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eee To ete Ce ene ae ech nete een rns SOC ec oe ee SE ecco ene eae Se Cee er ce eee ee Peet eee eee ne ers Se a eee ete Sr Cree een eee ee Pn et ne SOE eee tee ey ee eet ee Pern eet Cac ere CoStar cet Sere tenner ee eee Crt Sereno n ee ee or im ec ene Cree eric PET TG Erle) Err ly e teoria Ciro Armocal ago &quver Nom sei New drs. to 6 certo, Mas a ceriezs tamngoued 6 queer 0 governo rea 6 quror Mis dor “nee” nfo 6 mas queae Nae? Culsae! © gay tale sje quces AD ialver”€ ‘ompre queer. Sempre? Nia, ies 6 queer. Mas de sero do tata rant Ges, sm, qucer). Os pars pees passam lange do queer As escola (oma 2m Sperteacr & esola 3) nem chegam pert. Als, ult fide comes 4 surge om eet, ll mesma & unde « fqueae ni Se cra. ia ann previ dant jst ‘boats tudo o que quer a Mas endl. A caged ‘Als poe so. Masse cha a0 governo, bye bye quoee ‘enya 6 alos dizer, nba 6 Boru de ince as pe eras mas ue € que nko seré, Opera (como om Spring da mimo, unsoe") et poe sor ins = sire scalise aj fea male fl, So @ mars & ‘Vamos ear Ingo clare mas cuidade com aelare7 faz deals expat» quoes) os “isms” sp Utos ies pordves para a quoi O demain ninguéan& mss qu fh quote 460 cute, x ni. Taw weer ti jester, que dens agente eo dia Notch é sea soba de divide opal. quer. (0 7ara poi so santo purociry do quvee Heldeeaer odin ter sido, mas bobeoe. Hogel nem me fhlem escupem. mits alien nn dra quer. Tem im devin men quncrarn, Oe reson dena “Tenaa fa ‘lerkergaad, no sou tana ege, ate pies seco (ans, culdad, © queer nég adress). Mas aqua ‘euuseuléncs vols erapalben um poe Ou ana os anges, Hardly «& puro queer. i Parma, fenton seee ondorser- na tom nenoa hae. las «Sera Forman ua pla mao seins lade Aqueleseiogos ods, Ue Magus. Lo azcunad hos! Nem precise dizer quo nao dé pé. Dos mais omnes) Bern, contaramerte ss aparinean, ora ‘es ros quo far-Pri ea Sone chegaramy 4S Mas. dopa, soi no, aoho que Bebrarans. Deri, a Um corpo estranho Ensalos sobre sexualidade e teorla queer (Gurls densi atilgs ne exconrade alien pose plo por ata tlle planter, Aurdotica Editors Rus Sie Bartslomns 140- NovaFloresta Belo Hovonnee MG CEP. 3146299 Tedooe (E822 ae 3462909 ‘email vendasatenicanlicra.com be ‘Visite ja ds Attica malvern: ‘ww wautentiseditors.com, br uliguogatsitamente para 9800-2851322 ete gostara rit que Esse, Mas oo parees to ro! sleDolowe, aque “bebo de dua erstlina”, ea i til sor mais quo do ae 80. Se sean & user? Thm que soe “Fen edueatod is do fF, Mas 80 © educadiao demas duvida so inal, Se viraertimo ene pi «sire, tres taabums vids. No baa mais quoer. Ton alguém tli peeguntano sobre a sealed, De so posal {i eora, Mas mui, dowenpmn-ame, ou me eeu. Nao faves se apser mm soar alia Pr aaer 0, 53 ‘memo lend o lo. A dana, niaguém ober, weno Corwen, ¢ dofinidrarente queer asin com a artes todas, aro, Un poema, nada snae queer Fa Kuratra Intec, Mus ner nds, woe tne uso. Ace ato or exeupl, bola oquear pra cores, Ten eigen ton lis, ni ext me pare condo mala quer: Fae oer, como tooo ese, 8m ‘roscoe, Hato & altars, ua dees Mas tom con ser Darque ilo pote serquove F tudo pade dear de ‘le, Eade ume questio de jeita Lim passo certo (enna atrapalba Mas wm pase fs amber. Pr ss, fm gure de quar, todo exis é pours Sea autora 8 qusee? Ninguér sabe. Ninguén vi ‘As wars sla 6 ours mio. Ten ao do Tua coi, ‘tn qu ela i quo, Seo eu ease ela tml Se coe, ea so fact ea copas# miso se rstabe Jeo Em eas la ex poser queer Miso ving et Aovir-qane dosllin. No vero, 2m poral 1 1 a pura dereetro queor gurl em ated