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LY TESTE BINET - SIMON - BURT GUIA DO EXAMINADOR As instruccdes abaixo foram revistas e estandartizadas em Londres sob a direcgao de Cyril Burt. Provavelmente a forma bra ira nado sera muito differente da que se 4 nestas paginas. Ella foi organizada com ito cuidado de adaptacao. Passando A exposicao do guia paraa exe- 40 do Teste Binet-Simon-Burt, lembramos examinador que os seus trabalhos devem feitos em uma sala onde nao haja obje- ctos que attraiam a attengao do alumno,. de obiliario simples e afastada, quanto possi- , das trepidacoes da rua. Desde o principio trabalho deve procurar ganhar a confianca 9 alumno procurando manteleo interessado, o cancando muito. , nese Deve tambem attender ao processo de exame de cada teste nao se afastando delle, para o bom exito do seu trabalho. Comece dois annos abaixo da idade chronologica do menino. Estenda o exame nas duas direccées, até nao conseguir res: posta certa alguma em trés idades seguidas e até conseguir trés idades seguidas com todas as respostas- certas. IDADE III NLComprehender eexecutar ordens simples Processo: O examinador dira: « Avaliagao: Sigasse o mesmo criterio usado no teste n. 13, do quadrado. Aqui os pontos capitaes sao: pelo menos dois angulos oppostos e dois lados adjacentes devem ser approximadamente iguaes; a dia- gonal vertical deve ser mais longa que a hoz tisontal. Nao se exige parallelismo dos lados oppostos. Vejamese as figuras para avaliagao. Farse-A a mesma annotagao usada no qua- drado, das linhas tracadas pelo examinando. ood 4 4 = 62 Ne, 23-Copiar, a tinta,uma phrase Processo: Apresentando ao menino um papelao branco com as palavras: «Aquelle é Paulo» em caracteres claros, calligraphicos, o examinador dar-lhe-4 papel, tinta e penna e dira: «Agora copie isto aqui, para mim.» (An- note-se o uso da m4o esquerda). O examina- dor que obtiver a nossa formula impressa mandarao alumno escrever na ultima pagina. Avaliagao: O teste tera bom exito,se a coz pia ¢ sufficientemente legivel para quem nao sabe o que tinha de ser escripto. O teste nao € orthographico, nem de calligraphia. Ne. 24-Dizer os dias da semana Processo: «Quaes sao os dias da semana ? digazme.» Avaliacao: Todos os dias devem ser ditos em ordem, durante 10 segundos. Annotarz seca na formula a ordem pelo primeiro dia enunciado. Permittesse que o menino corrija algum erro se os 10 segundos nao tiverem passado. Note se 0 menino recomega, repe- tindo o erro. Pér-sez4 um zero no dia omittido. N°. 25-Dizero nome das moedas mais communs Processo: Pér=sec4o as cinco moedas com 0s numeros para baixo, em linha, na ordem seguinte: $100, $200, $400, $500, 1$. As moe- das nio devem ser muito gastas, nem muito novas. Perguntarzse-a, apontando cada uma: Que é isto? (Nao se permittira ao alumno pes gar as moedas para viral-as,o que nao fara _tambem 0 examinador). Se o menino respons de; dinheiro, moeda, dirzsezd! «Sim, mas qual é 0 Seu nome?» Avaliagao! Todas as cinco moedas devem ser denominadas correctamente. Nao se permitte erro. Nota. Aqui resolvi afastarme, por tentaz tiva, do original francez e do inglez. As quaz tro moedas brasileiras sdo muito faceis de res conhecer e julguei que sera bom estandarti« zar este teste com cinco moedas. Ne. 26-Reconstituir um cartao rectan- gular cortado Ter-secdo dois cartées de visita sem im- pressdo, um inteiro e outro cortado, pela dia- gonal,em duas metades. Ponham-se os dois triangulos assim formados de modo que as duas hypothenusas formem angulo recto sem se tocarem. Vejasse a figura respectiva. Sera en- negrecida uma das faces dos dois triangulos, s6 podendo ficar para cima a em branco. Di- gase: «Cortei um dos meus cartées em duas partes. Voce é capaz de collocal-as juntas de eke modo que formem um como este? (Apontazse para o cartao inteiro). Se o menino apenas olha para os cart6es sem pegal-os, diga-se: «Bula nos dois pedagos e veja se vocé forma o cartao.» Se for necessa- rio, ponha os dois pedacos nas maos do meniz no. Nao o deixe virar os cart6es para que nao veja a parte tinta. Avaliacao: O trabalho perfeito deve ser feito em meio minuto, mas nao se deve ser muito rigoroso, admittindo mais alguns segun- dos, quando o menino parecer reflectir. Obz serve-se 0 processo seguido pela creanga: com- binacao errada repetida, investigacac systemaz tica de varias combinac6es, acceitacio de coms binacdo impossivel, superposicao ou juxtapo= sigao do cartdo inteire. Lance na formula es- tas circumstancias, como tambem se fez o teste logo da primeira tentativa. Ne. 27-Definir termos concretos Processo; Dirzseza ao menino a seguinte pergunta, cujas palavras nao devem ser subs- tituidas: «Que é: a] um cavallo? b] uma cadei- ra ? c] uma mde? d] uma mesa >» e| um garfo? Poder-seza repetir a formula da pergunta, tendo todo cuidado de