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Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011, Regula 0 acesso a informagées previsto no inciso XXXII do art. Mensagem de veto 52, no inciso II do § 3° do art. 37 e no § 22 do art. 216 da Constituicdio Federal; altera a Lei n® 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei n® 11.111, de 5 de maio de 2005, Regulamento dispositivos da Lei n®@ 8.159, de 8 de janeiro de 1991; © dé outras providéncias. Vigénci: A PRESIDENTA DA REPUBLICA Faco saber que 0 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei CAPITULO | DISPOSIGOES GERAIS Art. 12 Esta Lei dispée sobre os procedimentos a serem observados pela Unido, Estados, Distrito Federal Municipios, com o fim de garantir 0 acesso a informagées previsto no inciso 200Ull do art. 5°, no_inciso Il do § 3° do art. 37 no § 2° do art. 216 da Constituicao Federal Paragrafo nico. Subordinam-se ao regime desta Lei: 1 08 6rgaos piblicos integrantes da administragao direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judicidrio e do Ministério Publico; Il - as autarquias, as fundagées publica, as empresas pibblicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios. Art, 22 Aplicam-se as disposiges desta Lei, no que couber, as entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realizagao de ages de interesse publico, recursos publicos diretamente do orgamento ou mediante subvengdes sociais, contrato de gestao, termo de parceria, convénios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congéneres. Paragrafo tinico. A publicidade a que estéo submetidas as entidades citadas no caput refere-se A parcela dos recursos publics recebidos e a sua destinagao, sem prejuizo das prestagées de contas a que estejam legalmente obrigadas, Art, 32 Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso a informagao @ devem ser executados em conformidade com os prinoipios basicos da administragao publica e com as seguintes diretrizes: I obsenancia da publicidade como preceito geral e do sigilo como excegao; I1- divigacao de informagées de interesse piblico, independentemente de solicitagses; II -utilizagao de meios de comunicagao vabilizados pela tecnologia da informagao; IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparéncia na administracao publica; \V - desenvolvimento do controle social da administragao piblica. Art, 42 Para os efeitos desta Lei, considera-se: | - informagao: dados, processados ou nao, que podem ser utilizados para produgao e transmissao de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato; I- documento: unidade de registro de informagdes, qualquer que seja o suporte ou formato; IM - informagao sigilosa: aquela submetida temporariamente a restrigéo de acesso publico em razéo de sua imprescindibilidade para a seguranga da sociedade e do Estado; IV - informagao pessoal: aquela relacionada pessoa natural identificada ou identificével; \V - tratamento da informagao: conjunto de agdes referentes a produgao, recepedo, classificagao, utilizagao, acesso, reprodugao, transporte, transmissao, distribuigao, arquivamento, armazenamento, eliminagéo, avaliagao, destinagao ou controle da informagao; VI - disponibilidade: qualidade da informagao que pode ser conhecida e utilizada por individuos, equipamentos ou sistemas autorizados; VII = autenticidade: qualidade da informagao que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado individuo, equipamento ou sistema; VII - integridade: qualidade da informagao néo modificada, inclusive quanto a origem, transito e destino; 1X - primariedade: qualidade da informagao coletada na fonte, com o maximo de detalhamento possivel, sem modificagées. Art. 52 £ dever do Estado garantir 0 direito de acesso a informago, que seré franqueada, mediante procedimentos objetivos e geis, de forma transparente, clara e em linguagem de facil compreensao. CAPITULO II DO ACESSO A INFORMAGOES E DA SUA DIVULGAGAO. Art. 6 Cabe aos érgaos e entidades do poder piblico, observadas as normas ¢ procedimentos especificos aplicaveis, assegurar a | - gestao transparente da informagao, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgagao; I1- protegao da informagao, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; I - protegao da informagao sigilosa e da informagao pessoal, observada a sua disporibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrigdo de acesso. Art. 72 acesso informagao de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: | - orientagao sobre os procedimentos para a consecugéio de acesso, bem como sobre 0 local onde poderd ser encontrada ou obtida a informagao almejada; Il. informagao contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus érgéios ou entidades, recolhidos ou ndo a arquivos piblicos; I - informagao produzida ou custodiada por pessoa fisica ou entidade