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Eumiivrotinico! Nesceu danecessicadede seconfi- sgurara pesquisa em arteensuarto‘al, Tragando un paraetoenre vArteea lens, oautorvalcesemo! “endo suasidéias na senticode responder apergure ‘tascomorerisepescusa emarse?( ques pode en- tendercone pesqusaem arts? Tedoaristaumpes- quisador? Cautorestabelace dstnao entre o fazer arisico decrigem puramenteintti do‘azerarisicacak- ‘donapesquésa,chegando mesmo aarimar que exc. ‘em, pelomenos, ois fposde artistas opesquisatior ‘eondo-pesqulsadr, Paralelamente discussie de crdtermalsietico, esse rabalo,entendendo. pesquisa em arte como ‘uma atvicade sistertica, prope uma metndolnga paraovientaroprocessode-rabahorfaze arto. Estero éreferérca obrgatria paralcdosaque- les queseinteressam ouseccupan,detaouindie ‘amente, com arte pesquisa, orncipaiments artis: {as,professoresealunos de art, estates de pis radio, ot-retoriasdepescusaeagendesdsio mento, SILVIO ZAMBONI A PESQUISA EM ARTE UM PARALELO ENTRE ARTE E CIENCIA POLEMICAS DO NOSSO TEMPO. AE@) asliee A Pesquisa EM ARTE [UM PARALELO ENTRE ARTE E CIENCIA Sttv10 ZAMBONT Cotzcio Poutmicas po Nosso TEMro sO) Dados incon de Catalogue ma Able (CIF) (Carrs Brera dove, Se rs) Zanbons 2 ed Campinas SP Astores Asociados, 2001 (Cagle palémas do nono tempo: 5) Bogate San S585701-<41 | Ane Pease 2 Anee Cine 3, Paquin Metaflogs | Ta e260 (<00-70195 Trias pre lags sais ae pt 188 Conroe ht ATOR ATOR SOOO conan Pain (99900 5999 rosa wraws peste Pe * (nr Soe Benen mor ore om, ‘mena hat eed ron at ie Caves pra Sow hecrmreome eee! ral hates SuméRio erzapugio Cutrao Un ‘Aams & Crewe |, Arte e Citnda como Conhecimento 2. Inigo, nsec e Crate em Aree Ceca 3. O Paradigms em tee Cina (Curtruio Doss ‘MeTovotocia ne Prsguisa mx Axras Visuals |, Pesquisa © Metodologa |. 1.A Espeeasso (Desordem Expermertal) 2. AMetodologana Pesquisa em Artes Visas 2.1-ADefnig do Objeto ce uma Pesquisa 22. Métodos de Observaio 23, Processo de Tataho 2.4, Resultados e interpretagio 3. Resumo da Proposta de uma Metocologia para Pesquisa ern tes Visas ” uw 2 a ao a 6 8 9 4 56 58 59 Cormmo Tes |. Os Farkmetros para Ansise 2, As Fortes 2. Pesquisas Apciads pelo CNP 22. Disertagies ¢ Teses ‘Concustis Brauooeara Esrectrca Brauooawta Gem 6 6 6 66 ” 9s tor 196 APRESENTACAO (ee See nae paar tinted oe cee eo aaa Sas ean ees erasers 2A Pongursa rt Acre viagens pelo pals para divulgar as vias de acesto da insti- tuigho para atendimento dos pleitos dos pesquisadores em artes. A partir dese trabalho a demanda de solctag6es de bbolsas e ce verbas para a érea de artes fol aumentando, tornando-se cada vez mais signiicatva e passando a cons tiuir-se em fto real e, portanto, administravel pelo CNPq, Paralelamente aos contatos vom of pesquisadores de ates, iniciei um longo trabalho de convencimento interno, dentro da Insttuigdo, a fim de sensibilizar as insténcias, decisérias para a importancia da pesquisa em artes. No CNP, ficou cada vez mais clara a todos os diri enter a necestidade da oficial zagho da frea de artes. Mas fes0 ainda no era o bastante Uma proposta nesse sen- tido deveria ser aprovada no érgio colegiado de delibe- ragdo méxima da instituicéo, no qual tinham assento € voto virios membros representantes da comunidade cien tiica, muitos dos cuais eram contrérios & implantagio da rea. Alegavam que 0 CNPg era um érgio que, por tra dicho, apoiava a citrcia baseando-se nos préprios crits Flos cientlicas para definir ot projetos a serem aprova- dos, ¢ que nio deveria apciar as artes, pois poder ferir 05 objetivos primeiros da insttuigdo,além de fatarem cri- 167105 caros e objetivos para ojulgamente de projetos em artes. O assunto entrou em pauta em reunido desse con- selho de deliberagio e, depois de muitas vozes 2 favor e também muitas contrérias, a propria presidéncia do CNPq interveio em defesa da propostafazendo com que, final- mente, as artes se tornassem drea efetiva dentro da ins- thuigho. Uma vez reconhecida oficialmente, era fundamental que © érgio dispusesse de um conjunto de critics, ain da que tentatvos, capaz de organizar minimamente a rea recém-criada. Logo ficou evidente que enquadrar e julgar (5 projetos de pesquisa em artes. segundo os mesmos critdrios de outros campos do conhecimento, poderia ma- tar no nascedouro a érea que, depois de tantas adversida- des, estave enfim criada. Era fundamental que fossem definidos alguns paréme- tos bisicos com base nes cuas seriam criadas as normas (ue regeriam a atvidade. Algurs ertrios foram formulados: todavia, porque ainda eram pouco operacionéveis para o gerenciamento da drea, tornaram muito afl a ssa norma ‘Uzagio, Saba-se que, pela propria histéra enatureze dains- tituigto, 0 CNPq deveris apoiar somente as proposigoes ‘que constitulssem pesquisa em artes, mas ndo Se conseguis com eficiciadefiniro que era realmente pesquisa em artes. ‘Surirar alguns conceitos eregras ndo sufcientementesis- tematizades, ainda pouco expliitos e pouco clares, mas ue, nfo obstante a precariedade, até recentemente foram Utiizades para gerenciamento da demanda [seas cvidas quanto 3 questio da pesquisa em artes into ocorreram somente ne CNPq, Por ocasiso da pr meira reunigo visando a funéagio da Associagio Nacional dde Pesquisadores em Artes Plisticas (AN). em cezem- bro de 1986, ocorreram-nes também muitas dUvidas so- bre como definir e conceituar a pesquisa em criagdo artstica, Para amenizar as discordancias, dvidiu-se a en- tidade nascente em cinco comités nos quais estariam re- presentadas todas as reas de pesquisa: historia e teoria a arte, ate-educagio, restauragéo, curadoriae linguagens visuals. Se as quatro primeiras nio tveram difculdades ‘quamo 4 caracterizagio da atividade investigativa como Pesquisa, 0 comitt de linguagens visuals, que congrega arlstas-pesquisadores, continuou com ddvidas e inde- finigbes sobre como caracterizar a pesquisa em lnguagens Nas