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OS QUADROS FINANCEIROS DO PROJETO 7.1. CONSIDERACOES PRELIMINARES O objetivo deste capitulo é detalhar e discutir alguns dos aspectos associa- dos_aos_quadros financeiros que compdem a seqliéncla normalmente seguida para se elaborar um projeto de viabilidade. Ou seja, procuram:se ordenar 0s ele- mentos previamente coletados referentes 4 deciso de investir, de modo que se possa proceder a sua andlise. Caso 0 projeto seja destinado a pedir financiamento ou incentivos, ou seja, caso se trate de um projeto de financiamento, entéo 0 proprio érgéo financia- dor ja teré um padrio de elaboracdo que devera ser sequido. Em qualquer das duas hipoteses citadas, a seqiiéncia normal de elaboracio dos quadros financeiros é a sequinte: een re = (e Quadro de investimento © Quadro de fontes e aplicagdes de recursos. © Quadro de proje¢do dos resultados. Fluxo de caixa. Com os dados do quadro de projecdo de resultados pode ser determinado © ponto de equilibria do projeto para cada perfode projetado. E os valores do je caixa sero util lises quantitativas mais interessantes que se fazem no projeto de viabilidade. Uma’ hipétese importante é a de que todos os valores tém precos constan- tes. 7.2. QUADRO DE INVESTIMENTO. 7.2.1. Critérios para avaliar o investimento Avaliar 0 investimento total é uma das tarefas mais importantes associadas a0 projeto de viabilidace, porque o total a ser investido é muito relevante em ter- 154 mos de viabilidade. Alguns dos valores do projeto podem ser determinados de modo relati mente répido e com razodvel grau de preciso, ao passo que outros serdo de deter- minagao dificil e, freaiientemente, imprecisos. Além disso, parece haver uma ten- déncia para se subestimarem os gasto: nto, UMa vez que o clima inter- no na empresa, ao estimar um projeto, corresponde mais a um proceso polltico de favorecer_preferéncias_(incluindo logicamente os choques de interesse) do que a uma andlise fria com relacdo ao projeto.' Por outro lado, os executives tém inte- resse em que 0 verdadeiro valor ndo seja conhecido, para ndo serem controlados depois. E importante entdo assegurar um controle permanente da qualidade dos da- dos que esto sendo levantados e lancar mio de todos os recursos possiveis para que o levantamento seja adequado. As principais fontes de informacdo pare este tipo de levantamento sto as sos histéricos devidamente inflacionados para a data de anilise e corri- gilos caso necessdrio. isto sera valido se 0 projeto em pauta for igual ou semelhante aos processos que a empresa jé opera. Pode ser também que, mesmo que 0 projeto nao esteja de acordo com a experiéncia pas- sada da empresa, seja poss(vel encontrar tal tipo de informag3o em ter- mos de setor ou em empresas do mesmo ramo industrial no qual o pro- jeto ird operar. Neste caso enquadra-se 0 uso da “age de 08 lato capacidade-volume) e de outros dados jé disponfveis na literatura especia- lizada. Park? recomenda o uso da relacdo entre a capacidade e o volume, seguindo os pasos seguintes: (1) —Comegar com um projeto semelhante ao que vai ser estimado ten- do custo conhecidav ID- Inflacionar 0 custo do projeto anterior para colocd-lo em base cor- rente, usando para isto um indice apropriado (Nota: nos EUA existe uma série de publicagdes que fornecem indices especificos para este tipo de ajuste. Infelizmente, estes indices ainda nao se en- /-\ contram disponiveis no Brasil). \lI1- Definir 0 tamanho relativo dos dois projetos