Catalogo de Solu¢ées de
Reabilitagao de Pavimentos
1. INTRODUCAO
Um notavel progresso ocorreu
no Brasil nos itimos dez anos,
quanto as técnicas de reabiltacdo
de pavimentos. Foram introduzidas
novas tecnologias, como as
fresagens, as reciclagens das
diversas camadas da estrutura dos
pavimentos, as camadas delgadas
de microrevestimento asflticoa frio
ova quente, as camadas de inibicdo
de propagacdo de trincas como 0s
tratamentos supericias a fio ou
2a quente,a sobreposicdo de placas
de concreto (whitetopping) as
camadas executadas com asfaltos
modificados por potimeros, de
textura fechada ou aberta
Maso progresso ocorido quanto
a técnicas executivas ndo tem sido
‘acompantado por evolugdo no setor
de estudos, projetose supervisao
de obras. Com isto, os engenheiros
ptojetistas eos organismos gestores
de rodoviase vias urbanas tém
‘elatado grandes difculdades
quando Ihes cabe a incumbencia de
efinira estratégia de restauragao
mais adequada para cada segmento
de pavimento.
E como objetivo de ovientar
0s projetistase gestores de
pavimerntos, que os autores deste
Marcilio Auguste Neves
Emesto Simé
Luiz Somat
Virgilio Merighi
Amaury Vignoli
Joa
trabalho técnico, em funca0 de
suas experiéncias profissionas,
propdem um Catalogo de Solugdes
de Reabilitagao de Pavimentos
Hlexiveis, defnindo alternativas,
viaveis sobre o aspecto técnico
para cada estagio de deterioracao
do pavimento, em termos de
caracteristicas superficiais,
funcionais e estruturais.
2. NORMAS E PROCEDIMENTOS
‘CORRELATOS
A teabilitacdo de pavimentos
‘eve inicio no Paisna década de
setenta. Na época, o DNER —
Departamento Nacional de Estradas
de Rodagem, resolveu ordenar os
procedimentos para a avaliacéo
de pavimentos, efetuando estudos
no [PR ~ Instituto de Pesquisas
Rodovidrias, que culminaram com
a divulgagao de duas normas:
a DNER-PRO 10/79, baseada
em metodologias da AASHTO
~ American Association of State
and Transportation Officials e do
CDR - California Design Highway,
e DNER-PRO 11/79, com base
nos estudos de Adolfo Ruiz. Estes
procedimentos definiram de forma
pioneira a forma de se determinar as
intervengbes para a reabiltacdo de
pavimentos, vigorando até hoje.
‘No Procedimento ONER-PRO
10/79, a defnicdo de intervencdes
& feita no quadro de “Critério para
Estabelecimento das Diretrizes de
Projeto". Neste quatro, sdo definidas
as intervencdes mostradas na
Tabela |
J4no Procedimento DNER-PRO
11/79, a definicdo de intervencoes
& proporcionada pela Tabela I~
"Critérios para Avaliacdo Estrutural’,
‘que s80 resumidos na Tabela 2
Observa-se que por terem
sido desenvolvidos na década de
setenta, os procedimentos citados
6 consideram intervencées
simples de correcées superficiais,
reforco € reconstrucao do
pavimento. Nao hé enfoques
quanto a emprego de tecnologias
mais modernas, a exemplo de
fresagem, reciclagem e aplicacao
de revestimento com asfaltos
polimerizados.
0 Procedimento DNER-PRO
269/94 (TECNAPAV), no entanto,
ja contempla a possibilidade
de intervencao de fresagem de
pavimento, definindo a espessura
necessaria, Mas nao € definido
quando se tem necessidade de
fresagem do pavimento.Seer easy
Tabela 1 ~ Intervencoes de Reabilita¢ao pelo Procedimento DNER-PRO 10/79
Eicon Mme
D.,,: Deflerde Admisive!
Tabela 2 ~ Intervencdes de Reabilitacao pelo Procedimento DNER
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PRO 11/79
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7 ical A500 0.530, eos econo
n ice 80 R100 0520 ou Reomn
W, Geo Rate 050m Fst ouReono
v icin Rete
(Obs: Re Rao de curoatura expres em mt
Um primeiro passo parase
definir uma maior quantidade de
altemativas de reabiltaco, foi
dado no Catélogo de Solucdes
definidas com o Modelo HOM
= Highway Design and Maintenance
Models, criado no Programa de
Restauracdo e Descentralizacéo
de Rodovias Federais, com
financiamento do Banco Mundial e
do BID ( Banco Interamericano de
Desenvolvimento) No catélogo so
previstas as sequintes intervenes
‘contegBes superficiais com lama
asfaltica,fresagens,reforco estrutural
e reconstrudes de pavimento.
Desde a década de noventa,
foram introduzidas no Pais novas
tecnologias de reabilitacao, ja
citadasanteriormente, Mas nao
hh, até o momento, definicoes
claras sobre o emprego dessas
intervencdes em termos de
caracteristicas funcionais e
estruturais dos pavimentos.Fica,
assim, a critério de cada projetista,a__ndo se recomenda empregar
definicao das intervencoes.
cada alternativa), em funcao
das caracteristicas funcionais e
3. ESTRATEGIAS DEREABILITACAO _estruturais do pavimento. Entende-
PROPOSTAS
Para suprira lacuna de falta
de orientagSes para os projetistas
e gestores de pavimentacdo, os
autores definiram um Catélogo
contendo as estratégias propostas
pata a reabilitacdo de rodovias
‘As solucées alternativas
se que dentre as solugdes aplicaveis
(extraindo-se as solucdes com
restrigbes), deve ser escolhida a de
menor custo.
O documento ainda separa as
solugSes para os pavimentos sem
problema estrutural (quando a
deflexdo caracterfstica 6 inferior
apresentadas no Catdlogo,asequit, a deflexdo admissivel, e para
so hipotéticas. Sao propostas
que tm o objetivo de orientar os
projetistas, Mas a solucao ideal
€ que seja efetuado um estudo
pata cada trecho. A nao utilizagdo
de determinada técnica deve ser
acompanhada de uma profunda
reflexao,
O Catalogo nao determina as
solugdes aplicéveis, Muito pelo
contrério, indica as restricoes de
ada tipo de solucdo (quando
6 pavimentos com problema
estrutural (quando a deflexdio
caracteristca é superior a deflexao
admissivel), Também trata dos
pavimentos revestidos com conereto
asfaltico e base granular. Para
pavimentos com revestimento em
tratamentos superficiais ou bases
ndo granulates, seré preciso fazer
adaptacoes no Catélogo, que serao
objeto de um futuro trabalho dos
‘mesmos autores,Rec ony
Tabela 3 ~ Solugdes Leves para Pavimentos sem problemas Estruturais - Correcoes funcionais
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