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VOLUME 2 | Anténio Maximo | Beatriz Alvarenga se VENDA PROIBIDA — editora scipione LN FISICA VOLUME 2 ensine médio Anténio Maximo Ribeiro da Luz Professor Adjunto do Departamento de Fisica da Universidade Federal de Minas Gerais Beatriz Alvarenga Alvares Professora Emérita do Departamento de Fisica da Universidade Federal de Minas Gerais Brarniz ALvaRENca ¢ ANTONIO Miao sio autores da colegio Fisica, em dois volumes, editada pela Oxford University Press em lingua espanhola, e do Fisica — yolume tinico, editado pela Scipione. ilustragées de Rubens Villaga, Paulo Cézar Pereira, Artur Kenji Ogawa ¢ Anténio Robson Sio Paulo, 2006 1." edigio editora scipione — z Ps Ao estudante A. preparar este texto,uma de nossas preocupacées foi tornar © seu curso de Fisica interessante e agradavel, tentando evitar que voc® ‘© considere apenas como mais uma de suas obrigacées escolares. Julgamos que ele podera entusiasmar tanto aos jovens que pretendam continuar seus estudos em uma carreira ligada as ciéncias exatas,como queles que provavelmente nao mais terdo outro contato com o estudo da Fisica. © conhecimento das leis e fenémenos fisicos constitui um complemento indispensavel a formacao cultural do homem moderno, nao s6 em virtude do grande desenvolvimento cientifico tecnolégico do mundo atual, como também porque © mundo da Fisica nos rodeia por completo. De fato,a Fisica est4 totalmente envolvida em nossa vida disria: esta em nossa casa, no Snibus, no elevador,no cinema,no campo de futebol ete. Assim, com a orientagio de seu professor, lendo com atengio os textos de cada capitulo, discutindo com seus colegas e procurando realizar as atividades sugeridas, esperamos que, ao final deste curso, yocé tenha conseguido compreender as leis fundamentais da Fisica, percebendo que elas representam modelos que procuram traduzir a harmonia e a organizagao presentes na natureza. Esta visio, possivel- mente, fara crescer dentro de vocé 0 amor e o respeito pelas coisas e fatos do mundo em que vivemos. Ao mesmo tempo, entre seus senti- mentos passaré a figurar, por certo,a admiragao aos grandes clentistas que, através de arduos esforcos, conseguiram edificar este importante ramo do conhecimento humano, Como usar esta obra de Fisica Desenvolvemos os textos e as diversas atividades que compoem este livro tendo sempre em mente a produgao de um trabalho que se constitua um auxilio real a seus estudos e a sua aprendizagem. Esperando que este propésito possa ser concretizado, apresentamos, a seguir, algumas orientagdes que, acreditamos, o levaréo a conhecer melhor o seu livro e, conseqiientemente, a usi-lo com 0 maximo pro- veito: > Inicie sempre o estudo de um determinado assunto com a leitura da seco que 0 aborda.A linguagem simples e a divisio do texto em Pequenos blocos, com titulos indicativos de seu contetido, facilitam ‘esta tarefa, Procure compreender o tépico exposto e,se houver divida, discuta-a com © professor e com seus colegas. Nao tente apenas memorizar eventuais formulas ali presentes, pois a formula isolada Pouco ou nada representa do conhecimento que ela sintetiza. A lei- tura e a compreensio do texto so passos indispensdveis 4 constru- a0 deste conhecimento. » Depois de terminar a leitura de cada sec¢io, passe & solucio dos Exer* cicios de Fixagao apresentados logo apés cada uma delas. Esses exerci- clos sero, geralmente, resolvidos com certa facilidade, colaborando para sedimentar o conhecimento em estudo e para incentivé-lo a pros ‘seguir em outras atividades, No passe para a secco seguinte nem tente resolver problemas mais sofisticados,antes de responder a todos 05 Exercicios de Fixacao. Seu raciocinio nfo pode dar saltos muito grandes e estes exercicios foram propostos exatamente para vocé ir construindo seus conhecimentos passo a passo. > OTépico Especial, como indica o seu subtitulo, para vocé aprender um pouco mais, foi desenvolvido como uma extensio aos conhecimentos ali abordados. Usando uma linguagem simples e um tratamento qua- litativo da matéria, com quase nenhum apelo a matemitica, esse tex- to ora apresenta aspectos histéricos do assunto, ora uma visio mais moderna dos conceitos e leis a ele relacionados ou, ainda, suas aplica- ges tecnoldgicas interessantes e atuais. Estamos convictos de que vocé ira apreciar a leitura de um desses Tépicos Especiais € esteja certo de que a Fisica neles contida € de tao boa qualidade quanto a do restante do capitulo. > A Revisio, que aparece no final de cada capitulo, é uma espécie de ‘estudo dirigido, proposto para que vocé obtenha uma visio global do assunto,apés ter estudado cada sec¢ao separadamente. Ao completar ‘essa atividade, vocé tera em maos um resumo deste capitulo, ao qual poderd recorrer quando desejar recapitulé-lo rapidamente, > Outra atividade importante para facilitar a compreensio e a aprendi- zagem dos temas apresentados em um capitulo séo as Experiéncias propostas no final de cada um. Escolhemos experiéncias bem simples, que, em geral, requerem material disponivel em sua propria residén- cia, possibilitando, assim, sua realizagdo como tarefa para casa. Nao deixe de fazer essas experiéncias e leva-las 4 escola para serem discu- tidas com seu professor e seus colegas. Temos certeza de que essas atividades Ihe dard muitos momentos de prazer e Ihe permitirao uma visdo mais clara e concreta dos fenémenos em estudo. > Os problemas, comumente usados nos cursos de Fisica para que os estudantes testem e apliquem seus conhecimentos, sao apresentados em trés séries em nosso texto: Problemas e Testes, Questdes de Vestibular e Problemas Suplementares. Sendo muito grande o numero total desses problemas, vocé, provavelmente, no teré tempo para resolver todos eles, Pega, ent, para seu professor selecionar aqueles que forem mais significativos para seu curso e para o seu proprio contexto. Procurando solugées para eles, vocé estar subindo mais alguns degraus em sua formago cientifica. Sumario Unidade 4 ~ Leis de conservasao || 9. Conservagio da quantidade de movimento. a ta 9.1. Impulso e quantidade de movimento 9.2. Quantidade de movimento de um sistema de particulas___16 9.3, Conservacio da quantidade de movimento — 19 9.4.Forcas impulsivas e colisdes a 9.5. A descoberta do néutron—_ 2 SSS Revo aE 4 Algumes Experiéncias Simples 7 Ee: Problemas eTestes Problemas Suplementares ag Unidade 5 - Temperatura ~ Dilatagao - Gases 8 10.Temperatura e dilatagéo 10.1 Temperaeura ~ escalas termométricas 45 10.2. Dilatagao dos sélidos 50 10.3. Dilatagio dos liquidos 57 10.4-Termémetros e escalas — breve historico __ 59 rm eee ‘Algumas Experiéncias Simples——___ 2 ee Problemas eTestes gy Problemas Suplementares 69 11. Comportamento dos gases __ Seaway 1.1 Transformagio isotérmica _B 1.2.Transformagio isobarica Soe rims eye 113. Lei de Avogadro annie) 14, Equagio de estado de um gis ideal _______e2 11.5. Modelo molecular de um gis 25 es 11.6. A evolusio do modelo molecular da macéria __90 Revisdo_ = 4 ‘Algumas Experiéncias Simples Seis TSB BE 95 Problema feaiest 2 Pogue Wa oat noe PiseAS cS ore gy Problemas Suplementares es 100 uniai 0 ee eel 12, Primeira lei da Termodinamica 104 12.1. © calor como energia eee ics 12.2.Transferéncia de calor eee 07 12.3. Capacidade térmica e calor especfico 124.Trabalho em uma variagio de volum 45 125. A primeira lei da Termodinamica 18 12.6, AplicagBes da primeira lei da Termodinamnica___120 12.7, Maquinas térmicas ~ a segunda lei da Termodinamica___126 Revisdo a EE ‘Algumas Experiéncias Simples Problemos e Testes Apéndice C.L-Transferéncia de calor ~ estudo quantita 138 ‘C.2. Maquinas térmicas ~ informagées adicionals—__145 Problemas Suplementores 13, Mudangas de fase 13.1, Sélidos, iquidos e gases —__ 13.2. Fusio e solidificagio. 13.3.Vaporizagio e condensacio. 134. Inluéneia da pressio 13.5, Sublimacio — diagrama de fases. 13.6. Comportamento de um gis real Revisdo. ‘Agumes Experincios Simplest Problemas eTestes ig Problemas Suplementares Unidade 7 - 6tica e ondas_——— 14, Reflexdo datuz 4.1 Introdugio 14.2. Reflexdo da luz 143. Espetho plano 144. Espelhos esféricos 14.5. Imagem de um objeto extenso 14.6. A equagio dos espelhos esféricos 147. A velocidade da luz. Revisao Algumas Experiéncias Simples Problemas e Testes — ——____! Problemas Suplementares 15, Refraco da luz 15.1, Refragio da tux ——__ —_ 15.2, Alguns fenémenos relacionados com a refragdo__245 15.3, Dispersio da luz 15.4, Lentes esféricas 15.5. Formacio de imagens nas lentes. 15.6. Instrumentos 6ticos 15.7. As idéias de Newton sobre a natureza da luz e as cores dos corpos_ 269 cs 274 2S eg eae, Problemos Suplementares 16, Movimento ondulatério__ 16.1. Movimento harménico simples 16.2. Ondas em uma corda 16.3. Ondas na superficie de um liquido 164, Difragio_ (55: rf Bc te er 16.6. Interferéneia com a luz 16.7. Ondas sonoras 16.8.0 efeito Doppler PB en oo Algumas Experiéncias Simples. Problemos e Testes Apéndice Dil. As equagées do movimento harménico simples. 336 336 D2. Cordas vibrantes e tubos sonoros D3. As equacées do efeito Doppler 347 Problemas Suplementores Questies de Vesubvlar 88 Respostas dos Exercicios a7 Valores das Fungées Trigonométricas 8B CConstontes Fisieas 8g Bidiogrofiaindicada para os alunos 399 eee VOLUME I Unidade | - Introduge I. Algarismos significativos Unidade 2 ~ Cinematica 2. Movimento retilineo 3.Vetores - Movimento curvilineo Unidade 3 - Leis de Newton 4. Primeira e terceira leis de Newton Apéndice 5. Segunda lei de Newton Apéndice 6. Gravitacio Universal T.Hidrostatica Unidade 4 - Leis de conservagao 8. Conservacao da energia Questées de Vestibular Respostas Volores das Fungées rigonométricas ConstantesFisicas VOLUME 3 Unidade 8 - Campo ¢ potencial elétrico 17. Carga elétrica 18, Campo elétrico 19. Potencial elétrico Unidade 9 ~ Circuites elétricos de corrente continua 20. Corrente elétrica 21. Forga eletromotriz - Equagio do circuito Unidade 10 ~ Eletromagnetismo 22. 0 campo magnético ~ |? parte 23, 0 campo magnético - 2" parte Apén E.LA lei de Biot-Savart 24, Indug&o eletromagnética ~ Ondas eletromagn: 25. A nova Fisica Questées de Vestibular Respostas Volres das Fungées Tgonométicas ConstntesFasicos ” Conservagio da quantidade de movimento Conservagde da quantidace de movimento. —— a No capitulo anterior, estudamos a lei de Conservagio da Energia ¢ destacamos a sua importincia no campo da Fisica e a facilidade que seu uso proporciona nas solugdes de intimeros problemas. Entretanto, existem outras leis de conservagio na naturer: ‘energia, que também se conservam, em determinadas circunstancias, ‘Uma destas leis, a Conseroacio da Quantidade de Movimento, ser’ analisada neste capitulo. O conceito P de impulso e sua relagio com a guantidade de movimento constituem o ponto de partida para chegarmos a essa lei de conservagao. Por isso, iniciaremos o capitulo introduzindo estes conceitos. 0 6, existem outras grandezas, além da 9.1. impulso.equantidade de movimento © QUE E IMPULsO Quando um jogador de futebol cobra uma penalidade ou quando um tenista, usando a sua raquete, rebate a bola, em ambos 95 casos temos uma forga atuando durante um curto intervalo de tempo sobre a bola, o que faz.com que ela seja impulsionada. De um modo geral, sempre que uma forga atuar em um corpo durante um certo intervalo de tempo, diremos que 0 corpo recebeu um impulso. Para o caso de uma forga F constante, atuando durante um intervalo de tempo Ar (fg. 9-1), define-se o impulso I, exercido pela forga, através da expressio T=F-at Observe que J é um vetor que tem a mesma dirego € o mesmo sentido de F, como mostra a fig. 9-1. Pela expressio I = F - At, vemos ‘que, no Sistema Internacional (S.1.) a unidade de impulso € 1 N-s. QUANTIDADE DE MOVIMENTO A fig. 9-2 mostra um corpo de massa m movendo-se com uma velocidade . Uma grandeza muito importante, relacionada com 0 atetiat movimento do corpo, é a sua quantidade de movimento, Esta grandeza, Fig. 9-1: A forca, atuando que também costuma ser denominada momento linear do corpo, ¢ que no corpo, exerce nele um vamos representar pela letra 7, é definida da seguinte maneira: feta A quantidade de movimento (ou momento linear), q, de um corpo de massa m, que se move com uma velocidade @, é definida pela expressio: G=md Gig.9-2) a Fig. 9-2: Uma portiule de ‘A quantidade de movimento é uma grandeza vetorial, de mesma diregio e Esse mira Peacenege mesmo sentido do vetor @, como mostra a fig. 9-2. Vemos pela definigéo que, no ¥, possul uma quontidade S.L, a unidade de quantidade de movimento € I kg- mV/s de movimento j= mi a RELAGAO ENTRE IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO Consideremos um corpo, de massa m, movendo-se com uma velocidade #,. Se uma forga F, constante, atuar no corpo durante um intervalo de tempo Af, observaremos que sua velocidade sofrerd uma variagio, passando a ser J, no final deste intervalo (fig. 9-3). Supondo que F seja a resultante das forgas que atuam no corpo, a 2'Iei de Newton nos permite escrever que Fig 9-3: Oimpulto de uma forgasobre corpo provo- ‘came variagdoem sua quantidade de movimento. Fone, onde @ representa a aceleragiio adquirida pelo corpo. Mas sabemos que @ = A8/At. Logo: Pome donde F-at=mas. Como a variagio da velocidade € a9 = 9, —8,, temos: P.At=m(2,-9,) ou F-Ar= me, -m, Observemos, entretanto, que: —P- At representa o impulso T que 0 corpo recebeu; — mid, representa a quantidade de movimento do corpo, 7 no fim do intervalo mid, representa a quantidade de movimento do corpo, 7, n0 inicio do intervalo At. Assim: T=9,-4, ou T=A¥. Portanto, chegamos a conclusio de que o impulso recebido pelo corpo é igual 8 variagio de sua quantidade de movimento. Apesar de ter sido demons- trado para 0 caso de uma forga constante, este resultado é geral, isto é,"em qualquer situagio podemos afirmar que: 0 impulso, I, exercido pela resultante das forgas que atuam sobre um corpo, durante um certo intervalo de tempo, é igual a variagao da quantidade de movimento, - | Ag, ocorrida naquele intervalo de tempo, isto é T=ag ou T=9,-% Observe que esta relacio entre o impulso e a variagio dé movimento é semelhante @ relagio entre 0 trabalho € a variagio da energia cinética (Ty =E.y~ E,,), que vimos no capitulo anterior. Conservagha da quantidade de movimento Exemplo 1. ‘A resultante das forgas que atuam no corpo da fig, 9-3 vale F = 4,0 N e atua durante Lm intervalo de tempo At = 6,0 s. 2) Qual & 0 impuiso recedido pelo corpo? (© valor do impulso é dado por: I=F-At=4,0%6,0 donde 1=24N-s. A dlregéo e 0 sentido de séo os mesmos da forga F. ') Se a quantidade de movimento inicial do corpo era q; = 16 kg ms, qual serd o seu valor no final do intervalo de tempo consicerado? Sabemos que a variagéo da quantidade de movimento do corpo & igual a0 Impulso que ele recebeu, isto 6, 4q=! donde Aq=24Kg- rs. Mas Ag n-G, donde y= 4, +89. ‘Como a particule se desloca em linha reta (fig. 9-3), os vetores G,,@,€ Aq tém a mesma d- regdo. Entéo, teremos: =0,+49=16+24 donde 9,=40kg: ms. Exemplo 2 ‘Uma bola de ténis, de massa m = 100 g e velocidade v, = 10 mis, é rebatida por um ogador, retomando com uma velocidade 7, de mesmo valor e dregéo que 2, porém de senti- 10 contrério, 2) Qual foi a variagdo da quantidade de movimento da bola? 'No instante em que a bola atinge a raquete, o valor de sua quantidade de movimento é G%=1M=0,100%10 donde 9g, = 1,0 kg rvs, ‘No instante em que ela abandona a raquete, sua quantidade de movimento vale % =0,100%10 donde 4,=4,0kg- ms. Os vetores G, ed, tém a mesma dlregdo e sentidos contrérios. Portanto, a quantidade de ‘movimento da bola variou de 1,0 kg - m/s em um sentido para 1,0 kg « mis em sentido con- trério. Quando isto ocorre, devemos atribuir sinais a estes valores, considerando, por exem- lo, 0 sentido inital do movimento como negativo e o sentido contrério como posltvo. Nes- ‘tas condigées, a quantidade de movimento variou de ~1,0 kg - mis para +1,0 Kg mS, isto 6, avariagéo de quantidade de movimento da bole SQ=4,-9,=1,0-(-1,0) donde Aq=2,0kg- m/s. ) Supondo que o tempo de cantato da bola com a raquete fo de t= 0,04 s, ual fi ova lor da forga (uposta constant) que a raquete exerce sobre a bola? O ImputsoT =F -At que a raquete exerceu na bola ¢ igual a AG, isto é, ba, 20 ‘ot 001 0x 108 N Feat=aq donde ort exelCicios de fixagao ©» | Antes de passar ao estudo da préxima seccdo, responda as questdes seguintes, | consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 1. 0 bloco mostrado na figura deste exercicio est se deslocando, em movimento retilineo, sob a ‘ago de uma forga resultante F = 5,0 N. A forga F atua desde o instante ¢, = 2,0 s até o instante 0 8. ‘) Qual é 0 valor do impulso, 7, produrido pela for: G2 sobre 0 bloco? ») Desenhe, em uma cépia da figura, 0 vetor7. ©) Desenhe, também, a variagéo da quantidade de ‘movimento Aq que este impulso provocou no 2. Suponha, no exercicio anterior, que o valor da ‘quantidade de movimento do bioco, no instante ty fosse q, = 10 kg ms a) Desene, na cSpia da figura, 0 vetor ) Lembrando-se de sua resposta & questio (c) do ‘exercicio anterior, determine 0 valor de di. ©) Desenhe, também, 0 vetor 3. Uma particula de massa m = 200 g descreve uma ‘rajetéria retilinea sob a agdo de uma inica forga, ue permanece constante. Observa-se que a part- ccula passa de uma velocidade inicial v, = 3,0 mis para uma velocidade final v, = 8,0 m/s, em um in- tenvalo de tempo At =4,0's. 2) Quais s80 0s valores das quantidades de movi- ‘mento incial(q,)e final (a) da particule? 2) Qual 6 0 valor do impuiso recebido pela part ula? €) Qual € 0 valor da forga que atua na particula? Considere um corpo que esté se deslocando em movimento retlineo unforme. 2} A quantidade de movimento deste corpo esté verando? Explique Tendo em vista a resposta da questdo (a), o que ood conclui sobre © impulso que atua no corpo? ©) Entéo, qual 6 0 valor da resultante das forgas aplicadas no corpo? ‘Uma particula descreve, com velocidade de ‘médulo constant (v=). a vajetéria curva mos: trada na figura deste execicio. 