em termos de capa- cidade (t/dia, por exemplo). IV —A pattir dos dados de custo e da capacidade do projeto original, “mais a capacidade do projeto estimado, entrando na relacao seguin- te, 6 possivel estimar 0 custo: Ce re)" Ke uustos semifixos e semivaridveis;/Existem alguns custos que variam com © nivel de utilizagdo, mas de modo descontinuo. Isto é, tais custos per- manecem constantes para um intervalo de producao, apresentando um acréscimo para o intervalo seguinte e assim por diante, como se pode observar na Figura 7.2. , 163 custo (s) a: [oles anaes NIVEL DE UTILIZAGAO (%6) Figura 7.2. Custos semivariéveis ou semifixos. Estes custos so ditos semivaridveis se puderem ser identificados com 0 produto. Sao ditos semifixos em caso contrario, 74. 2.2. - Custeio direto e custeio por absorcao no projeto A diferenca entre os dois critérios de custeio ja foi examinada de modo superficial no subitem anterior. Nesta parte, interessa examinar os critérios de custeio direto e por absorcao do ponto de vista do projeto. Examinaremos esta questo seguindo a argumentacdo de Carsberg.? Os sistemas de custeio antigos (do século passado- para tras) estavam cen- trados no custeio direto: materiais e mao-de-obra, que podem ser identificados com tarefas especificas. Os custos de supervisdo (custos indiretos) s6 foram con- siderados nos sistemas de custeio mais recentemente, porque antes eram de pou- ca relevancia. Assistimos hoje a uma controvérsia acerca do fato da validade de se aloca- rem as despesas gerais as atividades individuais. / As firmas que praticam 0 custefo direto (também chamado de custe/o mar- ginal) argumentam que 0 custo geral ndo se altera quando se acrescenta uma uni- dade adicional de atividade. Nestas condiges, as decisdes devem ser baseadas em estimativas da variabilidade dos custos. ‘Por seu lado, as firmas que usam o custeio por absorgéo contra-argumen- tam que a empresa tem de cobrir o custo geral (indireto) se quer ter lucro. Assim, sem a absorcao, esta condico pode nao ser satisfeita. Além disso, 0 custeio direto apresenta maior simplicidade em termos de cAlculo, nfo havendo necessidade de miltiplos critérios de absorcHo (que, no 164 9. CARSBERG, B. Economics of business decisions. Harmondsworth, Penguin, 1975. 328 p. ‘fundo, séo subjetivos). Nestas condicdes, 0 custeio direto é mais eficiente em termos de andlises de risco e de sensibilidade/Outra vantagem evidente est4 no cdlculo do ponto de equil/brio do projeto nos anos projetados. Veja Welsh!° e © Capitulo 8. Em termos de resultado final os dois critérios podem apresentar valores di- ferentes em fun¢do do estoque, sempre que a produc do perfodo no coinci- dir com as vendas. Neste caso, é uma hipdtese conveniente admitir no projeto que as vendas e a producdo sejam iguais, deixando entao de existir o problema de estoque. O uso de qualquer dos dois critérios seré entdo indiferente, mas deve ficar claro que serd recomendavel o custeio direto pelas razées jd apresentadas. 