jamais dizer, por exem= plo: «Com que parece um...? ou: para que éum...? ou que é que... faz P» Avaliagao: O menino definira, pelo uso, 6S tres dos cinco seres. O examinador escrevera, por extenso, todas as respostas. Convem rez gistrar as definigdes desta idade na Revisao Londrina: Cavallo—elle corrre: elle puxa um carro. Mae—ella cuida dos meninos. Mesa—onde os pratos s4o postos. As phrases acima sao traduccdes; certa= mente, os meninos bahianos farao de modo diverso a interpretagdo. Servem apenas de exemplo de definicgao pelo simples uso. Mui- fas sao as respostas dosnossos meninos. Uma menina respondeu para Mie: «E’ a que bate ha gente.» N. 28:Repetir numeros Processo: Seguindo 0 mesmo processo do Teste n. 2: «Preste attencdo e diga estes nume= tos quando eu acabar: 522292427». Se nao repetir, diga: 6-32825-2. Se nao repetir, diga: 927-3128. Avaliagao: Como no Teste n° 2. N. 29-Descrever quadros Processo e avaliagéo: Com os quadros usados no Teste n. 6, com o mesmo processo, Oalumno deve dar respostas que encerrem des: ‘ttipcao (phrases que indiquem acc4o ou caraz Cleristicos € nao sémente enumeracdo dos 9 seres representados.) Nota. Este teste s6 se dara, se nao tiver sido feito, com o mesmo menino, o de n. 6, Nesta idade o menino dira: Elles vao puxando a carroca. Um homem ¢ uma mulher sentados. Elles estao dormindo. Um homem em pé numa cama, procurande ver pela janella. Um homem mirandosse no espelho. (Exigemzse béas respostas em dois quadros). N, 30-Repetir syllabas Processo e Avaliagdo: Com 0 mesmo pros cesso ¢ avaliacao do teste n. 7: «Ndés vamos passear: quer dar-nos aquelle bello Lonet»? Se o menino nao repetir, diga: «Estavamos fazendo um bello jogo; eu peguei um gatinho»... Se ain= dando repetir, diga: «Esta chuvendo agora; Thomaz trabalha com forca» Se repetir volte 4 primeira phrase. N. 31-Distinguir a direita e a esquerda Pracesso: «Mostre sua mao direita» Dez pois: «Mostre seu ouvido esquerdo.» Ayvaliagao: Ambas as ordens devem ser executadas sem a menor intervencio do exa- minador, que esperara alguns segundos pela correcc4o expontanea, sem dar signal algum que indique o erro, O experimentador annotard na formula se o menino, ao cesponder, guiou-se por ale Gye guma cicatriz, sarda na mo ou se fez o mo= yimento de escrever. Repare se o menino é mansinico, pois estes ouvem sempre dizer, que a m4o direita € aquella com que se es- creve. IDADE VII N. 32-Indicar o que falta na gravura Processo: Apresentando ao examinando cada uma das quatro figuras de Binet, na orz dem rigorosa da formula, dir-sezd: «Olhe este rosto de homem e diga que é que falta nelle». Dasegunda gravura em diante, diresez4: «Que éque falta aqui?» Se o menino responde que falta corpo, digazse com emphase. «Nao; no tosto... ou... Eu sé quiz desenhar o rosto. Que é que me esqueci de fazer?» Avaliacao: O sujeito deve indicar corre- ctamente o que falta em tres das quatro figu- tas, gastando em todas 20 a 25 segundos. Na ultima gravura, admitte-se que a resposta seja maos, dedos. Devezse annotar, rigorosamente, Qqueo menino disser de partes do rosto, nao visiveis, por effeito da posigao da gravura. Este teste ¢ de interesse psychologico notavel. N. 33-Sommar tres moedas de mil reis e tres de quinhentos reis Processo: Pondozse alternadamente tres moedas de 1$000 e tres de $500 formando EE GR um hexagono, dirzsecd: «Conte este dinheiro e me diga quanto é tudo junto.» — Tempo: 10 segundos. Avaliacao; Nenhum erro, nem repeti¢aéo de pergunta. N. 342 Estabelecer differencas entre obje- ctos concretos Processo: «Vocé conhece uma borboleta, nao é?... Conhece, tambem, uma mosca?... Sao a mesma coisa ?.., Em que nao sao ellas a mes ma coisa? Qual é a digronce entre uma mosca e uma borboleta? Depois: 2°; entre o vidroe a madeira ? 3°; entre o papel e o papelao ? Devez se animar o alumno dizendo que dé a diffe renga, ainda que elle affirme que nao conhece as objectos. Nao se espere que o menino responda 4s interrogagdes do comeco da_ins- truc¢do. Avaliagao: Duas differencas devem ser correctas. Acceite-se qualquer differenca real, ainda que sem valor scientifico. N3o_servird, porém, a resposta que fér dada repetidamente, como: é maior. Neste caso se diz: Em que mais ellas nado sdo a mesma coisa? Gastard 0 teste dois minutos no maximo. N. 35-Escrever dictado Processo: Mostrando ao sujeito a parte em branco da formula, e dando-lhe pennae —69 — tinta, o experimentador dira «Escreva neste papel o que euvou dizer: Aquellas gentis me= ninas.» A phrase deve ser pronunciada de uma vez ¢ nao palavra por palavra, mas péde ser repetida uma vez. Avaliagao: As palavras escriptas devem ficar separadas e sufficientemente legiveis, de- vendo a orthographia ser approximadamente correcta, de modo que pessa a phrase ser lida por pessda que nao saiba o que foi dictado. IDADE VIII N. 36-Lér e