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1 SERIE —N." 206 — 5-9-1984 PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MINISTROS E MINISTERIOS DA ADMINISTRAGAO INTERNA, DAS FINANCAS E DO PLANO, DA EDUCACAO € DO EQUIPAMENTO SOCIAL. Decreto-Lel n.* 299/84 de 5 de Setembro © reforgo da descentralizagio do Estado através da atribuigéo de mais competéncias as autarquias exis tentes € um dos objectivos programéticos do presente Governo ¢ que se encontra consagrado no Decreto-Lei n? 77/84, de 8 de Margo. Para a realizagio daquele objectivo, # Lei do Or- gamento do Estado para 1984 (Lei n.” 42/83, de $1 de Dezembro) determina a transferéncia para os municipios de algumas competéncias que a adminis- tragio central vem levando a cabo, em particular fas que concernem ao servigo de transportes escolares. Considerando que 0 actual regime de transportes cescolares se encontra definido e regulado por um con- junto de diplomas legeis cujes normas, em diversos aspectos, se mostram desajustadas & actual realidade de um servigo que, nos uiltimos 3 anos, sofrew uma ex plosto notével, € perante a necessidade de rever, & luz da descentralizacéo, alguns dos principios bésicos que institucionalizam os beneficios do transporte escolar, decidiu 0 Governo reunir num énico diploma a regu: lamentagdo que consagra as novas competéncias muni- cipais na matéria ‘A importincia deste diploma ¢ por todos reconhe- cida, quer pelo facto de ser a primeira drea de actu do ‘da administragéo central a ser descentralizada, ‘quer pelo significedo que a realizagdo desta competén- cia tem na vide social, cultural educative das popu- lagbes. (© envolvimento dos destinatérios ¢ futuros_respon- séveis pela implementacio deste diploma manifestou-se 1 vérios niveis, tendo sido consideradas propostas for- muladas pela Associagio Nacional dos Municipios Por- tugueses. ‘Na sequéncia do que assim foi estabelecido, vise © presente diploma regulamentar a responsabilizagéo ida administrago local por todo o procesto de orge- nizecdo, funcionamento e financiamento dos transpor- tes escolares, a partir do ano lectivo de 1984-1985. E de realgar que o plano de transportes escolares ‘a elaborar por cada municipio € o instrumento de esto por exceléncia desta actividade ¢ que se deveré Gonjugar com os principios © politicas inerentes aos planos e redes de transportes piblicos locais, devendo ser um complemento destes. "Assim, para além da regulamentagio que ora se define e estabelece relativamente aos poderes de inter- ‘Yengio dos municipios na organizaco, funcionamento € financiamento dos transportes escolares, © presente iploma cria junto de cada camara municipal um con- selho consultivo de transportes escolares, constituido basicamente pelos representantes do municipio ¢ das escolas da area abrangida pelos transportes, compe- tindo a presidéncia de cada um destes orgaos a0 presi dente da cémara municipal ou a0 vereador em que ele entends delegar as suas fungdes. ‘Com efeito, a existéncia de uma estrutura local forte para orgenizagéo e coordenagao dos transportes €sco- 2741 ares, nos seus miltiplos aspectos, potencializaré a procura de solugées cada vex mais ajustadas, social ‘economicamente, as reslidades locais se se atender & do- mindncia do poder dos municipios j4 existente @ ou- tros nfveis que se interligam com 0 funcionamento dos transportes escolares, como seja na responsabilidade das infra-estruturas vidrias, na gestéo dos diversos ‘equipamentos colectivos do’ concelho, na emissio. de Pareceres sobre a criago ou alteragio de carreiras regulares de traneportes colectivos, entre outros. ‘Uma actuagdo devidamente programada entre os municipios ¢ 08 estabelecimentos de ensino represen- tard uma melhoria de servigos a prestar aos estudantes, ‘bem como economies significativas na exploraglo dos transportes eacolares. ‘Os encargos resultantes do exercicio desta compe- téncia por cada municipio dependerao, entre outros fac- tores, do nimero de alunos-utentes do servigo de trans- escolares residentes no municipio. Para este feito seré transferida anuelmente, para cada muni- cfpio, uma verba do Orgamento do Estado, que deverd facompanhar @ evolugéo dos custos inerentes #0 exer- cicio das competEncias aqui regulamentadas. ‘Assim: (© Governo decreta, nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201° da Constituigio, 0 seguinte: Antigo 1 (Ambite) 1—0 presente diploma regula a transferéneia pare os muniefpios do continente das novas competéncias em matéria de organizagéo, financiamento ¢ controle de funcionamento dos transportes escolares, de acordo ‘com 0 disposto non.” 5 do artigo 47° da Lei n.