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Suntamente coma imensies da EA-TU e EU-ISSO, oentreé um elemento constitutive propria da exiséncia human, E agusle ‘ing indesrivl, que € maior que 1 soma de duas ow mais idemidades. B 0 ponto de como além das nossas idemidades individais. Buber enfatiza que o crite onol6gio da exstncia requer:distinia ¢relogi0". O jnter-humano é a esfera ma qual fstameos ao mesmo tempo separadose em rela, Somos tanto une partede utos seres ornanos como estamos opartados dles. A ‘xiténciasadia étadoaquel ugseeqlbriositmicoenteseparagso| cerelago, ssc rath € umesforgo de fandamentaei0.O seu valor final emergitt da dilogo que ele poss estabelecer com 0s letoese do ravemque le oseacorsjaasepuralémdnqueestixendo dito. Esperumos que vor quehestaterente emerge neste livro.evoque a resposta de una otra voz, prague ena wn dilogo™, 2/ A Profissao Paradoxal ‘Mas onde ¢ como ini pu bler as qualfcagdes ideas indispensivels em aus pf (Sigman Froud Tarde da noite, no silincio ressonante que resta quando os clientes se fram, oferapeut, ber mo furl de i mest, sente-ve petseguio pelos residuos dos paradoxos do dia. Ele busca desexpe fadamenteresposasdefnidas. No enconia nenhums, pois ores 00s paraoxosineentes 3 prtica da psicoterapia. Els exsiou, {ndependentemente da oienagiotedrica do trap, (Dceme deses parndoxose gu ser cuidadosamenteintegrada uma sie de carteterisisin hus sparenementeconltantes, Edaesséneiada priicapicuerapoutioa evocar foremente a tensio de polaidaes opontas — mtn vezss ‘etal formaguesetemainpressodequeiriucrara seit 4 terapout, Parecem interminsves as exigénsias finpostty ao sun Unig ser human, deve terapevtadcorrentesdasdierenesnecessidalesdoscienes. Talvez ape mits anos de pric esas tenses seam supotadas com menos dor —e ainda asi, elas nfo so nunca resovidas. E uma profisio inegavelmente repleta de paradoxos. E da natureza do Trabalho forge seus pofissionais «sem o campo de bataba vivo esses paradoxos, ‘O paradox primordial tens sempre preseatedas dimensGes “subjetiva”e“objetiva” na psioterpia, O process de cura em scoterapia toque, af mesmo exige, um grande envolvimento esta da pare do terapeuta. Ao mesino tempo, ele precisa manter 8 objetividade” spropiaa, Toda vide humana manifesta estas Aimenses distin; eas pessoas procuram wma terapia para sanar sas dvisdes em sta existenca! Ecrocal a resposta eqlibrada do eapeuta, ‘Sem divida, bi muitoconhevinentoientico aseraprentid, afim de desenvotveradisciplins ex “objetvidate”necessrae, ede forma faiita acura psicaterapeutica. Porém, o eonhecinento objetivo precisaestarsempe undatnentado as expriéniasubjeiva io cliente ema do terapeuta, Tradvionsinente sso € eonhecido como a tensto do conbeeiento nontstico (genertieavel versus onhecimento ideogrfico (nico). O krapeuta precisa ter una {quantdade substaneal de conhecimentos sobre oF sores humanos «in geal por precisa sempre sceslorgar par spresirpefundnente 2 expergncia nica da pessoa sentala sua frente. Aubas 05 ‘epectossdoestnciss part acinus ecomprcensiodaseapeigncias ‘eat ser urrano. Aina asi, hi ene ees na forte dapat pela domindncia, Constantement 0 terapouta precisa decidir soe {que aspect slender em um dado monitto, Ea ea ets exten barganhas escosenvolvdos. Anda asim, € 0 jogo inerente a08 rises que di fora e vida a esse elon, Surge, ent, para 0 trapcuta neces de in simensdesobjetiva e subjtiva de orn hannonioss. Gras is, © gtnio pioneiro de Frew munifestou-se pola necessiadeeus onsiéncia plano em equiva is uma consent que no esta seta aos extremes ustinente evocides Ho encontea hhumno, De uma forma similar, Buber sugere que opsicoterapeuts precisa desenvolver a hubilidade, aprentemente contraditri, de Ian uma “presenga-dstanciada”™®, O terapeuta deve estar {otalmente presente c, smllanesmente sereapaz de efltirsobreo ‘que ests sendo experienciado num dado momento. © provesso Dsicoterepéuico exige que ambas 25 dimensbes da exisiéncia, a ‘subjetiva” ea “abjetiva,sejam hablmente mescadas™ Tso conduz o erapeuta atento a outro dlema cental:ele deve cencarar a psicoterapia como eigncia ou como arte? O enfogue que for mis enftizado vai afetarde forma sigifiativao treinamento os psicoterapeuta eos valores que surgemdessetreinamento. Iso faz muita diferenga na atitnde com que 0 indvidue aboraa pros: ‘sho, Freud, por exemplo, e muitos dos seus seguidores, optaram elo enfoque da psiandlise como citacia.