recordar Processo: Apresentar-sez4 ao alumno a passagem composta por Binet e impressa em typos claros, traduzida como vae no fim deste numero, com localidade e moeda brasileira, tudo formando tres paragraphos, em typo cheio. Dirzses4: «Leia isto aqui para eu ouvir.» Deixase 0 menino ler durante o tempo ne- cessario e dois segundos depois de acabartire- se o papel, dizendo entao: «Digazme o que foi que vocé leu.» Nao se levara em conta a qua lidade da leitura do menino, nem sua rapis dez, O experimentador registrara, porém, cuis dadosamente, os segundos gastos na leitura. Avaliac¢do: O experimentador registrara tada phrase ou palavra correcta, indicando um dos itens em que se divide a passagem de Binet. Nesta ‘dade, © sujeito recordara dois itens. Abaixo se divide a passagem em 21 itens por tracos verticaes, (ficando entre paz rentesis, ¢ nao constituindo itens, as palavras que sao repeticao de outras ja escriptas). Tres | casas | incendiadas. | Bahia | 25 | de Abril Um grande | (incendio) | destruiu | na noite passada | (tres casas) no centro da cidade Dezesete familias | estéo agora sem morada | o prejuizo | € de 6 mil contos de reis; | Um Jovem barbeiro | que salvou | uma creanga | no berco | ficou graz vemente | ferido | nas maos | Burt julga repeticao as palavras: o prejuiz so; em portugués nao se péde dizer que prez juiso repita aidéa de destruiu ou de incene diadas, N. 37+ Responder questdes faceis Processo: Dirsez4 ao menino: Diga-me uma coisa: 1'—«Se vocé tiver de ir a algum logar, a trem, e perder o frem, que ¢ que vocé faz?» 2'—«Que é que vocé deve fazer, se quebrat alguma coisa de outra pesséa ?» 3'—«Se outro menino (ou menina) the der uma pancada ou Ihe ferir sem querer, que é que vocé faz?» Feitas as perguntas, uma a uma, nao haz vendo resposta, repete-se uma vez cada ques tao,dizendo antes, em tom delicado e agrada= vel: «Vocé entendeu o que eu lhe disse?» As palavras, porém, nao serao alteradas nas per guntas. Avaliagao: Devem ser respondidas, satis- factoriamente, duas perguntas. Na 1? questao, a resposta deve envolver a idéa de esperar outro trem. O recurso de tomar um automovel, carro etc., é acceitavel, onde houver estrada de rodagem francamente trafegada. SAo respostas inacceitaveis: correr atraz, esforcarzse por nado perder o trem. Terman admitte a resposta—volfar para casa, quando o menino residir em localidade onde sé passem poucos trens por dia, com horas de deméra de um para outro). Na 2 questdo, a resposta deve envolver restituigao, pedido de desculpa, confissio do facto, sentimento de ter quebrado o objecto. Sera acceitavel a resposta: Digo a mamae, se omenino quer dizer que o objecto era da propria mae. Sao inacceitaveis as respostas i= que envolvam a idéa de chorar, remendar, esconder. Na 34 questéo o menino deve dara idéa de nao levar em conta, de desculpar, de dizer ao collega que seja mais cuidadoso. Sera inaz cceitavel a resposta que encerre idéa de re= vidar, de dar queixa ao professor ou paes. © examinador deve escrever cuidadosaz mente a resposta, para effeito de estandarti- zacao da formula do teste. N. 38-Contar de 20a 1 Processo: «Vocé sabe contar 1, 2, 3, para deante, nao é? Vocé sabera tambem contar para traz? Vamos ver! Comece por 20 e diga até I». Se o menino nao comprehender, diga-se: «Conte assim: 20, 19, 18...» O examinador sé dira esses numeros e registrara o facto. Avaliagao: Permittesse, apenas, um erro (inversio ou omissdo) que nao serd emenz dado pelo experimentador. O teste durara cerca de 30 segundos, devendo ser registrado com rigor. O examinador observara cuidadoz samente se © menino, de certo ponto em dez ante conta na ordem crescente. Tambem vee rificara se o menino foitreinado neste sentido, na escola. Registre na formula tudo rigoroz samente. Se N, 39-Dizer a data completa Processo: Perguntar-secd: «Que dia é hoje?» Se o menino nao da a resposta completa, perguntarsse-a, conforme 0 caso: «Que dia da semana é hoje? Que mez? Que dia do mez? Que anno?» Avaliacao: As quatro respostas correctas sdo indispensaveis. Admitte-se um erro de ires dias antes ou depois, da data do mez, thas exige-se. exactidao no nome do mez. Se 0 menino disser 0 numero de ordem do mez (4° mez) e nao souber dizer o nome do mez, nao é approvado neste teste. O examinador deve verificar cuidadosae mente, se o menino foi especialmente ins- truido neste assumpto, na escola ou em casa. Deve-se ver sia data ¢ a do anniversario do menino, de alguma pesséa da familia, ou com: memorativa de algum facto que a faga mais conhecida. Registre na formula se o menino deu a data logo 4 primeira pergunta ou se foi necessario auxilialeo com as immediatas. N. 40:Dar troco Processo: Com as cinco caixas dos pesos ecom todas as moedas em duplicata sobre a mesa (1$, $500, $200, $100, $040, $020), o examinador dira: Agora vamos fazer