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lenurctal Irumbets Soper 05 Yor Epuarpo Seccrt Muntioz co EMPRESA CONTEMPORANEA | __ EDIREITO SOCIETARIO | Poder de controle e grupos de Sociedades 2002 _Borosa Joausz of Ouivien ~ Eounuoo Secent Munoz & pro Jonas 00 de direitos e obrigagées diverso dos membros que a compdem, ou dos terceiros que com ela se relacionam. Como escreve Ascarelli, “a possibi- lidade da consttuigdo de um patrimanio separado e de uma pessoa Juridica é, no entanto, limitada as hipdteses em que, com o contrato, se constitue uma organizagao externa: fora destas, com efeto, a consti tuigdo de wm patriménio separado ou de uma pessoa juridica ndo tem sentido" iéncia do patrimdnio separado e da organizagao inde~ necessirio da sociedade ~ pessoa juridica indi ide limitada, arquétipo sobre o qual se edifica 0 rente"™. Como se ve a perda da levando-o a uma crise de efetividade. pressupostos imp! realidade empres: CAPITULO 1 - FORMAS CONTEMPORANEAS DE ORGANIZAGAO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL procurou-se demonstrar a passagem 2, Nas paginas precedentes, do direito dos comerciantes para 0 direito das sociedades come apontando-se a formagdo e os fundamentos do modelo societario vigen- te, Péde-se perceber que, em suas caracteristicas basicas, esse modelo forjou-se segundo a realidade empresarial dos séculos XVIII e XIX. No capitulo que ora se inicia, sera enfocada a profunda transformagio pitulo q Burnes Coversvronanta £0 Distro SoctetA ipo da sociedade~ pessou juridica tada e, por conseqiénc estruturas juridico-soc ima acelerago mar partir da segunda metade século XX" ‘inadapté & la concentration” (C. Champaud, fies ae Si peeps ar oc reeks a a modelé pew a peu le visage du capitalisme lerne” bare eee ono dt Stl es ene hn Pr Corel ligada estreitamente evolugdo do 2 W.Bulgar Direito, 1975, p. 3). * — Se ae f généralisé qu'a partir du FS i fms gual Alfred M vas inernas de esala, se ara o problema da tendénci 6 __Borrora Juarez Ouven ‘com 0 objetivo de harmonizar 0 i (undo Monetirio Internacional ~ FMI ¢ Banco cido o Banco Internacional de Reconstrugio e Desenvolv ede eliminar as barceiras do comércio intemacional (Acordo Ger “Tarifas e Comércio- GATT, atualmente, Organizagio Mundial do Comér- cio - OMC), a formagio de blocos econdmicos, wnifican: regional, os mercados nacionais (Unido Européia - UE; North America Free Trade Agreement - NAFTA e Mercado Comum do Sul~MERCOSUL) 0 desenvolvimento tecnolégico sfo alguns dos fatores que podem ser apontados como determinantes desse processo, ‘A imegragio dos mercados, com 0 conseqiiente aumento da concen- tragdo-empresarial, chegow atal ponto que, nas dltimas décadas do século XX, especialmente ade 1990, globalizagdo passou a sera palavra chave. ‘Teata-se de um conceito plurivoco, com profundas implicagées nas mais variadas éreas das relagdes humanas. No campo econmico, que mais de perto interessa 20 presente trabalho, pode-se afirmar que a globalizagao integrou mercados nacionais diversos, implicando a intensificagio da circulagao de bens, servigos, capitais e tecnologias em escala mundial, o {que se tornou possivel especialmente em fungao do desenvolvimento da informatica, da comunicagao e dos transportes™. 950, de 3 Tea1-85, «af o aumento € geomet ando que a produgio média de $% a0 ano ("Os Grupos Soc in Ensaiose Pareres de Direto Empresarial A respito do impacto da globalizagdo soe Faria, 0 Di fizar 0 fendmeno, 0 autor asinala undo contempordineo,globalaayio no é ta plurivoco, comumenteassociado & Saxdniea dos anor 80 @ wna nova economia police Desde asia década esse conceito tem sido anplamente ui radu deserever um vaso ecomplexo conjunto de proce processor mais importantes destacamtse, por exemple, a crese | ‘concorrénc oe mmereado mundial. que se apresenta em eo tao, omandoimprativo oemprego de vltosscapitiscmnecy desenvolvimento de noves proditos™ bem como maior hen Je dos meios de produsor, que devem estar apon pare pide es, egundoasexigGncias do mercado, Ofenomeneconcinn Je somente as grandes empresa, om io capazes de enfrentar os dea est le idade de empresas, setores, reg en iises aes ch ee eer omn intrafirmas; @ padronizagéo das praticas comerciai vo mundial ala global (..)” (ob. cit, p. 59). francine rm todas as fases tarefas do sistema prod dade ea capacidade 58 roan Juan vs Ouvesea~ Eounavo Secon: Munoz porém, que 0s fatores determinantes do concentracionista ndo se alteraram, em seus aspectos sub: ‘sua origem, na segunda metade do século XIX. Para ilust a sintese de Oscar Barreto Filho, ainda no ano de 1956 vez maior do maguinismo, a fabricagao em série, a til sos técnicos mais aperfei¢oados, a necessidade de capitais vultosos para (os grandes empreendimentos, a ampliagao dos mercados consumidores sdo outros tantos fatores que conduzem & concentragao das empresas, para melhor realizagio de seus fins" ™. ‘0 la: “Desde a No mesmo sentido, Fabio Konder Compar i¢do dessas primeira revolugdo industrial, as vantagens da & “economias internas de escala’, segundo a expresso consagrada de Alfred Marshall, eram de todos conhecidas: baixa do custo unitirio de produgao com o aumento do volume de unidades produzidas; possibi lidade de auto-financiamento, libertando a emprésa das injung6es do ‘mercado financeiro; multiplicagdo de estabelecimentos, permitindo se latingisse diretamente os diferentes centros de consumo; estocagem de matéria-prima, atenuando os efeitos das variagdes de prego: estudos de mercado e publicidade em larga escala"™*. inaguinaria expecializada, apoiadas no controle mecinico dos rimos de trabaiho, Ha na fragmeniacao das tarfas, na setorilieagdo das responsabiidades e na perso direta da produto, por plantas indastriis mais novas e maledveis prepa atlas para fabricar produos diversifeados e bent heteropéneos,aptas responder de tempo exigencias de mudang ‘para exercer simulancame! onas (-) Qualquer que sejao seu nome, eindependentemente das esse lvergéncias tedricas eanalticas entre escolasacima mencionadas,r o paradigm (daqui para freme cha 7 ica, de especalizagdo flexivel’ ow ‘pas fontsta’) a produgdo progres ‘ondigaes de se expandir de manera modular, conforme as oscilagdes do mercado € fican € mais renvel do Econom Regime luridico das Socedades de Invest \monad, 1956, p. 20¢ 21 " Aspecos Jurieos da Macro-Eimp M seratsa Covrtemroninen 0 Ditto SocieTARo ay Segundo 0 mesmo autor, apés a Segunda Guerra Mundial, © pensa ‘mento econdmico veio acrescentar as idéias neoclassicas de’ M twos argumentos em pro! da grande unidade empresaral, todos decor rentes do exercicio de maior poder econémico no mercado. Para Fabio Konder Comparato “sé a grande firma (...) é capaz de acompanhar ¢ revolugdo tecnolégica contemporinea, que exige investimentos macicos ndo necessariamente rendosos, e que alargou 0 ‘mercado as dimensoes do planeta, inpondo gastos considerdveis de transporte, distribuigdo e publicidade”™. Procura responder, em, ‘empresas por uma maior eficiéncia prod ‘controle das vicissitudes geradas-pela concorréncia", termos, por meio da concentragdo, procuram as empresas mi npresas maior poder de mercado e maior rentabilidade, lutando por sua sobrevivéncia em um. ambiente econémico cada vez mais exigente e seletivo?” 