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Na rea da pOs-tragdo, tem sido erescente a construgao de edificios piblicos esar de, hoje, representar cerca de 30%,do consumo de aco em pés-tracdo, € um mercado promissor, para o qual se dirige boa parte do esforgo de desenvolvimento da protensio. Figura 29. Edificio em lajes lisas protendidas com cordoalhas engraxadas plastificadas - Vitsria, ES. 9.2.5.4. Concluséo Por meio da protensio, conseguiu a engenharia civil utilizar mais racionalmente ‘© concreto, empregando os acos de alta resisténcia que o conereto armado néo teria condigbes de absor Por outro lado, a pei construfdas com materi ida tem um comportamento semelhante aquelas jentes também & tracdo. As pecas delgadas de conereto protendido apro ‘muito das construidas em ago, a tal ponto que técnicas construtivas tradicionais na execucdo dessas estruturas estio sendo szadativamente utlizadas no protendido. © campo € fértil e grandes obras protendidas so € serdo construfdas, engrandecendo o acervo das realizagdes humanes. Referéncias Bibliograficas ASSOCIACAD BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 2H: Rata es ap dena a armaduras Fas cnt arma = Exp. ea 6 Masco: Bat Revert Mavens, 96, MOBLL, H. Mormaia preteen Sree’ Ea Gi 188 Concer, Ensiao. Peguia Reames a GGraico Ceesells Yess Tester) < (©2005 teacon. Todos rete reservados - Capitulo 10 O Cimento Portland Yushiro Kihara Sérgio Luiz Centurione Assoragio Brailes de Cimento Peeand- ABCP 10.1. Introducao Em linbas gerais, cimentos so substncias ligantes, capazes de unir fragmentos (ou massas de materiais sOlidos em um corpo compacto. Essa definicéo abrange ‘um grande mimero de substancias distintas entre si, com poucas caracteristicas , 0 cimento Portland é o aglomeramte hidraulico utilizado ‘Tem importincia no desempenho, qualidade ¢ durabilidade a processos de transformacdes quimico-mineraldgicas, que contibuem para agregar e consolidar os agregados, resultando em um compésito, o concreto de cimento Portland. 10.2. Histérico 10.2.1. Cimento na antiguidade E dificil precisar quando ocorreu a primeira construgdo em que se tenha utilizado material de cardter cimenticio como ligante, em substimuigéo as cavernas naturais ¢ construsées megaliticas, estruturadas com a sobreposi¢go de grandes blocos rochosos. No entanto, € possivel imaginarmos um aborigine fazendo fogo em uma cavidade escavada er caleéria ou contendo gipsita; o calor descarbonaia idrata parte da rocha, que se pulveriza entre fragmentos maiores. Posteriormente, uma chuva leve ou mesmo 0 orvalho provoca a hidrataczo 10.2.3. O cimento Portland no Brasit As primeiras tentativas, no Brasil, de aplicar os conhecimentos relativos a fabricagao do cimento Portland ocorreram aparentemente em 1988, quando o Eng. Louis Felipe Alves da Nobrega, na Ilha de Tiriri, na Paraiba, ¢ 0 Comendador Anténio Proost Rodovalho, em Santo Anténio, em Sao Paulo, a0 ini snharam-se em dois projetos de implantacdo de fabricas de cimento no Pais. culo AV oye aes constrgdes até a Idade 4B. A fibrea da Perabo funonou apenas por trés meses em 1892 e a de Sio Paulo, 1970). ‘argamassas foram novament de 1897 a 1918, com interrupedes. Em Cachoeiro do Itapemirim, 0 Governo do Espirito Santo fundou, em 1912, uma pequena fabrica que munca chegou a funcionar regularmente, até ser arrendada ¢ remodelada em 1924. Todas essas etapas no passaram de meras tentativas, por razGes que véo da deficiéncia téenica &s condigoes econdmicas adversas (ABCP, 1970: SNIC. s.d.). Restrigdes imposias pela Primeira Grande Guerra 20 uso de produtos essenciais 10.2.2. A invencio do cimento Portland Fores imvestigag x é a0 Pais despertaram uma fase de desenvolvimento industrial. Foram concedidos (ono 80 Farol de Eady : incentivos a novas empresas de cimento, o que permitiu a retomada da fibrica aa 1979). . a i do Espirito Santo em 1925 e o estabelecimento da fabrica de Perus, em Sao 1956 eoGay e Paulo, em 1926. Inaugurava-se a chamada fase industrial do cimento brasileiro gue cae E1955). i wessiva da GGNIC, s.4.). Desde entéo, a indistria brasileira de cimento ver crescendo, o-caae cients Pegomiade il = e passando por periodos de crescimento ¢ crises, sempre associados 4 conjuntura m land adv a , econdmica do Pais. aac ; i A indistria brasileira de cimento € constinuida por dez grupos empresariais, Cas ialetias comercializadas na époce, de onde se extraiam as responséveis pela operacio de 57 fabricas, distribuidas em todo o Brasil (SNIC. tO idsean Cee © dalxo intercdmbio cientifico de 6 sd). Em 2004, a producdo de cimento foi de 34,4 milhées de toneladas, 0 que "imento dos experimentos de Smeaton, cine? ©, aParentemente coloca o Brasil como © 8° maior produtor mundial. Entretanto, o consumo per . cimentos similares foram capita de 188kg/hab esté aquém dos ntimeros estatisticos de paises desenvolvidos, Sportunidades até 1830, como os Estados Unidos (373kg/hab), ¢ da média européia (461kg/hab). 