“Nio, nossa eigncia no uma iusio, Mas sera ilsio spor que o que acitaia nso pode or dar, poder ser encontrado em qualqucr ovteo lugar” (Frew 161, . 36) Existe, ceaameate, um corpo de conhecimeatos dentro a psiologin eda weoria psicoteraptutica que € esseacial no trsbalhocom pessoas, Poem, serresponsivo xoclent impo alr “sob medida" oconhecimento cienlifico eos ftos, para ie si uma nica pessoa. Este é talvez, o aspecto mus exigente a Drofissdo — ele requer que o terapeut, simulancamente,itegre arte dincia da psicoterapa, Aneglgenciade uma dass esl (a mum “ées-servigo™” ao cliente (© terapeuta, als disso, confonta-e com problemas apa reatementecontradirios em rela aos apecton pers e pvt sional. self do teapeuta €itinsecamente uma parte do proces Emaue grav terapeutacnfuiza seuself pessoal etn terupineem que rau sua persona prfissional € predominante? Onde comeye Profissional ecessa0 pessoal? A tenagdo maior, eS qual socumbie ms fasilmene, 6 enti 2condutaprofisiona de for ina a encobrir as insegurangs em estado de ebaligio, que podem ‘arma uma ial par a pessoa do terapeut. Sem diva, persona wofissionalé pare neessria lo process psienterapeutico de cura ATM sinds assim & somente a “Tora” através da qual a pessoa do terapeuta mers "A disiplina da psicoteraia coloca grandes exigéncis na pessoa do terapeute, O terapeutaéconstantemente conrontado com Ail que ado quer encuar. Seimre digo a meus alunos que 3 tuestio. que eles estiverem querendo evitar em st mesmos, Provavelmente ser raida plo présimno cliente! Em hina insti, fio € possvel a evitdo em terpia. A pessoa do terapeuta ext Sendo incessantemente orga a lata com suas Fagilidaese €om seus pontos egos. Ema peofisio paridosal porque © terapeta confront 3s quesiesd vide outta pesos alee nestsjam esos fm sa propria via, Nos tints aan, aso fem sido arplamente tiseutdo sob a rubvea de "ocucador fer”, Ou sea, Ex mtre ca ‘oresolvida de sins pias diieuldalesquesensbiiza terapeuts parva vlnerabilidade do otto hoo he peeeempatizar proton thmente com ay ifeuldades wo cliente. Ainda assim, deve haver tiscernimento se una era vlnerbiidadetora oterapenta mals bert, um excesso de “Trias” pode ter & tna sas deless © fechar as potas pura 4 posibildids de am eneonteo genio. Certamente que a "surador fro” cura; porém, sea eri forse “iguana erapi,o Joss pe view ser acuta do traps © m0 4 Aostient,o que ninea Go objetivo ds terapi. Entetanto, certo que pode ocorers crac erapeuta coo um subpedto da imeragso ene” O feapeuts deve Iiat incesantemente para tizer sis {erdas para espag da terapa, sem que acura de sew pepo sell seja 0 Toco. Na verde, & ests lata que desenvolve 0 sell do rerapenta, una fos io importante porque, basicamens, © self do lerapeuta € 0 “instruments” yue sees ilizado ny terapia. O rnsteumento”proesa ser mami “atinado”, para responder wos ims constntemene mines cy encom man. No prays ecu, a rientigo erica do terapsuta aot eacilquato Jnteireza ea dinponbiidade do self do teres. $6 entan pole havero enconto de ef om self, Nese encontroengenrase wn intirena no elinte que estavaausente antes do encom, istetambém ocontrasteenteacxperitncia individual subjet va do terapeuta¢ suas habilidaes relacionas. O trapeuta precisa entender aexperincia do cliente e, 30 mesmo tempo, ser espa de stay em conato com sua propria experiéncia. E uma trela ext ‘mamente dell determinar que Tocalizar equando fazé-o.Oterapeuta deveserinuovertidoo sufcint par ter una “awareness” limente desenvolvida de si mesmo, bem como ser capaz de se eluionsr facilmente cm ovtras peseas, Tuntamente gm todos o¢ outros dilemasenfrentados por um profisional, ele precisa estar euidadasamente care do que es contecenda entre elec lint, Iso envolve reconhecimento Je ‘quanto cada pessoa ests contibuindo pars a coe0, om pars & Aeseneonto na relagso, Existewnecessidde do rons entre conv ag maior que a son al dan govt se va pestoa. Iso envolve, pur exempl, estar arr div quests a