um brinquedo de loja; 10 —74— vocé me vende esta caixinha (segurando uma caixa). Ea compro esta caixinha por $440, Aqui esta o dinheiro (entregando uma moeda de 2$000). Agora vocé me dd o troco.» O experimentador apresentara ao menino uma moeda de dois mil reis, sem absolutas mente dizer sua importancia. Avaliagao: O menino deve entregar ao examinador © troco exacto, nao bastando dar a resposta verbalmente. O experimentador ve- rificara se 0 menino foi favorecido por algu ma actividade extra-escolar (pratica de com: pras; vendas em lojas, etc.) Registrard as moe- das formadoras do troco, Nota. Este teste tem sido difficil. apesar de parecer facil. Peco aos collegas que o ex perimentem sempre, porque rapazes de 18 an- nos teem errado. N. 412 Repetir numeros Processo: O experimentador dira: «Preste attengao e diga estes numeros quando eu aca= bar: 22520:3=624. Se o menino nao repetir,diga: 8-5-3921 26. Se ainda nao repetir, diga: 4¢7-1-5-8-2. Avaliacao: Basta uma serie correcta, denz tre as tres. Veja insiruccdes do Teste n. 2, — se IDADE IX N. 42-Dizer os mezes Processo: «Digazsme todos os mezes do anno.» O examinador nado péde iniciar a se- tie, nem continual-a em caso de parada do alumno. Registrard na formula a ordem em que o menino deu os mezes. Avaliagao: Admittese um sé erro, em 15 segundos. N. 43-Dar o valor de moedas Processo: QO examinador pord as cedulas e moedias (com as effigies para cima) sobre a mesa, na seguinte ordem: $400, $100, 10$000, 2$000, $020, 5$000, $200, $500, 1$000.... 20$000, $040. Perguntara; «Que ¢ isto?» apontando cada moeda, sem pegalza, nem permittir que o me: nino a pegue ou vire. Avaliagéo: Todas as moedas devem ser denominadas em 40 segundos. Podezse fazer segunda experiencia alguns minutos depois, apés outros testes, quando se verificar que oetro do alumno proveio de alguma confu- do passageira. Nota. Afastamo-nos aqui do original que pede apenas 9 moedas, porque nossa divisao € mais facil que a ingleza. Parece que é Be justo exigir 11 moedas. A estatistica nos guiara. N. 44 -Ler e recordar Processo e avaliacgéo: Tudo de accordo com as instruccdes do teste n. 36, O menino deve recordar 6 itens. N. 45-Definir termos concretos Processo e¢ avaliacao: Seguindo as instruc cées do teste n. 27, os meninos devem dar definicSes superiores ao uso, envolvendo idéa de classe ou gencro ou descripcao com recurs so a cér, forma, tamanho, estructura, substanz cia, etc. Burt exemplifica: Cavallo: um animal. Cadeira: uma coisa em que nos sentamos. Garfo: uma coisa com que apanhamos nosso alimento. Mae: 1°) umasenhora; 2°) uma mulher; 3°) uma pessoa que cosinha nosso jantar. Mesa: 1°) uma peca de madeira; 2°) uma parte da mobilia, Varias outras formas terao as respostas. Nio se aceeitarao respostas que encerrem idéa de coisa referindo a cavallo ou a mae. O exae minador deve registrar, palavra por palavra, a resposta do menino, pois € de grande impor- tancia no trabalho de estalonagem. -Ti~ (DADE 'X N. 46-Pér em ordem cinco pesos Processo: com as cinco caixinhas do teste n.° 19, as lettras para baixo, o professor dird: «Aqui estéo estas caixinhas, que parecem todas iguaes _ nas nao tém, o mesmo peso. Algumas sao pesa= das e outras leves. Procure a' mais pesada e poz nha aqui. Depois. a um pouquinho menos pesaz da e ponhaza aqui junto. Depois a que ¢ ainda mais levee ponhaza- aqui ¢ afinal a mais leve de fodas aqui.» O examinador ira apontando tigorosamente o logar gue occupard cada caiz xinha. Mas o alumno sé comecara depois de dada a instrucgao completa, nio podendo ir arrumando as caixas emquanto 0 examinador fala. Repetirzseza 0 processo, tres vezes, quan do nécessario, com as mesmas palavras das instruccSes, misturando-se as caixas cada vez. Avaliacdo: As caixinhas devem ser cor: tectamente alinhadas em duas das tres arru- macdes ou logo na primeira. Registre 0 ex perimentador, rigorosamente, a ordem de cada arrumacao, servindo-se para guiar-se das Tetras que marcam o fundo de cada caixa. . 47-Construir duas sentengas com tres palavras Processo: Mostrando a parte em branco da formula e dando papel, penna, tinta e um cartao com as palavras—Bahia, dinheiro, porto, dirzse-A ao menino: «Desejo que vocé escreva uma senten¢a em que entrem estas tres palaz vras: Bahia, dinhetro, porto, «Entregando 0 cartao ao menino se repetira: «Bahia, dinheiro, porto, Escreva uma sentenga contendo estas fres palavras.» Avaliacao: O teste durar4 um minuto ¢ 15 segundos. Os meninos de idade mental de 10 annos escreverao em geral, duas_phra ses distinctas, como: Ha um porto na Bahia. Eu quero ganhar dinheiro. Estas duas phrases (conz forme a estandartizagio de Burt) formam uma resposta perfeita pets a idade X. Seo menino escrever tres phrases nao tera approz vacao no teste. Assim: A Bahia é uma cidade; ahi ha um porto; algumas pessoas tém