Intent, secre fa Mas no Invern, so irousdnels fords, wn ‘lied vino sduno, Cem poset que ques quo InelaHibern sonba ua & tons, Faia quer que, camo oes nd la arn uusborda es esparrana’ Ala puro quner Hath eapar de eserever tm io queer ao est, Ove al pone edo edad & poucol. tazer sue ra ier Sem nem rove ae a ee, Azar seu. Sorte sea opr @ 20, by Gc Lopes om Je arene Fone Boge ee B88 teas Be) SNphns pne dep po pi pot mss mss ‘tn sje cp orc ms mar pa en Fi Wounded Om us 27 Cra Lo, Gai et awe Tae covsiase a 27 35 75 Viajamees pés-modernos ‘Uma politica pésidenticéria para a educagio “Estranhar® 0 curticulo Matcas do corpo, marcas de poder ates estos catega rats da eos quae, Dela arene ‘am concits esata, figuras tetas Esti, contudo,longe de pretender exlicila ou dectevés, Quevem tera iberdade dasenssias, pongo "prose quevera bre um tema som gon" e porque seconstuem num exert, eumaespéiede experimensgio. ‘A ieciertneis €a dsposgio ansinormalizdora cla tora heer meni jogar com maids, cages enuncados a testi-os no campo (ustalmenre normalizador) da educa- 0. Querogpostarem sus aicalag6es, prem movimento.0 subversive, ariscaro impensivel, fazer balangarestabildades ecerteras~ proces geralment xtanhos ouincdmodos 0s cme sprivca ea teva pedagopias. Nao enho qul- quer guanta ce consepuisucesso nesses movimeos,mas emo cnaii-los. Queer érudoisse:éstranho, rato, squisio. Que- réstambei, osujitoda exalidade desviante~ homosex- sis, bisexuais, ransom aves des Fo excéntico que _nko desi er nse” ito menos “olerada’. Queer tum jeita de pensar ede se que ado aspira o centro nem 0 quer como referencia: um jeto de pensaredeser quedesatia 1s normas regulars da sociedad, que ssaumie a desconforto sda ambigidide, do “enteIngurs”, do indecidvel. Queer & ‘am compo etanho, qu ineomods, perma, provacs facing, ‘Ostests aguieunidos foram escritasemn momentasdli= ‘intoss guns foram apresenados em chenntios académicos ~ seminrios, palesras, mesa-redondas~, outzos fram lds apenas por um punhado de amigos ¢ amigas, colegas est clontes que me trouseram suas creas estgerten. Por ves, ‘hd questées que se repotem, rersa ov iguras ques retoma- das, porque elas vltavam 1 me prownear, pone parecia ha ‘yet mais alguma coisa 2 “dizer” a seu rspeito on, srmples- ‘mene, porque elas ainda pareciam boss pars penser Enconrei «cm Rose Braidot uma reflexgo semelhante, na introdusio de um de seus liveos! or scnto € surpuondente, poi que cada txt pega surgi do onto, manne Lots nce de ce ‘entamento! Meu pensiieave sranga enquanto ou surindo gradualmente pequense peg rls fps de pereepeso clerds eas wana tea ji cnsente Como pent pot pc scenes, 3s Sac 9 proce adnate amin ¢ aa eect cine una ase bros ames, yr mika pipes nutptss © lee (Braporn, 2000, p. 9) (Os textos que se seguem podem ser embaralhados como carts, lidos em qualquer sequncia O capieulainsiulado Bilis wad Ale in Bar ki Pi, 2000 “Lima politica pés-idenssiria para Edvcagao’ fol publieado sna Reva de Fits Feraisa,v.9 (2), 2001, numa versio radifcada, em Cuderas de Feogoga de Rein ano TV (9), 2001, Os demas so ines, pelo rsenas ob forma escita “Eseranhat o custiclo” basela-se em palesiea cealinada 0 I QuodLiber, promovide pelo DIF ~ Grupo de Curtculo de Porto Alege -, da Faculdade de Fducagio da UFRGS, em. rnovembro de 2002, ¢ “Marcas do corpo, marcas de poderapsiase em uate apresentde no V Fezende Giner, pals, em out ‘encontro internacional realizado em Floris bro de 2002, Aguado laos colega ecirudanees que se dispaneram a discuircomigo 0 escunho deses texts ea todos que partie param dos