10.3. Fabricacdo do Cimento Portland 10.3.1. Generalidades principal constituinze do cimento Portland é o clinquer Portland, material simtetizado ¢ peletizado, resultamte da calcinacdo a aproximadamente 1450°C de uma mistura de caledrio e argila ¢ eventuais corretivos quimicos de natureza silicosa, aluminosa ou ferrifera, empregados de modo @ garantir 0 quimismo da mistura dentro de limites ig. 1). A mais simples formulago do cimento Portland envolve, na atualidade, 10 somente a moagem do clinquer previamente obtido com uma ou mais formas de sulfato de cdlcio, estas iltimas empregadas em proporedes que variam em massa de 3% a 5%, aproximadamente, com o objetivo principal de regular o tempo de Pega ou endurecimento inicial do produto (ZAMPIERI, 1989). 20x10 F8C (Equacéo 1) 2,85I0, + 1, 281,05 + 0, 65F0,05 s0, feet (Equacdo 2) My0q + Fe,0, 41,0, Ma (Equaczo 3) Fen0, Figura 1, Fluxograma do processo de fabricagéo do cimento Portland (KIHARA er al, 1990), 10.3.2. 0 clinquer Portland Oprocesso via timida, em que as matérias-primas sto moidas e homogeneizadas com adicio de cerca de 40% de égua, gerando uma pasta, era utilizado no inicio da fabricacdo industrial de cimento, mas € pouco utilizado hoje em dia. devido \dido. Foi substituido gradativamente pelo processo a crise mundial do petréleo, iniciada em 1973, poder calorifico necessério para um forno via timida. Resulta da moagem a seco das matérias-primas, gerando a fariaha de clinquer Portland. Um forno modemno € constituido por um conjunto de ciclones (pré-aquecedores), um macarico dario (pré-calcinador), responsével, sobretudo, rbonataczo do calcério, 0 forso propriamente dito, com 0 magarico pr induz & formaco dos minerais de clinquer, e um resfria ilustra um forno com pré-aquecedor e com resfriador do tipo 1985), Apés um complexo ¢ continuo processo de queima, o clinquer ¢ resfriado rapidamente, com 0 de impedir que as reacdes de transformagdes mineral6gicas obtidas no interior do fomo sejam revertidas durante o resfriamento. A Fig. 3 mostra um esquema do interior de um forno rotativo de clinguer, 0 metilico), protegida por uma camada de tijolos ‘que por sua vez tustrial. A Fig. 2 lite (DUDA, Dentre eles, os mats usuais so 0 Fator de Saturacdo de Cal (FSC), sires © de Silica (MS) ¢ 0 Médulo de Alumina (MA) (CENTURIONE, ‘sua ver, recoberta por camada de clinguer permanente, uma fotografia do interior do forno, em que se visualiza © macarico com a chama. = aa a Figur 2 Fogems de ozo de eller com pram i com paqusedr ()eresiadr satélite (R) (adaptado de DUDA, 1985). id] ante Figura 3. Comte transversal de forno (esquerda) e foto do interior do forno (direita), © apore térmico no forno provoca a descarbonataga ‘ smo a¢0 do caleério desesrutura;io dos arlomineras, “liberando” os quato elements priactpals 2, Si, Ale Fe) que se recombinam 20 longo do perfil de temperaturas do foro rotativo, sob pressio negativa e ambiente oxidantee alealing, sinterisando 3 components formadores do cinguer Pordand, alts, bela, CA e CAF, que ses ves nests condi. A partir do momento em que dein ‘0 forno, ambientes (CENTURIONE, MARINGOLO & PECCHIO. 2005) in 2 ls ed iE ar re Figura 4, Esquema com as transformag6es mineral6gicas no interior do forno de cliaquer, em fineo da temperanura (adaptado de WOLTER, 1985). , hematita (Fe,0.), entre out rochas calcérias e argilosas. Essas fas minerais metaestéveis, cujos campos de estabilidade temperaturas superiores a 100°C, representados pelos = Ca,SiO, ¢ belita - Ca,SiO,) ¢ pelos aluminatos e ferro-aluminatos célcicos (C,A- Ca,ALO, ¢ CAF - Ca,AbFe,0,,). Adicionalmente, outros minerais se formam em proporcées menores, como a cal livre (CaO), 0 periclasio (MgO) ¢ sulfatos alcalinos diversos (CENTURIONE, MARINGOLO & PECCHIO, 2003). A alita € 0 principal consticuinte do clinguer, compreendendo 40% a 70%, em massa. Tem importante papel no endurecimento e na resisténcia mecanica do cimento as primeiras idades (de 1 a 28 dias de cura). Apresenta-se sob a forma de solugdo sdlida de Ca,SiO, com proporgées variadas de elementos menores (At, Mg, Fe, Na, K, A belita também desempenha importante papel nai do cimento, sobretudo 2 idades