privada decorrente de qualquer vinculo com seus 6rgaos ou entidades, mesmo que esse vinculo ja tenha cessado; IV - informagao priméria, integra, auténtica e atualizada; \V - informagao sobre atividades exercidas pelos drgaos e entidades, inclusive as relativas a sua polit senigos; ica, organizagao e VI- informagao pertinente & administragao do patriménio pblico, utilizagao de recursos publicos, administrativos; itagao, contratos VII - informagao relativa: a) a implementagao, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ages dos érgaos e entidades publicas, bem como metas ¢ indicadores propostos; b) ao resultado de inspegses, auditorias, prestagdes e tomadas de contas realizadas pelos érgdos de controle interno e extemo, incluindo prestagdes de contas relativas a exercicios anteriores. § 12 0 acesso a informacao previsto no caput nao compreende as informagées referentes a projetos de pesquisa desenvolvimento cientificos ou tecnolégicos cujo sigilo seja imprescindivel 4 seguranga da sociedade e do Estado. § 22 Quando nao for autorizado acesso integral a informagao por ser ela parcialmente sigilosa, @ assegurado 0 acesso parte nao sigilosa por meio de certidao, extrato ou cépia com ocultagao da parte sob sigilo. § 32 O dieito de acesso aos documentos ou as informagées neles contidas utilizades como fundamento da tomada de decisao e do ato administrative sera assegurado com a edigdo do ato decisério respectivo. § 4° A negativa de acesso as informagées objeto de pedido formulado aos érgdos e entidades referidas no art. 12, quando nao fundamentada, sujeitara o responsavel a medidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta Lei, § 52 Informado do extravio da informagao solicitada, poderd o interessado requerer a autoridade competente a imediata abertura de sindicancia para apurar o desaparecimento da respectiva documentagao. § 62 Verificada a hipétese prevista no § 5? deste artigo, o responsdivel pela guarda da informagao extraviada devera, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegacdo. Art, 82 E dever dos érgaos e entidades piiblicas promover, independentemente de requerimentos, a divilgagéio em local de facil acesso, no Ambito de suas competéncias, de informagées de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. § 12 Na divulgagao das informagées a que se refere o caput, deverdo constar, no minimo: |--registro das competéncias e estrutura organizacional, enderegos e telefones das respectivas unidades ¢ hordrios de atendimento ao publico; Il- registros de quaisquer repasses ou transferéncias de recursos financeiros; IN registros das despesas; IV - informagées concementes a procedimentos licitatérios, inclusive os respectivos editais ¢ resultados, bem como a todos os contratos celebrados; \V = dados gerais para 0 acompanhamento de programas, agdes, projetos @ obras de érgaos e entidades; & VI- respostas a perguntas mais frequentes da sociedade § 22 Para cumprimento do disposto no caput, os érgaos e entidades publicas deverdo utilizar todos os meios instrumentos legitimos de que dispuserem, sendo obrigatéria a diwigacéo em sitios oficiais da rede mundial de computadores (internet). § 32 0s sitios de que trata 0 § 22 deverdo, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos: |-- conter ferramenta de pesquisa de contetido que permita o acesso a informacao de forma objetiva, transparente, clara © em linguagem de facil compreenséo; 11 possibilitar a gravagao de relatérios em diversos formatos eletronicos, inclusive abertos e no proprietarios, tais como planithas ¢ texto, de modo a faciltar a andlise das informagoes; I~ possibilitar 0 acesso automatizado por sistemas extemos em formatos abertos, estruturados © leghels por maquina; IV - diwigar em detalhes os formatos utilizados para estruturagao da informacao; \V - garantir a autenticidade e a integridade das informagdes disponiveis para acesso; VI- manter atualizadas as informagées disponiveis para acesso; VII - indicar local e instrugées que permitam ao interessado comunicar-se, por via eletrénica ou telefbnica, com o 6rgao ou entidade detentora do sitio; Vill - adotar as medidas necessarias para garantir a acessibilidade de contetdo para pessoas com deficiéncia, nos termos do art. 17 da Lei n® 10,098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9° da Convencao sobre os Direitos das Pessoas com Deficiéncia, aprovada pelo Decreto Legislative n° 186, de 9 de julho de 2008. § 42 Os Municipios com populagao de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgagao obrigatéria na internet a que se refere 0 § 22, mantida a obrigatoriedade de divilgagao, em tempo real, de informagées relativas & execucdo orgamentéria e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-8 da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) Art. 92 © acesso a