24. 0 processo de concerto, segundo Champavd, ob duas fases: (I) primériae (II) secundaria”. . > -Constcios de Empress’, in EnsaiasePaecere de Dirt Emp a Enpresaria ° Sobre as efciécias poutine alocta, ef. Calisto Sslomto Fi Concorrencial ~ As Estruturas, Ho Fite, Preto 0 surgimento. Assim é que concordam Autores que 0 movimento seiniciou para evtaros males da livre concorrén lado, de out para prop videde, coma r 4 Concentragio ‘ecorde anterior. erificado no ane de 1999. Seyune lransagdes de aquisigio ou fus3o,somando aasronémi "es note-americanes.f30 bem demonstra ‘empresaral na econamia hodiera “De ce point de we, que nous partageons, entreprises peuvent étre distngucs. Le premier ur but dace sensibl ions qué ont ique des entreprises 0 pron Juasez ve Ouvenen noo Steen Mena {A fase priméria se caracteriza pelo aumento da dimensiio absoluta das empresas ¢ pela diminuigdo de seu ndmero. Nesse tipo de concentra- ‘go, a sociedade-empresa utiliza suas proprias capacidades financeiras, \éenicas e comerciais para se expai mente, com o objetivo de incrementar a produgio em escal fo proporcional ao aumento da quant mercado (conquista de novos mercados € iminagio de concorrentes). Formam-se, entio, grandes empresas monolitcas, de que constituem exemplos lo XX, como a Standard Os instrumentos juridicos tipicos dessa modalidade de concentragio sio a fusig€ a incor- ‘poragéo, pelas quais so absorvidas unidades empresariais, que perder sua individualidade econdmica e juridica, Note-se que a fusdo ea incor- poracio levam a redugo do niimero de sociedades-empresas, pela consti- tuigo de uma entidade econmica e juridica de maior porte. Essa forma de concentragio empresarial nao afeta o modelo societério classico, pois ‘a empresa continua a corresponder ao ente juridico auténomo. 25. A expansio intema das sociedades-empresas logo encontrou, porém, seus limites, que sioresumidos por Engrécia Antunes em finan- accrotssement des dimensions des cellules de eur nombre. Lenomde concentration \ Conreannanea 0 Duero SocreTAtO 1 ceucresr eer eas un grt mis. os parassegurraconiniade dese proceso scone, ani Poreuto lado, expanse dacraturacmpe deteminado pono ger complexos problemas de ora ir do qaldiea dest vive a gest een do edo peat. formagio de gandesempest com inal do seul X1 10 limite imposto & expansdo interna das empresas, especi organizativo, levou & segunda fase concer ragdo secundéria se caracteriza pela as cada vez maiores na quais, embo- \perda da autonomia econémica das unidades, é mantida a inde- pendéncia juridica, 2 Ertoaa Juanes oe Ouiveina ~ Eouakoo Secu Munnod \Smica tiniea, perseguindo-se no o interesse de cada ma sociedade sdominante®”. c daqual © grupo de socedades em como crack ; decor grande pate de sas vanagenseconOmicas, mas também deseus versidadejurtdca ainda \unidade condi, ous, 4 Verifica-se a separagao entre a sociedade e a antecessoras individual) jes comerciais) ‘ando, porém, que o mundo empresarial dos diss de hoje & dominado largamente pelas sociedades, principal ténica de organiagio da empee ‘como defnide por Fabio Koader Comparato. ipo de concentrazo econdmicaé justamente tnidade de acco econémico-empresarial onde se affrmam, Simultaneamente, a manutengo da personalidadejurdica das empresas socetdrias eagdo da sociedade anénima no curso do investimento popular Agora, 0 ‘Surnesa Conenronansa £0 Dinsro SocierAnio % -0~ 0 gupo de sociedades ~, p ‘constituir o protagonistacentral do sistema econémico, adotando maltiplas estruturas organizacionas, freqientemente ndo baseadas na propriedade do capital, em uma busca constante de maior flexibilidade, ou seja, de maior capacidade para rapidas adaptagées is novas exigéncias do mercado. B) A empresa plurissocietiria como protagonista central do siste- ‘ma ecénomico 9. embora os operadores 9. Sobretudo de tradig&o romanistica, tenham aversio aos niime- tos, parece adequado buscar dados estatisticos sobre o fendmeno. Afin: icas s20 instrumentos relevantes para o conhecimento da real deeconémica, o que é fundamental para a modelagem. NaBélgica™, embora nfo estejam disponiveis estatisticas espectficas sobre a presenga dos grupos de sociedades, hd informagées no sentido de lades de maior porte tém, muitas vezes, mais de cem socie- m as sociedades de menor porte apresentamse frequentemente em grupos, possuindo como controladores as mesmas pessoas fisicas ou grupos familiares. Por se tratar de um pal Pequeno, verifica-se, ainda, que muitas das sociedades belgas tém subs: disrias em outros ps io se sabe o exato niimero de grupos de sociedades, ‘mas pode-se afirmar que esto presentes em todos os setores da Eorea Juanez 0 Ou al. Estima-se que cerca de 605% . so vinculadas a outras sociedades, em situagies tipicas de grupo Dados mais recentes apontam que cerca de 92% das A.G. encontram-se, de alguma forma, agrupadas™ Na Franga®, 0 melhor e mais abrangente estudo sobre a matéria foi ado pelo Centre de Recherche sur le Droit que, néo obstante desatualizado, pois data de 1975, bem ilustra a relevancia dos grupos societirios naquele pais. Segundo o estudo, grupos como Péchiney/ Saint Gobain, Banque de Paris et Pays-Bas, Compagnie Générale 4 Electricité envolviam, cada um, cerca de 400 sociedades, Por outro lado, ‘0s maiores grupos empresariais do pais respondiam por cerca de 50% do volume total de negécios industriais, 60% do montante total dos inves- timentos, 40% da popula¢ao economicamente ativa e 80% do total da produgdo industrial. Nos itimos 20 anos, 0 quadro nao se modificou, tendo fendmeno grupal se expandido de forma importante, nio se restrin. indo mais ds grandes empresas ¢ ao setor industrial, nem se baseando necessariamente apenas na propriedade de capital, mas também em liga- .96es contratuais e em acordos administrativos?”, Na Ikilia™, também faltam informagGes mais precisas sobre os grupos de sociedades. H4, porém, estatisticas sobre os prineipais grupos italia- nos que permitem deduzir algumas conclusdes sobre o tema. Primeito, & interessante notar que 0s grupos multinacionais italianos apresentam-se normalmente sob a forma de conglomerados, sendo em niimero menor, ‘quando comparados aos grupos de outros paises europeus desenvolvidos. Em determinago ano, das 500 maiores empresas do mundo, 160 eram ceuropéias, das quais apenas 9italianas, o que demonstra a prevaléncia na 10m “The Law on Groups of Companies in France”, in Groups of "EE — A Survey Report to the European Comission on the Law te Groups in Various Members States cit p. 182 naw" jn Groups of Companies sion on the Lave relating to be 67 Survey Report 10 the Europea n Various Members Steer, privatizag Burutsa Contenronanea bo Dy 10 SoaerAna esas de menor porte. per le Societe la Borsa, em 1986, verific 1.000 maiores indiistrias do Reino Uni revelou que as 50 sociedades de maior po dlidvia, verificando-se a impressions cada Sociedade, O grupo British Peirole des © 0 grupo Unilever mais de 1100" Em Portuga ‘ede da dcadade 19808 iniodade 1980, omacamec pope rivals, alguns dos quas com mais de 50 socclcee o do SONAE: hoe com negécoe no Be Sspermercados _ Saindo do Panorama europeu, encontra-se nos Estados Unidos situa- 80 semelhante. Os cem maiores grupos industriais empregam cerea de 26 do nimero total de abalhadores,ealizam apronimakerere ape do volume de negécios global e possuem quase que 50% da ativo patrimonial da indstra nore-americana??. A dimensio e 0 pode, fio dos grupos norte-americanos sio inegaveis, postendo ser verifieados as anualmente realizadas pela Revista Forume!