Você está na página 1de 24
MARIA JOSE ESTEVES SANDRA ALVES AMORIM. PAULO VALERIO (Advogados) CODIGO da e da Recuperacao de Empresas ANOTADO NOTA DOS AUTORES Sao de ordem pratica as motivagdes que pontificam na publicagao do presente Cédigo. Com efeito, a Lei n? 16/2012, de 20 de abril , que procede A sexta alteragaio ao Decreto-Lei n° 53/2004, de 18 de marco e por cujo intermédio o Estado Portugués vem, em certa medida, honrar compromissos assumidos junto do Banco Central Europeu, da Comissao Europeia e do Fundo Monetario Internacional, desafia a comunidade juridica em termos que merecem destacada atengiio. Em rigor, nao poder dizer-se que a substancia das alteragées ver- tidas no Cédigo configure uma verdadeira mudanga de paradigma, ja que, apesar de tudo, a arquitetura do regime insolvencial se mantém relativamente estAvel. Todavia, a extensao das alteragdes introduzidas e, em especial, a insergao de um novo Capitulo no Titulo I do Cédigo, traduzindo a criagio do anunciado Proceso Especial de Revitalizagao, 86 por si, interpelam aqueles que, diariamente, se ocupam destas maté- rias. Isto confrontado com o facto de, nos primeiros dois meses de 2012, se terem registado 973 insolvéncias em Portugal, representando um crescimento de 47,8% face aos 658 processos do género identificados em janeiro e fevereiro de 2011, dird bem de como se afigura incontornével uma assimilagao rApida ¢, o mais possivel, proficiente das novas regras. Por ora, 0 que trazemos a estampa é uma versdo consolidada e anotada do texto da lei, assinalando, em termos que se pretendem pragmaticos, as alteragées publicadas em 20 de abril. Outrossim, a insergao de remis isteméticas ao longo do articulado, con- forme tradi¢&o inaugurada em edigées anteriores, pretende facilitar a compreenséo ¢ aplicagao quotidiana do Cédigo. Oportunamente, uma versao revista e aumentada da presente edigio serd uma opgao a considerar. No momento atual tal ambigao néo seria sdes intre compativel, nem com a urgéncia acima identificada, nem com o tempo justo para que, no confronto com a vida real, o espirito da lei ganhe o corpo e forma merecedores de um tal empreendimento. CODIGO DA INSOLVENCIA E DA RECUPERACAO DE EMPRESAS TITULO I Disposigées introdutérias CAPITULO I Disposigées gerais ARTIGO 1.° Finalidade do processo de insolvéncia 1-0 processo de insolvéncia é um processo de execugao universal que tem como finalidade a satisfagao dos credores pela forma previs- ta num plano de insolvéncia [art.192"| , baseado, nomeadamente, na recuperagéo da empresa [art5.”| compreendida na massa insolvente [er46") , ou, quando tal nao se afigure possivel, na liquidagdo [art.158°] do patriménio do devedor insolvente e a repartigao do produto obtido pelos credores. [art47‘] 2 - Estando em situagao econémica dificil, ou em situagao de in- solvéncia meramente iminente, o devedor pode requerer ao tribunal a instauragiio de proceso especial de revitalizagao, de acordo com 0 previsto nos artigos 17.°-A a 17.1. NOTA: Redagao dada pelo artigo 2.° da Lei n.” 16/2012, de 20-04. LEI N.° 16/2012: 1. Anova redagao do agora n*1 sublinha a satisfagao dos credores como finalidade do processo de insolvéncia mas, em contrapartida, inverte a formulagao do anterior intimero nico, privilegiando, como meio para aquela satisfacdo, a aprovagao de um plano de insolvéncia [Art.2"] _ Cédigo da Insolvéncia e da Recuperagao de Empresas 2. On?2, inteiramente inovador, vem referenciar 0 novo processo especial de revita- lizagao e, em termos genéricos, a legitimidade e requisitos para o seu requerimento. ARTIGO 2° Sujeitos passivos da declaragio de insolvéncia 1- Podem ser objecto de processo de insolvéncia: [ar.1°1 a) Quaisquer pessoas singulares ou colectivas b) Aheranga jacente: [art.10:] ©) As associagées sem personalidade juridica e as comissées espe- ciais; d) As sociedades civis; ©) As sociedades comerciais e as sociedades civis sob a forma co- mercial até A data do registo definitivo do contrato pelo qual se constituem; 1) As cooperativas, antes do registo da sua constituigao; g) O estabelecimento individual de responsabilidade limitada; h) Quaisquer outros patriménios auténomos. 2- Exceptuam-se do disposto no nimero anterior: a) As pessoas colectivas piiblicas e as entidades piblicas empresariais; b) As empresas de seguros, as instituigées de crédito, as sociedades financeiras, as empresas de investimento que prestem servigos que impliquem a detengao de fundos ou de valores mobilidrios de terceiros e os organismos de investimento colectivo, na medida em que a sujeigdo a processo de insolvéncia soja incompativel com 0s regimes especiais previstos para tais entidades. ANOTAGAO: + processo de insolvéncia abrange a generalidade das entidades singulares ou coletivas , com ou sem personalidade juridica, com excego das pessoas coletivas previstas no n° 2, atendendo as consequéncias derivadas de uma hipotética insol véncia destas entidades, ARTIGO 3.° Situagao de insolvéncia 1- E considerado em situagdo de insolvéncia o devedor que se en- contre impossibilitado de cumprir as suas obrigacées vencidas. Disposigdes introdutérias [Art.3"] 31. 2 - As pessoas colectivas ¢ os patriménios auténomos por cujas dividas nenhuma pessoa singular responda pessoal ¢ ilimitadamente, por forma dir quando o seu passivo seja manifestamente superior ao activo, avaliados segundo as normas contabilisticas aplicdveis. 