na fig. 26, um filtro ativo tipico utilizando FETs. A curva de transfe- réncia aproximada da lei quadrdtica, da qual falamos, e que é inerente aos transistores de efeito de campo, assegura uma boa eliminagdo da inter- modulagao. A porta ligada a terra forma uma conexdo esté- vel, enquanto a aplicacdo do sinal externo com o do oscilador local aos supridouros dos transistores simplifica 0 “casamento”’ de impedancias. Conclusio Percorremos, nestes trés artigos, as caracte ticas fisicas e de confeceao dos transistores de efei to de campo, vimos seus dois tipicos basicos, o JFET e 0 MOSFET, assim como seus parametros mais importantes. Tudo isto foi complementado com algumas aplicagdes gerais e especificas, esco- Ihidas entre as muitas onde os FETs séo a melhor opgao, Naturalmente, nossa abordagem do assunto no foi to profunda quanto a de um livro, pois 0 obje- tivo foi interessar, sem cansar, ao amador em ele- trénica, ao estudante e ao profissional experimen- tado. Esperamos, pois, ter atingido o objetivo. FIGURA 24 FIGURA 25 a attr en tp FI]. re ro FIGURA 26 458 NOVA ELETRONICA NOVA ELETRONICA 459 © CP 1600, DA GENERAL INSTRUMENTS, Recentemente desenvolvido, é um microprocessa- dor MOS — LSI, de 16 bits, contido em um nico encapsulamento de 40 pinos. Sua arquitetura é de terceira geracdo e a estrutura de “‘bus”’ 6 compati. vel com TTL @ permite acesso direto 4 memoria {DMA) para transferidores de dados de alta velo: cidade, O baixo preco do CP 1600, aliado a uma documen- tagdo clara e concisa, 0 tornam uma escolha interessante para os amadores, 460 NOVA ELETRONICA 0 QUE HA DE NOWo EM MICROCOMPUTADORES mms 0) MICROPROCESSADOR ROBERT BAKER (Traduzido do n? de margo de 1976 da Revista “Byte” — The Small Systems Journal) NOVA ELETRONICA 461 AFigura1 da a identificagdo dos pinos no encapsulamen- to. Na fig. 2, temos 0 diagrama de blocos do CP 1600. Vé-se que ele tem a disposigdo 8 regis. tros de 16 bits (RO a R7) de alta velocidade, dos quais R6 ¢ usado como “stack pointer” (SP) e R7, como contador de programa (PC). O “stack poin ter" endereca indiretamente uma drea de armaze- nagem dindmica do tipo “last in, first out’, conhe- cida como “stack”. E usada para reter a inter- rupcdo (interrupt), assim como as subrotinas exis- tentes dos enderecos de retorno e também, dados gerais, Com isso, dispomos de uma ilimitada capa: cidade de “stack” e de “interrupt” existente auto- identificante ou de possibilidades de subrotinas, utilizando uma meméria RAM externa. Um oscilador bifésico de 5 MHz fornece um mi- crociclo de apenas 400 ns. Desta forma, as ope- rages registro a registro levam 3,6 jis, somente, enquanto as operagdes entre meméria e registro e de entrada/saida requerem apenas 4,8 us. O tempo necessdrio para a execugdo de uma instrucao inteira situa-se entre 1,6 e 1,8s. Os quatro modos de enderecamento (imediato, direto, indireto e rela- tivo] com um comprimento de palavra de 16 bits, possibilitam o enderegamento direto de 64 k bytes ou 32 k de palavras de meméria ou de dispositivos periféricos, Como uma Unica estrutura de barra de enderecamento é usada, tanto a meméria como os periféricos residem no mesmo endereco. Somente com 0 sistema jd definido no usuario € que as loca: lizagGes de enderecos irdo diferenciar a meméria dos dispositivos de entrada/saida, Isso elimina a neces- sidade de enviar instrugdes especiais a estes dispo sitivos, pois os dados de entrada/saida séo mani- pulados como dados de memoria, usando qualquer das 87 instrugdes contidas na tabela | © formato de uma palavra de instrucdo consiste de 10 bits, localizados nas posigdes dos bits menos significantes de uma palavra de 16 bits do proces. sador. Os 6 bits restantes (mais significantes) de cada palavra fornecida ao processador como pala- vra de instrugo, so ignorados pela légica interna do microcontrole. Portanto, pode-se usar uma ROM de 10 bits, ao invés de duas com 8 bits, onde se deseja maior eficiéncia de meméria A instrugéo BEXT (branch on external condition) permite que até 16 sinais digitais passem por uma operacio de amostragem feita pelo programa, 462 NOVA ELETRONICA a 2 Yoo Yon Vee ORY stpst® susro* HaLr ausak * INTR® INTRM® Ter eacto eBcar eecaz eecas v2 "ACTIVE LOW LEVEL através de um programa secundério, executado se © teste for verdadeiro Durante todas as operagdes ldgicas e aritiméticas na CPU, os bits indicadores de status da unidade légica aritmética (ALU) séo empregados para veri- ficar e gravar quatro caracterfsticas do resultado. Estes bits sio 0 “carry out” da ALU, excesso de capacidade aritmética da ALU (OV), resultado zero (Z) na saida do “shifter” e detecoio de sinal (S) na safda do “shifter” APLICACGOES DO CP 1600 Em pequenos sistemas que usam apenas uns Poucos circuitos de meméria, em “interfaces de periféricos limitados, e/ou em casos de minima capacidade de expansdo, 0 CP 1600 pode ser uti- lizado diretamente, sem “buffers’’. Os bits supe- riores do enderecamento podem ser aplicados na selecdo de sinais, diretamente no integrado, para eliminar a exigéncia de decodificacdo bindria da porgao superior do campo de enderecamento, Isto cria uma localizacdo de meméria nao contigua, ‘mas teremos bastante espaco disponivel para uti- lizar esta técnica, Em sistemas de meméria maiores, melhor serd usar “buffers” bipolares para os “‘bus’’ bidirecio: nais, pois assim tornar-se-4 possivel sofisticar os “interfaces” dos periféricos e aumentar a capaci- dade de expansio do sistema. Na fig. 3, esta representado um sistema CP 1600 tipico que prevé “buffers” adequados para a barra (bus) 1/0. g A DOCUMENTACAO Figura 2 do sistema de microprocessadores série 1600 pode ser conseguida diretamente na General Instruments e fornece informagGes completas sobre este inte- grado, incluindo tempos, programacdo e configu- ragées do sistema, Com boas ilustracdes, so dados exemplos de varias aplicacdes, incluindo 0 controle de “start/stop” da CPU, sistemas “interrupt”, terminais bésicos de entrada/saida e “interfaces” 1/O. Em outras secdes, 0 manual apresenta os médulos disponiveis da série 1600 (com diagramas esquematicos) e 0 "software on line”. (ai sree READER PUNCH ‘ADRESSE, CONTROL BUS 16 BIT BIDIRECTIONAL BUS Diagrama de blocos do CP 1600. Utiliza uma arqui- tetura de registro geral, com dois dos oito registros disponiveis dedicados as funcdes de “stack pointer” e de contador de programa. Figura 3 Diagrama de blocos de um sistema utilizando o CP 1600. O objetivo é ilustrar como este micro- processador pode ser combinado com outros com- ponentes para formar um sistema de computador. Um registro externo de enderecamento € necessario para demultiplexar a informacao de endereco, que € compartilhada na mesma barra de 16 bits com transferidores de dados comuns. NOVA ELETRONICA 463 16 EXTERNAL STATUS CODITIONS meno MICROCYCLES 464 NOVA 0s tempos ¢ comentérios sobre as operacdes. As. TABELA | OPERATION Ted irae Btadh COMMENTS * 8 |e. | avo ADD 10.8 811 e2| 2 | sus SUBtract 10.8 811 $3) ES | cue CoMPare 10 8 8 11 | Result not saved 23| Ea | ano logical AND 10 8 811 $2] <* | xor eXclusive OR 881 2+l~o [ mvo MoVe Out 1199 9 &] > | ow MoVe in 1 8 a 2 | ADDR ADD contents of Registers 6 Add one cycle 2. | susp SUBiract contents of Register 6 if Register 6 oF 7 22 | curr COMPare Registers by subtr. 6 Ros! i 23 | ANDR logical AND Registers 6 well Gt Fa BE | xora eXclusive OR Registers 6 =” | move MOVe Resistor 6 CLAR CLeah Register 6 z TSTR TeST Register 6 $ JR Jump to address in Register 7 PC — (RRR) 3]. | incr INCrement Register 6 2] 8 DECR DECrement Register 6 2] & | coma COMplement Register 6 One's Complement =| 2 | Necr NEGate Register 6 Two's Complement | © | aocr ADd Carry Bit to Register 6 . 3] 3 | cswo Get Status Word 6 2} g | vor No OPeration 6 Two Words Fe SIN Software INterrupt 6 Pulse to PCIT pin z RSWO Return Status WorD 6 5 PULR PULLfrom stack to Register i PULR MV@R6 = PSHR PUSH Register to stack 9 PSHR MVOGR6 ef st Shift Logical Left 6 = | ate Rotate Left thru Carry 6 one or two position & | sttc Shift Logical Lett thru Carry 6 shift capability. Add $ | sur Shift Logical Right 6 ‘wo eyeles for 2 position = | sar Shift Arithmetie Right 6 shite @ | arc Rotate Right Thru Carry 6 = | sarc Shift Arithmetic Fight thru Carry 6 SWAP SWAP & bit bytes 6 2 position =SW AP twice = | wer Holt 4 38 | soso Set Double Byte Data 4 Must precede external reference Be | eis Enable Interrupt System 4 to double byte data = | os Disable Interrupt System 4 8 | te Terminate Current Interrupt 4 Not Interruptibie = | circ CLeaR Carry to zer0 4 SeTC SET Carry 10 one 4 7 Jump 12 2 | ue Jump, Enable, Interrupt 12 es | 10 Jump; Disable Interrupt 12 ES | isk Jump; Save Return 12 Return Address 3 JSRE Jump, Save Return & Enable 12 ‘saved in R4, 5 or 6 2 | isro Jump; Save Return & Disable 12 Interrupt 8 Lneonditional Branch 7 Displacement in PC+ 1 Bc, BLGE_ | Branch on Carry, C=1 7 PC*PC + Displacement BNC, BLLT | Branch on No Carry, C= 7 test condition e Bov Branch on OVerflow, OV=0 7 é BNOV Branch on No OVertiow, 0 7 ¢ BPL Branch on PLus, S. 7 3 BMI Branch on Minus, ? i 8ZE, BQ | Branch on ZEro or EQuol 7 = BNZE, BNEQ| Branch if Not ZEro or Not EQual 7 z BLT Branch if Less Than 7 2 BGE Branch if Greater than or Equal 7 § BLE Branch if Less than or Equal 7 = BGT Branch if Greater Than 7 2 Busc Branch if Sign % Carry 7 8 ESC Branch if Sign = Carey 7 i BEXT Branch if External 7 4 LSB of Instruction are de : condition is True coded to select 1 of 16, 8 ‘external conditions Sumério das instrucdes do CP 1600. Aqui estéo reunidas as abreviacdes usadas pelo fabricante, |! MICROCYCLE ~ 2 CLOCK CYCLES instrugdes esto agrupadas em diversas categorias, ra coluna da extrema esquerda da tabela. ELETRONICA LEIA NA PROXIMA REVISTA O “ELCASET” PEDE PASSAGEM — Uma nova dimensdo em cassetes. MOS TIME — Relégio de mesa eletrénico sem ponteiros. CURSO DE PROGRAMAGAO DE MICROCOMPUTADORES -— Ligéo 5 CHEGOU A HORA DE FALAR -— Teoria dos circuitos que simulam a voz humana. TTL PARA DIVIDIR FREQUENCIA — Este artigo conta como se faz. DISTORCEDOR — Concluséo do RVIII do Claudio Cesar SISTEMA TERMINAL DE VIDEO — 22 parte — descri¢éo do circuito CURSO DE AUDIO — Ligao 4 AS LOGICAS SE CONFRONTAM — E mostram suas vantagens e desvantagens. EM BREVE NAS BANCAS A REEDICAO DO NUMERO 1 DA NOVA ELETRONICA AMIGOS, WUMANOS OUGAM-ME! SIMULACAO ELETRONICA DA VOZ HUMANA 466 NOVA ELETRONICA palato duro trato nasal Eigura 1 : 0 trato vocal humano, Numa descrid suméria, 0 trato vocal humano pode ser com rado a um tubo com aproximadamente 17,4 de comprimento, cujas caracteristicas de resson] cia variam de acordo com as modificagdes qui movimento dos misculos provoca na conformad geral do trato. A regido superior é subdividida ramos nasal e oral, entre os quais o véu palati atua como vélvula flexivel de controle das resson| cias nasais em determinadas emissdes. Um mod eletrénico deste conjunto de érgdos naturais dest penha fungSes aproximadamente paralelas as trato. palato mole ou véu palatino; narinas labios dentes trato oral corpo da lingua ponta da lingua faringe — aueixo epiglote glote PCa anc Mua aC ene ee Rc Ca Ln Pent Cem Cea Sat Rea a ed Poe Rn our tice and Pee oe eh aera Perm eM en mul ea Som aCe hee ae Pee mney aC St Peete Sc ae nec ll SOC une tu a aCe on COI eure eeu eal aay Newent nC mascara cr Pree ee Cou c eun et en ei ky eet eu eR ue eds eee UCR Cu eR emer CM moc CM CM Me Lcd eye MAROC EAU Me MN Le oe Renee at een te koa Pee ee he CCM ome Cd Reece auc ok Dee eee a COU CR Rua} Ere Rte Re CU Ro convés inferior! re ro ee ee eae aa ee CRT eS Re ee RC eee ae aR tte RC cd Rites cr ie meni es Ou PCR Miscou er ec Reto an ea RRR alu) Bee nan ee ee Ey eR ee Cu CEI) Penge Cuma pe eee RE Rea MT RR Re aCe Rs ee NOVA ELETRONICA 467 curva desejada como mostra a figura 2. Quanto a velocidade do DAC, um indice de 8.000 a 10.000 conversdes por segundo (1), & suficiente para uma fala de 6tima qualidade. Com (ndices de amostragem infe- riores a 6 kHz, a qualidade da fala comeca a sofrer grande deterioracéo, decorrente da inadequada resposta de freqiiéncia. i T 7 efetiva do DAC safda Eigura 2: Erros de quantizago do DAC. A v riagdo do sinal obtido 4 saida de um computador (na auséncia total de filtragem) se faz através de saltos bruscos, ou degraus. Essa descontinuidade 4 origem aos erros de quantizagdo, representados conceitualmente pelas areas sombreadas, no gré- fico, entre a curva de variaco continua da fun¢io analégica e a sucesso de valores discretos fornecida pelo computador. Quanto menor for a preciso das Conversdes digital-analégica, mais acentuado ser o problema Praticamente qualquer microprocessador pode facilmente manipular os {ndices de informacio acima prescritos, para manter em operacéo o DAC. A préxima questio é: de onde virdo as amostras? Uma forma de obté-las seria efetuar a amostragem do sinal de uma fala verdadeira, através de um con- versor analégico-digital (ADC) funcionando com a mesma freqiiéncia de amostragem. Terfamos en- 180 um sistema de gravacdo complicado e dispen- dioso, porém extremamente flexivel. Cada segundo de duracio da fala requer de 8.000 a 10.000 bytes, de armazenagem. Se quisermos apenas umas poucas palavras ou frases curtas, podemos armazenar