mais avancadas (ecima de 28 dias de cura), na sua microestrutura, contrariamente ao que ocorre nas indtistrias sideningicas do vidro, cuja etapa de fusdo apaga qualquer vestigio das condigdes a que se submetex 0 produto. ‘Assim, a determinacdo da dimensao média dos cristais de alita, da forma dos cristais de alita e belita, da distribuigdo dos cristais de belita e cal livre, do grau i da fase intersticial, entre outras, séo caracteristicas texurais mistituir as principais etapas do processo de fabricacao. idade de adotar ajustes para a obtengo de um produto de otimizados. A Fig. 5 ilustra minerais do clinquer Portland varredura (MEY). Figura5.Fotomicrografiasdesuperfici deluzcefletida (4 eB) fragment Djevidenciandocristaisde:alia = intersticial(£) ,CaOlivre (k)epericisio(m). 10,3.2.5. Correlagdo entre finura do cimento € comportamento reolégico A moagem é uma das ultimes etapas da fabricacio do cimento. A figura € a distribuicdo granulométrica do produto tém importincia vital para 0 seu ‘comportamento reolégico e o desempenho mecénico. 304 ¥. Kihara eS. L. Conturione © processo de hidratagio do cimento inicia-se pela superficie das particulas , assim, a area especifica do mate produzidos com um mesmo rar a importancia das distrit desenvolvimento das resisténcias mecinicas desses materiais. uer © com mesma c io mineraldgica, O uadro apresenta resultados de ensaios fisieos e mecinicas comparatvos No processo de moagem, vérias particulas so sob @ aco complexa das cargas mecanicas. A Parfculas de wm eimento pode ser descrita por meio dos parmetros d’ e m da equagao de Rosin-Rammler-Sperling-Bennett (RRSB): das simultaneamente, 0 Cimenio Portiand 305 P(d) = 1~ expl-(d/d)"J (Equacio 4) nde: P(d) = proporedo de particulas inferores a um diémetre x: = didmeto da pencira em que 63,2% do cimento & passant; 1 = coeiiciente angular da equagao de RRSB. O valor de d” (um) define a finura do cimento e estd associado a resi mecénica padrao dias de cura. Quanto mais fino o cim valor de d’ ¢ mais répida a evolugdo da resis mecanica. Locher (1988) verificou que, mantendo-se d” constante, a resisténcia padriéo acs 28 dias ermanece constante, mesmo que a superficie especifica do cimento varie de 460 até 240em*/kg ou que @ inclinagdo da curva de RRSB (1) varie de 0.86 até 1,21. Ainda com rela¢do ao desempenho de cimentos, com base exclusivamente na distribuigdo granulométrica, slo desejéve 30um entre 60 e 70%. Particulas abaixo de 2um © aumento de resisté it pasticulas maiores que S0jim comportam-se praticamente como inertes, devido & pequena drea superficial por unidade de massa O pardmetro # é uma medida relacionada & demanda de 4gua do cimento ¢ representa valores de, normalmente, entre 0,7 a 0,8 para os moinhos de bola com separadores de baixa ia, podendo chegar 2 1,3 em moinhos de rolo HNARTZ; ELLERBROCK & SPRUNG, 1995). ‘mais ampla 2 distribuicdo granulométrica e menor dro da pasta. Isso pode Quanto menor a demanda de ser explicado , com a distribuigdo granulométrica mais ampla, menor seré 0 ios entre as particulas do cimento, diminuindo, assim, a quantidade de égua fisica necesséria ao preenchimento desse vazio para uma mesma trabalhabilidade da pasta. No tocante ao controle adequado da finura e & distibuicdo granulométrica do cimento, imimeras técnicas so utilizadas, com destaque para as apreseniadas a seguir. : € um método de permeabilidade padrao desenvolvido 1940, Sua importin 306 ¥. Kara eS. i, Centutone Peneiramento: € uma técnica antiga, de baixo custo, porém aplicével a granulometrias mais grossas. Abaixo de 38um (#400), o peneiramento é muito Gificil, com baixa reprodutbilidade dos resultados. Granulometria por difracéo a laser: 0 método se baseia no fato de que Angulo de difracao de um feixe de raios laser ao incidir sobre ido (agua ou dlcool etilico) que passa através de uma célula, em que é feixe de raios laser. Detectores captam 0s raios difratados apés se iados pelas particulas de ‘cimento em suspensaé, determinando o angulo de diftacdo ¢, por conseguinte, 0 didmetro das particulas. Esse método possibilita a determinacio da distribuigo sranulométrica do cimento dentro de intervalo que vai de 0,1um a 500um, 10.3.3. Demais constituintes do cimento Portland Logo apés a invencio do cimento Portiand, outros materiais comegaram a ser ‘cogitados para utilizacio conjunta, constinuindo os cimentos com adigoes. Essas novas adigdes conferiam avancos teenol6gicos com significativas melhoras na qualidade dos cimentos, além de proporcionar reducio dos custos de produsao, considerando-se os baixos valores agregados desses materiais (ZAMPIERI. 