muzasencontzosacadémicos nos quae dias foram ge gestando, Suse perguntas, coment ¢pravocigics or cerca eambém integtam ests escritos. De modo todo epe- cla agradeo 20 meu companhiro Tomaz Tade, porsuasean- pre istigunteleieura, por sua generosidade inelecual e por seu amoroso apoio. ono Alege, primer de 2008, Viajantes pés-modernos ‘Ao final do le Dens airs, de Cacé Diegues, ‘mos Taoca dines “A vida €um porto onde agente zeiba de chegar€ nunca. Nese fine, Dew, canado de anc eaba Tho, vera tera para proeurar um sant que gu em seu spt enquanto cle ia Frias. Na procure deste santo, eles ‘vijando pelo inerioe do Brasil, na enmpanhiad'Tanc, sm ‘ara malandso mas “gente bos", que Bev log a chogar © flmerrara dessa viagem, das pestom que cle enon dos Igares por ande pasan ede tanstoemagée que cams fo apenas com 0 rapa, mas com a propria Deus. & um “fllme de esta” (read move). Nao por acao, fx Jembrat de outo, mais ancige, tab dng por Diegucs: Bye ye Brasil Realzaclo em 1978, fe bye Brasil razava de madan- «9s. Conforme seu dzeta oie preteniafalar de mudan- ‘18 prfudas “no corgfoe no exmago a pals". Em Bye dpe, na upe meio deengoneads, ormada por m mica igano, uma bali eum motorist, aos quae se junta tum sanfoncivoe sua mulher grivida, wa plas extras do NNorie< do Nondaterseo, nuinaviagem ue mo ter pa radcro nem destin, sinetizads nas palavas do migico: “Agente xs equilibrucn movimiento.” ‘imager da vingemé frequentementsevocada na Lice ratura ona Educasio, Fla éecorrente mas novels de forme ‘Gio (Bildungaroma). Conforme Jorge Larva (1998, p65), ‘asas novelas tradiconalmente contam a propria conscinsi- so do herd através das expesitncas de wma viagem que, 20 se voltarsobre si mesmo, conforma sus sensbilidadee seu cariter sua mancits deset ede interpretr o mundo”. Ness hatrativasclésicas, hd uma espéce de encrelagamenro entre ‘a viagem exterior e uma wiagem interior, como diz autor c, ‘esse proceso, 0 visjante ai formando sus "comscincia, sen- sibilidade e caster Os lmes cle estrada guatdam pontos de comtato coms sas narativas(Lores, 2002), Nase nec defile, persona gem ou os personagens esto em trsito, em figs ou nausea de algum objctvo fiequeatemente adiadoe, a0 longo do ea- mink, véeni-sediante de provas, enconctos,conflites, Anse deslocarem, tambon se ransformam e ess ansformagso é, mutes vers, arnererzada como urna eligi Qi tecorrer® dia de viagem para constair minha se gomentago, No ensante, pas que poss desenvolver a Kigica {que pretendo,¢precieo shandonas qualquer pressupostode um. ‘jen uniicado, que vse desenvolvendode mado linear pro- esi, na mets cm que, pouco& pouco, em erapassuccsi- ‘ys, supra obsticuloy, inceriorizaconbecimentos centr em contare com pessoas ou laura Diferentemente da tradigf hhumanista, nfo suponbo que, gradativamence, 0 herdi vi ‘tomand “posse desi meso (LANKA, 1996). Aimaagem i Viagem me serve, na medide em quca clase agregam ids de ‘eslocamento, desearaizament,rinsita. Na pés-mexderi- de, parece necessiro pensar nao 6 em procesios mais cane 508, difsos ¢ plarsis, mas, especialmente, supor que. scieo ‘que vai ele proprio, dividido, fagmentada eeambiante. E possvel pensar que ese suet também se anca uma wager, 9 onge de sua vida, oa qual © que importa € 0 andare no 0 cher. Nao hé um lugar de chegar nf hd desting pré-fixado, que interesss £9 movimence eas mudangas que se dio.a0 longo do trajeto. Como acontece coo as personagens de ‘Dicgues, o motivo da viagem se altera no meio do camiaho; uma ver aleangado, ¢ objetivo deta de ser imporcantee se ‘onverte em outte