as. amostras em uma ou duas memérias ROM e trans- feri-las sequencialmente ao DAC. Um sistema deste tipo encontra-se esquematizado na figura 3. Porém, se desejarmos mais do que um ou dois segundos de duracdo da fala de safda, a capacidade de armazenamento exigida da ROM torna-se logo impraticavel. O que pode ser feito para reduzir a armazenagem? Muitas palavras parecem ser forma- das de partes que podem ser recombinadas de vé- rios modos para compor outras palavras. Isto po- deria permitir uma aprecidvel economia de capa- cidade de meméria? O som de uma dada vogal consiste normalmente de diversas repeticdes de ‘segmentos praticamente idénticos de uma determi- nada forma de onda. O periodo de repeticao cor- TT a microfone a) Ed altofalante 7 XN Figura 3) Reprodugio de formas de onda a ndo necesséria, podendo ser substituda, durante partir do armazenamento em uma ROM. Uma forma de obter uma safda vocal controlada digital- mente consiste em digitalizar e armazenar uma assagem da fala humana. No caso de produtos comerciais, como calculadoras falantes, o pequeno vocabulario requerido torna vidvel esta forma de projeto, principalmente se uma unica ROM, pro- duzida em larga escala, puder ser empregada no Produto final. Na utilizagdo experimental a ROM (5S BR SC TREES 468 NOVA ELETRONICA as experiéncias, pela meméria programével. Prova- velmente, este é 0 meio mais barato de se adicionar a faculdade da fala a um computador. Todavia, exigéncias concernentes 4 capacidade de memoria limitam seu emprego a aplicagdes que envolvam apenas um pequeno vocabulério, A qualidade do resultado depende do {ndice da amostragem e da preciso dos conversores (AD e DA) responde a freqiiéncia fundamental, ou altura, da fala, Esse tipo de forma de onda é mostrado na figura 4. Dentro de certos limites, um som razoa- fu ex_——_ ee eriodo da altur iodo da alture—| Figura 4: Forma de onda tipica de uma vogal. Uma vogal é, em principio, uma passagem sonora de caractersticas repetitivas, prolongadamente sus- tentada. O som das vogais é produzido fisiologica- mente pelas ressonéncias do trato vocal. Na verso sintética, 0 som é controlado eletronicamente pelos filtros formantes, que produzem o equivalente daquelas.ressonancias. velmente aceitdvel pode ser produzido armazenan- do-se somente um desses ciclos. © som da vogal seré obtido pela repetic&o desse ciclo de forma de onda, a0 longo da durago da vogal desejada. E claro que, assim, a altura permaneceré absolu- tamente constante durante todo o intervalo. Isto faré com que a vogal soe de modo bastante ina- tural (especialmente quando a duragdo for longa), porque, quando ela é pronunciada naturalmente, o perfodo de repeticéo sofre ligeiras flutuacdes nunca é absolutamente constante. Na fala natural a altura esté quase sempre mudando, seja por osci- lagdes lentas, seja por varreduras bruscas entre valores diferentes. E interessante notar que essa agitagdo e mudanga da freqiiéncia fundamental tem efeito direto sobre a percepeao do discurso oral, em conseqiiéncia da estrutura de harménicos do sinal da fala. Na verdade, o principal ingrediente de uma fala sintética de boa qualidade, é talvez a copia exata e realistica da estrutura de freqiién- cias da fala natural. A obtencao de variacées graduais da altura, a0 longo de sentencas inteiras, exigiria a armazenagem de uma quantidade verdadeiramente absurda de diferentes ciclos de formas de onda, o que seria também inexequivel. Destas consideragdes quanto 8 natureza cfclica das vogais, passemos ao exame mais detalhado da estrutura do sinal da fala e a exploragdo de possibilidades mais sofisticadas para 2 gerago da fala sintética. COMO FALAMOS ? 0 trato vocal humano é constitufdo por um tubo cheio de ar, com 16 a 18 cm de comprimen- to, em conjunto com varias estruturas conjugadas, que influenciam o comportamento do ar no inte- rior do tubo, fazendo-o responder de diferentes modos (ver figura 1). O tubo comega nas cordas vocais, ou glote, onde o fluxo de ar ascendente dos pulmées é fracionado, pela vibracdo das cordas vocais, numa sequéncia de pulsagdes bruscas de ar. Cada vez que a glote se fecha, cortando o pulso excitador com uma linha de descida répida, (© ar na parte superior do tubo vibra ou ressoa du- rante alguns milésimos de segundo. A glote entao abre-se e 0 fluxo de ar recomeca, criando condi- ges para o proximo ciclo. © comprimento dessa coluna de ar vibrante é a distancia da glote fechada para cima, ao longo do comprimento da lingua e terminando nos lébios, ‘onde se dé 0 acoplamento entre as vibragSes do ar interior e o ar exterior circundante. Se considerar- mos agora a resposta de freqiiéncia dessa coluna de ar, veremos que ela vibra em varios modos ou freqiiéncias de ressonancia, correspondentes a di- ferentes mUltiplos do quarto de comprimento de onda actstica. Existe uma acentuada ressonéncia ou pico de energia numa freqiiéncia tal que o com- primento do tubo é igual a um quarto do compri- mento de onda; um outro pico de energia localiza~ se numa freqiéncia em que o comprimento do tubo: é igual 2 trés quartos do comprimento de —_———————————— nessoavon acusrico Preouonnatnt oF Oxbe eT 10 néSIMD MODO, fy = i Ss be Figura_§: Ressonancias de um tubo. Ignore temporariamente 0 complicado formato do trato vocal e considere-o sob a forma simplificada de um tubo de 17,4 cm de comprimento. A aplicacgo das equagées da fisica as ondas acisticas no ar permite determinar ressonancias em varios modos ou freqiiéncias naturais. As ondas estaciondrias ao longo do tubo, para cada uma dessas freqiiéncias de ressonéncia, sia identificadas como formante 1, formante 2 e formante 3. No trato vocal real, uma geometria mais complicada e varidvel no tempo altera as freqiiéncias de ressonancia 4 medida em que o som é criado. SS SSR SED SS TS NOVA ELETRONICA 463 @ assim por diante, em todos os multiplos {mpares do quarto do comprimento de onda, Se um tubo de 17,4 cm de comprimento tivesse um didmetro constante de um extremo a outro, esses picos de energia estariam localizados nas freqiién- cias de ressonéncia de 500 Hz, 1.500 Hz, 2.500 Hz, 3.500 Hz, e assim por diante. Tais freqiiéncias de ressonancia so denominadas freqiiéneias forman- tes da fala. A figura 5 mostra um ressoador actis- tico simples (tubo fechado) e as equagdes que des- reve seu comportamento fisico. 0 trato vocal humano, porém, ndo é um tubo de didmetro constante de um extremo a outro. Desde que © tubo néo tenha um formato constante, as ressondncias no séo fixadas a intervalos regulares como no exemplo acima, podendo deslocar-se para cima ou para baixo, de acordo com 0 con torno interior do tubo. Quando movemos a lingua para baixo, para dizer “ah”, como ilustra a figura 6, sua parte posterior é empurrada para trés, contra Figura 6: “ah" como em “father”. O trato vocal foi mostrado esquematicamente na figura 1. Aqui, uma figura semelhante mostra como o trato se modifica para a emisséo do som da vogal “ah”. A cavidade nasal ¢ fechada e a cavidade oral alargase com a abertura da boca, as paredes da garganta, enquanto que na parte frontal da boca 0 tamanho da abertura aumenta. O efeito desta particular mudanca da conforma- 80 do tubo vocal é um aumento de algumas cen- tenas de Hz na primeira freqliéncia de ressonancia, ou formante 1 (F4), @ uma ligiera redugio da freqiiéncia formante 2 (F2). Se, ao contrério, movermos a lingua para a frente e para cima, para dizer “ee”, como mostra a figura 7, 0 tubo fica mais estreito na frente, logo atrés dos dentes, a0 ER RE A ES 470 NOVA ELETRONICA i Figura 7; "ee" como em “heed”. Ao contrério do que foi mostrado na figura 6, quando o som da vogal “ee” é produzido, a abertura da boca tende a estreitarse, restringido a extremidade superior do trato vocal. Isto abaixa a freqiiéncia do primeiro modo ressonante ¢ eleva as freqiiéncias do segundo e do terceiro. De acordo com a tabela 1, 0 som da vogal “ee” apresenta o menor valor de Fy e 0s mais elevados para F ¢ F3, asso que a parte posterior se alarga, pois a lingua 6 afastada das paredes da garganta, deixando nessa regidio uma grande cavidade ressonante. Isto provo- ca uma acentuada queda de F1, que pode baixar a 200 ou 250 Hz, e uma elevagdo de F2, cujo valor pode chegar a atingir 2.200 ou 2.300 Hz. ‘Temos agora informacao suficiente para compor © circuito da parte referente ao trato oral de um sintetizador bésico de freqiéncias formantes. De- pois da discusséo deste circuito, prosseguiremos no caminho adotado, descrevendo as propriedades adicionais do mecanismo da fala e compondo as demais partes do circuito sintetizador. UM CIRCUITO SINTETIZADOR DE FALA Para comecar, precisamos de uma seqiiéncia de pulsos de excitaco, denominada fonte sonora, que desempenhe o papel dos pulsos de ar gerados pela glote. Podemos usar simplesmente uma onda senoidal retificada, como a da figura 8. Para a Figura_8: Emissdes sonoras geradas na glote. Os sons que apresentam altura definida so deno- minados sonoros. Na laringe natural, estes sons so gerados pelas cordas vocais e excitam o trato vocal a partir da glote. Na versio analégica ele- trénica, essas emissdes sonoras podem ser obtidas de um contador programével (para fixar a freqiién- cia) que gera uma onda senoidal com a freqiiéncia estabelecida, Essa onda senoidal, depois de retifi cada, constitui uma fonte sonora adequada para substituir 0s pulsos glotais nos simuladores ele- trénicos da fala. hee obtengao de diferentes qualidades de voz, 0 circui to deve ser modificado para gerar formas de onda yuragbes. Este pulso glotal é entéo introduzido numa cadeia de ressoadores, que representam. as resso- nancias do trato vocal, geradoras das freqiiéncias formantes. Esses ressoadores podem ser simples amplificadores operacionais funcionando como filtros passa-banda, sintonizéveis para a faixa de cada respectiva freqiéncia formante. A figura 9 mostra a concepego de um circuito ressoador tipi- co, que preenche nossos requisitos. Os amplifica- dores 1C1, IC2 e C4 constituem efetivamente 0 filtro. passa-faixa, enquanto que 1C3 atua como elemento de resisténcia digitalmente controlada, permitindo a variago da freqiiéncia de ressonan- cia do filtro. Varios destes circuitos ressoadores so ento combinados, como indicado na figura 10, para formar o simulador do trato vocal. O contro- le de amplitude da fonte sonora, AV, é outra resis- téncia digitalmente controlada, semelhante a C3 da figura 9. Esta configuragéo de amplificador de ganho controlado, ¢ o meio pelo qual o computador tal exerce seu controle sobre os elementos do sinal 43 fala. A informagao de 1 byte aciona os entrada conduto de informaco alinhas; comutadores para fixar 0 nivel de ganho do refe- rido amplificador. Nas figuras 10, 13 e 15, deste artigo, essa mesma resisténcia sob controle digital 6 representada simbolicamente como um resistor com a indicago de um parémetro, em substitui¢o a0 esquema de um amplificador operacional com comutadores analégicos. GERANDO SONS DE VOGAIS 0 circuito do trato vocal até aqui descrito é suficiente para gerar 0 som de qualquer vogal, em qualquer Iingua humana. A maioria das vogais do inglés falado na América pode ser produzida por freqiiéncias formantes fixas, em regime estavel. A tabela 1 mostra os valores dessas freqiiéncias for- mantes para diversas vogais. Uma palavra comum 6 indicada para identificar claramente o som de cada vogal. A presenca de consoantes adjacentes pode ocasionalmente modificar os valores for- necidos. Um método alternativo para descrever as rela- Ges entre as formantes das vogais é a representa: 0 gréfica da figura 11, onde a cada particular vogal corresponde um ponto cujas coordenadas, sfo 0s respectivos valores de F1 e F2. A incluso dos valores de F3 é perfeitamente dispensével, ee Figura 9: Circuito tipico de um ressoador for- mante. Um filtro passa-banda digitalmente contro- lado pode ser construfdo mediante o emprego de quatro amplificadores operacionais e oito comuta- dores analdgicos digitalmente controlados. As ca- racteristicas do filtro so estabelecidas pelos valo- res dos elementos resistivos e capacitivos e pela informaggo digital de controle. O amplificador operacional IC3 atua como amplificador de ganho controlado no elo de realimentacéo, fazendo variar a ressonéncia do filtro. saida filtrada NOVA ELETRONICA 471 fonte de AC com controle Figura 10: Uma versio rudimentar de um sinte- tizador de voz pode ser constru/da com 0 emprego de trés filtros formantes, dispostos em série, com diferentes valores de ressondncia, controlados por palavras digitais de 8 bits. A resisténcia indicada como AV é um circuito amplificador operacional AV = controle de amplitude (8 bits) saida 3 sais Fe eeits Ft ears (ver IC3 da figura 9) com um controle digital de ganho na entrada, € portanto um elemento progra- mavel, de ganho inferior & unidade, ou, em outras palavras, 0 equivalente eletronicamente controlado de um resistor varidvel. Esta notaco é também utilizada nas figuras 13 € 15. fonte, sonora fonte de aspiracdo Figura 13: Sintetizador com gerador de ruido de aspirag3o. Nem todas as emissées so vogais, Adicionando-se ao circuito da figura 10 um gerador de ruido controlado digitalmente, 6 possivel sin- tetizar os sons das consoantes conhecidas