4) Desenhe, em uma e&pia da figura, os vetoes 1 G, que representam as quantidades de movi- mento da particula nas posigées (1) e (2). ») A quantidade de movimento da paricua esté variando? Expique. «Tendo em vista a resposta da questo (), pode mos concluir que existe um impulso na pat- ticua? Exercelo 5, 9.2. Quantidade de movimento de um sistema de particulas QUANTIDADE DE MOVIMENTO TOTAL ‘A fig. 9-4 representa um sistema de particulas de massas my Mm, My, €tC., 2S quais estio se movendo com velocidades @, movimento de cada particula serio 7, = mf; By, ete. As quantidades de = m0, J,=mBy, ete. =m ies de tl Consarvasia movimento A quantidade de movimento do sistema, ou seja, a sua quantidade de movimento total, Q, sera obtida pela soma vetorial das quantidades de movimento das particulas do sistema, isto é, Géa resultante das quantidades de movimento g,, G2, Gy, etc. Portanto, temos Oa H+ G+ 94-00 Gay Desta maneira, para obter Q vocé deverd usar os conhe- cimentos sobre adigZo de vetores, que analisamos no capitulo 3 Exemplo Em uma mesa de sinuca, trés bolas, cada uma com 0,50 kg de ‘massa, esto em movimento com velocidades 7, 7, e % mostradas na fg. '9-5-a, Sabendo-se que, em um dado instante, v,= 2,0 ms, v,= 1,0 mise v= 2,0 mvs, determine a quantidade de movimento total do sistema Constituido por estas bolas neste instante. © valor da quantidade de movimento de cada bola é: 50% 2,0 donde 4, = 4,0 kg mis; G=my,=0,50%1,0 donde 4, = 0,50 kg mvs; = 4% =0,50%2,0 donde q,= 1,0 kg- mis. 0s vtores G, di © dy esto representados no agama da fg 9-5-b. (0s vetores G, tim a'mesma dregdo e sentidos contris. Entéo, sua resultante, @’ = G, + q,, tem um médulo igual & diferenca entre os médulos de G, € @,, isto 6, 0 vetor G’ mostrado na fig. 9-5-b tem médulo = 0,50 kg - mvs. ‘A quantidade de movimento total, Q, seré dada pela resultante de @° & di. Como estes vetores so perpendiculares entre si, podemos escrever: OG? + Gy A diregao © 0 sentido de Gestdo mostrados na fig, 95-0. Q=ms =(0,50)* + (1,0)? donde Q= 4,4 kg: ms. FORGAS INTERNAS E EXTERNAS As forgas que atuam em um sistema de particulas podem ser classificadas em forgas internas e forgas externas. Se uma particula do sistema exercer uma forga em outra particula que também pertenga ao sistema, esta forca ser uma forga interna. Por outro. Jado, se a forca que atua em uma particula do sistema for exercida por um agente que nio pertenga ao sistema, ela sera ‘uma forga externa. Por exemplo, suponha que tenhamos escolhido um sistema de particulas constitufdo pelas bolas branca e preta em uma mesa de sinuca. Dando-se uma tacada na bola branca, estara atuando, no sistema, uma forga externa. Se a bola branca colidir com a bola preta, as forcas que uma cxerce na outra serio forcas internas. Se a bola branca tivesse colidido com a bola amarela, a forga que ela receberia da bola amarela seria uma forga externa, pois o sistema é constituido apenas pelas bolas branca e preta. vs Fig. 3-4: A quantidade de movimento total dde um sistema de partculas igual &resul- ante das quantidades de movimento de cada particule, Representogdo esquematico, “& b) Fig.9-5: Pora o exemplo do item 9.2. Fig. 9-6: As forcos inter- nat de ado e reacdo, pro- ‘vocom impulses de mesmo Imédulo mos de sentidos contrérios. Representacdo esquemética, Entretanto, se uma outra pessoa tivesse escolhido, como seu sistema, todas as bolas existentes sobre a mesa, as forcas entre as bolas branca amarela seriam internas a este sistema, Mas a forga exercida pelo taco sobre qualquer uma das bolas ainda seria uma forga externa. FORGAS INTERNAS NAO PROVOCAM VARIAGAO EM @ Consideremos um sistema no qual uma particula 4 exerce uma forca sobre outra particula B também do sistema (fig. 9-6). Pela 3* lei de ‘Newton, sabemos que a particula B reage sobre A com uma forga igual e contréria. Estas forgas, como vimos, slo forcaz internas 20 sistema. Em virtide desta interagio, a partfcula A recebe um impulso Z, ¢ B recebe um impulso ,. Uma ver. que as forgas que provocam estes impulsos sio iguais ¢ contrérias € atuam durante 0 mesmo intervalo de tempo, conchuimos que qy Sejam Aj, € Agy as variagBes nas quantidades de movimento de A e B, provocadas por estes impulsos. Pelo que vimos na secgio 9.1, podemos escrever I-04, © Tabi Loy Aj,=-Shp ‘Assim, sempre que atuarem forgas internas, elas provocardo variagies iguais ¢ contrérias ‘nas quantidades de movimento das particulas do sistema. Como conseqiléncia deste resultado, as forgas internas no provocam variagio na quantidade de movimento total, Q, do sistema. De fato, como . Q se uma forga interna provocar uma variagZo em g,, por exemplo, forgosamente haverd uma variagio igual e contréria na quantidade de movimento de outra particula (J,, por exemplo). Estas variagbes se anulario © a quantidade de movimento total, @, permanecerd invariével. . Chegamos, assim, & seguinte conclusio: tt Hthyr As forgas internas podem provocar variagdes nas quantidades de movimento de cada particula de um sistema, mas nao provocam variagao na quantidade de movimento total do sistema. Conservagie da quantidade. ce de fINagac exe Cicios de FIXAGHO excl“Ciclos de HX Antes de passar ao estudo da proxima secsio, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 6. Considere um sistema constiuido por um automé- vel, de massa m, = 8,0%10° kg e um caminho, 0 x10? kg, Determine 0 méduio da quantidade de movimento total, 0, do sistema, em cada um dos sequintes casos: 2) 0 caminhao ests em repouso e 0 caro, se 412. Ainda no exemplo 1, usando 0s dados fomecidos & ‘valor calculado, responda: ‘) Qual é 0 médulo, a dregao e o sentido da quan- tidade de movimento adquirida por 8? +b) Qual é 0 médulo, a drecdo e o sentido da quan- tidade de movimento adquirida por A? ©) Tendo em vista as respostas de (a) e(b), qual é ove Jorda quantidade de movimento final do sistema? {) Vos ja esperava o resultado obtido em (c)? 13, No exemplo 2 desta secgdo, como vimos, existe atrito entre 0 bloco ea prancha. ‘) Mostre, em uma o6pia da fig. 9-8, 0 sentido da ‘orga de atrito sobre 0 bloco. +b) Na mesma cépia da fig, 9-8, mostre o sentido da forga de atrito sobre a prancha. ©) Estas forgas s80 internas ou externas ao siste- ‘ma (prancha + bloco)? 4) Entéo, a quantidade de movimento do bloco se conserva? E a da prancha? €) A quantidade de movimento total do sistema se conserva? E sua energja mecénica? 114. Suponha, no exemplo 2 desta secgdo, que exista, arto entre a prancha e a superficie sobre a qual ela desiiza. 2) Mostre, na cépia da fig. 9-8, o sentido desta for. {ga de atito da superficie sobre a prancha. by) Esta forga seria interna ou extema ao sistema {prancha + bioco)? ©) Entao, a quantidade de movimento total do sis- tema se conservaria? Seu valor final seria maior, _menor ou igual a 30 kg m/s? 15. A figura deste exercicio representa duas bolas de bilhar, A e 8, que se movimentam inicilmente com quantidades de movimento q, = 2,5 kg » mis e _= 2,5 kg m/s. Abola A atinge a bola B e, apés a colis8o, passam a se mover com quantidades de ‘movimento @’, € dy, Como mostra a figura. Consi- derando o sistema constituido pelas duas bolas, respon Exerciclo 15. a) Qual 6 a quantidade de movimento inicial do sis- tema? 1b) As forgas que as bolas exercem, uma sobre @ outra, durante a colisio, s80 internas ou ex- temas? © Supondo que a resltante das forgas externas ej aula, qual € 0 valor de quantidade de ma ‘mento final do sstema? d) Sabendo-se que @’, = 1,0 kg: m/s, qual 6 0 ve- lor de? ©) Supondo que a massa de 8 seja de 0,50 ke, qual 60 valor da velocdade final desta bola? Consarvasie da quantidads de movimento tam iniefalmente com velocidades de médulos iguais e de sen tidos contrérios (fig. 9-9), temos: | = antes da colisio: 9, +9, =0 depois da colisio: V, +7, #0 | Fo Logo, a velocidade vetorial total nio se conservou duran- | a te esta colisio e podemos concluir que esta nao é a grandeza gy a que permaneceria constante nas interagdes dos corpos. O grande fil6sofo e cientista francés, René Descartes (Fig. 9-10), eepoei FT #O interessando-se pelo problema, sugeriu que a grandeza pro- curada deveria ser obtida multiplicando-se a massa m do corpo pelo médulo v de sua velocidade. Ele acreditava que esta grandeza permaneceria constante nas interagdes entre 0s cor- pos, denominando-a “quantidade de movimento” do corpo. Portanto, segundo Descartes, a quantidade de movimento seria uma grandeza escalar, q, dada por g= mv. Fig. 9-9: Nesta colisdo, ndo hd. conservosdo do vetor velocidade. René Descartes (1596-1650) Foi o mais importante cientista francés do século XVII.Além de sua contri- buiglo para o estabelecimento do conceito de quantidade de movimento, deve- ‘mos a ele a invencio do sistema de coordenadas denominado “sistema carte- siano” (em sua homenagem) e da representacao grafica das equagées algébricas (geometria analitica). Fig. 9-10 Apesar da reconhecida genialidade de Descartes, sua proposta nio estava correta, tendo sido duramente criticada pelo grande matemitico ale- io Leibnitz (fg. 9-11). Este, com exemplos simples, apresentou varios ti- pos de colisées nas quais a grandeza escalar q = mv nfo se conservava, 20 contrario do que supunha Descartes. Willsetm Leibnitz (1646-1716) Filésofo e matemitico alemio, foi contemporineo de Newton, tendo am- bos, independentemente, estruturado as bases do Célculo Diferencial e Integral Em virtude disso, surgiu entre eles uma longa polémica, com acusagées mdtuas de plagio. ‘A mancira adequada de medir a “quantidade de movimento” através de ‘uma grandeza cujo valor total se conservasse nas interagSes dos corpos s6 veio a ser encontrada, alguns anos mais tarde, por Isaac Newton. Este gran- de fisico definiu a “quantidade de movimento” da maneira que foi feito no texto deste capitulo, isto é, 7 seria uma grandeza vetorial, dada pela relacio 7 = md. Realmente, como vimos, o valor total desta grandeza se conserva em qualquer tipo de colisio e nas interagées entre corpos de um sistema iso- Jado. Em outras palavras, a quantidade de movimento total do Universo (da ‘maneira definida por Newton) permanece constante no decorrer do tempo. Estava, portanto, resolvido 0 problema que tanto preocupou os filésofos do século XVII. a 2 Anélise de uma coliséio ‘Uma das aplicagées mais importantes do conceito de quantidade de mo- vimento é encontrada no estudo de interagbes de curta duracdo, entre partes de um sistema (ou conjunto) de corpos, como ocorre em uma explasao ou em. uma colisio. | Antes: Qy= 4g. m's Depois: Q, = 4 kg. mis Fig. tt Em uma colisdo, a Para entender como essa grandeza esti envolvida nestes fendmenos, sqentidode de movimento | consideramos a fig. I, que mostra duas esferas A eB deslocando-se 20 longo ‘de uma mesma reta, inicialmente em sentidos contrérios. Apés colidirem, as ‘esferas passam a se mover no mesmo sentido. Suponha que as massas das esfe- ras sejam m, = 2 kg e my = 1 kg, e suas velocidades, antes da colisio, fossem Yes ¢ Up=2m/s com os sentidos mostrados na figura I-a, Em uma situagZo real, realizando ‘medidas cuidadosas, uma pessoa encontrou os seguintes valores para as velo- ciades das esferas aps a colisio: 24=05m/s e v,=3 m/s com 0s sentidos mostrados na figura I-b. Determinando a quantidade de movimento total, O, do conjunto (ou sistema) constituido pelas duas esferas, antes e depois da colisio, temos: : ~ antes da colisio (observe que os vetores f;,€ 7» tém sentidos contritios) =2 Qhe tg: Py ~My yy=2X3-1X2 Q,=4kg- m/s — depois da coliso (observe que 0s vetores J,,€ J,» tém o mesmo sentido) Qp= mg Dag + My typ =2X0,5 +13 =143 r Q.=4kg- m/s Logo: Q:= Portanto, as quantidades de movimento do sistema sio iguais (em ‘médulo, direcio ¢ sentido) antes e depois da colisio. Em outras palavras, a quantidade de movimento total, Q, dorsistema constituido pelos dois corpos que colidiram se conservou durante a colisio. Consarvagie da quantidade de movimento — FORGAS IMPULSIVAS Quando uma bomba explode ou quando dois automéveis colidem, e em varias outras situagdes semelhantes, aparecem, entre os corpos que participam desses fend- menos, forgas muito grandes mas que atuam durante um intervalo de tempo muito curto. Por exemplo, quando um jogador de futebol rebate uma bola, a forga de interagio entre a bola e o pé do jogador € da ordem de 10° kgf e dura cerca de 0,01 s. Estas forgas sio denominadas forgas impulsivas. Deve-se ob- servar que estas forgas, em geral, provocam grandes aceleragdes nos corpos em que atuam, isto é, atuando em intervalos de tem- po muito curtos, provocam variagdes apre- ciaveis nas velocidades destes corpos. > Uma forga impulsive tem tum médulo muito gronde e ‘tua durente um intervalo de tempo muite pequeno. =a COLISGES DIRETAS E OBLIQUAS Quando dois corpos colidem, como no choque entre duas bolas de bilhar, pode acontecer que a diregio do movimento dos corpos nio seja alterada pelo choque, isto é, eles se movimentam sobre uma mesma reta antes e depois da colisio (fig. 9-12-a). Quando isto acontece dizemos que ocorreu uma colisto direta, on uma colisdo central ou, ainda, que tivemos um cbogue unidimensional. Por outro lado, pode ocorrer que os corpos se movimentem em diregées diferentes, antes ou depois da colisio (Big. 9-12-b). Neste ‘caso, a colisio € denominada colisao obligua COLISGES ELASTICAS E INELASTICAS Consideremos a colisio representada na fig. 9-13. Suponha que as energias cinéticas dos corpos, antes da colisio, fossem E,, = 8J ¢ E.y=4J ¢ que, apds o choque, passaram a ser E,, = 5 j e E'y=7 J. Observe que, antes da Fig. 9-12: Em (0) oF oxfe- rer reollzom uma colisSo direta e, em (b), uma coli- so obliqua, Fig. 9-13: Em ume colisde elastico, @ energia cinética ‘do sstema se conserve, TE 26. colisio, a energia cinética total do sistema era Ey+Eg=8J+4J=12J Caleulando-se a energia cinética do sistema apés a colisio, verificamos que: Eig+E'g=5J+7J=12J Portanto, nesta colisio, a energia cinética total tem o mesmo valor antes ¢ depois do choque, isto &, a energia cinética do sistema se conservou. Sempre que isto ocorre, dizemos que a colisio €eldtica. De um modo geral, o choque é elistico quando os corpos que colidem no sofrem deformagées permanentes durante a colisio. Duas bolas de bilhar, por exemplo, realizam colisdes que podem ser consideradas elisticas. Em caso contrério, se os corpos apresentarem deformagBes permanentes em virtude da colisio, ou se houver producio de calor durante o choque, verificamos que haverd uma reducio no valor da energia cinética do sistema, pois parte desta cenergia cinética foi utilizada para produzir as deformag6es ou foi transformada em energia térmica. Sempre que os valores da energia cinética do sistema, antes € depois da colisao, forem diferentes, dizemos que a colisio 6 inelstca. ‘Um caso particular de colisio inelastica ocorre quando os corpos, apés 0 choque, passam a ter velocidades iguais. Isto ocorre, por exemplo, quando dois automéveis colidem e movem-se colados apés 0 choque. Neste caso, verifica-se a maior redugio possfvel no valor da energia cinética do sistema. Por isto, esta colisto € denominada completamente inelética. CONSERVAGAO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO NAS COLISOES Acabamos de ver que a energia cinética total nem sempre se conserva em uma colisio. Entretanto, se calcularmos a quantidade de movimento total dos corpos, antes e depois de colidirem, verificaremos, qualquer que seja a colisio, que esta (quantidade de movimento se conserva. Procuraremos entender por que isto ocorre. No caso de nao existirem forgas externas atuando sobre os corpos que colidem, é natural que isto ocorra, pois jé sabemos que a quantidade de ‘movimento de um sistema se conserva se nele atuarem apenas forgas internas. Contudo, mesmo que existam forgas externas, como a duragio do choque é sempre muito curta o impulso exercido por estas forcas externas seré também muito pequeno (em geral, os valores das foreas externas no sfo muito grandes) e, conseqiientemente, a variagio da quantidade de movimento que elas provocam pode ser desprezada. Observe que as forcas impulsivas que ocorrem nas colisbes (ou explosdes), por serem muito grandes, podem provocar variagées apreciaveis nas quantidades de movimento de cada um dos corpos que colidem mas, em virtude de serem forgas internas, elas nfo influenciario na quantidade de movimento total. Assim, podemos concluir que as quantidades de movimento de um sistema, imediatamente antes e imediatamente depois de qualquer colisio, podem ser consideradas iguais. Destacamos, pois, que: a quantidade de movimento total de um sistema de corpos que colidem, imediatamente antes da colisio, é igual 4 quantidade de movimento total do sistema imediatamente apés a colisio. Consarvagiio da quantidade de movimento 27 © néimero de problemas que podem ser resolvidos usando-se esta conclusio a que acabamos de chegar é muito grande. Os exemplos seguintes ilustram como a conservagio da quantidade de movimento pode ser usada na solugio de problemas de colisdes ou explosdes. Exemplo 4 Em uma mesa de sinuca, @ bola branca, de massa m, movendo-se com veloeidade v = 2,0 m/s, atinge a bola amerela (também de massa m), {que se encontrava em repouso. Supondo que © choque seja central ¢ lstic, determine as velocidades das dues bolas apés a colséo. Sejam V7 eV, 28 velocidades das bolas banca e amarela, apds a colséo. A quantidade de movimento do sistema (das duas bolas), antes do choque, era imi, Pols apenas a Bola branca estava em movimento. Como sabemos, em ‘alquer colsao hd consenvagéo da quantidade de movimento totale, entéo, pocemos escrever | | ua Em quolquer cllsdo, como J6 que o choque é central, 0s vetoresV, V, ¢ V; tém @ mesma dlrecao e, portanto, a relagéo 9s que ocorrem entre bolas anterior poderd ser escrta escalarmente, isto 8 {ebior hbconservar30de ‘quantidade de movimento. v= mV, + mV, ou V=V,+V; donde V, + ¥,=2,0. ‘Além disso, tratando-se de uma collso eléstica, @ energla cinétca do sistema se conserva. Logo: 1 pow Sve + Sve ou v?=V24V2 donde v2+V2=4,0 CObtvemes, assim, cuss equagées, relacionando as incdgnitas Ve Ve: Y4V=20 @ Vi+Vi=40 1a primeira equagéo, tamos V, = 2,0 - Vj, substtuindo na segunda, vis (2,0-V,? + V2=4,0 Resolvendo esta equagio, obtemos V, = 2,0 mvs e, como V, = 2,0 V,, concluimes que V,=0. [No dispositive mostrado a figura, todas o exferes (de ago) tim o mesma massa = Tentondo-se a exfera de ume der extremidodes e detxondova coli om ax emai, ‘como em (a), observamor que ela entra em repouso e openas a bola da outra extre- ‘midade adquire uma velocidade igual & da esferaIncidente (b). ‘Assim, vemos que, em virtude da colisfo, a bola branca entra em repouso e a bola ‘amarela acquire uma velocidade igual & que a bola branca possuia antes do choque. E pos- sivel que vood jé tena visto este fato ocorrer em um jogo de bilhar. Exemplo 2 ‘upon que uma pedra, em repou- so, sea fragmentada em tis pedacos, em virtude de uma explosdo. Um dos pede- 608, de massa m; = 4,0 kg, parte com 4215, Um segundo 0g Sa} com velocidade v, = 8,0 ms, om uma direcao perpendicular a (ig, 914-2). a) Desenhe um diagrama mostrando a dirego do movimento do terceiro pe- 1dac0, imediatamente apés a explosdo. ‘A quantidade de movimento do sistema (2 pedra), antes da explosao, era nula. Como a explosdo dura um intervalo de . tempo muito curto, as forgas externas Fig.$-14: Porooexemplo2. 0 alterardo sensivelmente 0 vetor G e, assim, @ quantidade de movimento do sistema mg, estao inicial mente em repouso. Suponha que ambos recebam impulsos iguais. 2) A quantidade de movimento adquirida por A seré ‘maior, menor ou igual a adquirida por B? ) Avelocidade adquirida por A seré maior, menor ‘ou igual a velocidade adquirida por 8? 