1989). Dois tipos de materiais foram consagrados em todo o mundo por seus vantajosos desempenhos quando adicionados 20 cimento Portland: as escirias gramuladas de alto-forno, subprodutos da fabricacZo da gusa, e 03 materiais ozolinicos de origens naturais e artficiais. © primeiro cimento Portland de alto-forno comercial foi produrido na Alemanha, em 1892. Em 1909, 0 governo daquele pais oficializou o uso de até 30% de esedria em cimentos. No Brasil, 0 processo de adicao de escéria 20 cimento Portland iniviou-se no ano de 1952, com a Cimento Tupi, em Volta Redonda ~ RJ, empregando escérias eranuladas de alto-forno provenientes da Companhia Siderirgica Nacional (CSN) (BATTAGIN, 1987). Por sua vez, a adigo de m: motivada pelo desempenho das anti nome genérico pozolana, esses mat vaziados. Os cimentos Portland pozolinicos a0 cimento deve ter sido argamassas greco-romanas. Apesar do esentam origem e composigbes muito assumiram expressiva participacio de pozolanas naturais derivadas de 's cimentos com adieao pozolnica viriam a ser comercializados Rio Grande do Sul, por iniciativa da S.A. Indistrias Matarazzo, utilizando-se as cinzas volantes coletadas na ‘Termoelé:rica de Charqueadas (BATTAGIN, 1987). Anteriormente, havia usos © Cimento Portland 307 esporddicos de cinzas volantes em 1964 (KIARA & SHUKUZAWA, 1982), também no Rio Grande do Sul, e de argilas calcinadas nas obras da barragem de Jupi, no Rio Parand, cuja Fabrica de pozolana iniciou sua operago em 1965 (ZAMPIERI, 1989). : A Fig. 7, extraida de KIHARA & SHUKUZAWA (1982), ilustra 0s campos do cimento Portland, cimento aluminoso, eseérias dcidas e basicas e materiais pozolanicos no sistema Ca0-Si0,-AL0, Si, 00%) filler siticoso AS, porolanas de cinzs volanes escGrias dcidas AS, - metacanlinita” escirias bisicas cs cs cimento portland: filler caleario rod mento alumi ALO, cimento aluminoso 10; (00%) 400%) ‘i |. Representagdo aproximada das faixas composicionais do cimento Portland ¢ ‘Rus atmo ste ern Ca0°SI0, ALO, QUHARA & SHURUZAWA, 156) 10.4. Hidratacao do cimento Portland 10.4.1. Generalidades © proceso de hidratacdo do cimento Portland pode ser entendido como a establizacto pela 4gua dos minerais do clinquer, metaestaveis a temperatura ambiente, gerando uma assembléia mineralégica distinta, constinuida predomi- O), etringita (Ca,At,0,.3CaSO,.32H,0) € portlandita oI my PROPORCAO APROXIMIADA (i EN MASSA) TEMPO DE sIDRATACAO Fira 8, Cuvasapoximada de evolu : csidade olusto ds fase ida ¢ da por, ast de cineno em ineo do tea de hides CAMP wee A avidez do cimento por égua estdrelacionada &necessidade deo ie 0s componentes do clinguer atingirem seu campo de estabilidade sob as condigdes ambientais ville (1997), existem duas formas de reagdo entre os 2) incorporacdo direta de aleumas moléculas 210 a0 sistema. E usual. e mesmo conveniente ° cimeato a x Bes, isto 6 i See Sine Maman odes a5 reagGes, isto 6, tanto i Como 0 cimento Portland € constituido por mistura de varios compostos, © processo de hidratacao consiste na ocorréncia de reagtes simultineas dos ‘composts anidros com agua. No entanto, esses compostos néo se hidratam 2 uma mesma velocidade, Para melhor compreender 0 processo de hidratacdo do cimento, pesquisadores passaram a estudar em separado 0 comportamento exibido pelas diversas fases mineralégicas que compdem o clinguer Portland, ‘Assim, segundo MEHTA & MONTEIRO (1994), considerando-se os principais constituintes mineralégicos do clinquer Portland, os aluminatos se hidratam muito mais rapidamente que 0s silicatos. Ainda, segundo esses autores, 0 enrijecimento (perda de consisténcia) e a pega (solidificacdo) resultam diretamente das reagdes de hidratacdo dos aluminatos, enquanto que os silicatos, que correspondem a cerca de 75% do clinquer, tém importante papel na determinacdo das caractetisticas do endurecimento (taxa de desenvolvimento . 9.¢ 10 ilustram os desempenhos das principais fases do clinguer apés bbidratacdo, quanto & evolueao da tesisténcia mecénica & compressio ¢ 20 calor Ge hidratacao Tiberado, respectivamente. RESISTENCIA A COMPRESSAO (MPa) ‘TEMPO (DIAS) Figura 9. Curvas de evolugio da resisténcia mecinica & compressdo das fases puras do clinguer Portand em fungéo do tempo (ZAMPIERI. 1989). A hidratagio do cimento Portland péra quando no existir mais fase anidra de cimento (misturas com elevada rela¢do a/e © bem curadas). ou quando a ‘gua no puder mais chegar &s fases ndo hidratadas (Gistemas muito densos € defloculados), ou ainda quando nao existe mais agua disponivel, caso isso acontega (relagio a/e muito baixa). (AFTCIN, 2000). 