™ onta 185 empresas de origem nor maiores do mundo, 6 a mais do que em 1999, em 24.11.2001 9, [Borrota Juatez ne ivein = Eouanno Seco Morea temescala mundial, superam muitas vezes o ndimero total de sociedades € de trabalhadores de paises inteiros, como é 0 caso do geupo Mobit Oil, que possuia 1300 sociedades, e do Walt Mart, que possuta 1.244.000 trabalhadores, no ano 2000 No Japtio, os grupos societdrios também t&m presenga marcante, estando os grupos Mitsubishi, Toyota e Mitsui entre as 11 primeiras colo- cadas na lista das 500 maiores empresas do mundo, editada pela Revista Fortune, no ano 2000". Em pesquisa realizadaem 1987, verificou-se que investidores ins is detinham 39,3% das agdes das sociedades japo- esas e que outras sociedades detinham 25,6%, o que soma 64.9%. A mesma pesquisa indica que, em média, uma sociedade adquire o controle de uma utra quando atinge a participagio de 25% de seu capital total, As tradi- ‘GOes empresariais japonesas levam a que os vincw ‘Go apenas baseados na propriedade de capi tos e ligagies financeiras, sejam bastante estreitos, 26° ccios entre as sociedades dos préprios grupos em niveis bastante elevados. Um bom resumo da presenga dos grupos societérios nas principais economias do mundo é apresentado por Engrécia Antunes, ao afirmar que as sociedades comerciais apresentam-se organizadas em grupos nos seguintes indices: 70% das sociedades comerciais na Alemanha; 50% na Suiga; 60% nia Franga: 55% na Inglaterra; 65% nos Estados Unidos e 88% no Japio"” infelizmente, a pobreza dos dados estatisticos, que assola 1dos campos, em prejuizo da compreensio de sua realidade social e econémica, nao deixa de se verificar em matéria de grupos de CE. Engricia Antunes, Os Grupos de Soci fortune.com,Vsitado em 25.11.2001 Cr. Engrdcia Antunes, Liability of Corporate Groups, Cit, p. 31; Revisia Fortune, p.49.¢ 50, 0 autor de negécos realizado nd dava-se enre a socie om, visitado em 26.11.2001, 5 Grupos de Sociedades, ci. p. 13. Os das foram colbids por Engeicia tunes de K. Ohmae. Mack der Tiade. Die neue Form weloviten Weibewerbs, den, 1985, aes, Nio se encontram dados especificos sabre o Possivel afirmar que a presenga dos grupos ¢ marcante tanto nas grandes uanto nas pequenas e médias empresas. a industrial brasileira, a p tir da década de 1960, espe ‘mente, de 70, cuja expressio maxima Be e encontra lano de Desen fod concentr Locrescimento Em um ambiente legslativo favorsvl, x sciedades Isa a exemplo dos demuls pales eg goes em outs sociedades, om modelos dee 2ontale soba forma de congiomerados nas ars deo 0 (ug, Grupo Vtorantim, Grupos, Grupo Vieoahe ; Grupo Viewnh Grape pangs Gio. Especiaimente na ea finances, 0 Brasil abscne Ceca i ‘alo otic alta pla scion aia, vase Modsso Cava’ "Os conglnerados nnecrendaatiaoneee ae insane nol PND. sh eminent keene ie de grande emp B com fet anor de So oe ‘sclidopara aba a criegdo desss Joes ean spe ase ttsaforna stints downegriedeb obi ei 0s participagdes em outros negécios nas mais diversas reas (v.g. Grupo Bradesco, Grupo Itai e Grupo Unibanco} tada ou sociedades por agies, das por estrangeras, integrando, portanto, um imos anos, sobretudo apés a implantagio do Plano Real, em 1994, o Brasil tem sido repetidam rangeiros, entre outras razdes, pelo tamanho de sua populagio e, portanto, de seu mere: fone: Revs sone, esis Mais Melhores ata na reas de cimento, metas, ce %8 Sobre a concentragdo dee abrangente andlise em W. Bul Enpresas.ct, . 394 56. {fenbmeno concentracionisia, com maior {foi ditado menos pelo Se verd,(..) 190 levou Byrnesa Contenroninen £0 Dts Sociriaio 99 nicagoes S.A. Na década de 1990, com as privatizagves, formaram-se cons6rcios de ‘empresas estrangeiras e nacionais para paticipar das respectivas lcita. $8e, 05 quais, uma vez vencedores, assumiram as empresas anterior, ‘mente controladas pelo Estado, Nesse processo, a participagao de fundos previdencidvios brasil ine 0s funcio- nérios do Banco do Bras , Como resultado das Privatizagdes, sobretudo nas areas de telefonia ¢ de energia elétrica, formaram-se grandes empresas, cujosacionistas so grupos empresar de origem nacional (vg. Grupo La Fonte ~ Telemar; e Grupo Safta ~ BCP) eestrangeira (v.g. Telefénica e Portugal Telecom). ‘Ainda quanto realidade brasileira, ndo se pode deixar de men larga utilizagio da sociédade por quotas de responsabilidade limitada Como holding, ou seja, como instrumento de organizagao patrimonial Societiria ¢ familiar. Retinem-se na holding participagses em outras ‘outros bens mais valiosos iméveis, por exer -omo forma de est ‘$30 do poder decisério e de planejamento tribut ainda hoje, prevalec 100 Eorrona Juant2 pe Ouiveea ~ Eouanoo Secent Mune 1m com freqiéncia para limitar os riscos de suas reas diferentes. Assim, em vez.da expansio interna da empresa, pelo desenvolvimento de novos negécios, € comum no Brasil a Jo de uma nova sociedade para essa finalidade, em exemplo de, ‘expansio externa, observada nas pequenas e médias empresas, que origi- ‘nam novos grupos de sociedades. Esses dados empiricos permitem concluir que, no Brasil, a exemplo dos paises desenvolvidos antes mencionados, o fendmeno dos grupos de sociedades penetrou a tal ponto na realidade que podem ser considerados principal forma de organizagio da atividade empres No plano internacional, o cenério nio € diferente. Tomando-se as rmaiores empresas, contam-se cerca de 50 Estados, nos quais encontram sua origem,e cerca de 50 empresas, que concentram parcela ponderivel do volume total de negécios realizados no planeta. Em 197 duz inevitavelmente is técnicas de controle ede coligago™. O grupo de CE Engrs Antunes, Os Grupos de Sociedade. cit, p. 34. Na década de 1970, Esurnesa Cosreroninen £5 Diageo SocierAnio presente em tempos de economia gol © quadro que se acabou de expor, tanto no plano nacional como no inermacional, permite verificar que a realidade empresa estélonge de corresponder ao modelo da sociedade comercial isolada, sendo forgoso reconhecer que esta cedeu passo : 11 passo a0 grupo de socie- dade: as de Engricia Antunes™, o protagor ta do sis rai same dons Ia como cima de a an ripe ses dife tie porsua coma, marem beets cnn tEmpeas Pe pI. 7 inda no se tenha reflecido suficientemen ardo intersocietria ede que, dum ponto de vista organ. ides ndo coniituem sendo puros grupos socetdras (aqui acres: dda tran dade das sociedades componentes)” (Eng ). No mesmo sentido, afitma Fabio ional, com efeito, nada mais € do que un tados com enprea so 12 ortoma JuaRe2 0¢ Quveina ~ Eouanvo Seco Munoz ade