dinheiro. —formam uma resposta ma. E’ essencial que haja sOmente duas sentencas ainda que ab- surdas. Se o examinador desconfiar que o menino conversou com algum collega j4 subz metiido ao ieste, acerca do uso das palavras Bahia, porto, dinheiro, perguntara, ao iniciar: «Que acha que tenho pedido aos outros meni: nos para fazerem com essas palavras?» Caso verifique conhecer 0 menino de antemado o trabalho, substituira as palavras por outras que sirvam para formar as sentencas. Incluiremos as phrases que Burt consi= dera certas para a idade de 10 annos (duas sentengas): = «Ha um rio em Londres; eu gostaria de algun dinheiro». «Londres tem dinheiro e rios.» Considera haver 3 sentengas na phrase: «Londres é uma cidade; ha um grande rio; _ algumas pesséas teem dinheiro.» Diz logo o psychologo inglez: a inclusdo de «nelle» ou «nella» tornatia a phrase bda para a idade de 10 annos. Por estes exemplos, podemos melhor _apurar o teste 47. Como orientacdo geral deste e do teste 53, lembramos que as sentengas sé se consi- _deram separadamente quando ellas nao estao obedecendo ao mesmo pensamento, 4 mesma idéa. Assim: «Londres ¢ uma grande cidade. Ella tem um rio, E muitas pessé6as veem ahi para ganhar dinheiro» constituem uma sens tenca, approvando no teste 53 da idade 11. Burt continua: Binet (nao porem Ter- nan) acceita expressamente sentencas absur- das, como: «Londres € uma cidade de dinhei- 0 pelos rios.» «Em Londres ha dinheiro, que tem um grande rio.» Segundo Binet taes phrases indicam fraqueza de expressio mas pertencem ao nivel mental de 10 ou 11 N.48-Desenhar de memoria duas figuras Processo: Mostrando ao menino a parte em branco da férmula ou (caso nao a tenha) um papel sem pautae segurando um lapis e tendo ao lado umrelogio que marque segun- dos, 0 examinador dird: «Aqui estao dois des senhos faceis,-neste livro. Vocé vae olhar para elles muito cuidadosamente até que eu os esconz dae entdo veja se vocé pode. desenhalzos de- pois, de memoria, neste papel. Vocé sd os vera durante muito poucos segundos. Agora olhe para elles dois, muifo cuidadosamente: Prom: pto? Vamos!» © ‘professor abre a pagina dos desenhos e a mantem 4 vista do alumno, durante 10 segundos exactos. Escondidos os desenhos, dira: «Agora veja se vocé desenha — aqui.» : E’ importante que o papel liso, em que o menino desenhara, fique em sua frente, afim de que nao esqueca a imagem dos dez senhos emquanto o recebe, mas o lapis ficard _ na mao do examinador, porque se estiver na mio do menino, este pode tentar o desenho antes de terminar o tempo de apresentacao. Avaliacao: A avaliacao deste teste se faz com © auxilio de uma figura em que se dao tres typos médios de desenhos feitos por mui- tos meninos. Ahi se encontra um desenho typo dos que se consideram como certos, outros meioz correctos e outros inacceitaveis.’ (Veja figura pagina 56a). Com o modelo de avaliacao, conz sidera-se correcto o trabalho se o menino fi- zer um desenho correcto e outro meio correcto. ho Nao se permitte segunda expeziencia. Nao se exige esmero no desenho. Convem incluir aqui os itens que Burt estabeleceu para fir- mar o criterio acerca dos desenhos, 1°—Relativamente 4 chave grega, o dese tho se considerara meio correcto com um sd dos seguintes defeitos: a) omittir ou reproduzir errada uma das metades do desenho; b) omittir as tres linhas centraes; c) omittir um ou reproduzir errado um ou ambos os quadrados terminaes; d) tragar curvas em logar de angulos rectos; e) inverter toda a figura. Dois destes defeitos no mesmo desenho, fornam=no inacceitavel. 2°—Quanto 4 pyramide truncada, o des senho sera meio correcto tendo quatro dos guintes defeitos: a) omittir ou inverter a descentralisagao lateral (mudar a perspectiva). b) tragar um quadrado ou um rectangulo vertical em logar de um rectangulo hori- Sontal, ¢) omittir uma das doze linhas. d) juntar as linhas de arestas da pyraz mide fazendo angulo no lado do rectangulo ul cos do plano superior, em vez de tracalzas de an- — gulo a angulo; e) duplicar o tamanho relativo do rectan- gulo interior. © desenho € inaceitavel quando tiver todos os defeitos acima. E’ correcto quando tiver um s6, Este teste dard dois pontos se ambos os desenhos forem feitos sem defeito algum. N. 49:Descobrir 0 absurdo Processo: O examinador diré: «Attenda cuidadosamente ao que eu vou dizer. Ha nisso alguma coisa de folice. Digasme depois que é que nao esta direito: I°—Outre dia um homem cahiu da bicie cleta de cabeca para baixo e morreu IMME: DIATAMENTE. Levaramzno ao hospital e re ceiacse que elle nao fique bom. Que ha de tolice” nesta phrase? 2°—Tenho tres irmdos: Eu, Jodo e Thomaz Qual é a tolice? ‘i 53°—Hentem houve um desastre de estrada de ferro, mas nao foi muito serio. Morreram sémente quarenta e oito pessdas. Qual é a tolice ? 