sujetos pods até volar ao ponto de parsda, nso, em alguma medi, “outro sjetos rocados {que forain pela viagem Por cert arly hi, aqui foxrnacso < trunsformaso, mas nurs proceso que, tomes de cumulai- ‘ye elinear,carateriaase por constantes desvos eretoenon so bre si mesmo um process que provoca desarranjese dese ‘es: de modoral ques omovimento capaz de garsntrlaum sul a vgjanre ( recurs tera e merafirco a vagcm &usado por James Gifford (1997) para pensarasculunscomolacaisde moradiae ddeparagem, para feisobrevinjntesenativs tara mie {rants compulsries, para pensar sobre a jets que podem (x ni) viajar pam plural sensidase signieados das vagens, fen falbrsobre aes crors sobre as formas come os "dents" “for de wma comunidad so “mane, polcidas,subresti- dos, craze", para contr sobre 2anas de fone. Susy refle- ies petmitn pensar par arn das cultures exis as bo o dos grupos aos unis 08 eondgrafs costurmam dedicar ‘et aenglo as perminem pensar aiterontrosdelocamen nacontemporaneiade ‘Una viagem ¢ defini, no diciondtio, como im desoca- ‘mento entee ngares relasvamente distantes ¢ em geal i ese que tal dvenia se efi a espaco, evenualmente 20 tempo. Mas tle se poe pens, tamiacn, numa distnch, cultural, naquea que se represenes como diferena, saquele ‘oanaguila que éestranho, ne “ouco" distanciado ¢longle~ ‘quo. A merifons da viagem interest me para refletrnfoape- nas sobre as percursos a ajesrias trio encrelugare! culeuas ou pesigies-de-sujeizo, mas, ambém, para reflec s0- bre partdas echegadas, Imports mea movimento também oxencontos, as mists os desencontros. ‘Quem visa relia wo sprendizado que, hoje ef do por acimulo ou sap (axcimentrin fla fia jurentude-manuridade-relhice-morte, mas pot plans ¢ amcaws angus & cep se sesam naiceaciacc SG tapes el, siperibnen’ cng" Geuncaterraretaadnide Gores, 2002, 177) Ainge transforma o compo, "eae a idemidade, smodo desere deer. raghcs na superficie pele do envelhecimento, da auisgao de novas formas de vero mundo, a pessoas € as coisas. As -mudancas da viagem poder alta corps eidentidades em menses spareotementdefniasedeciddas desde o masse meno (o até mesmo antes dk) ‘Adederago"E uma menial! ou "Bum menino!” tam- byém comera ina epi de “vagem’ ou chor, insala am procesn qs, aupestamene, deve seguir sm determinada sumo ou dizegio,Aalimativa, mais do que uma descrigi, pode ser compreeridida como upadefinigin ou decsto so fe um corpo. Judith Butler (1993) argumenta que essa sssero desencadla todo wm proceso de “fever” desse urn «orp Feminino ou mascuno, Um proceso que ébaseadem ccactesitin ies queso vata come difeengar ei qual ul signifiados culo, Aima-seerekers se umase ‘ilncia de muitos modos jf consagrada a seqiénca sexo- sénero-sxuaidade. Oato de nomear corpoacontee no in- terior da igjea que supse 0 sexo como win “ad anton) ‘lis he eri un casein, trio bin, “Talligica implica ques “dads sexo val deerminarogénero nde a uma ines road dee, Supartamente, no hi ‘srs possitilidadesenio copra ondem previa. Aafia “éummenino” ou “éuma mening’ inaugura um proceso de imastfnizgio onde ferinizao como qu sujet seca promete, Paras qulificar como um suit legtimo, como uae ranformagies vo além diralte- um “corpo que importa”, no dizer de Butler o sujeto se ‘yerdobsigado a obedccet ts normas que regulam sua cultura (Burin, 1999) Apesar de tudo isso, 2 seqléacia &desobedecida esub- ett, Coma nfo ers giranitidacresolvide de uma ver por tovdas, como nto pode ret decidide « determinada num $6 slp, a orem procul ser nterads eonstanrerente, com sutleta © com encrgia, dé modo