empresari 2 ponto de cipal técnica de organizagao da empresa contempord ©) Uma sociedade pode ser sécia de outra? O fator, da ordem Juridica, que permitiu a formagio e a evolugio do grupo societério 27. Os grupos societirios surgiram em virtude da evolugio da real dade empresarial de um sistema atomistico e concorrencial para um sistema pautado pela concentragao. Contudo, além dos imperativos econdmicos, um fator da ordem juridica foi fundamental para que os ‘grupos de sociedades pudessem se tornar a principal técnica de orga- nizagdo da empresa moderna: a participagao de uma sociedade no capital de outra, Se, atualmente, parece natural que uma sociedade participe de outra, 6 interessante observar que, até o final do sécvlo XIX, tal participagio era vedada, sendo considerada uma anomal lav, quanto em paises de tradigio romani tal constatago possa causar surpresa, uma reflexdo mais detida logo permite verificar que essa proibigdo era perfeitamente justificvel, por ser coerente com o modelo legal de sociedade isolada ¢ auténoma, forjado naquele momento histérico. Veja-se que a idéia de sociedade parte da unido dos sécios, conju- gando recursos e esforgos em torno da realizago de uma finalidade que René Rodiérecunhou de ‘gassagem da das sciedades"" (Os Grupos de Sociedades, etl sobre © desenvolvimento do tema em pases do common w. vejast Engriin Antunes, Liability of Corporate Groups itp. 29, Enasn Covtearowinen £0 Ditto SoeierAaio tos a sociedade passa a con: 2 perfeigio qu fo, porém, quando uma so de outa. E que a sociedade sc Gnome, possuindo seu proprio, cipaglo n le tra sociedade leva a0 ambito interno det una vont e um intrest social qu ie 380 extranhos, stint ‘uma potencal¢ institucional situacao de subordinagdo da eapcerea vontade interese sociaisa uma vontade eintereste extemosse Nio se pode deixar de reconhecer que a condigdo de sécio revestida por um individvo é sociedade. 0 indi anto a sociedade, possui interesse Préprio, que ndo se confunde com o interesse da sociedade da qual Partcipa, mas a formagdo desse interesse ndo decorre da definigae de 'uma finalidade comum, em tomo da qual diversas pessoas se rednem, como ocorre no caso da sociedade. Para o individuo, €legiimo. por exemplo, manter uma posigdo de total absentefsmo em relagio 4 soce, dade da qual faz parte, como ocorre nas grandes corporagdes norte. americanas, com elevado nivel de dispersio do capital O mesmo, poréin, ‘io pode ser admitido em relagio a sociedade, que fica vinculada strita ‘mente ao cumprimento de sua finalidade social, Assim, quando.a socie. dade participa do capitsl *e outra, deve dar cumprimento ao fim para 0 qual foi consttuida, ou seja, cuidar para que seu pr6prio interesse cocial sejaatingido™. Normalmente, o objetivo dessa partcipago € integrar a lates, cit. p84, las vezes, dstorgSes de pens ica € imensa. Esta consti uma azendo sentido se drecionada ao preenchimento de sua lo 1 da Parte It). Assim, se © homem, organismo vivo. Fangio espectica (ef. Cap pode ter ino essa que mod nda por um ver humane 04 por I Justen Filho: "A identifier ‘Nessa medida, 0 fato de uma sociedade ser sécia de outra significa sempre, em maior ou menor grav, uma conjungao estrutural de inceresses iversos, abrindo uma potencial crise do arquétipo de socie- la ¢ aut6noma, sobre 0 qual se edifica o direito societério vigente™'. Era essa a razio pela qual os legisladores, juristas e juizes do ‘entre ser Tumano eu pessoa jurtdicaimpassibilta-se nessa medida também. Eque o no & organismo vivo e ausanomo,exsiente por sie em si mesma, ocupando tum lugar no esparofsio. As sociedades e demas agrapamentos persomiicador nd se apreseniam como realidadesfisicas,vivenes por si mezmas, maz #6 ze justfeam como instrementlidade;existm: para ¢enfungdo do homem. Bem por isso, enquanto ‘o hamem & ser acaba (em evolupdo étca e psicolégca), 0” agrupamentos nunca podem dicer-te extticos ¢ definidor no seu aspecto material ou imaterial. Como mentor esido a se fazer ¢ refazer pelos homens” idade Socieréria no Direvo Brasileiro, cit, . 33) og, emboraseguindo por caminho divers José Lamattine Cortés escteve: “E que, correpondendo a pessoa juridica @ uma realidade andloga a pessoa humana, firmativa que fizemos no capitulo I, guarda ela coma 19 em qualquer caso de analoia. pontas de igualdade e pontor ia. Ao contrdrio da pessoa humana, a pessoa juridica nao € uma bstincia, uma vee que depende, para viver agin de outros seres, as pessoas nat ras. Mas, semelhanga da pessoa humana, € um se, com vida prépria einteresses réprios ~ ¢ com esfera patrimonial prdpria, Eis. prém. que no caso da sociedade ra integral ou da sociedade integrada e” grupo, e1sa tepa- dha esfera de intressese do quadro patrimonial, fica total todo instrumento, 08 03 (Desconsideragac imeresses pasiam a sobrepujar, mo momento da decisio, o da enti (A Duple Crise da Pessoa Juridica cit, p. $91), Sobre a diferengaentte 0 poder de controle exerci por uurassa Covremronien 0 Ditrro Socierano tos /os econdmicos que leva iva sobre a matéria, em fins do século XIX®*. ofthe profit goals of sly @ corporate stockholder does not put its money prise simply in order to entrust diferent man ie goals, a happe dual investors. " excluded in practice, of course, but remains hi improbable Se ‘wo 0pes of stockholdings are also diferentin their ellects, Due to the abse ‘and consequently tothe al stockholdings will not asa rule bring major "consequences tothe autonomy, interests and returas ofthe corporation (ereeph in the event of eases 2” fraud). In contrast, corporate sockholdings are potentially re usually direcied towards the integration ofthe controlled en raunizaion, whore global survival, strategy and goals by definition prevail over those of each constiuent rember’ Ciabitty of Corporate Groups, cit. p. 151). No mesmo sentido, Guilherme D. Cusha Pereira: “A dstingdo se impée porque seo adquirente éuma socidade a alienagaodo controle ir operar quase que inexoravelmente, 0 surgimento de wm intereste fraser por sobre o intresse social da socedade adguirida Com efeta, gue dsthngue o Sociedade controladora de um acionista controlador é que aquela tem outro neqicion «sere a empresa dominada em fungdo do conjunto de seus negscio, Ora, o tii s0cietdrio comum nao ests aparethado para regular as consequéncias que edt da ‘xisténcia de um interes grupal” (Alienagdo do Poder de Controle Acionar, Sia Paulo, Saraiva, 1995, p. $7), versocietdra somente se ena dado “um exemple da proterhstéria Guardadas as pecolandades de tempo e espago, 0 do século XV, adotou uma estrutura empresrial ‘mute Proxima dos propos 6 sciedades com atuagto tansnacional, dos die de he, ‘serando problemas juridicoscuja semelhanga com os atuais € Ue impressionsr A core {espeit,confira-seestudo de Fébio Kondet Compaaio, «pate da obra de Raymond ours The Rise and Decline ofthe Medi Bank (139714), cia pela Harvard niversty Pees, arpa Médici dos grupos de sociedades, Ine (-.) Como se v8.0 fend we a jurisprudéncia europtia x6 ‘do século passado, e/a praticado pelos banques. (CNaProto-Histria das Empresas M (0 Mercantil, industri 