2) Se um corpo possui quantidade de movimento, ppodemos garantir que ele possui, pelo menos, ‘uma forma de energia. Por qué? ) E possivel que um corpo possua energla mas rdo possua quantidade de movimento. D& um ‘exemplo em que isto ocora, No exemplo 4 da seopao 9.3: a) Calcule a energja cinética de cada bloco a0 ‘abandonara mola, ») Tendo em vista a resposta da questo (a), deter rmine a energja que estava armazenada na mola. Um astronauta, tendo em suas mos um pequeno objeto, encontra-se em repouse numa regiao do ‘espago onde ndo existe nenhuma atragao gravi- tacional sobre ele. Nesta situagao, ele arremessa 0 ‘objeto, apicando-he um impulso de 12 Ns. Con- sidere’o sistema astronauta + objeto e assinale, ‘entre as afirmativas seguintes, aquela que esta errada: €@) O astronauta recebe, do objeto, um impulso de smédulo igual a 12 N- . ) 0 objeto passa a se deslocar com uma quant- dade de movimento de 12 kg rvs. ©) 0 médulo da quantidade de movimento adquit- {da polo astronauta é menor do que 12 kg «mvs 4) A quantidade de movimento do sistema, antes {de 0 objeto ser arremessado, era nula. @) A quantidade de movimento do sistema, ap6s 0 ‘objeto ser arremessado, é nula, ‘Um foguete, na plataforma de langamento, pos Sui uma massa total (incluindo o combustivel) de 4,0 x 10° kg, Processando-se a combustdo, 0 fo- guete expele rapidamente 800 kg de gés, com ‘uma velocidade de 2,0 x 10” ms. Lembrando-se {da conservagéo da quantidade de movimento de Um sistema, determine @ velocidade adquinda pelo foguete apés ejetar esta massa de gas, . Um caminhao de brinquedo, cuja massa & ‘m, = 3,5 kg, esté se deslocando com uma velo- cidade v, = 0,20 m/s sobre uma superficie hori zontal lisa. Um menino arremessa, sobre 2 cartoceria do caminho, um tijolo de massa m, = 0,50 kg, com uma velocidade horizontal ,0 m/s (veja a figura deste problema). Logo 7 ‘apés 0 impacto, o caminhao e o tijolo (dentro da carroceria) passam a se desiocar juntos, com uma velocidade V. Considerando o sistema ca: minhao + tijolo indique, entre as afirmativas se. guintes, aquelas que estdo corretas: 2) A coliséo do tiolo com 0 caminhdo é uma coli- 40 eléstica. ) A quantidade de movimento do sistema, imedia tamente antes da colis4o, era 3,2 kg rvs. ©) A quantidade de movimento do sistema, logo ‘apésacolisdo, é menordo queantesda.colisao. ) A energia cinética do sistema, logo apés a ct ‘S20, 6 menor do que antes da colisdo. ©) Avelocidade do caminhéo deve diminui, porque ‘sua massa aumentou. 1) A velocidade do sistema, logo apts a coliséo, é 0,80 mvs. Problema 10. Um pequeno trator, cuja massa é de 4,0 tonela: das, estava se desiocando em uma estrada. Re: ppentinamente, surgiu a sua frente um automével, de massa igual a 900 kg, deserwolvendo 80 krvh, ra contramgo, que coliiu frantalmente com o tra- ‘oF. Sabendo:se que as velocidades dos veiculos se ~anularam logo apds 0 chaque, responda: 2) Como vocé classificaria esta coisao? ) Qualeraa velocidade dotratorantes do choque? 111. Uma bola de ferro, de massa 1,0 kg, presa na pon: ta de uma corda (veja a figura deste problema),é langada contra um carrinho de massa 2,0 kg, O Carrinho esta inicialmente em repouso e a veloci- dade da bola, imediatamente antes do choque, € de 3,0 mvs. Analise as afirmacées seguintes, refe- rentes aos movimentos da bola e do carrinho logo _ap6s a colisdo, ¢ diga quais delas descrevem situa- (bes Impossiveis de ocorer: 2) A bola se move com 1,0 mvs para a direita © 0 ‘carrinho, com 2,0 mys também para a direta, ») A bola volta com 4,0 m/s e 0 carrinho segue com 2,0 nv. ©) A bola fica em repouso e o carrinho segue com 1.5 ms. 4d) A bola e 0 carrinho se desiocam juntos com 1,0 ms para a dieita. ©) A bola volta com 2,0 m/s @ o carrinho segue ‘com 4,0 rvs GE 35 13, 14, 15. Problema I. No problema anterior, para cada situagao que & ossivel ocorer, verfique se a cols da bola com © carrinho é eléstica, ineléstica ou completamente Ineléstca, Uma bola, de massa igual a 0,20 kge velocidade ce 0,10 ms, colide com outra bola, idéntica a ela, que std em repouso. Usando apenas estas informa: ‘902s, é possivelcalcular somente uma das grande- ‘as relacionadas a seguir. Qual 6 esta grandeza? €) A forga que uma bola exerce sobre a outra. b) 0 médulo da velocidade de cada bola apés @ colisio. ©) A direcao da velocidade de cada bola apés @ colisdo. 0) Aenerga cinétca total das bolas apés a colisio, ©) A quantidade de movimento total das bolas p65 a coliséo, Um menino, cuja massa & de 40 kg, encontra-se ro interior de um carro que esta se deslocando fem trihos horizontais com uma velocidade de 3,0 mys. Amassa do carro é de 100 kg, ‘) Suponha que 0 menino saisse do carro sem ‘exercer nele qualquer impulso. Qual a velociéa- {de horizontal com que 0 menino chegaria 20 solo e com qual velocidade o carro continuaria a ‘se mover? ) Se 0 menino saltar de tal modo que caia vert ccalmente, com qual velocidede o carro passard ase mover? Dois automéveis, de masses m, = 2,0 toneladas em, = 4,0 tonelada, desiocam-se ao longo de duas_ruas perpendiculares, com velocidades v, =20 mse v, = 30 mV/s. No cruzamento destas ras eles colidem e passam a se mover juntos apés a coliséo, 42) Calcule, em unidades do S.1., a quantidade de movimento total dos dois carros antes do choque. ) Qual ¢ 0 valor da velocidade comum dos dois. Carros apés a coiséo? 116. Uma granada, de massa igual a 1,0 kg, 6 lancada verticalmente para cima e explode no ponto mais ‘alto, ragmentando-se em trés pedagos. Imediata- ‘mente apés a explosdo, o primeiro fragmento, cuja ‘massa 6 0,20 kg, move-se verticalmente para cima ‘com velocidade de 100 m/s, 0 segundo fragmento, ‘cuja massa é 0,70 kg, move-se verticalmente para bbaixo com velocidade de 10 mis. 8) Qual é 0 médulo, a diregdo e o sentido da velo- cidade do terceiro fragmento? ) Determine a energia liberada na explosdo da granada 17. Imagine que vocé estivesse no melo da super- ficie perfeitamente lisa de um lago gelado. Lem- brand nao ser possivel caminhar sobre a superficie, devido & auséncia total de atrito, Sugita um procedimento que lhe permitisse alcancar a margem do lago. 18. Péndulo balistico — Resolvendo este problema, \voo# estaré aprendendo um proceso muito sim- ples que pode ser usado na medida da velocidade de uma bala de revolver, por exemplo. Considere uma bala de massa m, disparada com uma velocidade 7, cujo valor desejamos medir. Fazendo a bala incidir contra um bloco de ma- deira, de massa M, suspenso por um fio, a bala ‘se engasta no bloco e 0 conjunto sobe até uma altura h (veja a figura deste problema), Supo- nha que, em uma experiéneia, na qualm=8 ge (M=2,0 kg, tenha-se observado que h = 20 em, 2) Sendo V a velocidade do conjunto bala + bloco logo apés a colisao, expresse v em fungdo de V. ) Lembrando-se de que a energia cinética com {ue © conjunto parte apés a colsao se transfor- ‘ma em energia potencial, calcule o valor de V (considere g = 10 mvs’). «) Determine, entéo, 0 valor da velocidade v com que a bala fo disparada, At ants mM Problema 18, 19, Um sistema é constituido de trés particulas, A, B © C, de massas m, = 2 kg, m, = 2 kg € ime = 0,5 Kg. A figura mostra as posigies © 05 veocidades des partioulas do sistema em um ins- tante t,€ no instante t, posterior at, Consarvagie da.quantidade de movimento, 24. 42) Determine 0 médulo, a diregao e 0 sentido da {uantidade de movimento do sistema nos ins- tantes t, et ) Baseado em sua resposta 8 questéo (a), que Conclusdo voré tira sobre a resultante das for (a5 externas que atuam no sistema? ©) Vooé acha que houve interagao (Torgas internas) entre as particulas? Expique. @) Houve conservacdo da energla cinética do sis- tema? 4 8 ose ce ws © Problema 19. Em um jogo de sinuca, uma bola, de massa igual 2 200 ¢, colide contra a tabela lateral da mesa. ‘Antes e apés a colisdo a velocidade da bola tem ‘médulo igual a 2,0 mis e forma um Angulo de 160° com a normal & tabela. Sabendo-se que 0 tempo de contato da bola com esta tabele ¢ de 8,0 x 10° s, determine o médulo da forga média ‘que a tabela exerce sobre a bola. Uma bola A, de massa 2,0 kg, moves sobre ume mesa sae horizontal, a0 longo da reta MN (ea fe ura) com uma velocidade de 2,0 mvs. Ei code ‘dliquamente com uma bola B, de massa 10,0 kg, inicilmente em repouso. Obsewa-se que, 206s 8 colisdo, a bola A move-se em uma diregdo perpen- ticular MN, como mosta a figure, com uma velo- cidade de 1,5 mis. Apbs acolo: 28) Qual deve sero valor da quantidade de movi mento do sistema na dregéo MN? E na diego erpencicvlara MN? - 29 ) Caleule, baseando-se em sua resposta 8 ques- to (a), 0 valor da velocidade da bola B. Problema 21. 22. Um vagio vazio, sem cobertura, esta se deslocan- do sobre trihos retos horizontais, sem arto. a) Comeca a chover e a Agua, caindo verticalmen- te, val se acumulando no interior do vagio. O médulo da velocidade do vagio aumenta, dimi- nul ou nao se altera? ) Péra de chover e a agua acumulada gradual- mente se escoa por um orfcio existente no fun: {40 do vaglo. 0 médulo da velocidade do vagio ‘aumenta, diminul ou nBo se altera? 23, Uma bala, de 10 g de massa, é atirada por uma ‘espingarda de massa igual a 4,0 kg, abandonando ‘© seu cano com uma velocidade horizontal de 400 ms. Determine o médulo da velocidade de re- cuo da espingarc 24. Um nécleo radioativo, inicialmente em repouso, de- sintegra-se emitindo um elétron e um neutrino, em iregdes perpendiculares entre si. A quantidade de ‘movimento do elton vale 1,2 x 10 kg mys e a do neutrino, 6,4 x 107 kg ms, Se a massa do nicleo resultante da desintogrago 6 6,0 x 10**kg,calcule a velocidade de recuo do niicleo 20 emit essas particulas. aa & = Probleme 25. 25. Uma bala de massa m, movendo-se com veloc dade 7, colide contra um bioco de madeira, de massa M, que esté encostado em uma mola de constante eldstica k e apoiado em uma super- ficie horizontal, sem atrito (veja a figura deste problema). A bala penetra no bioco permanecen- do incrustada nele e o conjunto comprime a mola {que sofre uma deformagao maxima igual aX. ME «0 — sutb {) Para determinar 0 valor de X, um estudante desenvolveu 0 seguinte raclocinio: “Pela conservagéo da ener. ‘ula mecénica, a energia cinética inicial da bala deve ser igual & energia potencial eléstica armazenada na mola comprimida. Logo, 1 aa Ha um erro no raciocinio do estudante. Qual 6? 1 We = Lav? donde ) Determine, em fungao de m, M, ve k, @ expresso que fomece corretamente o valor de X. Ula queSt6es de vestibular qucstGes ve vesti As questées de vestibular se encontram no final do livro. cs problemas suplementares pro!lerias cup li 1. Ao apresentar a sua 2* lei do movimento, Newton expressou-a em termos da quantidade de movi- onde F 6 a forca resultante que atua na particula e ‘Ag 6 a variagdo da quantidade de movimento que a particula experimenta no intervalo de tempo ‘At, Mostre que, sendo constante a massa m da particula, essa expresséo & equivalente & expres- 880 F = ma, que usamos ao apresentar a 2* lei no capitulo 5, 2. Dols corpos, A e B, possuem massas m, em, &ve- locidades vs € ve. 4) Se suas energias cinéticas forem iguais, eles poderdo ter quantidades de movimentos dife- rentes? b) Se a energia cinética de A for maior do que a de B, a quantidade de movimento de A poderd ser ‘menor do que a de B? | 3. Um jto de agua que sai horzontalmente de uma ‘mangueira, com vezia,igual @ 2,0 Ls, atinge uma pessoa, exercendo nela uma forga de 16 N. Su- ppondo que apés o impacto a agua caia vertical- ‘mente, calcule a velocidade das partioulas de gua no jato. ‘4. Um cagadar possui um rifle que atra balas de mas- ‘saigual 60 g com uma velocidade de 900 mvs. Um pequeno tigre, de massa igual a 40 kg, pula sobre © cagador de tal mado que a componente horizon- tal de sua velocidace ¢ igual 2 10 m/s. Quantas balas 0 cagador deve atirarno tigre de modo a in- terromper 0 seu salto? No problema 18, da série Problemas e Testes, des- te capitulo, calcule a porcentagem da energia Cinética iniial da bala que foi cissipada em sua co- lis8o com o bloco. a) Suponha que uma pessoa de massa igual 2 70 kg, em repouso sobre a superficie da Tera, pulasse verticalmente, atingindo uma altura de 0,50 m. Caleule a velocidade de recuo que a Terra adquire, em virtude deste salto, no mo- ‘mento em que a pessoa pula. Considere a reas sa daTerra igual a6 x 10k, ') Imagine que toda @ populagéo da Terra (6 bi- Indes de habitantes) pulasse simuitaneamente, ‘numa mesma regio da Terra, com um salto se- melhante 20 da questéo (2). Voce julga que um astronauta, observando este salto de sua nave, Poderia perceber 0 recuo que a Terra sofreria em virude deste pulo coletivo? ‘Uma bola A & langada com velocidade v, = 3,0 mvs contra outra bola B, idéntica a ela e inicialmente ‘em repouso, colocada préxima a uma parede vert- cal (veja a figura deste problema). As colisbes que ‘ocorrem a seguir séo perfeitamente elésticas e dire- tas. Considere desprezivels as forgas de atrto. '2) Quantas colis6es ocorrerdo neste processo? ) Quais so as velocidades @, ¢ 7, das bolas apés 2 citima coliséo? Consarvagio da quantidade de movimento Problema suplementor 7. ‘Uma particula, de massa m = 200 g, descreve um movimento circular uniforme com velocidade v= 5,0 mvs. Calcule 0 impulso, 1, que a fora ccentripeta exerce sobre a particula durante um in- tervaio de tempo At, tal que: a) At seja igual @ metade co periado deste movimento. b) At seja igual a0 periodo deste movimento. 1. Deis carrinhos iguals, A e B, se deslocam em linha reta, sobre uma superficie horizontal, presos por um barbante e tendo entre eles uma mola compri- rmida de massa desprezivel. No instante em que a vvelocidade do conjunto & 3,0 mis o barbante se ompe, a mola se distende e cai. O carinho A para imediatamente. Qual é a velocidade de B logo apés este instante? A ieee B Pn A ee ). Uma pessoa e um objeto estéo situados sobre uma superficie horizontal sem atrito, separados por uma distancia de 40 m. Por meio de uma corda, a pes- 0a exerce um puxdo no objeto e ambos se deslocam, até se encontrarem em uma posigao si tuada a 10 m da posigéo primitiva do objeto. Sa- bendo-se que a massa da pessoa é de 80 kg, determine o valor da massa do objeto. |. Um bloco A, de massa m, = 2,0 kg, é langado com Luma velocidade v= 4,0 mis num plane horizontal iso, caldindo com uma esfere B, de massa m, = 5,0 ke ‘A esfera estava inicialmente parada e suspensa por lum fio, como mostra a figura deste problema, \eriica-se que apés 2 colsdo essa esfera atinge uma ‘altura h = 0,20 m. Considerando g= 10 mvs?: 28) Qual 6 0 médulo € o sentido da velocidade do loco A apés a colisao? by Acolisdo fol eldstica? 13, 14, 16. Problema suplementar I. Uma esfera, A, de ago, de massa m, = 1,0 kg, pre- sa a.um fio de comprimento L = 45 em, 6 abando- nada de uma posigdo mostrada na figura deste problema (com o fio na horizontal). Na posigo mais baba de sua trajetéria esta esfera colide elas- ‘icamente com um bioco, 8, também de aco, de ‘massa m, = 5,0 kg, que se encontra em repouso sobre uma superficie horizontal. Considerando 10 mis?, determine a velocidade ¥, da esfera, i, do bloco, logo apes a coliso. Problema suplementor 12. Um homem, usando um colete & prova de balas, esté em pé Sobre patins. Uma bala, de massa igual 2 20 g, com velocidade horizontal de 400 ms, € atrada contra ele, atinge 0 colete e cai verical- mente. Considere a massa do homem com 0 cole teiguala 80 kg. 2) Qual 6a velocidade que o homem adquireapés receber 0 impacto da bala? . ) Alguns fimes apresentam cenas nes quais ufna pessoa, apés receber um tio, é langada brusca- ‘mente para ts. Esta cena esté de acordo com resultado obtido em (2)? No problema anterior, supona que a bala coidisse elasticamente com 0 colete e votasse na mesma 880 colocados em contatoe islados e intubncias externas. a) Diga o que se passe com os valores de t,t b} Como se denomina 0 estado para o qual ten | dem os dois comos? ©) Quando este estado é alcangedo, o que pode | ‘ms dizer Sobre 05 valor de © ty? 2. Para medica temperatura de uma pessoa, deve- ‘mos manter 0 termémetvo em contato com ela ‘urante um cero tempo. Por qué? 3.) Atomporatura nonmaldocorpohumano é cerca de 37°C, Eigrosse esta temperatura na escala Helin, ) A temperatura de ebuligso do itrogaio liquide 6 78K. Qual 60 valor desta temperatura em°C? ©) temperatura de um compose elevou de 52°C, Qual {ota eevagdo da temperature Kelvin deste cope? ME so. 4, Em um laboratrio de pesauisas, um cientista me- diva temperature ne qual um certo gas se iquefez, fenconirands um valor extemamente babo. Qual dos valores seguintes voo8 acha que poderia ter ‘io encontrado por ele? Explique, a)-327b)=-15K— g)-253°C 5. Consute 8 tabela 10-1 e responda: 8) Qual das temperatures al indicadas & mals pré- ima do ero absolto? b) Esta temperatura 6 maior au menor do que o ‘ero absolute? ©) Biste, nesta tabela,alguma temperatura supe- rior & da superficie do Sol? (A temperatura ca ‘superficie do So cerca de 6 000 K) 6. Do's recipientes, Ae B, contém massas iguais de lum mesmo gis, a temperaturas diferentes, sendo > ty Lembrando-se 60 que voce leu no texto desta Secgdo, responda se & coreto dizer 4) "0 gés em A possui mais calor do que o gas ems", ) "Aenergacinétioa das moléculas do gis em A é maior do que a energa cinétca das molécujas (0 gas em B, 10.2. Dilatagao dos sélides piLatacho ‘Um fato bastante conbecidlo € que as dimensdes de um corpo aumentam quan- do aumentamos a sua temperatura. vo algumas exceges, todos os corpos, quer sejum sbidos,iquidos ou gasosos,dlatam-se quando sua temperatura uments. en RL, iw? v6 oquecide sues dimen Shes aumentam, ito 6 lo sedicta A fig. 10-6 mostra uma experiéncia simples que ilustra a dilatagio de uum s6lido: & temperatura ambiente, a esfera metilica 4 pode passar, com pe- quena folga, através do anel B. Aquecendo-se apenas a esfera, verifica-se que cla nao podera mais passar pelo anel. Devido a elevagio da temperatura, a esfera se dilatou. Se vocé esperar que sua temperatura volte ao valor primiti= v0, esfera se contrairé e tornaré a passar pelo anel. POR QUE UM SOLIDO SE DILATA Se analisarmos a estrutura interna de um sélido, poderemos entender por que ocorre a dilatagio. Os stomos que constituem o sdlido se distribuem ordenadamente, dando origem a ‘uma estrutura que € denominada rede cristalina do s6lido. A ligagio entre estes Stomos se faz por meio de forgas elétricas, que atwam como se existissem pequenas molas unindo um étomo a outro (fig. 10-7). Esses étomos éstio em cons- tante vibragao em torno de uma posigdo média, de equilibrio. ‘Temperatura ¢ ditatag3o — Quando a temperatura do s6lido € aumentada, hi um aumento na agitacao de seus étomos, fazendo com que eles, ao vibrar, afastem-se mais da posigio de equiltbrio. Entretanto, a forga que se manifesta entre os étomos atua como se a “mola” fosse mais dura para ser comprimida do que para ser distendida. Em conseqjincia disto, a distancia média entre os étomos torna-se maior (fig. 10-7), ocasionando a dilatagio do solid. awa TEMPERATURA Fig. 10-7: & slevasBo de temperatura acarreta um ‘cumente na dstdncie mé- dio entre os Stomos de um 43a. Por is, 0 sie 0 sot, DILATAGAO LINEAR “Tomando-se uma barra a uma certa temperatura ¢ aquecendo-a, haverd um aumento em todas as suas dimensdes lineares, isto €, aumentario o seu comp: ‘mento, sua altura, sua largura ou qualquer outra linha que imaginarmos tragada 1a barra, Em um laboratério, podemos descobrir experimentalmente quais os fa- tores que vio influenciar na dilatagio de qualquer uma dessas linha Gonsideremos, por exemplo, que seja L, 0 comprimento , Jnicil de uma barra, 4 temperatura f. Elevando a temperatura =), da barra para 1,0 seu comprimento passa a ser L. Entio, uma variagio de temperatura Ar = t - f, provocou uma dilatagio mad AL=L~L, no comprimento da batra (fig. 10-8). Fazendo-se e virias medidas de Are AL para barras de diversos comprimentos all (Giversos valores de Ly, foi possfvelconcluir que a dlatagio (AL) depende do compelmento inicial (L,) ¢ do aumento. de , bel temperatura (At), sendo proporcional a ambos. Isto é: Abel, ¢ ALeAt ‘Uma das propriedades das proporgées nos permite escrever que: attest donde [ERERSAT A constante de proporcionalidade ot é denominada ceficiente de dilatagao li- iar, A equagio AL = ibyAt nos permite calcular a dilatagao de qualquer dimen- so linear, se conhecermos o seu valor inicial, Ly a variago de temperatura, Af, © ovalor de a. © COEFICIENTE DE DILATACAO LINEAR Da expressio AL = at, vemos que é possivel obter o valor de at se medir- Realizando-se experiéncias com barras feitas de dife- rentes materiais, verifica-se que o valor de & ¢ diferente para cada um desses materiais. Isto pode ser entendido se lem- Substancia brarmos que as forgas que ligam os étomos e as moléculas variam de uma substincia para outra, fazendo com que elas, ‘Aluminio se dilatem diferentemente. A tabela 10-3 nos fornece os coe- ficientes de dilatagio linear de algumas substancias. re Pela expressio @ = AL/LyAt, vemos que a unidade de Vidro(comum) 9,0 10* | medida de a. € 0 inverso de uma unidade de temperatury, pois Zinco 25x10* | AL/L,€ um mimero adimensional (nimero puro, sem unidades). Widro (pire) 3x10* | Entio, «pode ser expresso em Tungsténio 4x io" Chumbo 29x10" ow 1K Silica 4310" = ‘Aso 1x10" ‘Observe que na tabela 10-3, 0s coeficientes esto expressos Diamante 0,9 x 10% Tebela 103. zB Ss Fig. 10.9: Representacto de diletacto superficial de wma place. fem °C", Assim, para o cobre, por exemplo, temos = 17 X10°°C' Isto significa que uma barra de cobre, de 1 em (ou I m, ou 1 km tc.) de comprimento, aumenta de 17 x 10em (ou m ou km ete.) quando sua temperatura é clevada de 1°C. DILATAGAO SUPERFICIAL E VOLUMETRICA, No estudo da dilatagio superficial, isto 6, o aumento da érea de uum objeto provocado por uma variagio de temperatura, sio obser- vadas as mesmas leis da dilatagio linear. Considerando uma placa de {rea inicial A, ¢ elevando sua temperatura de Ar, aérea passa aser A, sofrendo uma dilatagio superficial Ad = A—A, (fig. 10-9). Pode-se verificar que je coeficiente de proporcionalidade B é denominado cvficiente de dilatagao superficial. Seu valor também depende do material do qual a placa é feta, Entretanto, nfo & necessério construir tabelas com valores de B, pois pode-se mostrar que, para um deverminado ‘material, ese B=20 Entio, se desejarmos saber, por exemplo, o valor de B para 0 ago, consulta remos a tabela 10-3 ¢ obteremos B=2a= x11x10% on B=22x10C* De maneira idéntiea, verificamos que a dilatagio volumétrca, isto é, a vari~ cio do volume de um corpo com a temperatura, segue as mesmnas les. Assim, se ‘um corpo de volume V, tem sua temperatura aumentada de A, seu volume au- menta de AV = VV, ¢ temos : (aera | Temperatura e ditatass. O coeficiente yé denominado eneficiente de dilatagio volumétrica © pode-se mostrar que, para tum dado material, tem-se 7 = 30. COMENTARIOS Um grande niimero de fatos que ocorrem em nossa vida disria estao relacionados com 0 fendmeno de dilatagio. A seguir, analisaremos alguns desses fatos que voe8, provavelmente, ja deve ter observado. 