como “oclusivas”. Neste circuito, as caracteristicas am- plitude — tempo do pulso de ruido séo determina- FF Figura 15: 0 sintetizador completo. O diagrama apresenta a organizacéo de um sintetizador com- pleto, que incorpora uma ampla variedade de par: metros, A freqiiéncia e a amplitude sonoras so fi- RS BD a EOD 472 NOVA ELETRONICA AV = controle de amplitude (8 bits) “AH = controle de = amplitude (8 bits}. saida al Fe esiTs — eaiTs ears das por um controle de ganho programével AH (indicado simbolicamente como um resistor varié- vel). A safda da fonte de rufdo é misturada com a da fonte sonora e a sua soma analégica é encami- nhada aos filtros formantes. O gerador de ruldo & um diodo zener. xadas pelos pardmetros FV e AV. Os pulsos de ruido das consoantes oclusivas so controlados pelo elemento de ganho programavel AH. O ressoador fricativo com amplitude AF e freqiiéncia de resso- nncia FF é usado para gerar consoantes fricativas como "s"" e sh’. Os sons das vogais s4o obtidos mediante o controle das freqiiéncias formantes F 1, F2 e Fg, Um ressoador nasal com amplitude AN e freqiiéncia fixa é utilizado para introduzir uma componente variével de anasalagdo. O resultado dos sinais processados em cada um desses ramos & reunido num amplificador operacional final e em- pregado para excitar o altofalante de sa(da. gibfeees FORMANTE 1 F2 2300 2150 1950 1800 1100 900 1000 850 2800 2600 2550 2500 2450 2400 2400 550 700 75 575 425 278 Tabela_1: Vogais estéveis do idioma inglés. Os sons das vogais séo formados mediante o ajuste| das freqiiéncias formantes, no trato vocal humano, segundo os valores aqui apresentados. Estas indi- icagdes sé aproximadas, pois na realidade os valo- res variam de uma pessoa para outra. Num sinteti-| zador de fala baseado numa versio eletrdnica no} trato vocal, as freqiiéncias formantes sao estabele- cidas pelo controle digital de filtros com picos| de ressonancia ajustdveis. Figura 11: As vogais estaveis do inglés. As dis- tingdes entre os sons de diversas vogais podem ser ilustradas pela sua representacdo num grafico bidi- ‘mensional. Os valores ao longo dos eixos horizontal e vertical representam, respectivamente, as frequén- cias das formantes 1 e 2. A posi¢&o correspondente 3 emissio de cada vogal pode ser determinada expe- rimentalmente, pela localizago dos picos de resso- nancia com um analisador de espectro de dudio. dada a sua pequena variago que s6 é mais acen- tuada no caso das vogais em que F2 apresenta valores muito elevados. gréfico F1 — F2 fornece um espaco conve- niente para o estudo das influéncias de diferentes dialetos e idiomas, Em algumas regides dos Estados Unidos, por exemplo, as vogais das palavras “hod” e “paw” tém a mesma proniincia, que corresponde a um ponto situado acima e a direita de “paw”, no gréfico. Da mesma forma, muitos habitantes dos estados do ceste americano pronunciam indistinta- mente os sons das vogais em “‘head”’ e “hid”, apro- ximadamente a meio caminho entre os dois pontos do gréfico correspondentes a essas vogais. Algumas vogais do inglés caracterizam-se pela ocorréncia de répidos deslocamentos (varreduras) no espaco das freqiiéncias formantes, ao contrério das mencionadas na tabela 1, que ocupam posi¢&es, relativamente estdveis. Essas varreduras so produ- zidas pelo movimento répido de mudanca de posi- do da I’ngua durante a emissio do som da vogal.. As curvas da figura 12 indicam aproximadamente essas variagdes cont(nuas de Fy e F2 para as vogais em “bay”, “boy”, “buy”, “hoe” e “how". Tais variagSes ocorrem em intervalos de tempo de 150 2.250 ms, dependendo da velocidade da fala, 2400 2200 2000 1900 1600 1400 FORMANTE 2 1200 1000 800 e@ 8 2 3328333 8 8 FORMANTE 1 NOVA ELETRONICA 473 Figura 12: Ditongos ingleses. Um ditongo é 0 som formado pela suave transi¢do do som de uma vogal para o de outra, durante a emissao. O tempo de mudanca de um ponto para outro no espaco das formantes tem uma duragdo tipica situada entre 150 e 250 ms. O gréfico indica os pontos iniciais ¢ finais correspondentes aos sons de alguns ditongos comuns. SONS DAS CONSOANTES Os sons das consoantes consistem principal- mente de varios estalos, sibilos, chiados e interrup- es impostas a coluna de ar vibrante pela aco de diversos componentes do trato vocal mostrado na figura 1. Vamos dividi-las em quatro categorias: 1) oclusivas, 2) Ifquidas, 3) nasais e 4) fricativas e africadas. Considerando inicialmente as consoantes oclusivas bésicas: “p”, "t”, “k", "b", “de "g", a corrente de ar é obstrufda ou interrompida mo- mentaneamente em algum ponto ao longo do seu percurso: pelo fechamento dos labios; pelo contato da ponta da lingua com o palato duro, logo atrés dos dentes; ou pelo contato entre 0 corpo da lingua € 0 palato mole ou véu palatino, junto & vula. A répida interrupgao do fluxo de ar provoca um curto periodo de siléncio ou quase siléncio, seguido de um pulso de rufdo & medida que o ar irrompe e se precipita através da estreita abertura, A variagaio da conformacéo do trato vocal, pela diferente colocagao dessa passagem estreita, deter- mina tanto a forma espectral do pulso de ruido, quanto a localizagdo das formantes ao iniciar-se a emissdo. O espectro do pulso de ruido e a répida variagao das freqiiéncias formantes medida que © ponto Fy — F2 se desloca para a posicgo corres- Pondente & vogal seguinte, sio ambos perceptiveis como indicios caracter‘sticos da posiedo da lingua quando a passagem fechada é reaberta, Basta adicionarmos a0 circuito do trato vocal da figura 10 um gerador de ruido digitalmente controlado (para simular 0 rufdo da exploséo de ar no momen to da reabertura da passagem), e poderemos entio gerar todas as consoantes oclusivas, to bem quan- to as vogais. A figura 13 mostra o sintetizador de fala depois da adigdo desse gerado: de ruido. O ruido de ruptura de um diodo zener é amplificado por IC1 e sua amplitude é regulada pela resisténcia AH, controlada digitalmente. O amplificador mis- turador C2, entrada dos ressoadores formantes, combina o sinal da fonte sonora (substituta da glote) & 0 ru/do de aspiragdo, proveniente de IC. iv v" = + a -_ + canal 8 Ks & 2000 / iS ool! SF L ae < go) Zz aan = : f= tat toa 7 wv ‘| — [ | | seas vo tea Figura_14: Padrées das consoantes oclusivas. assinalado com a letra “A” e o inicio da emisso Esta figura ilustra seis diferentes padrées de con- sonora é assinalado com a letra “V'". Notem-se as soantes oclusivas. A abertura da passagem oclusa (inicio do pulso de ruido) ocorre no instante LES RR RE SA UR AEST 474 NOVA ELETRONICA transigdes tipicas das formantes da vogal, a medida que o regime estdvel é atingido. Neste ponto é importante mencionarmos a gama de difererites sons que & poss(vel obter mediante pequenas variagdes da posicdo relativa, no tempo, dos pardmetros de controle. O aspecto de maior interesse € a relacdo cronolégica entre o pulso do ruido de aspiracao e um acentuado e répido au- mento da amplitude do sinal da fonte sonora (ver figura 14). Por exemplo: se 0 gerador de rufdo for ajustado para emitir um pulso de rufdo com a du- ragdo de 40 ms e, imediatamente apés esse pulso, Fy executar uma brusca varredura ascendente de 300 para 776 Hz enquanto F2 executa a varredura descendente de 2.000 para 1.100 Hz, 0 som gerado corresponderé 20 provocado pela brusca descida da ponta da lingua apés ter sido comprimida contra 0 céu da boca. Observe-se, todavia, que a saida das formantes permanece nula, até que a am- plitude do sinal da fonte sonora seja aumentada. Se 0 aumento da amplitude ocorrer antes ou du- rante um curto pulso de rufdo, o circuito gera o © som “da”; ao passo que, se 0 aumento ocor- rer depois de um pulso mais prolongado e durante as variagdes das freqiiéncias formantes, a saida soaré como “ta”. Esta mesma diferenca de se- “ta. qiiéncia cronolégica caracteriza a distingdo entre os sons “‘ba’’ e “pa”, “’ga’’ e “ka”, bem como entre os de varios outros pares que examinaremos posterior- mente. A figura 14 mostra os padrées de variaggo das freqiiéncias formantes necessérios para produ- zir © som de todas as consoantes oclusivas, quando seguidas da vogal “ah”. Quando estas consoantes forem seguidas por outra vogal, as formantes deve ro deslocar-se para posigdes diferentes, corres- pondentes a essa_vogal O que é importante notar a respeito das transi- ges oclusivas 6 que os valores iniciais dos interva- los de varredura das formantes correspondem ao ponto de fechamento do trato vocal, ainda que essas varreduras possam ser parcial mente silencio- sas nas oclusivas mudas: “p”, “t’’ e ‘'k", em que o aumento da amplitude do sinal de voz se verifica apés 0 inicio da varredura O segundo grupo de consoantes compreende as Nquidas: “w", “y", “re "I", Estes sons séo reat mente mais parecidos com vogais do que com quais- quer outras consoantes, exceto o fato de que o tempo de variacdo das formantes é decisivo na determinacdo da qualidade Iiquida. As consoantes “w" e “'y" podem ser comparadas as vogais “oo” e “ee”, respectivamente. A dnica diferenca reside nas relagées que envolvem o tempo. Se a vogal 00" for imediatamente sequida pela vogal ““ah’', 0 au- mento da velocidade das transicdes de Fy e F2 fara com que a proniincia soe como “wa”. Uma com- ES SAA TENE, Ss FS paracio entre as curvas de variagdo de F1 e F2 no tempo, em ‘wa’, e 0 padro das transicées corres- pondentes a “’ba”, na figura 14, revela uma nova semelhanca. O sentido das variagées é basicamente © mesmo. Somente a velocidade de transi¢éo em “'ba’" & ainda maior do que em “wa’’. Observa-se portanto um paralelismo entre os sinais actisticos, que é devido ao aspecto comum da compressiio dos labios na prontincia dos trés sons considerados: “ua"’, “wa'' e “ba”. A consoante "y" pode ser “wa da mesma forma comparada com a vogal “ee”, para mostrar que a diferenca entre “ia e "ya" é apenas uma questo de diferentes velocidades de transi¢&o. A consoante “I” & geralmente marcada por um breve aumento de F3, enquanto que em " verifica-se, em muitos casos, uma acentuada queda de F3, que chega quase ao nivel de F2. © terceiro grupo de consoantes é constituido pelas nasais: “m", "n" e ng’. Estas sio muito semelhantes as oclusivas sonoras jé mencionadas: “b", “d” @ "q", respectivamente, exceto pela adigéo de uma formante nasal’’. O modo mais fécil de obter esta nova formante é a incluso de um ressoador adicional, sintonizado para aproximada- mente 1.400 Hz e com uma largura de faixa razoa- velmente ampla. Basta controlar a amplitude desse ressoador durante o perfodo de “'fechamento” para conseguir a qualidade nasal a safda do sintetizador. (© quarto conjunto de consoantes a ser conside- rado é 0 das fricativas: “s", “sh”, "2", “zh”, "4", “yl"e"'th’’: com suas afins, as africadas: “ch” e “”. As africadas “ch” e “” so formadas pelos padrdes de “te “d” seguidos imediatamente pelas fricati- vas ’sh” ou “zh”, respectivamente, ou seja: “ch” = "t+ sh" e"" ="'d + zh”. O som “zh” 6, de ou- tro modo, raro em inglés. Um exemplo ocorre no caso da palavra “azure”. As letras “th” represen: tam dois sons diferentes, como os encontrados nas palavras “then” e ''thin’. Todas as fricativas carac- terizam-se pela presenca de um pulso de rufdo de alta freqiiéncia, cuja duracéo varia entre 50 ¢ 150 ms. A primeira subclassificacao das fricativas baseia-se na amplitude sonora durante o pulso de rufdo, a exemplo do que jé foi visto com referéncia as oclusivas. Assim, “’s", “sh”, “f", “ch” @ “th” (como em “thin’) no so sonorizadas durante 0 pulso de ruido, enquanto que “2”, “zh”, "v", "i" e “th” (como em “then”) apresentam elevada amplitude sonora. Quando uma fricativa muda é seguida por uma vogal, a emisso sonora inicia-se durante as varreduras das formantes para os valores correspondentes @ vogal considerada, exatamente como no caso das oclusivas mudas. Dentro de cada uma das subclasses (mudas e sonoras) as diferentes SS EAE aS DS EDITS TE TS NOVA ELETRONICA 475 fricativas distinguem-se pelas caracter{sticas espec- trais do pulso de rufdo fricativo. Este rufdo difere do descrito previamente para os pulsos oclusivos, pelo fato de nao passar através da cadeia de ressoa- dores formantes, mas ser misturado diretamente sua saida, depois de passar por um filtro unipolar que Ihe dé a conformacao espectral adequada. A tabela 2 fornece os ajustes do ressoador fricativo necessério para produzir as varias consoantes fri- cativas e africadas. Os valores da amplitude do ruido fricativo séo indicados numa escala de Oa 1. O SINTETIZADOR COMPLETO © diagrama sistémico do sintetizador completo para obtencio de fala artificial esté resumidamen- te esquematizado na figura 15. A informacdo con- tida neste artigo deve ser suficiente para permitir que 0 leitor dé inicio a realizago de experiéncias com os circuitos necessérios & producdo da fala de saida. A construcéo de um sintetizador baseado neste modelo traré como resultado um dispositivo, controlado no tempo verdadeiro (“real time”), pelos seguintes parmetros: AV = amplitude da fonte sonora, 8 bits FV = freqiiéncia da fonte sonora, 8 bits AH = amplitude da componente ruido de aspiracéo, 8 bits AN = amplitude da componente do ressoador nasal, 8 bits AF = amplitude da componente rufdo fricativo Bbits F1 = freqiiéncia do filtro da formante 1, 8 bits de controle F2 = freqiiéncia do filtro da formante 2, 8 bits de controle F3__ = freqiléncia do filtro da formante 3, 8 bits de controle FF = freqiiéncia do filtro ressoador fricativo, 8 bits de controle. Este € 0 hardware bésico de um sistema sinte- tizador de som. Para completé-lo é necessério de- terminar (mediante a teoria aqui exposta, aliada a leituras adicionais e experiéncia com o hard- ware) um conjunto de detalhadas seqiiéncias de tempo para 0 controle dos parametros. Seré depois necesséria a preparagéo do software adequado para permitir que 0 computador fornega as se- giiéncias de tempo requeridas para o correto ajuste de cada som que se queira produzir. Sintetizadores comerciais so frequentemente acompanhados de SS a a 476 NOVA ELETRONICA Resonator Fricative Frequency Amplitude (FF (AF) sh, zh 2500 az 5000 7 fy 6500 4 th 8000 2 Tabela 2: Espectro fricativo. Um som fricativo & tipicamente um pulso de ruido de alta freqiiéncia Os varios tipos de consoantes fricativas classificam- se de acordo com o perfil espectral do pulso. Para (© modelo eletrénico aqui descrito, a tabela fornece 08 valores de freqiiéncia do ressoador e a amplitude fricativa correspondente aos sons indicados. um conjunto predeterminado de “fonemas” aces- siveis mediante 0 emprego de um cédigo binério apropriado. A preparacdo e o registro de tais con- juntos de fonemas fogem as finalidades deste artigo introdutorio, estando todavia ao alcance das dispo- nibilidades normais de qualquer pesquisador inte- ressado, no que diz respeito tanto ao custo quant 20 tempo de execugio. BIBLIOGRAFIA 1, ERMAN, Lee (editor) IEEE Symposium on Speech Recognition, abril, 1974, Contributed Papers, IEEE Catalog N° 74CHO878-9 AE, 2. FLANAGAN, J. L. e RABINER, L. R. (edito- res) Speech Synthesis, Benchmark Papers in Acous- tics, Dowden, Hutchinson & Ross, Inc, 1973. 