Acaba de ser promulgada pelo Congresso Nacional a Emenda Constitucional
n 59, que exclui os recursos educacionais dos efeitos da DRU de forma
parcelada e expande a obrigatoriedade do ensino para a faixa etria de quatro a dezessete anos.
Como havia afirmado em postagens anteriores o texto tem pontos positivos,
mas levanta vrias dvidas.
Em primeiro lugar, ampliar a obrigatoriedade do ensino positivo, pois
aumenta a presso social sobre o Estado Brasileiro para garantir que o cidado brasileiro alcance mais anos completos de estudo. Com esse dispositivo crescer a presso para que os municpios ofeream a pr-escola para todas as crianas que esto fora da escola, que segundo a PNAD eram 1 milho 568 mil em 2008.
Em segunod lugar, tambm cresce a presso pelo acesso ao ensino mdio.
Apesar da Emenda falar da idade de 15 a 17 anos, a maioria dos nossos jovens no conseguem chegar nesta idade estando prontos para cursar o ensino mdio. Na verdade apenas a metade consegue.
Em terceiro lugar, a referida Emenda devolve recursos educacionais que
estavam sendo garfados pela DRU. H uma dvida se esta medida representar efetivamente uma elevao dos recursos educacionais alocados no MEC ou consistir apenas em um ajuste de rubricas oramentrias, pois o Tesouro tem alocado mais recursos no MEC do que o mnimo exigido pela Constituio deduzida a DRU.
Em quarto lugar, o MEC criou uma expectativa de que a devoluo dos
recursos da DRU seriam suficientes para garantir o aumento da obrigatoriedade do ensino. Para que isso acontea duas premissas precisam se realizar: aparecer efwetivamente dinheiro novo e o mesmo ser alocado para estados e municpios cumprirem suas obrigaes constitucionais.