1) Quando aquecemos um anel ou, de um modo geral, uma placa que apresenta um orificio, verifica-se que, com a dilatago da placa, oof também suas dimensies saumentades, dilatando-se como se a placa fosse inteiriga, isto é, como se 0 orificio fosse feito do mesmo material da placa (fig. 10-10-2). Este fato € utiizado na adaptagio de aros metilicos em rodas de madeira (rodas de carroca, por exemplo), da seguinte maneira: o aro, de diimetro ligeiramente menor do que o da roda, é aquecido e, assim, & possivel encaixar a roda nele. Quando 0 aro retorna 3 temperatura ambiente, ele se contra adaptando-se firmemente 8 perferia da roda © mesmo ocorre com a dilatacio volumétrica. A capacidade de um recipiente qualquer aumenta quando sua temperatura se eleva, em virtude da dilatagio da parte oca (volume interno) deste recipiente (fig. 10-10-b). 2) Atemperatura ambiente, em quase todos os lugares da Terra, sofre variagbcs aprecidveis do dia para a noite, de uma estacio para outra exc. Assim, 05 objetos existentes nestes lugares, evidentemente, tero suas dimensdes alteradas periodicamente, Para permitir que «essas dilatagdes ocorram sem danos, nos trilhos de estradas de ferro ou nas grandes estruturas de concreto armado, so deixadas juntas de dilatagio, como ilustra a fig. 10-11. Do mesmo modo, para que uma ponte possa se dilatar livremente, sem trinear, os engenheiros @ apéiam sobre rolos (fig. 10-12). Se nao fossem tomadas estas precaugdes, as estruturas se danificariam, pois si0 ‘enormes as tensbes que aparecem em pecas submetidas a uma va- siagio de temperatura e impedidas de se dilatarem ou de se contrairem (veja a fig. 10-13). eee ‘Sitdnels de juntas de ditardo. oF) 10-10: 0 onfcio tam- se dilete quando © loca ¢ aquecida, Da mes. ‘mo forma, volume inter Ino de um recipiente ue ‘mente quando este reel lente se diate, 10-11: Junta de allo- tego ente or tlh de lume extra de ferr. Fig. 10-12: Pore que diletario de um 13: A grande elavacdo de temperatura, durante um indie, pro- Oe een cE CoM “iis ome tabrarte’ igs vibes te ee Nebenlag Bean ee 3) Como voe8 sabe, se uma vasilha de vidro comum for levada a0 fogo, ela se ‘quebra. Isto ocorre porque a parte em contato direto com o fogo se aquece nis e, conseqiientemente, sofre maior dilatago do que as outras partes. No entanto, uma panela de vidro pirex pode ser levada a0 fogo, sem trincar, por ser o pirex um tipo especial de vidro cujo coeficiente de dilatacao € muito menor do que o do vidro comum (ver tabela 10-3) ( 4) Um fato importante, relativo & dilatagio, é que ela influi na densidade (p= m/V) das substancias. De fato, se a temperatura de um corpo eresce, sabemos que, em geral, seu volume aumenta e, como sua massa nao varia, sua densidade ira dimimuit. A formacio dos ventos, por exemplo, ¢ causada por esta variagdo de densidade, As veves, uma certa regio da superficie da Terra se aquece mais do que outra regiao vizinha. Ent4o, as camadas de ar, proximas 4 regiio aquecida, dilatam-se € sobem, porque sua densidade diminui, causando uma rarefagio do ar naquela regio. Isto origina ventos, consti- tuidos por camadas de ar das regides vizinhas, que se movimentam em dires30 a0 local onde houve a rarefagio (fig. 10-14). Fig. 10-14: Os ventor s80 causedos pelo variacdo de ‘densidade do ar em came ‘dor diferentemente oque- ides lustragdo esquemé- tice. E também em virtude da variagdo da ‘igua, a0 se aquecer, tem sua densidade di- densidade com a temperatura que, nos aque- cedores, a entrada de égua fra se Faz na parte = inferior, enquanto a saida de agua quente esti a way —_situada na parte superior (fig. 10-15). Isto oana edn ocorre porque a resisténcia elétrica de aque- quem —_cimento, estando situada na parte inferior do cilindro, aquece a gua fria que entra. A minuida e tende a ocupar a parte superior do aquecedor, onde deverd estar situada a Fig. 10-15: Emum oquecedoreléwica,e _saida de égua quente. entrada de dua fia (mais dana) 6 fete fa porte Inferior e 0 ldo de. Ogue ‘Observando os fatos que ocorrem a0 (quente (menos dens).na parte superior. seu redor, voc® poders identificar varias outras situagdes nas quais a dilatagio ddesempenha um papel importante. car | satis paraacgcinerto ‘Temperatura editatacso — — NAO CONSIGO yy DESTAMPAR. = ESTA GARRAFA. d “ q a (gey Aquecendo-s @ tampa de uma gorofe, openes ela se dot (o gargalo do _arefa& pouco aquetido)e, osm, pode ser etird com foclidede, Exemplo Imagine que se envolvesse a Terre, na regiao do Equador, com um anel de aluminio, como esté mostredo na fig, 10-26-a, Se a temperatura Go ane! fosse elevada de apenas 3,0°C, sem que a temperatura da Tera sofesse modificagbes, a que altura, acima da superficie da Tera, o ane! ina fear (ig. 10-16-0)? (Como sabemos, 0 ane! se diatarla como se fosse um disco macigo de ‘alumini. Entio, a awa procurada representa a dlatagdo do rio do are, lndicada por AR na fig. 10-160. Mas 0 rao incl, R, do ane, 6 0 propo ‘ai da Tea fg, 10-16-a). Assim, temos AR=aRAt coetciente de alatagdo do aluminio vale « = 23 x 10°C* (tabe- 1a 10-3) e, na tabela no final deste volume, encontramos que 0 raio da Terra éR, = 64% 410" m. Como at = 1,0°0, ver AR = 23x10°64%10°x1,0 donde AR = 147m Observe que este velor corresponde & altura de um edfcio de, ‘2roximadamente, 50 andares. Fig. 0-16: Poroo exemple da seep 80 10.2 © exell'Cicios de fIXAGO Excl -Cicios d © [Ances de passar ao estudo da préxima secefo, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 7.8) Bolque por que um copo de iro comum pro: las aparecem: quando se di que © coefiinte de vavelmente se quebrard se vocé o encher par- ilatagao linear no chumbo vale 29 x 10°°C*, isto Céalmente com agua fovendo. signa que uma bara de chumbo: 1) Por ue, enchendovo completamente, hé menor ee eee ames ‘probabilidade de se quebrar 0 copo? Oe dot Wei Se eiiecmoa, ©) Porque ocopo no se quebar se for de ro pie? 18 Para compreender o significado do coeficiente de latagdo linear, copie as afrmag6us seguintes em seu caderno e complete 0s espagos vazios que ne 29x40" km quando sua temperatura aumenta 6 0K. b) De 4 polegada de comprimento’dilata-se de 29 x 10° polegadas quando sua temperatura ‘aumenta de Xk (a sc. ©} De 1.cm de comprimento dilata-se de 0% em ‘quando sua ternperature aumenta de 1°C, 2) Duss barras, Ae 8, de mesmo comprimento ink- ‘lal, sotrem @ mesma elevagao de temperatura. [As dlatagbes dostas baras poderdo ser diferen- tes? Expique, ) Duas barras, A e @, de mesmo material, so- {rem a mesma elevagao de temperatura, AS dliatagbes destas batras poderao ser dife- rentes? Expique. Uma chapa de zinco, de forma retangula, tem 60 om de comprimento e 40 cm oe argue temperatura de ‘20°. Supondo que a chapa fol aquecisa até 120°C & Consistando a tabola 10-3 caleue: 2) A diiatagao no comprimento da chapa. ) A diiatago na largura da chapa. |. Considere a chapa do exercicio anterior a) Qual 6 0 valor de seu coefciente de dilatacso supericial B? ) Calcule o aumento na drea da chapa usando 0 valor de B obtido er (a) 2. A capacidade de um baléo volumétvco (completa- ‘mente cheio), usado nos laboratérios de Quimica, 6 de exatamente 100 mL a temperatura de 20°C 14. (estes dados vém indicados no baléo). Estando teste baléo completamente chelo de gua em um da quonte (temperatura ambiente de 30°C), 0 vo- lume de dua nele contido seré maior, menor ou igual a 100 mie ‘Suponha que uma estrada de ferro tenha sido ‘construida com tihos indwviduais. de um certo ‘comprimento L, deixando-se entre eles juntas de diatagéo de largura igual a 1 om. @) Se a estrada fosse construlda com trios de ‘comprimento maior do que L, 3 jurtas de dia ‘a0 deveriam tr largura maior, menor ou Iu a Lem? Explque. 1) Por que, se ocorter um incéndio na estrada (como na fig, 10-13), 08 thos se deformam _apesar da eristéncia Gas juntas de dlatacso? ‘Uma esfera de ago esté utuando na superficie do ‘mercério contdo em um reciente. Suponta que, or um proceso qualquer, apenas a temperatura ‘da esfera soja aumentada, 4) A densidade da estera iri aumentar, diminuit ou io safrerd aterago? 'b) Ent, a fragdo submersa de esfera aumentar, iminuirh ou no sofreré alteraglo? 3s liquidos se dilatam obedecendo as mes- mas leis que estudamos para os s6lidos. Apenas devemos nos lembrar de que, como os liquidos substancia nio tém forma propria, mas tomam a forma do recipiente, nio é importante o estudo das dilata~ ie oes linear e superficial de um guido. O que interessa, em geral, € 0 conhecimento de sua dilatagio volumétrica. Por isso, para os liquidos, sio tabelados apenas os coeficientes de dilatacio volumétrica (bela 10-4). DILATAGA@ APARENTE Para se observar a dilatagio de um liquido, este deve estar contido em um frasco, que seré aquecido juntamente com o liquido. Assim, ambos se dilatardo e, ‘como a capacidade do frasco aumenta, a dilatacio que observaremos, para o I= {quido, seri apenas uma dilatagio aparente. A dilatacio real do liquido seré maior do que a dilatagio aparente observada. Esta dilatagio real é, evidentemente, igual {soma da dilatagio aparente com a dilatacio volumétrica do recipiente. Quando usamos um recipiente eujo coeficiente de dilatacio é muito pequeno, a dilatagio aparente torna-se praticamente igual & sua dilatagio real DILATAGAO IRREGULAR DA AGUA Como vimos, os corpos sélidos ¢ liquidos, em geral, tém seu volume au- mentado quando elevamos sua temperatura, Entretanto, algumas substincias, cm determinados intervalos de temperatura, apresentam um comportamento in- verso, isto & diminuem de volume quando sua temperatura aumenta. Assim sen- do, estas substincias, nestes intervalos, tém um coeficiente de dilataglo negativ. ‘A.égua, por exemplo, é uma das substincias que apresenta esta irregularida- dena dilatagio. Quando a temperatura da dgua é aumentada, entre 0°C e #°C, 0 seu ‘volume diminui. Elevando-se sua temperatura para acima de 4°C, ela se dilata normalmente. O geifico volume x temperatura para a 4gua tem, entio, 0 aspecto ‘mostrado na fig. 10-17. Portanto, uma certa massa de gua tem um volume mini- ‘mo a 4°C, ou seja, sua densidade é méxima nesta temperatura Fig. 10-17: © volume de uma dade morsa de dguo& minimo 2 °C. yee") 0,75 x 107 12x 10> Fig. 10-18: Quando um Fig. 10-19: Pere 0 exem- ple de secede 103. £ por este motivo que, em pafses onde o inverno € rigaroso, os lagos ¢ rios se congelam na superficie, a (gua de maxima densidade encontra-se no fundo, isto é, a 4°C (fig. 10-18). Este fato é fundamental para a preservagdo da fauna € da flora destes lugares. Se a égua nfo apresentasse esta irregularidade na dilataglo, os rios ¢ lagos se congelariam totalmente, causanda danos irrepariveis as plantas e animais aquaticos. Exemplo Um frasco de vaio, cujo volume & exatamente 1.000 cm? a 0°, esté completamente cheto de mereiio a esta temperatura. Quando 0 conjunto & aquest até 100°C, entornam 15,0 om" de mercito (fig, 10-19), 9} Qual fo a lato real do mercirio? ‘Como sabemos, esta ciatagao ¢ dad por Mig = tot Neste caso, 0 volume Inicial do mereirio 6 V, = 1.000 em® e o aumento de temperatura vale At = 100°C. 0 valor do coefciente de diatagso volumética ‘de mercirio forecid peta tabela 10-4: y. = 0,18 x 10°C" Entéo Yq" 048% 10"%4000%100 donde Vig = 18,0.¢m* 1) Qual fol a dlatagdo do frasco? ‘A dllatagéo aparente do mercirio ¢ dada pela quantidade que entomou, isto é, 15,0 0m". Como a dlatapéo real fol de 18,0 cm, & claro que adllatagso do fasco foi AV, = 18,0-15,0 donde AV, = 3,0 er? ©) Qual 0 valor do coefciente de dilatagdo linear do vido de que é feito ofrasco? ‘Sabemos que v= West ‘onde y, 6 0 coefciente de cflatagdo volumétrca do trasco, Vy Assim, como AV, = 3,0.¢m, its 30=%1000%100 donde y= 3,0x10%C+ Lembrande que y,= 30, obtemos 1.000 em'e at = 100°. 310x140 pole: Peed a donde a= 2,0x10%C* ‘Tamperstura.ediiataghe ic {1MAGAe exel"Cicios de fFIXAga0 exel’Cicios de fIXa Antes de passar ao estudo da proxima seccio, responda as questdes seguintes, consultando o texto sempre que julgar necessario. 415. Uma pessoa encheu completamente o tanque de ‘gasolina de seu carro e deixou-o estacionado 20 Sol, Depois de um certo tempo, verficou que, em virude da elevacéo de temperatura, uma certa ‘quantidade de gasoina havia entornado. 2) Otanque de gasolina se cietou? ) A quantidade que entomou representa a diata- (0 real que a gasolina sotreu? ‘© Entéo, a dilatagao real da gasolina fol maior, ‘menor ou igual & cilatagdo do tanque? 1) Eo coefciente de latagto da gasoina & maior, ‘menor ou igual a0 coeficiente de diiatagio volumétrca do mataral de que 6 feito o tanque? 416. Um liquido, cujo coefclente de cilataao volu- rmétriea 6, = 6,9 x 40°C", fol colocado em um recipiente de aluminio,atingindo uma altura n den- tro deste recipiente. 1) Consuitando a tabe'a 10-3, determine o coetc- ‘ene de diataggo vlumética, yd aluminio. ') Se 0 conjunto recipiente + Hiquido for aquecido, ‘9 nivel do lquico no recipiente subir, descerd ‘uno softeréalterag0? ©) Entdo, qual fo clatagdo aparente do liquide? 117, Um recpiente,cwo volume inicial 6 ¥, = 100 om?, ‘std completamente cheio de gicerina & tempera ‘ure de 20 °C, Aquecendo-se 0 conjnto até 50°C, verficg-Se que entoma 1,5 cr de gicerina, 4) Qual fla diatardo aparente da gicerna? ) Consult atabela 10-4 e calcul a dlatagéo real sofida pea glcerina. (©) Eno, qual 6 0 valor do coeficiente de diatagéo do recipients? 18, Ua estera de made'ra esté futvanco na super. ‘fe da gua, conta em um recipiente, & tempera. tura de 2°C. Se apenas a gua for aquecica até ‘ua temperatura ating 4°: 1) O volume da dgua aumentard, diminuiré ou no softer ateragdo? ) A densidede da égua aumentard, diminuiré ou io softersateracso? ©) EntBo, @ parte submersa da esfera aumentaré, lminuiré ou no sofreréateragao? 119, Responda as questOes do exercicio anterior supon- do, agora, que a temperstura da agua fosse ‘aumentada, apart de 4”C, para 20°C. | \ Fig. 10-20: Esquema do termémetro conttruldo por Galen. Fig. 10-21: lustro quemttica fe Tguido, construe em 1637, semelhente oor que 180 usados otualment. nando por um tubo fino, cuja extremidade era introduzida em um recipiente contendo égua colorida (fig. 10-20). Antes de emborcar 0 tubo na égua, Galileu aquecia um pouco o bulbo de vidro para expulsar parte do ar ai conti do. Entao, mergulhando o tubo no recipiente, quando a temperatura do bul- bo retornava ao seu valor inicial, agua subia no tubo (forcada pela pressio ‘atmosférica) até uma certa altura. Evidentemente, o aparelho assim construt- do permitia compararas temperaturas de objetos colocados em contato com o bulbo, pois a altura da coluna de 4gua é tanto menor quanto maior for a tem= pperatura do bulbo. Conta-se que os médieos da época passaram 2 usar o termémetro de Galileu para verificar se seus pacientes estavam com febre. Para isto, coloca~ vam o bulbo na boca de uma pessoa sadia e marcavam o nivel da 4gua no tubo, Em seguida, colocavam 0 bulbo na boca do paciente e, se a coluna des- ceesse abaixo do nivel anterior, o médico concluia que a temperatura do doen te estava acima da normal. O aparelho de Galileu nao era propriamente um “termémetro”, pois nio possuia escala para medir as temperaturas. Na realidade, cle permitia apenas a ‘comparacio de duas temperaturas e, por iss0, devemos denomina-lo mais apro- ppriadamente de “termoscépio de Galileu”. OS PRIMEIROS TERMOMETROS DE LiQuIDO [No termoscépio de Galileu, as variagdes de temperatura eram indicadas pela dilatagio ou contrago de uma massa de ar. O primeiro termometro de liquid, seielhante aos que sio usados até hoe, foi constraido por Jean Rey, um médico francés, em 1637 (fig. 10-21). Neste termémetro, as variagGes de temperatura ‘ram indicadas, de maneira semelhante 20s termémetros atuais, pela dilatacio ou contragio da égua contida no reservatério (observe, entretanto, ma fig. 10-21, que a cextremidade superior do tubo termométrico no era fechada, como nos atuas). Alguns anos mais tarde, Fernando II, Duque de “Toscana, que se interessa- vva por ciéncias, desejando medir temperatoras inferiores 20 ponto de solidificagto da 4gua, construiu um termometro, semelhante ao de Rey, usando ‘lcool em lugar de dgua, pois o élcool se congela a uma temperatura bem mais baixa do que a gua. Para evitara evaporacio do alcool, ele teve a idéia de fechar hermeticamente a parte superior do tubo, construindo, assim, um termémetro realmente igual aos que usamos na atualidade © Duque Fernando II contribuiu enormemente para o desenvolvimento 4a termometria, fundando em Florenga uma Academia especializada na cons- trugio de termOmetros, Os habilidosos especialistas que trabalhavam nesta Aca- emia foram os primeiros a usar o mercairio como liquido termométrico. Estes term@metros florentinos forain amplamente usados por mais de cem anos e, ainda hoje, ¢ possivel encontrar alguns exemplares destes aparelhos. ESCALAS TERMOMETRICAS - A PROPOSTA DE CELSIUS Para tomar possvela medida da temperatura, usando os primeirosterméme- ‘ros construidlos, os especialistas procuraram estabelecer esalastermomeétricas para sgraduar estes aparelhos. Como esta graduagao podia ser feita de maneira toral- ‘mente arbitréria, foram surgindo varias escalas, bastante diferentes umas das outras. ‘Temperatura e ditatagio a Cada pais adotava sua propria escala e, muitas vezes,cientistas diferentes de um mesmo pais trabalhavam com escalas diferentes. No infcio do século XVIII, esta proliferagio de escalas termomeétricas era tal que existiam mais de 35 escalasem uso. Entre elas destacavam-se e tiveram maior aceitagio as escalas de Réaumur, de Fahrenheit e de Celsius. O cientista francés Réaurmur, em sua es- cala, marcava zero para 6 ponto de fusio do gelo e 80° para o ponto de ebuli- ‘gio da 4gua. Este intervalo foi dividido em 80 partes iguais e, portanto, a esea~ Ja de Réaumur nio era centigrada. A primeira escala centigrada foi proposta pelo sueco Anders Celsius, em 1742, indicando zero no ponto de fusio do elo © 100° no ponto de ebulicao da gua, como jf vimos neste capitulo. Tal- ‘ea por esta caracteristiea ela se tornou conhecida ¢ usada em todo o mundo, sendo durante cerca de 200 anos denominada “escala centigrada”. A partir de 1948, em homenagem a seu idealizador, ela passou a set oficialmente denomi- nada “escala Celsius”, Esta escala, como sabemos, fi escolhida em congressos internacionais como escala padrio para ser adotada em qualquer atividade, em todos 0s pafses do mundo. 