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Disciplina: Orientago Profissional Professora: Ivanize Valéria dos Santos Lima Moreno REF: MULLER, Marina. Orientag%o Vocacional : Contribuigdes Clinicas e Educacionais. Artes Médicas. A identidade dos orientadores Este tema é de fundamental importéncia poisem seu trabalho,o orientador profissional mobiliza toda sua personalidade e cologa em jogo esta identidade que se recoloca a Cada vez com cada orientando. Nao é casual que ao nos apresentarmos, digamos, por exemplo, “Sou psicopedagoga, ou psicéloga”. “Sou”, isto é, minha identidade ¢ dada em boa parte pela ‘ocupagiio que desempenho, sou o que fago, me defino em e pela tarefa que realizo. < A identidade: que imagens tenho sobre mim; quem digo que sou; como me percebo em termos pessoais e ocupacionais. Como cheguei a ser 0 que sou (e 0 que fago), 0 que desejo ser, como, ocupando-me de qué, por qué e para qué. E ébvio que sobre todos esses pontos “far-me-ei uma histéria”, relatar-me-ei uma histéria entretecida de fantasias, idealizagdes, racionalizagdes, cujas raizes no so totalmente clarificdveis nem manipuldveis conscientemente. Daj a transcendéncia, se trabalhamos com nossa pripria personalidade como instrumento, de poder refletir sobre estas imagens de nés mesmos e suas repercussdes na tarefa; nossas dividas, crises e conflitos pessoais interessam profundamente ao nosso trabalho, pois no podemos prescindir delas sem desconhecer que nossa pessoa esta presente ¢ atuante ¢ em todo o trabalho clinico. Nossa identidade profissional se constréi laboriosamente em um. processo continuo, permanente, sempre factivel de ser revisado, pelo qual podemos dizer que nossa aprendizagem é perpétua. Operamos clinicamente, ou seja, realizamos uma sintese da atitude perceptivo- receptiva em nossa personalidade (escutar e ver atentamente 0 que acontece); processamos esta informagao pensando, refletindo de acordo com marcos Sen te6ricos que nos possibilitam organizar e interpretar os dados; e operamos, ou s intervimos estabelecendo o enquadre do trabalho, assinalando, interpretando, ‘aando instrugdes, esclarecendo. Esta participaglo clinica emerge de um conjunto de elementos inter- relacionados, que configuram um estilo pessoal de cada orientador, sintese de: Sua historia familiar e pesso: Suas disposigdes psiquicas e psicopatolégicas; Sua forma de aprender; Seus conflitos; Suas oportunidades educativas e sécio-culturais; * Sua ideologia de trabalho; © Sua formagao académica e de pés-graduagdo; quem foram seus professores, que teorias e técnicas idealizou, o que aprenden a fazer, o que resistiu a mudar em sua pratica profissional. : Suas identificages com professores, supervisores, autores, modelos, profissionais do que “se deve fazer” (aqui se produzem idealizagdes as vezes muito primarias, que se tornam inquestiondveis). © método clinico que descrevo, implica uma grande disponibilidade de cada consulente em aprender 0 que constitui sua subjetividade peculiar, sem o aff de ensinar, convencer, ou saber de antemao sobre o outro. Recordemos que cada personalidade possui caracteristicas distintivas peculiares que sé este Sujeito poder revelar-nos, com um tipo de mensagem estilo proprio. Orientagio Profissional nfio ¢ uma colegao de ténicas ou receitas, mas um processo de aprendizagem no qual, orientandos ¢ orientadores, aprendem reciprocamente e colaboram a partir de seus papeis na elaborago de projetos criativos. Se torna fundamental,examinar a identidade vocacional dos futuros psicdlogos que se empenhardo na tarefa de serem orientadores profissionais. Neles encontramos dividas © incertezas sobre seu papel: Como poderio dedicar-se & Orientago Profissional? © que os diferencia do psicdlogo clinico? Tendem a comparar-se com estes, com grande idealizag&o do papel psicoterapéutico (pelo afi de mudar, de ajudar, curar) ¢ da formago do psicélogo, poténcia versus onipoténcia. © Vemnos nos “studantes de psicologia grande dificuldade para assumir praticamente as dimensées conflitivas de toda a aprendizagem, inclusive a do papel: © valor construtivo dos erros e a ambigitidade implicita em toda a tarefa psicolégica. Existe a fantasia de um papel ideal, “perfeit adequar-se. ", a0 qual o profissional deveria Em troca, fica-lhes dificil aceitar 0 nao saber exftre outros ¢ ainda sobre si mesmo, 0 nig ter receitas, 0 lidar com ambiguidades, admitindo a divida e a confusio, 0 “envolver-se na tarefa" sem rigidez.e formulas pré- estabelecidas ‘As cenas fantasiadas por parte dos orientadores, em seu vinculo com os orientandos, podem referir-se a: © Um mestre com seus discipulos (é preciso ensinar-Ihe 0 que deve fazer; “é preciso explicar-Ihe”, levé-lo a cumprir 0s objetivos pedag6gicos do orientador); ‘© Um terapeuta (so) com seus pacientes (enfermo/s) (¢ preciso “curé-lo, ajudé-lo a mudar”, a corresponder-se com a idéia de pessoa “si”, “madura” que o orientador mantém); © Uma mie nutridora inesgotavel e um bebé ou crianga indefesa, demandante, voraz (“é preciso dar-lhe, solucionar-Ihe os problemas” Um juiz que julga uma causa, avaliando e resolvendo bom e o mau na situago do incriminado (“é preciso decidir por ele”, jA que ndo esté em condigdes de julgar sua propria causa) ‘Na resolugdo destas cenas fantasiadas pelo orientador, incidem: Os modelos de aprendizagem sistematicos e assisteméticos; Os modelos valorativos (psicologismo, tecnicismo, etc.); Os modelos teérico-técnicos; Os modelos identificatérios profissionais. ‘As qualidades desejaveis ao orientador seriamy: s ‘Uma sélida formago teérica em psicologia do desenvolvimento psicologia educacional, dindmica de grupos, técnicas de exploragdo da personalidade, psicopatologia, formagio em entrevistas clinicas, pritica clinica, que incluir andlise pessoal, supervises intercdmbio em equipe, formago de pés-graduago; Capacidade de empatia.( inélusio dos afetos por identificagdo controlada com cada orientando).O tentar ver como o outro vé,penetrar no mundo do outro considerando 0 cardter inter-subjetivo da relacdo orientador-orientando. “Distancia étima”, equilibrio entre “colocar-se no lugar do outro”, sentir com ele, sem confundir-se com ele. Reconhecimento de sua propria ideologia; por exemplo respeito pelo outro, por sua possibilidades de autonomia; aceitagao das contradiges € dos limites. Participagdo acompanhante (co-pensador sem dirigir nem impor pautas, mas também com a possibilidade de propor atividades informativas, instrugdes de tarefas que considere pertinentes). CONTRA-INDICACOES AO PAPEL DE ORIENTADOR Psicose, psicopatias manifestas, neuroses severas. Compulsio: A “aconselhar A “ensinar”; A “corrigit”; A “curar”; por intervengdes de imagens ¢ ideais inadequados ao papel do orientador. Alguns temas para prosseguir a reflexdo sobre a identidade do orientador profissional seriam: > * Aspectos conflitivos e reparatérios da escolha profissional; © Escolha profissional “sublimatéria” e escolha profissional defensiva ou sintomatica; * Lutos: pelo que nao foi escolhido . © Impoténcia x impoténcia O futuro. orientador profissional deverd empenhar-se em refletir ¢ elaborar seus conflitos relativos & sua identidade profissional para que possa se dedicar ,de uma forma mais segura, d esta tarefa, que ndo é simples porém gratificante. Na formagdo do orientador profissional,alguns recursos podem ser empregados para explorat sua identidade,tais como: * A realizagdo individual ou grupal de collages: “simbolizar a identidade profissional do orientador profissional” e explicd-la por escrito. Logo apés, comenti-la em grupo e representé-la dramatica/plasticamente ‘© Desenhar, escrever e comentar cenas