universidades, pude constatar que também existem grandes difculdades para o gerenciamento e normatizagio das pesquisa relacionadas &criagdo artistic. Em varias pa lestras e mesas-redondas de que partcipel sobre o assun to, constatel, principalmerte pale teor das perguntas © de- bates que a elas se sucederam, a existincia de dividas & uestionamentos enire artistas. professores, alunos e prin ipalmente da parte dos pré-retores de pesauisa, 4A Prague pe Aare Diante dessss divides ¢ indefnigdes & que cptei por desenvolver come tema de minna tese de doutorace em ‘Artes na ECAJUS® e que agora pabico com pequenas mo ‘ifcagdes, a problemstica envolvida na caracterizagio do ‘que seja 2 pesquisa em artes, Tenho consciéncis de que ‘meu trabalho nio resolvers a questio de modo defiitvo, ‘mas fica pelo menos a certeza de estar contnibuince para uma reflexdo mais amadurecida acerca da pesquisa em ar- tes e de ter fornecido 2 agéncias de fomento, universida- es, mestrances, doutorandot, equipes de avzliagso 3) pescuisa-e principalmente artistas-pesquisadores - uma Terramenta Uti para alavancar os projetos ¢iniiatvas na rea artists. INTRODUGAO ste tabaho tem como tema ceatral, como foco de preocupagdo e come ponto de convergéncia das re exdes desenva'vidas o que se costume denominar, de manera abrangence, de pesquisa em artes, termo hoje bastante dfundido nos meios académicase artisticos. Para eta aquvocor de compreensio quanto 20 empre- g0 que fago dessa expressio neste trabalho, passo a escla- racer as imtagbes operacas no conceito mais abrangente de pesguise em artes. para conformi-lo a0 limites do trabalho 208 propdstos que busque’ acanca Pode-se dizer de uma maneira amola, que pesquisa em arte & qualquer Desquisa que se desenvciva no campo das antes, Ora, aarie, enquanto area do coahecimento humano, abarca um ample espectro de expressoes e mariestagées. Esse trabalho, emboralimiando-se apenas 3c universo das artes visu, pode ter em multas crcunstincas os seus con Ceitos estendidoe Ss tres em ger, e meemo dentro desset Smits eso todas as suas diversas faces: criagdo,recapséo, critica, ensino, e:c. Eas faces, por sua vez, podem ser es- ‘udadas em mits dicipinas, tas como hatin da arte, arte educapio, restauracio, teora da ate, curadors psicologia (arte sociologia 2a arte e tantat outras, Em sentido sbrangeste. portarto, exe & pesquisa do teérco da ate, do 2A Pssousa ms Aare investigador em arte-educagio. co restaurador. do historia- dorda arte, do ievestigador que tabalha com materi ars- *icos, do museblogo, enim, de qualquer pesquisader que se ocupe ca arte sare a expresso pespuisa em artes para me referir20 Urabulvo de pesquisa em cragdo antsca, empreendide por artistas que objetivam bier como produto final a o2rs de ane. Portarto,s6 atarei nesse tebaho de pesquisa reaiza- da pelos artistas, ou seja, quando c artista também se assu me como pesqusador e busca, com essa dupla lace, ebier trabslhes artistices como resultado de suas pesquitas E preciso ressltar que as curas atvidades de pesquisa Sgacas & arte, as teéreas, as interdscplinares ou as circu antes. que também poderiam ser rotuladas de pesquisa em artes, jf tém ura fundamentagio metodologica usual QUE orienta o processo de investigagio. O historia da arte por ‘exemplo, conta com métodos Soldficados para arealizacto de seu trabalho, pois, embora o objeto de seu ertuco seja a rmantestacdo dz arte a0 longo do tempo, as metodologias de que se vale, normalmente,sio aproxumaséer de ovtras ut Izades em hstéria ou outras céncias hurmanesafins. © mes- mo se cé com 0 arte-educador, que pede lencar méo de ‘métodos de pesquisa habtualmente utlzados em educagso. tem ciéncas scins,psicologia, etc. m resumo. sio mutas as pesquisas que tém a arte como objeto, mas que utiizam métodos e técnicas dein vestigagio bastante divers0% uns dos outros. At Sreas pu Famente técnicasfezemn pesyuisa em artes ullzando meto ologias conceitos tedrices relatives a outros campos de conhecimento. Como exemple, lemra-se a pesquisa de materiaisartsticos, a qual exge conhecimentos e métodos de andise prinipalmente da cumicae da fsca - e nto vis- tas sob o Angulo da linguagem. Da mesma forma, 0 biSlo- 0, 20 pesquisarfungos que atacarn obras de arte, deve se Utlizar €e métedos © conhecimentos da biologia, expeci= camente de micologia. muco embora néo deixe de estar realizande Pesquisa em Artes. Ismoogho 7 Vou empresa otermo Pesquss em Artespara designar cexclusvarente as pesqustereiconadas 3 crag ars, ue se desenvehvem vsendo corn resutante final 2 prods do de uma cbra de are, «que sto empreenddas, fro fe. fo. porum aris, Ochjcve principal dese rabalho fem dims inti 2 prope dem modelo metodol6gco para pesquisa de do area em ates visuals sm com 0 se nega oc ‘dir senheleintativoinerente ao process, Acredto ue 4 froposo de um modelo metadologic caracterza umafioe Ge cimminca da eflexdesenortearentn da caminho per cerrdo,consttuindo a condersaioe crstlaagdo de maas ‘Sto que sero aprsortadasedevenvokiar a longo dota. tao. © model dever sera sncee que dit renitados © ferposts a quesiSer emmentemente pitas, No captulo ‘Andis este mode’o metologc sr tstado com 360s rps, para a avalcr ce sus adequaio # pesquea em (rao arise, no estado e nas condgaes em que atuamen- { € desenvobida pelos artsas peaqucadores A adequagso terbem fx parte dos objeto cea proporta metacolgpea, Gur. em resposta a une demande pragmatic, waa fornecet tims cortbigo eleva todos que cevaradas fora, oxi pone coma pesquisa emarte importa que 3 ga que ainda perstem mutas ‘cas ert reayaod pesquisa em arte, quesionae até mes tno uu propra exstinca corr ta. Mifos arias © mes ime duns teorces de grande respetablbcade com quem tive J eportnidade de datutr a querso — que prefro nfo ot Gitar nominamente are evtar qualquer mi erpretagto = ntendem que nio Ra sentido em se fair ce pesquisa em the, pos segundo ees, toca arte, pela sua