6 A ESCALA FAHRENHEIT Apesar das convengbes internacionais, alguns pafses, princi- palmente os de lingua inglesa, ainda conservam 0 uso da escals Fahrenheit, que € amplamente empregada pela populagio ¢ até mesmo em trabalhos cientificos. Como voce freqiientemente en- contra em filmes, livros, revistas etc. referéncias a temperaturas cexpressas em gratis Fahrenheit, daremos 2 seguir alguns detalhes sobre esta escala e mostraremos como se pode determinar a tem- peratura Celsius equivalente a uma dada temperatura Fahrenheit vice-versa. Na escala Fahrenheit, 0 ponto de fusio do gelo é mareado ‘com 32 graus Fahrenheit (32°F) e 0 ponto de ebulicio da égua_ com 212 °F (fig. 10-22). Assim, o intervalo entre estas tempe- raturas corresponde a 180 divisbes. Como na escala Celsius este mesmo intervalo de temperatura corresponde a 100 divisbes, con- cluimos que o intervalo de 1°F, isto é, A (°F), corresponde apro- simadamente a metade do intervalo de 1°C [realmente tem-se ACSF) = (5/9) ACO). Suponba dois termometros, um deles graduado na escala Celsius ¢ 0 outro na escala Fahrenheit, ambos sendo usados para ‘medir uma mesma temperatura (de um Ifquido, por comme mostra a fig. 10-23), Seja fea leitura do termémetro ena do termémetro Fahrenheit. Bvidentemente, te € fy slo leiturasdife- rentes de uma mesma temperatura. Observando a fig. 10-23, vemos que: ‘divisoes em°C correspondem a (f,~32) divisdes em°F 100 divisées em°C correspondem a 180 divistes em°F “Logo, podemos escrever arte en Spo i neo. Fig. 10-23: Exqueme de comparacéo entre os es alas Cesus « Fahrenheit Antes de passar ao estudo da préxima secsdo, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 20. Por que a expresso “termfmetro" nfo 6 adequada para designar 0 dispositive construdo por Galle, mastrado na fg. 40-207 24, Suponha que uma pessoa tenha graduado um termoscénio de Galleu, adaptando-the uma escala ‘com @ qual pudesse medir temperaturas do corpo humano (entre 36°C e 42°C). Faga um desenho mostrando apresimadamente este aparelho @ sua scala, 22, a) Explique a razto pela qual o Duque Ferman ‘a antiga Florenga, substituiu @ gua pelo al- coo! na construgso de termémetrs.. ) Por que ele decidlu fechar a parte superior do ‘tubo desses termémetros? 23, a) Uma pessoa afitma que a escala Celsius fol _adotada universalmente porque ela se basoia os valores “verdaeros” dos pontos de fuso {do eo e ebulgdo da dg. Voc acha que esta ‘afirmatva ¢ coreta? Comente. 25. 26. ') Qual éentio, possivelmante, a razto deter sido essa escala prefer entre as indmeras outras lescalas propostas no século XVI? ‘defini 100°F como sendo iguel & temperetura do corpo humano. Se isso {osse realmente verdedeir, 0 que se podera dizer sobre o estado de sade da pessoa que Fahrenhet tomou para referéncia? SSabe-se que a temperatura na qual o papel entra fem combustéo € de aproximadamente 233°C. 0 titulo de um famaso Ihro de fogdo clentfica (e de um flme nele baseaco) & exatamente 0 valor desta temperatura na escala Fahrenheit. Esta obra faz uma erica da queima de Ivros que costuma oor rer em sociedades dominades por ctadurss, quan- o difundem idéias.contrérias aos interesses do oder insttuld, Qua 0 tuo esse nro? iste uma temperatura na qual um termémetro Celsius © um termémetro Fahrenheit marcam 0 ‘mesmo valor. Qual 6 essa termperature? Temperatura e dilatagio —— ‘Algumas informosies adicionais ‘Avangos na tecnologia da medida e do controle da temperatura ‘Aimportincia da medida e do controle da temperatura, em ampla varie dade de atividades cientificas, industriais ¢ domésticas, levou ao grande de- senvolvimento que esta técnica atinge na atualidade. Sio bastante co- inhecidos os papéis de relevo da termometria de precisio, dos controles de ‘temperaturas elevadas ¢ muito baixas nos laboratdrios de pesquisas de todo ‘o mundo. Sio também dbvias as necessidades dessas medidas em quase todas as atividades industriais, destacando-se entre elas as indistrias agricola, ‘acrondutica, eletrénica, automobilistica, de aquecimento, refrigeracio ¢ ar- condicionado, metalirgica etc. Quanto a sua utilizagio doméstica, sabe-se que praticamente em toda residéncia encontramos pelo menos win termd- metro ou termostato, seja para uso clinico, seja para controle de temperatura ce fornos, fogdes, geladeiras ete. ‘Como sabemos, qualquer propriedade de uma substincia quevatiecom a temperatura poderia ser usadana construgio determOmetros. Aindahoje, centretanto, :maioria dostermOmetros em uso se baseia, como acontecia cm pocas passadas,na dilatagdo das substincias, especialmente na dilatagio dos iquidos. Outros termémetros, de eoncepgdes mais modernas,baseados em ‘outras propriedades, slo, porém, amplamente utilizados. Sua escolhe fica sujeita as vantagens que podem ‘em uma dada situacio, rela- ‘ionadas coma precisio, ensibilidade, durabilidade, forma, limites de tem- pperatura que permitem medir, custo etc, desejados em cada caso. ‘Os prinepios nos quais se baseiam alguns desses termémetros eas prin- pais earactersticas que levam 8 sua preferéncia sfo apresentados a seguir. ‘Termémetros de gases ‘Sio baseados na variacio de pressio ¢ do volume dos gases e emprega- dos, sobretudo, por oferecerem a possibilidade de medidas de alta precisio ‘em amplo intervalo de temperaturas (desde cerca de -263 °C a 1000 °C). ‘io praticos, principalmente para medidas de temperaturas muito baixas. Na fig. 10-1 apresentamos esquematicamente um termémetro de gis. ‘Termémetros de resisténcia elétrica Permitem também alta precisio (até 0,0001 °C em alfins termémetros de resistncia usando a platina). Oferecem étima reprodutibilidade nas lei- turas, Alguns rermémetros desse tipo, usando semicondutores (germinio, por exemplo), sio os mais recomendados para medidas de temperaruras, nuito baixas (entre 0,2 Ke 50 K). ‘Termometros de termopar Sio, talvez, os termémetros mais importantes da atualidade, com largo uso na indistria para registros continuos ¢ controle de temperatura, Ba- seiam-se na medida da voltagem existente nas jungdes de fios metilicos ou ligas de naturezas diferentes, a qual depende das temperaturas das jungBes. E muito grande a variedade de materiais que podem ser usados na constru- lo dos termopares. Suas principais vantagens sfo: grande sensibilidade, pe- cquena capacidade térmica e condigdes muito préticas de uso, o— ‘Termémetros de radiacio Baseiam-se na medida da energiairradiada por um corpo, qual depende desua temperatura. Sao empregados, principalmente, na obtengao de tempe- sracuras muito elevadas, oferecendo a vantagem de permitir a medida sem con- tato do termémetro com o objeto cuja temperatura se procura. Entre 03 diversos modelos destacamos aquele em que uma lente (objetiva) produz a ‘imagem do objeto sobre ofilamento de tungsténio de uma limpads alimenta- dda por uma bateria A corrente elétrica no filamento pode ser alterada até que 2 imagem do objeto e o filamento aparecam a0 observador igualmente bri- Thantes. A temperatura é obtida por uma prévia calibragio do termémetro. Nos medidores mais modernos o observador é substituido por uma célula fotoelétrica, a qual aciona um dispositivo eletronico que, automaticamente, completa a medida, Na fig. 10-1 mostramos urn pirdmetro ético, que é um termémetro desse tipo, Para medidas de temperaturas ainda mais elevadas, ‘como a de chamas, estrelas, gases ionizados (plasmas) ete., outras técnicas imais sofisticadas, baseadas na termometria espectrosc6pica, sio usadas. ‘Termémetros bimetilicos Sio baseados no encurvamento de liminas bimetilicas a0. serem aquecidas. Embora apresentem pouca precisio, esses dispositivos sio muito empregados como termostatos (em ferros elétricos, em aquecedores, em chaves automaticas ou disjuntores ete,), por serem de uso simples e oferece- ‘rem prontido nas leituras. Observe, na fig. 10-1, o esquema de um termé- ‘metro bimetilico. ‘Termémetros actisticos principio de funcionamento desses aparelhos € a variacio da velocida- de do som (ou do ultra-som) com a temperatura. Sao usados com sucesso para temperaturas muito baixas (2K a 40 K).. Termometros magnéticos Estes termémetros tém por base a medida de propriedades magnétieas de determinados materiais, que variam com a temperatura. Estes term- ‘metros sio usados, sobretudo, para medidas de temperaturas inferiores a 1K. As temperaturas mais baizas que vm sendo aldangadas sucessivamen- te, com valores préximos de 0,000001 K, so medidas com termémetros -magnéticos. Indicadores de temperatura Alguns materiais apresentam, em situagOes especiais, uma determinada propriedade que se reprocuz, com sensivel precisio, a uma certa temperatura, ‘Conjuntos desses materiais, cada um sensivel especificamente a uma tempert- ‘ura, costumam ser usados como termémetros. Séo, assim, certas tintas ou lis que se fundem ou mudam de cor, bolas ou cones que se fundem, cada um em determinada temperatura, Apresentam pouca precisio e tém a desvanta- ‘gem de 56 poderem ser usados uma tinica vez, mas sio bastante empregados thas indtstrias de cerimicas. Entre os indicadores, of eristais liquidos, substincias descobertas recentemente, cujas cores se alteram cont ‘ura, apresentam a vantagem de serem reversiveis. Como 0 nome indica, sio sao reVisao © i Termmee de rte = ‘As questées seguintes foram formuladas para que vocé faca uma revisio dos pontos mais importantes abordados neste capitulo. Ao respondé-las, volte ao texto sempre que tiver davidas. 4. Diga, com suas patavres, o que voe8 entende por ‘estado de equiorio térmico. 2. Cte alguns tpos de termémetros que foram apre= ‘sentados neste capitui. Pera cada um dels, ind- ‘que qual a granceza cuja vaiaglo esth sendo usa- ‘da na medida da temperature. 3. Desoreva, resumidamente, como se deve proceder ara gaduar um termémeto na escala Celsius. 44, a) O que vood entende por 20r0 absoluto? Quel 0 valor desta temperatura na escala Celsius? 1) Como @ defnida a escala absolita de tempera ‘ra (escala Kelvin)? ©) Qual a expresso matemética que relaciona a ‘temperatura Kelvin, T, de um corpo com sua temperatura Coss, t.? 5, Analise a fg. 10-7 e procure expliar por que um ‘bilo se diata quando ¢ equecido. 6. 8) Escreva a expressdo matemética que nos per mite calcul a dllatagao linear de um sido. xplique © significado de cada um dos simbolos que aparece nesta expresséo b) Esereva as expressdes matemdticas que nos permitem celouar a dietacdo superficial e a d- latagéo volumétrca de um corpo. Explque osig- nificado de cada simoolo @ue aparece nestas, expressses. CConhecendo-se 0 ovefciente de diatagdo linear de lum sélido, como procedemos para determinar © seU coeficiente de diatagdo superficial? E 0 seu coeficiente de dilatagéo vlumetioa? (0 que ocorre com a densidade de um sBldo quen- do sua temperature aumenta? Explique, 4) 0 que voce entende por dliatagéo aparente de tum tiquide? ) Por que a dliatacdo aparente, em geral, néo & igual & dlatagéo real do liquide? 4) Descreva 0 que acorre com 0 volume de uma ‘certa massa de égua quando ela & aquecida de O%Cate 100. ') Entdo, em qual temperatura a égua apresenta ‘densidad maa? ©) Biplique por que este fato 6 fundarhental para & preservagdo da fauna e da ra nos lags e ros de paises cwo vero é rigoroso. algumas experi@ncias simples Para vocé fazer Primeira experiénecia comum encontrar como invélucro dos cigarros, no in terior do maco, uma foiha que apresenta duas faces: uma de papel comum e a outra de aluminio, coladas nize si Corte uma lémina desta folna de dupa face @ aproxime ela uma chama, como a de um fésforo aceso (veja @ figura desta experiéncia). Mantenna a chama a uma certa distancia para evitar que o papel se queime. Ob- serve o que acontece com a lémina. Em seguida, afaste ‘a chama e venifique se a lamina retoma sua situagao Inicial ao estriar. Primeira experiénca, 4) Procure explicar suas observagtes, lembrando-se de ‘seus conhecimentos sobre dlatagdo (va o problema 7 deste coptuo). b) De acordo com © que voce observou, qual dos dois materiais deve termsiorcoetciente de dlataglo: oalu- ‘minio oupapel? ©) Aquega, agora, uma fine lémina felta apenas de ‘alumni (papel de aluminio). Por que, neste caso, no ocorre o efeito observado com a lamina de du pla face? ‘Sogunda exporiéncia © procedimento seguinte he permit observar facimen- te a ailatagao (e @ contragéo) térmica de um liquide qualquer. 41) Tome um frasco de vicro (um waro de remédlo com cerca de 50 cm? de volume, por exempio). Encha-o ‘completamente com égua previamente colorida (com um pouco de tinta ou mercrio-cromo) pare faciltar suasobservagbes. Procure uma rolha que se adapte flando bem ajusta- 2, 8 boca do fresco de iro. Faga um furona rina e passe, através dele, um tubo fin de plstic ou video (o tubo vazio do reservatério de tinta de uma caneta esferogéfica presta-se muito bem). Usando um pou- 0 de cola, procure vedar qualquer arficio que por acasoexistana supertciedaroina. 2 Fechando 0 frasco com a rolna, forgando-a para (que se ajuste bem, a gua subird até uma certa a turano interior do tubo, como mostra aiguradesta experiencia. 3°) Coloque este cispostvo que voc preparouem um ba- ho de gua bem quente, de modo que ela envola 0 {asco que contém due colorda, Observe o que coor rer.como nivel de aquanotubo, souacoorea Segunda experiéncia. DDepois de um certo tempo, transfira o dispositive para um bbanho de gua bem ta (mistura de Agua egelo). Veja, en- ‘80, oque se passa como nivel da éguanotubo. ‘Observe que este cispositivo poderia funcionar como um termémetro, bastando, para isso, que voc® o cal basse de acoréo com as convencdet deseritas no Inicio deste capitulo. Tercolra experiéneia neha com dgua uma jarra ou uma lata com cerca de 30 cm de profundidade. Procure obter um termém {ro cuja escala Ihe permita ler temperaturas compre- tendidas entre O°C e cerca de 30°C. Com este termé- ‘metro, mega as temperaturas da agua préximo & su- Perfciee préxima 20 fundo do recipiente. Voc8 obser- Varé que as temperaturas sto praticament ig. CColoque, ent, varios pedagos de gelo no dua e deixe 0 Fecipiente em repouso (sem agltar a Agua) durante um certo tempo. Em seguida, tome a medir a temperatura a gua na supertiie eno fund. 2) A temperatura da égua € ainda a mesma no fundo ena superficie? 1) Os valores que voo# encontrou esto prbximos dacuetes ‘que voc’ esperava? Estéo de acorso com aqullo que oot estudou sobre a clatagdo dada neste capitulo? Bogue. ‘Tomperatura o dilatagio Quarta experiéneia No Tépico Especial deste capitulo descreveros 0 ‘termoscépio de Gaiileu, Yoo® poderd constuir um termd- metio Semelhante, usando a aparelhagem que foi ‘tleada na segunda experncia deste capo. ‘Aquega ligeiramente frasco de vcro vazio, com 0 tubo ‘adeptado através da rolha (tome evidedo para que ualsquer orficios, entra rola 0 trasco, ou entre a ralna e o tubo, estejam devidamente vedados). Embor- 41. Desejando-se medir a temperatura de um peque- na ingeto, colacou-se um grande nimero deles fem um recipiente. Introduzindo-se entre 0s inse~ tos um termémetzo, veificou-se que, depois de tum certo tempo, 0 termémetro indicava 30°C. a) Para determinar a temperatura de cada inseto seria necessério conhecer o ndmero deles no recipiente? ') Entdo, qual era a temperatura de um dos inse- 08? 2. Quando @ bulbo de um termémetvo é aquecido por Luma chama, 0 nhel da coluna de Hg inicalmente deseo para, logo em seguda, subir acima do nivet Init. Expique por que isto acontece. 3. As rolhas de vido, de frascos também de vidro, costumam ajustar-se 90 gargalo, impedindo que 0 frasco seja aberto, Consegue-se retirar arolha ‘aquecendo-se apenas o gargalo do reciplente. Explique. 4. Uma chapa metlica, que possui um orfcio cireu- lar, 6 aqueciéa de 50 °C para 100 °C. Como conse- ‘qbbnca deste aquecimento podemos conclir que ‘ didmatro do orifice: 2) Dobra @ Aumenta um pouco. b) Reduz'se & metade. ¢) Diminui um pouco, ©) Nao vari '5. 0 diémetro externo de uma aruela de metal é de 2,0 om e seu didmetro interno mede 1,0 em. Aquecendo-se a amuela,vetfica-se que seu diéme- two externo aumenta de Ax. Entio, podemos con Cluirque seu dldmete interno: 2) Diminuide sx) Aumenta de ax. } Diminui de Ay/2,) NSovara, ) Aumenta de v2, 16, Um pino de ago ¢ colocado, com pequena folga, ‘em um onifilo existente numa chapa de cobre. ‘Tendo em vista a tabela 10-3, anaise as afmati- vas seguites e indique qual delas est errada: 2) Aquecendo-se apenas o pino, a folg diminuir. : problemas 7 ‘que 0 tubo em um recipiente contendo agua colorida, da maneira mostrada na fig. 10-20. Controlando 0 ‘aguecimente iniial do fresco, voc’ poderd fazer com que, quando ele retomar & temperatura ambiente, a ‘agua sua até préximo & metade do tubo. Assim, estar pronto 0 seu termoscépio (igual ao de Galleu). Voo8 oder utiizé-o para comparar as temperaturas de ‘alguns objetos como, por exemplo, es temperatures das ros de diversas pessoas. e testes irc |Ciitas et by Aquecendo-se apenas a chapa, 2 folga au- mmentaré. ©) Ambos sendo igualmente aquecidos, a olga au- rmentaré. Ambo sendo iualmente aquecits, 8 flga nao ir so altrar 1) Ambos sendo igualmente resfiados, a folga irs iminuit 7. Uma lamina bimetlica & ‘constituida por das fofhas ‘de metals dierentes (aco zineo, por exemple), Unidas frmemente, como mostra figura deste problema. Suponha que festa lamina seja aquecide. e Consultando a tabela 10- 3, procure descrevero que ‘aconteceré com a lémina Virtude da dietacdo dos dois metais. Faga um desenho mostrando 0 aspecto da lémina apés 0 ‘aquecimento (este cisoostivo costuma ser usado para fechar 0 cicuto eético de um alarme contra Incéndio, |B, Um nogociante de tacos possu um metro de me- tal, que fol gyaduado a 20 “©. Suponha que 0 ne- ‘Bosiante estole usando este matro em um dia de verdo, no qual a temperatura esteja préxima de 40°C. Neste cia: 8) O comprimento co metro do negociante & maior ‘oumenor do que 1 m? 