relacionadas ao exercicio profissional, * Elaboragio de um emblema profissional com sua explicagfio. .. INSTRUMENTO DA ORIENTACAO PROFISSIONAL:A entrevista clinica Aspectos centrais da entrevista clinica: O enquadre: € 0 modo como o orientador configura a entrevista eo proceso em geral, Transforma deste modo, algumas varidveis da situago em constantes (espago- temporais, de papéis, de objetivos, de métodos ou estratégia geral). Isso possibilita que os emergentes da relagdo de consulta sejam entendidos como préprios deste sujeito, neste proceso, j que surgirfo as peculiaridades de conduta dos entrevistados ao configurar éles mesmos, 0 campo ou situagao de entrevista. O enquadre consiste em declaragdes que o orientador faz ao sujeito a fim de explicitar-Ihe a forma de trabalho, respondendo as perguntas acerca de: onde, como, quando, que, quem ¢ para qué. Todo orientando traz sua conduta uma série de fantasias a respeito da tarefa, a forma de realizé-la ¢ os objetivos que busca. Tsso tem como resultado 0 fato de que o estabelecimento do enquadre leva certo tempo, ¢ nfo se realiza uma tinica vez, pois implica trabalhar com as projegSes do sujeito ¢ situagdes derivadas de vinculos anteriores. O enquadre é explicitado sempre que necessério, até ser internalizado. Nao é rigido ou inflexivel, nem tampouco frouxo que carega de limites. Constitui um marco que delimita ¢ contém a tarefa. , _ Oorientador deverd esclarecer todos os mal-entendidos em relago ao processo, se‘cré que é uma ajuda magica e imediata, ou um conselho ou que os problemas se solucionario por obra dele mesmo, etc. Se o enquadre nfo é claramente estabelecido, podem aparecer fantasias ansiedades que interferem no processo. Se for compreendido, faz 0 sujeito tomar consciéncia de que pode investigar em si mesmo, encarar seus problemas ¢ procurar resolvé-los em um tempo previsto e mais ou menos flexivel. Descobre assim que seus critérios pessoais so a base para elaborar seus projetos de vida e que € valorizado pelo orientador profissional. CONDICOES DO ENQUADRE, Fisico, lugar espacial: Aposento privado, sem ruidos que perturbem, interrupges nem intromissdes. Evitar barreiras, como por exemplo, mesas, escrivaninhas ,interpostos; convém situar-se em diagonal. Em grupo, a disposigéo seré circular. ~-d Temporal: O habitual slo sessbes individuais de ,em média, 45 a 60 minutos € de 60 a 90 minutos, em sessbes grupais de pelo menos 6 até 12 integrantes. Para o emprego do gravador, explicar sua finalidade, solicitando a autorizagao do orientando: “Sera para poder registrar em forma mais completa o trabalho, a fim de cestudi-lo depois das entrevistas e melhor auxiliar os orientandos.” Numero ¢ frequéncia de sess6es: em tomo de doze a quinze sessdes, com variagBes. segundo a consulta, com uma ou duas entrevistas semanais. Em casos especiais podem realizar-se “seminérios” ou jomadas acumulativas de duragio prolongada. Papéis: Explicitar papel de cada um. O entrevistador colabora para atingir os objetivos, acompanhar os orientandos para pensar junto com eles. O observador participante (quando houver) colabora com o entrevistador para registrar os temas tratados com a finalidade de melhor auxiliar 0s orientandos. O orientando é o principal protagonista; coloca seus problemas, elabora suas proprias conclusdes. Sua decisao € pessoal e intransferivel. Objetivos: Aprender a escolher, a elaborar um projeto de vida que inclui estudos ‘e/ou ocupagao. Método: Entrevistas para conversar sobre os diversos temas que constituem 0 problema. Incluem-se técnicas que ajudem o sujeito a conhecer-se melhor ¢ a informar- se sobre as diferentes possibilidades ocupacionais. Esquema possivel de entrevistas em um processo individual de Orientagdo Profissional: Entrevistas: 1-2-3: Motivo de consulta, enquadre, contrato, primeiro diagnéstico. 