propria nature- 2a & pesquia dal do caber degbes CG pressuposto central deste Tablho € a extn de for ras digas de se proceso trabalho em rte, ou see [istas que realzat deforma nidamente concent esau sar om ete, ¢arisas que Tabaham de ua forma prepon derartemerie tule alsa so facto Ge um proces: 8A Desquea Are so de labor com elevaco grau de consclentzaclo, cordusa recueride por qualquer pesquisa de procedimentorecondl Temando-se a forma de pensamento das principas cor rentesflosélicas acidentis, percebemos que a ativdades relacionadas ao conhecimento humane giram em tomo de. ‘um componente [geo rationale inteligivel, de um ado, € cde um componerte intuitive sensivel, de outro, endo as- sim tanto a produgio do conhecimento dentico, uantona {do conhecimentoartistico. A ciferencabisica entre ambos & {que 0 resultace apresentado pela ciéncia nfo pressupse e no suscita msiores questionamentos quanto aos métodes Sersiveise ineitives que interferram no procerzo ce gers 80 co produto cietiica. Na arte, 0 senchel, embalace por |mpuisos inuitvos val além do processo de cracéo artista ois fax parte do proprio carter multisignfcative da obra de arte, sempre apresentade ao intertocutar como parte inte srante de sua sigrifcagio. A esse interlocutor & que cade a Fecepgio da obra de una forma prépria e pessoal ‘As preocupegSes com o carder racional da arte ngo sio recentes. Seguramente, desde Patdo e Avstételes dex: vam presentes 26 explicagées da racicnalidade implita 10 fazer arts. No Renasimento, Leonardo Ua Vino wabalhou de uma for- ima akamente steletualzads e com um método inspirado na ‘mais ata lucidez. Paul Valery (1991, pp. 137/166) chegou 3 identifear esse método com o utizaca por Faraday em sae pesquisascerticas. ‘Apesar de terse evidtnci de racionaidage na arte em virias ¢pocas, sempre exstiram e existem até hoje muitos (que néo acetam 2 arte como uma forma de atividade vaio nal Criicos,aristas,intelecunis e mesmo cicadéo comum debatem 0 problema. Mas a maioria das pestoas, e mesmo alguns setores mais académicos, peniam que a produgio « | recepgo nfo obedecem a uma norma racional. Para ¢ ten s0 comm, arte & snnimo de emocto. Jeyme Pavan, erm seu estdo intulado A Racionafidade Estéuca’. (991, p.7) discorre lorgamente sobre as evi= rac déncias ca racionalidade na arte, deixando caro nao ser a ‘bra de arte fruto somente do inconsciente. Para ele, exis ter pelo menes duas formas distintas de orderarrento: © légleo e 0 sensivel. Estas formas nfo sf0 autSnomas, in ependentes © dierociacs, Na realidade, diferentes ipos 4e'"racionafdade’ imeragem., por vezes se confundem, se auxilam e se compiementam na produgio e na receogio dat menagens expressivas @ intrincecas cgnsida nas brat de arte ‘A racionalidede logica ze funds em mecanismos pré= ximos da racioralidade Cientifca, de cardter explicativa i teligivel,distinguvel, cefnivel e pasivel ee ezquematizegso. ‘Todas az manfertacSet arvsticas possvem cariterlogico ue, embora nao exclusivo, consttu-se em evidentes for- tras de arranjamento e ordenacdo consciente e racional texto lterério, por exempio, muitas vezes traz consigo reflexbes de cariterflosstico, ideologico, police que tembora assentados no pensamento Ico, nem por Isso Impedem que z obra seja de arte. Iqualrente, outraslin- guegens podern ter vertentes lgicas sem que 0 resultado iter recional ery arte se revels ine= tive! quando se promove 2 incerposicao e a comparacao entre a arte ea ciéncia enquanto formas de aividaces do conhecimente humane. Dai 0 métode de abordagem da Desquiss em arias ter feito sempre comparstivamenta 20 fa pesquisa em ciéncias e 0 uso desse modelo compara tive ocorre, principalmente, em razio da exstncia de um grande arseral tedrico destinade ao entendimerto da pes ‘uta em eiéncas ‘O presente trabalho ndo se interpe a paradigmas as- sentados no racionalismo, mesmo porque seu objetivo principal € elaboragéo de um método que, pele arépria, rnatureza, envove cariter lgico , come tal, s6 poceria ‘er desenvalvdo se assensado em aspectos racionais ‘A abordagem que farel neste trbaho ests, portato, re lacionada mais a0 carter logic e organizative do processo 10. Prsousa m4 Ant de trabalho na arte, tomando a pesquisa em artes como uma forma manfesta das mais apuradat da racionakdade lépes. Pesquisa & premeditagio e essa, por sua vee, &racional,En- tend também que uma das caractersticas fundamentals da pesquise €0 grau de consciénca do pleno dominio imelec- ‘ual do autor sobre o objeto de estudo e do processo de tra balho, mas com sso do pretendo negara exstencia da forga intitvaesersivel contida em qualque”processo.de trabalho, seja emarte, seja om citi SAM UOmea Un Agre & CIENCIA 1. ArTE & CIENCIA COMO CONHECINENTO ‘ode-se afirmar que a histria da humanidade con- funde-se com a prépria histéria do conhecimen- to humano, pois dependendo dos valores vigen- tes em épocas diversas, ele pode ser concebido segun: 0 at contingéncias © o: ju'zos da época que 0 gerou. Encaraco e entencide segundo tal ou gual Spica, uma vi sada dizerOnica sobre o conhecimento mostra diferentes. reerranjamentos e composigoes se produzindo 2c lon. 20 dz histéria. Assim, 0 que & uno e distinto hoje néo 0 fra em épocas passacas e nada garante que o serd no fu- ‘Adivisdo do conhecimento humane, principalmente no que dz respeito aos aspectos explicatives, deu-se principalmente a partir de Descartes (1596-1690). Suas idéias e seu método influenciaram sobremaneira todo © mode de pensar ocidental, provocando uma ruptura com 2 maneira anterior de conceber o mundo. Descartes fez da razio 0 ponto de apoio pera desen- volver sua teria, que € calcada na necessidade ce um mé- toco, Ele parte de quatro conceitos bisicos: Evidencia, Divisio, Ordem e Enumeragio, justiticando que é mais funcional disper de pouces preceitas, do que um grande 12a Pasguisa rnimero deles, tal como se estrutura a Logica; € 05 enun: cia, no seu