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a UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO tirox Antonio Celso Alves Peres vcenaron Nils Freire EDITORA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO lon Lages Lima Ger Born Ivo Barbie (Presidente) Jorge Zahar (in memoriam) Leandro Konder Pedro Luiz Perera de Souza Reinhart Koselleck CRITICA E CRISE Uma contribuigao a patogénese do mundo burgués Luciana Vilas-Baas Castel-Branco conreaonto cn agri alge stapes pr Contant os Li "Fn 1 san) 0.799 ai eee reed ogi Ca Bejan ‘ents popes Tres du Rok abe nent e199 Tonge 2ommengie errmocachonaroste ‘i arin conurbui ptgtne So snd began Konrad ‘ae ania tee “inte ou Congo Te. ea bhp inde lnc pl Maer? Hat lt Stamina tT sumARio Introdugio PRISLEIRO CAPITULO. A estrutura politica do Absolutismo ‘como pressuposto do lluminismo [LA gtnese do Estado absolutina a partir do contesto das suerea (vis) elgions/O desenvolvimento de um dom io de poder soberano pela redugio da consclncaeligost um foro interior apolitio (Barclay, D'Aubigné) A subor ‘inacao da moral & politics ¢ lepitimasto temporal do Es- tado soberano a 1 Hobbes: a resposta da ranto&pluralizardo das confsbes/ ( coneeto de sberania que decore dos confitosreliosos ‘eda razto / A dvisio do homem em “homem” e “sito” ‘como heranga da gucra civil ligios € como pressuposto do concetoabsolutista de lei e order estat /O foro inte- Tior politico, dentro do Estado, como o ponto de partida do luminismo, IL, Vattl a separacso entte a moral fondada no direio nat ral, ea politica como principio estrutural da ordem dentro do Estado /O fim das guerrascivisearestriio das guerasa ‘meras guerras entre Estados como condi politica para 0 progresso moral SEGUNDO CAPITULO A compreensio que os iluministas tinham de si mesmos ea resposta 8 sua situagio dentro do Estado absolutsta 1. Locke: jursdigao moral fora do Estado (The Law of Pr- vate Censure, Seu significado para a burguesia sua 2sd0 politica nize , A formagao de poderes indies a situacdoinicil da so cledade civil no Estado absolut / Saas formas de ora 6 ” ” ° nia (Club de Fates ean feanc-mayonaia) ‘A fan proetora do eps i J © arcmin come Tinhaalvsora entre morale politica pressupste da tom Ss indirets do poder m © desenvolvimento de posers indietos a fang integra dora do segredo nat las / O estabelecimento de herar- “gas independentes/ ameasa indizets a Estado /A jus risdiao moral ¢ sua ampliagdo a0 Fstado / A separagao pls como expressdo da tomada indirets 1 A virads oculta contra o Estado: fun politica do segre- {do nas los (Lessing) /O planejamento secreto da tomada {da pod ¢ 0 uso do dualismo da morale da politica para ‘ncobrir seu significado politico ¥.0 processo da critica: a separagdo entre moral e politica como pressuposto« va de execucso da critica burguese (Schiller) / As etapas da poiizacao; a critica da Biblia ‘0 Estado (Simon) / A liberdade absoluta da repablia das letras apoitica dentro do Estado, um bellum onenium con ‘ra omnes (Bayle) A extensio, 20 Estado, da critica aparen- tementeapoitia (Voltaire) J A dialétia da critica lumi nist (Enclopdie, Diderot) 0 ofuscamento da critica ema hipocrisa A submissto do Estado ao tribunal dz raza0 Kant) TTERCEIRO CAPITULO Crise eflosofia da historia |. Filotofa do progreso e prognéstco da revolucio na Ale ‘maha pre-evoluciondria: a formagho de frentespaliticas/ [As ordens secrets e Estado / A filosofia da histria dos ‘magons(luminados) ea identifiacao entre planejamento Istria A flosaia da histria como poder politic indie 10/ Oagravamento da crise pla sua dissimulasao /A edu- {0 daflosofia do progress (dos iluminados) sev nucleo politico (Gochhausen) /O prognéstco da revolugao, 1. Torgt:@ reconhecimento da stuagdo enitica na Franga Prognéstcosrevolucionstiog/ A tentativa de dirigiracrise/ 6 6s 1s um m1 © dualism moral de Turgot J Fane politica do dus Tmo moral de Turgt dtsolgao da soberania «oct mento do processo/O anonimato politica! A dalétea do hhomem edo principe toalidade moral ome esposta30 Absoltismo politico Ofracaso de Turgot/Alegitimasso indireta da goerza cv I. Crise a erse como conceit politico € mora, mio como uma expresso da filosofia do progiesso /O apaecimento do conceito (Rousseau)! expansio da republic ds le teas. Estado / Revolugio permanent, Estado toa teat, ideologaeditadura come resultado involuntirio do tm nism ede seu anonimato polio! A detrminaho dae 4 pela consciénciadualita (Diderot) /Prognéstics dtr minitas de carter dualista/ Encobriment e agravamento Em sua obra da maturidade, observava «que nio havia nada mais insteutivo em matéria de lealdade e jus tiga do que a recordagio da guerra civil.” Em meio as agitagoes revolucionirss, procurava um fundamento sobre o qual se pu: esse construr um Estado que garantisse paz e seguranga. En- ‘quanto Descartes, que se achava em um Estado ja constituido, cvitava levantar esas questoes fundamentais, Hobbes atribuia a las um significado central Todos os tedlogos,flésofos da mo- ral jurists constitucionas teriam falhado, pois suas doutrinas apoiavam os direitos de determinades partidos e, portanto, inci- tavam 2 guerra civil em vee de ensinar umm diceto que estivesse acima dos partidos (“non partium, sed pacis studio” [“no para aplcagio pela parts, mas para a paz")).” Para poder encontrar ‘ste direito, Hobbes indaga-se sobre a causa da guerra civil, im. peldo pela ideia de que é preciso, em primeiro lugar, desmasca ‘ar os planos eintereies dos homens, dos partidos e das igreas. Pois os homens, ofuscados por seus desejos eesperangas — com- ‘reensvelmente — seriam incapazes de recanhecer a causa de todo © mal. “Causa igitur bell cvs est, quod bellorum ae pacis cause gnorantur”["Existe © motivo da guerra civil, pois as cau- sas da guerra eda paz sto ignoradas".” Tendo por fio condutor causa bel cvs [0 motivo da guerra civil], Hobbes desenvolve seu direito natural racional, que equivale a uma doutrina das causes da guerra e da paz ara compreender o fundamento da guerra civil, Hobbes els- ‘bora uma antropologiaindividualista,correspondente a uma hu- ‘manidade cujos vinculos sciais, politicos e religiosos tornaram- se prableméticos. Os conceit bisicos desta antropologia so Appetit ga (deseo faga ou desire and far [eso me- ‘dol que, apreciados historicemente formam os clement de ‘uma teoria da guerra civil. Mas, visto como um todo, o sistema de Hobbes se consti de al forma que o resultado — isto & 0 Estado — jest condo nas premisss da gucra ivi. Osindiv- «duos #80 descritos de antemao em fungio de sat existencias como suetos, isto €, como siditos do soberano Sem uma is tanciaestamental intermedia, so intgrados 4 ordem publica de modo a poderem desenvolver-s livemente como individu. O individualismo de Hobbes ¢ pressposto de um Estado orde- nado ¢, 20 mesmo tempo, a condicio de um live desenvolv ‘mento do individuo™ ‘A principio, a humanidadeé dominada por uma pando, pelo deseo incesante de poder, a0 qual somente a morte poe fin. Confit, guerra e guerra civil, bellum onium conta omnes {guerra de todos contra todos, so a sua consequénca, O medo constant de uma morte volena impede a huranidae de resp- ‘ar Por isso, o deseo de paz é tio fundamental quanto o dsc de poder2* O homem vegeta, oscilando permanentemente ene ‘ insia de poder ea nostalgia de paz. Nao €capaz de exapar deste vaivém; enquanto pecsste nel, eeina a guerra. "Hune satum facile omnes, durin eo (bello) sun, agscunt ese malum eer consequens pacem esse bonum’ ["Evidentemente, enguant0 est40 em guerra, todos reconhecem que a situagd é ms € por conse «quéncia a paz ébos"].