informagées piblicas ser assegurado mediante: I - criago de senvigo de informagées ao cidadao, nos érgaos e entidades do poder piblico, em local com condigoes apropriadas para: a) atender e orientar 0 piiblico quanto ao acesso a informagoes; b) informar sobre a tramitagao de documentos nas suas respectivas unidades; ¢) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informagées; € II- realizagao de audiéncias ou consultas publicas, incentivo a participagao popular ou a outras formas de divulgagao CAPITULO I DO PROCEDIMENTO DE ACESSO A INFORMAGAO Segao | Do Pedido de Acesso Art. 10. Qualquer interessado podera apresentar pedido de acesso a informagées aos érgdos e entidades referidos no art, 12 desta Lei, por qualquer meio legitimo, devendo o pedido conter a identificagaio do requerente e a especificagao da informagéo requerida. § 12 Para o acesso a informagées de interesse piiblico, a identificagao do requerente néo pode conter exigéncias que inviabilizem a solicitagao. § 22 Os érgdos e entidades do poder piblico devem viabilizar altemativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sitios oficiais na intemet § 32 Sao vedadas quaisquer exigéncias relativas aos motivos determinantes da solicitagao de informagoes de interesse piblico. Art. 11. © 6rgo ou entidade publica deveré autorizar ou conceder 0 acesso imediato a informagao disponivel § 12 Nao sendo possivel conceder 0 acesso imediato, na forma disposta no caput, o érgao ou entidade que receber 0 pedido devera, em prazo no superior a 20 (vinte) dias | comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodugo ou obter a certidao; IL- indicar as razées de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou I. comunicar que no possui a informagao, indicar, se for do seu conhecimento, o érgo ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse 6rgao ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informagdo. § 22 0 prazo referido no § 12 poderd ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual ser cientificado 0 requerente. § 3° Sem prejuizo da seguranga e da protegao das informagées e do cumprimento da legislagao aplicavel, o érgdo ou entidade poderd oferecer meios para que o proprio requerente possa pesquisar a informagao de que necessitar. § 42 Quando nao for autorizado o acesso por se tratar de informagao total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverd ser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condigées para sua interposigéo, devendo, ainda, serdhe indicada a autoridade competente para sua apreciagao. § 52 A informagao armazenada em formato digital sera fornecida nesse formato, caso haja anuéncia do requerente, § 62 Caso a informagao solicitada esteja disponivel ao piblico em formato impresso, eletrénico ou em qualquer outro meio de acesso universal, serdo informados ao requerente, por escrito, 0 lugar e a forma pela qual se poderd consultar, obter ou reproduzir a referida informagao, procedimento esse que desonerard 0 érgao ou entidade publica da obrigacdo de seu fomecimento diteto, salvo se o requerente declarar nao dispor de meios para realizar por si mesmo tais procedimentos. Art. 12. © senigo de busca e fomecimento da informagao é gratuito, salvo nas hipéteses de reprodugao de documentos pelo érg8o ou entidade publica consultada, situago em que poderd ser cobrado exclusivamente o valor necessario ao ressarcimento do custo dos servigos e dos materiais utilizados. Pardgrafo Unico. Estara isento de ressarcir os custos previstos no caput todo aquele cuja situago econémica néo the permita fazé-lo sem prejuizo do sustento proprio ou da familia, declarada nos termos da Lei n® 7.115, de 29 de agosto de 1983 Art, 13. Quando se tratar de acesso a informagao contida em documento cuja manipulagdo possa prejudicar sua integridade, deveré ser oferecida a consulta de cépia, com certificagao de que esta confere com o original. Paragrafo ‘nico. Na impossibilidade de obtengao de cépias, o interessado poderd solicitar que, a suas expensas sob supenisdo de senidor publico, a reproducao seja feita por outro meio que ndo ponha em risco a consenagao do documento original At 14. E direito do requerente obter o inteiro teor de decistio de negativa de acesso, por certidao ou cépia. Segao ll Dos Recursos Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informag6es ou as raz6es da negativa do acesso, poderd o interessado interpor recurso contra a deciso no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciéncia. Pardgrafo Gnico. O recurso ser dirigido @ autoridade hierarquicamente superior que exarou a decisdo impugnada, que deverd se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. Ait. 16. Negado 0 acesso a informagao pelos érgéios ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente podera recorrer 4 Controladoria-Geral da Unido, que