3. LEHISTE, Ilse (editor) Readings in Acoustic Phonetics, MIT Press, 1967, 4. MOSCHYTZ, George S. inear Integrated Networks Design, Van Nos- trand, Nova lorque, 1975. Extrafdo do numero de agosto de 1976 da Revista “Byte — The Small Systems Journal” (1) O indice de amostragem, em conversdes por segundo, ou amostras por segundo, é habitual: mente expresso em Hz. Essa terminologia seré adotada também neste artigo, embora constitua uma generalizagéio (algo indevida) do conceito de ciclos por segundo. a 7 eee} Intercomunicador. No esquema da pagina 321, Figura 10 faltao °-~ ponto de conexdo do diodo D2 com 0 transistor @ 0 capacitor C5. Na Fig. 1, pag. 313, 0 diodo D2 foi repre- | i: sentado invertido. Sua montagem correta esté Tea S representada ao lado. Esta corregdo é valida também para a placa do “kit” do aparelho. cs 3 i FIGURA 7 Rev. N°3-Pag.267 Na lista de material do Alarme,D5 e D6 sdo de 400mW e nao 400mA. NOVA ELETRONICA 477 SISTEMA VIDEO a |TV 3216 Pretendemos introduzir, em uma série de quatro artigos, um terminal de video pratico para ser montado em casa. Este terminal se presta de imediato, a indmeras finalidades, como anunciador em aeroportos ou rodoviarias (para avisar horérios de partida de avides ou énibus), em vitrines de lojas, em bancos, em controles industriais, em transmissio de dados e, naturalmente, para fins didaticos. 478 NOVA ELETRONICA NOVA ELETRONICA 479 Pedimos a compreensio dos leitores pelo fato de dividirmos 0 texto do terminal por quatro. E plenamente justificével, pois este é um assunto razoavelmente complexo e extenso para ser tratado em apenas um ou dois ntimeros. Juntamente com © Ultimo artigo da série, o terminal de video sera langado em forma de “kit”. VANTAGENS DE UM TERMINAL DE VIDEO O terminal de video é um periférico de grande utilidade nos processamentos digitais (fig. 1). Per- mite que 0s dados nas entradas ou saidas do com: putador sejam visualizados pelo video, de uma TV. Esta maneira de manipular dados é altamente con- veniente, j4 que 0 operador pode observar e mane- jar facilmente um conjunto de dados durante os varios estdgios do processamento. Vejamos algumas de suas vantagens: 1 — Confiabilidade O sistema video, fora o teclado, ¢ totalmente eletrénico. E sabido por todos que os compo- nentes eletrénicos so menos sujeitos a defeitos que os mecénicos. Os outros periféricos, tais como teletipo, impressora, leitora de cartas, esto sempre Precisando de manutengdo aqui ov acolé, Com o terminal de video, isso néo acontece freqiente- mente, devido longa vida util dos componentes eletrénicos. DADOS E CONTROLES 480 NOVA ELETRONICA vay cersce es 2 — Velocidade © tempo para renovacéo de imagens numa tela d2 TV 6, para padrdes humanos, instantaneo contraposto a tempo que uma leitora ou impres- sora demora para imprimir a mesma quantidade de dactos. TELA DETV 3 — Maior manipulagao de dados na entrada Usando o sistema video como entrada de dados, © operador corrige mais rapidamente os erros, pois © terminal possui uma meméria prépria. Os dados, a medida que véo entrando, séo guardados nessa meméria e projetados no quadro. OUTRAS UNIDADES DE TERMINAL video TECLADO , FIGURA 1 NOVA ELETRONICA 481 O sistema pode enviar caracter por caracter a0 computador, ou com o uso de unidades opcionais, passa a enviar quadro por quadro. 4 — Custo O custo do terminal video é bem inferior ao dos sistemas impressores convencionais. Com uma Pequena adaptacéo, uma TV comum pode ser utilizada como tela, sem despesas de manutengao, de papéis ou fitas. Este dispositivo € ideal para ser usado como terminal de console, onde todas as vantagens cita- das so vélidas. Uma outra aplicaggo é o sistema de “‘time-sharing’; onde varias unidades podem ser conectadas a um computador central. Além disso, esté sendo estudado pelos nossos técnicos uma maneira de ligar este terminal @ um gravador cassete, que poderé memorizar as palavras a serem projetadas na tela. SISTEMA TTV 3216 A unidade principal do nosso terminal de video (fig. 2) pode projetar até 16 linhas de 32 carac- 482 NOVA ELETRONICA teres na tela, € baseia-se num gerador de caracteres alfa-numéricos de baixo custo. Combinado com um teclado, é um dos mais répidos e eficientes meios de comunicagao entre o usuario e sua mqui- na. Todo o sistema TTV 3216 tem a capacidade de guardar e projetar duas paginas, de 16 linhas com 32 caracteres cada. E légico que a tela so pode apresentar uma pagina por vez. Devido a ‘0, previu-se a possibilidade da passagem de uma pagina a outra, automatica ou manualmente. Formato dos caracteres Achamos oportuno fazer uma ressalva, para uma ligeira explicagao a respeito do formato dos carac- teres que aparecem na tela do video, antes de seguir com a apresentago do sistema em geral Cada caracter é apresentado num retangulo de 35 pontos, arranjados no formato 7 x 5. Existe, também, um espagamento entre caracteres de 2 colunas, na horizontal, e de 3 linhas, na verti cal. Logo, cada caracter ocupa 10 pontos na verti- cal @ 7 pontos na horizontal, na érea da tela. Isto pode ser visualizado na fig. 4. FIGURA 2 i VOLTANDO AO TERMINAL DE VIDEO. Com a finalidade de tornar o sistema tao versé- til quanto fosse possivel, foram projetadas, ainda, algumas unidades opcionais, como: a) Controle automatico do cursor © cursor indica a posi¢ao, na tela e na memé- ria, onde vai ser escrito 0 préximo caracter. O controle automético do cursor, entéo, habilita o operador a posicionar o cursor em qualquer posi- ¢8o da tela, através de um conjunto de comandos via teclado ou via computador. No caso de nao utilizago desta unidade, pode-se providenciar um controle manual, através de chaves externas, uma vez que previu-se tal possibilidade no projeto. b) Leitora de quadros Possibilita a0 usuério editar todas as informa- ges contidas em um quadro, que séo acumuladas, e podem ser enviadas para o computador ou outra unidade externa qualquer. ¢) Teclado TEC 56 Possui 56 chaves de duas posigdes e sua saida € codificada em ASCII. Feito especialmente para © sistema TTV 3216, para fornecer a entrada de dados. d) “Interface” série Conhecida, também, como UART (Universal Asynchronous Receiver/Transmitter), esta unidade providencia entrada e safda de dados na forma seriada, podendo comunicar-se com leitoras/perfu- radoras de fitas, teletipo, com fitas magnéticas, /\S\ etc. & possivel a comunicacdo com 0 computador, sendo que, neste caso, 0 mesmo deve também Possuir um “interface” deste tipo, para receber 60HZ ou enviar dados em formato seriado. e) “Interface” paralelo E usado para a troca de dados no formato para- lelo, geralmente entre o terminal e o computador, quando 0 usuério no pode ou nao deseja utilizar “interfaces” série. Todas as unidades descritas podem ser conec- tadas diretamente ao sistema principal. Este, entre- tanto, pode operar independentemente. Os conectores foram todos previstos no com a Unica restri¢io de que sé um dos 484 NOVA ELETRONICA PETER FIGURA 5 NOVA ELETRONICA 485 faces” pode ser utilizado de cada vez, pois hé somente um conector para tal finalidade. Por dltimo, podemos dizer nesta exposi¢do geral, que 0 terminal foi projetado utilizando-se portas légicas TTL da série 74, que so bastante comuns @ baratas. Os Unicos componentes em MOS sio a meméria (RAM 2102) e 0 gerador de caracteres (2513). A unidade 6 apresentada em forma de “kit, poupando assim o trabalho de projetar placas de fiacdo impressa, por exemplo (fig. 2 € 3). DIAGRAMA DE BLOCOS Para se montar o sistema sem erros e aprovei- tar a0 maximo a sua capacidade, uma boa compre- ensGo do seu funcionamento 6 essencial, Visando facilitar @ anélise, dividimos 0 circuito em varios locos e vamos explicar a fungdo de cada um deles. Mais tarde, o funcionamento seré detalhado, integrado por integrado. Veja a fig. 5; 0 sistema TTV 3216 compie-se de: Multiplicador de freqiiéncia Em todos 0s aparelhos de TV, o sinal de video € sempre acompanhado de pulsos de sincronismo vertical e horizontal. A fungéo do multiplicador de freqiiéncia 6 fornecer a base do tempo para geragdo destes pulsos, assim como comandar o resto do sistema, para que os sinais de video se jam gerados no instante correto. Como os pulsos de sincronismo devem ter uma freqiiéncia que seja miltiplo de 60 Hz e como precisam estar sincronizados com a rede, o multi- 32 colunas “Sa Rhode Plicador é realimentado através de um “phase-lo- cked loop”, que mantém a freqiiéncia em 15840 Hz (264 x 60 Hz) e sempre em fase com a rede, Gerador de sincronismo horizontal e vertical Fornecem pulsos de sincronismo necessdrios ao receptor de TV. Para maior preciséo, estes pulsos sdo gerados digitalmente, utilizando o tempo do multiplicador de freqiiéncia como refe- réncia, Contador de linha de caracteres Jé sabemos que os caracteres ficam dispostos em 16 linhas no quadro, chamadas linhas de carac- ‘teres. Cada uma dessas linhas, porém, 6 formada por 10 linhas de varredura da tela. Assim, o qua- Gro inteiro vai ter 10 x 16 = 160 linhas de varre- dura. A figura 6 ilustra melhor esta explicacao, Este contador define qual das linhas de caracteres esté sendo percorrida. Contador de linha de varredura Define qual das 10 linhas de varredura, de uma linha de caracter, esté sendo percorrida (fig. 6). Contador de caracteres Determina qual dos caracteres, em uma coluna, definidas pelo de caactores (contador de caracteres) peeerecteres comader de carctres/ 10 linhas de varredure definidas polo contador de linhas de varredura i i tn 486 NOVA ELETRONICA ae esté sendo varrido, Como so 32 colunas de carac- teres (veja fig. 6), este 6 um contador de 5 bits. Memoria A sua fungdo é guardar todos os caracteres necessdrios para compor um quadro; através de um enderecamento correto, os caracteres codificados em ASCII sio retirados da meméria e enviados ao gerador de caracteres. Gerador de caracteres Recebe dados da meméria e gera 0 conjunto de pontos necessérios para formar um caracter. Gerador de video Recebe os dados do gerador de caracteres, que esto em formato paralelo, e os transforma num sinal de video, em formato seriado. Gerador de leo composto Recebe os pulsos de sincronismo eo sinal de video para compé-los em um sinal compativel com o receptor de TV. Controle de dados Existem certas codificagdes em ASCII que correspondem a sinais de controle, e que ndo po- dem ser “impressos” na tela, Deve existir entéo um controle que impega a entrada dos mesmos na meméria, fungdo exercida pelo controle de dados. Controle de enderego Faz com que o dado a ser escrito entre na posi- cdo certa da meméria, posi¢éo esta definida pelo cursor. Uma vez explicada a fungdo de cada parte, 0 funcionamento do conjunto torna-se mais claro. Vejamos tudo de novo, rapidamente: os 60 Hz da rede so multiplicados por 264 pelo multiplicador de freqiiéncia, que funciona como “clock” central para todo o sistema, Os pulsos de sincronismo vertical e horizontal para o receptor de TV tem seus respectivos geradores. O contador de caracteres @ 0 de linhas de caracteres fornecem @ memoria o endereco daquilo que vai ser projetado. A codifi- cago ASCII do caracter vai para o gerador de caracteres, que a transforma num padrao adequado. As linhas de varredura sdo definidas pelo contador correspondente, © gerador de video transforma o padréo fornecido pelo gerador de caracteres em um sina! de video. O sinal de video composto, que 