* O ertado de guerra pertence& naturera humana paz s existe enquantoesperangae desi, Embora se toseconbmicos, pensdes nto eram pagas ea instituig politica mais importante, que também defendia os interesses burgueses — 0 Parlamento de Paris —, era condusida pelos desejos dos ‘stades endo possua poder sufiiente para conter os exageros financeizos do Estado.” O Estado administrava 0 dinheiro que eva darstocraia inanceita alm disso, roubava de manera aubitsia—e totalmente “imoral” — os luros dos seus eredo- tes. O deficit anual do Estado, que em 1788 cresceu para 200 rmilhoes,ansformou-se duplamente em capital moral da socie- dade, jastamente porgue a sciedade via que seu devedor con ‘eniravao poder politico. “Quase todos os sudios sto credores dosenhor que texcravo, como todo devedor” — assim Riva ‘oP sereferia a situaci nical na época da Revolucao Francesa. ‘A socedade, fnanceiramente poderosa, ¢ 0 Estado absolutista ‘onfrontavam-se, sem que a tentativas de reforma pudessem suprimir as difeengas. Na interagio do capital financeiro (que também er, nas mos da sociedad, um bem moral) com 0 en gu Joaine [Johannesgrad].™ Decepeionou-se profands- reat coat a ineficiéneia dos magons alemaes, « a decepgto ‘era gemuia, Sentia-se constrangido com a indigenciae impert néncia de muitos iemior e lamentava a desunito dos sistemas Mas Lessing compreendia de forme perspicaz os sintomas polt ‘eon pois por assim dizer — iniciou-se por conta propria nas pasaens secrets que distnguiram o Esclarecimento como mo: ‘mente polio. Conhecia a ambigiidade das formas de pensar ‘dos comportamentos eslarecidos, que ainda eram pouco de ‘eavolvidos na Alemanha, Seu gosto pelo discernimento conc tual econduzi a fundo das discordancia politicas e morais. Sea exit sobre 3 franco-magonaris, que 0 fl6sofes dumi- fstas na Alemanha se empenharam zelosamente em estudar, uma prov dso ‘Os magons propagam-se, diz Lessing em seu Didloge, “pelos sos, Mas, no se ditinguern dos outros homens por sua ativi Aad antepcae pedagogic. A pritica da moral faz parte do seu esoersmo.™ “Suas verdadeiras agbes s40 0 seu segredo”, ons Faloiniiado Sem entrar, a principio, em maioresde- thes sabre oseredo, cle delimita 0 eampo de ag80 das verda dias ages magOnics. Os magonsfizeram “tudo de bom que hd ‘no mando ~ note bem: no mundo! —e continuam a trabalhar por tudo de bom que ainda existiré: no mundo — note ber. no ‘mundo 0 mundo, 0 campo do grande projeto dos magans presenta es males fandamentai, "que parecem ser ax objegdes mais iefutves a providencia ea virtude". Em primeiro liga, @ dvisto do mundo humana er diversos Estados, delimitados por “abismes” e*murosdesepaagio”, que sempre entram em “ei so" em virude de intereses diversos. © segundo mal funda- mental és enatifcagao que resulta da hirarquia social dentro dos Estado. O tercer,finalmente, €4 separagao sos homent plas diversas reigider, Assim, Lessing esboa um mapa dos tts Principais pontos de staque dos franco-macons cosmopolitas Estados, orden igrejas. No entanto — este € um aspecto im portantc no raciocinio do Lessing pensador polite —y 05 mals numerados, que resultam da diversidade humana de suas fon: av teparagber, no slo contingtncias que pssam no exist fou ser climinadas, Pertencem & estrutura da tealidade histrics {A diversidade humana precede ontologicamente suas manifesta bes histérieas, ou aja, Estados, ordense religioes Nao se tata ‘Se"meros homens contra meros homens”, mar de"tal homens” Contra “tais homens”, Hé “males sem ot quale nem o cidadio Iaisflie pode existe”, © Estado e sua estratura goveramental ‘atdo entre os males a08 quis 0 homem nio excapa, Deve-re 8 hatureza da soctedade civil —“contriria sua propria inteneS0", diz Lessing a parafeasear 0s planos esperancososdesasoceds™ dde— nio ao Estado enquanto tal, que ea "no posse reuni homens sem separd-los © no poss separs-is sem tag fon- tease estabelcer diferengas". mesmo vale para as constitu es dos Estados: “E impossvel que todos or membros tenham 3 ‘esa relagdo entre si Ainda que todos fam parte do mando legal ndo podem fazer parte do mesmo modo ov, pelo menos, io podem tera mesma partcipacaoimedlita, Haver portant, ‘membros mais distintose outros menos ditintos” As mesmss “iferengas também regem — necessarlamente —a posse ea pro Priedade. "Pots sim", conclu Lessing em suas reflexdes, “os bo ‘mene sé podem se unir mediante separaces, sua unite sO pode Ser preservada pela separacio incessante. E assim. Nao poderia fer de outro modo, ara Lessing. ar diferencas entre os homens. as fonteras centre o# Estados ¢ #0 plurslidade slo males morais. Mas 980 tem, como para os magons ingenuos ¢ utopcos o carter de tama arbitrriedade imorak estao dados pela natureza do ho mem. O didlogo entre Ernst e Falk volea-se, ent, para 0s ee Aadeirosstos dos mayors “A tranco- mavonaia & um movimento vnico © podsros con tea or"maler inewtaves sto, contea 0 domini em que nace «poli esate com 0 ual ela tem gue iat. A versa € utenti ane do snare ¢ combater fundannentalmente {soins destavorane” ea siete ae falls historicamente ‘endiiouala com. por encmpla, a canaitnigha de sn deter tna Esto. Sto pessus que assumiram, voluntariamente a tres de trabulhar contra os sales inevtdveis do Estado". Or ‘rayon ical econhecem a inevitabilidade dos Estados, das “iereaat cin deste modo, também da politics, mas sua in- tenga rg separa que todos os males inerentes politi "930 {e atrem mais do que a necesidade exige, com a intengto de tomar sas conseqdeniaso mais indcuas possive”, Portanta, finda que ves apenas wna meta morals magons neces: ‘mente cruavam a esers da politica do Estado. A mesma me Cesidade que impoe os males da politica impele os macons a Combate os Lessing tansformou stuagio inicial das associa {es serets da burgutia em um destino histrico, Assim como ‘oeladeseformou soba proteso dos Estados, mas a0 mesmo tempo separou-e dels para constitu uma frente de lta, finda 2 “onteloga” de Lessing. as verdadeiras agdes dos ma- fons fondam-se ma imperfeigio do mundo, & qual os magons se Sen Et ps orn polis, mesmo se — «Presa, ‘0 objio a longo prazo dos magons — que Lessing apenas indea—eonssteem, tanto quanto possivel,rornar os Estados Stpertves.O mandamentoscereto da more! exige que se tente 0 ‘ue ¢poltiamenteimpossve!. A sociedade civil moralmente Fee, que ot rmios js corporificam,¢ pars eles o fim sitimo ‘nature. A ordem internacional vigente sobrepoer. por 38 sim dt um sistema cosmopolita de ns morais. Do ponto de ‘sa dees Bro Estado torn um meio subordinade & socie ‘ade cr, um meio "pura os homens™ A meta desses homens € ‘superar os male (pobicos),gragas 20s qusis se torna postvel € nec prin de bons ages (moraie). "Ar verdadelras 3063 os francovmagons"— que consituem,portanto, ew sepredo — “ram storm upéfaa maior parte do que habitualmmente 36 caus Danas ue toes oasis aasece has Gocsiators apenas deforma esotérca os males cotdianos, tarefa que cabe 8 {odor os homens decenter.Na condiguo de esotericos eles f= [suem acima do font etidiano do bem e do mal. Na medida ert ‘Que suprimam 9 motivo para at boas apes, isto & 0s ales da palities, 0 hem também perde o sentido, Se-o mal desapaece, © ‘bem torna-se tao evidente que se suprime Asim Lessing Wagou ‘© objetivo a longo prazo da atividade mora. Em vtude de ua Tbondade ilmitada no sia das lojaso arcanum orga o& mayan 2 trabalhar para elimina todos os males do mundo exterior Mat 0 segredo dessa etapa eoterica,topico