4-5-6: Ajuste do primeiro diagnéstico, incorporagiio de técnicas auxiliares, prognéstico. 7-8-9; Esclarecimento operativo acerca dos pontos de urgéncia detectados. 10-11-12: Técnicas informativas. 13-14-15: Continuago do esclarecimento. Sinteses e conclusdes. PERSONALIDADE E INTERVENCOES DO ORIENTADOR © marco referencial tedrico-técnico, as atitudes, ansiedades e as vivéncias anteriores do. orientador(incluindo-se aspectos inconscientes), incidem amplamente na Orientagdo Profissional, levando as vezes, 0 orientando a atuar em consondncia com 0 orientador.isto quer dizer que,o orientando tender a agir ou reagir ,de acordo com a forma como 0 orientador conduz a sessdo.Portanto, o orientador deve estar atento ao que fala ou faz durante as sessdes para nao projetar suas questées mal elaboradas ¢ se perder do orientando no decorrer processo, transformando-o numa mera tentativa de i de resolugdo de suas préprias expectativas. Isso se observa quando 0 orientando evita certos temas que para o orientador so tabus, ,20 abandonar o processo, ao dizer ou fazer “o que o orientador espera dele”. Algumas dificuldades nos entrevistadores que aprendem seu papel podem ser: : © O medo ante a situagdo de entrevista, gerando bloqueio (“néo saber o que dizer ou o que fazer, querer sair correndo”). * Dificuldade no manejo da “distancia étima”: por identificar-se massivamente € tomar partido do sujeito (contra professores ou pais, contra irmios do orientando); por excessiva distincia, intelectualizagaio ou bloqueio de afetos (querer aplicar uma longa série de testes que 0 defendem do contato com o sujeito) * A evitagio: querer terminar rapido; pretender encaminhar a outro profissional ante o surgimento de conflitos, temer certos assuntos. * 0 controle rigido mediante entrevistas diretivas que nfo respeitam os temas espontineos ¢ obturam a possibilidade de expresso do orientando (perguntas sobre dados de anamnese ou situagio atual, aplicagdo de testes, devolugdo estereotipadas e magistrais). * A confustio, isto é, no entender nada, sentir-se perdido, sem poder relacionar ou sintetizar os emergentes. As intervengdes fechadas, terminantes, que nio colocam as interpretages como hipéteses a verificar e que funcionam agressivamente. © orientador deverd estar atento a determinadas atitudes e sentimentos que experimenta frente ao orientando para serem levados em conta e elaborados oportunamente ,tais como: + A simpatia ou antipatias intensas ¢ irracionais. © A zanga com o orientando e a tendéncia a discutir com ele. * A compulsio a dar conselhos, a consolar e a falar muito. © A compulsio a ensinar, a “curar” ou “mudar” o outro. ‘© A compulsio a encaminhar o orientando e desentender-se com ele. * As dificuldades no manejo do tempo (comegar tarde, terminar antes ou depois, esquecer da sessio). 2 Em estudantes que aprendem o papel, os problemas que observamos’surgem habitualmente de uma atitude diretiva do tipo autocritico de lideranga e de um papel que acentua suas facetas pedagégicas e técnicas mais do que clinicas. Fazem muitas perguntas aos orientandos, prescindindo do contetido emocional ¢ subjetivo dos mesmos; tendem a “tirar-lhes dados” e estereotipar o encontro; tém pouca tolerancia aos siléncios ¢, em vez de tratar de escuté-los para pereeber 0 que poderio transmitir, reagem com perguntas que desconhecem @ sequéncia prévia. Custa-lhes assinalar buscar compreender 0 que est ocorrendo com o orientando, razio pela qual se faz da Orientago Profissional um processo € no um exame diagnéstico com devolugao de resultados e que exige paciéncia. ‘A aprendizagem do papel requer “deixar-se penetrar” pelos orientandos, nao passivamente, mas comprometides no esforgo de relacionar os emergentes, compreender suas mensagens, o que desejam nos dizer, mais além do que nos dizem. Esta aprendizagem