'b) Ao vender uma pega de tecido, mecindo o seu Ccomprmento com este metro, 0 negociante es- taré tendo iucro ou pejuao? (A cliatagSo do te- 00 6 cespreive) 9. Duas barras, A e B, de um mesmo metal (isto 6, ppossuem o mesmo coeficiente de dilatagS0) $80 ‘aquecidas a partrde 0 °C. Entre os gréfioos da feu ra deste problema, inclque aquele que mostra cor- retamente como 0s comprimentas das dues barras varia enquanto a temperatura 6 aumentace. ” » 9 4 ‘ 4 2 : : x Probleme 9 . Suponta que uma pessoa possua um termémet ‘comum (coma 0 da fg. 10-2) pouco sense, ito 4, no 6 possnel pereebe, com este termémto, \ariagbes muito peauenas ve temperatura. A pes 0a esoNeu,entio,construirum termémetro mais sensivel. AS atornatvas soguintes descrovem providéncias que ea pretence tomar para aleancar s0u objtvo. Qual cessas provtncias nd ird colaborar para 0 aumento da sonsbiidade do termomet0? 2) Usar um auido de reir coociente co dotagto, ) Aumentaro volume do buibo do termometo. ©) Diminuire iémeto do tube capa 60 vo, © Usar um waro ce manor coetiente do tagio. ©) Aumentar 0 comprimento do tubo de vido, 44. Voe8 ache que podemes medi temperatures muito altas ou muito baias usando um termémeto de Hg? Enive que limites de temperturas ole poceria ser usado? Expiue. 432, Duas baras enconvam-se iniciamente & mesma temperatura t,. Uma dolas tom comprimenta 4, = 10,0 om 6 coeficiente de data near c, © ‘outa tem compriment f= 12,0 ome seu coe- ficient de data near 6c. Dasja-se que, 20 ‘aquocer 8s duas baras a6 uma temperatura ta Ciferenga entre seus comprimentos. pormanega sempre igual a 2,0 cr, quelque’ que sea ovaior do {Qual deve sero valor da reagio ere os coef nies @ a pare qu iss0 acantoga? 218, Um corpo, cujo eoeficiente de ciatagéo volumé- tea 6, possul @ 0°, um volume V, @ uma censi- dade py Aquecendo este corpo até Uma tempera- {ura mestre que nesta temperature: a) Seu volume ser dado porV = Vt. +10. 2) Sua densidaceserd dada por p= pd +70. a Problema 14. 414, Um bolo de vidro esté completamente cheio de lum liguido, a uma certa temperatura inicial. Um tubo fino, cua drea ca seogdo reta 6 A, 6 adapta- {do 20 bald, como mostra a figura deste proble- ‘ma. Quando @ temperatura do baléo é aurnentada de At, 0 iquido sobe no tubo até uma altura fh. ‘Supordo que a érea A do tubo tenha se mantido ‘constante @ sendo V0 volume inicial do baldo, 7 ‘© cooficente de clatagso volumétrca do iquido € 1,0 cosfciente de dlatagSo linear do vidro do ba- lao, mostre que r= Ye aga 415, Na figura deste problema mostremos um termdme- wo R,calbrado na escala Résumur,& qual zeros referéncia na secgdo 10.4 e que foi muito usada nna Franga no século Xl. 2) Determine uma expresso que nos permita con- verter uma temperatura qualquer ty (na escala Réaumur) em sua comespondentef, (na escala Celsius) ) Qual éa temperatura Celsius comespondente & 20%? 416. Como enfatizamos neste capitulo, os valores atri- buidos &s temperaturas de referéncia das escalas ‘termométricas so totalmente arbitrérios. Supo- ‘ha, entao, que uma pessoa tenha construido uma escala X na qual @ temperatura do gelo ‘undente coresponcia ao valor -20°X e a tempe- ‘ature da dgua em ebuligd0 20 valor 180°X veja a ‘gue. 4) Quantos graus X hd no interalo AB, mostrado na figura? =) Considerando uma temperatura t, qualquer, ‘quantos graus X1hé no intervalo MB? ©) Qual a temperatura, corespondente 2 60°C? 117. Dols termometros de meretrio, iénticos, um deles | graduado na escala Colsius © © outto na escala Fahrenheit, estio sendo usados para medi a ter- peratura de um mesmo lquido. A altura da coluna {de meredrio que indica esta temperature no termé- ‘metro Celsius & maior, menor ou igual altura cor- Fespondente do termémetro Fahrenheit? 418. a) Duas criangas, Ae B, estdo com febre. A tem: erature de A esta 1° acima da temporatura Normal e a de & esta 1°F também acima do Ula queSt6es de vestibular qu ‘normal. Qual das duas criangas se apresenta mais feb? 'b) Em um termémetr, graduado na escala Cet- sus, a distancia entre duas mareas correspor- Gentes 20 intervalo de 4°C ¢ igual a 4,0 mm. Se este termémetro for graduado na escala Fahrenheit, qual seré a distancia entre duas ‘marcas, comrespondentes ao interelo de °F? 419, Em uma revista cientfca encontramos a seguinte afirmatwa: “Em Plutdo, 0 planeta mais afastado {o Sol, a temperatura atinge 380 graus abawo de 2240". Embora no havendo declarado qual fo & scala termométiica utllzada, sabe-se que o autor do texto estava se referindo a uma das seguintes escalas: Kelvin, Celsius ou Fahrenheit. Qual fo 8 escala usada? Explique. 20. 4 partir da relagSo AL = al,At, determine uma expressdo que permit calcuiar 6 comprimento f- ral, L, da barra. 21, Uma barra de ago © um ane! de aluminio estdo ambos @ 20°C. A barra possul um diametro de 3,000 cm e © cidmetto interno do anel é de 2,994 om. Sendo ambos igualmente aquecidos, @ que temperatura minima a barra podera ser Innroguaida no anel? 22, Pegas metlicas costumam ser unidas por meio de rebites que so edaptados em temperatures muito elevadas. Expaue por que este processo faz com ‘que as pecas se mantenham fortementeunidas.. StGes de ves ‘As questdes de vestibular se encontram no final do livro. problemas suplementares pro! +L Suponha que uma pessoa resolve constr um ter- | mémetro Celsius usando 2 agua como liquido tormométri 4) Faga um desenho, mostrando de maneira apro- vamada como seria a escala deste termémetro enue OTe 8°. 1) Qual a principal inconveniéneia que vooé perce- bene uso deste termémeio, neste interalo? 2. Um compe soffe uma elevagao de temperatura ‘Mt; = 60°C. Se estivesse sendo sado um termd- ‘moto graduado na escala Fahrenhelt, para medi esta elevacao de temperaturs, qual seta a varia (80 At, regtrada neste termometro? {3 Ao se aferr um termémeto que apresentava defe tos, verfcou-se que ele incieave 2” para a tempe- ratura do gelo fundente © 98" para o ponto de euligdo da aqua (@ pressso de 1 atmosfera). Qual seria 2 temperatura Celsius coreta quando 0 ter mémetro defertuoso incicasse -10°? (Suponha ‘que 8s alteragdes nas letras tenham ocomido un formemente ao longo da escala.) as supleimien M@M™@7 4, figura deste problema mostra uma placa retangu- lar de tados a,» b, & temperatura t, Submetendo festa placa a uma elevagao de temperatura At, a placa se dlata, sendo Aa @ Ab os acréscimos de ‘seus lacos. 8) Caleule em fungo de a, A, @ At 08 aeréscimos de érea AA, AA, @ AA,, experimentados pela placa (veja a igure). LLembrando que 0 acréscimo total de area AA, a placa, 6 dado por AA = AA, + AA, + AA, e que af 6 desprezvel em relagao a a demonstre . % A A _- _. = pes, 5. Uma estrada de fer esta sendo constuida com tullhos de ago, cujo coeficiente de dilatacho 6 = 10 x 10°07. Os trhos estdo senda ins- {alados em um dia fo, a uma temperature de 410°, com juntas de dietagdo de 1,0 om. Saben- do-se que em cis quentes de verb a temperature dos trios pode chegar @ 60°C, qual deve ser 0 ‘comprimento méximo de cada trio, para que nao hee iscos de danos ra ina trea? 66. Um disco metico sofeu um aumento de tempe- ratura At, obsenendo-se um aumento de 0,20% fem seu didmeto, Qual fia veiagbo percentual cobsenad 2) Na espessura co disco? ) Na rea de ume ds feces co soo? ©) No volume do isco? Na massa co oio0? 7. No problems entero susonha que a elevagto de temperatura do disco tena sido at = 100°C. De- termine o coefciente de diatago do metal de que eto o disco, {8 Em uma escalahiptticaX, 00 ponto de fusbo do {lo fo trbuldo 0 valor 100°X, ao panto de ebu- lige da eo vale 20°X*. 2} Obtenha o expresso matemética que relciona ume temperature queauer,t, com a tempera- tura corespondente, na escala Celsius. ) Determine @ letua de um termémetro Celsius quando o termémetto Xmarca 60°X. 9. 0 coefciente de diatagéo near de ume liga de co- bre € a = 18 x 10°C" Qual seria valor deste coeficiente se passarmos a usar 2) A polegsda, no lugar do em, como unidace de ‘comprimento? ) A escala Fanrenheit no lugar da escala Celsius? ©) Aescala Kevin no lugar da escala Celsius? 10, Ao se calibrar um termémetvo de mercino, vei ‘couse que a altura, h, da coluna iquida, apresen- tava 0 seguntes valores: 01cm, no ponto de fuss do glo. hh = 22,0 cm, no ponto de ebullgdo da agua (a 4 atmosfera). 9) Determine a expresséo matematica que fornece «2 temperature, t, na escala Celsius, em fungao de altura, fda coluna lauida, 1) Qual é ovalor det quando h = 15,0 em? 111, Uma barra de metal, , com 30,0 em de compr- ‘mento, diata-se de 0,075 om quando sua tempe- ratura 6 elevada de O°C para 100°C. Outra bara, 2, de um meta diferente do mesmo comprimen- t0 que A, dlata-se de 0,045 em quando softe a mesma elevagso de temperatura. Uma terceira ‘barra, também com 30,0 em de comprimento, & ‘construica com pedagos de comprimentos f,€ ly ‘das baras A eB. Esta bara se data de 0,065 om pera uma elevacso de temperatura de 100°C, De- termine 08 valores 40, © 412. Um estudante deseja construr um modelo de ter ‘mémetro, usando como bulbo um fresco de vido, ‘como haste um reservatbro de tinta de caneta es: erogréica (vavio) © agua como liquido termo- métrico (veja a 2 expeniéncia deste capituo), De- ‘sea-se medir temperatures entre 20°C e 90°C, ‘com uma escala de 10 cm de comprimento. Sa bbendo que os coeficientes de latagdo volumétrica a gua © do vidro 80 x, = 21 x 10%C* e 1, = 0,3 x 10°C e que 0 diémeto interno da haste 6 de 2,0 mm, determine o volume do frasoo e vdro que ee deverd usar 413. Um recipiente clindtico de iro, de 50 om de atu- ra, contém mercirio até uma altura. Qual deve ser 0 valor de h para que o volume do recipiente ‘do ocupado pelo mercto seja 0 mesmo a qual- ‘quer temperatura? 14. Um tipo de vod & basicamente uma mistura de 30% de alcool etfico e 50% de Agua. Se um comerciante compra vodca a O°C e 2 revende 2 25°C, qual a porcentagem de lucro que este feto Ihe proporciona? (0 coefciente de dilatagdo volu- rmética da Sgua é igual 8 2.4 x 10°C © 0 do ‘loool, 7,5 x 40°C) * Raconsrar oa prime esela, A. Celsustmbém aban |Nerperatursdefasio do glo um valor numérico mas le ‘ado do que o ssibuido temperscaradeebulieto da dgus, ‘Como fe fe nest nals poten fxtingdo que oparece em um ponto branco brilhante mo entre de masse gosesa (a Imagem mostrode coresponde ‘Sumo skuaedo ocorrda cerca de 50000 anos ats) ‘Comportamente dos gases No capitulo anterior, 0 estudarmos a dilatacio dos sélidos e liquidos, ndo fo! {felta nenhuma referéneia sobre a influéncia da pressio naquele fenémeno. Isto se justifiea,pois somente grandes variacdes na pressio podem influenciar sensivelmen- te as dimens&es de sdlidos e liquidos. Assim, de um modo geral, em situages co- ‘uns, esta influéncia da pressio pode ser desprezada, Entretanto, quando vamos analisar © comportamento de um gis, verificamos que as variagBes de pressio podem provocar variagSes aprecidveis em seu volume @ ‘em sua temperatura. Estudando experimentalmente © comportamento de uma dada massa de gis, os fisicos verifcaram que seria possivel expressar este comportamento através de relagdes matematicas simples entre sua pressio,p,seu volume, V,@ sua tem- peratura, T. Uma ¥ez que sejam conhecidos os valores dessas grandezas (massa, Dressio, volume e temperatura), a situagio em que o gis se encontra fica definida ou, em outras palavras, fica definido 0 seu estado. Provocando-se uma variagio em uma dessas grandezas,verifica-se ‘que, em geral,as outras também se modifica e estes novos valores ca- ‘rcterizam um outro estado do gis. Dizemos que o gis sofreu uma trans- formago a0 passar de um estado para outro (Fig. 1-1). Nas lels experimentais, referidas anteriormente e que veremos a seguir, serdo estudadas algumas transformacSes que um gis pode sofrer, Estas leis sio validas apenas aproximadamente para 0s gases {que existem na natureza, denominados gases reais (O,,H,.N,,ar etc). (Um gis que se comporte exatamente de acordo com tas les é deno- rminado gés ideal. Verifica-se que os gases reais, submetidos a pequenas pressBes e altas temperaturas, comportamese como um gis ideal e, portanto, nessas condigées, o estudo que faremos neste capitulo poders ser usado para des- crever, com boa aproximaco, 0 comportamento dos gases reas. 11.1. Transtormagao isotérmica © QUE E UMA TRANSFORMAGAO ISOTERMICA Suponha que um gs tenha sido submetido a uma transformagio na ‘qual a sua temperatura foi mantida constante. Dizemos que ele sofreu uma transformagao isotérmica (isos = “igual” + thérme = “temperatura”). Considerando que a massa do gas também se manteve constante (nfo houve escapamento nem entrada de gs no recipiente), conclufmos que a pressio € 0 volume do gis foram as grandezas que variaram na trans- formagao isotérmica, 7 Fig. 11-1: Quando um gos fossa de urn ertodo, pare ‘utro, dizemos que ele 10- fru ume tronsformarBo. A fig. 11-2 apresenta uma maneira de realizar uma transformagio gy isotérmica, Na fig. 11-2-a, uma certa massa de ar est confinada em um determinado volume de um tubo fino, por meio de uma pequena coluna de Hg. A presido que atua neste volume de gés € a soma da pressio exercida por esta coluna de Hg com a pressio atmosférica. Adicionando-se Hg lentamente no tubo, o aumento da altura da coluna acarreta um aumento na pressio que atua sobre o gés e, conseqiientemente, observa-se uma redugio seu volume (fig. 11-2-b e c). Sendo a operacdo realizada lentamente, a massa de arpermanece sempre em equilibrio térmico com o meio ambiente, de modo que sua temperatura se mantém praticamente constante, ou seja, a transformagio observada € isotérmica, 1-2: Em uma tronefor= ‘magto totérmica, quondo © presido sobre o gas ou ‘mente, zeu volume diminul 7. - = LEI DE BOYLE Se realizarmos medidas da pressio e do volume do gas (ar) na experiéncia apresentada na fig. 11-2, poderemos encontrar uma relagio simples entre estas grandezas. Por exemplo, suponhamos que, na fig. 11-2-a, 0 volume do ar confi- nado fosse , = 60 mm’, sendo p, = 80 cmH a pressio total sobre ele, Imagine que, na fig. 11-2-b, a pressio tena sido aumentada para p, = 160 cmFlg. Nestas condigSes, observariamos que o volume do gis se reduziu para V;=30:mm'. Au- mentando-se novamente a pressio para p, = 240 cmHlg (fig. 11-2-c), o volume passaria a ser V; = 20:mm’ etc. Tabelando estas medidas temos: Pemba) 80 160 240 320 FO ana BB Yo Peed Observe, pela tabela, que: ~ duplicando p+ V’é dividido por 2; ~triplicando p— Vé dividido por 3; = quadruplicando p+ Vé dividido por 4 etc. Como sabemos, este resultado significa que o volume ”€ inversamente proporci essio p , conseqiientemente, 0 produto p - ’ constante, O ff- sico inglés Robert Boyle, em 1660, chegou a estas mesmas conclusdes, depois de realizar uma série de experiéncias semelhantes a esta que deserevemos. Por este ‘motivo, o resultado a que chegamos ¢ conhecido como lei de Bayle: Sea temperatura T de uma dada massa gasosa for mantida constante, 0 volume V deste gis serd inversamente proporcional a pressio p exercida sobre ele, ou seja: pV’ constante (se T= constante) O GRAFICO px Vv [Na ig. 11-3 apresentamos o grifico px V, construido com os valo- de pe V tirados da tabela relativa&transformagaoisotérmica da expe- iéncia que descrevemos. Veja como foram langados, no grifico, os da- dos da tabela e observe que a curva obtida mostra a variagio inversa do volume com a pressio (enquanto V aumenta p diminui). (Como, nesta transformagio, pe Vestio relacionados por uma pro- porgio inversa, podemos concluir, conforme voee jé deve ter aprendido fem seu curso de Matemitica, que a curva da fig. 11-3 € umna hipérbole. 10 2 @ % & # VY Em virtude de estar descrevendo uma transformagao isotérmica, esta Fig. 11-3: loterma deum gésideal curva é também denominada uma isterma do gis. ‘Somportamente dos gases os INFLUENCIA DA PRESSAO NA DENSIDADE [A densidade de um corpo, como sabemos, € dada por p = m/V. Para 0s cor- ‘pos slidos e liquidos, uma variagdo na pressio exercida sobre eles praticamente ndo altera 0 volume V, de modo que a densidade destes corpos é muito poucoi fluenciada pela pressio. O mesmo nio acontece com os gases. Fm uma transformagio isotérmica, por exemplo, quando aumentamos a pressio sobre uma massa gasose, seu volume reduz-se apreciavelmente. Em conseqiiéncia disto, sua densidade aumenta tam- bém sensivelmente, uma vez. que o valor de m no se altera. De fato, para um de- terminado valor de m, a lei de Boyle nos permite deduzir 0 seguinte: = duplicando p — V ica dividido por 2 —+ p duplica; ~triplicando p— F fica dividido por 3 — p triplica; —quadruplicando p+ V fica dividido por 4— p quadruplica ete. CComparando a primeira ea dltima coluna desta tabela, conctuimos que exp isto é, sendo mantida constante a temperatura de uma dada massa gasosa, sua densidade € diretamente proporcional 3 pressio do gs. Exemplo Um recipient, contendo 0,, € provido de um pistom (fig. 11-4) que pemite varar a pressdo e o volume do gés. Verifica-se que, quando 0 0, fest submetido a uma pressdo p,= 2,0 atm, ele ocupa um volume \i,=20 L. Comprime-se lentamente o gis, de modo que sus temperatura no varie, até que a pressdo atinja 0 valor = 10 atm. 4) Qual o volume V, do oxigénio neste novo estado? Supondo que 0 0; esteja se compartando como um gés ideal, podemos ‘nlcar a lei de Boyle, por se tratar de uma transformagéo isotérmica Eniéo, como pV = constants, teremos ply = PY, 0u10xV, = 2,0%20 donde V, = 4.0L ') Supondo que a densidade do 0., no estado inca, seja de 1,2 gL, qual seré sua densida- {de no estado frat? ‘Como vimas, em uma transtormagéo istérmica, p & dretamente proporciona ap. presso ess0u de p, = 2,0 atm para p, = 10 atm, isto 6, foi mutioicada por S. Gonsequentemente, ® censgade também feard 5 vezes malor @ 0 novo valor dp sard p=5x42 ay p=60eL > exelCici jos de tiXa¢ao les de tl Antes de passar ao estudo da préxima secgao, responda as questées seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. 4.2) Quais sao as grandezas que determinam 0 estado doum gis? ) 0 que significa dizer que um gis sofreu uma transformagso? 2. 8) 0 que sto gases reais? ') Oque se entende por um gs ideal? «) Em que condigées os gases reais se comportem ‘como um gas ideal? 2, Considere a transformagdo isotérmica mostrada na fig, 11-2. Das grandezasp, V; m eT: 4) Quais delas permanecom constantes? 1) Quals dels estdo vaiando? 4, Uma cena massa de um gas ideal sotre uma trans- formagio Isotérmica. Lembrando-se da lei de Boyle, copie a tabela deste exercicio e compete-a. rere 4 5.3} Com os dados da tabela do exercicio anterior, cons- mua ogafeo px. ') Como se denomina a hipérbole assim obtida? 