em seu contend fgundo sua fungao isto ¢, a de guardar seyredo —alamente Politico. Lesing far alusdo, precisumente, «80-0 objetivo mo- Fala longo prazo, como tl aparentemente inrospeiavel, deve edo ou tarde, mas necessariament, ataca arate de todos ob ‘ales: de um ponto de vista historic econereto, so significava ntrar em conflito com a esfers politica do Estado, Portanto, a diatingso criti entre politica e moral tambérn aparece em Lessing. Ma, alem dias, cle expe sua dle por um lado, a stividade moral ds macons so ¢ possvel em fun: {80 dor “males inevitiveis do Estado”, por outro, voll se contra ‘ses males, Conhecer tal alten ¢o arcanum politico dor ma- (one. Fie, precisamente, 0 papel do siglo: dasimular qu aloes {a atividade moral a impel também para oexpago da politica, do qual ela se separava a principio. As fungoes do arcanum de proteger e permitr satiidade moral dos magont,aresentase Sutra disimularo cariterindiretament politico dessa atvida- de, que, neste sentido, pertence ao verdadero contevdo do pro- “A roma das fcicidader individasis de todot 0 membros € felcidade do Estado”, dia Falla sou adept “Alem desta fli de, no oute.” Falk resunia side de totalidade numa termi nologia eudemonista,e a sugerto desta ida era acai pelos mmagons quando prescrevims 2 soma das felicidades individuais como fr ultimo do Estado. “Qualguer outrsfeicidade do Ext Ado", prossegue Falk "na qual membros ainda que jam poucor, Stranntenbam de sotver,€ um distance da itn, Mie mada! Seo Estado vnrido plas masuims cs frdo ae Hata, em yao das gusts as es moras voltadae para a total perfeigo da felcnlae ci sis forgseamente revues, tstacso, ent, © iavdedespotvoo vedo, Poranto, a oposigae entre as leis cos smopoltas eo males nevtaves do Estado tende a um dualism ‘strenis De um ado, enconta-se a rtalidade moral da socieda. ‘4, do outro, tudo que mio se adequa a ela: € “Urania”, "mais fis" "Ndo quer dat-lo to alto", responde Ernst. “Por que ‘lot Emst “Pode-sefaclmente abusar de uma verdade que ‘da am jlgaconforme a sua propria situacdo.” Na aplicagao ‘onarets da iia de totlidade realidade esata, a verdade con fare mona um titulo juridico que pode tornar-se perigoso, s¢ cai em mioseradas. Lessing nio discute — e tampouco tem ‘qalguerimportinca — se iso ocorre em detrimento do Estado 4 dt wcedade. A execusio dos propdsitos morais estende-se srcesaviamente politica estatale converte a moral, separada ‘eoiamente da politica, em um poliricum. O reconhecimento de ‘queé mebor manter em sigilo o poliicum da moral ¢ suiciente aaa inicio de Ernst, Falk “Sabes, amigo, que jé €s franco- ‘mayom pela etade” “Eu!” "Tu. Poi ja reconheces verdades so- bre as quis € melhor slenciar." "Mas que poderiam ser ditas" teouca Est. "O bio nto dz aquilo que € melhor silencir.” sing poranto, no far mistério da meta a ser aleangada, do fimulkimo da moral dos magons;o segredo apenas oculta a conse hind politica que resultados plans morais.™” Em seu progr: ‘m2 magnico, Lessing nfo pretende que a moral seja a politica, ms san consciénia politica leva-o a aprectar as consequéncias «que ums stvidade moral deve provocar no dominio da politica, Em lesing a avidade vituosa ests consciente da impossibilida de de absorver toda a politica para extrpar completamente 05 rales dos Estados. As separacoes€ 08 abismos entre os homens ‘Ho didosoniolgicos. Pode-se apenas “transpo-los", mas nao lindo. "Suprim-los completamente” rignificaria "a0 mes ‘mo emp desir oFstado” Para Lessing, isso permancce send ‘ma eperane irealzavel nao tanto por patriotism ou submis ‘020 Estado, mas smpleumente por causa da naa intwigao poll- tien. Ele nao se limita a esbocar 0s objtivos stimos de uma Uitopfa, com om eseritos magdnicos populares costumam faze ‘mat também mostra os limites da meta moral iso saber scenes {0 por Fall oinilados na execugao do plano moral, exes mites So Torcosamente ultrapassados. Fis « verdede descoberta por mat por isso, a moral se torna necestariamente um politcum sobre o qual convém slenciar. Ele sabe, portant um Segredo dos ‘magons, um segredo "que ndo pode escapar de sua boca, mesmo se fosse possivel que cleo quiseste™ Em seu ecrito de 1778, Lessing fornecey “a verdadeira on- tologia dos franco-magons”, como ele proprio disse e ainda hoje 6s hstoriadores da franco-macanaria confirmam.”” Os ddlogos ‘contém uma critica severa ao sistema da cavaaria templaraale- ‘mat em compensagao, pode-se depreender dees aestratura da Planfigto humanitéia, al como seria de parimetro's macon Fin inglesae francesa e, na Alemath, sobretudo 208 luminados. ‘O sepredo nso implica planos diretos de revolagso, mas disim> Jaa consequencia politica dos planos morais ue se opoer 40 Es tado absolutista, Que esta luta contra os males invitaveis do ‘mundo os Estados —se realize de mancita despercebid, ini slvele silencioss eis uma tarefade "homens dignos’, 0 seredo, ‘roteriamo da franco-magonat _49 Os ihuminados também foram influenciados pelos escritos de essing, mas estavam longe de ter sua intligencia politica Dota- dos de uma consciencia politiea menor, aproveitavam os escritos iluministas que na epoca estavarn acessves para laborar um ex sto popular, De um ponte de vista europeu, of ihiminados vi viam, no que diz respeito A dein iluminstas, no mesmo etigio prévrevolucionsrio que os lranceses: de um ponto de vst rexio= zl, considerando-se stuagto socal na Baviera™ extavar toatrés da Franga ox mesmo da Prussia. Esta diferenca produziy luma disparidade que beitava 0 ridiculo."™ Sobre um pano de funda limitado, 0 grande plane utSpico surtia o efeita de uma bazofip: Mas precisamente nisto, ne caricatura. que de alguma form se manifesta eaquema do secu. A passage da defers i bofensiva, da forsagso de um poder indireto a uma tomada Indireta do peace — que x realiava sempre sob 4 protesto do seqredse sb a alegagia do carter puramente mera ¢ apeitce ‘Gascielne — torr evident nos aminados. A ordem fo Fundada em 1776, an da Declaragao de Independencia dos Esta dks Unidos. dene enti, oes conscientemente so Absoli- "smo ea0selgionaros" Era um espace aberto a todos os cida- ‘os descontentes como rege de Kael Theodor a avira e foi iniismeate um ugar de protes20" ou, come diziam seus mem- ‘bros, “um recato da paz, um refigio dos infelizes, uma cidade aheriacontraspeseguiao”.” Mediante osegredo, acredtavam Preerarum esaga dentro do Estado, “em que as circunstancias Politica nso poderiam provocar nenhuma mudanca”. A rejeigl0 {a politica deveria permiticthesntroduzir uma hierarquia pura ‘mente moral? “Todor a arificios dos mal-intencionadosserto inefiats .. Os homens serdo julgados apenas por sua verda dea bondade, seu valor interna" que, por sa ve, ser me: did apenas por sua convice2o, "de modo que toda dissimulagao ‘toms nei” O contedda dos graus inferioresconsistia nu ‘ma auodicipina vitwoss que todos 0s ims deveriam exer tare qe incuia un novo genero de dissimulagao. A libertagao 4a “isimolago" no interior da ordem vinha acompanhada da aprendiagem constate de uma dissimilagio woltada para 0 ex terior. Er precio aprendé-Ia sob 0 signa inverso — pela boa causa" O rau de libertacao moral revela-se na arte politica de ‘cull. ASim, sob aconducto de seus superiores, os membros dahierargua secular da confieso concluiam sua formagao, até tomarem “claboradores steis", maduros para aleangar of fins ‘mais eleadoe ds order. “Devemos ser prudentes com 0s iniciantes", constatavam 05 meses da ordem, no que dia respeito a questocs de politica ede religito. As verdaderas metas da order 16 eram reveladas a0 Imegrantes depois de um periodo de confiemagio eda sua inicis= {20 aos paws superiors. "No fim aleangava-se 0 conheciment® leno d polka «das miximas da ordem. No conselho superior $Ho caborads plance que, pouce a pouco, permitem combater ‘sinimigos da razto eda hurmanidade.""