3 ~Cessa o disposto no mimero anterior quando o activo seja supe- rior ao passivo, avaliados em conformidade com as seguintes regras: a) Consideram-se no activo e no passivo os elementos identificdveis, mesmo que nao constantes do balango, pelo seu justo valor; a ou indirecta, sao também considerados insolventes b) Quando o devedor seja titular de uma emprosa, farts: a valori- zagao baseia-se numa perspectiva de continuidade [art.1621 ou de liquidagao, [art.158% consoante o que se afigure mais provavel, mas em qualquer caso com excluséo da rubrica de trespasse; ©) Nao se incluem no passivo dividas que apenas hajam de ser pa- gas A custa de fundos distribuiveis ou do activo restante depois de satisfeitos ou acautelados os direitos dos demais eredores do devedor. [art46:1 4- Equipara. te iminente, no caso de apresentagao pelo devedor A insolvéncia [art.18:1 NOTA: N.*2- Redagao dada pelo artigo 1." do Decreto-Lei n. 20/2004, de 18-08. ANOTACAO: + Permanece por definir 0 conceito de “justo valor” previsto na al. a) do n® 3. A deter- minagao do contetido deste conceito é de vital importancia. Parece caber ao juiz a interpretacao, caso a caso, do conceito de “justo valor’, o que se afigura notoria- mente dificil face os conhecimentos técnicos especificos necessérios para o efeito, ‘que 0s juizes em regra, ndo possuem. Pese embora o facto de esta limitago poder ser ultrapassada numa fase posterior do processo (cfr art. 153°/3), que prevé que, sendo particularmente dificil a avaliagéo dos bens ou direitos, possa ser confiada a pPeritos tal solugo, ndo se resolve a questdo com que o juiz se depara nesta fase processual em que tem que ponderar da verificagao ou nao dos requisitos para a declaragao de insolvéncia A situagdo de insolvéncia actual a que seja meramen- + Na al. b), a referéncia a “numa perspetiva de continuidade” é sinénimo de uma perspetiva de nao desmembramento da empresa + Asituaco de insolvéncia assenta em dois elementos objetivos : a "impossibilidade de cumprir” e 0 “vencimento das obrigagdes". A impossibilidade de cumprir as obri- ‘gagées vencidas implica um juizo de analise do conjunto do passivo da empresa © das circunstancias do incumprimento, do qual resulte que esta nao vai cumprir. 32 [Art 4°] Cédigo da Insolvéncia e da Recuperagao de Empresas ARTIGO 4° Data da declaragao de insolvéncia e inicio do processo 1 - Sempre que a preciso possa assumir relevancia, as referéncias que neste Cédigo se fazem a data da declaragdo de insolvéncia [art.96] devem interpretar-se como visando a hora a que a respectiva sentenga foi proferida. 2- Todos os prazos que neste Cédigo tém como termo final o inicio do processo de insolvéncia [arti] abrangem igualmente o perfodo compreendido entre esta data e a da declaragdo de insolvéncia. 3- Se a insolvéncia for declarada em processo cuja tramitagio de- veria ter sido suspensa, nos termos do n.” 2 do artigo 8.°, em virtude da pendéncia de outro previamente instaurado contra o mesmo devedor, seré a data de inicio deste [art4) a relevante para efeitos dos prazos referidos no mimero anterior, o mesmo valendo na hipotese de suspen- so do processo [art8"] mais antigo por aplicagdo do disposto na alinea b) don. 3 do artigo 264." ANOTAGAO: + Relativamente aos efeitos da declaragao de insolvéncia sobre as ages pendentes, fe art. 85°. ARTIGO 5.° Nogao de empresa Para efeitos deste Cédigo, considera-se empresa toda a organizagao de capital e de trabalho destinada ao exercicio de qualquer actividade econémica. ANOTAGAO: + O legistador optou por uma nogao ampla de empresa, nao exigindo o carater profis- sional ou a continuidade da atividade , nem que esta tenha fins lucrativos. * Adefinicao legal de empresa baseia-se numa organizagao de capital e trabalho, sendo determinante, para 0 efeito, 0 exercicio de uma atividade de interesse econémico. E uma definigaio que apela ao conceito de empresa enquanto agente econémico. Disposigdes introdutérias [Art.6"] 33 ARTIGO 6.° Nogoes de administradores e de responsaveis legais 1- Para efeitos deste Cédigo, sao considerados como administradores: a) Nao sendo o devedor uma pessoa singular, aqueles a quem in- cumba a administragao ou liquidagao da entidade ou patriménio em causa, designadamente os titulares do érgao social que para © efeito for competente; b) Sendo o devedor uma pessoa singular [art.285.1 , og seus represen- tantes legais e mandatarios com poderes gerais de administracao. 2- Para efeitos deste Cédigo, siio considerados responsiveis legais as pessoas que, nos termos da lei, respondam pessoal e ilimitadamente pela generalidade das dividas do insolvente, ainda que a titulo subsidiario. ANOTAGAO: + Conceitos relevantes para efeitos de definigéo de Ambito subjetivo da declaragéo da insolvéncia, + Consagra-se um critério amplo de administrador, incluindo-se na definigéo aqueles que exercem 0 “poder de facto” e ndo apenas o “administrador formal’, titular do ‘6rgo competente. ARTIGO 72° Tribunal competente 1- £ competente para 0 processo de insolvéncia [art.1] 0 tribunal da sede ou do domicilio do devedor ou do autor da heranga [art104) A data da morte, consoante os casos. 