6 enviado ao receptor de TV, forma-se no gerador respectivo, pela unido do sinal de video com os pulsos de sincronismo. Para entrarmos com dados na meméria (através do teclado, por exemplo), os dados de entrada séo analisados primeiramente pelo controle de dados. Sendo identificados como caracter imprim{vel, 0 controle de endereco deposita-os na posiggo cor- reta da meméria. Se, por outro lado, os dados forem sinais de controle, so inibidos e ndo ha mudanga no contetido da meméria. Fizemos, nesta primeira parte, apenas um resu- mo das caracteristicas e funcionamento do TTV 3216. Foram descritas somente as operagdes essenciais, mas que séo suficientes, por enquanto, para se ter uma visio geral do sistema. No préximo numero, percorreremos todo 0 circuito do terminal de video, com explanagdes mais detalhadas e aprofundadas, seguindo o diagra- ma esquemético que seré publicado. o ° e O terminal de video acoplado ao PROLOGICAT é bo» decsto ! NOVA ELETRONICA 487 ' | | | | | i by J | my 488 NOVA ELETRONICA PROGRAMAGAO DE MICROCOMPUTADORES A partir da ligéo 4 nosso Curso de Programagéo de Microcomputadores se dividira em 3 partes: PROCESSADOR: aprofundaremos nosso conhecimento do processador estudado PROGRAMA: um programa exemplo com cada ligdo permitira assimilar os nossos conceitos vistos na parte PROCESSADOR. COMPUTAGAO: nesta parte veremos em cada li¢éo uma técnica de programagio. —_——— NOVA ELETRONICA 489 -PROCESSADOR INSTRUGOES DO GRUPO ARITMETICO Nesta parte da li¢do 4: processador, detalha- remos 0 funcionamento de nosso microprocessa- dor. As ligées 1 a 3 formam a base para compre- ensdo de todo 0 curso, Na licdo 3 foram dadas todas as instrugdes do 8080. A partir desta licdo, vamos detalhar o funcionamento destas instrugées. Veremos agora 0 grupo das instrugdes aritmé- ticas. Por que comecamos pelas instrugdes aritmé ticas? Porque so as mais féceis de compreender, aquelas que, afinal de contas, todos nés sabemos fazer, as velhas e conhecidas 4 operagdes. Nesta parte da li¢do veremos as instrugdes. Na parte PROGRAMA veremos um exemplo que tornaré mais clara a teoria aqui exposta. ARITMETICA DE 8 BITS Na figura 1 est4 representado um byte ou posi- ¢0 de meméria do nosso computador. Lembrem- se: um byte tem 8 bits e cada bit pode representar © algarismo bindrio 0 ou 1. to [1 {1 Jo}1 = contetido 6/5 /4/3 |2]1]0 = numeragéo dos bits 45 decimal 055 — octal 2D hexadecimal Fig. 1 — Um byte de 8 bits Quais numeros podemos colocar neste byte? Ndmeros bindrios de 0 a 255. Vejam a tabela publicada na ligdo 2. Ali estéo os numeros de 0 a 128 em decimal e em bindrio. Esta é a forma mais simples de aproveitar os 8 bits de nosso byte. Porém, temos um problema. Desta forma s6 Podemos representar numeros positivos. Como Fepresentar os negativos? Teremos que usar um bit de nosso byte para representar o sinal, Usamos para isso o bit 7. O valor 1 representa o sinal negativo e © valor O representa o sinal_ positivo. Todos os computadores utilizam uma represen- taco especial para os ntimeros binérios negativos. Chama-se notagao de complemento. O ntimero bi- nério é representado pelo valor que, somado a ele, daria 0 m4ximo possivel de um byte mais um. No caso de nosso byte de 8 bits, isto significa que um numero negativo é representado pelo valor positivo equivalente a 256 menos este numero. Veja o exemplo da figura 2, Na figura 3, representamos a numeracéo binéria completa para o caso de um byte de 3 bits. Representamos também uma parte da tabela da numeracao bindria para 8 bits. A esquerda da re- ndmero a representar:—3 complemento: 256 — 3 = 253 representagio bindria de 3: 1111 1101 Fig, 2 — Exemplo da notagéo de complemento © 000 o 1 001 14 2 010 2 3 011 3 4 100. 4 Tabela para 3 bits 5 101 -3 6 110 -2 J 0 0000 0000 0 10000 0001 1 1260111 1110 126 127-0111 «4111 427 128 1000 0000 -128 — Tabela para 1291000 0001 127 ° bit 490 NOVA ELETRONICA 284 1111 1110 -2 25 1111 «1111-1 Fig. 3 — Notago de complemento presentagdo bindria esté o valor decimal positivo ea direita 0 valor decimal para a numeragdo em notago de complemento, com os positivos e os negativos, Estas tabelas ajudarao a entender melhor ‘© mecanismo da notaggo de complemento. No en. tanto, no se preocupe em entendé-lo profunda- mente, Afinal de contas, 0 computador esté aqui para fazer as contas por nés. Qual a vantagem desta notagdo sobre a notaggo usual de sinal + valor? Uma pr meira vantagem & que nesta notacdo s6 existe um valor zero, é 0 zero positivo. Outra vantagem 6 que as contas com notaggo de complemento so extremamente simples, 0 que simplifica os circuitos do processador. Para somar dois nimeros algebri- camente, basta somé-los de acordo com as regras da numerago binéria, incluindo na soma o sinal. O resultado teré 0 sinal correto. Experimente fazer operagdes com niimeros nesta notagao. Na notacdo de complemento, s6 podemos re- presentar numeros positivos de 0 a 127 e nimeros negativos de —1 a —128. E com estes numeros que trabalha o proces: sador 8080. ARITMETICA DE 16 BITS. As instrugdes do 8080 permitem fazer cdlculos com ntmeros de 8 bits. Podemos fazer todo tipo de operacdo com estes ntimeros, seja para impri mir resultados, seja para célculos internos do programa. Na li¢do anterior, usamos um numero de 8 bit contido em um registrador para contar ‘© numero de vezes em que o computador devia repetir um trecho do programa. Mas 0 8080 tem enderecos que podem ir até 65535. So representados por numeros de 16 bits. Como calcular enderegos se nossa aritmética sé trabalha com 8 bits? Para isto, temos instrugGes especiais que fazem cdlculos com numeros de 16 bits. Estes nimeros esto contidos em um par de registradores. Traba- thando com 8 bits, usamos os registradores B, C, D, E, He L. Trabalhando com 16 bits, passamos a usar estes registradores em pares, como se fossem registradores de 16 bits: (B,C), (D,E), (H,L). ‘Além de facilitar cdlculos com enderecos, as instrugdes que operam com 16 bits permitem o uso de nimeros maiores que 255. Permitem ainda, através de um artificio que veremos em outra li¢do, © posicionamento répido de 16 linhas de i/o. OS OPERANDOS Onde esto os operandos com os quais efetuare- mos nossos célculos? Podem estar em 3 lugares diferentes: registrador, meméria ou programa. Registrador: os operandos podem estar em um dos 6 registradores: B, C, D, E, He L ou no acumu- lador. Se forem operandos de 16 bits, ocuparéo um par de registradores. Podem ter sido colocadas no registrador a partir de outro registrador, ou da meméria, ou por uma operacdo de i/o, Na proxima ligdo veremos as instrugdes que efetuam transfe-| réncia de registrador a registrador ou de regis~ trador a memoria. ‘Meméria: um operando pode estar em qualquer lugar da meméria. Como operar com ele? Basta que 0 seu endereco esteja no par de registradores (H, L). Instrugdes que especificam operagdo com. a meméria automaticamente obtem o byte no enderego dado por (H, L). Lembrem-se: chamamos a este mecanismo de enderecamento indireto. Programa: O operando pode estar especificadc na propria instrugdo do programa. Chamamos este modo de enderecamento imediato. Nao ha célculo de endereco: 0 operando esté na instrugéo. Este modo 6 usado quando 0 operando é constante. Uma vez que ngo vai mudar, por que reservar meméria ou gastar um registrador para este dado fixo? O dado jé fica “embutido” no programa. OS RESULTADOS Os resultados das instrug&es aritméticas vo ‘em geral para o acumulador. E com ele que séo efetuadas as operagGes aritméticas. Em alguns NOVA ELETRONICA 491 casos, os resultados ficam no registrador especifi- cado. E © caso das instrugSes que incrementam e decrementam registradores, Além do resultado da operagdo, sio muito im- Portantes os valores dos indicadores apés a opera 40. Quase todas as instrugées aritméticas posicio- nam os indicadores apés terem sido efetuadas. Indicam se 0 resultado foi zero ou no, negativo ou ngo, se houve vai um, se houve vai um decimal e qual a paridade (ver ligdes 2 e 3). SOMA E SUBTRAGAO Temos 2 tipos de iristrugées de soma, A soma simples, soma um operando ao acumulador. A soma com vai um efetua a mesma operacdo e acrescenta ainda o valor do bit carry. Este bit sendo um indicador de vai um, a soma com vai um permite fazer somas de vérios bytes sucessi- vamente, Analogamente, temos a subtracdo simples, opt rando com 0 acumulador, e a subtrago com vai um. Neste caso, aliés, o vai um é impropriamente chamado, Deveria ser o “empresta um’. Os resultados destas instrugdes sempre ficam ho acumulador, Na figura 4 esto representadas registrador meméria imediato Soma ADDr ADDM ADid Somacomvaium ADCr ADCM ACid [Subtragéo SUBr SUBM_ SUid ‘Subraco com vaiumSBBr SBBM SBid Fig. 4 — Instrugées aritméticas bésicas estas instrugdes, que sdo as instrugdes aritméticas basicas. A letra “r’” representa um registrador que contém 0 operando. A letra “M” representa a meméria (endereco (H,L)). A letra d representa um dado que ficaré na instrucdo. INCREMENTOS E DECREMENTOS Duas instrugdes especiais efetuam o incremento ou © decremento de um operando, registrador ou meméria, O efeito € 0 mesmo que somar 1 ao operando ou subtrair 1 do operando. O resultado fica no préprio registrador ou na meméria indi- cada, endo no acumulador. Estas instrugdes so extremamente titeis para controlar a execucdo repetitiva de um trecho de programa (“loop”). Veja ainda o programa da ligdo 3, As instrugdes de incremento e decremento esto na figura 5. registrador memoria inerementar INR INR M decrementar © DCR r DCR M ig. 5 — Incremento e Decremento ARITMETICA DE 16 BITS Trés instrugdes trabalham com um par de regis- tradores, Veja a figura 6. Podemos especificar um dos trés pares de regis- tradores: (B,C), (D,E) ou (HL). Podemos ainda es- Pecificar o registrador SP, stack pointer, que tem 16 bits. O uso do registrador SP ficard mais claro Incrementar par de registradores INX p Decrementar par de registradores DCX p Somar par de registradores a (H, L) DAD p P pode ser; B par (B,C) D par (D,E) H par (H,L) SP stack pointer (indicador da pilha) Fig. 6 — Aritmética de 16 bits. 492 NOVA ELETRONICA na ligio que trataré das chamadas de subrotinas. Podemos incrementar ou decrementar um par de registradores. Suponhamos por exemplo que (H,L) tem o enderego de uma lista de operandos na meméria, Para passar de um operando ao seguinte, basta usar a instrugéo INX H. Com isto traba- Ihamos com vetores, matrizes, . .. A instrago DAD soma 16 bits ao par (H,L), Caso particular: DAD H soma (H,L) 20 proprio {H,L). Ou seja, dobra o valor de (H,L). ROTAGOES Como isolar um determinado bit dentro de um byte para testar seu valor? Com as instrugées de rotagdo, que deslocam o contetido do acumulador para a direita ou para a esquerda. Consideramos estas instrugdes, instrucées arit- méticas porque deslocar um n&imero binério para a esquerda ou para a direita nada mais é que multi- plicé-lo ou dividi-lo por 2. Todavia, é preciso ter um cuidado, os deslocamentos do 8080 sio rotagdes: o bit que sai de um lado entra do outro lado. Podemos rodar 0 acumulador para a direita ou para a esquerda, Podemos incluir na rotacdo 0 vai um, Todos os bits do acumulador participam da rotagSo. Veja a figura 7 com seus exemplos. Acompanhe-os cuidadosamente. Observe como um bit pode ser deslocado varias posigdes por instrugdes sucessivas até ficar no RLC rodar o acumulador para a esquerda carry acumulador antes fay 1] 1] 1 [o[o[ so} depois [1 1[1]1[o[o[1 Jo RRC rodar o acumulador para a direita acumulador carry antes [1]1]1] 1] 0 ]0|1/0 ||. Ce eteeniianeell depois [0[1[1[1]1 [0 [o|1 o RAL rodar acumulador e vai um para a esquerda carry acumulador +f afo[1[1]o[1jo}1 antes | 0 depois [1 o]1]1]o]1]o|1\o RAR rodar acumulador e vai antes 0}1\1/0}1 5 | depois [1/0/11 [0 |1 0 |1 0 CARRY. Observe que podemos manipular 0 con- tetido do acumulador a vontade. 0 BIT CARRY As instrugdes aritméticas, com excecéo de INR, DCR, INX e DCX, posicionam o bit de vai um, Se o bit estiver ligado depois da instrucéo (valor 1), isto significa que houve um vai um do bit 7 do acumulador. Portanto, “estourou” a ca- pacidade do acumulador. E importante testar este bit apds instrugdes de cdlculo. Temos ainda duas instrugdes especiais para posicionar o bit CARRY: STC e CMC. A pri- meira dé ao CARRY 0 valor 1, sempre. A segunda inverte o valor do CARRY. Se fér 1, passa a ser 0; se for O passa a ser 1, Figura 8. ESPECIAIS Duas instrucdes permitem manipulagdes parti- culares com 0 acumulador: DAA e CMA. STC fazer carry = 1 CMC inverter CARRY Fig. 8 — Instrugdes para o bit CARRY NOVA ELETRONICA 493 A instrucdo CMA complementa o conteido do acumulador. Cada um dos bits do acumulador é invertido. A instrug3o DAA é uma das mais complexas do 8080. E também uma das mais poderosas, jus- tificando a aceitagdo universal deste processador. Esta instruggo ajusta 0 acumulador de forma que seus 2 meios bytes (esquerda e direita) formem um. numero decimal. Deve ser usada depois de uma soma binéria. Faz com que esta soma seja uma soma de dois algarismos decimais. E gragas a isto que operacdes com numeros decimais so posstveis le faceis de fazer no 8080, Funciona assim: se os 4 bits da direita do acu- CMA Complementar acumulador DAA Ajuste decimal mulador representam um numero maior que 9, ou se estiver posicionado o bit Auxiliary Carry, 0 acumulador é incrementado de 6. Em seguida, se os 4 bits da esquerda representam um numero maior que 9, ou se estiver posicionado o bit CARRY, estes 4 bits so incrementados de 6. E a Gnica instrugo que usa o Auxiliary Carry. Veja seu funcionamento na fig. 9. Vimos nesta ligéo 4, parte PROCESSADOR, as instrugdes do grupo aritmético. Nas préximas ligdes estudaremos as operagées de movimento, © grupo ldgico, a transferéncia de controle e final- mente as operagdes de i/0 e interrupgées. Estude agora a igo 4 / PROGRAMA, para assimilar as nogées adquiridas, Auxiliary acumulador Carry acumulador carry o|1o[1fofolo]1 ° 1 |o |o ja] 1] 0] 4/4 0 + 4 cMA DAA (fase 1) + 4 1jo]1Jol1]1\1J/0 0 10/1 |o]o/o0|o}1 1 4 DAA (fase 2) 4 1 0 Jo fo fofofolo]1 1 i9. 