7.4.2.3. Depreciacdo “A depreciagéo tem papel importante na andlise econdmica do projeto, por- que é um custo ficticio que se pode abater do imposto de renda. Ou seja, na rea- lidade a depreciagdio é uma fonte de recursos em termos de caixa; dai a neces- sidade de se dedicar uma atengdo especial a este item de custos em termos de projeto. Existem pelo menos trés pontos de vista para conceituar a depreciacdo: _ a) ponto de vista do engenheiro: a depreciacdo de um equipamento & associada ao desgaste Fisico do mesmo. Assim, a depreciagio anual de um equipamento seria obtida dividindo-se o seu valor inicial pela sua duracdo provavel em anos,A duracéo provével ou vida util média) do equipamento pode ser obtida a partir da experiéncia passada e/ou das informages fornecidas pelo fabricante. b) 0 ponio de vista do contador: a depreciagao & entendida do ponto de vista fiscal. Em vez de fazer a depreciagdo incidir num Unico ano, faz-se © rateio do investimento inicial por certo numero de anos, de modo que 0 custo inicial incida de modo uniforme por um numero adequado de anos,-Este procedimento tem o objetivo de alacar 0 custo do inves- timenfo ao longo da vida do equipamento, fazendo com que nao haja um abatimento excessivo inicial no imposto de renda. Por este mesmo motivo, 0 fisco no permite nenhum critério de depreciagdo que exceda a depreciacao /inear correspondente, a nao ser em alguns casos especiais (uso do equipamento em mais de um turno, obsolescéncia répida comprovada e depreciacio acelerada para equipa- mentos nacionais desde que haja aprovacao pelo CDI — Conselho de Desenvolvimento Industrial). Uma distincéo contédbil interessante 6 a que separa depreciacéo de amortizacao: bens fisicos (equipamentos, veiculos, edificios etc.) slo depreciados e bens intangiveis ou gastos (marca adquirida, paten- 10. WELSCH, G. A. Orcamento empresarial; planejamento ¢ controle do lucto. 3. ed. Sao Paulo, Atlas, 1980. 711 p. 165 -o1d win 9p asi|eue e Jeo|pnfeid epod o1ino aiuoz}i0y Wun ‘opel nas 1od“oRsefoid gg) ap |e!O1U! aUeISU! OP eyseye as anb epipau g s0UeLW Zen eped Pies seQdafosd sep apepi|iqeljuo9 e siod ‘ajuatuenuoou! tas epod 640) ounW auozicy WN, -o1afoud op ajuozisoy op ogseulwiayap e ‘eles no ‘ogdafoid ep sopojied ap o1wnu op BIA -p1d opdeulUa}ap & eLIpsseD0U gies soper/nsas ap oeda/osd & se10qeIa Bled ojaloid op ayuozi0y QQ “E"y"L Tasca aOR SONU STOR) Pe KO -e1edo-aid sesacsap ‘s0 no |J9h ‘Se1UaWieH9) 8 SoLIOSSeoy Pe KOL soiuawiedinbe 8 seuinbey ee ky lug ogannsuog WxXVL | wat ‘oasif ojad so1100 snauly ODSDjoa4dap ap swniuad40d sprDJ °¢*1, O1PENd "$1 CupenD, ou sopeyuasaide so ops O9siy ojad soya9e seul) OBSeIDa1dap ap Sol19I119 sO “oyUauulyseaul OF epeloosse oDs}/ ap asyjeue e ered orafosd op aquozuoy op ced_ulielep e ered eiougiiodul epued ap Ces sores sa1sy ‘opdeloaidap ap Soule) We epI|PA OWOD aywpe 09s! © anb ejanbe anb op Jolew wag 2 III) epin efno osse00id “© oplasenu! 10) anb op epidgs ov} -eiadnoa e No/a seiopeniasuoa OJUSLUIYSaAU! ap SeO!J/Od ap apepisseo U e JeOIPUI OBdeNIIs e OPueNb ‘elas No “JaneIsU! 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Aum primeiro critério é fixar 0 horizonte do projeto em fungio da vida citi! média do processo,“Outro critério é adotar 0 conceito de depreciacio fiscal, que fixa 0 perfodo de depreciaco dos equipamentos em 10 anos. Finalmente, pode ser interessante fazer a projecdo pelo menos até que todos os’empréstimos sejam Gevolvidos, ou em fungéo da obsolescéncia técnica do processo e/ou do produto (segundo, 0 conceito de ciclo de vida do produto, jé discutido no Capitulo 3). / Em geral, como estes prazos nao coincidem, seré necessario adotar um compromisso entre os mesmos, levando-se em conta a influéncia do horizonte na analise. / 7.4.4. Atens mais fregiientes que entram na projecdo de resultados’ Os itens mais comuns da projecdo de resultados sé0 os que esto apresen- tados no Quadro 7.6. Quadro 7.6. _Ifens mais comuns que entram na projegdo de resultados. (Cr$) PERIODOS DE TER