106 : Enyrons Juanez oe Ouvetea ~ Eouaroo Secent Munson Nos Estados Unidos*, mesmo depois de implantado o sistema de liberdade igo das corporation: sprudéncia era no do de que a participagio de uma sociedade em outra nfo podia ser la. Para as cortes norte-americanas, essa pi ‘expandiu paraos demais Estados (vg, Nova York, em 1890, Connecticut Pennsylvania, em 1895, Delaware, em 1889). Nos paises do civil law, as leis societérias que se sucederam, influen- ciadas pelo Code de Commerce francés, de 1806, nao previam a possibi- lade de uma sociedade participar de outra, sendo a jurisprudéncia levou a que, também em fins do século XIX, a, baseando-se a doutrina, p dicas aos individuos. Com efeit Tevou a que fossem estendidos a esta todos os di ‘obrigagdes das pessoas naturais, dentre os quais ode participar no capital de uma outra sociedade™, de outa. Fo por essa rezio que 0 Sherman Act, de 1890, foi chatnado deli antirst ‘que era 2 principal tenica de concenragso empresarial daguela época, e no de lei ® P.Blumberg. entre tantos outros, reconhece a pen de outra um dos mais importantes 3c soviet, considerando taar-e de um Evrausa Conrinron na sso Socieranny justamente em nteresses sociais diversos que del revivido, no para se voltar ao regime de prc para se-buscar uma urgente revi parece niio ter oferecido uma di D) Grupo de sociedades na ordem juridica D.L) Qualificagao juridica do grupo de sociedades 28, Sendo inegdvel que o fendmeno dos grupos domi empresarial, cabe buscar seu enquadramento na ordem juridica, Essa {arefa, no entanto, tem apresentado enorme dificuldade, pois a nogaio econdmica de grupo ndo éfacilmente reconduzida a uma definig30 ju dica que, a0 mesmo tempo, seja clara e precisa, atendendo a0 valor certeza,¢ suficientemente ampla, de modo a abranger as miltpla formas pelas quas se organiza na ealidade empresarial®" a realidade Essa dificuldade levou a concepcao de ui do, por exemplo, na Alemanhae no Brasi we ____ Eom Juana be Ouverea ~ Eouanoo rnago em tomo de ur seja, que abrange membro. ar que os grupos centralizados e smperioso ass zados correspondem a categori nreta uma imensa variedade de diferentes graus de centralizagio administrativa™ D.l.d) Outras classificagdes 32. Além das classificagdes das quais antes se tratou, indmeras ‘outras poderiam ser apresentadas, sem, porém, maior utilidade para le Concentracion ela Société par > Cf.C. Champavd, Le Pou p.210ess. ® Crtétio baseado na presenga das soccdades ag ica ¢ distingio de ue grupos de sociedades sao aqueles o unitéria, implicando sempre, em ,aperda da independéncia econdmica de seus Brantes ¢a conseqiente atuagdo em prol do interesse de um deles, ou do ‘grupo globalmente considerado™, Em uma palavra, reconhece-se rupo de sociedades sempre que se estiver diante da diver. a aliada a unidade econdmica. E) Grupos de sociedades no fundados em pat tal. As multiplas formas de organizacao dos grupos adiantou que uma das vantagens trazidas pelos grupos é a lade, sua capacidade de adaptago as exigéncias de cada empreendimento empresarial,seja de grande, médio ou pequeno porte, ‘ejana dreade producto e crculagdo de bens ou nade prestagao de servigos Nao € de estranhar, dica de cada sociedade p: algumas das principais Deve-se iniciar pela observagio de que, embora a participesio no capital seja in rente 0 principal tipo de vi dades agrupadas, est longe de consti ~** dbidem. p. 129. PCL. ¥. Guyon, Droit des Afares, cit p 575. ™ De forma as ors Juanez oF Ouwverea ~ Bounno Secon Munoz econdmica de Coase", pode-se afirmar que 05 empresérios encontraram formulas que thes permitem reduzir a niveis desejéveis os custos que decorreriam ransagdo no mercado, mediante 0 controle da atividade empresarial de uma outra sociedade, independentemente da, participago no seu capital™®. Vale dizer, 0s cu luma negociagio entre duas empresas independentes, em tomo do prego das mercadorias ou das quantidades a serem produzidas, por exemplo, siio reduzidos substancialmente porque, mesmo sem participar no s que decorreriam de capital da outra sociedade, uma delas tem poder de orientar sua ativi- dade empresarial Essa constatagio nio € nova, tendo sido apontada ias décadas pela doutrina, que tem qualificado tal poder empresarial, sem part como controle externo, assim entendido aquele que € pagio no ca ~ exercido de fora da estrutura da sociedade™. A tanto se deve adicionar 0 controle gerencial, ou seja, exercido pelos admit no se baseia na propriedade do capital, mas € classificado como moda- lade de controle interno, por ser exercido no ambito dos érgios da sociedade™, ou se, de sua estrutura interna, 0 controle externo pode manifestar-se de diferentes formas. Pode resultar de particulares relagdes contratuais que, potencialmente, levam uma das partes a ficar sujita, em maior ou menor gray, a0 comando da outra. Sao exemplos os contratos de franquia, de representagio, de 9.276 > Cr. EK. Compara, O Poder de Controle na Sociedade AnOnima, cit. p. 68 ¢ rao do Poder de Controle Aciondri, ct iano, Gulf, 1957, p. 31 ess central de preocupagio de A. Berle € G. ‘and Private Property, cit. Classi no, ef. FK, Comparato, O Poder de Ewrnesh Contenroeanea ¢ 0 Distro Sociriio larga utilizagio na realidade empres ‘quem poderia dizer que s celebrasse Para atuar no ramo de fast food, pelo 2 observar a politica de vendas, de proges, de pu cidade, administrativa e de pessoal da fr eps grande parte das decisées empresa sociedade franqueads para ada franquea Nio esté 0 controle extemo dessa natureza. Pode decor ‘monops6nio, nas quas, ja pela falta deouteofornece 0 adquirente, a sociedade fica na esfera da decisivainflagncia de sutra. E 0 que também se observa em celagio aos diversos tipes de credores, especialmente os baneos, quand a sociedade se encontee om ait esi News cisos€ bastante comin queoscontn anciamento estabelegam restrigdes quanto aos negécios da empresa, concedendo ao credo poder de fscabuayto eat enn oe veto em relago a determinadas matérias. E comum, ain 5 concedido 20 credoro dirito de eleger membros do conse nstragdo ou do conselho fiscal da sociedade devedera, Essa espe do ole do credore seus efeitos em relagio& sociedadetém sido objet de intimeros estudos, sobretudo, na Ii me Ocontoeexero, sim tevernente bora, tm sido um impor tanteinsirumento de uniiagto dos grupos, conform as cuigenne eeondmiasapresetads por cada ramo de avi Nie scr tadoafimar que a evolu ten ments Finances, antag dos mere Imgcam 3 atal economia contol ex foama a empresa Asse respei sone M, Vetsuypeas, Evidence”, in Wishing 126 Borroaa Juasez 0: Ouiverea ~ Bouneno Secen Munoz decorrentes do sistema cléssico, baseado na participagio de al de outra servar que, apés uma tendéncia de crescimento das ‘macrocompanhias, que passaram a se organizar sob a forma de conglo- merados, a p redugio do tamanho ¢ do escopo de suas at voltar-se para o chamado core b vidade. Os conglome alguns, parecem ter atingido dimensdes que os tornaram ineficientes, considerando-se 0 sistema produtivo de alti dade e transferéncia para 0 mercado de determinadas atividades que eram desenvolvidas