° 42/ 83 e no Decreto-Lei n° 77/84, de 8 de Margo. 2—Para # prossecugio das atribuigdes. relativas transportes escolares podem os municipios consti- tuirse, nos termos da lei, em associagdes ov federa- ies. Artigo 2° (Ambite do service de transporte escolar) 1—As competéncias referidas no n° 1 do artigo anterior consistem na oferta de servigo de transporte entre o local da sua residéncia ¢ 0 local dos estabeleci- mmentos de ensino que frequentam a todos 0s alunos dos ensinos primério, preparatério TV, preparatério recto e secundério, oficial ou particular e cooperativo com contrato de associacéo © paralelismo pedag6gico quando residam a mais de 3km ou 4km dos estabe- lecimentos de ensino, respectivamente sem ou com refeitério, 2—O servigo de transporte escolar néo abrange 0s alunos que frequentam cursos nocturnos ou residam nas dress servidas por trensportes urbanos e subur- ‘banos nas regides de Lisboa © Porto. 3—Exceptuam-se do disposto no mimero anterior 4) Os alunos que hajam sido obrigatoriamente deslocados de cursos diumnos para a fre quéncia de cursos nocturnos; b) Os alunos que hajam sido matriculados com- pulsivamente em estabelecimentos de ensino situados fora das dreas das suas residéncias; man ©) Os alunos do ensino bisico que residam om reas servidas por transportes suburbanos nas regides de Lisboa © Porto. Artigo 3° (Condiges de transporte) 1—0 transporte escolar seré gratuito para os es- tudantes sujeitos a escolaridade obrigatéria que se encontrem nas condigdes estabelecidas no artigo 2° 2—A utilizagdo dos transportes escoleres pelos alunos deverd respeitar as normas emanadas do Minis: tério da Educagao respeitantes 20 processo de_ma- tricula e seu encaminhamento, 3—Os alunos que cumpram o estipulado no ni- mero anterior ¢ se encontrem matriculados em estabe- lecimentos de ensino fora do respective municipio de residé integrados nos transportes esco- lares que sirvam aqueles estabelecimentos de ensino, sem prejuizo de poderem utilizar outro transporte es- colar. 4—0 transporte dos estudantes do ensino secun- dério deveré ser comparticipado pelos interessados rnos termos a definir em portaria conjunta dos Minis- tros da Administragdo Interna e da Educacto, ouvida a Associagdo Nacional dos Municipios Portugueses. 5 —Nio serio abrangidos pelos beneficios previs- tos nos niimeros anteriores os estudantes que se matri- culem contrariando as. normas estabelecidas de enca. minhamento de matricula de alunos. 6—Compete a cada estabelecimento de ensino & ‘organizagao do processo de acess a0 transporte es- colar por parte dos seus alunos ‘Arvigo 4° (Plano de transporte escolar) 1—Fm cada municipio deveré ser organizado um plano de transporte escolar, conjugando ¢ complemen: tando a rede de transportes piblicos © os planos de transportes aprovados para a regio, de acordo com a procura efectivamente verificada em cada ano lectivo. 2 —05 estabelecimentos de ensino colaborario ‘a respectiva cimara municipal em ordem a elaboragio do plano de transporte escolar, & qual devem fornecer, obrigatoriamente, até 15 de Fevereiro de cada ano, os seguintes elementos: @) Previsio do ndmero de alunos que utilizario © transporte escolar, discriminados por lo- calidades de proveniéncia, grupos etérios de menos ¢ de mais de 12'anos, respectivo grau de ensino © ano que frequentarn; ) Levantamento das localidades que no so servidas por carreiras de servigo piblico e ‘que se situem a mais de 3km dos pontos de paragem ou terminais das mesmes; ©) Horétio escolar previsto para o ano lective a ‘que 0 plano diz respeito. 