Discurso sobre o Método.! Esses quatro conesitos fundamentals conferem 3 teoria cartesiana, deforma cara, a sua feigdo. Primeiramente 98 & verdaceiro aqui que é evderte. que ¢ caro edatinto. O els re deve ser dvicido, segrentado, separado para poder ser analsado, As questBes comploxas devem ser dvididas em |questGes mais simples: terse que partir das parcels para se abngr e total. Tudo cave ser ordenade. A erdem como es. ‘éncia do mélodo inci a transformagao radical sobre na treza do pensamento: este jA nfo pensa em coisas, e sim fem relacees. Depois da evidénca, da dvisio e da ordenacio, ‘© papel de enumeracio tem a functo de restabelecer a con ‘incidade do pensamerto que ‘i fragrentado. O cartesiarismo néo preterdey explcar todas as coisas, © préprio Descartes dedara que, em questées da alma e do corpo, nfo tem idéa rennuma, O cartesiaismo & 2 rao, expla 0 que pode ser enquacrado dentro de seus prece: tos. O que ests além ou 2qudm da razio nio pode Ser en. tendido porque foge ca anise racona feta pela parte do ce rebro destinada 2 tal fim. O que o racenalismo caresiano 7, Dexaris, Obves Ec, So Pads, 1962, S464: “O primers era «de amas sealer duns cas como vere. daira que nua conhecesteevisertemente om ato € de ete ‘uidionrente areca ea preven, ede radar em aus Iuos que nic se apresertaste to dur e Uo dstiamente a meu ‘pita que eu nic treme nennuma cxaio be po em divi, ( segur, 0.6 cic cola oma at esses Que eu eam rane em rts parcels quis pores e quarts neces fo fem part melhor resol, ere, o ce conan po orden meus pensamento,come- ‘dsp etn ma erp © mas ese orca par ous puto cero por dgaun te 3 career So mas com aso, sauponco mesmo una orem ere or que nat peeceers imo, ode fazer er toda parte erumerases bo compleas eres es geek gate heme cmon Sat ra precura entender todes as coisas sempre segundo 0 mes mo ertério,utlizando, para tanto, sempre © mesmo méto- do, Tudo © que & suscetivel de conrecimento & passvel de ser formulas em pensemento do tipo matemiic. Fa firmus evel do riconalem carcino, que ‘um raconalme ral e env ola urvocdace 29 {elit de teu ertirics de eden, eno palo seu He Itadoaleance,acimente desmentco. © pensement Crtesiane € rationalist por cong rigerosame Unidad ds arto com a undade do saber © com ade do mete (Kjawsc, 1969: . 78), (Obviamente nfo fo! somente Descartes oGnico resgon- ‘vel pela mudanga de “umos histéricos do conhecimento Universal Ele tlveztenha side © maior simbolo, porter = posto com maior detalhamento ¢ clareza a proposta meto- ‘doldgica do racionalisme, que permeia até hoe de forma mareante a busea co conhecimerta no mundo ec dena ‘Ouros amibém consibuiram para engencrar 2 nova perspec va do moderne spiro centfico. © empir'smo de Bacon (1588-1627) fez também por contribuir par essa nova ordem de pensamento, cle € tido como 0 inventor do métedo experimental © uma. {dat personalidaces que mais infulrar na formagio da © @ncia moderna. Encontraremos ainda em Gableu (/564- 1642) fundamertal contribuigie a0 desenvolvimento do moderno mérode cientifieo. Entre suas contribuigses, 2 Principal foi a utizacaa matemstiea sara explicar os prin= iplos da fisicz. 0 que provocou divergancia na ciénca of - al da época, representada pelos seguidores de Aristé- ‘eles, que no aceitavam tal postura Isaac Newton (1642-1727) comtirou ométodo empires € indutve de Bacon a0 método -aconale dedsvo de Descar- ‘tes, mostrando que tanto 2 interpretagse de fenémenos sem sistematzago, quanto a dedugdo sem uma base experimen: tal nfo conitiulim 0 carinho 3 ser seguio para uma formu- lagio tebrica rerpeitivel, Combinand os fatores, Newton 14 A Pesgoms mc Ar = dou realdace 20 sonho inicado por Descartes © completou de forma defintva a revolugso centfica antes inca, Newton no foi um fiésofo no sentido mais resrito da palewa, masa sus contribuigso para 0 conhecimento huma- no se deu em muitasdreas tas como: cdleulo infinitesimal gravitagdo universal, teoria de luz, movimento dos corpor © feovia atOmca. A visho mecanicista do manda, jé de certs forma arteriormente proposta por Descartes, & susten 4 por Newton. Segundo ela, ¢ mundo & visto como um grande amontoaco de coisas reundas como perasde uma fquina de grandes proporgies, em que tudo ¢ possivel de ser reduzido, tudo € dWvisivel e a unito desse divaivel & que forma © mundo. Sob esse sistema desenvolve-se a cgncia atu: tudo preferencialmente& divido, subciwiido, enumerado, classi. ficado, passvel de ser contaco, de ser medido, tuco deve ser encuadrado em linguagem matemétia para poder ser ‘manipulado com maior coeréncia dentro do modelo. Casa matrz racionalista faz com que @ conhecimento hhumano tends 2 ser retulado em dreat e subiveat, as divi- s6es e subdvisbes aastram-ee, a8 expeciaizagies prosse- guem em caminhos que parecem nde ter retorno. Perde Se em amplidio, ganha-se em profundidade, mas sempre dentro do mesmo modelo redvcionita Esse caminho que percorreu 0 desenvolvimento do co: nhecimento ocidental, acabou por sstematizar as ciéncias fem dreas e subéreas, e, & medida que mais diferenclagoes ‘so engendradas, novas cifncas ganham razie de exist cia independente, pois surgem novas divsbes na conheci- mento pert sustentar 0 dezervavimento das demas, Um ‘exemplo tpico disso € 0 caso da informatica: foram tanto cs dados gerados, necessrios ao desenvolvimento das cén as, €evido a0 modelo adotado, que no foi mais possivel 20 cérebro humano organizé-lose trabalhé-los sem a exs- tEncia ¢e ur poderoso instrumento como 0 computador, Isso fez parte do modelo da ciéneia racional-reducionieta, ‘que necessita desdobrare crar roves Areas para o desen- Ars Cibweu_ 15 volvimenta de outras. Numa velocidade grande, abrem-se (5 leques das ramiieagdes para se encontrar soluséer via, ‘especialzagéo, de forma tal que a ciénca continua ase de- senvolver sem ter gue sar do meso modelo. Mas se, pelo lado ocidental, 0 canhecimento se desen- leu dessa forma, no