internamente, mas que ainda so necesssrias para aempre- sa. Emuma situago normal, tal como na teoria desenvolvida por Coase, rade se esperar que essa transferéncia de algo que era realizado dentro da sociedade-empresa para o mercado implicaria a substituigio do meca- nismo de autoridade ¢ diregio pelo sistema de pregos"®. A realidade, porém, € que as empresas encontraram meios (sobretudo, técnicas Contratuais) de aproximar as car pelos terceiros aquelas que seriam realizadas no seu ambit dizer cria-se uma relagio de subordinagdo entre as sociedades contratan te e contratada, que ndo se baseia na propriedade de capital, mas em representa a dversifcagao de paricipagbes, K. Comparato,Aspectos Jurdicos da Macro-Empy indo a wm movimento de "deconglomeration”.apatir da décata de 1980, Enirnesa Cowranronanen £0 Dr ados dois exemplos, um 1 Outro & prestagao de servigos, O primeira é 0 da. Volkswagen de Rezende, Estado do Rio de Janeiro do, possui 200 empre| jo extemo de advocacia trés de seus 0 us especialistas em propriedade intelectual, passando, entio, acontratar os servigos desse eseriterio, 0 objetivo da formagio das virtual orgay ‘custos, pois o desenvolvimento das ref izations sera a redugfo ds das atvdades sob form ds Econdmico se dedieasseiqueesfangoes ue Pode donne de modo mais efceme (core incon) A ediete deere en tanto pela reunsncia de que aomprsa aivdide com maior eitaea come roe poderianegoiar deforma mats ‘mantenha um elevado nivel de Sem 0 controle exercido pel partir da década de 1980, freqilentemente, traz consigo a preocupagio destas de manter uma influéncia importante sobre a atividade a ser desen- volvida por aquela que ser contratada, expandindo-se, assim, os grupos de subordinago fundados em controle externo. the hub seeks to keep the prover costs to thers, Only the hub s dominance holds theo because ofits mar ink-party providers. Once the hub 5A CONTEMNORANE E de perder 0 poder de decisio emp dade, éessenci strativo © seguinte ‘The Ale Vital Coren Delanre Jounal Law 3.22197,» 491.Nese srioparese ta peoepapinda Cope, no com as ceceisexigtneias de compeitvidae topoaat ay gue o rou 1981 aeacomendar so Depaaentode dose duns fons tarsn ate advent ages govemaneaas bees ‘onhecidas como de “montogem” com cadeias fornecedoras valendo ea ~ Bouaeoo 130 Bortona Juss 0 © reconhe le extemo, sendo igualmente impres- ndmico desse poder, em suas diver- c alocado a todos os participantes sas formas, na medida em que pode ser al da atividade empresarial, em graus distintos de intensidade, ao sabor das exigacias econdmicas que se impdem a cada momento. / sas questes sero mais bem abordadas, em seus aspectos juridicos, na Patel Pore, pocuruse demons que e vel casi sociedade isolada auténoma hé muito tempo deixou de corresponder & ‘aldade ds mitpas eics de orgaigacio da empresa ontempo- a ico, exteriorizam-se por meio dos grupo nea que, sob o aspect te de sociedades, fundados, ou néo, na propriedade do ca F) Fungdo sécio-econdmica do grupo de sociedades 34, Sto de varias ordens as vantagens proporcionadas pelos ropes, dentre as quais, podem ser destacadas as de natureza econ6mica, fina ceira e juridica cas ¢daradouras do gu no cto fe fons ado osu” (0 ia Gobo, p.19¢8, 0 aint Eduardo Pa, «Changing World, Alexandria, tal ~integragao dos economias de escala: unidades empresa .Petmitindo maioreficigncine tedugio dos rscos por meio da diversificagdodeatividedes Af permitirem a concentragio econdmica em estrturas paneer ais ou menos descenralizadas, os grupos do gigantismo das sociedades, Tense lero indfinido da empresa gera una adotando-se estruturaseada ver mais eS €, por consequnca, ineficiéncias econdmicas (ain chamadas deseconomias de dimensio ou deseconomias de waa nohe Finalmente, os gmpos permitem a adogdo de cetotare a vei fleiveis, pemitnde constants reajustaments deestutgieg aap empresaral segundo osimperaivos do mercado, Espeviinene one 0s ndo baseados em proprieda como se tve oportunidad de assinalar permitem pias modifiagbesdaestmturacmpererd es custos econdmicos menores. E notéria que a cn da ~ integragio de 10, de incorporacao, fe fusio, de venda de paricipagdes acionérias ou de dssoluszo, coma 8 reorganizagio de grupos baseados em part Os grupos apresentam também signifcativas vantagens fnanceias, na nedida em que permitem o controle de expressva massa decapinn gn negécios por meio de um invesimento inital elativamente edo {es bienfats dela puissance” (Le Pe lente a 300™, Ha também vantagens juries ago da técnica ddos grupos. Na medida em que € obtida.a unidade de diregio econdmica, sem a perda da autonomia juridica e patrimonial de cada sociedade agrupada, consegue-se uma limitaeo, ou uma divisdo, dos riscos da exploragio empresarial, o que é cerescimento interno da sociedade, todo o patriménio fica vinculado aos. riscos dos negécios por: podem-s ersonificagao da sociedade, qu Se, assim, que as vicissitudes en u seja, por determinadas sociedades, afetem 0 Jade ediversificagao funcional, seoralegeogréficaimpostas pela economia globalizada'® sempre endo servigas de porte. Fabio Kory © Brupo propicia a concentragiio do ara a obtengo de economias de e ara © investimento em pesquisa e em desenvolvimento de Produtos € para arcar com os altos custos de dist ddade, em escala mundial Nesse sentido, os grupos de sociedades, em suas Podem ser havidos como a estrutura j flexivel, apontado por J ddigma técnico-industrial da economia globali Isto posto, cumpre examinar em que medida expansioe a dos grupos de sociedades, com ou sem py principal técnica de orgar como a 's40 da empresa modema levou o modelo ido de crise, de absoluta inadequagdo com a realidade econdmica e social 5 empresas costumam apresenar vi ides em geraldesconhecidas pelos pigan ibilidade dees 210 _Eprona Juanes ne Ouveita — Eouauoo Secon Mune Destarte combinando a do modelo dos connecte empresa nio se baseia na pessoa juridica ou na propriedade do capital, ‘mas deve ser feita em fungio da existéncia de mecanismos de autoridade diregio, em oposi¢ao ao mecanismo de pregos, vigente nas rel realizadas fora da empresa (ou seja, no mercado). A empresa, ass dida, no é composta apenas por sécios e admini - 228, além destes, empregados, credores, fomecedores ¢ consumidores, aos em fungao da estrutura de capi- tale das negociagbes entre eles realizadas. Essa concepetio da empresa e, por consequéncia, da sociedade, como ‘bem assinalam os autores do modelo dos connected cont de afastar o modelo clissico, que se fundamenta na i bhierdrquica, dotada de personalidade juridica, com pelos sécios, conce- iam deveres Jadas por um s6co. Na realidade,o que se pretende oferecer a reflexdo, a partir das teorias, de origemeeconémicae juridica, anteriormente citadas, uma perspectiva alternativa de andlise do fendmeno empresarial, aptaaoferecer respostas mais eficazes a problemas juridicos determinados, como se pretende demonstrar ser 0 caso dos grupos de sociedades™. Vendo-se a empresa, 58 “Although we thnk chat the connected contracts approach compares favorably with other models according fo these criteria, we do not mean to suggest