3—O plano de transporte escolar, a aprovar até 15 de Abril pela camara municipal, incluird, obrigato- riamente: a drea abrangida, representada de’preferén- cia em planta & escala de 1:25 000, contendo todos os 1 SERIE —N.* 206 — 5-9-1984 itinerdrios dos meios de transporte colectivo de pas- sageiros; a numeracdo ¢ classificagdo oficiais, ou de- signago toponimica, das vias de comunicagio a per- correr: a distribuigdo geogréfica dos estabelecimentos de ensino, devidamente assinalados; a procure quanti- ficada por locais de origem, assinalando, de forma es- pecial, os que estiverem situados a distancia superior a 3km dos transportes colectivos. 4 — Por razies de ordem conjuntural, 0 plano de transportes escolares poder ser objecto de ajustamentos no decurso do ano lectivo a que respeita Antigo 5° (Divulgagdo dos pianos) 1—Até ao dia 15 de Maio as cémaras municipais deverio remeter 0s estabelecimentos de ensino, 20 Instituto de Acgao Social Escolar e & Direc¢do-Geral de Transportes Terrestres 0 respectivo plano de trans- Portes escolares para o ano lectivo seguinte, 2.— Até ao dia 15 de Junho as cémaras municipais enviaréo as entidades referidas no nimero anterior declaraco comprovativa da adjudicacio de circuitos especiais. 3—Sempre que se verifiquem reajustamentos 20 plano de transporte escolar, devem os. mesmos ser de- dos a conhecer as entidades acima referidas no prazo de 30 dias. : Artigo 6." (Molo de transporte « utilizar) 1—Na efectivagéo do transporte da populacdo es- colar serio utilizados, em prinefpio, os meios de trans- porte colectivo (rodovirio, ferrovirio ou fluvial) que sirvam os locais dos estabelecimentos de ensino e de residéncia dos alunos, nos termos dos a1 142 deste diploma. 2—Para os efeitos referidos no nimero anterior, serio considerados 0s meios de transporte colectivo cujos terminais ow pontos de paragem se situem a dis- tancia ndo superior a 3 km da residéncia dos alunos ou do estabelecimento de ensino e, bem assim, os que no obriguem os estudantes a tempos de espera supe- iores a 45 minutos, ou 2 tempos de deslocacio supe riores a 60 minutos, em cada viagem simples. 3—Sempre que 0s meios de transporte colectivo nao preencham as condigées fixadas nos niimeros teriores ou, preenchendo-as, ndo satisfagam regular- mente as necessidades do transporte escolar no que se refere quer ao cumprimento dos hordrios quer a realizagio dos desdobramentos que se revelem neces: sérios, ‘poderdo ser utilizados veiculos em regime de ‘aluguer ou de propriedade dos municipios para a rea lizagio de circuitos especiais, de acordo com o disposto ‘nos ‘artigos 15.° a 17° Artigo 72 (Criagéo proviséria © roajustamento de servicos de transportes coleétivos) 1 —Enquanto a competéncia para a concessio de carreiras regulares concelhias nao for transferida para 0s municipios, estes poderao propor a Direcgao-Geral 1 SERIE —N.° 206 — 5-9-1984 de Transportes Terrestres a criagio, com carécter pro- visrio, de servigos de transportes colectivos, desde que, procura, designadamente a derivada de motivo escolar, 0 justifique. 2—'Nos casos do ntimero anterior, ¢ quando hou- ver acordo prévio com a empresa transportadora, a Direccio-Geral de Transportes Terrestres informaré © proceso com cardcter de prioridade 3—Sempre que se justifique uma alteragéo das necessidades de utilizagdo dos transportes colectivos por motives escolares, os municipios poderéo propor & Direcgao-Geral de Transportes Terrestres 0 respectivo reajustamento, 0 qual devera ser objecto de despacho com cardcter de urgéncia. '4—Os municfpios serdo obrigatoriamente ouvidos quanto ao estabelecimento ¢ alteragao das redes € ho- rérios de transportes colectivos da sua drea Artigo 8° (Conselho consultivo de transportes escolares) 1 — Com carécter consultivo, existiré junto de cada cimara municipal, ou do drgdo executivo da associago ‘ou da federagio de municipios, um conselho consultivo de transportes escolares (CTE). 