pensamento oriental existem ind roe aspectos muito cferertes. Richard Wilhelm, jung e outros estudiosos que se ocu ‘am com estidos sobre a flosofiachinesa aportam o i= 2 / Ching como a cbra mais importante da sabedoria ‘ental? Procurando-se os concetos bésicos que permelam o sro.) pade-s8 permanecer dentra dos lim tes de alguns ‘cutos, porém amplos, conceitas, como © dos opostos ue originam 0 principe que gua todos oe movimentos do “20, ou sea, a esséncia primar da realidade. £ um proces: ‘2 continue e dinkmico. Os dois pélosfxam os lites para 2 Rcd Wii, Eh So Fal, 7, ado qn xe ves cst fsa ira "tat Pagr Tg 6, om nee in eroorarts cre se man ge fovea ns ‘agin rc, wc os seri ra etre sos Towra of roncr da. i ur est Se pando Ho ros ‘Tero ce irs catia nr os pre ene boo or (Spar hrc cages oo sss rye Sh area ges cbetia Sobre soon de sala cum ‘Ging No a,c car ures a eter on ce S.otGracinmoe.o sina tran sat bes corer (2) Naren oo sovers fea tu errno ina cae cx pverar serge paca pro Yate mbes or foun 1 One acre cr tem ae pro de park um on de 4 hogan sta os pcs yng, © Cabo Se saris em que do Ropar dence wes (ge ovata we ura pe depots oe ge Gi a Sirs gr Shean one 'srrenae ts o| gern psa mute a3 fe unbroce muse: Santas cane bes de ated. (0s ciclos de mudanga, quando 0 yang ainge seu climax, ele € substtuido pelo yin, e vice versa, martendo-se sempre um equillrio que deve ser harménico. Ngo existe © con ceeito de que um seja bom # 0 outro ruimi bom & 0 equ brio entre os dois, e ruim; € 0 desequilbrio entre amocs. © vyn corresponde a tudo que & contri, receptivo & conservader, enquanto que 0 yang estheszociado no expan- sivo, aressivo e exigente. Virias outrasassociagdes podem Ser feitas om relacio a esses concsitos, come associar 0 Yin Aliuigio eo Yangao raconal Essas duns esplces (Yn Ying de atvicade esto in ‘mamente relacionadas com ties de confieimenio, ou {pos de conscioncia. os uals foram recanhecidos, 30 longo dos tempos, como propriedades earatristias ca mente humana, Sio utualmante denomiracor de oto {de init « método racond,« thm sido tradicional. mente asiodades i relgio ov no miaticamo e ben Gia. Embora a ssociago co ne do yangcom esses dos "pos de conscénciat nao aga parte da terminlogia ch rnesh original. ela parece set uma entenao natural ds aniges magens (). ( racional € itive sf0 modos complementares de lundenaments da mente humana. O persmento raciora inca. cancentrado. anal. Prtence 30 domino do Inelete, cua rao eiscrmnar meds e dasa AS. kim, conhacmentoraional tense ae fagmartado. © anhecimanto init, por outro Indo, baels = numa txperdncn deta, nfo inlets, da eieace om decor- Fancis de sm estsdo amplaco de percepgzo consents (Capra, 1982: p33) Tanto © raconal, tio desenvolvide no ecidente, emo a Intuigfe tio, valorzada no oviente. si formas de atividades ‘complementaree que pavosm or cérebros ocidertaise orien ‘uls de antsase ce cietistas; © que mais infu na maior ou ‘menor utlizagio de uma forma ou outra sho os parscigmat audctados para um determinado tipo ce atvdale, deverwio-se fentender paradigma aqui como & entendi¢o por Thomas Kuhn ne seu cblebre leo 4 Extrturs das RevoligSes Chen ‘wre 2 Ciexeu 17 ficas: ov sea, de forma muito suscinta, & um conjunto de regras e normas coerentes entre si Um exemplo claro cisto € 0 que ocorteu ne inicio co século XX: uma nova ordem cientfica eatabeleceu-se com a teoria da relativicade e, com a teoria quintica, um novo, paradigma fo/ adotado para suportar a nova coeréncia das descobertas ecorridas, pois 08 fscos jd nfo meis puceram pensar nos moidesracionalistas da sia cissca ‘A investigagio de mundo at8mico e zubst8mico cole cou os cetstas em contato com urra nova realidade que abalou profundamente todos os conceitos e formas de ensamento de até entio. A mecida que se adentrava nos ‘experimentos atémicos, a natureza responcia com um p= radoxo, e quanto mais os cientistas se esforgavam por es- arecer a situagio, mais agudos os paradoxos se torna- vam. Tiveram que admitir que seus atigos conceitos sm. plesmente no mais respondiam is novat quest6e: que ‘eslavam investiganc: um novo paradigma estava surgindo para 2 explicagéo dos fenémenos da naturera atdmica © subatémica (Os préprios descobridores das teoras icaram confu: sos com cuas descobertas, pois estavam afascando-se doz padrées e das teovescientiicas usual. Os tradionais con Ceitos da fisicaclissica despencavam dos altares em cue "Newton os havia colocado. O préprio depoimente de Eins- tein ustra bem situacéo. “Todas as minhas tertatva pare adaptaro8fundamentoe tedsios dees «ese (nono tipo ds) conhecmento fassaram completamente. Era coma ge.0 chzo verse ‘sie retrado debaino de mevt pes ¢ nia houvesse em ‘ualquer outro lugar una fase sda cobre 2 qua pode ‘Se canst aig (Capra, 1982: p. 72), Aconcepgio mecaniita, muito embora sje vid até ot clas stuns para afisieacesca, denara de servi as explc ‘Ges ca fica moderna. O espirito da flosofia onental est va multe mass préximo de conceitos subatSmicos do que of 218A Pesguicn ox Aare Principios cartesanos, pos era cfc explicar como particu las subatémicas nio se assemelhavam com of s6ldos obje tsa fies clisiea newtoriana, e male, como explar que partculas ora aram particlas, ora deixavam de ser para se Tornarem ondas? Esse carSter dual ertrava em chogue com 0% prinepios da époea. ‘Ateoria quintca mastrou que o artigo paradigms forte- mente assentado no cartesianismo ndo. pod ser mais util- ‘ado: na fica atbmica, ndo pode manter-se a ntida divisio cartesana entre rratéra e mente, entre ¢ observado e 0 ob servador. Nonea podemos falar da natureza ger, 30 mesmo ‘tempo, falarmos sobre nés mesmos.