4°—Encontraram no_matto 0 corpo de uma mo¢a cortado em 18 pedagos, Dizem que ella t se suicidou. Qual é a tolice? 5°—Se eu algum dia ficasse desesperado e 95° me suicidasse, ndo escolheria um dia de sextaz feira, porque sextasfeira é dia aziago e me traz ria inpelichtade. Qual é a folice ? Avaliacao: Exige-se a descoberta de tres absurdos dentre os cinco. Burt ennumera res- postas satisfactorias e nao aceitaveis. Isso nao nos importa agora, pois ainda € mister estan- dartizar esta formula portugueza. O exami= nador escrevera por extenso a resposta do menino. A resposta deve encerrar a compre? hensdo clara do disparate que existe na per: gunta, Burt julga, por exemplo, inaceitavel aresposta: «Deviam telco levado para o nectoz terio,» dada 4 primeira pergunta. Parece, toz davia, que o menino comprehendeu claramen: te que era impossivel ficar bom se ja tinha morrido. Na 2* pergunta, se o menino dis: ser «eu,» QO examinador diva: «que é que fem?». .. Esta mesma pergunta se fara, se o mez nino disser: morreu (na 1°); foi serio (na 3*); elle nao podia sé matar (na 44); infelicidade {na 52) ou outras semelhantes. Nao se per- mitte, porém, outro qualquer auxilio, nem rez peticao da pergunta, Deve-se tomar nota da reaccao emocional do menino, ao ouvir cada pergunta. N. 50-Responder questées difficeis Processo: «Vocé me diga o seguinte: I°—Que é que vocé faz quando esta quasi passando a hora de chegar 4 ES: COLA? 2e—Se alguem lhe perguntar o que ¢ que vocé pensa de um menino que vocé nao co# nhece bem, que é€ que vocé responde? (Seo examinando for menina, direse-4: pensa de uma menina). 3°~ Supponha que um menino nos faz uma indelicadeza: porque é que nés o perdoamos mais facilmente se elle est4 zangado do que se ondo esta? 4#—Porque devemos julgar uma_ pesséa pelo que ella faz e nao pelo que ella diz? 5°—Supponha que vocé tem de emprehen= der alguma_ coisa muito importante: que ¢€ que vocé deve fazer antes de tudo? As questdes podem ser repetidas uma vez, mas com as mesmas palavras. Avaliacao: Devem ser respondidas satise factoriamente tres questdes, gastando o me nino 20 segundos em reflectirem cada uma das cinco. O professor, como no teste antes rior, lancara, por extenso, a resposta do mez nino, para o trabalho de estandartizacao. Devemzse ter muito em vista as seguinz tes bases relativas a cada resposta do menino, que serd satisfactoria se encerrar: na 14—~idéa de apressar; ns 2’—idéa de necessidade de procurar saber oua de nao dar opiniaio; na %—idéa de que a cdlera deve constituir uma desculpa; na 4*—idéa de que as palavras ens — 8 — ganam mais que a acc3o; na 5*—idéa de pre= paracdo preliminar, reflexdo, pratica, etc. Devezse annotar na formula a reacgao emocional do examinando, o que ajudara a traduzir suas respostas, naturalmente mal ex pressas. _N, 5L-Dar sessenta palavras em tres minutes Processo: «Vocé agora vae dizerzme o maior numero possivel de palavras em tres miz nutos. Alguns meninos dizem até mais de du- zentas palavras. Diga palavras como estas até que eu lhe _mande parar: calga, planta, livro, fonte, etc. como vocé quizer. Esta prompto? Agora vamos, comece |» Se o menino parar, devesse animal-o, dizendo: Muito bem, continue ! Esta férmula deve ser cuidadosamente pronunciada a todas os examinandos, tendo muito em conta a referencia 4s 200 palayras €a enumeracao dos quatro substantivos. Avaliacao: Exigem-se 60 palavras, exclu= ‘sive as repeticdes. Se o menino diz uma phraz ‘st, observesse: «Vocé tem de dizer palavras see paradas.» Tomar-sez4 nota do numero de palavras das em cada meio minufo, nos espacos formula. Ergo os Note-se na formula se o menino diz pa: lavras que no sio substantivos communs. Registrem-se as palavras de saliente expressao — da mentalidade do menino. Sera de grande utilidade escrevel=as afim de orientar o estudo dos typos associativos. Sera de grande utilidade fazerem os exa: minadores um trabalho supplementar, man- dando os meninos j4 examinados pelo teste, escrever 0 maior numero possivel de palavras, em 10 minutos, em papel que ser4 anne xado 4 formula. Isso se fara em turmas, sim: plificando o servico. N. 52:Repetir numeros Processo: «Preste attengcdo e diga ‘estes numeros depois de mim: 9:6-8:427-5¢I-~ 4282220332625; —~ 5292228214526.