9 — Instrugées especiais PROGRAMA Nesta parte da licéo 4 veremos um programa exemplo. O programa & uma aplicacdo das ins- trugdes estudadas na parte PROCESSADOR. To- davia, ndo espere encontrar um programa que use todas as instrucdes dadas. Isto seria impraticével e constituiria um exemplo pouco real. O programa que veremos nesta li¢do, assim como os programas das ligdes seguintes, seré um programa que resolve um problema comum em programago. Reco- 494 NOVA ELETRONICA mendamos que guarde estes programas para apro- veité-los em seu uso de microprocessadores: pro- ‘gramas menores podem ser combinados de forma a criar programas maiores. Veremos em detalhe como fazer isto na ligdo que trataré do conceito impor- tante de rotinas e programagao modular, Para aproveitar a0 méximo o programa exemplo dado, siga as instrugdes da fig. 10, 1, Leia o texto da licdo, procure entender bem © problema proposto e sua solugao. Leia uma primeira vez 0 programa. Faca o “teste de mesa’’: represente em um pedago de papel os registradores do compu- tador. Acompanhe agora 0 programa, instru¢éo por instruggo, anotando a cada passo o conteido dos registradores e as posicées de meméria envolvidas, como se vocé fosse 0 computador. . Agora, com o programa bem entendido, tente achar outras solugGes. Procure verificar se é possivel resolver 0 problema com menos in: trugdes, ou usando menos posi¢des de meméri 0 — Como estudar um program: O PROBLEMA PROPOSTO Vocés observaram que nas instrugdes aritméticas dadas nao figura a multiplicagao. Isto é comum em computadores de pequeno porte. Por que no ‘temos esta instrugdo dispontvel? Porque ela pode ser facilmente realizada por um programa de mul- tiplicaggo, Se num programa maior eu quero multiplicar, basta encaixar 0 programa de multi- plicagao. Isto ilustra bem a poténcia fantdstica do com- putador. Se me falta uma instrugio, eu posso obté-la combinando outras. As possibilidades do computador séo matematicamente infinitas. Af esté a diferenga entre um computador e uma maquina de calcular. Esta pode ter muitas fungdes mateméticas disponiveis nas teclas: multiplicaga raiz quadrada, . . . Porém, esta limitada a estas fun- ‘Bes, nfo pode ganhar fungées novas. Ao contrario, © computador tem um conjunto bésico de instru- Bes que podem ser combinadas em programas para se conseguir funcdes téo complexas quanto quisermos, muito além da capacidade de uma méquina de calcular. A SOLUGAO A multiplicago de dois ntimeros de 8 bits pode ser realizada de duas maneiras: somas repetidas ou uso de deslocamentos. Somar repetidamente é o método mais simples, mas mais lento, de multiplicar. Por exemplo, 24 x x 32 pode ser gerado somando o nimero 32 ao acumulador (inicialmente zerado) 24 vezes. Usando deslocamentos temos uma multiplica- do mais répida. Deslocar um byte para a esquerda de um bit equivale a multiplicé-lo por 2. O pro: cesso dado na fig. 11 produziré o produto, em 2 bytes, da multiplicagdo de um numero de um byte por outro nimero de um byte. Acompanhe na fig. 12 0 proceso dado, para calcular 0 produto de dois bytes: a) Teste o bit menos significativo do multiplicador. Se for zero, vé ao passo b. Se for um, some © multiplicando 20 byte mais significative do resultado. b) Desloque 0 produto inteiro (2 bytes) de um bit para a direita, ¢) Repita os passos a e b até esgotar os 8 bits do multiplicador. . 11 — Multiplicagdo por destocamento Passo 1: © bit 0 do multiplicador é 0, deslocamos os 16 bits do resultado de um bit para a direita; Passo 2: © bit 1 do multiplicador é 0, deslocamos os 16 bits do resultado de um bit para a direit Passo 3: © bit 2 do multiplicador é 1, somamos o mul- tiplicando do byte de alta ordem do produto @ deslocarmos os 16 bits do resultado de um bit para a direita; Passo 4: © bit 3 do multiplicador é 1, somamos o multi- plicando ao byte de alta ordem do produto e deslocamos os 16 bits do resultado de um bit para a direita; NOVA ELETRONICA 495 Multiplicador: 0011 1100 (60) Multiplicando: 0010 1010 (42) Passo Produto la 0000 0000 0000 0000 b 0000 0000 0000 0000 2a 0000 0000 0000 0000 b 0000 0000 0000 0000 3a 0010 1010 0000 0000 b 0001 0101 0000 0000 4a 0011 1111 0000 0000 b 0001 1111 1000 0000 5a 0100 1001 1000 0000 b 0010 0100 1100 0000 Ga 0100 1110 1100 0000 b 0010 0111 0110 0000 Ta 0010 0111 0110 0000 b 0001 0011 1011 0000 Ba 0001 0011 1011 0000 b 0000 1001 1101 1000 produto = (2520) Fig, 12 — Exemplo de multiplicagio Passo 5: © bit 4 do multiplicador é 1, somamos o multi- plicando ao byte de alta ordem do produto e deslocamos os 16 bits do resultado de um bit para a direita; Passo 6: © bit 5 do multiplicador é 1, somamos o multi- plicando ao byte de alta ordem do produto e deslocamos 0s 16 bits do resultado de um bit para a direita; Passo 7: © bit 6 do multiplicador é 0, deslocamos os 16 bits do produto de um bit para a direita; Passo 8: © bit 7 do multiplicador é 0, deslocamos os 16 bits do produto de um bit para a direita. Neste ponto, obtemos o resultado correto. © PROGRAMA programa usa registrador B para o byte mais significativo do produto e o registrador C para 0 byte’ menos significative do produto. O desloca- mento dos 16 bits é obtido com duas instrucdes RAR: rodar acumulador e vai um para a direita, Veja 0 mecanismo na figura 13. Zerar carry e rodar B B carry c tT Rodar C B carry c ____ 13 — Deslocar 16 O registrador D contém o multiplicando e 0 registrador C contém inicialmente o multiplicador. Agora leia 0 programa da figura 14, Em seguida, faca o “Teste de mesa”, CONSIDERAGOES © Teste de mesa do programa deve ter Ihe Mmostrado pelo menos dois fatos. Primeiro, 0 programa funciona, E importante convencer-se disso acompanhando seu mecanismo. Nao é imprescindivel ter um computador dispo- nivel. No entanto, se tiver um dos modelos popu- lares do 8080, tente passar este programa com vérios dados. Segundo fato, este programa néo ¢ muito com- plexo. Sdo 13 instrugées, ocupando 21 bytes. 496 NOVA ELETRONICA MULT: MULTO: MULTI: FIM: NVI MVI MoV MOV DCR JZ MOV JNC ADD RAR MOV JMP SYMBOL TABLE BO Esd Asc CoA FIM A.B MULTI BoA MULTO $ 020025 MULT 020000 MULTO G20004 FIM 020025 MULTI o20020 SINICIALIZAR BYTE + SIGNIFIC. DO RESULTADO SINICIALIZAR 0 CONTADIR DE BITS 3RODAR O BIT MEYOS SIGNIFIC. DO 3 MULTIPLICANDO PARA 2 CARRY E DESLOCAR 3 0 BYTE DE BAIXA ORDEM LO RESULTADO 3DECREMENTAR 9 CONTADOR DE BITS 3SE CHEGOU A ZERO, FIM BO PROGRAMA 3SE 0 CARRY FOR UMs SOMAR 0 3 MULTIPLICANDO AQ BYTE DE ALTA 3 ORDEM DO RESULAADO $DESLOCAR O BYTE DE ALTA ORDEM DO 3 RESULTADO $VOLTAR PARA TESTAR OUTRI BIT o06 000 036 oll 171 037 117 035 312 025 04g 170 322 020 040 202 037 107 303 004 aaa 034 NOVA ELETRONICA 497 _ Mas nele podem ser vistas algumas técnicas inte- ressantes de programacao. Observe 0 “loop” con- trolado por um contador no registrador E, Observe a técnica usada para deslocar 16 bits. Observe ainda um artificio muito elegante: 0 multiplicador vai progressivamente saindo do registrador C 8 medida que entra o resultado. Se no estiver totalmente convencido do fun- cionamento do programa, faca o teste de mesa Rovamente, com outros dados iniciais, Agora passe aos exercicios. SOLUGAO DOS EXERCICIOS DA LICAO 3 1) Para imprimir a palavra COMPUTADOR, que tem 10 letras, 0 contador de letras, registrador B do programa dado, deve comegar com o valor 10 (segundo instrugao) : MVi B10 Por outro lado, devemos substi das letras na meméria: AREA: DB i a definiggo “COMPUTADOR" 2) Podemos ainda aproveitar 0 programa dado, ‘com as seguintes alteragée: a) o contador deve comegar com o valor MVi BS b) a instrugiio de sa‘da deve ser substituida por uma instrugdo de entrada, por exemplo, do dispositive 7 IN 7 ©) as 5 letras lidas recobrirdo 0 que estiver em AREA. Podemos definir inicialmente AREA: 3) Na realic ide, © programa contém dois erros. O erro mais evidente 6 que o programa foi feito para emitir 8 letras, quando a palavra “EXCES- SO” s6 tem 7. A segunda instruggo deve ser: MvI B7 Lembre-se: 0 computador é uma maquina “‘bur- ra’. Se for instruido para emitir 8 letras, emi 4 8 letras, incluindo 0 byte que vem depois da Ultima letra ‘EXCESSO’, 0 qual pode conter qualquer valor. segundo erro estd na diferenga de velocidade entre 0 processador e uma impressora ou um ideo, O processador completard o loop e emi- tiré uma segunds letra em poucos microssegun- dos. Jé 0 dispositive de saida tem uma velo dade da ordem de 1/10 de segundo por letr: © processador deve entéo “esperar” que saia uma letra antes de emitir a letra seguinte. Como? Normalmente, os dispositivos de saida mandam um sinal (um bit de um byte) indicando que esto prontos a receber. No nosso programa, devemos substituir a instrug#o OUT 5 por: TESTE:IN 4 stestar o estado do dispositi RCC jisolar o bit 0 do byte de estado, JC TESTE ise estiver ligado, testar de novo o estado ouT 5 seas contrario podemos emitir uma letra. Na li¢do que trataré do INPUT/OUTPUT veremos mais exemplos deste mecanismo. EXERCICIOS PROPOSTOS DA LIGAO 4 1) Se devemos testar 8 bits do multiplicador, por que o contador (registrador E) comeca com 9 e nao com 8? 2) Tente escrever um programa que soma dois nu- Nesta parte da licéo estudaremos rapidamente técnicas e ferramentas bésicas de programagao. Abordaremos em cada licéo um tépico isolado. O que estudaremos é conhecido como “Ciéncia da AREA: DB = "XXXXX"" meros de trés bytes cada um, © ASSEMBLER Computacao, informatica ou software. E a arte- ciéncia de programar, a alma do computador, ao contrério do hardware; que seria a parte fisica, 05 circuitos. Um computador deve ser programado em sua linguagem. E a linguagem maquina, Com os exem- 498 NOVA ELETRONICA plos vistos até agora, vooés devem ter notado que esta é uma tarefa tediosa e sujeita a erros. Veja o programa de multiplicagao em octal. Sio 63 algarismos, para um programa simples. Imagine agora um programa de 1000 ou 2 000 instrugées. Imagine © que vai acontecer se um s6 algarismo estiver errado. Simplesmente o programa no vai funcionar ou, pior ainda, funcionard errado. Apareceu logo, no desenvolvimento dos com- putadores, a ferramenta bésica chamada Assembler. © que faz o Assembler? O Assembler é um pro- grama que Ié nosso programa escrito de forma mais “humana” (é a linguagem fonte) e o traduz para a linguagem da méquine. Por exemplo, podemos teclar 0 programa num dispositivo tipo teclado/ impressora e a medida que entram as instrugdes © Assembler as traduz para linguagem méquina e guarda na meméria. Terminado 0 programa, pode- mos agora executé-lo, Ou ento gravar o programa traduzido (programa objeto) em uma fita para depois carregé-lo na meméria. A tradugdo s6 pre- cisa ser feita uma vez. Observe que estamos usando o proprio compu- tador para nos ajudar a programar. Na figura 14 desta ligo temos o nosso programa de multiplicagao escrito em linguagem fonte. Cha- ‘mamos a isto de programa “em Assembler”, Obser- ve 0 formato: na coluna da esquerda podem apare- cer simbolos, seguidos de dois pontos. Na segunda coluna esté o mneménico de cada instrugao, se- guindo dos operandos. Finalmente, apés um pon- to e virgula, comentérios. Este formato é fixo e exigido pelo Assembler. 0 Assembler ajuda a programacéo com & téc- nicas: 1, Mneménicos No precisamos lembrar do valor octal de cada instrugdo, Escrevemos um mnemdnico, por exem- plo MVI (mover valor imediato) e o Assembler tra - duz isto para 006. 2. Operandos Veja a segunda instruc: MVI E,9. Em octal, © ndmero 9 é representado por 011. Com o Assem- bler, representamos os némeros por seu valor de- cimal, como estamos habituados a fazer. O Assem- bler converte este valor para octal. Os registradores também so indicados de forma simples por letras. No caso, movemos para o registrador E. 3. Enderegos Na instrugdo que termina o programa, JZ FIM, deverfamos ter escrito JZ 025. O endereco do fim do programa € 025 em octal. O Assembler nos permite escrever um simbolo qualquer, de nossa escolha, antes de uma instrucio. Ele calcula o valor deste simbolo e substitui este valor em todos 08 lugares do programa onde aparecer este simbolo. Néo precisamos nos preocupar com o célculo de enderegos. 4. Comentérios A direita de cada instrugdo, apés um ponto e virgula, © programador coloca comentérios que explicam desenrolar do programa, Estes comen- térios so opcionais, O Assembler nada faz com eles, simplesmente so impressos. Mas so impor- tantissimos para a compreensao do programa. Sem eles, analisar um programa, mesmo em linguagem fonte, 6 muito diffcil. 