* (05 primeiros anos do séeulo XX & um momento de grandes revolusées. Nio #6 a c&ncia provocs vupturae, ‘como também novas propostasflosbias, estas, ideots- ices © poltucas ado formuladas,e a arte passa a operar se- undo um nove paradigm: o madernismo, em detrimento dos Drincpios do dassiesiemo, (© Mederismo aparece como um movimento demarcs- Cério de épocas. Ea apoteose do novo, do revelucionivic, anezacio do veiho e do antiquado. Negar-se os antigos pa sroes esté8cos da arte. procuram-se novos rumos. novos temas e instaura-se uma nova esttica ~ ou uma antestética® ‘Lucrécia Forraa (1986), em seu liveo A Estratépi dos Signos, aborca bem a cuestio do papel da linguagem para © procecimento anistico moderistae aimportinca d recep fo em arte moderna, chegando mesmo a afirmar que a Zande revolugio modemista ert mais a recepgte ds obra do que ne sua produgzo. Ao longo de sua andlie sobre 0 procedimente modernist, analiza também a questao do sxperimentalsme como um dos fatores que sintatizam © procedimento di antesttica modernist: “Para mares Stes ver Capra, Op. ct gun date 0 aster ‘9 com protunice 5. aaa a anise @ labora por Luerécla Ferrara, arate dot Sor. S80 Fa, Eo. Perspect, (986, Awe £ CrNcu 19 “Orban esto ceria pls intent de pro irene no damirio ca ngungen ets ant se noroh Eremertos pono erates qu emerge ag Ave sponta res dexcoberta de hove ood Nese rmoment surge cont rgreseo-descobera: ‘perimenapo, eponcvl as atest meee goe Grace's a ne Mover. Gete mode, 2 ane io Sense. ira aad, 2 ora ure sep ae tet expermencachmmando ov ites discos erve 3 srweaciinda que, sum dc, feo da expermen iss moderns Ea aprosmage se de nencamenc, ce Bae mares igus,» pease tei ew edn de comuniago «3 Informal (am p10) Max Bense (1975), dentro do contexto modernists, afr- rra.que tara na Are como na Fis irompe o aepecto no ‘bjetvo, sto se processa um ceslocamerto gnoseal6gico, {que colocou, em lugar de coisas e suas propriedades, est tras efungées Do exemplo exposto sobre as rupturas na fica © na arte no info co século XX, constatou-se que a ques:zo da rmudanga de poradigmas nega que at reas de conhecimen= to, por si sb, mantenham-se crstalzadas em cima de pa drdes defin vos e imutaveis: a cuestio do racionale ain ‘ulgio em relagfo arte e bcéncis experimentarar, nesse «aso, mudangas de postura e entendimento. Ne realidade, ‘es535 cus faces do Canhecimenta “per senéa slo tio dite lanciadas, dado que os procedimertos mais usuale da arte fda cidnci se complementam, ajustam-se e para tocos 0 fins brotam do mesmo cérebre humane que se ocupa tan to de uma como de outa atvidade. A.atvidade do pensamento permeia todo e qualquer tipo de conhec mento humano, € & nesse sentido que pode se falar em ambos como pertencentes 20 conheci- ‘mento humano como um tode. Paul Valéry (1991). em seu estudo inttulado Jnirodugdo 20 Método de Leonardo Da Vine, faz longas veflexdes soore 2 forma do método ublizado por Leonardo, sem especicar sua utl zacto em 20_A Pesquisa ow Aare arte ou ciéncia. Compara tanto o método de pensamen= to relativo aos fetos cientficos de Da Vine! (como 2 con cepcéo do ar, a qual atribui sero germe da teoria das on- dulagbes luminosas), quanto ao método da concepgao da Monalisa ou da Santa Ceia, Bronowski (983) reletindo sobre arte ecitncia die: Hi um fo que percorrecontinuamante todas as uturas hhumanas que conhecemes e que é feta de dls cordoes. Esseflog oda ctnca eda arte (.) Este emparthamen- te inisolivel exrime, por cert, uma undade esten- ‘ca Mente humana evolulda Nio pode serum aciden- {eo fato de no haver cuturae que re dedquem a den- ‘Ga-enio fenham ate e cultures que se dediquem arte ‘endo tenham clénea.E nfo hi, eveamente, numa ‘utura desprovisa de ambat. Deve haveralguma cosa profundamante enterrada no esprit humane ~maspre= ‘sarente na imaginagio humana: que se exprime natu- ‘almente eo qualquer ula sol tanto na cla quan Ecomum se ter a ¢@ncis como um veiculo de cone Cimento, jaa arte € normalmente descrita de maneira dite rete, nio & tic habitual pensi-la como expressio ou trans- mmissio do conhecimento humano. Nio obstante, & neces: firio entender que a arte néo sé & conhacimento por sis. mar também pode constituir-se num importante veicul® para outros tipos de conhecimento humano, jf que extra mos cela uma compreensio da experiéncia humana e dos seus valores. “Tanto 3 arte como a cincia acabam sempre por assumir um certo carter ddatico na nosta compreensio de mundo, ‘embora ofagam de modo dverso: a arte nao contrad 2c nda, todavia nos faz entender certos aspectos que 2.cén- ‘ca nlo consegue fazer, Segundo Valéry: “Uma obra de arte deveria ensinar- ros sempre que nio haviamos visto © que vemos. A edu- «acto profunda consiste em desfazer a educagdo primitive” (op. et. p. 145). Essas palavas, em sua esséncia, sio equi Aare Csi 21 valentes a dizer que a educagio dos senticos e da percep: ‘Géo ampliam 0 nosso conhecimento de mundo, 0 que vem reforcar a idgia de que a arte € uma forma de conhe- cimento que nos capacita 2 um entendimento mais com- plexo e de certa forma mais profundo das coisas. O tipo de explicagéo dado pela ree tiverso do cientfico, 0 co- nnhecimento fornecido pela ciéncia € sempre de carder ‘explcativo; € uma exolicacko, e faz parte da natureza da cexplcasao sempre o cariterracional Na realdade, o que existe sho formas de pensamento que mais usualmente se relzcionam 20 tipo de atividade ut lizado em arte e outras mais eomumente relacionadse com 2s da cifrcia. Uma das diferengas entre esas formas & que a explcagsona cincia 6 sempre de earstergeral, procuran: do sempre Jeisque sirvam para generalizagSes que possum ser aplicadas a outrasrealdades, enquanto a explcagdoar- tistica€ extremamente particular, ndo passivel de grandes _generalzagbes, mas mesmo assim iransmiteinvariavelmente mensagens de natureza bastante ample. ‘Aarte e a ciéncia, como faces do conhecimento, aus tam-se e complementam-se perante © desejo de obter en- tendimento profundo. Ndo existe a suplantasdo de uma for rma em detrimento da ovtra, exstem formas complemen- tres do conhecimento, rgidas pelo funcionarvento das di- versas partes de um cérebro hurano e tnico. 