> Avaliacao: Veja-se o teste n. 2. N. 53-Construir uma sentenca com tres palavras Processo e avaliagdo: Vejam:se as instrucs ¢des do teste +7. Nesta idade, como ficou dito, o alumno fara uma sé phrase, como: no porto da Bahia ganhazse dinheiro, ou ganhouzse muito dinheiro na construccdo do porto da Baz hia ou outras muitas, contanto que haja uma sé phrase. eRe Vejazse na avaliagdo do teste 47, a expli- cagao completa do assumpto. IDADE Xi N. 54:Dar rimas Processo:O examinador dira: «Vocé sabe ue é uma rima? Quando'duas palavras aca- am no mesmo som, nds as chamamos rimas. Bom, rima com som porque termina em On. Entendeu? Agora vocé diga tres palavras que rimem com amér, Avaliacdo: O menino deve dar tres palaz vras de rima perfeita, em 1 minuto. Devem-se registrar na formula as palavras. Se o menino nao responder ou se nao completar as rimas, diga-se: «Que mais, rimando com amér?» Aceitarzse-A desamor como rima.» N. 55+ Reorganisar sentengas desor- denadas Processo: Apresentando ao examinando a folha especial em que se acham phrases desordenadas, de modo que sé se veja uma de cada vez, o examinador diré: «Ponha estas palavras em ordem e diga a tenga que ellas formam». __ Caso o menino nao consiga pér em ordem as palavras, dir-sesd: «Isso aqui éuma aoe adivinhacao: veja se vacé |é o que este papel diz» (Neste caso 0 examinador annetara a circumstancia da 2+. instruccdo). Ayaliagao: Cada phrase deve ser organi- sada em 1 minuto. Exigemzse duas solugées correctas, As respostas devem ser escriptas por extenso pelo examinador. A primeira sentenca perfeita sera: e dis- se: iguaes, Rizme e eile disse ao ver os pares seguintes, sempre: iguaes (decididamente), IN. 58-Tirar conclusées d2 circumstancias apresentadas Processo: Veja se vocé decifra o seguinte eniz gma: i°’—Certo dia uma mulher que passeava na Matta Escura, parou muda e terrivelmente ame- drontada. Depois correu até o posto policial Ole mais proximo e disse ao sargento que acabava de ver dependurado no galho de uma arvore, um... que pensa vocé que ella viu? 2°—Meu visinho de parede meia recebeu tres visitas. Primeiramente veio um medico, des pois, um advogado e depois,um padre. Que pensa vocé que aconteceu la?» Ayaliagdo: Ambas as questdes devem ser respondidas correctamente. A resposta 4 12. questao deve encerrar a idéa de enforcamen- to. Nao basta dizer um homem, uma pesséa morta. Neste caso se petguntara: «Como foi que elle ficou assim na arvore?» A resposta a segunda questao deve en: cerrar idéa de morte ou de molestia muito grave. Nao basta a xesposta: elle esta doente. Para o processo de estandartizagao € abe solutamente necessario que se registre, por extenso, a resposta do sujeito, com as expli- cacdes. Alguns examinandos tém respondido 4 ptimeira questao: «Um ladrao; um macaco; um espirito; um fructo; um menino a ames drontal-a». Neste caso, se diga: «Ella nao era uma mur lher fola... Que foi ent&o que ella viu? Registrezse na formula esta segunda ten- fativa. A’ segunda questdo, tem respondido al- guns: barulho; assassinato; uma conversa dis: cutindo com outro; um casamento. A grande maioria responde: morreram 1a; doenca morz tal, eic. Quando responderem incorrectamen te, digazse: «Que € que tém com isso as pes* sdas 2» IDADE XIV N. 59-Repetir syllabas Processo e avaliacdo: Vejazse o teste n. 7. O experimentador dira: «Preste attengao e diga isto depois de mim: Outro DIA EU VINA RUA UM CAQSINHO PRETO. JoAo JA MANCHOU © AVENTAL NOVO. Se o menino no repetir, diga: «Nunca devemos ser crueis com os passaros. E' de noite ends todos vamos para a cama. Se nao repetir, diga: Marina rompeu agora o vestido; eu dei meus dois tostées aquelle pobre. Se repetir volte 4 primeira phrase. N. 60-Definir terrnos abstractos Processo: Perguntaresesa: «Que significa 1) Bondade;—I) Justiga;— 111) Caridade. Ayaliacao: Exigemzse duas definicgdes cor= rectas. O professor registrard cuidadosamente as definigoes, para effeito de estandartizagao. Typos de respostas correctas: I) ser deli: cado; ser affectuoso; ser generoso para com ose os outros; ter coracao generoso. E' preciso que o examinando indique a attitude de ternura, affeicdo, etce.—para com outrem, Se disser; «ser _ bom;» «fazer alguma coisa béa», nao é apurado. IL) Deve dar a idéa de tratar de accordo com © merecimento; assim: «punir as pessdas mas»... «tratar serio». 111) Deve dar a idéa de bondade para com os pobres; «dar algum dinheiro a algum pobre», etc. Se um menino responde: bondade ¢ ser bom, digazse: «Sim, que significa isso ? IDADE XV N. 61-Desenhar de memoria cértes em papel dobrado Processo: O operador terd duas folhas de papel de 10 centimetros em quadro. Uma das folhas ficard intacta sobre a mesa do exami- nando com um Japis. A outra tera sido dos brada em quatro ¢ se tera feito um angulo na dobra exterior, como se acha na figura res- pectiva. O examinador dird depois de abrilza, dobrando-a de novo: «Eis aqui uma folha de papel que vou dobrar em quatro. Supponha ge eu. agora dou este cérte aqui neste logar. Se des? dobrarmos o papel, novamente, que veremos ahi? Mostrezme nesta folha de papel como e onde seria o corte» O examinador collocaré o papel de modo que os cantos dobrados fiquem virados para ~~ e S =o o alumno, deixando em posic&o tal que o angulo representativo do supposto cérte fique bem visivel. O alumno nao pdde tocar no pas pel dobrado, nem dobrara felha que recebeu. © operador deve ter o cuidado de nao falar, em furos ou buracos no papel. Avaliagdo: O alumno deverd tragar dois lozangos no centro das duas metades do papel (superior e inferior ou lateraes), ficando elles em linha horizontal ou vertical. N. 62-Dar differencas entre termos abstractos Processo: «Qual é a differenca entre: I) prazer e felicidade. 