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ROEMMERS
O REGRESSO
DO JOVEM PRNCIPE
Traduo de
Elsa T. S. Vieira
Captulo I
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A. G. ROEMMERS
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Captulo II
Referes-te ao carro?
Carro? No pode deixar a Terra?
No respondi, com o meu orgulho de proprietrio um
pouco ferido.
E no pode sair desta faixa cinzenta? Ele apontou com
o dedo para o para-brisas, tornando-me consciente das minhas
limitaes.
Esta faixa chama-se estrada expliquei, perguntando a
mim prprio de onde teria vindo este mido. E se a deixarmos, a esta velocidade, morremos.
As estradas so assim to tiranas? Quem as inventou?
As pessoas.
Perante perguntas to simples, as respostas pareciam-me imensamente difceis. Quem era este jovem, irradiando inocncia, que
abalava at s fundaes o meu sistema de crenas adquirido?
De onde vens? perguntei. Como vieste aqui parar?
O seu aspeto parecia-me estranhamente familiar.
H muitas estradas na Terra? perguntou ele, ignorando
as minhas questes.
Sim, incontveis.
Eu estive num stio sem estradas disse o jovem misterioso.
Mas assim as pessoas perdem-se observei, sentindo a
curiosidade a aumentar de minuto para minuto, a vontade de
saber quem ele era e de onde vinha.
Mas quando no h estradas na Terra continuou ele,
imperturbado , as pessoas no pensam em procurar orientao no cu? E olhou para cima, pela janela.
noite respondi, pensativo possvel orientarmo-nos
pelas estrelas. Mas quando a luz do sol demasiado forte, corremos o risco de cegar.
Ah disse o jovem. As pessoas cegas veem o que mais
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