™ © lugar de rfigio transforms m quartel genera doen 12.0 fora interior moral nd era someate uma inti ext ‘rata Tinha, desde o inicio, um acento politica. O sepredo dot uminados opunha-se aos misterios dos supercon aoe a7 ‘ana da politica "Por que sociedades secrets, pergunta Bode, ‘eu plonsira ng Norte da Alemanha, “A repos simpler, mesmo responde, “porque seria estupider por as cartasna mest ‘quand o adversirio esconde o jogo." A diferenga entre Estado oociedade scontiase até tornar-ee ur confront cro e cone. tient. A diferenca da maori da los, que até eno procurers ‘obterinfluéncia com a ajuda de princpese por umaviaesotrca 4 Ordem dos Tluminads procurava conquista poder sem 05 Principes e contra cles." O grau supremo reveava“e maior Ae todos os sepredos, que tants desejaramardentement een ‘vere em vio: arte de governar os homens, de eondus-os 20 bem... ede realizar tudo 0 que até entso no pasava de um 3 rho, que s6 pareciapossvel as mas iuminados”" Portis do Segredo, formou-se nio apenas um poder independene do Eta do, mas ao mesmo tempo —eesteraoaeanum dos aus supe Fiores — plancjava-seestender ao exterior o stoma de governa moral que j vigorava no interior das los "Educagdo,ensino, propaganda e pensamento ecareio so, por sis6, meios inuficientes para alansar o fim mora. "Pars ‘ue 0 bem volte a vencer 0 mal" era precio cecorer 3 afi0 Politics. "Aqui no se requerem palaera, mas ages" No ge into drigente dos “regentes"edbogavaseo “plano de operagio™ pelo qual se deveria combate reine do mal. Ete programs de agto politica consstia na acupacio ticitae indreta do Estado, ‘Temtava-se ocupar “pouco a pouco os conselhos dos principes com membros zloror da ordem” isto abiorvero Estados pr tirdo seu interior Asim agindo os laminados Seria capes Ge alcencar “ainda mals” seus objetvos do que "se 0 proprio principe pertenceste & ordem”.** Quando tives ocupad todos 5s posts importantes — na Baier, consideravam que ese tos membros seria o bastante™ —, 3 ordem teria akcangado 3 orga necessria . « poderdtornarteterivlinente perigons em qualquer lugar, se asim o quis, para aus que no queieam Segui ls!" 0 Estado € iri pelo foro interioe moral asseg ‘ando-se asin weno da iberdade, A ondem entio "Ado tera mas ns a temser do governe, mas, pelo contrdrio, 0 terd em ot ating a fe en que a sociedad sccreta aparece no 36 potencialmente mas de fact como adversirio do Estado absolu- tio pecudénimos dor luminados chamavam-se "nomes de {uct 0 peso significado do arcanum deslocaram-se de ‘modo impecepivelparaum domino puramente politico. A fun ‘ode prot js tornow identica fang puramente politica ‘Secamularofesiva 0 xa, 3 ocupagao indireta do Estado, Mas, memo nessa fis, nto fol abandonada a sepsragio da moral ed politica, prevsta no contexto do Estado absolutista™ Peto contro, a despeito da funeso indiscutivelmente politica do artanum, a radical separagio dos dois dominios & consciente smenteetomadae acentuada pelos luminados. Mesmo deixando lado os mados um tanto risveise pernéaticos do Freiherr von Kaige queatrbuia order o future governo do mundo,” ou ‘nds iodestia com a qual Adam Weishaupt se apresentava como Spartacus dos tempos modernos, 0 dualismo moral é uma resposa especfic ao Estado absolutista, uma resposta de- terminad pla stuagto do momento, uma forma de pensar as- seciads 4 ago indretae capaz de possibilitar¢ legitimar uma ‘cupasio tii dst Estado. ‘A contigo para que se empreendesse uma tomada inditeta to poder sii a principio, na dbilidade da posigdo inical da sociedade Os iuminados, ou perfeciblistas, como se chama- ‘am no inicio, espalhades por toda a Europa Central, nutriam ‘o desjoardente e etabelecer a felicidade e a moralidade por toda pate também militavam com fervor por esses ideas, mas sex poder efctvo par relits-los era infimo, x0 contrério do po- der concentrado nas mios do principes abeoluisas, "Fazer algo 2 par de nad’, expressa Weishaupt com melancolia,”" "3 ‘br: prima da mora alias politica.” O maior obstaculo a rea lnago da moral, que obrigou a sociedade ase constiuie secre= absolutst, Nao se deveria opor uma forga a outra ou eliminara tiolencia por meio de violencia, Os iumninadoe actegurtva pelo contrério, que toda reforma violenta seria condenive Evitam 0 confit politico aberto, no somente na ag, mas despeito doe planoe ativistas, também em pensamento, A re posta original 0 Estado absoluteta desenvolveu-re desimpedi- Alamente em diregdo.a uma forma de pensar que continuava 37 politica, Na situagio concreta, os Hluminados — antistatais desde a origem e na intengio — insistem em uma atitude apo- lWica. Mas, precisamente nsso se funda a idéia de uma tomada Indireta do poder, que tem como pressuposto uma posiio apo- Itia. A impoténcia efetiva. condigao eo pressuposto da funda «20 da ordem estao ligados 8 inoctncia moral e ao conecimento puro, que s6 podem ser aleangados no seio da order. "* Asim os irmios,interiormente livres de qualquer violencia, reconhecem os fins mais elevados e gerais” da humanidade por iso, «sto ‘em condigio de determinar da mancia eal pedin os Unter as nogBes do justo edo injusto™™™ Da inferioridade politica ndo retiram apenas uma compreen- ‘io maior e uma superioridade moral, mas tampoueo hestam fem reivindicl-las para a legislagso do Estado. Estado, os duminados acredtam poder algar-seacima do Estado. Este salto deve-se 8 separagdo da moral eda politica, que seen contra em todos os magons que queriam estabelecer uma nova instincia de autoridade através doe Estados exstentes acima dos diferentes governos. Esta separacso permit um lopca de lnversdo que, da mats profunda falta de poder, retirao que ha de mais clevado, Mediante a separagto da moral da politica = ma: ‘gone conquistam a qualifcagao moral ue les permiteassumiro papel de instincia politica das Instncias, Paradonalmente, em fur inacencia moral repousa sua pretensio de legitmidade. Por Isso, o pressuposto da ayao indieta seu caaterapolitic, deter minado pela stuagio, ¢ Incorporaso também 3 apto de fo. “Aparcntemente em afetaro Esa, os uminados dizer, em sua ingenuidade despreocupada, que “privam o Estado 3 Igri das cabegas dos trabathaores mais capaes ©. deste modo iminam 0 Fata, apear de este ni sero sou finn imediato".