2—O CCTE sera composto por: a) Presidente da cémara ou do 6rgio executivo da associagéo ou federacio de municipios, fou o substituto por eles designado, que convocard presidiré as reunides; b) Professorsecretério de cada um dos estabe- lecimentos de ensino pés-primério abran- ‘gidos pelos transportes escolares; ©) Orientador pedagégico ou coordenador da Te- escola, conforme 0s casos; d) Delegado escolar, que repersentara 0 ensino primério: ©) Coordenador regional para a Acgio Social Es- colar; f) Representante de cada uma das empresas con: ‘cessiondrias de servigo piblico que operam no municipio, 5—Nos casos em que na érea de jurisdigao da ci- mara municipal ou da associagao ou das federagdes de municipios exista mais de um delegado esco- lar e ou mais de um orientador pedagdgico ou coor- denador da Telescola, todos terdo assento no CTE. 4—O CCTE poderd, eventualmente, ser alargado a0 director escolar ¢ a0 técnico responsivel regional para a Accéo Social Escolar, desde que @ organizagao, dos transportes escolares requeira uma coordenagdo de ambito intermunicipal Antigo 9° (Competéncia do consetho consultivo "de transportes escolares) Compete a0 CCTE colaborar com a cimara muni- cipal na preparacio do plano de transportes escolares do municipio. analisar todos os elementos necessarios, sua elaboragio ¢ dar parecer sobre todas as questes referentes ao transporte escolar. 2743 Artigo 10° (Competéncte dee chmeras: munictpaie) 1 —Compete as cémaras municipais, ¢m matéria de transportes escolares: 4) Elaborar ¢ aprovar o plano de transportes es- colares, ouvido obrigatoriamente 0 CTE: b) Deliberar sobre a concessio de circuitos espe- ¢) Reajustar as redes de transportes escolares j4 aprovadas, sempre que por razGes pedags- gicas, de pessoal ou de instalagées o Minis- tério da Educagdo proponha alteragdes is referidas redes. Artigo 11° (Bithotes de assinatura) 1 —As empresas de transportes colectivos de passa- geiros concederio obrigatoriamente bilhetes de assi- natura (passe escolar) aos estudantes abrangidos por este diplom: 2—Os bilhetes de assinatura terdo validade men- sal, a utilizar somente em duas viagens nos dias lec- tivos e para os trogos das carreiras que ligam o local do estabelecimento de ensino a0 local de resi- déncia do aluno. . Artigo 12° (Ccupacto de lugar) 1—Os estudantes portadores de bilhete de assi natura tém direito & ocupagio de um lugar sentado, nos termos da legislagao geral 2— Os estudantes de idade inferior a 12 anos tém direito a um lugar, mas se_no mesmo veiculo segui rem outros estudantes ou criangas menores de 12 anos, a cada 2 lugares corresponderao 3 criangas ¢ a cada 3 lugares 4 criangas, desde que se trate de bancos sem separacio de lugares individuais. Artigo 1 (Prego @ pagamento dos bilhetes de assinatura) 10s cartBes para os passes escolares serdo re quisitados anualmente as empresas transportadoras pelas cimaras municipais. 2—Mediante protocolo a estabelecer entre a ci mara municipal e os estabelecimentos de ensino, pode rao estes requisitar, mensalmente, as vinhetas para os respectivos. alunos. 3—O prego dos bilhetes de assinatura para estu: dantes terd a redugéo a fixar em portaria conjunta dos Ministérios da Administragdo Interna, da Educagio ¢ do Equipamento Social 4—As empresas facturario, mensalmente, as ca imaras municipais os bilhetes de assinatura que thes tiverem sido requisitados para o més seguinte, rece- bbendo das mesmas o correspondente pagamento até 30 dia 20 do més da sua utilizacéo. 2744 Artigo 142 (Gerantia de execueto do transporte) 1— As empresas sio obrigadas a assegurar o trans- ports de os oe entudantn portadore te blletes de assinatura, realizando para o efelto os indispensdveis desdobramentos que regularmente se justifiquem, nfo se aplicando, neste caso, 0 condicionalismo referido ‘no artigo 128.° do Regulamento de Transportes em ‘Automéveis. 2— Para efeitos do disposto no mimero anterior, poderd a empresa requerer o licenciamento de vefculos ligeiros de passageiros de aluguer sempre que 0 né- mero excedentério de utentes da carreira nfo justifique 4 utllizagio de um vefculo pesedo. 3—A ilo realizago dos desdobramentos a se refere on 1 do presente artigo € passfvel de multe, a aplicar nos termos do artigo 211.