310. ¥. Kihara ¢S. L. Centrione TAXA DE HIDRATAGAO () B88 8 @ o © @ io TEMPO (DIAS) Figura 10. Taxas de hidratagdo dos principais constimintes do clinquer Portland, em funcéo do tempo (ZAMPIERI, 1989). A pasta endurecida de cimento sofre apo dos agentes intempéricos, como percolacdo de dgua, umidade e temperatura, bem como rochas aparentemente ss que nao se encontram sob condi¢des de estabilidade, j4 que foram formadas em profandidade, sob condicdes diversas, softem aco desses mesmos agentes fisico-quimicos de superficie. Assim, 0 concreto 2 base de cimento encontra-se em continua transformacao. Sua durabilidade € longa no contexio de uma obra, porém limitada no contexto histérico (CENTURIONE, MARINGOLO & PECCHIO. 2003). E importante Jembrar também que a hidratagdo do cimento Portland nio depende exclusivamente dos componentes mineralégicos do clinquer e des adigdes ativas do cimento, mas também de fatores fisicos como finura, relaga0 dgua-cimento, temperatura ¢ procedimentos de cura, entre outros. 10.4.2. Hidratagéo dos silicatos célcicos A hidratagio da alita (C,$) e belita (C,S) no cimento Portland produz uma familia de silicatos célcicos hidratados estrururalmente similares, denominados | genericamente por C-S-H, com crislinidades, morfologias ¢ composigies bastante varidveis, dependendo do tempo de reacdo, teores de adicdo do cime: temperatura ¢ relagio af¢ (ZAMPIERI, 1989; MEHTA & MONTEIR( 1994). Especificamente em relagdo aos teores de adigées no cimento (escéria e pozolana) do Ca0/SiO, do C-S-H oscila entre 1,7 a 2,0 para cimentos forno e entre 1,0 ¢ 0 Cimento Portana 341 Em caso de hidrataso comptera dos silicatos céleicos do cimento, a composico aproximada do C-S-H corresponde ao C,S,H,. Essa relacdo € utilizada nos cAleulos estequiométricos. Dessa forma, as reacdes estequiométricas para pastas completamente hidratadas de C,S e C,S seria expressa como (MEHTA & MONTEIRO, 1994): 20,8 + 6H > 65,1, + 30H Equagio 5) 20,5 + #8 + Cy, + cH Equasio 6) Observa-se, nas Equacées 4 € 5, que 0 conteddo de C-S-H € hidréxido de cAlcio (porlandita) varia de acordo com 0 silicato célcico. Os célculos cestequiométricos mostram que a hidrataedo completa do C,S produz 61% de C,S.H, @ 39% de hidréxido de calcio. Por outro lado, a hidratagio do C,S gera 83% de C,S,H, © 18% de hidrxido de célcio (NEVILLE, 1997), Considerando-se que 0 hidr6xido de célcio nio contribui para a resisténcia mecinica da pasta de cimento, sendo também de mais ficil solubilizacéo, lixiviago © carbonatagio, espera-se que a resisténcia mecinica final e a urabilidade da pasta endurecida frente a ataques quimicos de aguas dcidas e sulfaradas de um cimento Portland com elevado teor de C,S, sejam meaaree que as de um cimeato de alto teor de CS. orate As reagtes de hidratagio da alita e da belita sto aceleradas na presenca de fons sulfato em solucdo. 10.4.3. Hidratacao dos aluminatos ¢ ferroaluminatos célcicos A reagio do C,A com agua € imediata, Formam-se rapidamente hidratos cristalinos, tais como C,AH,, CAH, ¢ C,AH, com conseqiiente liberaco de grande quantidade de calor (MEHTA & MONTEIRO, 1994). Dessa reacdo resulta um enrijecimemto imediato da pasta, conhecido como pega instantinea. Para evitar que isso ocorra, adiciona-se sulfato de calcio (genericamente denominado gesso pela indistria de cimento) em proporgées adequadas. © gesso (fase de sistema CaSO,.2H,O ~ CaSO) € utilizado, entio, como retardador da pega de cimento. Segundo Metta & Monteiro (1994), vérias, teorias tém sido postuladas para explicar 0 mecanismo de retardo da pega do cimmento pelo gesso. De acordo com uma dessas teorias, uma vez que 0 gesso ¢ os dlcalis entram em solucdo rapidamente, a solubilidade do CA é diminufda na presenca de fons ‘icroxila, Alcalis e sulfato. Dependendo da concentragao de aluminato ¢ de fons sulfato na solugdo, 0 produto cristalino de precipitagao € o tissulfoaluminato 312 Y, Kihara eS. L. Cowurione sulfato na solugio, o produto cristalino de precipitacdo é o trissulfoaluminato de cileio hidratado (alto-sulfato ov etringita), que se cristaliza na forma de reagbes quimicas podem ser expressas como: Lato, +3150," + 6(ca]" + dqua > CgA83Hyy —(eringia) —_(Equaco 7) : 2 2 st (AIO, + 350,1" + atcal® + dgua -> C,ABHyg —(monossufexo) (Equacdo 8) Normalmente, a etringita é o primeiro produto de hidratacao a cristalizar- se, dada a elevada relapao aluminato/sulfato (A/S) na fase aquosa, durante a primeira hora de bidratagdo. A Fig.11 apresenta as curvas padrdo de liberacdo de calor ¢ de disponibilidade de hidroxido de célcio em solugao em fungio do ‘tempo, na hidratacéo do cimento Portland. (Co") mmaohsatea ‘TAXA DB LiBeRAGKO. BEeALON ‘Eso inci: CU: Feroao de indusao: (IE): Perego de axle gio inc eriodo de inducao: (Il): Perio le ye Periodo Ge desesieraio; © (V) Esagio faa, On | e6? 