2-E igualmente competente o tribunal do lugar em que o devedor tenha o centro dos seus principais interesses, entendendo-se por tal aquele em que ele os administre, de forma habitual e cognoscfvel por ter eiros. 3 - A instrugao [art.27"] e decisao de todos os termos do processo de insolvéncia, [arts6° 0891 bem como dos seus incidentes e apensos, compete mpre ao juiz, singular. ANOTAGAO: + Ecompetente o tribunal da situago do estabelecimento onde a empresa tem a sede (ou exerce a sua principal atividade 34 [Art.8"]_Cédigo da Insolvéncia e da Recuperagao de Empresas ARTIGO 8.° Suspensao da instancia e prejudicialidade 1-A instancia do processo de insolvéncia [ar.1/] ndo é passivel de suspensdo, excepto nos casos expressamente previstos neste Cédigo. 2- Sem prejuizo do disposto na alinea b) do n.° 3 do artigo 264.", 0 tribunal ordena a suspensao da instancia se contra o mesmo devedor correr processo de insolvéncia instaurado por outro requerente cuja petigdo inicial {art23] tenha primeiramente dado entrada em juizo. 3-A pendéncia da outra causa deixa de se considera prejudicial se o pedido for indeferido, {art27“] independentemente do transito em julgado da decisao. 4-Declarada a insolvéncia [arts.36°e 39% no ambito de certo processo, deve a instancia ser suspensa em quaisquer outros processos de insol- véncia que corram contra o mesmo devedor e considerar-se extinta com © transito em julgado da sentenga, independentemente da prioridade temporal das entradas em juizo das petigdes iniciais. ANOTAGAO: + Vide art. 255°, sobre a suspensdo do processo de insolvéncia, quando da apre- sentago de um plano de pagamentos, e art. 10°, al. b), relativo 4 suspenséio, com fundamento no falecimento do devedor. ARTIGO 9° Caracter urgente do processo de insolvéncia e publicagées obrigatérias so de insolvéncia, [arti] incluindo todos os seus inci- 1- 0 proc dentes, apensos e recursos, [art.14."| tem caracter urgente e goza de precedéncia sobre o servigo ordinario do tribunal 2- Salvo disposigio em contrério, as notificagées [art.87"] de actos processuais praticados no processo de insolvéncia, seus incidentes e apensos, com excepgo de actos das partes, podem ser efectuadas por qualquer das formas previstas no n.° 5 do artigo 176.’ do Cédigo de Processo Civil. 3 - Todas as publicagdes obrigatérias [art.98" de despachos e sen- tengas podem ser promovidas por iniciativa de qualquer interessado que o justifique e requeira ao juiz, Disposigées introdutérias [Art. 10°] 35 4 - Coma publicagdo, no local préprio, dos antincios requeridos neste Cédigo, acompanhada da afixagiio de editais, se exigida, respeitantes a quaisquer actos, consideram-se citados ou notificados todos os credores, incluindo aqueles para os quai do ¢ que nao devam jé haver-se por citados ou notificados em momento anterior, sem prejuizo do disposto quanto aos créditos puiblicos. 5 -Tém cardeter urgente os registos de sentengas e despachos pro- feridos no processo de insolvéncia, [arti] bem como os de quaisquer actos de apreensao de bens [art.149°) da massa insolvente [ar.46"] ou praticados no Ambito da administragdo [arts.149 es. e art. 223.) e liquida- do dessa massa ou previstos em plano de insolvéncia [art.192"] ou de pagamentos. [art.251.] NOTA: N.° 4 - Redagdo dada pelo artigo 1.° do Decreto-Lei n.° 282/2007, de 7.8. a lei exija formas diversas de comunica- ANOTAGAO: + Aatribuigdo de carater “urgente” ao proceso de insolvéncia, incluindo incidentes, apensos e recursos, atribui aos prazos processuais do processo, independentemente da sua duragao, a particularidade de nao se suspenderem durante as férias judiciais ~ cfr. art. 144°, n° 1. Decorre do preceituado no art. 143°, n’s 1 @ 2, do Cédigo de Processo Civil (C.P.C.), que, estes atos processus deve ser praticados com pre- feréncia sobre o demais servigo ndo urgente do tribunal ARTIGO 10.° Falecimento do devedor 1- No caso de falecimento do devedor, o processo: a) Passa a corer contra a heranga aberta por morte do devedor, {art-10°) que se manterd indivisa até ao encerramento do mesmo; [art-157 © 280. 0 282°] b) Fica suspenso (art.8‘] pelo prazo, nao prorrogavel, de cinco dias, contados desde a data em que tenha ocorrido o dbito. 2- Os actos praticados durante o periodo de suspensio a que alude aalinea b) do namero anterior por quem nao deva ou nao possa conhe- cer a suspensio podem ser posteriormente confirmados ou ratificados pelos interessados, mediante simples comunicagao ao processo na qual manifestem a sua anuéncia. NOTA: Redacao dada pelo artigo 2.° da Lei n.° 16/2012, de 20-04. 36 [Art.11°] _Cédigo da Insolvéncia e da Recuperagao de Empresas LEI N.° 16/2012: 1. Aalinea a) don dispde agora que o processo passa a correr contra a heranga aberta por morte do devedor, e nao ja contra a heranga jacente. 2. De facto, releva para o prosseguimento do processo de insolvéncia que a heranca esteja indivisa, mas nao existe motivo para que a mesma nao possa, entretanto, ser aceite ou repudiada. 3. O novo n°2 vem tutelar os interesses de terceiros de boa-fé que tenham praticado atos durante o periodo de suspensao previsto na alinea b) don? 1, os quais poderdo ser confirmados ou ratificados no processo mediante simples comunicagao de anuéncia. 