requer que fiquemos atentos ao reconhecimento da participago permanente de nossa personalidade, de atitudes e estilos, fantasmas conflitos configurados ao longo de nossa histéria pessoal. DIFERENTES INTERVENCOES VERBAIS DO ORIENTADOR ‘A linguagem utilizada durante as entrevistas é coloquial ¢ leva em conta as expressdes, girias verbais e modismos do orientando. Com freqliéncia, os adolescentes ¢ adultos jovens tatam por “vocé' espontaneamente 0 orientador, pelo qual nossas intervengées seguem 0 mesmo aminho.Algumas formas de intervengdo a serem empregadas sio: Reflexo de conteiido verbal : Acentuam 0 conteiido verbal expresso pelo orientando. Este traz um relato e o orientador sintetiza-o apresentando novamente ao orientando,se fixando no elementos essenciais do discurso.O objetivo & organizar e ampliar a consciéneia do orientando,a respeito do que diz.Outro aspecto importante desta intervenedo é que ,o orientador mostra que esté atento ao relato e compreende 0 que esté sendo dito, levando 0 orientando ao aprofundamento do que foi dito. Reflexos de sentimento: Acentuam 0 afetivo e subjetivo: “Vocé sente”. Expressam em novas palavras atitudes subjacentes, nao os contetidos. Demonstram a0 orientando que so compreendidos: "vocé quer tomar uma decisio, mas ¢ muito dificil para vocé fazer isto sozinho”. Tentam tomar claro para o sujeito o sentido que tém seus sentimentos (nao para ns), > ‘Trabalham ao nivel consciente até onde 0 sujeito tenha se expressado. Aplica-se nas primeiras entrevistas, Assinalamentos: Mostram ao sujeito fatos ou relagdes entre fatos que passaram despercebidos para ele. Surgem ao aparecer contradigdes no relato, ou entre o que 0 sujeito diz e sua atitude ndo-verbal. Opde-se a légica que até entdo os dados forneciam Convidam a refletir sobre motivos de uma conduta ou situagdo para compreender seu sentido mediante uma interpretagao: - “Muitas vezes tém ocorrido o surgimento, da questo de informar-se sobre profissdes e até agora isto no foi possivel. Como vé este fato?” ~ “Vocé decidiu se inscrever justo quando fecharam as inscrigdes”. - “Voeé comegou a Orientagdo Profissional bem proximo da selegéio do vestibular, mas esté muito impaciente para decidir-se,quer que seu futuro profissional seja decidido rapidamente”. Interpretagdes ou clarificagdes de vivéncias : Aparecem quando se considera necessario, ndo em forma sistematica. Sdo procedidas por reflexes, sinais, siléncios ou relatos muito significativos. Vinculam-se sempre a0 projeto vocacional e suas dificuldades ¢ tratam esclarecer os conteiidos desconhecidos até entio, defesas, resisténcias motivagdes.1 Em Orientacdo Profissional, as interpretagdes deverdo voltar-se para os pontos criticos detectados e conflitos mais significativos. Deverio entrar pela via onde 0 cito oferega menor resisténcia, quando for capaz de formuld-las si mesmo ou de aceiti-la como algo que Ihe ocorre ¢ nao como algo alheio. A linguagem serd simples, se faré no momento oportuno, sendo empregadas metéforas acessiveis ao sujeito, Diremos 0 que intuimos que o sujeito esteja em condigdes de reconhecer. Nao imterpretamos tudo 0 que conhecemos dele, mas apenas 0 pertinente ao processo de Orientago Profissional aquilo que possa ajudé-lo durante o mesmo. Interpretar € apresentar hipoteses. Porém, é preciso destacar seu cariter cofidicional: “é provaivel... parece que... haveriamos que pensar se. Héctor Fiorini traz, como exemplo de interpretagao 0 seguinte: “Sua paralisa frente ao estudo expressa, possivelmente, um problema duplo: nao pode abandoni-lo porque o titulo é importante para vocé e sua familia e, simultaneamente, evita dar qualquer outro passo porque isto significaria efetivamente graduar-se e mudar de vida, ter que seguir sozinho”. (1) E Rodolfo Bohoslavsky:

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