° do Regulamento de Transportes em Automéveis. Artigo 152 (Cireultoe sepectaie) 1—0s cireuitos especiais podem ser efectuados dlrectamente pelos, municipios através de veleulon pré- prios ou adjudicados mediante concurso. Snel ea ree seré promovido pelas chmaras muni 20 dia 20 de Abril por normas eepectficas, a fixar fem portaria dos Ministérios da Administracio Interna ¢ do Equipamento Social, ouvide a Associaglo Nacio- nal dos Municipios Portugueses. 3—A adjudicagio dos circuitos especiais seré efec- tuada até 31 de Maio. 4—Os veiculos utilizedos na realizagéo dos cir- cuitos eepeciais deverdo estar identificados nos termos da Portaria n° 324/82, de 25 de Margo, com a redac- go que Ihe foi dada’ pela Portaria n° 475/83, de de Abril. Artigo 162 (Transports de outras pessoas nos clrcuitos espectals) 1—Nos circuitos especiais poderdo ser transports dos professores ¢ outros funcionérios dos estabeleci- mentos de ensino, sem prejulzo da prioridade de trans- porte dos respectivos alunos. 2- Poderé também ser autorizado pela Direogio- Gesu! de Transportes Terrestres, sob proposta da cf mara municipal, o transporte de outras pessoas, desde que haja lugeres disponfveis e para satisfaglo desta Procura, nfo existam transportes colectivos no per- curso. 3.—As pessoas transportadas nos termos dos ni ‘meros anteriores pagaréo pelo seu transporte o prego correspondents 20 dos bilhetes simples em vigor nas carreiras de servigo publico, que constituird receita do respectivo municipio. Antigo 17° (Ucanclamento de veiculos) 1—Sempre que 0s veiculos a utilizar nos circuitos especiais no estejam licenciados para aluguer ou para a realizagio de citcuitos turisticas ¢ excursdes colecti 1 SERIE —N-* 206 — 5-9-1984 vas, competiré & Direc¢do-Geral de Transportes Ter: restres procoder aos respectivos licenciamentos. 2— 0 licenciamento seré requerido ao director-geral de Transportes Terrestres pelo proprietério do. vei- culo, acompanhado da indicagdo do respective itine- Frio €, no caso de concessfo de circuito especial, de Secleatto comprovativa passada pela clmare’ mun- cipal. 3—O disposto nos niimeros anteriores no se aplica aos vefculos pertencentes as chmaras munici- pais. Antigo 18° (Responsabiidade civil pelo exerciclo da sctividade) 1—No gue respeita as empresas de transportes colectivos de passageiros, € aplicével em matéria de responsabilidade civil 0 que se encontra disposto nos artigos 122.° e 123." do Regulamento de Transportes em Automéveis. 2—Nos outros casos, € obrigatério cobrir 0 isco da. responsabilidade civil em condigées no menos favordveis que es contempladas no mimero anterior para. passageiros. 3—No caso previsto no mimero anterior, poderd substituirse 0 seguro pela prestao de caugio idénea correspondente, como acontece com as empresas de transportes colectivos. 1—A propriedade dos veiculos afectos aos trans- portes escolares de que sejam titulares os estabeleci mentos de ensino, o Instituto de Acso Social Escolar ou o Estado serd transferida para os munic(pios, nos termos do n.° 1 do artigo 13° do Decreto-Lei n° 77/ 84, de 8 de Margo. 2—O pessoal que actualmente assegura a condu- glo dos vefculos referidos no niimero anterior e que ‘no este} integrado no quadro dos estabelecimentos 10 passard & prestar servico nas cdmaras muni- ‘Artigo 20" (Competincia do Ministérlo da Eduesgo) Compete a0 Ministério da Educacio, através do Ins- tituto de Acco Social Escolar: 2) Transmitir, através dos directores escolares responsiveis regionais, as orienta constituem 0 quadro’ de referéncia para actuaglo dos delegados escolares, coordena- dores regionsis e secretérios dos conselhos directivos no conselho consultivo de trans portes escolares; 6) Solicitar a intervengio dos servigos téenicos competentes, designadamente da Inspecqao- Geral de Ensino, no sentido de tomar compativeis os horérios escolares com os da oferta dos transportes escolares: ©) Apreciar os planos de transportes escolares sob 0 ponto de vista. técnico-pedagdgico, por forma a serem accionados os mecanis. 2745 1 SERIE —N.