that the over ‘modelt shouldbe discarded. Models and metaphors such as the firm as @ person, the {firm as a communiny the nexus of contracts, shareholder primacy. team product ‘separation of ownership and co cit p. 945). ienagao dos -Se 0 instrumental 10 do modelo societério vigente. E do que se cuidard no capitulo segui CAPITULO IT - BASES PARA A REVISAO DO MOD! ELO SOCIETARIO. RECOMPOSICAO DO PRINCEPIO DA CORRESPONDENCIA ENTRE PODER E RESPONSABILIDADE 50. O direito societario, em sua origem, base i ro, origem, baseava-se na correspon- Atncinene poder de pesto responsblidate Assoccdadeade pence as no Cédigo Comercial, de 1850, partiam do pressuposto de vidas sociais, vo, nfo havendo estipulagdo em contririo, © respondem, s pelas dividas na comandita, se o comanditério praticar algum ato de Parte da firma social, tora-se responsével solidério com i". © Cdigo Civil de 2002, a0 cuidar das : as, tevogarido © Cédigo Comercial, segui oventaga demic (as. L096 LOST respectvinency ee A doutrina sempre reconheceu que 0 entre poder de gestio e responsabilidade, da correspondéncia, 212 Borona Jvanez be Outs ~ Eouneoo Secew dda perda de seu investimento, ott te tende a exercer sua atividade com atende a.um pr rnon laedere, que mands res do antigo Codigo Civil, de 1916%. ao estabelecer que aagdio ou omissdo voluntiria, negligéncia ou imprudéncia, ou causar prejuizo a outrem, fica obrigado a repara um pelo qual o agente deve suportar as conseqiiéncias de seus atos (ubi commoda tar as pessoas € 0s bet Se a correspondéncia entre poder e responsabilidade era observada, sem maior problema, nodireito societario cléssico, passou a sofrer ruptu- ra com a evolugdo da sociedade andnima*". Esta levou a dissociago entre a propriedade do capital e a administragao, dividindo-se os poderes respectivos em érgios: A propria "CLF K. Comparato, O Poder de Controle na Sociedade Andnima, ct. p. 333, ‘meneionando, a esse respeto, Ascarelli, Problem Giuridi 50 novo Cédigo Civil acolhe the management of the enterprise, the managemen the everday corporate business is extremely in, mergers passive” (Engrécia Antunes, rate Groups, cit p. 127. 0 Poder de Contole na Sociedade Andnit issociagio I. pois ndo seria possivel icipassem ativamente € propriedade do capil tdores do mercado aci ov mesmo pls smite eo Por via do mecanismo conhecido : : mine pera comnarass ee todos sc son sarin nes do cnt soma alee memsemcnpinPhanseeing ie pio ¢ Problems das Sociedades AnGnimas" in Problems es Sede: dni ii Compara ci. 38 “omparato, O Poder de Controle na Sociedade Anénima, rm. p a7 4S a 214 onions Juanez of Ove — Fuuneno Secew Munoz Mesmo nas companhias controla posém, o principio da respon companhia possa preci dissociagio entre poder € risco. Isso porque hi um: entre o patriménio pessoal do < Companhia, ficando apenas este vinculado as di sante notar, porém, que, partindo do paradigm dade andnima, no qual os diversos acionistas inves passivo, no interferindo na gesto, 0 principio da responsabilidade lim {ada atuaria em consonancia com o principio da correspondéncia entre poder e responsabilidade. De fato, 0 acio Jor io responde pelas dividas da sociedade justamente p sa condugaio dos negécios sociais™, ou seja, nfo tem responsabilidade, porque no capa CF W. Reine outros "Connected Contes, Univer Californa Law Review cit p 9233928 "kf aserbrok e. Foc, Te Economic Sacre of Corporate Lam it pared 7 jase aes api “Auf sigh one would the shareholders shih es ht ; é damages and conssponcet of sc te ptrinony inconmoda)~ and with he general standards of enerprie parca it could seem contadiiory to make the indivi Propnctoship or the general paer of parnrsi,pertona table forthe ners dete whe ming te shareholder able Of ter own ivesmen, vetng usa diferent reine of lal and of credit recover according tothe eal for of enerprive organ thar heconraitionsonlyapparen whe on tas in cco the clases model ofthe corporation. Under sch classical male he corporation >, Engrscia Antunes, com vast referénca bibliog compelled to think that the rate ofthe lintted ibility of forthe conmoda ibi Ewnese Cowrearonanea¢ ses Como 0 Brasil, no qual a maior idas por acionistas major controle, r deveres e respons réprios, representou uma grande conquista para o restabele: Principio da correspondéncia entre poder e risco. Cor teevolu «esse prinefpio. O fendmeno dos grupos, que observou ampla “uma perda estrutural da autonomia organizacional ep ‘das sociedades que os compdem, separando o patriménio da empresa em unidades ju a8, que passam a atuar segundo o prinefpio dos ‘vasos comunicantes™ Por outro lado, o desenvolvimento de instrurnen. {0s financeirosecontratvais,verificado nas Gltimas décadas, permit que 8 orientagdo da atividade empresarial, exercida por unidades jurdicas \lstintas, ndo se baseie apenas na propriedade do capital (controle exter. ‘pal ruising device but would be also incompatible withthe most generally accepted ana fbi tw. Tas. oe coud 509 that the principe of tnt habe instead ofcontradicing the general system of labilylam 1s quite inline nuh hog {sem and merely shows the negative side ofthe general coupling between power onl responsibilty ‘hat (positively) unlimited power entails unlimited Wer entails limited liability In the same way thot 7 should exist "no power without libiliy’ the inverse principle of ut power’ should also hold rue. This was the reasoning underng iment of the principle of limited liability as a general 1% iN art. 33 of the French Code de Commerce of 1807 of this corporate feature in the overwhelming number default rae of uence’) 10 thei of Corporate Groups 'do Controle Gerencial ~ Alguns Dados Em juno de i par Action, ct Eprroea Juanzz o& Ouverea — Eouanoo Secew Muncz cldssico, que ainda parte de crtérios puramente formais, a e responsabilidades aqueles que, de fato, ndo detém o poder empres: direito societério atual se caracteriza, portanto, por uma abi dissociagdo entre poder e risco, em grande pai sada pela sua inca- pacidade de compreender a realidade econémica da empresa moderna, Ora, se 0 direito no consegue enxergar, em todas as suas vertentes, © fendmeno empresarial, ndo se poderia esperar que a ele dispensasse uma isciplina dotada de efetividade, consentinea com os ideais de justiga 51, Essa separagio entre di ealidade econémica parece decor- rer de dois principios,intimamente relacionados, que o modelo societério reluta em abandonar,talvez em prol de uma seguranga juridica que, no entanto, tomou-se ilus6ria, na medida em que leva a solugées inade- 4quadas. Primeiro, a vinculagdo entre sociedade personificada e empresa, cou seja, a recusa em reconhecer a separagio ente a unidade juridica (Sociedade) e a unidade econdmica (empresa). Segundo, a busca da identificagdo do poder de controle em um dos 6rgios societdrios™. Note- se que o segundo fator estd intimamente relacionado com o primeiro, rio fosse a vinculago da sociedade com a empresa, no have- ificuldade em reconhecer que o poder empresarial nko se jado necessariamente 8 estrutura organizacional de cada formas de organizayiodos grupos de sociedad e sua