explicico ou dissimulad. ‘Mesmno que sista reps, que se racem planes esa erae dda estrnégin escnicis haverd agueleseaquelas que ram- em as reprasetranagrdem os sranjos. Aimprevisbilidade 4 inerente a0 perso. Tal come numa viagem, pou rinse tigante sed ror fixada c experimenter as surpresas do in- certo edo inesperado, Arriscar-se por caminhos no e363" dos, Wier petigosamente, Anda que ser comacas toda as precauges, mio hd como impedie que alguns ve atrevanm a subverteras normas, Eases ve tornario,entlo, osalvos prefe- renclaie das pedagogiaecoméivas eds aces de recuperagio ow de punigio, Para eles epara casa sociedade reservar pe- nalidades,sanghes,reformase excuses, i: (Uencraalho pedagéigcn continuo, repetitive imrermi- nével é posto cm aso para iscrever nos compos. o géneto ea © proceno pases consid, sempre incompltoseede- manda reterago, éaeico sinstabilidades,¢ permcvel 20s enconttose aosacidentes, Efsmns das intituigdes, dos disc sosedaspritcas,o péncro ea seualidade satdam aincons- tncia de tudo 0 que ¢histrico e cultural: por isso, vezes sseapam e deslizam. Faz-se necesiro,entio,inventat pr casrmais suis para reperiro i sido erecondduri a0 "bom" aminho osdesviantes Por certo os priprios suits esto empenhados na pro ‘dugdo do género eda sexulidace em seus compas. © proces- 50, contac, 1a € feito 30 aaeo ou ae sabor de sua vontade. Embora participants ativos dessa const uci, os sujitos nso Sevetcitam lizes de constangimnentos, Uma matrix hersrot- sexual delimit ox padrerascrem sepuides e, 0 mestno tem- po, parsdoxalment,fornece a pasta para as ranspresies réscia ala que sfarem nfo apens 0 cozpon se se conformam 3s regras de pénero eseniais, mas também os “Corpes que 2s subyertem. ‘Evenusalmente, em ver de serem repetidas, ae nortas siodeslocadss, desesabilzadas, derivas, prolilceadas, Aven tueizos ou desvantes, seduzidos ou empurrados por quais- (quer razdes, hd aquces eaquelas que se desviam das regs ¢ sa dineso plancjada. Deizam dese eonformar de uma heterossexualidade compulssria ¢ natutalizada’ (Sasi, 2002). Desencarinham-se, desgaceame, invencam alternatias, eam deriva no entana, tormae impossivel ‘gnontos. Paradonalmence, 0 seafesarem, izes se anda ais presences Nao i como quests. Sis escollas, suas formas sus déstinos passa a marcaea fonteir emit, indicam 0 ‘spaga quendo deve seratravessado. Maisde queisso, 20 ou em se consi como sts de péneroe de semuaidad preci samente ness espagos, na rsistncia ena aubversio das “nor mas regula’ les elas parecem expor,com malorcarezae cevidéncia como ests normas io fease mantidas. Nao indago por que tis sujeitos erwar as fronteiras, [Nilo pretend descobsir us intengbes epropésitos, nem Tes ausibuito carder de tevelagio ou de descobera. E verdade que. metifora da viagem parece sipor um sajeira que d= ‘ma privigio de perarobularlivremente, deirede viz. No centanre, nso podemos esquecer que i aqueles que slo ex purrs paras vagens. Clifford (1997) nos iz rfl s0- bre quem ¢ ou quem pode ser vijante; ele nos revorda aque- les que favem cravessias ¢ deslocementos compelidos por circunstancias alas ox motivas externas (criados, puss, migrants, esilados..; ee pos lembra ques vagens so signi- Feadasdissintamente por gener, por cs, por tga. Tam bm as visgensplenas de avennarss de gue filam as novelas de formagéo sfiem dessa mares. Flas 80 invaravelmiente em preendidae por homens nfo por mulheres E homens best os Portanto, também agai metifora da viagem precisa sor relativizads. Os sueicos que crurar as fronteras de nero © Ae sexualidade tlyer no “escolham”lieremente esa aves- sia eles podem se ver movidos para tal por muitas rabies, podem atrbuira ese desiocamens ditions sgficados. les pode tl come quaisqu outs viajes, vera eavessia resringid,repuiad ou arplinda por suns marcas de class, derag ou por ourrascicunstncias de sus exist, Sa via- em aber poss secaratesiarcomo um ireum volar live e escompromisudo ou pole constr num movimento for- ‘aio, numa espéciede ext. De um modo ot de outo, ese seis excapam da via planejads, Exeraviam-se Pen nova posisdo, outro lugar paras ajar ou se mover snd ou ceavee. Atravesam fionteta au aia a momen de cri ths. Matos prmanceem tefeides 38 mest, mes que pretndam esl “pate praoutn’. Sua reetsa nem sem pre € rte, contandente ou subversiva; or caminhs ran eis, sua ee od acaba reforgndo as mesma repras€ normas que preendeu nega eAderiva Padem encontrar HG também os que se demoram na finteita, aquees © ‘agueas que se abandonam no espago “entre” dois cu mas gnc, quese dea fcarquma espécie de esquina ou enerini- Tada. Algo pareco com o que acontese aos membros de gu pos culuraspermanentemente em trinsito, sabte os quaise pergunta “io tanto o de onde woe’ €?, mas ‘ene onde vocd esti?” (CLIFFORD, p37). A fronteza€ lugar de elagho, regio de enconero, cunamento ceantionto, Blasepanse, a mesmo cempo, pie em contao-culras ¢ gripes. Zona de policiamento-¢ também zona de rransguesso ¢ subversio, ct ciresa a longo da rons. Alor nfremamenos oezumn ser constants, no apenas eo somenteatrvés da lara cudo confi crucno, mas também sob forma dae casdo contrats ca para, Quem mere edeafiaafon- twspl, por vues, parso ergs para coi afin de tormar evident arbiaredde das dive, dos imine das tspurges Pri, parédia que armed os ‘atv do “oui lad, qc ember seuscicignsenr or dew lad?, aye mitre confuode ax regan que combina e diame ot lngingens io perurbadrs. Esse compan drambigiae, daconfsio, danagin. Barat tse consansements vias dos gneve © ck serie, ric price pone profindamente sub ‘evs Em au smitago” do feminine ge pose ser evolcionii. Coma una penionagem extant edsor dir, na peonagem fra daordem eda ner ea provo- cadexconfore, coke faci. De que material tao, rexorcvstis ch seis? Como se far? Como fibicaseucor Po? Onde sc as refers pat es gems, eu modo de sre dest? A quem mit? Que prinepioscu aormas"eict crepete! Onde aprenden? A dag exeancaia cons dae dos gneros. Pranbulando por uteri nai ‘iesntaadinds on sive «Fontes end mia pert € aie pode se vend 2 ‘qualquer momennFlaasnime rintoiade ease ati far com as jumaponcderineseraas com avis Adm ¢ rai de um. Mais de wna idea mis de um gener tuzndo, sa figirs pasta a indicar ‘propostalmenteambigusem ua sexualidade sem seu fens, Feta delberadamente de excowos, ela encarmaa proiferagioe vive! dervs, comoum vate pés-moderno. adver uma expécie dendmadee, seas o for dela se porevia der que 6 cet "escalia preva, via de passage, ‘Seu prio rerisisio¢construide constantemente pelo movi- mento” (Pero wy LOPS, 2002, 183). Onna é urna Fgio politica eum “fguracie, cles distingse do wigramc do exlado (Starman, 2002). Para Rose Brsslor o migrarne ‘ovum “iinefro” de deslocament cour sua terra natal eon sna haga que w recebe Seu processo€ode ecomer a seus vlo~ resdkeorigem, so mean tempocm que renrascadapraraos do lugar de acolhia. O exilado, porsu ver, éabrigade ase sepa a, radiealment do lugar de origem e ale no pode recon. ‘Mas ambos, migrate exikdo, lara com lugares de alga mao fos. “O nimnade, por oute lado, se pusciona pel r- rincia ¢ desconstugio de qualquer senso de idenudade fxs [uJ oeatle