deliberara no prazo de 5 (cinco) dias se: I- 0 acesso a informagdo ndo classificada como sigilosa for negado; II a decisdo de negativa de acesso a informacao total ou parcialmente classificada como sigilosa nao indicar a auloridade classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificacéo; I-08 procedimentos de classificagao de informagao sigilosa estabelecidos nesta Lei nao tiverem sido observados; IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos nesta Lei. § 12 O recurso previsto neste artigo somente poderd ser dirigido a Controladoria-Geral da Unio depois de submetido a apreciagao de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior aquela que exarou a decisdio impugnada, que deliberard no prazo de 5 (cinco) dias. § 22 Verificada a procedéncia das raz6es do recurso, a Controladoria-Geral da Uniao determinara ao érgao ou entidade que adote as providéncias necessérias para dar cumprimento ao disposto nesta Lei § 32 Negado 0 acesso informagao pela Controladoria-Geral da Unido, poderd ser interposto recurso & Comissao Mista de Reavaliagao de Informagoes, a que se refere o art. 35. Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassificagao de informacao protocolado em érgao da administragao publica federal, poderd o requerente recorrer ao Ministro de Estado da area, sem prejuizo das competéncias da Comissao Mista de Reavaliago de Informagées, previstas no art. 35, e do disposto no art. 16. § 12 0 recurso previsto neste artigo somente poder ser dirigido as autoridades mencionadas depois de submetido a apreciagao de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior A autoridade que exarou a decisdo impugnada e, no caso das Forgas Armadas, ao respectivo Comando. § 22 Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como objeto a desclassificagao de informagao secreta ou Ultrassecreta, caberd recurso & Comissdo Mista de Reavaliagao de Informagées prevista no art, 35. Art. 18. Os procedimentos de revisdo de decisdes denegatérias proferidas no recurso previsto no art. 15 e de revisdo de classificagao de documentos sigilosos serdo objeto de regulamentacdo propria dos Poderes Legislativo @ Judiciario ¢ do Ministerio Publico, em seus respectivos Ambitos, assegurado ao solicitante, em qualquer caso, 0 direito de ser informado sobre 0 andamento de seu pedido Art. 19. (VETADO). § 12 (VETADO). § 22 Os érgaos do Poder Judiciario e do Ministério Publico informarao ao Conselho Nacional de Justiga e ao Conselho Nacional do Ministério Publico, respectivamente, as decisées que, em grau de recurso, negarem acesso a informagées de interesse pico. Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei n® 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao procedimento de que trata este Capitulo. CAPITULO IV DAS RESTRIGOES DE ACESSO A INFORMAGAO Sega | Disposigdes Gerais Art. 21. Nao podera ser negado acesso a informagao necessaria tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. Pardgrafo Unico. As informagées ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violagao dos direitos humanos praticada por agentes puiblicos ou a mando de autoridades piiblicas nao poderao ser objeto de restrigdo de acesso, Art. 22. O disposto nesta Lei no exclui as demais hipdteses legais de sigilo e de segredo de justia nem as hipéteses de segredo industrial decorrentes da exploragao direta de atividade econémica pelo Estado ou por pessoa fisica ou entidade privada que tenha qualquer vinculo com 0 poder puiblico, Segao Da Classificagao da Informago quanto ao Grau e Prazos de Sigllo ‘Art. 23. S80 consideradas imprescindieis 4 seguranca da sociedade ou do Estado e, portanto, passiveis de classificagao as informagGes cuja divulgagao ou acesso irrestrito possam: 1 - por em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do terrtério nacional; IL prejudicar ou por em risco a condugao de negociagdes ou as relagées intemacionais do Pais, ou as que tenham sido fornecidas em carater sigiloso por outros Estados e organismos intemacionais; I- pér em risco a vida, a seguranga ou a saiide da populagao; IV - oferecer elevado risco a estabilidade financeira, econémica ou monelaria do Pais; \V - prejudicar ou causar risco a planos ou operagSes estratégicos das Forgas Ammadas; VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento cientifico ou tecnolégico, assim como a sistemas, bens, instalagdes ou reas de interesse estratégico nacional; VII - por em risco a seguranga de instituigdes ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou VIII - comprometer atividades de inteligéncia, bem como de investigagao ou fiscalizagao em andamento, relacionadas com a prevengao ou repressdo de infragdes. ‘Art, 24. A informagéo em poder dos érgéos © entidades piiblicas, obsenado o seu teor e em razdo de sua imprescindibilidade 2 seguranga da sociedade