6 aeslerato: Vy 0 comportamento da pega do cimento é influenciado pela relacio A/S. A Fig. 12, eleborada por Mehta & Monteiro (1994), resumié.0 comportamento da pesa do cimento em fungio da relacdo A/S. e Seine = ore Seconds ros see cia da relagdo molar aluminato/sulfato (A/S) da fase aquosa nas igura 12, Inf ead . de pastas de cimento Porlland (MEHTA & MONTEIRO, caracteristicas de pega 1994), A hidratagdo do C,AF em presenca de gesso promove a formacdo de fases similares &s obtidas com a hidratacdo do C,A, a8 quais se distinguem pela substituigdo parcial do AL pelo Fe. é Por exemplo, dependendo da concentracdo de sulfato em solucao, hidratagdo do C,AF pode produzir C,A@)S,H,, ou C,ACF)SH,., que possuem composicées quimicas varidveis. porém estruturas similares as da etringita ¢ do ‘monossulfoaluminato, respectivamente. Entretanto, 0 papel desempenhado pelo ferroaluminato no cimento Portland, nas fases iniciais das reagdes de pega ¢ endurecimento da pasta de cimento, Gepende principalmente da sua composicao quimica e da temperatura de formago. A reatividade da fase ferrita é mais lenta que a do C,A. porém eresce ‘com o aumento do teor de alumina ¢ diminuiggo da temperatura de formaczo durante 0 processo de produgéo do cimento. 10.4.4. Estrutura do cimento hidratado Em qualquer estégio da hidratacdo, a pasta endurecida de cimento Portland Gonsiste de produtos hidratados dos diversos compostos desse cimento, i nte gel, de cristais de Ca(OH),, alguns compostos menores, cimento ndo hidratado © espagos residuais cheios de agua na pasta 's da hidratacio do cimento gua depende nao s6 da io da hidratacao. Em geral, lume de produtos sélidos da pasta a 60% (NEVILLE, 7). A durabilidade de pastas, argamassas 10s a base de cimento Portland esti diretamente associada A porosidade desses materiais no estado endurecido. Durante a hidratagio do cimento, sfo gerados 0s poros na esmutura, que podem ‘er subdividides quanto a sua origem ¢ seu tamanho em (com base em MEHTA. 1994): ancoTeim ‘* macroporos (geralmente acima de 1000A, decorrentes de problemas de adensamento ou uso de incorporadores de ar); fentam dimensGes normalmente inferiores a 100A e dependem do grau de ci em verdade, os poros da estrunura de C-S-H apresentam dimenstes entre 5A € 30A, a0 passo que os vazios existentes entre os géis de C-S-H, entre 30A © 100A. Anda, segundo esse autor, a retragdo hidréulica observada em pastas de cine sociada & agua contida nos po lentes entre 0s géis de C-S- ferente & 4gua combinada quimicame: estrurura do C-S-H (entre 5A ¢ 30A), no apresenta 10.4.5. Ensaios de propriedades do cimento "| BR NM 15/08 talizacdo dos produtos de hidratacdo, em especial do C-S-H: 4 ‘Quadro 1. Métodos de ensaios quimicos ¢ fisicos normalizados. ec Sate Noma Fe ; NER NM Tic Cinewo Pork —Aniise qumica ~ Minoo opaivo an] Tr Gineas Ported — Rel. cu NA Gast & Sndos prc por omplecmeta Cimemo Pordan ~ Anise unica ~ Detminaio do Sido Sic ive pt se sea fee reané ~ Andie quia ~ Detomialo do resid NBR NM 13/04 wtiand - Anilise quimica - Determinacéo do anidrido NBR NM 1608 C% mica - Método de arbritagem para a ‘Cimento Portland ~ Anilise quimica - Método de bas NBRNM 17/04 doterminacio de Gxido de s6dio ¢ Sxido de potissio por fotometria de cama, i Cimento Portland ~ Andlise quimica - Determinapdo da perda 20 fogo | as Cimento Portland - Andlise quimica ~ Determinayio de enxofre NBR NM 19/04 forma de sulfero i Cimento Portland ¢ suas matériss-primas - Anilise quimica - NBR NM 20/04 Dererminagio do digxigo de carbooo por gesometria, nent Porta e ciaguer~ Andie qunica~ Determinsio de clozeto pelo método de fons sletvos ~ Método e enscio ‘Cimento Pordand ~ Determinasio da resistéacia & compressio| ‘Cimento Pordand ~ DeterminasZo da expansibilidade de Le Chatelie Cimento Porand ~ Determinecio da finara por meio da peneira 75 ricrémewos (0 200) NBR NM 18/04 erminacio da pasa de consstincia normal cterminagio do tempo de pega ros Materias em PO - Determinacio de massa - ina io dimensional de barras a ~ Detrminagto da variasdo cimensional ¢s bars Ge arzamassa de cimento Porland exposias 4 solupdo de sulfero s6dio ECE CHEE eH ree eee PEG HEH -ee He eee He cee ecco ebeee eS eee) & serapsexq seoqurm 