4. O prazo de suspensao inicia-se na data do dbito e ndo ja mediante requerimento do sucessor e despacho do juiz. ARTIGO 11." Principio do inquisitério ‘0 processo de insolvéncia, [art-1] embargos [art.40"] e incidente de qualificagao de insolvéneia [art-185:1 , a decisao do juiz pode ser fundada em factos que nao tenham sido alegados pelas partes. ANOTAGAO: + Visa reduzir os obstaculos formais, de natureza processual, 8 apreciagao do mérito da causa e tornar célere o andamento do proceso, embora seja discutivel a consa- ‘gracdo deste principio com a extensdo enunciada (processo, embargos e incidentes). O regime previsto afasta-se assim do estabelecido no art. 664° do C.P-, originando um poder inquisitério de émbito alargado. + O principio do dispositive, que contrapée ao principio do inquisitério, impde que na apreciagao e julgamento da causa 0 tribunal, em principio, se limite aos factos que tenham sido alegados pelas partes (artigos 264°, 265° e 664°, 2* parte, do C.P.C) “dispositive” atribui As partes 0 impulso inicial da instancia mas também o impulso processual subsequente, embora com as restrigées decorrentes do poder/dever que ali atribui ao juiz de, oficiosamente e para descoberta da verdade material, ordenar a realizagao de todas as diligéncias que considere necessérias para 0 apuramento da verdade dos factos ARTIGO 12° Dispensa da audiéncia do devedor 1- A audiéncia do devedor [art.30"] prevista em qualquer das normas deste Cédigo, incluindo a citagao, [art29°) pode ser dispensada quando Disposigdes introdutérias [Art 13°) 37, acarrete demora excessiva pelo facto de o devedor, sendo uma px singular, residir no estrangeiro, ou por ser desconhecido o seu paradeiro. 2-Nos casos referidos no ntimero anterior, deve, sempre que possivel, ouvir-se um representante do devedor, [art.6.| ou, na falta deste, o seu cénjuge ou um seu parente, ou pessoa que com ele viva em uniao de facto. 3 - O disposto nos numeros anteriores aplica-se, com as devidas adaptagées, relativamente aos administradores do devedor, quando este ndo seja uma pessoa singular. ANOTAGAO: + Adispensa de audiéncia e de citagao, nos termos do n® 1, s6 podera ocorter se 0 devedor, sendo pessoa singular (ou os administradores do devedor — pessoa coletiva ), residir no estrangeiro ou for desconhecido 0 respetivo paradeiro. Todavia, estipula ‘on°3 que deve, sempre que possivel, ouvir-se um administrador do devedor quando este nao seja uma pessoa singular. Se & conhecido o administrador, revela-se vidvel sua citagdo e audigao nos termos do disposto no art, 237.° do C.P.C. oa * Adispensa de citagao 6 importante nos casos em que se desconhece 0 paradeiro do requerido. Contratiamente ao previsto na lei processual civil, o desconhecimento do paradeiro do devedor nao leva a citagao edital mas sim a dispensa de citagdo. + Areferéncia don? 2.a um “parente do devedor’ & muito ampla, Contrariamente ao que se estabelece no art. 40° relativamente a faculdade de opor embargos a sentenga declaratéria da insolvéncia, nao sao aqui indicados quaisquer graus de parentesco. + Quanto aos limites do parentesco, o art. 1582° do Cédigo Civil (C.C.) estabelece que “Salvo disposigao da lei em contrario, os efeitos do parentesco produzem-se em qualquer grau da linha reta © até ao sexto grau na colateral”. + O andamento do proceso, sem prévia audiéncia do devedor, nao projudica o seu direito de defesa, pois pode sempre deduzir oposigao e embargos, nos termos dos artigos 30° e 40°. + O devedor sé pode deduzir embargos nos termos do art. 40°, n° 4, al. a), se estiver em situagao de revelia absoluta. + Vide art, 3° do C.P.C, sobre a necessidade do pedido e da contradigao. + O devedor pode sempre interpor revisao de sentenga, mesmo quando a dedugao de embargos Ihe estiver vedada (ofr. art. 42°, n® 2), ARTIGO 13° Representagao de entidades publicas 1 - As entidades publicas titulares de créditos podem a todo 0 tem- po confiar a mandatarios especiais, designados nos termos legais ou 38 [Art 14] Cédigo da Insolvéncia e da Recuperagao de Empresas estatutérios, a sua representagiio no proceso de insolvéncia, [art-1“] em substituigao do Ministério Publico. 2 A representagao de entidades puiblicas credoras pode ser atri- bufda a um mandatario comum, se tal for determinado por despacho conjunto do membro do Governo responsavel pelo sector econémico a que pertenga a empresa do devedor e do membro do Governo que tutele a entidade credora. ARTIGO 14° Recursos 1 - No processo de insolvéncia, fart." e nos embargos [art40: opostos & sentenga de declaragao de insolvéncia, [art36"] ndo é admi- tido recurso dos acérdaos proferidos por tribunal da relagao, salvo se o recorrente demonstrar que 0 acérdao de que pretende recorrer esta em oposigao com outro, proferido por alguma das relagées, ou pelo Su- premo Tribunal de Justiga, no dominio da mesma legislagao e que haja decidido de forma divergente a mesma questao fundamental de direito e nao houver sido fixada pelo Supremo, nos termos dos artigos 732.°-A © 732.°-B do Cédigo de Processo Civil, jurisprudéncia com ele conforme. 2- Em todos os recursos interpostos no processo ou em qualquer dos seus apensos, o prazo para alegagées é um para todos os recorrentes, correndo em seguida um outro para todos os recorridos. 