teansferéncia,eonsderando o perigo, sempre presente, de que terapeuta poss “projet seus sentimentosconearanslerensiis slieme [ss am &verdadito em feasao ao recomhecite a resisténeia na terapa, E uma trea compless: determina ste que onto. que est acontecende no ene resistencia dy lint, ot terapeuta Tovariavelmente,defrontimo-nos como paraoso ds gue & terapeutaprecsaestaconscientemente aware do ueestiocotside «ainda assim, reconhever ue consciene sempre percula ple inconscente, O terapeuta precisa esta freqlentemente naa regido de penumbra, emt ttalente em une nem fotalteite en ‘utr. Ele est precariamente equltvado entre eonsciia «| inconscigneia. Ambos os damitios so wna parte eseneial ua 0 entendimento do encontra humane Isso € senipre ua ul, pols terapeuta pode faclmente ser polariado em wma ou em outea dimensio. O terapeuta excessivamente “eonsciente” falha em compariharo mundo subjzente que nos cerca equ estén lia fa conscigria: ao passo que o terapeua que viveneia demais seu process inconsiente, pode coneviat-secom lente nuquelenivel fo inconscientecoletivo onde hi a pesenga de arqustpos, mas m0 ‘encontr de pessoas. {Como “eurador",s80 necessvis grande dsciplina e "ego" pata atingir a competéncin; anda asim, é preciso tera awareness de que hd momentos em que se € muito mais um “nsiramento” a Sservigo do process terapeutico edo desenvolvimento do cliente. E ‘ie equibearessas tendéncas opsts, quando elas emergem 90 ‘process. Oeyo" "estar servigo de" elram em atta. Parceom equererduas atts diferentes cm elagio ao process teraptico 8 vidacomo um todo, Junto comiss,oprofissonal devereconhecer ‘ue pode representr aspects da prsonalidade do lint, que este "Mo aceita como Seus. Este ¢ um aspecto que fa parte da dates do didlogo da entre Iso, se wclinte € dato muito emocion, ‘terapeutapecisarsincurporaroladoraionalque ele ejeitou como feu, Se o cliente & exceasvamente racionl, o lerapeula precisa Incorporarmaisoladoemocional resjiemerents, eli discerit ‘quanta umadiienssa polar oerapevta reprerenae ate que pomto realmente cle mesmo. De fal, 6a lla par esclrecer sea ivida ‘qeporiem elevo niosomenteoselfdaclienteeo self do erapests, mas também arelagoterapZutica. “Trata-se de uma profissioparadoxal ecvada de perplexidades, porque teapeuta deve ser capar de desenvolver wins prfunds| ‘empatia como cliente: entra no mor dele percebé-lo a party a perspectva dele. Apesir disso, 0 trupeuta € sempre desafiadd profissionalmente adr sigifiado experdncin do cliente dentro fo esquema racional da teria. Hi wa necesidade que nos € prSpia de worrar claro nde, wig —de crise formas dentro 0 e208. Essa motvario do terapeuta & essencin! ma condugio da pica cominna da psicoterapis. la smnpulsions a eusiosidade ‘roissional do terapcut Mas principulmente w sentimento Je 2 companheirsmo” que dé forgaao dese do terapeuta Ue empatiza. "Existe uma tenso constants em pecoterapia entre teria e pritiea. Com freguéneia parece que as duas estio em confit. O paradox € que seo trope for erica demas, ele no consegura fplcaresseconhecimento. E necessirio um ipo de “mente” paca ‘ssmilarfatos,eoutotip paraassimilarapresengadoser human, ‘Trta-e deuma haildade muito especial — até mesmo um dom — estabelecer conto no limiar do relacionamento humano, expandir ‘© prio scr para receber a ddiva do outro, e encorjat, assim, 0 surgimento da vibragio do cliente, Por outo lado, seo terapeuta ‘reocupa-se demais com jnformasdes concretss, sera privado da fmpla profendidade que a teria pode proporcionar™. Ese € um problema com sérias consequéneias. Tem séras implicagbes na ‘qualidade do contto ena qualidade da relagio que seestabelece, Hi due se reconhecer que existem profundas diferengas entre vconbe elimento teérico sobre um asunto ea aplicaio desseconhecimen to teico mama situagio coneret, Bem como 4 necessidade de ‘Alm disso, terapenta precisa ser priticoesimla asim gostar 4efilosofia, Precis manter a eupaciade de responder iy sittagies concteas e, ao mesmo tempo, apeeiaro grande deama husano. Essas quests sufgem de forma especial quando o terapeuta precisa distinguir ene o gue &comportamento“patligico” eo que

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