9 sears soupend, so, so end om wivadsa se uremosaide » 9 SPAN Sogsnonfsadey Prepuog scmmsany 28 ‘steuoroee Seorua91 sopse; vdsar =e oupores sovaran ewuoseude semzou se opung: suemeansa aah oe someging & saasssoy Tag ag Q se 8 is Quaciro 3, Exigencias fisicas dos cimentos se POEL Rooney ery Sa rev “hao or'ze'sz 6-001 wos ony #903 wo creda oormroz0g Purpog rman, ndo as normas brasieiras ‘Resisténcia Mectnica & Compression oD ON ©P coma9,, amo) Ine 2 g so ES hr Q eee OF gat = pie F che 8 elf Bot BE Expansbilidade Le Chatelier quente (eum) Salas Tales 28 dias (MPa) (MPa) _(MPa) = 80 = 15,0 = 250 210.0 = 20,0 = 32,0 550 21502250 = 40,0 S80 2150 = 250 550 210.0 2200 = 320 2150 2250 > 40,0 E80 2150 = 250 100 = 20,0 = 32.0 50 2150 = 25,0_= 400 S80 = 150 = 250 = 10.0 = 200 = 320 2 15,0_= 25,0 = 400 Bao F150 = 250 210.0 = 200 = 32,0 31502 25,0 = 400 280 = 150 = 100 = 200 550 220 2230 S80 = 15,0 = 100_= 200 380 250 S140 2 240 zuO 260 560 “Tempo de Pex Blaine cio ong gy 2 240 220 210 5100 = 280 = 240 S20 F140 5100 = 280 = 240 22 210 5100 = 280 = 240 2260 210 = 280 = 240 210 21,0 2280 - 210 - sho Sao = 10 > 30 > 10 250 RO 2240 = 340 SUSY Kihara eS. Connwrone Quadro 4. Exigéncias quimicas dos cimentos segundo as nomas brasileiras, Residue Perda Tipos de, Resi ge) Teores de dni Cimento Olive (%) Fogo (m2) _THOFES de dxidos (2) at MgO $0, C0, S10 520 £63 240 =10 HS 5500 x45 65 240 <30 Qe 525 65 265 s40 250 G2 «160-365 565 540 250 PIF 525 $65 <6s 240 <30 Com PEP ates er Pes-a see eer taigi-aceg mm - 545 £65 240 <30 BARI S10 £45 365) 230 7 S450 <65 (0) 230 (VS 35 pin GA 2 808 eS aS pam CAS ETE 10.5.3. Aplicagdes dos tipos de cimento 1053.1. Cineno Portland Comum CP Ie CP 1S (NBR 5732) quads MEM Portand comum ¢ usado em servgos de constugio em geral reg ile Slo exigidas propriedades especiais do cimento. Nao deve set quando hd exposicéo a sulfaios do solo ou de aguas subterranese Dee are Pordand Comum com Adi¢go CP 1-S (NBR 5732) CP ES ear, ghitecido 20 mercado 0 Cimento Portland Comum com Adigtes GES, oom & em mata de ‘puterial pozolénico, ou de escéria granu jada de ; 1 de filer caleério. mi onstrusé 8 mesmas caractersicas do CP Ln Pa COMSEUNDES em Berl, com 10.5.3.3, Cimento Por ozo wnis, rand CP ILZ (com adicdo de material pozolénico) © Cimento Portland Composto & modi posto € modificado. Gera calor numa ve dado em langamentos macigos de concreto, em ande volun Gf conrengem & 2 spercierelaianent pelts tates othe 10 da massa. Esse cimento também sinc ae aque dos sulfats comtides no solo, (ssa defnigio se spleen e sabiteas 10.5.3.4 e 10.5.3.5). eee © Cimento Portland 319 E empregado ndo s6 em obras civis em geral, subterraneas, maritimas ¢ industriais, como também para producdo de argamasses, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-moldados ¢ artefatos de cimento. O concreto feito com esse produto € mais impermeavel e, por isso, mais durével 10.5.3.4. Cimento Portland Composto CP T-E (com adicio de escéria ‘granulada de alto-forno) (NBR 11578) © Cimento Portland Composto CP U-E ¢ a composigfo inrermediaria entre cimento Portiand comum € 0 cimento Portland de alto-forno. E recomendado para estraturas que exijam um desprendimento de calor moderadamente lento ou aque possam ser atacadas por sulfatos. 10.5.3.5. Cimento Portland Composto CP I-F (com adigo de material carbonitico ~ filer) (NBR 11578) Além de servir para aplicagdes gerais, 0 Cimento Portland Composto CP I-F pode ser usado no preparo de argamassas de assentamento, revestimento, simples, armado, protendido, projetado, rolado, tos pré-moldados ¢ artefatos de concreto, pisos © pavimentos de concreto, solo-cimento, dentre outros. 10.5.3.6. Cimento Portland de Alto Forno CP III (Com escéria — NBR 5735) argamassa armada, de concr magro e outras. E também recomendado para uso tais como barragens, pecas de grandes dimensbes, fundagdes de méquinas, pilares, obras em ambientes agressivos, tubos © canaletas para condusio de Tiquidos agre got0s € efluentes industrials, concretos com agregados reativos, pilares de pontes ou obras submersas, pavimeatagdo de estradas ¢ pistas de aeroportos. 10.5.3.7. Cimento Portland Pozolinico CP TV (Com pozolana ~ NBR 5736) Para obras correntes, sob 2 forma de argamassa, concretos simples, armado € protendico, elementos pré-moldados e artefatos de cimento, é usado 0 Cimento Portland Pozolinico CP fe indicado em obras expostas & a¢d0 . O conereto feito com esse produto apreseotando resisténcias mecanicas s feitos com Cimento Portland Comum se torna mais impermeavel, mais dui 2 compresso superiores 4s de cone: 320 ¥, Kihara e 8. £. Ceurone a idades avangadas. Apresenta caracteristicas particulares que favorecem sua aplicago em casos de grande volume de concreto, devido 20 baixo calor de hidratacdo desprendido. 