ou do Estado, poderd ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada, § 12 Os prazos maximos de restrigao de acesso a informagao, conforme a classificagao prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produgao e sao os seguintes: I-ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; II- secreta: 15 (quinze) anos; & I reservada: 5 (cinco) anos. § 22 As informagées que puderem colocar em risco a seguranca do Presidente e Vice-Presidente da Repiblica e respectivos cOnjuges ¢ filhos(as) serdo classificadas como resenvadas e ficardo sob sigilo até o término do mandato em exercicio ou do Ultimo mandato, em caso de reelei¢ao. § 32 Altemativamente aos prazos previstos no § 12, poderd ser estabelecida como termo final de restrigao de acesso a ocorréncia de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo maximo de classificagao, § 42 Transcorrido 0 prazo de classificagéo ou consumado o evento que defina o seu termo final, a informagao tomar se-4, automaticamente, de acesso piiblico. § 52 Para a classificagao da informagao em determinado grau de sigilo, deveré ser observado 0 interesse piblico da informagao e utilizado o critério menos restritivo possivel, considerados: | - a gravidade do risco ou dano a seguranca da sociedade © do Estado; & Il 0 prazo maximo de restrigao de acesso ou 0 evento que defina seu termo final Sega Ill Da Protegao © do Controle de Informagées Sigilosas ‘Art. 25. E dever do Estado controlar 0 acesso e a divigago de informagées sigilosas produzidas por seus érgfos & entidades, assegurando a sua protegao. (Regulamento § 12 0 acesso, a divilgagao e o tratamento de informacao classificada como sigilosa ficaro restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecé-la e que sejam devidamente credenciadas na forma do regulamento, sem prejuizo das atribuigdes dos agentes piblicos autorizados por lei § 22 O acesso a informagao classificada como sigilosa cria a obrigago para aquele que a obteve de resguardar o sigilo. § 32. Regulamento disporé sobre procedimentos e medidas a serem adotados para o tratamento de informagao sigilosa, de modo a protegé-la contra perda, alteragao indevida, acesso, transmissao e divulgago nao autorizados. Art. 26. As autoridades piblicas adotardo as provdéncias necessarias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente conhega as normas ¢ obsene as medidas e procedimentos de seguranga para tratamento de informagées sigilosas, Paragrafo nico. A pessoa fisica ou entidade privada que, em razo de qualquer vinculo com 0 poder piiblico, executar atividades de tratamento de informagées sigilosas adotaré as providéncias necessarias para que seus empregados, prepostos ou representantes observe as medidas ¢ procedimentos de seguranca das informag6es resultantes da aplicacdo desta Lei Segao IV Dos Procedimentos de Classificagao, Reclassificagao e Desclassificagao Art. 27. A classificagéo do sigilo de informagées no Ambito da administragéo publica federal 6 de competéncia: (Requlamento) | -no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades a) Presidente da Republica; b) Vice-Presidente da Repiblica: c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas; d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronautica: € e) Chefes de Misses Diplomdticas e Consulares permanentes no exterior, I no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso |, dos titulares de autarquias, fundagdes ou empresas publicas e sociedades de economia mista; ¢ I- no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos | e lle das que exergam fungdes de diregéio, comando ou chefia, nivel DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Dirego e Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo com regulamentagao especifica de cada érgo ou entidade, observado o disposto nesta Lei § 12 A competéncia prevista nos incisos | e Il, no que se refere a classificagao como ultrassecreta e secreta, poderd ser delegada pela autoridade responsavel a agente piblico, inclusive em missao no exterior, vedada a subdelegagéo. § 22 A classificagao de informagao no grau de sigilo ultrassecreto pelas autoridades previstas nas alineas “d” e “e” do inciso I devera ser ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo previsto em regulamento. § 3° A autoridade ou outro agente piblico que classificar informagao como ultrassecreta deverd encaminhar a deciséo de que trata 0 art. 28 a Comissdo Mista de Reavaliagao de Informagées, a que se refere o art, 35, no prazo previsto em regulamento, Art, 28. A classificagdo de informagao em qualquer grau de sigilo devera ser formalizada em decisao que contera, no minimo, os seguintes elementos: I- assunto sobre o qual versa a informagao; ll fundamento da classificagao, observados os critérios estabelecidos no art. 24; II - indicagao