3- Para consulta pelos interessados sera extraida das alegagdes e contra-alegagées uma tnica cépia, que fica 4 disposigdo dos mesmos na secretaria judicial. 4 - Durante o prazo para alegagdes, o processo é mantido na secre- taria judicial para exame e consulta pelos interessados. 5 - Os recursos sobem imediatamente, em separado e com efeito devolutivo. 6 - Sobem, porém, nos préprios autos: a) Os recursos da decisao de encerramento do processo de insolvén- cia [art.230e ss] e das que sejam proferidas depois dessa decisdo; b) Os recursos das decisées que ponham termo & acgao ou incidente processados por apenso, sejam proferidas depois dessas decisdes, suspendam [ar:8‘] a instancia ou nao admitam o incidente. {NDICE SISTEMATICO indice Geral. Nota dos Autores. 7 Lei n° 16/2012, de 20 de Abril. 9 CODIGO DA INSOLVENCIA E DA RECUPERAGAO DE EMPRESAS ‘Titulo I - Disposigdes introdutérias Capitulo I - Disposigdes geraii Arligo 1.°- Finalidade do processo de insolvéncia..... Artigo 2.°- Sujeitos passivos da declaragdo de insolvéncia sense 30 Artigo 3.°- Situagdo de insolvéncia .. Artigo 4.°- Data da declaragao de insolvéncia e inicio do proceso 32 Artigo 5.°- Nogao de empresa 32 Artigo 6.°- Nogdes de administradores e de responsaveis legais 0.33 Artigo 7.°- Tribunal competente.... ‘Artigo 8° - Susponsi da instincia e prejudieialidade.. Artigo 9.°- Cardcter urgente do proceso de insolvéncia ¢ publicagées obrigatérias, Artigo 10.° - Falecimento do devedor Artigo 11." - Prinefpio do inquisitério Artigo 12.° - Dispensa da audiéneia do devedor... Artigo 18." - Representagao de entidades piblicas Artigo 14.° - Recursos 38 Artigo 15." - Valor da accdo.. 39 Artigo 16." - Procedimentos especiais.....nsnennn sen Artigo 17° -Aplicagio subsidiria do Cédigo de Processo Ovi vu 40 Capitulo II - Processo especial de revitalizacio Artigo 17.-A - Finalidade e natureza do proceso especial de revitalizagio..41 Artigo 17.°-B - Ngaio de situagao econémica diffcil Artigo 17."-C - Requerimento e formalidades...... Artigo 17°-D - Tramitagao subsequente Artigo 17.-E - Efeitos. 294 Cédigo da Insolvéncia e da Recuperacao de Empresas Artigo 17."-F - Conclusao das negociagdes com a aprovagio de plano de recuperacao conducente a revitalizagao do devedor......46 Artigo 17.'-G - Conclusao do proceso negocial sem a aprovagao de plano de recuperag&o...rseee sone Artigo 17."H - Garantias 49 Artigo 17."-1 - Homologagao de acordos extrajudiciais de recuperacao de devedor. 49 ‘Titulo II - Declaragao da situago de insolvéncia .. Capitulo I - Pedido de declaragao de insolvé Seceao I - Legitimidade para apresentar 0 pedido e desisténcia, on Artigo 18.” - Dever de apresentagao a insolvéncia 51 Artigo 19." - A quem compete 0 pedido 0... 52 Artigo 20." - Outros legitimados... 53 Artigo 21.’ - Desisténcia do pedido ou da instancia no processo de insolvéncia. 54 Artigo 22." - Dedugao de pedido infundado BA Secgao II - Requisitos da petigao inicial .rnmnnnnnnnnmnnnnnnnee 55 Artigo 23." - Forma e contetido da petigdo.. Artigo 24." - Jungdo de documentos pelo devedor.. Artigo 25. Artigo Capitulo II - Artigo 27.° - Apreciagao liminar. - Requerimento por outro legitimado... - Duplicados e eépias de documentos... 'ramitacao subsequent Artigo 28." - Declaracao imediata da situagdo de insolvéncia. Artigo 29.” - Citagao do devedor..... Artigo 30.” - Oposigao do devedbr.... Antigo 31." - Medidas cautelares. . ven * - Escolha e remuneragdo do administrador judicial provisério62 Artigo Artigo 33° - Competéncias do administrador judicial provis6ri0 ........63 Artigo 34.° - Remissao 64 Artigo 35." - Audiéncia de discussao e julgamento 64 Capitulo III -Sentenga de declaragao de insolvéncia e sua impugnagio.. 66 Seceao I - Conteiido, notificagao e publicidade da sentenga.....0. 66 Artigo 36." - Sentenga de declaragao de insolvéncia ... 66 Artigo 37." - Notificagao da sentenga e citagSo.nsnee . 69 Artigo 38. Artigo 39.° - Insuficiéncia da massa insolvente - Publicidade e registo..... Seceao II - Impugnagao da sentenga.. Artigo 40." - Oposigao de embargos. Artigo 41." - Processamento e julgamento dos embargos 75 indice Sistematico 295 Antigo 42." - Recurso 18 Artigo 43.” - Bfeitos da revogagao ... Capitulo IV - Sentenga de indeferimento do pedido de declaragao de insolvéncia Artigo 44." - Notificagao da sentenca de indeferimento do pedido.........76 Artigo 45." - Recurso da sentenca de indeferimento ... ‘Titulo III - Massa insolvente ¢ intervenientes no processo.. Capitulo I - Massa insolvente e classificagdes dos créditos Artigo 46.” - Conceito de massa insolvente., [Artigo 47. - Conecito de eredores da ineolvéncia ¢ classes de eréditos sobre a insolvéncia.. Artigo 48." - Créditos subordinados.. Artigo 49.° - Pessoas especialmente relacionadas com o devedor .. Artigo 50." - Créditos sob condigao. Artigo 51.