10.5.3.8. Cimento Portland CP V ARI - (Alta Resisténcia Inicial ~ NBR 5737) Com valores aproximados de resisténcia & compressio de 26 MPa a um dia de idade ¢ de 53 MPa aos 28 dias, que superam em muito os valores normativos Ge 14 MPa, 24 MPa e 34 MPa para 1, 3 e 7 dias, respectivamente, 0 Cl ARI € recomendado no preparo de concreto e argamassa para produclo de artefatos de cimento em indiistrias de médio e pequeno porte, como fabri de blocos para alvenaria, blocos para pavimentacéo, tubos, lajes, meio-fio, mourdes, postes, elementos arquitetBnicos pré-moldados e pré-fabricados. Pode set utilizado no prepazo de concreto e argamassa em obras desde as pequenas construgoes até as edificagtes de maior porte e em todas as aplicagdes que nevessitem de resisténcia inicial elévada e desforma répida. O desenvolvimento dessa propriedade conséguido pela utilizacdo de uma dosagem diferente de calcario ¢ argila na producdo do clinguer (que resulta em elevacao dos contetides de alita © C,A), € pela moagem mais fina do cimento. Assim, ao reagir com a gua, o CP V ARI adquire elevadas resisténcias, com maior velocidade. 10.5.3.9. Cimento Portland CP (RS) - (Resistente a sulfates ~ NBR 5733) © CP-RS oferece resistincia aos meios agressivos sulfatados, como redes 3 de esgotos de aguas servidas ou industriais, dgua do mar. e a alguns tipos de solos. Pode ser usado em concreto dosado em central, concreto de alto eserapenho, obras de recuperagdo estrutural e industriais, concretos projetado, armado € proteadido, elementos pré-moldados de concret 3s industrials, it idos 20 ataque essivos, como estagdes de tratamento de qua e esgotos, obras em raneas, subterraneas © maritimas. De acordo com a norma NBR 1992), cinco tipos bésicos de cimemto ~ CP I, CP 11, CP IN, CP. Ive CP ~ podem ser resistentes aos sulfatos, desde que se enguadrem * ‘wor de aluminato tricélcico (C,A) do clinquer e teor de adigbes carbonaticas de no maximo 8% © 5% em massa, respectivamente: * simentos do tipo alto-foro que contiverem entre 60% e 70% de escéria granvlada de alto-forno, em massa; ~ © cimentos do tipo pozolénico que contiverem entre 25% © 40% de material pozolénico, em massa: * cimentos que tiverem antevedentes de resultados de ensaios de longa duracdo 04 de obras que comprovem resisténcia aos sulfatos. 10.5.3.10. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratagzo (BC) - (NBR 1311 © Cimento Portland i é designado por Baixo Calor de Hidratagao (BC) é 7 classes de seu tipo, acrescidas de BC. Por exemplo: CP Ill-32 (BC) € Sits € fp Portland de Alto-Forno com baixo calor de hidratacdo, determinado aur ‘Bose tipo de cimento tem a propriedade de retardar 0 grande massa de concreto, evitando 0 térmica, devido 20 calor desenvolvido Ja sua composicao. J eeprendimento de calor em pecas de aparecimento de fissuras de origem durante a hidratacio do cimento. ~ (NBR 12989) 2053-1, Cie a nea po nora ee clsicado om o mtoe: entrutural e nao estrtural, O estrutral € aplicado em concretos ao per Ras arquiterdnices, com classes de resisténcia 25, 32 €40, similares Sos ceais pos de cimeno. J ono estrsturl no tem indicabes de classe 2 daniado, por exenplo, em runimento ce ezueos em spires nio Scrotris, Pode ser vilizado ass mesmas eplicaries do cinewo cca. & branca € obica 2 parir de mtérssprimas com bakos teres de éxido ee! wanes, em condigées especiais durante a fabricagto, tas c oe sean e mnoagem 8 produto €, prinipaimente, vtlizando 0 caulim 20 eae piel. O indice de brancura deve ser maior que 78%. Adequado aos jen art os, 0 cimento branco oferece a possibilidade pode ser associado a pigmentos coloridos. projetos arquitetinicos mais ousa de escolha de cores, uma vez que Referéncias Bibliogréficas so Pe: ii 200 Aro PCa de Ao Deen. Ta; Gee 6 Sera So PoP 70M [ASSOCIAGAO BRASILEIRA DE CDMENTO PORTLAND (ABCR). A In Tetomac 80 Faso. 1978, ana ees 7 ae Fea DE NOOMAS TECMICAS (ABND), NBR TS: Gents Forand Coma Lapse. eteelins ; ay ot rs eth CS a eA Preis rae epoca pon oa cam ‘earncteristicas das iatérias-prsmas no processo de sinterizagio do clinquer a _ oe ‘de Geocizariass ct ‘emt Mineralogin ¢ Petrologia), Enstinto Poo fn Diarra Dexnis aa a V. & PECCHIO. M, Cabin oe ramones sng 3 sie = SL ARONCOLO. Ye CoNGRESSO BRASHLERO DE CERAMICA. 7,25, loo PSOn?D nea ade Cen 308,

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