do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites previstos no art. 24; € IV - identificagao da autoridade que a classificou Paragrafo Gnico. A decisao referida no caput seré mantida no mesmo grau de sigilo da informagao classificada, Art. 29. A classificagdo das informagées sera reavaliada pela autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, mediante provocagao ou de oficio, nos termos e prazos previstos em regulamento, com vistas a sua desclassificagao ou @ redugao do prazo de sigilo, abservado o disposto no art. 24. (Reaulamento) § 12 0 regulamento a que se refere o caput deverd considerar as peculiaridades das informagées produzidas no exterior por autoridades ou agentes piblicos. § 22 Na reavaliagdo a que se refere 0 caput, deverdo ser examinadas a permanéncia dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos decorrentes do acesso ou da diuilgagao da informagéo. § 3° Na hipétese de reducdo do prazo de sigilo da informagao, 0 now prazo de restrigao manteré como termo inicial a data da sua produgao. Art. 30. A autoridade maxima de cada érgio ou entidade publicard, anualmente, em sitio 4 disposigdo na intemet destinado a veiculagao de dados e informagées administrativas, nos termos de regulamento: 1 -rol das informagdes que tenham sido desclassificadas nos tiltimos 12 (doze) meses; II- rol de documentos clasificados em cada grau de sigilo, com identificagao para referéncia futura; I - relatério estatistico contendo a quantidade de pedidos de informagao recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informagGes genéricas sobre os solicitantes. § 12 Os orgaos e entidades deverdo manter exemplar da publicagao prevista no caput para consulta piiblica em suas sedes. § 22 Os Orgs e entidades manterdo extrato com a lista de informagées classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos fundamentos da classificagao, SegaoV Das Informagées Pessoais Art. 31. 0 tratamento das informagdes pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito a intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como as liberdades e garantias individuais. § 12 As informagées pessoais, a que se refere este artigo, relativas a intimidade, vida privada, honra e imagem: | - tero seu acesso restrito, independentemente de classificagao de sigilo e pelo prazo maximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produgao, a agentes publicos legalmente autorizados e a pessoa a que elas se referirem; & Il - poderdo ter autorizada sua divulgago ou acesso por terceiros diante de previséo legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem. § 22 Aquele que obtiver acesso as informagées de que trata este artigo sera responsabilizado por seu uso indevido. § 32 O consentimento referido no inciso II do § 12 ndo sera exigido quando as informagées forem necessarias: 1- a prevengao e diagnéstico médico, quando a pessoa estiver fisica ou legalmente incapaz, ¢ para utilizagao Unica e exclusivamente para o tratamento médico; Il arealizago de estatisticas e pesquisas cientificas de evidente interesse piblico ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificagao da pessoa a que as informagées se referirem:; M- a0 cumprimento de ordem judicial; IV - a defesa de direitos humanos; ou \V - & protego do interesse publico e geral preponderante. § 42 A restrigéo de acesso a informagao relativa a vida privada, honra e imagem de pessoa nao podera ser invocada com 0 intuito de prejudicar proceso de apuracao de imegularidades em que o titular das informagées estiver envolvido, bem como om ages voltadas para a recuperagao de fatos histéricos de maior relevancia. § 5° Regulamento dispora sobre os procedimentos para tratamento de informagao pessoal. CAPITULO V DAS RESPONSABILIDADES. ‘Art. 32. Constituem condutas ilicitas que ensejam responsabilidade do agente piblico ou militar: | - recusar-se a fomecer informacao requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu fomecimento ou fomecé-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa; 1 utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parciaimente, informagao que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razao do exercicio das atribuigées de cargo, emprego ou fungao publica; I- agir com dolo ou mé-fé na andlise das solicitagdes de acesso a informagao; IV - diwigar ou permitir a divulgago ou acessar ou permitir acesso indevido a informaco sigilosa ou informagao pessoal; V - impor sigilo a informacao para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultagao de ato ilegal cometido por si ou por outrem:; VI- ocultar da revisdo de autoridade superior competente informacdo sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em Prejuizo de terceiros; & VII destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concermentes a possiveis volagGes de direitos humanos por parte de