° - Dividas da massa insolvente 82 Capitulo II - Grgaos da insolvéncia. Seceao I - Administrador da insolvéncia..se Artigo 52." - Nomeagao pelo juiz e estatuto 83 Artigo 53." - Escolha de outro administrador pelos credores wc. 84 Artigo 54." - Inicio de fungées... Artigo 55.” - Funcées e seu exereicio... Artigo 56." - Destituigao Artigo 57.” - Registo e publicidade Artigo 58." - Fiscalizagdo pelo juiz Artigo 59." - Responsabilidade Artigo 60.” - Remuneracao, Artigo 61." - Informacdo trimestral ¢ arquivo de documentos ....enme Artigo 62." Artigo 63." - Artigo 64° - Julgamento das contas a1 Artigo 65." - Cont: Secciio II - Comissao de credores. Apresentagao de contas pelo administrador da insolvéncia. Prestagiio de contas por terceiro nuais do devedor. a1 Artigo 66.” - Nomeagao da comissao de eredores pelo juiz. Artigo 67." - Intervengao da assembleia de credores ....... Artigo 68." - Fungées e poderes da comissao de credores ....c Artigo 69." - Deliberagdes da comissio de credores Artigo 70." - Responsabilidade dos membros da comissa Artigo 71. - Reembolso de despesas Secgio III - Assembleia de credores Artigo 72." - Participagao na assembleia de credores 95 296 Cédigo da Insolvéncia e da Recuperacao de Empresas Artigo 73." - Direitos de voto 95 Artigo 74." - Presidéncia.... . 96 Artigo 75." - Convocagao da assembleia de credores, 96 Antigo 76." - Suspensao da assembleia ......enenne on 88 Artigo 77.’ - Maioria ... a8 Artigo 78." - Reclamagao para 0 juiz e recurso... 298 Artigo 79.° « Informagao 99 Artigo 80." - Prevaléncia da assembleia de credores 99 Titulo IV - Efeitos da declaragio de insolvEncia.cnssennnensnes 100 Capitulo I - Efeitos sobre 0 devedor e outras pessoas 100 Artigo 81." - Transferéncia dos poderes de administragéo e disposicao ..100 Artigo 82.” - Bfeitos sobre os administradores ¢ outras pessoas .....0.101 Arligo 83." - Dever de apresentagdo e de colaboragai 102 Artigo 84.” - Alimentos ao insolvente, aos trabalhadores ea outros credores de alimentos do insolvente: 103 104 104 Capitulo II - Efeitos processuais Artigo 85.” - Efeitos sobre as acgdes pendentes...... Artigo 86." - Apensagao de processos de insolvé 105 Antigo 87." - Convengées arbityais ...ceincnnennennien . 106 Antigo 88." - Acgdes executivas.....00 106 Artigo 89." es relativas a dividas da massa insolvente... 107 Capitulo III - Efeitos sobre os créditos.. 108 Artigo 90." - Exercicio dos créditos sobre a insolvéncia 108 Artigo 91." - Vencimento imediato de dividas 108, 109 109 109 Artigo 92." - Planos de regularizagao.. Artigo 93." - Créditos por alimentos .. so Artigo 94." - Créditos sob condigéo resolutiva... Artigo 95.° - Responsdveis solidérios e garantes... 110 Artigo 96.° - Conversao de créditos... 110 Artigo 97.° - Extingdo de privilégios creditérios e garantias reais. M1 Artigo 98." - Concessao de privilégio ao eredor requerente 112 Artigo 99." - Compensagao, 112 Artigo 100.” - Suspensao da prescrigao e caducidade “118 Artigo 101." - Sistemas de liquidagdo ns 113 Capitulo IV - Efeitos sobre os negécios em curso. 113 Artigo 102.” - Prinejpio geral quanto a negécios ainda nao cumpridos....113 Artigo 103.” - Prestages indivisiveis.. 116 Artigo 104.” - Venda com reserva de propriedade e operagdes semelhantes 116 Artigo 105." - Venda sem entrega 117 Artigo 106.” - Promessa de contrato, a7 indice Sistematico 297 Artigo 107.” - Operagées a prazo 118 Artigo 108.” - Locagiio em que o locatrio ¢ 0 insolvente 119 Artigo 109.°- Locagao em que 0 insolvente é o locador... 120 Artigo 110." - Contratos de mandato e de gestao 120 Artigo 111.” - Contrato de prestag&o duradoura de servigo...nseneel2L Artigo 1122 Proctragdes jnccnnnnnnnnnnenninnnnnnnnnnennned 2 Artigo 113." - Insolvéncia do trabalhador. 122 Artigo 114." - Prestacdo de servigo pelo devedor... 122 Artigo 115.” - Cessio e penhor de créditos futuros 123 Artigo 116." - Contas correntes... Artigo 117. Artigo 118.” - Agrupamento complementar de empresas 124 124 Associagao em participagao e agrupamento europeu de interesse econdmico....eee- 124 Artigo 119." - Normas imporativas . Capitulo V- Resolugdo em beneficio da massa insolvent Artigo 120.” - Princfpios gerais... Artigo 121.” - Resolugao incondicional Artigo 122. Sistemas de pagamentos Artigo 123." - Forma de resolugdo e prescrigdo do direito Artigo 124." - Oponibilidade a transmissarios Artigo 125." - Impugnagao da resolucé6... Artigo 126." - Efoitos da resolugao Artigo 127.” - Impugnagio pauliana 131 131 ‘Titulo V - Verificagao dos créditos. Restituigao e separagao de bens Capitulo I - Verificagao de eréditos. Artigo 128." - Reclamagao de eréditos. 181 Artigo 129." - Relagdo de créditos reconhecidos e nao reconhecidos 182 Artigo 130.” - Impugnagao da lista de credores reconhecidos w....n0ee133 Artigo 131.” - Resposta impugnagao 134 Antigo 132° Artigo 133. Autuagio das impugnagées e respostas... 134 Exame das reclamages e dos documentos de escrituragao do insolvente Artigo 134." Artigo 135." - Parecor da comissao de credores Artigo 136.” - Saneamento do processo. Artigo 137." - Diligéncias instrutérias Artigo 138.” - Designagao de dia para a audiéncia Artigo 139.° - Audiéncia. Artigo 140." - Sentenga.. Meios de prova, cépias e dispensa de notifieagi0........0 298 Cédigo da Insolvéncia e da Recuperacao de Empresas Capitulo II - Restituigao e separagao de bens... 138 Artigo 141. - Aplicabilidade das disposigdes relativas & reclamagao @ verificagao de crédit08....nnnnen 138 Artigo 142." - Perda de posse de bens a restituir.. 139 Artigo 143." - Reclamagiio de direitos proprios, estranhos a insolvéneia 139 Artigo 144.” - Restituicdo ou separagio de bens apreendidos tardiamente.140 Artigo 145." - Entrega proviséria de bens méveis 140 141 Artigo 146." - Verificagio ulterior de créditos ou de outros direitos .......141 Artigo 147. 