Fungo A lividade produtva, tendendo Bs exigéncias da economia a, veja-se item F do Capitl sem que O primeito passo parece ser a ide csstrutura e dos mec nismos econdmicos da empresa moderna. A esse procurou demonsirar no ¢ Sn prcsrnie e dade emp no se resrnge 0s seis eadminsradoresrmaxconpeegecr fos credores,foecedresecnsumidors, enim tos ee a rem dts obggses no deenelvinent doenpernlinent corre da que a empresa no respi son jure, podend assimir mips formas orgeneation miata como detenolvda por Gnas on : so ea, como atvitadeekerda segundo a ligie da auoridade eda dreqao, Eos coneate noes pode ser traduida, em temas juriticos, por ambidade ween oder enpresrial em sentido anplo,arangendo stale de cia, ‘ore o poder ito, veriead as telagbs de aba Nessa otdem de idias,combinando as 3 conecitos juries, pees afimar qu o poder de contol canta: ‘sociedad desoparezaou made de contol. Assim. controle sobre asociedade e contro a empresa ndo se dissocian, de Controle na Sociedade Andnima, poder la que a empresa nio respei mpre depende do mecanismo soci 218 _Bowos Juarez o€ Ouvetba ~ Bounkbo Sec ‘nto central da propria definigao juridica da empresa™. i ita de poder ditetivo ‘final, set poder de controle, também nio se cogita de pode ver de obedecer a0 fatorautoridade e direga, é mo de pregos, 0 que, segundo Coase, caracteriza tuma relaglo de mercado, ndo uma empresa Bem se vé, portanto, que no mundo dos grupos societérios, em suas iplas formas de organizagio, a identificagio do controle passa adel is eqn 2 dene node vm ons wifoe de empresa plo deta, nem meso» pono de cnc sate pea eebeg Def lose nen gues cone ia empresa sponta oe at basi ater econdmies de Cat, eve sr pouvada Pl conto, enendese ane ea deve servi, excsivanet, com deta psn a ovo do melo soceao Se de lege een, sa fa por med como Jun ova pli par Poder econole «pra spray de siedades cnstundose, sim, om sbera Complemenar 9 deo saci sic. Esa evi Sa Yer os pias seins, rescind da ovo J wm cnc “Sas potr ee ec uj empehecnpego Sh enpeasdoreempreais bin tneia de empregador ede ese de impasse de votes fetvo, liso no significa, porém, que a orgeni qual sempre dever emanarde alguma efinndo-se wma oventago para a atvidade, a p. 88 290; 105.9107 Esartuse CovrearonAnen £0 Dinette Socieran 219 ade do papel 'sentnea com o principio erisco, que sempre inspirou ser atribufda a condigao de 10 um auténtico cargo na economia societiria, ou seja, um centro de competéncia, que envolve funges determinadas, om poderes, deverese responsabilidades préprios® se deve partit, porém, da visdo clissica de que o control (ou de que © controle constitui um poder es ¢ soberano, Como bem demonstra a teoria dos connected contracts, de que se cuidou 0 controle, ou na acepgio ampla 4 influéncia sobre a decisio empresa- € objeto de constantes negociagées ao longo da vida da empre Podendo ser alocado, em graus dversos, a todos aqueles que dela par cipam (sécios, administradores, empregados, credores, fornecedores ¢ Censumidores). A diseiplina do controle empresarial, portanto, deve Samiti ele que se exercido, em momentos distintos da vida da empresa, segundo graus variados de estabilidade e de concentragao, por todos o2 Participantes da atividade empresarial A partir da concepgao da empresa e do poder de controle, anterior: Fane Ssinalads, pretende-se abrir caminho para, com maior propre. dade, abordaro principio da responsabilidade limitada, que afetx dnote, 2 Merfica-se, ass, que a tradicional responsabildade dos adminisradores Tell Br atosculpoto, devidamente provados, transformou-se em respontoba, lidade com culpa presunida,vndo,inalmente dar lagard reponc des que exercem o contol. A antiga vincwagda ene resperca gest transmudouse numa rela entre responsabilidade e poder de tenths (F K.Comparto, O Poder de Controle na Sociedade Anni *® Como escreve Fabio Konder Comparato, asl 8 condigio de empresério, sdtada pelo Codigo Cin {ructo anropomefizn pos a pessoa juries no pode ianeformasse de nay centro de imputagio de intereses em esses prvativos do homem(ibidem.p. 106), OC linha opsta detinindo como empresdrio 3 pessoa °° tbidem, 106 107 leiro ve 2002 segue 1s. 966 0980), x Enron Juans be Otivika ~ Bouskoo Sect Munoz ser aplicada em conform Vale dizer, a responsat iedade. Nos grupos de sociedades, embora a impor- imitada para o desenvolvimento econémico ‘como um principio absoluto parece conduzir a uma excessiva exteriorizagio dos riscos. Em suma, pretende-se defender, no presente trabalho, que a busca de tuma disciplina juridica societéria aderente a realidade deve partir das seguintes premissas: (1) a empresa no espeita as fronteiras da sociedade ~ pessoa juridica, abrangendo sécios, administradores, empregados, credores, fornecedores e consumidores, ecaracterizando-se pela orient go dos recursos segundo uma logica de autoridade € de diregao; (ID 0 poderde controle constitui o elemento central da empresa (fator de orien- {ago dos recursos), podendo ser alocado, em graus diversos e a cada ‘momento, a todos os participantes do empreendimento econémico, inde- pendentemente da propriedade do capital, devendo ser atribuidos a0 ima instincia, os deveres e responsabilidades brio do respectivo titular, em ico, deve ser reencontrado, pois dele depende a di .c0S entre os diversos participantes da atividade emp consentinea com os princfpios gerais de direito ¢ com as exigéncias inerentes 20 ideal de justiga tes, 0 objetivo serd orientar uma disei- jo dessas premissas, nos tSpicos se Eanusa Conesmox nea bo Dar Socveriwio A Cove cobs zi ‘um poder origindrio, uno ou exclusive, ¢ geral. Origindrio, porque ndo deriva de outro, nem se funcla em nenhum te. U -xclusivo, porque no admite ci natureza. Geral, pory encontrar, nem ad societdrios wo, interna ou externamen: rrrentes, pela sua prépria Se exerce em tedlos os campos e setores, sem dominios reservados, por parte dos éredos ‘A concepeio univoca do poder de controle parece ter predominado na doutrina, sendo acolhida pelas legislagSes do Seencontram definigées gerais do poder de controle, que se wansformou, assim, numa fattispecie delimitada™ Com isso se itudiu a verifieagzo de que, na realidade econémica, o poder de controle se manifesta de milti- plas formas, apresentando diferentes graus de concentragioe de estabili- dade. As vérias espécies de controle vém sendo tratadas exclusivamente Pela doutrina, como se tivessem apenas valor académico e os problemas suscitados pelo fenémeno fossem idénticos, nao demandando uma disci plinajuridica espectfica®”. E ineressante nor, entretanto, que nos primeiros debates sobre © praer de Pertencente ao dominio dos fatos, que no admitiria sequer uma defi nigio juridica, tal a variedade de suas manifestagOes. Nesse sentido, ipaud adverte que o reconhecimento do poder de controle somente p18, ™ Para uma visio, no dircito comparsdo, das definigBes de poder de contole, veinse F.K. Comparaio, O Poder de Controle na Sociedade Ars "Essa €a concepgio de G. Fert (Le Societa.Trattat di Di 702), como sponta le di Filippo or Fabio Konder Comparato,

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