* 206 — 5-9-1984 ‘mos necessdrios & compatibilizagéo daqueles Artigo 25° com a capacidade de acolhimento e funcio- tHamento dos estabelecimentos. de ensino; (Loplelagto revogada) 4) Participar na elaboragéo das portarias refe- | __rcam revogados o8 Lele a 404/77, ridas non 4 do artigo 3° ¢ no n° 3 do artigo 13." Artigo 21° . {Competincia do Ministérlo do Equipamento Social) Compete ao Ministério do Equipamento Social, atra- vés da Direcgio-Geral de Transportes Terrestres: @) Promover a insergao das redes de transportes escolares em planos de transportes com Ambito mais. vasto; : 5) Apoiar tecnicamente as chmaras municipais, sempre que estas 0 solicitem; ©) Promover, através de portaria conjunta dos Ministérios da Administracéo Igjerna, da Educagio e do Equipamento Socfal, a fixe Ho dos pregos dos bilhetes de assinatura utilizados pelos estudantes nos transportes colectivos; 4) Fornecer, a pedido das cimaras municipsis, relago das empresas concessionérias de servigo de transporte piblico que operam na drea do. municipio, indicando os per- cursos das carreiras © 0s respectivos horé- €) Accionar os mecanismos fiscalizadores da acti- vidade dos transportes escolares, nos ter- mos da lei Antigo 22° (CTransferéncia de verbas) 1—A parcela a transferir para fazer face a0s custos dos transportes escolares seré anualmente integra: no Fundo de Equilibrio Financeiro. 2—0 financiamento dos encargos com os trans- portes escolares relativos a0 iiltimo trimestre de 1984 seréassegurado pelo Governo através de transferén cia de verbas correspondentes aos custos previstos por municipio. Artigo 23. 1—0 financiamento dos transportes escolar caso don 3 do artigo 3." seré da responsabilidade dos municipios interessados, mediante acordo entre si 2—Na falta de acordo relativamente a repartigéo dos encargos, serdo estes repartidos proporcionalmente a0 néimero de estudantes residentes em cada municipio interveniente. Artigo 24 (Cumprimento des prazos em 1984-1985) No ano lectivo de 1984-1985, 0 cumprimento do preceituado nos artigos 4°, 5° € 15: far-se-A inde- pendentemente dos prazos neles fixados. 372/79 ¢ 229/85, respectivamente de 24 de Setembro, 9 de Setembro ¢'27 de Me 2—Poderio, todavia, no ano lectivo de 1984~ 1985, ser adoptados © postos em execucdo os planos de transportes escolares em funcionamento & data da entrada em vigor deste diploma. Visto © aprovado em Conselho de Ministros de 2 de ‘Agosto de 1984. —Mério Soares — Carlos Alberto da Mota Pinto— Antdnio de Almeida Santos — Eduardo Ribeiro Pereira—Ernani Rodrigues Lopes — José ‘Augusto Seabra— Joao Rosado Correia. Promulgado em 16 de Agosto de 1984. Publique-se. © Presidente da Republica, ANTOsIO RAMALHO EANES. Referendado em 17 de Agosto de 1984. © Primeiro-Ministro, Mério Soares. PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MiNISTROS E MIMSTERIO DAS FINANCAS E 00 PLANO Portaria nt 674/84 do 5 de Setembro © Decreto-Lei n.° 51/84, de 11 de Fevereiro, que prevé a abertura cm Portugal de sucursais de bancos ‘com sede no estrangeiro, determina, non 1 do seu artigo 3°, conjugado com 0 n° 1 do artigo 11.° do ‘mesmo diploma, que a autorizacéo para essa abertura serd concedida, caso @ caso, por portaria conjunta do Primeiro-Ministro © do Ministro das Finangas ¢ do Plano. Considerando que a Manufacturers Hannover Trust ‘Company requereu, nos termos legais, autorizagao para a abertura de uma’sucursal no nosso pais; Considerando que 0 Banco de Portugal, apds estudo do provesso nos aspectos juridico e financeiro, concluiu gue sauela insiuirdo preenche as condigdes legais aplicaveis; Considerando os beneficios que da abertura dessa sucursal poderdo advir para o Pafs, designadamente na melhoria da diversidade © qualidade dos servigos prestados ao piblico © no incentivo de uma sé con: corréncia nos mercados em que se propée exercer a sua actividade: Manda o Governo da Republica Portuguesa, pelo Primeiro-Ministro e pelo Ministro das Finangas e do Plano, autorizar @ abertura em Portugal, nos termos do n? 1 do artigo 3° € don 1 do artigo 11° do Decreto-Lei n. 51/84, de 11 de Fevereiro, da primeira sucursal da Manufacturers Hannover Trust Company. Presidéncia do Conselho de Ministros ¢ Ministério das Finangas ¢ do Plano. Assinada em 29 de Agosto de 1984. © Primeiro-Ministro, Mério Soares. —O Ministro das Finangas e do Plano, Erndni Rodrigues Lopes.

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