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De acordo com Richter (2001), o tratamento de lodos de uma estao de tratamento de

gua busca alcanar as condies necessrias para a sua disposio final, envolvendo a
remoo da gua para concentrar os slidos, diminuindo assim o seu volume e obtendo-se um
estado slido ou semisslido. Richter (2001), comenta ainda que este processo trata-se da
aplicao de algum mtodo de separao slido-lquido, ocorrendo basicamente de dois
modos:
a) Filtrao: a operao unitria em que a separao slido-lquido ocorre por meio do
fluxo da suspenso atravs de um meio ou de uma membrana com poros. Dessa
maneira, a fase lquida passa pelo meio ou pela membrana e os slidos so retidos, na
superfcie da membrana ou no meio.
b) Separao gravitacional: processo em que os slidos so submetidos a um campo de
foras (centrfugo ou gravitacional), sendo removidos devido a diferena de
densidade em relao ao fluido. A sedimentao (ou decantao) refere-se
separao da gua, pelo efeito da gravidade, de slidos que so mais densos do que a
gua. O processo de flotao o inverso da sedimentao, sendo que as partculas
boiam, acumulando-se na superfcie do lquido, devido a sua menor densidade do que
o fluido. Na centrifugao, o processo acelerado devido a ao de uma grande fora
centrfuga, na ordem de 2000 vezes a fora da gravidade.
Segundo Richter (2001), a frao de gua presente no lodo pode ser classificada em
trs categorias: gua livre, gua capilar e ligao qumica (hidratao). A gua livre pode ser
separada atravs da fora de gravidade ou por filtrao. Exemplos disso so os adensadores
por gravidade ou por flotao e os decantadores centrfugos. A gua capilar e a gua mantida
presa pela ao das foras de superfcie s podem ser removidas por meio de gradientes de
presso superiores as resistncias sua separao, como o caso da tenso superficial.
Exemplos de aparelhos mecnicos usados neste processo so o filtro a vcuo, o filtro prensa e
a prensa desaguadora. Esta ltima o equipamento mais utilizado, devido ao seu menor custo
de investimento e operacional, com satisfatria eficincia.
A figura a seguir apresenta um fluxograma geral de uma estao de tratamento
convencional. Como mostra o fluxograma, o tratamento de lodos possibilita a recirculao da
gua de lavagem dos filtros e da gua que removida dos lodos, sem perdas no processo.
Figura 1: Cadeia de processos de uma estao de tratamento convencional.

Fonte: Richter (2001, p. 8)

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