agentes do Estado. § 12 Atendido o principio do contraditério, da ampla defesa e do devido proceso legal, as condutas descritas no caput serdo consideradas: | - para fins dos regulamentos disciplinares das Forgas Armadas, transgressées militares médias ou graves, segundo 05 critérios neles estabelecidos, desde que ndio tipificadas em lei como crime ou contravengao penal; ou IL- para fins do disposto na Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e suas alteragées, infragdes administrativas, que deverdo ser apenadas, no minimo, com suspensao, segundo os critérios nela estabelecidos. § 22 Pelas condutas descritas no caput, podera o militar ou agente publico responder, também, por improbidade administrativa, conforme o disposto nas Leis n®®. 1,079, de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de junho de 1992. Art. 33. A pessoa fisica ou entidade privada que detiver informagdes em virtude de vinculo de qualquer natureza com 0 poder piblico e deixar de obsenar o disposto nesta Lei estard sujeita as seguintes sangdes: | adverténcia; N- mutta; I rescisdo do vinculo com o poder publico; IV - suspensdo temporaria de parlicipar em licitagao e impedimento de contratar com a administragao publica por prazo nao superior a 2 (dois) anos; & \V - declaragaio de inidoneidade para licitar ou contratar com a administragao publica, até que seja promovida a reabilitagao perante a propria autoridade que aplicou a penalidade. § 12 As sangdes previstas nos incisos |, Ill e IV poderao ser aplicadas juntamente com a do inciso Il, assegurado 0 direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. § 22 A reabiltagao referida no inciso V serd autorizada somente quando o interessado efetivar 0 ressarcimento ao 6rgao ou entidade dos prejuizos resultantes e apés decorrido 0 prazo da sangao aplicada com base no inciso IV. § 32 A aplicacao da sangao prevista no inciso V 6 de competéncia exclusiva da autoridade maxima do érgao ou entidade piblica, facultada a defesa do interessado, no respectivo proceso, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista Art 34. Os érgaos © entidades puiblicas respondem diretamente pelos danos causados em decorréncia da divilgagao nao autorizada ou utilizagdo indevida de informagdes sigilosas ou informacdes pessoais, cabendo a apuracdo de responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito de regresso. Paragrafo nico. © disposto neste artigo aplica-se a pessoa fisica ou entidade privada que, em virtude de vinculo de qualquer natureza com érgdos ou entidades, tenha acesso a informagdo sigllosa ou pessoal e a submeta a tratamento indevido. CAPITULO VI DISPOSIGOES FINAIS E TRANSITORIAS Art. 35. (VETADO), § 12 E instituida a Comissao Mista de Reavaliagao de Informagées, que decidira, no Ambito da administragao piblica federal, sobre o tratamento e a classificagao de informagces sigilosas e teré competéncia para’ | - requisitar da autoridade que classificar informagéo como ultrassecreta e secreta esclarecimento ou contetido, parcial ou integral da informagao; Il- rever a classificagao de informagées ultrassecretas ou secretas, de oficio ou mediante provocagao de pessoa interessada, observado o disposto no art. 72 e demais dispositivos desta Lei; ¢ I- prorrogar 0 prazo de sigilo de informagao classificada como ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto © seu acesso ou diwigacao puder ocasionar ameaca extema @ soberania nacional ou a integridade do territério nacional ou grave risco as relagées internacionais do Pais, observado 0 prazo previsto no § 12 do art. 24. § 22 O prazo referido no inciso II é limitado a uma Unica renovagéo. § 3° A revisdo de oficio a que se refere o inciso II do § 12 devera ocorrer, no maximo, a cada 4 (quatro) anos, apés a reavaliagdo prevista no art. 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos ou secretos. § 42 A nao deliberagao sobre a reviséo pela Comisséo Mista de Reavaliagao de Informagées nos prazos previstos no § 32 implicara a desclassifica¢do automatica das informagées. § 5° Regulamento dispora sobre a composigao, organizago e funcionamento da Comissao Mista de Reavaliagéo de Informages, obsenado o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes e demais disposicdes desta Lei, (Regulamento Art. 36. © tratamento de informagao sigilosa resultante de tratados, acordos ou atos intemacionais atendera as normas e recomendagSes constantes desses instrumentos. Art. 37. E instituido, no Ambito do Gabinete de Seguranca institucional da Presidéncia da Republica, o Nucleo de ‘Seguranga e Credenciamento (NSC), que tem por objetivos: _(Reaulamento) I promover e propor a regulamentagao do credenciamento de seguranca de pessoas fisicas, empresas, érgos & entidades para tratamento de informagées sigilosas; & I~ garantir a seguranga de informagées sigilosas, inclusive aquelas provenientes de palses ou organizagées internacionais com os quais a Repiblica Federativa do Brasil tenha firmado tratado, acordo, contrato ou qualquer outro ato internacional, sem prejuizo das atribuigdes do Ministério das RelagGes Exteriores e dos demais érgaos competentes. Paragrafo nico. Regulamento dispord sobre a composigao, organizagao ¢ funcionamento do NSC. Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei n° 9.507, de 12 de novembro de 1997, em relagao a informagao de pessoa, fisica ou juridica, constante de registro ou banco de dados de entidades govemamentais ou de carater publico. Art, 39, Os érgdos e entidades publicas deverdo proceder & reavaliagao das informagées classificadas como Ultrassecretas e secretas no prazo maximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial de vigéncia desta Lei. § 12 A restrigéo de acesso a informagées, em razéo da reavaliagao prevista no caput, deverd obsenar os prazos & condigdes previstos nesta Lei § 22 No émbito da administragao piblica federal, a reavaliagéo prevista no caput poderd ser revista, a qualquer tempo, pela Comissao Mista de Reavaliagdo de Informagdes, observados os termos desta Lei § 32 Enquanto no transcorrido 0 prazo de reavaliagao previsto no caput, sera mantida a classificagao da informagao nos termos da legislagao precedente. § 42 As informagées classificadas como secretas e ultrassecretas ndo reavaliadas no prazo previsto no caput serdo consideradas, automaticamente, de acesso publico. ‘Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigéncia desta Lei, o dirigente maximo de cada érgao ou entidade da administragao publica federal direta e indireta designara autoridade que Ihe seja diretamente subordinada para, no Ambito do respectivo érgao ou entidade, exercer as seguintes atribuigées: |- assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a informagao, de forma eficiente e adequada aos objetivos desta Lei; 1 monitorar a implementagéo do disposto nesta Lei e apresentar relatérios periédicos sobre o seu cumprimento; I - recomendar as medidas indispensdveis @ implementagao e ao aperfeigoamento das normas e procedimentos necessérios ao correto cumprimento do disposto nesta Lei; € IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao cumprimento do disposto nesta Lei e seus regulamentos. Art. 41. © Poder Executivo Federal designara érgao da administragao publica federal responsavel: || pela promogao de campanha de abrangéncia nacional de fomento a cultura da transparéncia na administragao Piiblica e conscientizagao do direito fundamental de acesso a informagao: IL- pelo treinamento de agentes piblicos no que se refere a0 desenvolvimento de praticas relacionadas a transparéncia na administragao publica I pelo monitoramento da aplicagao da lei no Ambito da administragao pilblica federal, concentrando e consolidando a Publicagao de informagées estatisticas relacionadas no art. 30; IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relatério anual com informagées atinentes 4 implementagao desta Lei Art. 42. © Poder Executivo regulamentara o disposto nesta Lei no prazo de 180 (cento @ oitenta) dias a contar da data de sua publicagao. Art, 43. O inciso VI do art, 116 da Lei n° 8,112, de 11 de dezembro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redagao: “Art. 116. VL- levar as irregularidades de que tiver ciéncia em razdo do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuragao; (NR) Art. 44. © Capitulo IV do Titulo IV da Lei n@ 8.112, de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte art. 126-A: ‘Art. 126-A. Nenhum servdor podera ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciéncia 4 autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuragao de informagéo concemente a pratica de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorréncia do exercicio de cargo, emprego ou fungao publica.” Ait. 45, Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios, em legislagao propria, obedecidas as normas gerais estabelecidas nesta Lei, definir regras especificas, especialmente quanto ao disposto no art. 92 e na Segdo II do Capitulo Ill Art, 46. Revogam-se: Ia Lei n® 11.114, de 5 de malo de 2005; e Il os arts, 22 a 24 da Lei n® 8.159, de 8 de janeiro de 1991 Art, 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias apés a data de sua publicagao. Brasilia, 18 de novembro de 2011; 190° da Independéncia e 123° da Republica. DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardoso Celso Luiz Nunes Amorim Antonio de Aguiar Patriota Miriam Belchior Paulo Bemardo Silva Gleisi Hoffmann José Elito Carvalho Siqueira Helena Chagas Luis Inécio Lucena Adams Jorge Hage Sobrinho Maria do Rosario Nunes Este texto nao substitui o publicado no DOU de 18.11.2011 - Edigao extra

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