2. Inruicio, beretecto F (Caiarivipape EM ARTE £ Crtxcia Sabe-se que o cérebro, morfologieamente, exté dividi- do em dois hemistérios 0 direito e 0 esquerdo, cabendo 1 cada um deles determinadas especilizagdes. Sabe-se tam= bbém que a funcao verbal (compreender ¢ expressar-se por Imermédio de Lmalinguagem) € uma especiaizacéo prepon- derantemente do hemistério esquerdo, enquanto afungio visual-espacial (reconhecer formas commplexas, dominar 3 nogéo espacial e geométrica) € especilizagio do heristé- 2A Prager wx Asc fio dreito, Entretanto, sso ndo quer dizer que as fungSes s2jam exclusivas de um ou outro hemisévio.* ‘A linguagem esta intimamente ligada A ativdade racional 8 expressio verbal é 0 principal meio de que dspamos para 4 expressio de des racionals Flar da parte racional do cé- ‘ebro humano através da expresso verbal & como se usar lua “meta explicagdo". Os principio, terms, explicagées conclusdes lacern parte de mesma mati, na qual tudo esté esquerratizado segundo as normas prépras: Dal ser muito ‘raise explicar tudo o que €racional, ou ej, tudo 0 que ‘corre na parte esquerds do cérebro. Resumindo-re: © hemisfério dominante €caracterizado Delor detahes imaginatvos. am todas as Gascrgées © FeagGes, 0 6 le @ anaicoe squeal Ele tbém pode tomar subtrare mukisiear 04 rslzar qualquer Dutrotip de opersgia computivel cara que esse o- Iminto& derivado ae sua Pabldage verbal e eae onal. © fe tun Igagfo com a conscéncla.€ por sua Ueistncia estes seteres que o hess secundirio merece ese Atul, porém em mutas caractersicas mportrtes ele fe sobrets, eapecimente no que se refer as hab lea des espacus, de setae modeler pctoal fortement= “detenvaidos. Por exemle: quando hero secun- diva programa a mio esquersa, ele & alamante supe orem tocar a expécies de casera geométicas ede perspectvs (Ele. op itp. 230). Mario Schenberg (1990, pp. 96:97) sco € ertco de arte, spoado em descoberas da biologa evoluconista, ota que: temos véioscdrebrore nfo um 38. Temos wm etrebro de rel, temos ocarebro de marifeo e tories 0 ce ‘ebro mais racial ..). Os nervos do cerebro de rept ver Ele 1979, p25. News pubes, Eze wala em de lunes vara exparitncs 2 reszeto ds atidades Gos dol hemi ‘os eerebras. © conch que ambos sS0 de mas alta mportnca pra ‘ser humane, sper de chamar o heirs exquerda de "onan tee edreto de secuncine™ Ams Cute 23 sho provavelmente mais aligos Mas parece, por ou- io lado, que a ela mals protuncas vem do cérebro fe réptl que € onde provavelmente, surgem os so. hos ¢ as intuiges (] Taver om art viva mais Com o cerebro de rep, que € onde, provaveiment, Surgem 0: sonhose as inuigées. A medida que se conhece melhor 0 funcionamerto so ‘érebro hurrano, vio sendo explcados certosfatos que até lento eram cobertos de mistério. A prépria aividade arts ‘a sempre esteve envolta por uma auréola nebulesa, devido pncipalmente 4 diiculdade de se traduzir para um cédigo verbal alguns processos de trabalho éa parte menos racional essa atviade. inegivel ue existe ur lado racicnal ro ta batho artista, mas, de outro, existe um componente 730 racional, e portanto df de ser verbalizado no processo de produgio ce ate. Vldry (1978), na Notion Générale de Lar aborde com clareza a questio da interposiclo do inelec.o = € seus elementos utiizados como a l6gica, 0 método e 25 classlicag®ee- sensibiidade enquanto experiénca sensorial, AA Proft Betty Edwards (1984), baseada princ palmente nas pesquisas do grande pesquisador Sperry, criou um mé- tode para o ensino de deserho inttulade Desenhandlo com 0 Lado Direito do Cerebro’, que aciona e conhecimerto in tuto para o aprendizado.” ‘Oracianalsmo do hemistério esquerdo & dominanta er ‘elagio&funcio intuit do hemistrio dreito, rao pela cual ‘racional sernpre interfere primeico em quacver atuidade ce rebral que se pratique. No caso do desenho, & necessirio ink 7. nie 0 vros erecdos que ea uiln em sou método, urn eles caste em repro uma figura fomando- verde, ov ‘fe cabea pata tao. O fncamero esse eer é eatament rar ‘com que o hers esquea rae carpreenc «igure portant ‘io a nerprete de fora raion), faltardo, com Es, 3 patager owsa medaidade pra a mosabaie do hemirie dete. fate ter rarest vse svar de uma forms premedtaas Wenig de una ‘ota verbal earl para um etc espacial « no verbs. 2A Pesgues ot Ane Clalmente se “afastar" 0 raconal para que o intuitvo poss li, ‘dado que a modalicades do heristrio esquerco $30 muito mais deserwolvidas para essa fungao.* Quando se requera aug do pensamento raciera das paras parame plaroa righ par, sma een Seon Sehada Cansste em contemol fguas geomrcs regl- Ises, eaniguagae:expacas que sera, preciaments, ‘ganiga do nemo eto, Aen quando Donan. {etiznre meri, iniral o ester © ariropdlogs wme- ‘eane Carle Cataeda, ee incea como uma nove ei (para conqustar uma ova consciina de, Wer 33! ‘lor Menecoes. 1987: 7). Na realidad, embor seja indscutvel a especaizagio das fungBes dos hemislérios cerebrais, possivelmente nerhurra atividade humana em que se utlize 0 cérebro tenka a partici- ago de somente um hemisfério. A parte crata . que nor- rmalmente ¢funcio de hemistrio dieito, tornar-se-a incog> rita no sentido de uma expliitacio verbal, se ndo passasse or uma cadiiasSo fora\-racional nrmalmente deserpe- hhads pelo hemisério ezquerdo. A msca € um exemplo t ico e exciarecedor desseprocesso, “Sea cratvdade musical, ois, €fungdo do hemiséio direito a linguagem tarto verbal como musical sto ¢, a capacidade ce articular name sequence lm cardcter pdr o outro tra ou nota, compete a0 hemi: {rio esquerco" (op. cit, p. 55). © propio aprendiado do deserho, no funda, ¢ um treina- mento ss patngem ao nemo exquerdo pars o tela. cu se rae desentr te Lncamestal mortin concer 8 angio ‘sinfermagbes puraments vi, eve 0 hemistrio square tom ‘caldade de process Nio 1 em regio 30 deserno a aorte- ‘eestor hlimers clot ator que raven coma exempo: Um State signi & a medaGioutiada as seas orienta. A Imectagte conse baamente em se Seiccopar © crebro com (oias acon. oust. alge parecdo com 0 "nda pena’ bist ‘nuts poemas orient em qe a sequtnca Ge pulses Eo tem Un ‘inileadolycorainal ta wranjocore etarerte pra poder aera pare iia do etrebro Aste eCitseu 25 ‘Com a atwidade centca, 0 processo& andlogo. O pro to Einstein, em preciosos depoimertos sobre asua manera Ge trabalar, dala que raramerte persava com palavras pls primeiro ele tinha uma forma de pensamento visual((one), 36 depos lara traduco de seus produtos em outros sig ros, como férmulas, equagées ou lnguagem verbal: ura mim ndo hk divide de que noso pensament unc ona, geralmente, sem usar signos (paavas).