11) Pobreza e miseria: Ill) evolucao e revolugao... Avaliagéo: O alumno deve dara diffe- renga em dois dos tres pares. O experis mentador deve registrar cuidadosamente as respostas. Como elemento de avaliacao: I) felicidade ésuperior ou mais geral que prazer; mais duz radoira, etc. II) Pobreza é ter pouco dinheiro; Miseria € passar necessidade; mendigar, ete, | III) Revolugao, transformacao violenta; evo= lucao transformacéo lenta. Binet admitte: evolucdo, movimento de tropa; revolucao, inz surreicio. Terman s6 aceita as differencas reaes. a = 95a N. 63-Desenhar iriangulos invertidos Processo: O professor usara o cartao de visita, cortado, do teste n. 26 e dird ao alums no: «Olhe attentamenie pava a metade inferior deste cartao. Suppenha que eu a vire e ponha este lado ao longo desfe outro (mostramzse as linhas AC e AB, da figura, sem mover o cartio). Agora supponha que este canto (C) é collocado exactamente neste ponto (B). (O proz fessor nao dira as letras, apenas mostrard os pontos). Que figura daria isto? Agora vames esconder esta parte. fmaz gineza collocada como eu lhe disse e desenhe sua forma nessa posicao. Comece desenhando a forma do étriangulo superior. Avaliac¢éo; O examinando tracara o re= presentado na figura n,... As condigdes esz senciaes sao: A, C. B. deve ser angulo recto; A.C. deve ser mais curta que A. B. (DADE XVI N. 64: Resumir as reflexdes de Hervieu sobre a vida Processo: «Atfenda cuidadosamente ao que eu vou ler. Quando eu acabar quero que vocé diga em suas palavras o sentipo do que eu tiver lido. Preste attengdo: «Muitas opiniédes tém sido dadas acerca eres SS. UU eee ee eee a Se =o do valor da vida. Alguns dizem que ella é béa; outros, que é md. E’ mais verdadeiro dizer qu® ella é mediana, porque, de um lado, a FELICIDADE que ella nos proporciona nunca é tao grand@ como NOs desejariamos e, de outro lado, aS DESGRAGAS que ella nos traz nunca sdo 4o grandes CoMO NOSSOS INIMIGOS queriam que nos as soffressemos. E’ esta mediania que a forna raz zoavel ou, pelo menos, evita que ella seja total mente ma.» Agora veja se vocé pdde dizerzme em suas palavras o sentido do que eu acabo de lér. O examinador dara emphase especial as palavras em versalete no frecho lido, Avaliacao: Devem ser reproduzidas as tres idéas centraes: I)—A vida nao é béa nem ma: € me diana; II)-ella no é tio béa como nés dese- jamos; III)~é melhor do que os outros nos de: sejam. Nao se deve levar em conta a forma da resposta. QO examinador registrara litteral: mente a resposta, como os augmentos gue o examinando fizer. Vera se elle falhou por falta de comprehensao das idéas abstractas, ou por falta de memoria. N. 65-Dar a differenca entre Presi- dente e Rei Processo: «Ha tres principaes differencas entre um Presidente de Republica ¢ um Rei. _ Digazme quaes sao ellas.» Avaliagao: Exigem-se duas differencas, das seguintes: 1)—O Rei herda coréa ou tem sangue real; o Presidente é eleito. ID—O Rei é vitalicio; o Presidente ¢ por um praso. IIQ—O Rei nao é directamente respon. savel perante o povo; o Presidente o é. ; © professor registrara, rigorosamente, as fespostas. * * e Ahi ficam as Instrucgdes para estandar= tizacdo da bateria do teste individual de intel: ligencia Binet-Simon-Burt. Seguindo-zas es+ trictamente e obedecendo 4s regras geraes do final do primeiro capitulo, faremos o traba- 0 preliminar de organisag¢ao do nosso teste individua] de intelligencia, Entaéo comecard 0 ingrato, moroso e modesto trabalho da con ferencia, da gradacao, do calculo do erro proz vavel ou do desvio standard, afim de se chez gat 4 definitiva estalonagem das idades Za OR Propomoznos a realisar este trabalho a que, serao pouco affeitos os espiritos de escdl, e agradeceremos a todos os collegas que, ob- tendo de nos formulas syntheticas do exame, nolsas devolverem cheias. Porque nao esperar? Do estoicismo he roico do professor bahiano nao veio essa conhecida superioridade das nossas energias de cultura? Aos benemeritos mestres da mocidade, constructores anonymos deste povo jovem, — entregamos a sorte desta modesta e patriotica tentativa. No estabelecimento sob nossa direcgao, estamos realizando, com esforco e cuidado, quanto permittem nossos deveres complexos, exame da intelligencia dos alumnose muito confiamos na cooperagao dos nobres collegas de magisterio que nos desejem auxiliar, nao somente com a devolugao de férmulas, mas tambem com a suggestao de algumas mudanz — cas que achem uteis na linguagem das instruc ces ou dos trechos de leitura.

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