™ -Ametapuramente moral irmeva, alm da legitimidde, a garan- tia de que a agao nessa se realizasse em toda sua inocencia, (0 "fim" do planficadores mors mao 6, de moda slgum, a der- tubadi do Estado. No entanto, @ Estado cai. Assim, em terceiro lugar-0 proprio sucesso politico é acidental* 1 aufo-entendimento moral, isto 6 a abstragdo do politicum | aspeto politico] desua tomada indireta do poder, chega atal ‘oo ene umminados, que eles acreditam poder nao $6 eli- ‘minaroetado hit nun [aqui e agora] mas também o Estado em gral. Gras liga de sua legtimidade apolitica, a moral ‘wansforma-se a “ate” que “ensina os homens a tornar supér~ fos os prncipes eos Estadas™.” Assim, nao se ocultam ape- 1a of panos politicos: esses plans permanecem encobertos en- ‘quanta tnt. Ete cncobrimento evidencia-se como implicagao ‘istrca da lta contra o Estado soberano absolutista. No ambito losis, v ‘Osestigios ds toma indiceta do poder, que seguimos com base nos esnitos das lojas marénicas, delineiam-se de maneira total: mente analogs na republica das letras. Aquilo que, no terrenodas das leas, asagdes de um process que se ditge cada ‘eri cons 9 stado. Este processo — que sempre levantse spuetementcxcarece novas qustoes de culpabiidade — de vt er invenigado agora: Mas una vex, evidenca-seo caminho {ur condu da autodefesa prtcnsto de soberami. Asim ea ‘laroo significado histrico da separagio entre interior eexte- Sor Se ate eno, adelimitacao entre morale politica revelou-se foo 0 prssuposto € a expressio de uma tomada indieta do pede pate de agora mostra-se que a critic, superior © apa. Fenement apolitis,fandascjustamente nesta dlimitag3o. A sim comes macons se epatam do Estado atraves do segredo— 2 pncpo para ecapar de sua influécia, maser sepuida para feupo de maneia aparentemente apoltie, justo com base ‘est separagio a crc, a principio, também se separa do Esato, pars em spuds, também com base neta separagao, tender sede mania aparentementenevtre ate submetélo8 sua serena Acti, come sever, aucumbe ds aparente newts: Tae ssesm hipocriia, "A jursigo do paca comesa onde termina o dominio das leisdo mundo. Friedrich Schiller fer ess constataglo no verdo de 176m um dscrso & Sociedade Alema de Mannheim, 30 Indogaro guru testo bem montado, spreciado como iat {ao mond podei relisar""O tema eo problema da paet erencem contented iia da arte eda critica dramatic, como era praticads no século XVIM, a comerar pelo Essay on ‘Crticisny de Pope, pssando por Diderot, que posto “Tar pour Iu morale” ate chegar 3 Dramaturgia hamburguens, de Lessing. ‘A resposta encontrada por Schiller qual le nfo seateve,é claro — € digna de seus predecessores. Sus concusdo lapidae consiste em afirmar que teatro deveria abrir espago entre osho- ‘mens para o sentimento "de er um homem’ "A simphcidade € clarezs desta resposta, & qual rtornaremos,repousa sobre ams ntitese jgualmente simples clara, em que se confrontam ales ‘igentes e uma nova jursdigso, de carster teatral, que age em frome do tentimento humane, Schiller traca uma linhs conce tal que separa culdedosamente os dois dominion de manera ‘gue o fim das leis mundanas equivale wo comeyo da wora jurist ‘0. "Mil vieios, que esta [a jaridigSo mundana]tolera sem ca figi-los, sto castigadon: mil virtudes, sobre as quais x ela #40 recomendadas pelo teatro.” Agu seconstata uma exclusvid de reciproca: 0 sim de um lado significa 0 nto do outro, e vice- versa, Ao mesmo tempo, a oposigio momentines impde uma ‘conclusio promissora:sfrontera entre paleo e Estado, tratada de lum ponto de vista atual ¢ espacial, ambém deve ser pensada de tum ponto de vista temporal, como substitugso da antiga jars {80 por uma jurisdig20 nova e mas usta, ‘Com este dualismo concetual, Schiller também permanece dentro do quadro criado por seus predecessors. O modelo dite- to.encontra-se em Lessing, que e negavaa glorificar os vicios no paleo e qu, na inauguragso do Teatro de Hambutgo, pergu tava: “Quando aquele qe nenhioma lei castiga ou pode catgut / © vilao malicioso. 0 tirano sanguindrio, / Quando a inocéncia 0 ‘oprime, quem ousa protegé-a?/ Quem? Els, que agora carrega © Punhal eo agoite, 7a arte intrepid. Formulagdes como esta ndo se limitam, evidentemente, 29 mundo do teatro e tampouco s80 4 expressio de reflexdes et tHcat: 20 contrario, a arte entra em cena como 0 antipoda da ‘order estabelecids. & um sintoma da estrutora intelectual do steulo XVI, que convertia 9 mundo inteiro num palc de for- ‘8 opostas ni que marc iteratra dey edescin.nhersitios rave revelagiberdadeg cr ¢ciiliagto, somercio © guerra, moral ¢ politica, decatencae progress, ls eescuridao — podria pro Tonga sc abel raver, em que os concetonapresenados prte: serm seu crater dstintve, fate 6, sem que jamais deizassem de insuire ao mesino tempo exclu os conceits contréros. Para Shiller, portant. jurisdigao do palo ests em nteraio som as es mundanas. E precisamente a insufiiéncta erste incerta ds leis politicas” ced, que “determina. a infuens tworl do pako." A jrsdigao moral é por conseguint, prov: ‘ads pela precariedade ds leis politias, se juizo € provocsdo pel politics: por outro Indo, 36 no teateo se revelaplenamentes tnsufiénia ds leis politics. "So aqui os grandes do mundo e+ cutam”oquesem sua qualidade de politico, “nunca ou raramen- tecacutam — a verdade. E véem o que nines ou raramente vem eahomem." jurado moral mostra:thes 0 que suas es Tealoenso:*Nio fazem sendo girar em torno de deveres neg tion 80 dicts € maledveis, mutéveis como o capricho «4 paixio-" Assim, em nosso exemplo,o conceit de les monds- tas akancado a partir da moral, ea moral é“determinada”, vie neato pela politica que interpreta. Odizeto moral eo dieto politico ndosomente xe oper A lei poitic é a0 mesmo tempo, imoraaleimoral por se politicamente“impotente", nada ema ‘ver com a politica dominante. Para Schiller, a jurisdigao das leis tempor vigoradefto, mas injustamente, ao passo que a juri- dio do teatro no vigor, ¢ claro, mas est com a rao, arate teatro 0 lugar da jurisdigao moral, onde, majesto- sa,"s verdad fa justi, incorrupivel como Rhadamants"™* No entanto a jursdigao moral esta numa tensio dialtics, que resulta da cso da realidade em um dominio da moral e em umn dominio da potics. Ambos os fenémenos -— 0 teatro mora € Sua relaco dialetia com as leis vgentes — mostrar o mesmo fat histrico src politics, Naps doje diner (8-447) © teatro moral exibe uma concep¢to de mundo sublime cin: fda em belezae horror, para submeter critica a politica vigente O teatro se torn tribunal, Seu veredicto divide o mundo.em duss smetades, “20 fazer desfilar diante dos homens, em mil imagens compreensives e verdaderas", os dualismos do século, “vicio € virtude, elicidade e miséria, Ioucurs esabedoria", Separa o justo 0 injusto , 20 realizar esta separagao, o§ “poderosos” eas “au- {oridades” cuja “justia se deixa ofuscar pelo ouro ese abandona, 20 g020 dos vicios” sto submetidos, no palco, a um julzo mais just, No momento em que a politica vigent, separada de ma- neira dualista, € submetida 20 veredicto moral, 0 juz moral ‘tansforma-se em um poiticum isto 6, em critica politica. De wm ponte de vista moral, © cenério duaistaexibido no palco nio passa de um juizo, mas de fato € uma critica de Estado, que se subtra 8 sentenga e muito menos a executa. A concepcio de mundo dualistaesté a servo da critica politic, da qual se tora ‘uma fangéo. Por outro lado, a divsto da realidad histérica em um reino da moral e um reino da politica, tal como 0 Absolutismo hava actito, £0 pressuposto da critica, © teatto $6 afirma seu juizo ‘moral se puder escapar do brago da lei temporal. Na medida em «que, para Schiller, politica “termina” de algum modo na rampa do teatro moral, 0 teatro adquire a liberdade necessiria,diante das leis temporais, para tornar-se o “canal comum do qual eu aluz da melhor parte do povo, a parte pensante™" A luz se pro- ‘aga precisamente no Estado, do qual o teatro se havia excluido, para submeté-lo sua critica. A arte moral eo Estado vigentesi0 Gachhausen remove a todo instante as “camuftagens” his \6ricosfiloséficas que dissimulavam a consequéncia politica da tociedade secrete, Por um lado, parafraseia os planos utépicos, dos “calmucos cosmopolitas” que — como faz 0 mestre das lo- jas dizer — ido “ibertar a humanidade dos grlhoes, restau as direitos originais de uma lberdadesagrada einvolivel, ees: tubeecer a idade de ouro do mundo”. Mas, logo em seguida, sacrescenta "que Deus, nostos principes e seus canhdes 0s pro- jam disso!” Aparentemente, a razio ied criar um “territ6rio sem fronteras”e“instaurar a era da frugaidade espiritual sca « politica” no “pas de fra abstracao": mas, de fato,s6 haveria “duas condicbestolerveis: a clase que governa e a classe que seri governada”. Os magons,entao “censotes de principesefor- ‘mas de governo”, vriam a ser “instancia suprema” e érgio do enverno.” © acl politi dos plans magdnicos, tornata clare por GGachhausen, implica uma questan que ext presente do inicio fim do Hiro: quale atte do cikalao cosmoplita em rela 2 sotordae, ao Fstado?