6. Suponha que o is do exerccio 4, no estado |, tenhe luma densidade de 2,0 g/L. Calcul os valores de sue dnsidade nos estados Iie N. 11.2. Transtormagao isebarica (© QUE £ UMA TRANSFORMAGAO ISOBARICA | | Fig. 11-5: lutragdo exque- imdtlee. Nesta expansio, @ Dreside sabre gos perma- ‘ece constante: (ransfor~ ‘mop nobérca). Consideremos uma certa massa de gis, cencerrada em um tubo de vidro, suportando ‘uma pressio igual a pressio atmosférica mais a pressio de uma pequena coluna de Hg, como na fig. 11-5. Aquecendo-se o gis e dei- xando-o expandir-se livremente (fig. 11-5), a pressio sobre ele nao se altera, pois con- tinua sendo sempre exercida pela atmosfera e pela coluna de Hg. Uma transformagio como festa, em que o volume do gas varia com 4 ‘temperatura, enquanto a pressio é mantida cconstante, € denominada transfermagioisobd- fuss = “igual” + baros=*pressio”). ‘TODOS OS GASES SE DILATAM IGUALMENTE “Tomemos dois blocos sélidos, de mesmo volume, mas de materiais diferen- tes, um de cobre e 0 outro de ferro, por exemplo. Dando « ambos 0s blocos 0 mesmo acréscimo de temperatura, eles softerio acréscimos diferentes em seus volumes e, portanto, apresentario diferentes volumes finai, Isto acontece, como jf sabemos, porque os coeficientes de dilatacio do cobre ¢ do ferro nlo slo iguais, como ocorre, em geral, com os coeficientes de dilatacio das substincias, nos estados sélido e liquido. Imagine que realizéssemos uma experiéncia semelhante com os gases. ‘To- ‘memos volumes iguais de dois gases diferentes (O, H,, por exemplo) a uma ‘mesma temperatura inicial. Dando a ambos o mesmo acréscimo de temperatura, ‘e mantendo constantes as suas pressdes, observaremos um fato inesperado, pois dis gases apresentam 0 mesmo volume final, ou seja, os dois gases t2m o mesmo coe- ficiente de dilatagdo. O fisico francés, Gay-Lussac, no inicio do século passado, realizando uma série de experiéncias, verificou que este resultado é verdadeiro para todos os gases. Podemos, entio, destacar: se tomarmos um dado volume de gas a uma certa temperatura inicial e 0 aquecermos sob pressio constante até uma outra temperatura final, a dilatacao observada sera a mesma, qualquer que seja o gis usado na experiéncia, isto é, o valor do coeficiente de dilatagio volumétrica é 0 mesmo para todos os gases. OGRAFICO Vx ¢ Em suas experiéncias, Gay-Lussac, tomando uma dada ‘massa gasosa, realizou medidas do volume e da temperatura deste gis, enquanto ele era aquecido e se expandia & pressio constante. Com os resultados dessas medidas, ele construiu um gréfico do volume V em fungio da temperatura 1, expressa em graus Celsius. Obteve um grifico retilineo, semelhante ao da fig. 11-6, coneluindo, dai, que o volume de uma dada massa gasost, sob pressio constante, varia linearmente “70 com sua temperatura Celsius. No grifico da fig 11-6, vemos que o gés ocupa um volume V7, 20°C. Natu- ralmente, 0 volume do gis se reduziria gradualmente i medida que se fosse redu- zindo a temperatura abaixo de 0°C. Pensando nesta reducio, Gay-Lussac procu- rou determinar a que temperatura o volume do gas se anularia (se isto fosse pos- sivel), prolongando a reta do grifico, como mostra a fig. 11-6. Desta maneira, ve- rifieou que o ponto em que = 0 corresponde & temperatura t= 273°C. Esta ‘temperatura, conforme vimos no capitulo anterior, é denominada zero absoluta & considerada como zero da escala Kelvin. Levando em conta estes fatos, se construirmos um grifico do volume, V, do sis, A pressio constante, em fungio de sua temperatura absoluta, T, € claro que Fig. 11-6: Em uma trans- Fig, 11-7: Sob presto ‘onstante, 0 volume de um [rer € dretemente propor Clonel @ tuo temperatura sbrolute. Fig. 11-8: Pore 0 exemple sdasecga0 1.2 cobreremos uma reta pasando pela origem (fig. 11-7). Isto nos mostra que © volume do gis édiretamente proporcional 3 sua temperatura Kelvin «, portanto, quociente V/T € constante, Em resumo, para uma trans- formagio isobériea, podemos afirmar que: + © volume V de uma dada massa gasosa, mantida a pressio constante, é diretamente proporcional a sua temperatura absoluta 7; ou seja constante (se p = constante). INFLUENCIA DA TEMPERATURA NA DENSIDADE ‘Ja que o volume de uma certa massa de gs, & pressio constante, varia com a temperatura, é claro que a densidade do gis (p = m/V) terd valores diferentes para diferentes valores da temperatura. Baseando-se nas conclusdes a que ‘chegamos a respeito da transformagio isobirica, podemos deduzir que, para uma ceerta massa m do gis, teremos: ~duplicando T+ V duplica + p fica dividido por 2; ~triplicando T— V tripliea + p fica dividido por 3; —quadruplicando T— V quadruplica + p fica dividido por 4 ete. Comparando a primeira e a tiltima coluna desta tabela, coneluimos que 1 Ber isto é, sendo mantida constante a pressio de uma dada massa gasosa, sua densi de varia em proporgio inversa com sua temperatura absoluta Exemplo Um recipionte contém um volume V, = 210 Lde CO, gasoso, a tempera: turat, = 27°C (ig. 14-8-2). Aquecendo 0 onjunto e delkando que o émoolo do recpiente se desioque Inremente, a pressSo do gis se manterd constante fenquanto ele se expande. Sendo t,=477°C a temperatura final do CO, (fig. 11-8-0): £2) Qual ero volume final, Va, dos? ‘Como se trata de uma transformagdo isobérca, sabemos que WIT = constan- te, 0, wok nok observe que as expressdes acima se referem a temperatures absolutes do gs. Portanto Ty=t+273=27+273 donde T,=300K Tyty+273=177+273 - donde T= 450K Entéo, comoV,=10 teremos “ ; ae 10 i B= conse Y= 151 Comportamente dos gases ) Supondo que a densidade nici do CO, fosse 4,8 g/L, qual serd sua densidade no estado nar? \imos que, em uma transformagao 'sobérica, @ densidade de um gés 6 Inersamente propor onal a sua temperatura absolvta, Como ela pass0u de T, = 300 K para T, = 450 K, Isto 6, ‘ol muttplicada por 1,5, conclufos que a densdade serd cldida por este fat Portanto, & ensidede do gis, no estado final, serd pai8:45 ov pat2gt » €xelCicios de fiXagao « Elcies di Antes de passar ao estudo da préxima sec¢io, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessario, 7. Considere a transformagao isobariea mostrada na ‘ig, 11-5, Das gandezasp, V, me 2) Quais elas permanecemconstantes? )Qualscolasestdoveriando? £8. a) Tem-se dois bloods sblidos, um de aluminlo @ © outro de cobre, ambos com volume de 500 om* & temperatura de 20°C. Aquecendo os dois locos (& pressio constante) até 200°C, qual deles teré maior volume final (consuite a tabela 10-3)? ) Tem-se dois recinentes (provdos de émbolos que adem se desiocar Iwremente), um deles Contendo 0, gas0s0 e, © Outro, N, $5050, ambos. ‘ccupando um volume de 500 om, a 20°C. ‘Aquecendo os dois gases, & pressdo Constante, ‘ai 200°C, qual deles ted’ maior volume final? 9. Uma certa massa de um gés Ideal sofre uma transformagdo isobérica. Lembrando-se dos re- sultados das experiéncias de Gay-Lussac, copie a tabela deste exorcicio em seu caderno e comple. ee) | 7H) t a u ay | sa Beard 20, 8) Se fosse construdo um grfico Vx t com os da- os do exerci anterior, qual seria o seu asec: te? » Usando a tabela do exerciio anterg, construa © {tic VT. Que tipo de grifio vooé ooteve? ©} Vood esperava obter este tino de grafico Vx T ara uma transformagao isobérica? 111. Suponna que o gis do exercioo 9, no estado | e- ha uma densidade de 6,0 g/L. Calcule sua densi dade nos estados I, I eI. EE co 3. Lei de Avogadro A HIPOTESE DE AVOGADRO Até o inicio do século passado, os ciemtistas jé haviam adquirido til |_|. | pp‘ sszoével uuntidade de informagies sobre as reages quimias ob- | servadas entre os gases. O cientista italiano, Avogadro, baseando-se nes- [ey pene] tas informagdes ¢ cm resultados de experiéncias realizadas por ele pro- prio, formulou, em 1811, uma hipétese muito importante, relacionando Fig. © mimero de moléculas existentes em duas amostras gasosas. Segundo Avogadro, se tomarmos dois recipientes, de mesmo volume, contendo _gases diferentes, ambos & mesma temperatura ¢ pressio, o miomero de molé- Segundo Avogadro, estos culas contidas em cada recipinte devria sero mesmo (Bg. 1-9). duos amostras gasoses.ecupando vo- umes iguais 206 6 mesme iB Posteriormente, um grande niimero de confirmagoes experimen- tis desta afirmativa fizeram com que ela passasse a ser conhecida como a leide Avogadro: volumes iguais, de gases diferentes, 4 mesma temperatura e pressio, contém o mesmo niimero de moléculas. CONFIRMAGOES EXPERIMENTAIS Conforme dissemos, a leide Avogadro é amplamente confirmada pela expe- rigneia, Uma das veificagées desta lei pode ser feita quando analisamos, no labo- rat6rio, a decomposicio de alguns gases. Tomemos, por exemplo, volumes iguais de HCl, H,0 e NH, sob a forma gasosa, & mesma pressio e temperatura. De acordo com a lei de Avogadro, as trés amostras dos gases considerados devem ter ‘o mesmo niimero, N, de moléculas. Decompondo estes gases e recolhendo 0 hi- drogénio liberado em cada amostra, deveriamos, entio, obter: paraoHCl ————_N étomos de H para oH,O 2N ftomos de H paraoNH, ———— 3N étomos de H A experigncia confirma este resultado pois, enquanto se recolhe uma ‘massa m de hidrogénio na decomposicio do HCI, verfica-se que uma massa 2m & recolhida na decomposigio do HO e tma massa 3m, na decomposicio do NH, Compertamente des gasas = © NUMERO DE AVOGADRO ‘Uma vez.conhecida a lei de Avogadro, poder-se-ia indagar qual é 0 niimero de moléculas que existe em uma dada massa do gés. Suponka, por exemplo, que tomassemos I mol de virios gases diferentes (2 g de H,, 32 g de O,, 28 g de N, ete.) De seus conhecimentos de Quimica, voce jé deve saber que 0 mimero de rmoléeulas, em cada uma dessas amostras, € 0 mesmo. Este mimero é denomina- do mimero de Avogadra e € representado por Ny O cientista Perrin, no inicio do século, realizou uma série de experiéncias, procurando determinar o valor de N,, concluindo que este valor estaria compre- endido entre 6,5 x 10” e 7,2 x 10” moléculas em cada mol. Por este trabalho, Perrin recebew o Prémio Nobel de Fisica, em 1926, Posteriormente, medidas mais precisas mostraram que o valor de N, é mais proximo de ,02 x 10 moléculas/mol DENSIDADE E MASSA MOLECULAR ‘Tomemos duas amostras gasosas, A ¢ B, ambas ocupando o mesmo volu- me, A mesma pressio e temperatura. Pela lei de Avogadro, sabemos que estas amostras contém 0 mesmo mimero de moléculas. Supondo que a massa mole~ cular de A, M, seja 0 dobro da massa molecular de B, My, evidentemente a mas- sa total de A, my, também sera o dobro da massa total, my, de B. Mas, como as amostras tm volumes iguais, concluimos que a densidade de A, py, seré 0 do- bro da densidade de B, p Do mesmo modo, se tivéssemos M,= 3M, terfamos, também, p, = 3p,. Entio, podemos concluir que paM isto é,a densidade de um gis é diretamente proporcional 3 sua massa molecular Exemplo Considere dos recipintes, um deles contendo 6 g de H, €, 0 outro, 96 g de 0,. 8) Qual éondmero de moles em cada amostra? Sabemos que, em 4 mol de H. temas 2 g deste gs. Logo, em nossa ammosta de 6 g,tere- inn be iy Rn Ce Sin empaNCe Omeimeaarae Sze, ents 8g. canespondem a 3 moles de 0. ie ) Qual o nero de moléculas existente em cada amostra? (Como verfcamos na questdo anterior, 0 niimero de moles 6 0 mesmo para os dois gases. Conseadentemente, 38 duas amostras terdo 0 mesmo numero de moiéculas. Sabemos que en 1 mol temos 6,02 x 10" moléeulas (ndmero de Avogedro);entéo, em 3 moles teremos 3x(6.02%10) oy 18x10" moliculas ional 82 ©) Sunondo que 6s duas amostras estjam & mesma pressio e temperatura, qual € a rele {fo entre os volumes que elas ocupam? Jéque ambas esto & mesma presséoe temperatura e contém o mesmo nimero de moléculas, ‘concluimos, pela lel de Avagadro, que os volumes ocupados pelasduas amostras 80 u's. 6) Considerando ainda que as duas amostras estejam & mesma pressdo e temperatura, © ue a densidade do H, € de 0,1 gl, qual é a densidade do 0,? \Vimos que, nestas condigdes, a densidade de um gs é cretamente proporcional a sua mas- ‘sa molecular (p = I). Entéo,Jé que a massa molecular do O,é 16 vezes maior do que a do H, teremos, pare 0 0,, uma densidade 16xO1gl ou 16g cicice de fLMaigiic exelCicios de fiXagdo ex [Eléios de ‘Antes de passar ao estudo da préxima seco, responda as questdes seguintes, consultando 0 texto sempre que julgar necessério. 12, THs recipients, A, B eC, de volumes igus, con: tém, respectivamente, HO!, H,O @ NH,, todos no estado gasoso, 8 mesma presséo e temperatura ‘Suponha que o recipiente A contenna 4,0 x 10% moléoules de HCl. €@) Quantas moléculas de vapor de H,0 exstem em 1B? E quantas moléculs de NH, existem em C? ) Qual 60 nmero de dtomos de H existentes em cada recipient? © Quantos gramas de hidrogénio seriam recofidos ‘a decomposioso de cada um desses g3ses? (A ‘massa de um étomo de H € 4,710" g.) 43. Um estudante de Quimica informa @ um colega ‘que, para "matar" a sua sede, teve que tomar 20 moles de Sgua, 2) Quantos games de Sigua 0 estudante tomou? ‘(Considere @ massa atbioa do oxgGnio gual a 16 uma edo hidrogénio igual a 1 uma.) ) Quantas moléculas do gua o estudante to- ‘mou? (Considere 0 nimero de Avogadro igual 2 6x10) «) Baseando-se nas respostas dadas em (a) € (), calcula, em gramas, 2 massa de ume moléculs do gua, i 14, Considere os gases contidos nos recipentes A, Be Cdo exercicio 12. a} Cologue estes gases em ordem crescente de suas massas moteulares. ) Como fo dito, os tés gases tém o mesmo volu- me, mesma presséo e mesma temperatura. Quando os gases esto nestas condigées, qual 6 a relagéo entre a densidade p © a massa molecular M de cada um? ‘© Considerando as respostas dads em (a) € (by Coloque os gases em ordem crescent de suas censidades. 11.4. Equagao de estado de um gas ideal 'Nas secgbes anteriores mostramos que, para um gis idea, temos: ‘como conseqjiéncia da lei de Boyle (Teonstante) — p= p como conseqiéncia da lei de Gay-Lussac 1 @constante)— p= 7 como conseqiiéncia da lei de Avogadro (pVeTconstamtes) = p= M Estes resultados, quando reunidos, evam-nos a uma equagio muito impor vante para 0 estudo dos gases, como veremos a seg ‘Comportamento dos gases __ EQUAGAO DE ESTADO DE UM GAS IDEAL ‘Uma propriedade das proporgées nos permite agrupar os resultados anteri- ‘ores em uma tinica relagio: pe ‘Sendo m a massa da amostra gasosa, | Abecsor qua p=m/V. Logo ee of = ew =r ‘O quociente m/M, entre a massa do gis e sua massa molecular, fornece-nos 0 néimero de moles, n, da amostra. Introduzindo, na relagio anterior, a constante de proporcionalidade, que vamos designar por R, obteremos a seguinte igualdade: pV=RO)T ou pV=aRT Coneluimos, entio, que: a pressio p, 0 volume Ve a temperatura absoluta T de ‘uma dada massa gasosa, contendo m moles do gis, estio relacionados pela equagio pV=nRT denominada equacio de estado de um gis ideal. COMENTARIOS 1) A equacio pl’ = nRT define um estado do gis. Isto significa que, para uma dada massa gasosa (um valor determinado, n, de moles), se medirmos sua pressio, seu volume e sua temperatura, em uma certa situagio, obteremos valores tais que o produto pV’ ¢ sempre igual ao produto nT. 2) Entio, se colocarmos m moles de um gis em um recipiente, € possivel escolher arbitrariamente para ele os valores apenas de duas das trésvaridveis de estado (p, Ve). Por exemplo, seescolhermos, arbitrariamente, 0 volume que o gis vai ‘ocupar ea sua temperatura, a presslo que ele exercerd no poders ser escolhida Por nés, como foi feito para o volume e a temperatura. A pressio, nestas condigies, tomard um valor tal que satisfaca equaciop’=nRT. Por outro ado, se escolhéssemos, arbitrariamente, a pressio e a temperatura, o és iria ocupar tum volume nao arbitrério, determinado pela equagio pV =nRT. 3) A equacio pl’= aRT pode ser escrita Be aR aT Portanto, para uma dada massa de gés (7 = constante), como R também é constante, conclutmos que (pV/T) = constante. Assim, se a massa gasosa passar de um estado (1), caracterizado por p,, V, € Ty, para outro estado (2), definido por p,, V; € T,, podemos relacionar estes dois estados pela equago BY, 2M, T 7 4) Nao podemos nos esquecer de que a equacéo p= nkT'se refere a um gis ideal. Entretanto, de acordo com o que foi dito no inicio deste capitulo, esta equagio pode ser aplicada, com muito boe aproximacio, a um gés qualquer, desde quesua ‘temperatura nao seja muito baixae sua pressio nao seja muito clevada ME cs verat aK lp=tarm Fig. 11-10: A constome tniversel dos gotes,& pode ter colevlade 2 partir doe ddodos experimentals mos trode ne eeu A CONSTANTE UNIVERSAL DOS GASES Verifca-seexperimentalmente que a constant R, da equagio p= nkT, tem ‘o mesmo valor para radar os gases e, por isto, ela € denominada conszane universal des gases. Da equagio de estado podemos tirar Rah aT dde modo que o valor de R poder serealeulado se medirmos,em um laboratério, osvalores de p, V,me T para um dado estado do gis. Por exemplo, verifica-se experimentalmente que, tomando-se 1 mol de qualquer gis (r= mol), temperatura de 0°C (ou seja, T= 273 K) e& pressio pL atm, ele ocupari um volume ’=22,4 L (Bg. 11-10). Substtuindo esses valores na expressio R= pV/nT obtemos R= 0,082 SL ‘mol K © valor de R dependeri das unidades usadas nas medidas de p, Ve T: Freqiientemente, o valor de pé expresso em N/m e o valor de V em m'. Nestas condigdes,o valor de R seré joule mol K ou R=831 Exemplo 1. ‘Uma pessoa afirma que colocou 3,5 moles de um gis (comportando-se como gs ide- al) em um recipiente de volume igual @ 8.0 Le que, apés atingido 0 estado de equilbrio, 2 temperatura do gis era de 27°C e sua pressio de 5,0 atm. 2) Poderiam estar cometas as mesias felts por esta pesos? Saberos que um gs dea, em um certo estado, ede & equaeso pV = nF Com os de- 0s forecdos pela pessoa, tems pV=50%8,0 donde pV=40aum-L RT=3,5%0,082%300 donde nRT=88.atm-L Como pV néo é igual a nk, concluimes que as medidas realzadas pela pessoa no podem estar coretas, ito 6, ndo é possivel, a qualquer as (idea), aoresentarse em um estado com aqueles valores de p, Vn eT. ) Se, apds uma verficago, constatou-se que os valores de p, Ve Testavam corretos, qu ‘onidmero real de moles do gs colacado no recipients? Da equagéo de estado obtemos: py __50x80 Rr (082x300 Logo, no recipiente havia 1,6 mol do gés e no 3,5 moles como a pessoa hava afirmado. (Observe que usamos o valor R = 0,082 atm - Jmol K, uma vez que 0 valor dep fol fornecido fem atmosferas eo de Vem litos. donde n=4,6 mol Exemplo 2 ‘Suponti que um recipiente,fechadoe inilatével, contenha hidrogénio. Aquecendo-se ‘0 gés, de uma temperatura Keli T, até uma temperature T, como seré o fico p x T pera cesta transformagao? Da equagdo pV = nT podemes tar ‘comportamente Nesta experiénia, uma dada massa de gs», (r= constants) & manta @ volume constante (ansformagéo Isovouumétrica). Er, aR man terse consiante@ cnclimos ave p€ dtamente froporcona a. Este estado costuna so de ‘minado “lel de Chares", porter so obsenvaco experimentaimente por este cientista (contemporé- 00 de Gay Liss). Desta manera, 0 grafico pT, desde T, aT, ser ‘gual a0 da fig. 11-11. Ho11: Pore oexempto 2. exelCicios de fiXa¢gao ©: Gleéies de 1X. | Antes de passar ao estudo da préxima sec¢So , responda as questées seguintes, | consultando o texto sempre que julgar necessario. 45. Verfca-se que, para um gis contido em um recipi- lente, © produto nRT vale 26 atm L 8) Qual é 0 valor do produto pl para o gés neste estado? b) Adaptando-se um manémetro ao recipiente, fle indica, para o és, uma presséo de 2,0 ‘atm, Qual &0 volume do recipiente? 16. Um reservatério de um trigorifieo, cujo volume & 0,48 m’, eontém 480 g de 0, & pressio de 2,0 408 N/m’, a} Quantos moles de 0, exstem no reservatéro? 1b) Na equagéo pV = nRT, quando p esté expresso ‘em Nim e Vem m?, qual & 0 valor ue deve ser usedo para R? ©) A que temperatura absoluta se encontra 0 0, ‘no reservaténo? ) Expresse a temperatura do 0, em, 417, Uma pessoa coloce 0,50 mol de um gés ideal em lum botijao de 45 L, Ela deseja que 0 gs, 80 en: trar_em equilorio térmico com o ambiente 270), tena uma pressao de 1,5 atm. € possi- vel alcangar as concigoes desejadas pela pes- 50a? Expique, Um recipiente, provid de um émbolo mével,con- tém um gés ideal, @ uma pressB0 p, = 4,0 atm, ‘ceupando um volume V, = 4,5 L @ temperatura {= 0°. Aquecendo-se 0 recpiente, o gas se Pande, passando @ ocupar um volume V, com uma presséo p= 1.5 atm e a ume temperatura 1.2273. 