142 Artigo 148." - Apensagdo das acgdes e forma aplicavel...... 143, Capitulo III - Verificagao ulterior Caducidade dos efeitos do protesto... 144 144 ‘Titulo VI- Administracao e liquidagao da massa insolvent. Capitulo I - Providéncias conservatérias Artigo 149." « Apreensio dos bens. 144 Artigo 150.” - Entrega dos bens apreendidos 144 Artigo 151." - Jungo do arrolamento e do balango aos autos 146 Artigo 152.” - Registo da apreensao... 146 Capitulo II-Inventério, lista de eredores e relatério do administrador da insolvéncia. 146 216 Lista proviséria de credores..... aT Relatério. 148 148 148 Artigo 153." - Inventério... Artigo 154. Artigo 156. Capitulo III - Liquidagao Secgaio I - Regime aplicavel Artigo 156." - Deliberagdes da assombleia de credores de apreciagao do relatério. . oo lAB Encerramento antecipadd s...senene oA 150 Comego da venda de bens..... Artigo 159.” - Contitularidade e indivisao..... 151 Artigo 160.” - Bens de titularidade controversa. 151 Artigo 161.” - Necessidade de consentimento. 152 Artigo 162.” - Alienagdo da empresa 153, 153 153 Artigo 163.° - Eficacia dos actos Artigo 164." - Modalidades da alienaga0 «00.00 Credores garantidos e preferentes... Artigo 165." ose 154 Artigo 166." - Atraso na venda de bem objecto de garantia real .....0.154 Artigo 167." - Depésito do produto da liquidacao...... 155, Artigo 168." Artigo 169." - Prazo para a liquidagao 156 Proibigao de aquisigao 155 Artigo 170." - Processamento por apenso 156 indice Sistematico 299 Seegao Il - Dispensa de liquidagao Artigo 171. - Pressupostos.. ‘Titulo VII - Pagamento aos credores.. Antigo 172." - Pagamento das dividas da massa... Artigo 173." - Inicio do pagamento dos créditos sobre a insolvéncia. Artigo 174." - Pagamento aos credores garantidos 159 Artigo 175.” - Pagamento aos credores privilegiados. 160 Artigo 176." - Pagamento aos credores comuns. 160 Artigo 1772 - Pagamento aos credores subordinados 161 Artigo 178." - Rateios parciais... 161 Pagamento no caso de devedores s0lidari0s jensen 162 Artigo 179. Artigo 180.” - Cautelas de preveng&o..ussss Artigo 181.” - Créditos sob condigdo suspensiva .. Artigo 182." - Rateio final. Artigo 183.” - Pagamentos. Antigo 184.” - Remanescente ‘Titulo VIII - Incidentes de qualificacao da insolvéncia.. Capitulo I - Disposigdes geraii Artigo 185." - Tipos de insolvéncia Artigo 186." - Insolvéncia culposa.. Artigo 187." - Declaragao de insolvéncia anterior Capitulo II - Incidente pleno de qualificagao da insolvéncia Artigo 188." - Tramitagao Artigo 189." - Sontenga de qualificagao ... Artigo 190." - Suprimento da inabilidade... Capitulo II - Incidente limitado de qualificacao da insolvéncia Artigo 191. Regras apliedveis cs ‘Titulo IX - Plano de insolvéncia. Capitulo I - Disposigdes gerai Artigo 192." - Principio geral Artigo 193.” - Legitimidade. Artigo 194." - Principio da igualdade. Artigo 195." - Contetido do plano... Artigo 196." - Providéncias com incidéncia no passive ... Artigo 197." - Auséncia de regulamentagao expressa Artigo 198." - Providéncias especificas de sociedades comerciais 175 Artigo 199." - Saneamento por transmissao. 177 Artigo 200." - Proposta com contetidos alternativos a7 300 Cédigo da Insolvéncia e da Recuperacao de Empresas Artigo 201.” - Actos prévios & homologagao e condigdes, v7 Artigo 202." - Consentimentos se vere TB Artigo 203." - Conversdo e extingdo independentes do consentimento....179 Antigo 204." - Qualidade de sociedade aberta....rese 180 Artigo 208.° - Oferta de valores mobilidrios 180 Artigo 206.° - Suspenstio da liquidagao e partilha .. 180 Artigo 207." - Nao admissdo da proposta de plano de insolvéncia 181 Artigo 208." - Recolha de pareceres 181 Capitulo II - Aprovagao e homologagao do plano de insolvéncia .... 182 Artigo 209.° - Convocagao da assembleia de eredores 182 Artigo 210." - Alteragées do plano de insolvéncia na assembleia de Cred0FES sonssnnnsinnnnnnnne ssonnnnnnnsee 8B Artigo 211.” - Votagio por escrito..... 0183 Artigo 212." - Quérum.. sonnel 83 Artigo 213.° - Publicidade da deliberagio. 184 Artigo 214.” - Prazo para a homologagao. 184 Artigo 215.” - Nao homologagao oficiosa 184 Artigo 216.° - Nao homologagao a solicitagAo dos interessado: 184 186 oo] 86 187 Capitulo III - Execugao do plano de insolvéncia e seus efeitos Artigo 217.° - Efeitos gerais.... Artigo 218.° - Incumprimento .. Artigo 219.” - Dividas da massa insolvente 187 Artigo 220." Fiscalizagio 188 Artigo 221." - Prioridade a novos eréditos 189 Artigo 222." - Publicidade: 189 Titulo X - Administracao pelo devedor.. 190 Artigo 223.° - Limitagdo as empresas ....ssesnnnnnn seen] 90 Artigo 224.” - Pressupostos da administragdo pelo devedor......eee190 Artigo 225." - Inicio da liquidagio...... 191 Artigo 226." - Interveneao do administrador da insolvénc' 191 Artigo 227." - Remuneragao. 192 Artigo 228." - Tormo da administragdo pelo devedor 193 Artigo 229.” - Publicidade e registo... 193 Titulo XI - Encerramento do proceso 194 Artigo 230. Artigo 231. Artigo 232." Artigo 233." - Efeitos do encerramento. 196 Antigo 234. 194 195, Encerramento por insuficiéncia da massa insolvente ....195 Quando se encerra 0 process0o Encerramento a pedido do devedor... Efoitos sobre sociedades comerciais. 