™ © segeedo dos magons come fae 9 restr ds lojas dee. bem no espiito de Lesing, nde repousa na finalidade mora mas nos mcios de aleamgd-ta, ou seja, no méto do indireto: "A verdadeita arte de agi efetivamente sobre a hi ‘mania faé-la feliz, se preciso contra a sua vontade,consita ‘emencobit dela edos seus tiranos, esta intengio, Com estas pa- luvv, cabo de hes abrir uma das fechaduras mais importantes do grande segredo da nossa ordem."® Gochhausen de modo al _gum revel planos para uma revoludo imediata dos iluminados, «ois que alii nio podia fazer. Limita-se a deduir implacavel- ‘mente 3s implicagdes do objetivo moral, ainda que, naquele mo- mento, gnorase a proporsio que poderiam tomar; mas, no que Ai respeito as consequéncias dessesplanos para a ordem publica, ‘io nha divida, Ao compreender o plano indiretamente poli ‘ico dos iluminados,legitimado pela flosofia da historia, em suz naturerafctvamente politica como simples célculo,” ele cheg’ pre decida, “decide-se” quando ele nio deve deciic.E cons cdncia que define o caso de excesdo, Nio se exprests 0 ponto dde convergéncia entre as leis da moral, eternamente vidas © vvocacionadas a governar a consciénca,¢ 0s portadors social mente concretos desta consciénca, A questio politica propi mente relevante se evapora em um “se” andnimo. Aparenteren te, Turgot permanece no terreno do Estado: ao mes tempo, suprime a estrutura politica, sem dizt-lo. A dicotomia entre moral e politica significa — ea reside a fora ideologica desta polarizagdo — privar o Estado abslutista de Seus fundamentos politicos e, 20 mesmo tempo, disimolar esta consequncia. A fidelidade a0 Estado e o patriotism so, igualmente, critica e renegacio da ordem estabelecida. 'Na prtic, tal ambivalencia se manifesta nofato de que os presentantes da sociedade civil podiam modifica os niveis ds a- umentago, conforme suas chances de fica, sem renuncar 8 Vantagens de uma elaboragio duaista dos conceitos Em Turgt, pode-s observar esse processoaté mesmo a formula das Ses. Dante do soberano, Turgot apela ao principe e ao homnem, para que este 0 ajune a alcanyar as diversas metas ds sociedade, ‘Odualismo de homens elo principe, expresso estrita do grande dualismo da morale dla politica, era de uma forea revolucionéria extrema, Tal contraposigie ja aparece, & certo, nas origens do ‘Absolutismo e fo tiizada por teéricos catlicos do Estado para submeter,em virtude de sua condicio de homens, os principes saberanos 3 potesiasindireta da Santa Sé Mas, durante 0 apo- seu do Absolutismo, 6 se empregava essa contraposi¢ao paraad ‘emir principe de seus deveres morais, sempre sob a condigio de que o dominio da politica necessariamente prevalecia sobre 0 imperio da moral* A contraposicao do homem e do principe é retomads pels sociedade civil, em cujas mas se transforma em tama das armas ideol6gicas mais afiadas¢ eficazes." Isto se mos- Urano procedimento de Turgot nos casos seguintes. ‘Como pioneiro intransigente da tolerincia, Turgot havia pro- vocado imenso desagrado na Corte de Luis XVI. Em 1775, quan- do jé era ministro, requereu um edito de tolerdncia. Um olhar sobre o mapa-mindi mostra um grande miimero de religies,e «reveu a0 re, ¢ cada uma delas acredita estar de posse da verdade ‘inicaNoentanto,acrescenta, também é certo que aféreligios st relaciona 20 além, que € uma questio de conscitncia es6 diz res peito ao homem privado, no isolamento de sua alma. Colocaristo | provaé, na verdade, uma perda de tempo, mas adotar 0 ponto 4de vista contririo — o da intolerancia — leva sempre 20 d ‘mamento de sangue. Em matéria de religido, nao se deve jamais subordinar o homem & autoridade politica do principe. Para con vencer 0 rei, Turgot contrapoe o homem e 9 principe no sobers ‘0, “Cegueira deplorivel de um principe, als bem-intenciona do, mas que no soube distnguir seus deveres de homer e seus Ibid., 261. 16. “Sabei que quase todos os homens est4o reduzidos a este ponto: ou a estar em conflito com a consciéncia ou com as questdes do século. Mas, posto que nao ha felicidade perfeita, os sabios, vendo a liberdade de seus pensamentos ser perseguida, refugiam-se nas entranhas do coragao, e, quando vossos sdbios nado puderem unir-se as condicbes do momento, fugi desses esconderijos dos sdbios, subjugando a vés mesmos as coisas de que sois 0 juiz, e aos outros as que competem aos julgamentos deles. Vossas agdes externas podem ser julgadas por aqueles que dominam e, visto que eles tém conhecimento delas, nao podeis impedir que essa parte seja de sua alcada, que eles exergam so- bre ela a recompensa e a puni¢do, mas eles ndo podem condenar vos- $06 pensamentos, contra os quais ndo podem mover nenhum proces- so. Digo essas coisas para vés e para mim, Senhor, para vos rogar que os combates de nossas consciéncias nao saiam para o lado de fora; e, se a consciéncia pressiona para vir a luz, na impossibilidade de maté-la, é preciso ao menos adormecé-la” (Agrippe d’Aubigné, La Confession du Sieur de Sancy, in CEuvres completes, [1, 369ss). 17. De Sancy, da familia de juristas dos Harley, converteu-se em 1597 € tornou-se superintendente das financas. Como tal, fez todos os opor- 18, 19. 20. 21. 22. 23. 24, 25. 26. CRITICA E CRISE 165 tunistas, que havia entre seus antigos correligiondarios, aceitarem 0 edito de Nantes (cf. A. Garnier, Agrippe d’Aubigné et le Parti Pro- testant, Il, 255). D'Aubigné, ibid.: “E facil a razio disso: aqueles que morreram quise- ram deixar sua consciéncia viver, e ela os matou.” Cf. Ranke, Franzdsiche Geschichte, livro X, cap. 7 (Meisterwerke, parte 3, 147ss) eC. J. Burckhardt, Richelieu, Der Aufstieg zur Macht, 107,242 e5l2ss. Cf., para esse pardgrafo, Richelieu, Testament politique, v. II, c. 4: “E£ mais importante prevenir o futuro do que o presente.” © objetivo de toda boa politica seria antecipar-se aos males, em vez de deixar-se surpreender por eles. Dilthey, Gesammelte Schriften, sobretudo 273ss. Spinoza, Tractatus theologico-politicus, 1, § 2. Clarendon reproduz os argumentos que fizeram Carlos I curvar-se para legalizar o processo do Parlamento contra Strafford: “Ter havido uma consciéncia privada e outra publica; de essa consciéncia piiblica, como rei, ser algo que ele nao apenas nao podia dispensar, mas que 0 obrigava a fazer aquilo que contrariava sua consciéncia privada como homem ... De um rei ter sido obrigado em sua consciéncia a se re- signar é a resignar seu entendimento 4 orientacdo ¢ 4 comsciéncia de seu Pariamento.” Clarendon acrescenta retrospectivamente: “Que era uma doutrina recém-aprovada por seus tedlogos, e¢ que thes foi de grande serventia na busca de sua orientacdo futura” (Clarendon, The History of the Rebellion and Civil Wars in England, 6 v., Oxford, 1888, 1, 321, 338ss). Spinoza, Tractatus theologico-politicus, c. 19; sobre a relacio com a guerra civil religiosa, cf. c. 16 e Ethica, IV, 37. Dilthey, Gesammelte Schriften, 362. Il Por essa raz4o, a publicagao de De cive, como todos