2) Qual a equagéo que relacone py, Ve T; com Py W072 2) Use esta equagioe calcul 0 valor de¥ Consider a vansfoagéoisovlumética analse- ano exempl 2 cesta seccéo, 42) Das grandezas p,¥ 1 @ 7, quais pormanecem constants? Quai dels vara? ) Expresse aincinagso do srticop x Tem fun- eioden,Rev. > 11.5. Medele: molecular de um gis MODELO CINETICO DE UM GAS As leis que estudamos até agora, ¢ que deserevem o comportamento dos ga- ses, foram obtidas experimentalmente. Nesta sec¢io, procuraremos relacionar «sta leis com 0 comportamento das particulas que constituem o gis, isto é, seus tomos ou suas moléculas. Foi principalmente a partir do século XIX que os cientisasintensificaram seus Fig. 1-13:A press de um {get sobre uma parede ¢ Eouseda poles calsdes de Sor moléculae contra era arede. lustrogdo esque métice estudos sobre estratura molecular dos gases, bascando-se nas seguintes suposigDes: ~ Um gis € constituido de pequenas particulas: seus étomos ou suas moléculas (estudos mais recentes mostraram que a dimensio de uma molécula de um is 6, aproximadamente, igual a 10° em). ~ Ontimero de moléculas existentes em uma dada massa gasosa € muito grande (como voeé jé sabe, em I mol de um gis temos cerca de 6 x 10" moléculas). ~ Adistincia média entre as moléculas ¢ muito maior do que as dimensbes de ‘uma molécula (lembre-se de que, quando um liquido se evapora, ele passa a ‘ocupar um volume muitas vezes maior). = Asmoléculas de um gis estio em constante movimento e este movimento inteiramente a0 acas0, isto é, as moléculas se movimentam em qualquer diresio (ig. 11-12), com velocidades que podem apresentar valores desde zero até valores muito grandes. ‘Ao estabelecerem estas hipéteses, os cientista estavam tentando descrever ‘© comportamento de um gis através do movimento de suas moléculas, isto é, es tavam supondo que as leis dos gases poderiam ser obtidas aplicando-se as leis da Mecinica ao movimento das moléculas,tratando-ts como se fossem particulas. Desta maneira, os cientistas estavam estruturando um modelo para descrever 0 comportamento de um gis. Este modelo é denominado modelo cinético, em vir- tude de se basear no movimento das moléculas do gas. Varias conclusées obtidas a partir deste modelo estavam em concordincia com as leis experimentais jé conhecidas, evidenciando, assim, que as suposigdes sobre a constituigdo molecular de um gis eram validas. Deste modo, foi possf- vel usar 0 modelo para se obterem novas informagdes sobre o comportamento dos gases. CALCULO CINETICO DA PRESSAO Como vimos, no modelo cinético de um gis 0 mimero de moléculas muito grande ¢ elas estio em constante movimento. Em conseqiiéncia disto, as moléculas colidem continuamente contra as paredes do recipiente ‘que contém o gis, exercendo uma pressio nessas paredes (ig. 11-13) Como o mimero de colisées € muito grande, nao se pereebe 0 efeito do choque de cada particula. O que se observa éo efeito médio da freqiiente sucessio de colisBes, que ocasiona o aparecimento de uma forga continua, sem flutuagdes, pressionando as paredes do recipiente. Portanto, a pressio que um gis exerce sobre as paredes do recipiente que o contém é devida as incessantes e continuas colisdes das moléculas do gis contra as paredes do recipiente. Aplicando as leis da Mecinica 3s colisbes das moléculas contra as paredes do recipiente, os fisicos do século XIX obtiveram uma expresso matemitica, relacionando a pressdo exercida por um gés com as seguintes grandezas: 'N~—niimero total de moléculas no recipiente; V -volume do recipiente; . m ~ massa de cada molécula; 1 ~média dos quadrados das velocidades das moléculas. Analisando esta expressio vemos que 1) po: N’— este resultado ¢ intuitivo, pois, quanto maior for o niimero total de moléculas, maior seri 0 mimero de colisdes contra as paredes e, portanto, maior sera a pressio exercida pelo gés. 2) p= I/V ~ de fato, quanto maior for o volume do recipiente, maior seri a distancia que uma molécula teré que percorrer para colidir contra as paredes €, conseqiientemente, menor sera o niimero de colisdes, isto é menor seré a pressio exercida pelo gs. 3) p = m- este resultado era esperado, pois, quanto maior for a massa de uma molécula, maior seré a sua quantidade de movimento e, assim, maior seré a forga que ela exerce ao colidir contra a parede do recipiente. 4) p= v' ~ realmente, quanto maior for 0°, mais rapidamente as moléculas ‘estario se movimentando. E facil perceber que, nestas condi¢des, maior seré 2 forca que cada molécula exerceré ao colidir contra a parede e,além disso, maior seri 0 ntimero de colisbes. INTERPRETAGAO CINETICA DA TEMPERATURA No capitulo anterior, ao estudarmos a temperatura de um corpo, menciona- ‘mos que ela se relaciona com a energia de agitacio dos étomos e moléculas deste corpo. Mostraremos, agora, como os fisicos do século XIX, baseados no modelo cinético de um gas, chegaram a esta conclusio. A expressio p = (1/3) (N/V) mia”, que havia sido obtida baseando-se no mo- delo cinético, pode ser escrita 1 V =| Nmo® a Comparando-a com a equagio de estado de um gis ideal, p= via sido obrida experimentalmente, conclui-se que 1 RT, que ha- Noo? = nT ‘Mas, sendo N, (niimero de Avogadto) 0 niimero de moléculas que existe em 1 mol e sendo n o mimero de moles que corresponde a N moléculss,é claro que Naa Levando este valor de Nna igualdade anterior, viré 1 22f® srNomo! =nRT ox -{£) Dividindo-se os dois membros desta igualdade por 2, teremos apt hee 2 N, ‘Observe que o primeiro membro desta expressio representa a energia cinética média das moléculas (a soma das energias cinéticas das moléculas, dividide pelo mimero delas). Esta energia cinética média sera representada por E,, isto é, E, =(1/2) mv". O quoci- ente (R/N,), que aparece no segundo membro, é cons- tante, pois, como jé sabemos, tanto R quanto Ny, si0 constantes. Este quociente é muito importante, €repre- sentado por ke denominado comstante de Boltzmann, em. homenagem a Ludwig Boltzmann, fisico austriaco do século XIX, Entio R__ 831 Ny 6p2x10" = 138x107 VK esta maneira, chegamos 4 seguinte expressio ey E=3éT Fig 11-4; Quamo malor que mostra sera energia cinética média das moléculas Tenor sere o energa de um gis diretamente proporcional & sua temperatura Eindica médla de sus mo- absoluta, isto €, quanto maior for a energia cinética ‘euler. Nutraste esque- média das moléculas, maior seré a temperatura do gis atten, (fig. 11-14). Destacamos, entio, que: a temperatura absoluta, 7, de um gis esta relacionada com a energia cinética média, E., de suas moléculas através da expressio 3 E.=—kT 2 onde k a constante de Boltzmann. Exemplo 2) Um recipiente contém H, 2 27°C. Qual éa ener cindtica média de suas moléculas? ‘Sabemos aue E, = (3/2) Ke, no nosso caso, T= 273 +27 ou T= 300 K. Logo E,=$ar=$ <1,98% 10200 donde E,=6,2x 10%) Observe que este valor de E, é mutto pequeno, pols ele se rere & energie cinética meédia porate. Comportamente des gaset_—__ — ») Qual senaa E, para as moldeulas de 0, & mesma temperatura da questo anterior? Aexpresséo E, = (3/2)KT nos mostra que a energie cinética média das moléeuas 86 depen- {eo temperatura, néo dependendo da natureza do gs. Como 0 0, @ 0 H,estéo @ mesma temperatura, o valor de E, é 0 mesma para os do's gases. ) Sabendo-se que @ massa de uma moldcula de H, 63,3 x 107" kg, qual deve ser a sua ve- locidade para que ela tenha uma energia cinética igual 20 valor médio calculaco em (a)? (Come deveros tor (4/2)m?= E,, viré $*B3x1077=6.2%10% donde v=3,9%30 ms ste esutado Nos mesa que o movimento das moléculas & muito répico, pos 2,9 x 10* m/s ‘equivalem a cerca de 7 000 kmh. 1) Qual seria resposta para a questo anterio, se @ molécula fosse de 0, ‘Sabemas, da Quimica, que a massa de uma molécula de O, & 16 vezes maior do que @ mas- sa.de uma molécula de H,, isto 6, pore uma molécula de O, temas: m=16x3,3x10" ou m=53x10" bg De (1/2)m? = E, vem $ x(63x107W7=6,210% conde v= 4,810" mis importante perceber que, a. uma mesma temperatura, 0 valor da energia cinética média des moléuies 6 gual para todos 0 gases, mas o valor méalo das veociades destas mok- ‘ula varia de um gs para cuto: quanto maior for a messa molecular do eis, menor seré a ‘elocdade méofa de suas moléculas. 9 @ Ao exel’Clicios de fixagao © ‘Antes de passar ao estudo da préxima secco, responda as questées segui consultando 0 texto sempre que julgar necessario, 23. Uma amastra de gs helio encontra-se & tempera 20. Como vimos, 08 clentstas procuraram interpretar (© comportamento dos gases formulando algu- ‘ura det. 000K. ‘mas hipéteses sobre a sua constituigdo. No tex: 1, foram citadas quatro destas hipdteses. Quais, sfo elas? 21. De acordo com o modelo cinétco, por que um gas 22. Um recipiente de volume ¥ contém N moléculas de H,, com um certo valor de 7", a uma pressio de 41-2 atm. Supondo que o valor de 0? ndo se alere, diga qual seré 0 valor da prosséo do gs em cada ‘um dos seguintes casos: ‘a) Mantém-se 0 valor de Ve mais N mol6culas de H, so introduzidas no recpiente. b) Almenta-se o volume para 2V, mantendo-se o riimero de molculas igual a 2N. ©) Mantém-se 0 volume Ve substtu-se o H, porN rmoléculas de He (massa atémica = 4 u.m..). 24, 8} Calcule a energia cinétioa média, E,, das molé- culas desta emostra. ) Se duplicarmos a temperatura absoluta da most, pr evato ferd muniteade 0 vor WE? ©) Acque temperatura aE, das moléculas oo gas 0 anulaia? CConsidere uma amostra de arginio gasoso, & mes- ‘ma temperatura que 0 hélio do exericio anterior (1.000, ©) AE, das moléculas de argo é maior, menor ‘04 igual & E, das moléculas de helo? 1b). Avelocidade méa das moléculds de arginio 6 mavoe, menor ou igual & velocidade media das moéculas de hélio? um €6pic@ especial para vocé aprender um pouco mais 11.6. evolugdo do modelo molecular da matéria AS PRIMEIRAS IDELAS No século V 4.C.,. filésofo grego Leucipo langou a idéia de que toda a matéria existente no Universo seria constituida de pequenas particulas, indivisfveis eidénticas entre si. Ests particu foram denominadas “étomos”, palavra grega que significa “indivisivel”. Esta idéia foi ampliada e divulgada, ainda naquele século, por outro filésofo grego, Demécrito, cujo trabalho foi ‘bem-aceito entre os pensadores dos séculos seguintes. A descrigio mais completa dedtas primeiras hipteses sobre a constituigio avOmica da matéria € encontrada na obra do poeta romano Luerécio, que viveu no século I a.C. E interessante dbservar que muitas das idéias dos fildsofos gre- {05 prevalecem ainda hoje, com algumas modificagbes conceituais na teoria atémiea moderna. Com o advento da Idade Média, as especulagbes sobre a constituicio atd- mica da matéria sofreram um declinio, acompanhando a decadéncia geral ob- servada no pensamento cientifico do mundo ocidental durante aquela fase da Hines chiles: Por ocasio do Renascimento, época em que ressurgiram as grandes cor- rentes de pensamento cultural, as idéias da teoria at6mica foram retomadas € desenvolvidas por virios cientistas que viveram naquele periodo. Entre os fisi- cos da época, que aceitavam como verdadeira a hipétese da existéncia dos éto- ‘mos, podemos citar Galileu, Newton, Boyle, Huyghens, Hooke ete. R. Hooke chegou mesmo a propor uma teoria, na qual ele procurava explicar ‘algumas propriedades dos gases como sendo devidas 20 movimento e as colisées| dos éromos que constitufam estes gases. Assim, Hooke estava lancando as primei~ ras idéias da Teoria Cinética dos Gases, que estudamos neste capitulo. Entretanto, ‘como Hooke ndo possufa suficiente habilidade matematica, ele io conseguiu sdesenvolver adequadamente sua teoria, Somente em meados do século XVIII 0 ‘grande fisico e matematico Bernoulli deu infcio a este desenvolvimento, Danie! Bernoulli (1700-1782) ‘Membro de uma famosa familia de matematicos efisicos sulcos.Fol professor de Matemitica na Academia de Ciéncias da Russia e, mais tarde, retornando & Suiga, lecionou Botanica, Anatomia e Fisica. Além de suas contribulgdes para o desenvolvimento da Teoria Cinética dos Gases, publicou um tratado sobre as ‘mares, Entretanto, seu trabalho de maior vulto foi realizado no campo da Hidrodinamica (estudo do escoamento dos fuidos). DANIEL BERNOULLI E A TEORIA CINETICA, Bernoulli, baseando-se nos estudos de Hooke, admitia que a pressio de ‘um gés deveria ser simplesmente o resultado das colisdes dos étomos Gu molé- ‘culas contra as paredes do recipiente (como destacamos na secgio 11.5). Com 92 iB I-15: Representarso esquemetiea de movimento rownlanede ua ortcca, ‘emsuspensde.mumiiquide cio do século XIX, ainda se mostravam descrentes com relagio a hipétese da ‘constituigdo atdmico-molecular da matéria. Em outras palavras, eles se recusa- ‘yam a aceitar que os corpos fossem constituides por étomos ou moléculas em ‘movimento ca6tico constante, como propunham os adeptos da Teoria Cinética. A comprovacio direta da realidade dos étomos e moléculas 6 veio a ser concre- tizada com o trabalho de Finstein sobre 6 “movimento browniano”, publicado ‘em 1905, que analisaremos a seguir. © MOVIMENTO BROWNIANO, . Este fendmeno, observado pela primeira vez pelo botinico inglés Robert Brown, é assim denominado em homenagem a ele, Brown observou que peque- ‘nas particulas (grios de pélen) em suspensio no interior de um liquido, observa- as a0 microsc6pio, apresentavam um movimento constante einteiramenteirre- gular, mudando sucessivamente de diregio, como mostra a fig. 11-15. Ini- cialmente, ele pensou que o movimento existia por tratar-se de organismos vivos. Mais tarde, esta idéia teve de ser abandonada, pois constatou-se que o movimen- +o continuava, sem interrupeio, durante meses seguidos e, além disso, o mesmo fenémeno podia ser observado com particulas inorginicas (portanto sem vida) em suspensio. Passaram-se muitos anos sem que se encontrasse uma explicagio adequada para o movimento browniano. Um estudo completo e uma andlise matemtica ‘deste movimento 36 vieram a ser desenvotvidos no trabalho mencionado ante- riormente, apresentado por Finstein, no infcio do século XIX. ein, que acreditava ser @ matéria realmente constiruida de étomos ¢ ‘moléculas em constante movimento, estava procurando um fenmeno que tor- Fig. 1-16: O movimento browniano & ‘catsade pelo impacto de um grande Iimero de moléeula do guido con ‘tea particule em suspensto. nasse evidente a existéncia destas particulas. Ele propunha, entio, a seguinte ex- plicagio para o movimento browniano: estando tima particula em, suspensio no liquido, ela recebe, simultaneamente, os impactos de um nimero muito grande de moléculas do liquido que, de acordo com a Teoria Cinética, encontram-se < ce tiMagae exeleicies de fiXagde exel"Cicies de IMA Antes de passar ao estudo da préxima sec¢io, responda as questdes seguintes, consultando © texto sempre que julgar necessario. 25. a) Qual o significado da pelawe étomo? ) Qual a alteragéo sofrida pelo atimero de colt- 'b) Onde e quando surg, pela primera vex, a ia ‘08 por segundo que as moléculas efetuam ‘60 que a matéra seria constiida de dtomos? ‘conta as paredes do recipiente? 26, Qual fo @ proposta de Robert Hooke sobre 0s éto- oe ints potinomcenua bata dau ©) Quanta vezes maiortoma-se apressio do gas? primeiras i6ias da Teoria Cinética dos Gases? ) Entao, 2s idéias de Beroull lever a resultados: 27. Suponha que o volume de um gs contiso em um concordantes com all de Bove? reciente soja recuzido & quinta parte. Lembran- ‘do-3e das idéias de Bernoul,responda: 28, Qual a diferenga fundamental entze,0 modelo de ') 0 que ocorre com 0 nimero de moléculas por um gas propasto por Newton e 0 modelo de Hooke~ unidade de volume, desse gas? Bernouli? 28. A densidade do ar nas condigées normals de tom. peratura e pressdo (considere p = 1,0 x 10° Nim?) 6p =1,3 kg, 2) Usando a equacéo citada no texto, obtida pelo fisico inglés Herapath, calcule a velociade mé- ia das moléculas do ar. ) Qual a porcentagem de ero cometia por esse {isi no valor que ele obteve para a velocidade rmédia das moléculas do ar? 20.2) Como cissemos, o trabalho de Herapath fol re- Jeltado pela Academia de Ciéncias de Londres. Consultando 0 texto, cite 0 nome e a nacional ade ce quatro grandes cientistas que se inte ressaram peas idéias de Horapath ¢ colabore- ram para estabelecer a estutura defnivva da ‘Teoria Cinética dos Gases. ) Diga se a afirmativa seguinte ¢ falsa ou ver. dadeira: "No iniclo do século XX a idéie de que a matéria era constitulda de tomos @ moléculas j@ era aceita por toda a comuni: dade cient". ‘31, Resporda resumidamente as seguintes questées: 2) Que é movimento browniano? ) De acordo com as Idélas de Einstein, qual é @ cause do movimento browniano? (0) Qual a importincia do estudo do movimento browniano pare teoracinétioa da matéia? 32.2) Quais as trés previsbes sobre o deslocamento ‘médio de uma articula em movimento brow- rlano, feitas por Einstein ectadas no texto? 1b) Qual o nome e a nacionaliade do clentista que Verifcou, experimentalmente, que essas prev 'sbes de Einstein eram verdadsias? ©) Qualaconstante fsca, relacionada também com a teoria moleciar da mati, cu valor ol obtido [por esse cientista? En que ano ele recebeu 0 Premio Nobel de Fisica por esses trabalhos? (Consul informagbes na seczéo 11.3.) As questdes seguintes foram formuladas para que vocé faa uma revisio dos Pontos mais importantes abordados neste capitulo. Ao respondé-las, volte ao texto sempre que tiver diividas. 41. Diga, com suas palavras, o significado de cada ma das seguintes expressdes: 8) Estado de um gis. ©) Gis ideal, ) Transformagao de um gis. 6) Gés real 2. 9) O que é uma transformagéo isotérmica? >) Enuncie eexpresseratematicamente al de Boye. ©) Faga um desenho mostrando 0 aspecto do wf ‘60/9 x V para uma transformagéo lsotérmica de um gis ideal 6) Se a temperatura de uma amostra gasosa per- ‘manece constante, que tipo de relagéo existe ‘entre sua densidade p © sua presséo 0? 3. a) O.que 6 uma transformagéo isobérca? 1) O que Gay-Lussac obsenou sobre 0 coeficiente de diatacdo dos gases & pressio constant? 4. Considere uma mostra de gis ide softendo uma, ‘ransfonmagéoisobérica, 2) Faga um desenino mostrande o aspecto do gréf- coV x ¢ (volume x temperatura Celsius) para sta amostra, ) Em que ponto este gréfico corta 0 edo das tem- peratures? Qual seria 0 valor do volume do gis neste ponto? ©) Mostre como seria o grafico V x T (volume x ‘temperatura absolute) pare esta arosia. ©) Qual é a relacéo matemética entre o volume Ve 2 temperatura absolutaT desta amasta? E en- tte. densidede p e a temperatura T? 8) Enuncle a lel de Avogacro. ) Descreva a exneréncia analisada no texto que ccomprova all de Avogscro. ©) Oque é onimer de Arogaa? Qual ¢0 seu vaio’? ) Qual ¢ relagdo entre a densidade, p, de um ‘Gis e sua massa molecular M? 6.8) Escreva a equagao de estado de um gs idea ‘dizendo 0 que representa cada simbolo que ela gue, ) Como se calcula o numero de moles, n, de ‘uma amostra, quando se conhece sua massa ‘me sua massa molecular M? ©) O valor de varia de um gas para outro? Va- tla conforme as unidades usadas? @) Para uma dada massa gasosa, se escolh ‘mos arbitrarlamente os valores de duas das grandezas p, Ve T, no serd possivel esco- ther 0 valor da terceira, pos ele j6 esta def rida. Por qué?

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