198) indice Sistematico 301 ‘Titulo XII - Disposigdes especificas da insolvéncia de pessoas singulares 200 Capitulo I - Exoneragao do passivo restante 200 Antigo 235.° Artigo 236.” - Pedido de exoneragao do pa Principio geral Antigo Processamento subsequent... Artigo 238." - Indeforimento liminar Artigo 239." - Cessio do rendimento disponivel. 208 Antigo 240.° - Fiduciario..... Artigo 241." - Fungées. Antigo 242.° - Igualdade dos credores ... Artigo 243. Artigo 244.” - Decisio final da exoneragaio Artigo 245.” - Efeitos da exoneragdo nuns Artigo 246.° - Revogagdo da exoneragio Artigo 247" Artigo 248° Capitulo II - Insolvéncia de nao empresarios ¢ titulares Cessacao antecipada do procedimento de exoneracao Publicacdo e registo Apoio judiciério 210 de pequenas empresas .. Secgao I - Disposigdes gerais..cnmunnnnnnennuennnnnsennnnnnes 210 Artigo 249." - Ambito de aplicagao 210 Artigo 250." - Inadmissibilidade de plano de insolvéncia e da administragao pelo devedor... 211 Secgio Il - Plano de pagamentos aos credores au Artigo 251.° - Apresentacao de um plano de pagamentos.... 2 Artigo 252." - Contetido do plano de pagamentos 212 Artigo Artigo 254." - Preclusao da exoneragao do passivo restante..... Pedido de insolvéncia apresentado por terceito Artigo 255." - Suspensdo do processo de insolvéncia Artigo 256." - Notificagdo dos eredores Artigo 257.” - Aceitagao do plano de pagamentos Artigo 258." - Suprimento da aprovagao dos eredores Artigo 259." - Termos subsequentes & aprovacéo. Artigo 260." - Incumprimento Artigo 261." Artigo 262.” - Retoma dos tramites gerais.. Artigo 263. Secedo III - Insolvéncia de ambos os cénjuges Artigo 264.” - Coligagao Artigo 265. Artigo 266.” - Separagao dos bens... Outro processo de insolvéneia 0. Processamento por apenso Dividas comuns e préprias de cada um dos cénjuges 302 Cédigo da Insolvéncia e da Recuperacao de Empresas ‘Titulo XIII - Beneficios emolumentares e fiscais. Artigo 267° [Artigo 268. - Boneficios relativos a impostos sobre o rendimento das pessoas singulares e colectivas.c.u..cnene 223 Beneficio relativo ao imposto do selo 223 223, Emolumentos de registo Antigo 269° Arrigo 270." Beneficio relativo ao imposto municipal sobre as transmissdes onerosas de iméveis. 224 ‘Titulo XIV - Execugao do Regulamento (CE) n.” 1346/2000, do Conselho, de 29 de Maio vijssunenniennnnannennnnsnnes 225 Artigo 271.” - Fundamentagao da competéncia internacional. Artigo 272.° - Prevengao de conflitos de competéncia.. Artigo 273.° - Bfeitos do encerramento... Artigo 274.° - Publicidade de decisio estrangeira... ‘Titulo XV - Normas de conflitos 228 228 228 2228 228 Capitulo I - Disposigdes gerais Artigo 275." - Prevaléncia de outras normas.. Relagées laborais... Artigo 278." - Direitos do devedor sobre iméveis ¢ outros bens sujeitos a registo.... Artigo 279." « Contratos sobre iméveis e méveis sujeitos a registo........229 Artigo 280.” - Direitos reais ¢ reserva de propriedade. 230 Artigo 281." - Terceiros adquirentes 231 Artigo 282.” - Direitos sobre valores mobilidrios e sistemas de pagamento e mereados financeir08 1... Operagées de venda com base em acordos de recompra ....23 Exerccio dos direitos dos credores.. Artigo Artigo Artigo 285." Artigo 286. Artigo 287.” - Resolugio em beneficio da massa insolvente 234 Acgdes pendentes Compensagao. Capitulo II - Processo de insolvéncia estrangeiro. Artigo 288." - Reconhecimento Artigo 289. Artigo 290." Artigo 291. Artigo 292. Artigo 293." Capitulo III - Processo particular de insolvéncia.. Medidas cautelares..... Publicidade...... Tribunal portugués competente..... Cumprimento a favor do devedor. Exequibilidade Artigo 294.” - Pressupostos de um processo particular. 238 indice Sistematico 303. Artigo 295." - Especialidades de regime 238 Artigo 296." - Processo secundario.... 239 240 ‘Titulo XVI - Indiciagao de infraccao penal. Artigo 297." - Indiciagdo de infraegdo penal... 240 Artigo 298." - Interrupcdo da prescrigao 240 Artigo 299." - Regime aplicavel A instrugao e julgamento. 240 Artigo 300.” - Remessa das decisdes proferidas no proceso penal ......241 Titulo XVII - Disposigdes finaismnnnmnmnnennnnnnnnninnnnnnnsie 24D Antigo 301. - Valor da causa para efeitos de custas... Artigo 302.° - Taxa de justia. Artigo 303." - Base de tributacio.... Artigo 304.” - Responsabilidade pelas custas do processo LEGISLAGAO COMPLEMENTAR Resolugao do Conselho de Ministros, n.° 43/2001. AB Deereto-Lei n.” 316/98, de 20 de outubro co . sonnei BBB Regulamento (CE) n.° 1346/20, do Conselho de 29 de maio. 259 ©0060 65 INSOLVENCIA e da Recuperacao de Empresas Nao poderd dizer-se que a substancia das alteracées vertidas no Cédigo pela eS PAU Pe Pro Pa cele CMC RCAC Co MAUL Ue Rola sCUe- Tolle PERCU RO ORT ev icn: ice ane earec ema cia relativamente estavel. Todavia, a extensao das alteragées introduzidas e, em especial, a inser¢ao de um novo Capitulo no Titulo | do Cédigo, traduzindo a fore Tofole Taare creocrel sere icra ren eC CU) Pee Te ice ak Caceres benedict ten) CR Telco Ke ue M Cormac tec ceo Neon Mee acess Ma Metre nods SUA RCT Pee Oe acne caatet CoRR RC Cin: SPO ew stot Pee rie c Mn cne c MCe ice icl am Mucien oot en Feira ee CeCe oe OA See livraria.vidaeconomica.pt

Você também pode gostar