sabem, antecedeu a Fisica e a Antropologia, que lhe seriam metodologicamente anteric- res. Cf. De cive, Ep. ded. ¢ pref., Leviathan, Il, c. 18 in fine. Hobbes observa que s6 péde publicar a terceira parte “pracsertim cum eam (partem) principiis propriis experientia cognitis innicam, praccedentibus indigere non viderem” [“sobretudo porque aquela parte se apdia em principios conhecidos, propnos da experiéncia, ¢ nao me parece care- cer de precedente”}. Ja seu primeiro estudo politico, a tradugao de Tucfdides, foi publicado por Hobbes para que o exemplo da guerra civil grega servisse de adverténcia & ameaga de uma guerra civil. Saiu em 1628, no ano em que o Parlamento havia forcado o rei a dar a Petition of Rights. Freunce Soc ovisbesenterire (Dic dee a CIDA primey ee des “mera pr provision” eonvocs [et Sinlsofsiner ese msstmnes deen pt ide i) Het ‘are rts conta “coe and example (Lovato Pipe trgndo qe rab — come demonaterso prente £Mandacm ars, Pesaroete amoral splice eens j= lintenerto humans" polite ethic, i et cent je ‘ert ae mage demons» prot pote” (= plies e+ [BukctJenansende pon], poinafrna Hobbes, antecpando-s. 2c aaa iia eee at pt fina (eros ocsu defas deleedepuctos] (De amine 3) 1» Drom 5 eo pd pre De corpore 7 31 Lean va: Ln tauay The Patil Philosphy of Hobe is Sven Gone oe 42 Hash Arndt edu de maneta mogistl as conseqaéncias ‘eas do pono de para individualist de Hobbes (Bement wd ‘Garige wae Horch 292. Max 0 ent compreender 9 ‘encom cidade oar gnorao pont de aria isto (2c Ear ddan saber abelate prea ponegio do “ho teenie poprdad a sberanin eras emenarto da auc, ‘Cxovecl ds "votae da maloria™ ol sab poe do Eada ‘Bette que « sociedad, enguanto sociedad de lobes, pode se ‘ewrater pont de dspensarete mesmo Eredo, sbvorvendoo. 3 CE Raymond Poi, Paltique ot philtophie chet Thomas Hobbes, {pom €2 Label Eve Grundlagen der etic polite Spun ties 1, Dede 29 Levuthen 26, "Pasarbo cv 8 Tera" di ober [rts orange de to Laces, 2133, masse atau Exoimeno epost mora no psard 40, Drei or Lenatom 16.08 olin, Pltiqur 1 phiswephie cher ‘mas Hates om ovr jure injusto, jini to abigail ‘ees sigiicdos quando iti comiderte um eit Bos inns por ta ohare usa oe ‘rc forma quando sone sia conscrrbbn {odors sus hero sro" (Element of Lew, Cambri, 192641 16.4) Cla eespeto expoico mais Seuada em Dee ik € Hobe ainda ato conecia sdiatinSo oj comm em ing entre “anscience [Gewinen, conecnea moral eons Bewat “tin conseincia com estado aporto aodeinconsiteal. emref Tiwi 12) define “conscience coma “nada sl dose ¢opaiso ‘onsalidedoe de urs homem'; “Por consepunte Gund o Bares ‘Eine cots sobre san conic, abo oe preston com =p Fortanto, como + opiniao sobre a evden (bit 68), No Lan ‘han 7), Hobbes fornece we hiner da pales erate one 2 Contragoto desist de emprep la". foe temp srt eputo “im ato mult danowo que qualquer homem fle conan const {en de elemenci,concener Se wigan, promo oy ros ppelitone ad prinipem® —~ raendepener dee clipe, him sbelam ce “a drei miadds um membre yet pe feria scmtengadefntiva sobre s Ronenigne 3 thd dt Siauor’ eh exestavam dentro du dem» serena fe (Dry ‘herbwardige Ausragen Cheauenbofen, Meine Geschichte und Aple € 14, Shrew an des Herr Hoflammara«inarsion fr i Obe- 12, Nacht 32. Sem expres bertemente cone ee ria, oo oe Eatadoecnents sb come ropes oo tar {orma.se na indicagto rcipoca dos magons par pots nse © {itada como ponto principal do programm 7400S 126, imero to dmb den pr ma ‘sho pela Europa Central Setentional¢ rental neo a dca {41980 era etimado pelo fo de Weuhaop mai tarde ner de ‘Baviers, em 2500 interantes (ver Rosberg Pramenre and Pk lim Zeta des PranebschenReolton 548). 127. Nach, 308 128. Ver nota Le (p.199 dese lor), em que serene um tone Contemporines da a0 de Bits abo eu autor, wm ded {do adversrio dos luminedon ens policies overam pnd repercusto. 130, Ardem "Comandaria @ mando", anuncow Kngg em Hedeg (Gitado por Scherer, Wichnige Anrkdon eines Augers are Fransosche Revolution, Bein © Leip 1a Wr cade Roulerg,Freisaurre nd Polk ioe Zeta det Franca Be setutom 38) 131, Nacht 46 15a, Do discus dingo 40 Murnau mtr, gue poker wae ‘immia de inilaso, red por Knige (reprodote prc Eel Gea ited Be tote atone. 27. Ur coumopotia € um homem sw, Por aco, imps a sas ncagor oe dedi part 134 Alanya o “paler ¢ sense Side 21). Vesa 139, Naka 186 Wien Gourmet Sie 15, 226 Wieland fee, 4 es Frits uma how equim it, ie santé prt do Ex ‘prs stack Je mania inet ewperion A replica dae travetoamente independent do stad. enguanta nso fist nada sate os ses principio ‘Consslendnthe un econhecimsent formal. os osmopalits spa arsed Ezad:“Ocosmopelia, como ciddio do mundo segue to ‘sales do sao em que ie cj sabedovia, justine uae gral ‘eum evienes. eas demas, por necesidade™ Mas a ncesidade, por Su verse mas ua er contornada.Apssspatarse do Estado, 0 cos ‘popoiavltra inietamente cote el leo fia claro no enerplo ‘frida erdade de imprens."Eacilos que conteniam olenat 1 prsass ada peo nome ou explictamente desgradas queso robs desprovados pl lic ecritrqueprocurem soc. {ar eo ou indigo contr autordadelgalmente constitu ‘carton que drm dretament conta a Consiga lea do Eats ‘ec ccios que tabther pao erred de toda rligno, morale ‘ordem cd tador ees tors io condendves em qualquer Es ‘io guano aaa tai, roubo,o assaninat, et: Masa prope bse gu todo, menos odious, ois ao esencal que nea repouss ‘carter condentvl de um eco” (id, 27) seas passagens per {ence iapoucas em que o métodoinieto de combate € export de ‘manera aba cineuvoca por am memo da repli da ete 138 Wind, Gaara Serj 15, 221-"Alem disso, a aparente ew wadadequo cosmopolitaobeertnm na mara dos caosem gue sudo se agmenta em pardon, € ado menos indleren = S00” he dois se em gue or conmopolias ereniram env sm partido ‘tr onto" (Nasa coneres, Wieland referee 0 eda Fran {arcome “un” partido, 20 notes do Parlamento de Pais ie 2 ‘Bam dsr convcados puna Aseblda Nacional, que ands no ‘mae reundo "Ne prime (eas) efor moralment seguro ques ‘nls plc realmente dc: no ozo seo pasa evident ‘enc npatgao core prgo de sucumbir sem apoio” CE. rep {Wo gandepropnisico de Wind, de 1770, m que estou de forms ‘nstagedaa empregs da plata Yevolug™ bid, Vl, 4349), Ho, Shier, Sake Werke ¥ 11,91, 141 Sele dev nan conferenit em ua ses da Deatchen Geslichat Be Mannheim [Sociedade Alema de Manheim) em 16 de jah obec acum (Enger de 178, sob 0 alo "Die Schabue as ie none Aa berate" [-O testo visto como un tia mr Fp ‘Sendo That I, 178, em ae pansion be Io "Wat kann cine gt stchende Schaubine cet bw” (ae eto pode ter um este ben mona A Dan slic fol ndads por Kar Theodor 17S segundo mao fa Academie Francie no perio em qu Siler os ram Protos (dede 1980) todos os exits gus teem ei forzaio,“tratasem da Contig ds Cima 0 oi” tao por Hauser, Cachiche der Rhercher Fi 99) Berto (ha sotiedade — 2 qual pete, ene aoe Lei Kp, ‘Wied eos imios Dalberg Schiler pstenerene io ene core a plas franeasO pice ele tina em pe sus sora residéci em Monique CE Bete, Se 3 pow Kart Theodor 25. a2 Schl, Sumiche Werke. 10. 