5. Tabela de Simbolos Ao fim da tradugdo do programa fonte, o Assembler imprime automaticamente uma tabela dos simbolos definidos. Em particular, 0 simbolo “"$"" indica 0 ponto em que o Assembler parou de traduzir instrugdes, Para cada simbolo o Assembler dé seu endereco calculado. Note que o programa comecou no endereco 20000 em octal, porque parte da meméria esté ocupada pelo proprio Assembler. © Assembler & a primeira ferramenta para pro- gramacdo, Veremos outras nas proximas ligdes. ESTA CHEGANDO NOSSO CURSO DE DIGITAIS NOVA ELETRONICA 499 CONVERSORES ANALOG. INTRODUGAO Os circuitos eletrnicos digitais obtiveram um grande desenvolvimento, nestes ltimos anos. Como resultado, novos tipos de circuitos surgiram em eletrénica, chamados hibridos, isto é, circuitos que combinam as técnicas analégica e digital. Um dos exemplos mais conhecidos ¢ 0 voltimetro digi- tal, através do qual uma tenséo analégica ¢ conver- tida em uma saida digital sob a forma de ntimeros decimais em um “display”. ATENCAO! A REEDICAO DA NOVA ELETRONICA N21 ESTARA NAS BANCAS ANTES DA N.° 5! Mas, qual a razdo de tal desenvolvimento? & que existem certas conveniencias de se trabalhar com dados na forma digital, que fazem com que estes circuitos sejam superiores aos analégicos em caracteristicas importantes. Explicando melhor: Em muitos circuitos analégicos convencionais, qualquer operaco feita por um de seus estdgios & sempre acompanhada pelos indesejéveis efeitos de distor¢o e rufdo. Além disso, no so raros os casos em que os ajustes eriticos esto envolvidos em seu perfeito funcionamento, 0 uso de circuitos digitais elimina estes proble- mas. Como se sabe, tais circuitos operam de acordo com a légica bindria, onde existem apenas dois niveis l6gicos: 0" e 1". Esses niveis légicos correspondem, entdo, a dois niveis de tensio. Isto implica numa manipulagdo de sinais bem mais simples, sem distor¢do. O efeito de ruido é minimo, pois, na prética, os dois niveis esto bastante dis- tanciados, de tal maneira que somente rufdos com grande amplitude séo capazes de alterar dados digitais. Por estas mesmas razBes, os ajustes, nor- malmente, si bem menos criticos. Por que, entéo, continuamos a utilizar circuitos analégicos? Por uma razéo muito simples: a maioria dos transdutores que detectam fendmenos fisicos, tais como temperatura, luminosidade, bragdo, velocidade, apresentam sinais elétricos ana- légicos na safda ou sé se adaptam a circuitos ana- légicos. Isto gerou,como consequéncia, o apareci- mento dos circuitos hibridos dos quais jé falamos, unio dos circuitos analégicos imprescindiveis com 08 circuitos digitais que facilitam e melhoram o Processamento dos sinais. Chegando a este ponto, deduzimos que se faz necessério a utilizago de um dispositive que com- patibilize as duas partes de tais circuitos, recebendo sinais analégicos e apresentando-os sob a forma digital. Este dispositive é conhecido como conver- sor anélogo — digital (CAD) e sua finalidade é fazer tal converséo para processamento do sinal (fig. 1) Na verdade, 0 voltimetro mencionado como exem- plo nada mais ¢ que um CAD que apresenta na saida_nimeros decimais codificados na forma binéria, Tais numeros so depois codificados nova- mente, para os sete segmentos dos “displays”. © CAD opera fazendo corresponder uma deter- minada saida digital a cada tensao analdgica situa- do entre dois niveis estabelecidos. Exemplificando, para uma conversdo de um sinal de 0 a 7 volts, teremos,entre 0 e 1 V, a saida digital 000; entre 1 Ve 2V,asaida seré 001; entre 2Ve3V,010¢ MSB- BIT MAIS SIGNIFICATIVO LSB ~ BIT MENOS SIGNIFICATIVO FIGURA 1 assim por diante (veja a tabela 1). Como se pode ver, isto é uma conversao a 3 bits (que é a quan- tidade de bits necessaria para se chegar a 7, em numeragao binéria). ALGUNS METODOS DE CONVERSAO ANALOGICO-DIGITAL Existem vérios sistemas para se efetuar tal con- verso. Vamos examinar alguns deles, com varios graus de complexidade, Conversio paralela ou simultanea- fig. 2 Este método é 0 mais direto, e 0 seu principio 0 mais simples possivel, no sendo, porém muito pratica a sua realizacao, devido ao grande niimero de componentes envolvidos. Neste conversor, as 502 NOVA ELETRONICA Um conversor pararelo com 3 bits de saida FIGURA 2 tenses de entrada sio comparadas a tenses de referéncia. As saidas dos comparadores so conec- tadas a uma unidade ldgica, que faz as operacdes necessarias para produzir o equivalente do nivel de tensdo na entrada, em cédigo binério. Como exemplo, apresentamos um CAD de 3 bits, baseado neste principio, convertendo tensdes de Oa 7 volts (veja toda a operacao na tabela 2). A converséo paralela é bastante répida, pois os atrasos de tempo sio devidos apenas 8 soma dos atrasos dos comparadores e das portas légicas. Mas existe uma grande inconveniéncia, j4 citada: para cada nivel de referéncia usa-se um comparador: assim, no caso de um CAD de 10 bits (isto é, até 1024 volts), hd necessidade de se utilizar 1023 comperadores, 0 que é invidvel, devido ao custo resultante. Mesmo, assim, para conversdes com pequeno numero de bits, o sistema paralelo tem a grande vantagem de ser répido e logicamente sim- ples, pois todas as operacdes séo combinacionais, sto é, ndo dependem de valores obtidos ante- riormente. Conversio por aproximago sucessiva - fig.3 Para entendermos este método, é melhor nos ba- searmos em um exemplo. Vamos supor um CAD com entrada de 0 a 7 volts @ saida a 3 bits. Admitamos também que a comparagao inicial da tensSo de entrada seja feita com uma tensdo de referéncia de 4 volts, Se a tenséo na entrada for maior que a referén- cia, a saida do comparador seré "1"; caso seja menor que a referéncia, a saida seré “0”, e qual quer destes dois resultados seré registrado. Ao mesmo tempo, se a entrada resultou maior que a referéncia, a segunda comparacdo serd efetuada NOVA ELETRONICA 503 Sz | 83 | Sa | 8 | Se | S7 | Ag] Aa | Ay z Mo i a 0 0 Oe | 0st eoreuear emo 0% |< <0 0 1 1 o | o Ors eo ko 0 1 0 1 1 1 eo geoe|s 0 [0] co. 1 1 1 1 1 te ole or:| 50) 1 0 0 1 1 alee 1 o | o 1 0 1 1 1 chee 1 Poeo 1 1 0 7 1 1 ea 1 1 1 1 1 1 Tab. 2, Tabela da Verdade para conversor de 3 bits. COMPARADOR Ventr Tensao de comparacao FIGURA 3 com 2 volts a mais como referéncia, isto ¢, 12 comparagdo: 4 V saida “O" MSB 4 + 2 = GV; em caso contrério, com 2 volts 28 comparagéo: 4-2 =2V safda “1” 29 bit a menos, ou 4 —2=2V. 32 comparagdo: 2-1 = 1 V saida “0” L: O resultado desta segunda comparacdo também pares eB € registrado (maior /"1”"; menor,"0"). A terceira 6 feita_com a tensio de comparacio anterior soma- _) Tenso de entrada ~ 8,3 V Tensio de comparagao > 4 V daa 1 V (se 0 resultado anterior tiver sido “"1") ou ence ; 12 comparagao: 4 V, somada a —1 V (se 0 resultado anterior for 0"). 4 “ 22 comparagdo: 4 +2 = 6 V, Este processo é melhor entendido assim: 3? comparacéo: 6 - 1 = 5 V, saida’1” LSB a) TensGo de entrada +25 V. (fig, 4) Como se vé, a tensio de comparagio se apro- Tenso de comparagio > 4 V xima sucessivamente do nivel de entrada, dai o 504 NOVA ELETRONICA nome deste método. O exemplo dado teve como objetivo apenas esclarecer o funcionamento, pois geste CAD € de 3 bits, somente, ¢néo permite uma $B aproximagdo precisa. Por analogia, porém, pode- F mos visualizar a operacdo de um conversor deste tipo, com um nimero maior de bits. Veomp , | t| Este processo € mais lento que 0 paralelo, mas, em compensacéo, 6 bem mais barato. Entretanto, 25Vp—-- fo > io — sua velocidade € ainda bastante boa, pois, a cada bit de safda corresponde um perfodo de compara- ‘40, 0 que na maioria dos casos, atende aos requi- sitos dos equipamentos. FIGURA 4 _ Converséo por rampa (fig. 5) Este sistema é simples e um dos mais econdmi. cos. Seu funcionamento é também elementar: a tensdio de comparacao é uma rampa que inicia em zero e cresce linearmente com o tempo. Simulta- neamente, um contador registra o tempo decorrido. Assim que a tensdo de comparacdo atingir o nivel natin da tensdo de entrada, 0 comparador muda de ‘1 para “0”, 0 contador para e a sua contagem serd a propria safda digital. Fonte de Saida sgital FIGURA $ NOVA ELETRONICA 505 renbip epies ‘BABY Bp BONUOD uopeseduioa op Q ved | ap eSuepnw ey ‘A: Opousad 0 sody 506 NOVA ELETRONICA CONTINUA PARA’ FIGURA 7 Pode-se dizer, entao, que o conversor transfor- ma a tenséo de entrada em um periodo de tempo, que é registrado pelo contador. Por este motivo, este processo é bastante lento, comparado aos anteriores. Para uma conversio a 10 bits, seriam necessdrias 1024 (2'°) periodos de contagem. Assim, 0 conversor por rampa sé é empregado onde no hé exigéncia de rapidez, como nos volti- metros digitais. Existe, ainda, um segundo método chamado Sistema de Converséo A/D por Rampa Digital Uma Conversdo usando este Sistema converséo por rampa dupla (fig. 6) que apresenta algumas vantagens adicionais. Esta converséo é feita integrando-se a tensdo de entrada durante um perodo constante de tempo, definido por um determinado némero de pulsos de um relégio (ou “elock"’). Passado este periodo, a tenséo de refe- réncia, com a polaridade contréria 8 de entrada, é aplicada ao integrador; 0 contador reinicia a con- tage, parando quando o integrador chegar a zero. 9 resultado da contagem é 0 valor do sinal, con- NOVA ELETRONICA 507 Ventr FIGURA 8 vertido em bindrio. O método proposto faz com que a conversao seja independente da freqiéncia de “clock” e do valor do capacitor de integragdo, © que € bastante satisfatorio. Conversio por rampa digital Essa conversio (fig. 7) € andloga a efetuada por rampa, a Unica diferenca constituida de uma tampa gerada por um contador, ao invés de ser produzida linearmente. Disso resulta a vantagem que a freqiiéncia do relégio nao influi no resultado da converséo, jé que a rampa é formada em um conversor digital-analégico. © funcionamento é semelhante ao da rampa simples: a comparagao comega pelo zero, 0 con- tador é incrementado e a saida do conversor DA é dada em fungdo do contador. Assim que o compa- rador mudar de "1" para “0”, o contador parard € a saida seré a sua contagem. Conversiio por freqiiéncia Nos CDA de rampa, a conversiio é feita com uma freqiiéncia constante e um perfodo varidvel. E possivel fazer esta mesma conversdo mantendo o perfodo constante e fazendo a freqiiéncia propor- cional a tenso de entrada, contando-se o numero de pulsos durante este perfodo (veja fig. 8). Tal process, conhecido como conversio por freqiiéncia, é dificil de ser realizado, pois como utiliza um conversor tensdo-freqiiéncia, que € um dispositivo analégico, nao se consegue, geralmente, boa linearidade. Apesar disso, para algumas faixas ssSSsSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSsS 508 NOVA ELETRONICA de tensio, consegue-se conversores deste tipo com boas caracteristicas, onde podemos obter CADs de étima qualidade. A fig, 9 mostra um dispositive que emprega essa conversdo. Vejamos seu fun- cionamento. ‘Oamplificador operacional A1 esté ligado como integrador e A2 estd sempre saturado, em uma tenstio positiva ou negativa (Vsat, ou —Vsat.). Supondo que A2 esteja em —Vsat, 0 transistor Q estard, entéo, cortado, e a tenso no ponto A vai -VRy R, +R,’ mado por R, e Ro. Esa mesma tensio é aplicada a0 ponto + de Ay devido ao divisor de tensao for- A tensio de entrada é integrada por A,, cuja saida 6, portanto, proporcional aquela tensao € a0 ‘tempo de integragdo ( V; eT ). Quan. VR do a tensdo de entrada chegara —~—1_ a, Oro RFR 2 vai mudar de estado e sua saida vai para Vsat. Em conseqiiéncia, 0 transistor Q conduz e descarrega © capacitor C. © ponto A fica proximo de zero, Por causa do diodo D,, que mantém a tensio nesse nivel. Descarregado 0 capacitor, a safda de A, vai a zero € Ay muda de estado novamente. Como re- sultado, no ponto A aparece novamente a tensdo —Vsat., e o ciclo se repete. Se o tempo de descarga do capacitor for bem FIGURA 9 reduzido, temos 0 perfodo de um ciclo pratica- mente igual a: V.R, RC v T= 1 pois Vent. Vent. (Ry +R) RC VR RyRy Sabese que T= -f-, Portanto, temos: R, + Rp a= Ven, SS t ent. RR Concluimos que a freqiiéncia 6 proporcional tensio de entrada (Vent.). Com o desenvolvimento dos circuitos integrados, ‘0s conversores tensdo-freqiiéncia tornaram-se bas- tante comuns, Uma testemunha disso é 0 novo integrado 4151, da Raytheon, cujo principio de funcionamento € similar ao do circuito exposto, que pode ser facilmente modificado para ser usado nas converses andlogo-digitais (fig. 10). CONCLUSAO Enfim, um conversor andlogo-digital é umn dispo- sitivo indispensdvel, quando se deseja fazer um pro: cessamento digital, a partir de uma informagéo analégica. O voltimetro digital é apenas uma pequena amostra da grande utilidade desses dispo- sitivos, pois os CDA sdo amplamente utilizados em telemetria digital, em processos controlados por computadores, medidas de preciso e outros tipos de medicao onde a entrada é um sinal analégico. +Vec Conversor tensao frequencia usando 4151 - om some BP cae us conn uy DE ENTRADA Vin FIGURA 10 iaccietaes Com o avango da area de LSI (integragdo em larga escala), j4 existem, no mercado nacional, tegrados que executam a conversio AD com bas tante preciséo