nme rem aver com transits © pasagens scm estos pr determinslovou ents nati perehs” (BAADOTT, 2002). Osdmades esto sempre no cc", ces "no pat ‘ado, nem futuro, tm apenas devin, “not bisa, ape pasa geogafia’ (Dit uve Paras, 1998, p40), FE possvelaecorera esas representages para pens tam 1 | hfe os anjeitos transpresivos de genero csexualidade, Esses 1 sajcitos, reqtientemente, reeusarn a fisider ¢ a definigio das rooteiras, eatsumem a inconstincia, « uansigia € posigio “enw! ieridades como intensfcalos do des, Visjntes emesis vxs, trem maser da mobile «"pesge’ do que prpriamente dha a uo a= spr ouaoligado “out” Seremaenvontadenomovimest ‘Attansoo proce, pes podem cons 0 fi dasconncm smerpeitch nail oun A penonagemAprad, do ie To sobre mint mie, de Pedro Almodvar expen formats is poigo, ES0- tia Mf 2001) quem chama tengo par 9 momento em que Agro doce pars vrs plata de et opie so de consi dese corpo 2 qhanidadedesicone que cansga Neve momen. rave sfinaqueoquctem deat dunoeo€ ernment o lice, ja ago gue dz, do rod mais atl pond ca uence sou a Pio comp. Argurena Mat O desjo ruven éodetrnarse mtr, maz que Agr dl aninala eo ea dacure é miso procen de etar se do quc produ final a mudanga Ao apenarpsra silicone (ea pat 6 io simplemente), els spon arto proce para movment seta mee ea. (sco, 2002, 149) Personagens que ranegrem péncto escnldhde podem ser emblomtcas da pés-moderndae. Mas eis nao se colo- ‘am, aqui, como um novo ideal de sjeito, Nio se pretend insurer novo projet ase peregsido, no hi imtengto de produsie nova referencia, Nala seria mais anc pox-modero, A visbildade ca materiale esses suits parece sii cativas porevdenciarem, mais do que outros, o carter inven tado, cultural einsevel de rads a identidaes Seosigitia- vas, ainda, por sugetizem concreta e simbolicamente possiblidades de prolfragio e aukiplicagio das formas de sine ed: senualidade "Naviagem queempreendem ao longo ds vid, alguns debs tocar profundamente pels posibldads de toda orem que ocaminbo ofcree. Entrgansea0s momen tos de “epifni”,Saboriam intensamest nesperado,asn- sagées eas imagens on encontros eos cons, ale por vinharem que a texjenria.em que extio rnctidax ni € linea, ‘nom ascensional em omstantementeprogresiva, Sus avene turas podem, no entanco, parecer especialmente aricadas © assustadoras quando s inscrever no terreno dos géneros eda semualdade—afmal ess so dense tids como “esencis' “egurm”e" univers qe, snportament, to podem/no dlevem ser afetadar ov alread, Poristoo efine eo impacto dascapstiincns dees sujees so i Forsement pliseos 0 «que eles ous enslar sep no apenas er ss propias ‘das, mas navies de seus contemporinscs, Esss suits suge- em una émplingio nas powsblidads de-sex ede iver. Aco Ther com menos reco ants, ensagGese afetoscinsinuam, aque dversdace pode ser protien. Indicam que pics dese “fxs” como sueio pode ser experimentade com incensi- ‘dade c prac, Forem pensar para aléra dos limites conhecidos, par além ds limites penis, Aftamy sss, mo 86 seus piprosdesinos, mos eters, oone ecomensies cu ‘als, Como at pesonagens de Diegues, ests viganes pbs moderns deslocas-se smn “porto dechegat”, pozando.e softendoassenacis da viagem, ‘Nasnovels de forgo, oprosgonist apriaipio, “ne- cemsita deur opin qe 9 clog em mansenene. F ese Jimpulso ye geralment= de um vnjante™ (Larose, 2000, p 59). Como vajants dx pax modemidade, agulese agucls qu experiment proifercto dos generis ene podem eprecntarcssimpubo paras movimecxo. vig teinteronipescomadidad, sala x

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