149.98 Lessing, Since Schriften 9 207,311 (Damani anbaee se. prolog «pes 30) CE ota sobre Waal Sie, Sie Were 14s. Scher, Sticke Were 9, 46. Tod, 95 M7 Ibi, 90, Sobre emprego dereitivo do tee pets at Shier fr na cst, ve cata Dalberg qe qos ot enhores stores, are minar su sso, rm — a" samento politica" — represetado mals pes Heb nd oe (Gerge, chile 122) 148 Schl, Sdmhe Wek, 91 1 Bid, 97, 150. id 9, 151 Apalota “eta” &um rpic do suo Xfire «rts ntroduer, em thulos pean carats pc Iuea “ere” oa “eric” Exe 1790] G Babe poset = Gottingen: nossa dpoca abe o ments deters eh Edo eeslrcia com ertca mai do ques pos fede Sto tem teebio, com ats, 0 cognome dete” (Grn tine lginenEneklopate der Wench 9 Et rte ‘te dae por contempories pene wet es per “cin utapssaa es ag eal carp dar cae Em bpetmaqse expres “te eta empgia morales ‘ilo vi ede munca aiuta continu cone ota pun frac. Ente fat eta lange de se um oad ec po {usrds ume relate expecta som a primasia la eric, ave sed ‘Sada no decor dea tet 152. Stile, Simahe Were 153 td 98 154 lca tren ura ang ale races ingles FJ. © W, (Grim, Dever Norerbuc Leip, 1893.) Murray, A New English Dyrnman: Ost, 186 Litre, Dannie dela Langue fags, 1977 Asttsnotas que squem se pam, em porte ness dciodsios, 155A ples Kh otic (en ane, ctu em ings, critic, je fens cv) tere comtum com Kr (em francs eri em (Se cin) serge grea pute do verbo wplvar separareleger esr dcr, ee, te combat A mesma aa keh encontra se ‘oti sere nro em fants crble;e em alloalemso moder ‘0 rete. civ. Oempeego grego de mpwiae de xp eer ‘frem fra ainda que nl onginalment,jursprodenci 8 priticn Judi Kas cr, sgnicaem primeira lugar scparags0, lu, mat {ambi desis, po senda desma ecsa definitive, de um veredicto fu juzo em geal que hoje pertence ao Ambito da cia. As sigh cages jesus, de urn era “eubjetiva” cua crite “cbje- tind ram conebdas em prego sob um concetocomum. AS: lira peti um empreg oridico, no rent deur, proceso en gra tal Asim, 0 “pre o conta” é algo originalmente ianeste palin Kris rise, de um modo em que se ine Aisi (Pape, Handwrirbuch der grichschen Sprache, Brau ‘coc 12 Lidell-Sot, A Greeknglsh Lexicon, Oxford, 1951). Novueserefre decsiourdica em si mesma, plaveaxptoi toms tum seni crador de ordem, tal como ulisa Aristteles (Poitea, 12554 12734,b; 1826). Ardem de uma soberania e 2 ordem jar ‘Bea dew comunidad dependem da dciso juts do jus. Ciladio ‘somente quem participa da dgnidadee do oficio de Julga (@px ‘pune A forma do adjetivo upranos, que se pode Vere des Pht relaonsse 1 capacdade e arte de jugar, deiso, 3 ‘eis dum juz de modo gerl 3 consideraso dat "pr econ tra wvidde “ric do jee Tune Spaspn adoro greg do Velho Testmento, es: Inada no seed illaC. exo nome ve deve a0 nimero tradicional de seat adores N. dF} ina» pelavre pts no sentido jars prided edo diet, cj prevervganecriaan tare do voberano {Theabogickes Worterbach sum Neen Testament, ed G. Kite, 3. Satis 1950). ea ana com fara, Der reves como o vers dea soberano ej; em Sto oao a palava verze” ana sentido (de JtoFna de bal univer Na estrus temporal det bana epiiia de Crstoantecpa a derno, sins pendent mas 8 experimentads na conscitncia dx cdl Ea sipicag ‘ma secelriad rs marcarostculo XVI, sem ques exe ie" ljncorrente A cxpresncres ito, sa dear deel Jt. et dominar vida publ, 0 pato qo" coma orden Juridica, no sentido prego ou como tbuna univer tio ‘rio, denparece. Jf no lati pala em rs ecb ‘rea sentdo medicinal, conforme o exemple Hip Galo {expen pa). No arign “Cre” (Ease) ena aun ¢ ‘um fat histico do pasado: “Galeno nosenina qo paw csee tn terme do diet que os médioe dare que pie prop mente um julgaments” Em lt, ere de uma doega eo jlo mid ocean ligados, que limitam oconcrita de crise so campo md Fee Frlanet Lesion fois Latina atv, 180 "A mis dar subita mobi mutt nora ind, 0 ua prs ed ‘agro furrame(*Dizer ox radio ae wea ban ean oenga aresenta nove sintoma, pair do qa pode faery éstic do doente"). CE Santo Agostinbo 6, Conon fre “Critica accesio morbi te qua de santa out mre petits juicum fr pots ("De um sein da orga pode se peers Stude ous morte do doente'|. 0 “eta, porem, cma 9 a ¢ ‘também “granmaius jit em materia de are Na ade Md, Plvea “ori” permanece ett go wo midi cero. {o decivo part odeanvolimento dea doe em ure ei ho que ainda ndo ert decd, Ete sid ples mae —lnclsive durante o dela XVI — tos ds de hoje Ver 16124, p.229 dese live ‘Acta, por outo lado, aston se pala cs, ute respondiaorpinalmentee permaneces estat eo fier, fem que ae entido incu gradu de ums deco tl ome ocotia no sentido telogico, juice e mio dace. poo {b forma adverbial e adja “eco” (etiquette. portant, conforme srelrénis rs” outa” Fm 102, Ingle excevew: "Com €eranho 0 modo como alguna ates erden seu sentido priv! Por crc etenda onan fe, um bom ji entee nos oj em da no sinifia mae a um esmiugador de eros" (Eng. Thophnat cad por Mary. [A'Neo Engh Dictionary, Osford 18). Colle inform em The ‘Great Mistrial, Geographic, Genelia and Piel Dea (Ged, Londres 1701) seo “okt preston oe hava tornado lente sspitosasothos de ep eras pote ante econ ome casio, meade tei nd sees se morte lets malign Zoller deni de wm trad umnistca, snd atu igo Univer eon Halls Leip, 1730) "Cate" de 1 asin“ ta dejar ato eee, e por it ve ‘Ei gueum bomen dete ett tof nds pode gn cota lg tne Martane Zeer nia como a significa mas corsent da (alts ci o pos de vrada de wins cnga, ented por Sertcavarene apenas veda para acuta “Hojeem di chama'se ena acso altar da atures pela al se exp do corp a materia d doenga est eva da rina ds ‘Grogs Embos Zeer ands nto conhecese 0 "erica", eidencis ‘essrartigo “Cre” uma da ries da hipotisia em ue degeneron ‘a no vculo VI: “Como a erica contribu em muito pars ‘rd abedoria. io peo se trabathoimedint, mar por Medi {Berocones qu on crpiron que te plea 3 mesma soi acomet {kde pander, aribindote como imedits + wilidade me ‘date smopandoeo ofa dejuiz."Atapareceo terms do stl 134 O dion de Grimm dsigna ete grupo de pleas como “ver- adevamente recente” lingua alems 86 leis sido incorporedo to seul xv (Baie, Kant Krk der Urea 963) Th Addan. em Verh sins vlltandigengrammatichn hi then Worth der Hochdeachen Mander sinda nde ite ap lum cise. Apresenta come expresses novas “Krities™[eico) € “Kana” ue de ate), Ete aria do juz da bra de outs wm Tye expres "Sprache [ui linguagera) eK. pines [aronmadamente, mere em espertera| seam pee Tesamenteadequadas 3 forma greg pining, pois desta adviir "oer Kank, “Sie “Hades. Ca espeito 4 Fang, 6 Warburg Frenisiches Eshymologsces Worterbuch Dale, {esa 1355. O grap de palnerasetabelee-ve na épocs cli Na patra poses verifar a palara “ric” desde 1607 em ‘acon parecer edo" (erie) (Ad, Learning Vi § 210.6 ‘otbes via» palavra para itepretagao floogien © comparagio ternal (The Engh Works Vl, 389). 187. Em ls as em um “riche Schaiat upon the Revelation” (Sater, Espo 2 Tes) ou, em 68, em Teme and rill (Orisan”faaon, True Evang, 69) oy anda. cn 1635, em “tamed Dinar and che Expontour”(N. Carpenten, Geo. Doky ly 67). Ee 184 apes pubarto do Tract holon polis 4 Spina um eer ingle da iba digs sonra “won Jit ‘Cancaner"(N'6. Ci Eg Eat Bible V3), Alma hoje designs ‘tec teu ds erties sogradas por “higher etc” (ary. ‘New Enplsh Ditonay, Oxford 8885) 1, Mier critique du Views Testament pei "Cra Sacra ine de vers quae cs Vr Fearn: 1 Wor eccrrunt lecoibus "Crtien snr ou tvs Gut fcortem nos textos dos lives sgrads do Velho Tetumen Pari, 1650 Sobre Cappel, vero respective ais de Berea (RecienepA fr prot. Thole Kirche Lie 197 i) Sobre fo lmpulo que & cre Materia reebes ox debts weg Dithey, Gesammate Schriften, yas 1. Simon, uti erique du Vieux Testament, prec. Sea un trande equvoco doe protertantessreditar ques ia "crs [Fy por itera Concibo de Trenotnvocon tm ee stl Paisda Iga as 9 Canclio" nem por io prbiuos paras de bbusarem outrasexplicagSs quando aosetratae dele Ponca ‘ho. fstamente por io, Simon pod submeter ot Pas spo ‘ua erin: "Os que buscar a verdad ems exem propa sis

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