e num tempo razodvel, como por exemplo, os Cls LD110/LD111, 0 LD130 e o 3751. Este ultimo é capaz de fornecer uma sada de 12 bits, suficiente para satisfazer os casos mais exigentes. NOVA ELETRONICA 509 PARTE de 2 510 NOVA ELETRONICA UM APARELHO VERSATIL E DE LARGA FAIXA DE MEDIGAO. COM CARACTERISTICAS SEMI-PROFISSIONAIS, PODE SERVIR TANTO AO AMADOR COMO AO TECNICO EXPERIMENTADO. LEVA AINDA A VANTAGEM DE SER DIGITAL © QUE AUMENTA SUA PRECISAO E FACILIDADE DE MANEJO. NOVA ELETRONICA 511 Em eletrénica lidamos com sinais elé- tricos, que avaliamos constantemente, para nos certificarmos que correspondem as nossas expectativas e, se ndo correspondem, para analisarmos os motivos da falha. A avaliagao, todos sabemos, ¢ feita medindo-se as grandezas que caracterizam os sinais. Assim, as informagées que podemos ter a respeito de um sinal em uma determinada parte de um circuito so a diferenca de potencial (ou tenséo, em volts) entre os dois pontos por onde flue o mesmo, a in: tensidade com que passa por esses dois pontos (intensidade da corrente, em ampé- res) e se o sinal for repetitivo, a sua fre- qiiéncia. E justamente aqui onde queriamos chegar. Enquanto tenséo e corrente sao fa- cilmente avalidveis, isto é, podem ser me- didas com simplicidade e a baixo custo pelos “hobbystas” e amadores de eletrd- nica, © mesmo no acontece com a fre- qiiéncia. Um osciloscépio ou um freqiien- cimetro de boa qualidade nao sao tao aces- siveis quanto os multimetros. Para solucionar este problema, temos necessidade de um freqiiencimetro relati- vamente barato e de grande precisio, Um instrumento que vocé mesmo possa montar e“'por pré funcionar”. E que, se vocé quiser, pode comprar em “kit”, para evitar corre- rias atrés de componentes. Decidimos portanto, oferecer este nosso freqiencimetro. Vamos apresenté-lo: Em primeiro lugar, ele “nasceu” digital, Quer dizer, seu mostrador nao é formado por escalas e um ponteiro mas sim, por “displays” de LEDs, o que implica em um circuito totalmente diferente, digital. Tive- mos muitas razdes para fazé-lo digital. Pense bem: 6 mais facil a leitura direta da fre- quéncia, em numeros, do que tentar inter- pretar a posic¢go de um ponteiro na escala do mostrador; é bem mais simples montar “displays” de LEDs sobre uma placa de circuito impresso, ao invés de suar para cali- brar em Hertz, Kilohertz e Megahertz as 512 NOVA ELETRONICA escalas de um galvanémetro que, muitas vezes, j4 é comprado ajustado em amperes ou volts; além disso, para essa calibracdo, seria indispensdvel um freqiencimetro mui: to bom, para servir de padrdo. E, finalmen- te, & dbvio que escalas escritas dessa ma- neira, com nanquim e “letraset’’, néo dariam grande preciséo ao aparelho, mesmo que seu circuito fosse excelente Em segundo lugar, ele mede freqiiéncia de qualquer tipo de forma de onda até 30 MHz. Adequado, portanto, para medi- ges desde freqiiéncias de audio até RF. A leitura de toda essa faixa de freqiéncia Um ciclo FIGURA 1 6 continua, ou seja, ndo existem chaves para mudanga de escala. Seu tnico con- trole € o interruptor liga-desliga. Pois bem, Apds essa introducéo, vamos encarar o freqiiencimetro e suas diversas partes. Vejamos, primeiramente, o que é a fre- qiiéncia de um sinal. Na fig. 1, esté repre- sentado um ciclo de um sinal senoidal. A freqiiéncia é uma grandeza usada para espe- cificar a quantidade de vezes que esse ciclo (ou.de qualquer outra forma de onda repetitiva) se repete durante o tempo de um segundo. Assim, se um determinado sinal apresenta um ciclo em um segundo, diz-se que ele tem uma freqiiéncia de 1 Hertz; sinais com 10 ciclos no mesmo periodo de 1 segundo, tem 10 Hertz de freqiiéncia; com 1000 ciclos no mesmo espaco de tempo, teremos 1000 Hertz, e assim por FREQUEN IMETRO diante. Associado ao conceito de freqién- cia, temos o perfodo, que é 0 tempo gasto para um ciclo se completar. Um sinal de 1 Hertz tem, naturalmente, 0 periodo de 1 segundo. Jé o de 1000 Hertz, tem um perfodo de 1 ms (milissegundo), pois mil ciclos tem que “‘caber”’ no espaco de 1 se- gundo, neste caso. Desta maneira, con- cluimos que o periodo € igual ao inverso da freqiiéncia. Assim: T = I/f onde f = freqiiéncia e T =perfodo exemplo: se f = 1000 Hz i 1000 temos T= 1 = aa = 0,001 s ou ou 1ms Visto isso, vamos agora raciocinar juntos: O que deve fazer um freqilencimetro digital para nos dar a leitura desses ciclos direta- mente em Hertz? Ele tem que contar os ciclos que aparecem, dentro de um espaco fixo de tempo, e mostrar o resultado da contagem nos “displays”. Imagine, por exemplo que esse tempo fixo de contagem seja igual a 1 segundo. CO instrumento recebe o sinal, conta os seus ciclos durante 1 segundo, para, e “joga’”” o resultado para o mostrador. Podemos ler entdo a freqiéncia diretamente em Hertz, isto é, o numero de ciclos do sinal, por segundo. Consideremos agora esse tempo, nao mais igual a 1 segundo, mas sim igual a um décimo de segundo. Como deducao 16- gica, teremos uma contagem de ciclos dez vezes menor, pois o tempo disponivel 6 um décimo do anterior. Isto deve ser previsto no “display”, para podermos interpretar corretamente a leitura. Esta explicagdo é essencial para o entendimento de determi- nada parte do freqiiencimetro e vai se encaixar no texto mais tarde. Por enquan- to, basta entendé-la e guardé-la. Vamos agora falar um pouco mais do nosso freqiiencimetro. Na sua maior parte, ele utiliza circuitos integrados da ldgica TTL, muito comuns e que nao apresentam problemas quanto 4 montagem. No restan- te do circuito, sio empregados transistores de silfcio. O mostrador 6 formado por “displays” de LEDs, que também se torna- ram bastante comuns. Um freqiiencimetro, para funcionar, ne- cessita de uma base de tempo (para o tem- po fixo de contagem, lembra-se?). No nosso caso, a base de tempo é conseguida aproveitando-se a freqiiéncia da rede (60 Hz); mas, para aqueles que desejarem ainda maior preciséo de leitura, existe a possibilidade de se ligar um oscilador a cristal ao aparelho (este oscilador sera um dispositivo opcional). A freqtiéncia da rede, entretanto, tem uma boa estabilidade, poderé permitir leituras precisas o suficiente para a maioria das aplicagdes do frequen- cimetro. Na fig. 2, construimos um diagrama de blocos, para promovermos um contato inicial com os estagios do nosso medidor de freqiéncia. O “‘coragéo’’ do aparelho é formado pelos blocos contadores-decodifi- cadores — “displays”, que efetuam a con- tagem dos ciclos do sinal e a apresentam no mostrador, de forma compreensivel. Os blocos ceifamento, amplificago e quadra- mento e divisor por 10 apenas “‘preparam”’ © sinal para os estagios seguintes. Observe que as bases de tempo influenciam trés estagios do freqiiencimetro. Sao elas as responsdveis pelo tempo fixo de contagem do aparelho de que ja falamos. E, por ulti- mo, hd 0 bloco de alimentacao, que faz ope- rar todo 0 conjunto. Vamos ver cada um desses blocos mais detalhadamente: CEIFAMENTO, AMPLIFICAGAO E QUADRAMENTO DO SINAL Como ja dissemos, estes circuitos adap- tam o sinal ao resto do sistema. Eles pri- meiramente ceifam o sinal de entrada, isto 6, cortam seus picos para tornd-lo adequado aos estagios de amplificacao. Estes, amplifi NOVA ELETRONICA 513 “aac ae re oR ES Displays” Decodiicadores a 8 2 5 5 ft | iL = 4 3 ; ie i af 3 és z FIGURA 2 514 NOVA ELETRONICA cam o sinal até o nivel correto para os circuitos TTL. O primeiro estagio é formado por um transistor de efeito de campo (FET), para providenciar uma alta impedan- cia de entrada para o freqiencimetro e tornar sua influéncia minima, nos circuitos aonde for conectado (é 0 mesmo caso do voltimetro: quanto mais alta a impedancia interna, menor serd a corrente drenada do circuito e menor seré a influéncia do apa- relho no mesmo). Existe, por fim, o qua- dramento do sinal, necessdrio para que os integrados TTL interpretem corretamente a informagdo. E que estes integrados pre- cisam de niveis de tenséo bem definidos em suas entradas, para poder trabalhar (os niveis “0” e "1" da légica digital bindria). Assim, se uma sendide, por exemplo, for aplicada a um circuito TTL, pode deixd-lo “‘confuso”, pois essa forma de onda apre- senta varios niveis de tensdo intermedidrios. Devemos usar entdo a forma de onda qua- drada, com os niveis que a logica TTL necessita (fig. 3). O “‘quadrador’’, portanto Tempo de subida e niveis de ten- FIGURA 3 Co REQUENCIMETROC transforma toda forma de onda, na saida dos amplificadores, em onda quadrada. E um “Schmitt Trigger”, que serd explicado mais adiante. DIVISOR POR 10 Divide a fregiiéncia do sinal por _dez, para adaptagio a escala do aparelho. E um contador, trabalhando como divisor de freqiiéncia. Seu funcionamento é 0 mesmo dos divisores do bloco “bases de tempo’’. CONTADORES So os dispositivos que contam os pulsos do sinal dentro de um espa¢o constante de tempo. Como usam légica binéria, o resultado da contagem (que so numeros decimais) aparece sob codificaco bindria em suas 4 saidas. Os contadores, no nosso caso, véo de zero a nove na contagem; deste modo, as saidas para cada numero seréo contagem saidas do contador $4 $3 S2 S1 0 o 0 0 0 1 0 oo 1 2 o 0 1 0 3 oo1 1 4 o 1 o Oo 5 o 1 0 1 6 o 1 1 0 7 o 1 14 1 8 1 0 0 0 9 1.0 0 1 (Para quem tiver duvidas a respeito de numeragao binaria, recomendamos a consul - ta de Nova Eletrénica n° 1, paginas 20, 21 € 22). Os niveis presentes em S1, S2, $3 e S4 sio aplicados as entradas dos decodificadores. DECODIFICADORES E “DISPLAYS” Os “displays” que formam os ntimeros que vemos no mostrador do freqiencime- tro sio divididos em sete partes ou segmen- tos, com os quais podemos “construir” os algarismos de 0 a 9 (fig. 4). FIGURA4 Convencionou-se identificar os segmen- tos com as letras de a até g. Por exemplo, se 0 numero zero estiver representando no “display”, teremos acesos Os segmentos a, b, ¢, d, e, f; (fig. 4A) para que possa- mos ver “escrito” o numero 6, acendem-se os segmentos a, c, d, e, f, 9 (fig. 4B); para o ntimero 8, devem estar todos acesos, naturalmente (4C). O que se percebe agora, é que as saidas dos contadores ndo séo com- pativeis com os “displays” pois, nos pri- meiros existem apenas 4 terminais enquan- to nos segundos, os terminais so em nd- mero de 7, e sob uma codificagéo comple- tamente diferente. Em conclusdo: temos a disposi¢aéo, na saida dos contadores, niveis de tensdo que representam os algarismos de 0 a 9 em codificagao bindria. E, por outro lado, pre- cisamos acender os “displays” com niveis de tens&o distribuidos de outra maneira (pode-se dizer, codificados para sete seg- mentos). ‘Aqui entram em cena os decodificadores, para adaptar contadores aos “displays”. NOVA ELETRONICA 515 'm seu interior, 0 resultado da contagem € transformado para que nés possamos lélo, no mostrador. BASES DE TEMPO Jé dissemos que so as responsdveis pelo tempo fixo de contagem de ciclos do fre- giiencimetro, So produzidas por dois con- tadores, funcionando como divisores de freqiiéncia, e também por varias portas NAND. Mas é melhor que falemos mais sobre elas quando introduzirmos 0 circuito pratico do aparelho, ocasido em que serio entendidas facilmente. FONTE DE ALIMENTACAO E uma fonte estabilizada normal utili- zando apenas um integrado para as fungdes de estabilizagdo e protegdo contra sobre- cargas. Vamos ficando nesta primeira parte. Seria muito cansativo abordarmos tudo relativo ao freqiiencimetro agora e preferimos dar algum tempo a vocés, para que possam assi- milar 0 que ja foi apresentado. No préximo numero veremos novamente todos os blocos do aparelho, desta vez seguindo o circuito Pratico completo, e daremos todas as “di- cas” de montagem elétrica e mecanica. E o que é melhor, 0 “kit” do freqiiencimetro estard sendo lancado, proporcionando uma realizagdo imediata do projeto pelos lei- tores interessados. o_o 110VcA - FIGURA 5 516 NOVA ELETRONICA owe Toon ag cil | fa "es CR EQUI METROC Fig.5,6e7 - Esquema completo do Frequencimetro; sera publicado novamente c13.c1e-7400 na Rev.S cis. 7403 FIGURA 7 NOVA ELETRONICA 517 Tudo 0 que vocé precisa MMALISOM 07207" seus aparelhos de som MAPA DCS automatico KIT eer -DISCO UMPA- -AGULHA 7 ESCOVA LIMPA-DISCO Ref. 105 Ref, 106 Ref. 107 : Ref. 108 _...— Suse une, | CASSETTE DE LIMPEZA MALICLEANER econo | OLEO-GRAVADOR [ae : eprodutorea do Catcote's Gia, | Geievcucs cae ©) ett © Ref. 113 Rot, 144 Ret. 17 BZ 7) AIT EMENDA.-| “FA PORTA-TAPE PORJA-TAPE ROTA-RACK capaciaace PSI ror: Rta Madre Teodora, 87 - Tel, 852-9144. 518 NOVA ELETRONICA “AFIRMACOES DEFINITIVAS” FAMOSAS EM ELETRONICA (Os conceitos de hoje podem tornar-se obsoletos, amanha) Junca se conseguird substituir os sinais de fumaca por um meio de comunicagao mais rapido”. Chefe Nuvem Branca REVISTA “ENGINEER” — “0 telégrafo é a Ultima palavra em comunicagio eficiente” em 1850, — "Com a vilvula a vécuo, aleangamos o zenite do potencial de comunicacao”” em 1920 — "Os transistores so 0 passo final das pesquisas para meios de comunicagao eficientes e seguros”. em 1950 — “Qs circuitos integrados sio a resposta definitiva! E impossivel ir além de um conceito to revoluciondrio! em 1960 Extraido de “Physics of Semiconductor Devices” — S. M. Sze NOVA ELETRONICA 519

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