PROJECAO 1 2 VENDAS (+1 Abatimentos nas vendas e impostos VENDAS LIQUIDAS () Despesas Diretas de Vendas \ {+} Custos Diretos de Produeo MARGEM DIRETA (-) Custo de Pessoal (+1 Custo de Manutengo (-) Despesas Diversas (-) Despesas Financeiras (-) Depreciacées e Amortizacdes LUCRO TRIBUTAVEL (—) Imposto de Renda i LUCRO LIQUIDO DO ANO No item de flespesas diretas de vendas do incluidas as despesas relaciona- das 4 atividade de vender 0 produto, exceto aquelas que dependem apenas do fisco (impostos e taxas) e da sistemética de comercializaco {abatimentos e des- contos), que j4 foram abatidas para a obtenco das vendas I iquidas. 167 Nos custos diretos séo considerados os custos de matérias-primas, energia, lubrificantes ete. A mao-de-obra direta (sobretudo a horista) pode ser considera: da despesa direta em funcdo da definico que se adote. Algumas empresas, dada a dificuldade de treinamento, tendem a considerar esta despesa como sendo fixa. Na parte de custo de pessoal, além dos que ja foram citados (ou seja, os custos com mo-de-obra direta, inclusive encargos sociais), séo incluidas as cha- madas despesas gerais (de supervisdo direta, de administracao e manutencao) Neste caso, a0 custo de manutencdo corresponde o custo de mo-de-obra direta com manutencéo, 0 custo de pecas sobressalentes, 0 custo do material de manu- tengao etc. Em despesas diversas entram os seguros, alugu' e outras despesas meno- res. No item de depreciaces e amortizacdes séo consideradas (além das depre- ciaedes) as amortizacées de patentes e/ou licencas de fabricacdo, amortizas referentes a pesquisas e despesas de instalacao etc. (Z3. QUADRO DE PROJEGAO DO FLUXO DE CAIXA Nas andlises de viabilidade de projetos, as técnicas mais utilizadas so as que sio aplicadas ao fluxo de caixa. Seguindo a linha adotada por Welsch,'! estamos interessados no fluxo de caixa associado a uma dimenséo de tempo mais longa, ou seja, aos projetos de investimento Existem dois métodos principais que podem ser utilizados para preparar um orgamento de caixa: 0 método de receitas e desembolsos e o método do flu- xo I{quido de caixa (também conhecido como método de lucro !quido ajustado). @ Método de receitas e desembolsos) parte de um plano detalhado de lu- éros. Este método & muito ttit-pare-sé-élaborar © orcamento de caixa de curto prazo. — i olnétodo ao tluxo Ifquido de dee ee a © *" base na projecio de resultados. Em esséncia, o lucro liquido que se obtém da pro- jecdo de resultados € convertido de um regime de exercicio para um regime de caixa (ajustado por estoques, contas a receber, despesas a pager e diferidas éte.). A seguir, projetam-se outras fontes e aplicagdes de fundos. Este método fornece menos detalhes na projecdo e, por essa razio, é muito apropriado para projecdes de caixa a longo prazo. Nestas condigdes recomenda-se 0 uso do método de flu- xo liquido de caixa em termos de projeto. Deve-se notar, entretanto, que o§ dois métodos devem produzir resultados id@nticos, diferindo apenas no que diz respeito ao grau de detalhe. Um esquema simplificado para se projetar 0 fluxo de caixa pelo método do fluxo Ifquido de caixa encontra-se no Quadro 7.7 168 11. Idem, ibidem. Quadro 7.7. Esquema simplificado de projegdo do fluxo de caixa. (Cr) PERIODOS DE IMPLANTACAO| E DE PROJECAO. ITENS 4 z ENTRADAS © Lucro antes do imposto de renda © Depreciacio Capital de giro © Valor residual 4 Proprio Do ativo fixo TOTAL DAS ENTRADAS (1) SAIDAS | Capital proprio Inv. no projeta © Recursos proprios$ (inciui capital de giro proprio) Patrimanio Liquido* © Amortizacées financeiras |__© Imposto de renda do ano anterior | TOTAL DE SAIDas (2) (1) — (2): FLUXO DE CAIXA S6 no caso de projeto de expansio. Neste quadro deve ser considerado todo 0 perfodo de implantagio mais 0 perfodo de projecéoComo o imposto de renda de um ano é pago no ano sequin- te (ou seja, com défasagem de um ano), deu-se a entrada do lucro antes do ingpos- to de renda do ano e asa/da como sendo o imposto de renda do ano anterior. As depreciagies e amortizagées séo entradas, pois no sio custos desembol- sados, sendo sua fungdo diminuir 0 débito do imposto de renda. Como valor residual entende-se 0 valor da empresa no ultimo periodo do horizonte do projeto, quando se supde que a firma é fechada; ou seja, seria o valor de revenda da empresa, quando se admite que se encerrou o ciclo de aplicacio do capital. O valor residual que corresponde ao capital de giro prdprio (suposta a au- séncia de inflac&o) é @ propria aplicacdo que foi feita no inicio da operacao. O valor dos demais itens (edificios, equipamentos, terrenos, good will etc.) & mais diffcil de ser estimado. Os terrenos podem ter-se valorizado, 0 mesmo podendo ocorrer com 0 good will da empresa. Ja os equipamentos provavelmente estaro obsoletos. Entéo atribuir valor residual nulo a estes itens é tao arbitrario como atribuir uma valorizaco qualquer. © mais comum é que o valor residual seja aque- le que se obtém contabilmente, ou seja, como saldo das depreciacées [4 efetuadas. A salda de recursos préprios corresponde ao valor préprio que foi investi- do no projeto e ao valor do patriménio Iiquido na hipdtese de que se trata de uma expansdo, caso se queira determinar 0 retorno da empresa apés a expanséo. 169 Observe-se que 0 imposto de renda deve ser descontado duplamente no fi- nal do horizonte do projeto, ou seja, a percela do ano anterior mais a parcela do préximo ano, uma vez que é suposto o final da operacdo naquele per fodo. fe QUADRO DE PROJEGAO DO BALANCO- 0 quadro de projecdes de balangos do projeto tem por objetivo basico verifi- car se as projecdes fecham em termos contébeis, au seja, se no esquecemos algu: ma coisa Nesta condicdo, a projecéo dos balancos ird refletir uma complexidade maior ou menor em funcdo do grau de detalhe com que foi elaborado 0 projeto. Em termos bastante simplificados, 0 Quadro 7.8 apresenta uma projegao de balancos. Quadro 7.8. Projegao do balango. PERIODOS DEPROJECAO| 2 2 ENS | Ativo Circulante | Disponivel | Realizével a curto prazo Ativo Fixo | TOTAL DO ATIVO Financiamento Bancério Fornecedores Patrimonio Liquido TOTAL DO PASSIVO A Qutra razdo para que se projete o balanco é a andlise do grau de endivida- _mento associado ao projeto aaa Assim, no caso do Quadro 7.8, terfamos o grau de endividamento (G.E.) como sendo: { 5 FINANCIAMENTO BANCARIO + FORNECEDORES | ee TOTAL DO PASSIVO Pode ser também que se deseje calcular a decomposico dg rentabilidade > pithy BEE ENV. | spoon yeETPLT Onde LL = Lucro liquid PL = Patrimonio Liquido 170 Vv = Vendas Este conhecido {ndice de andlise permite detectar, nas projecdes associa das 20 projeto, a existncia de eventuais incongruéncias, ou, ent&o, que sejam cons- tatadas mudancas que foram objetivadas com o projeto (veja Capitulo 8). BIBLIOGRAFIA ANTHONY, R. N. What should “cost” mean? In: COYNE, T. H. et alii (org.). Reading in managerial economics. Dallas, Business Publications, 1977. 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