€ muito ‘omuim als, ge focione de uma maneia consent Nip € absoliomentenecessre que um conceto = ado a um sign teproduel ou reconhecive! pelos se Ses (uma pales) mas quando liso acentece, © pena. ‘mento torea-secomunicivel[Mengeace, op. ci 9.100) Aestereotipada coreepgio de que 0 cérebvo do cien- tista & somente racionale near ¢ bastante ditndida, mas para fazer cienca € necessirio utilizar as duas metades Go cérebro. Da mesma maneia, ro existe um cérebro padré0 do artista que funcione somente pelo seu lado intuitive, ‘Quanto a esse aspecto, deve-se lembrar que os grandes artistas, ou seja, aqueles que conseguiram mudancas Ge paradigmas e que moveram o curso da arte, nem s6 de n= ‘higlo wweram e traplharam, pelo contriro, usaram 0 c&- ‘ebro racinalmentee através da linguagem verbal emiiram seus manfestose enunciaram suas teoras, Em Suna, 0 fun cionamento dos dois nemisférios cerebrais € necessirio tanto para as ativdades avtsticas como para as centficas, donce dizer que existe um eérebro co artista e um cérebro do centista & enunciar somente meia verdsde. Por malt {que sejam exerctacas as igagdes neuronais de um cu ou: tro hemistério € sempre necessiria a utlizagzo das duas metades, quer se faa ate, quer sefaga ciénca. Nio existe urn cérebra padedo, determinado pele atv dade que se exerga, pode exist ura preponderincia de um fem relagio ao outro, Os hemi"érios cerebraiss40 utiizades de mesma forma que usaries mais uma parte do corse do {que outa: por exemplo, como um tenista usa mals os mis- 26 A Pesguisn om Aare Cals do brago do que um jogedor de futebol, contude nem por isso em competigées dena de utar todos of misculos do corpo: 6 mesmo se dé com reiagsa & utitzagio do cere bro, daco que cada atvidade intelectual aciona as partes ce- rebrais de maneira diferentes, desenvolvendo-se mais, por tanto, as mas exercitadas ‘A questéo da intucho e do intelecto est, de certafor- ‘ma, ligada A questio do conscientee de incansciente, Pode ‘mos relacionar, anda que de forma grossera, 0 racional com © consciente, © a intugdo com inconsciente, Normalmente, 2agmose pensamos de uma forma consciente, st 6 utiizan ddo dados eintermagses armazenadss na meméria conscien= te. Mas, paalelamente 2 ess, existe outra meméria, que & ado inconsciente, a quel no esté sempre imedatamente dis Pponive! pare 2 ullzagdo do consciente. A mente inconscen te€ um repositrio de informagées acumuladas no pastado, 30 qual n¥o temos acesio fice imediato, Quando se pen s que algo f0. esquecido, na realidade este algo passou para Co irconsciente,e muitas vezes repentinamerte élembrade, mesmo que tenha ocorrido em vwencia remota? 9. Car rg (1987) prope un modelo de pique come ume secutnca de cards. Armas pif sea a reerone senso, cu fej, sql destads »recoert nlormagser do mun dor Obete fewtarires. Abas vra peniament, onde enram auc rece ths belo sertidos onde & thes atu um nome. regu sai tm rela ae, um serimeto Ev al earch wna eta coe Sica do destino eae cs meezan, ben coma a manera pa thes decreas no preset Eaten oor ero uc ont [corecendo non cantor mi exconedor (0p. ch pb. SBM) A ‘sus quo lange jung chama de sinara scopiqza Sopunge 0 ‘als para o Ile, area Segundo Jang, ent uma outa cama de nominada de exer endpsquica. que € one se encanta a emi {qr pode serconrlads pla vortade. Carihando-te ma pars Protunddade, vale enconvar 9 neonecene pert em am Vel incoricente cet, Segndo ng oncnscient esol ue pete da pique que cntém eementenGue trem poderim Horr 3 onscinge ue Se encore de ert errs, cums eamads rie mene supeioal tua log abo do ire consid ra Cuca 27 Alinguagem verbal come forma racionalizada de pensa- ‘mento encontra dfculdades em explicar © processo intuit ve do inconsciente, imelogcamente(ando, antigo ¢ um cenhecimerto stro, uma espe de vido medata cos ab eos «ce Sus relagbes.com autos abjetos. sem uso de racic ds ‘arse nese seid ques di ques isin ra per ‘epst0, sto ov contempaydo (Bazan, | 986:p. 4) Bergson (1975) se ocupou com a questio da intu¢io, partculsrmente em °O Pensamento © o Movente”, onde faz importantes reflexes sobre esse problema de complex ertendiments: ‘Aravds dla (a ing), problemas que ugar isons ‘oe rcaver ou ante, se dole, sea para dexapae ‘ecrcefinivarent, sj pr eclosarer deca na ava. Fase beneark do qe ver feto por exes pro- Bers. Cadsum dees, elec, he comuries um pou codesua mteecuatdace Aes ntslcuasacs, es pacers Ser sponta novamente pra ot problems qe 3 srr. ‘Sepou de se terem servido dels: dasipar, snd ma, ‘bscuidade que os evo, tomarte- por ela propia Imai cara € precio, pos, sting ere at tae gue {guardam para sha ua lu, facerdora penetar medio. ‘mente as prtes mais profndas.eaculscxjalsrinos- Gade esteror aumranco teas una rego de penser te, Exas poder comer gor sor interormente obscura masa uz que projet 20 redorvola-hes por reflex Penevaas cada ver ra pralsndamente ele por en: to. duple poder de acararem torn dels « acaarse 2 simmeseat (op. ep. 123), A intuigio ocorre sempre que fltarem msiae empiticos €racionats para processar © contato com o mundo. Eur sa- to, um pulo cue racionalmente ro se sabe coma se det, ou ro dizer de ung Sempre qu ever de ida om condgbet para quais ighaverd valores peesabeeccor ou corcets jae 26 A Pasgoisa wx Aste dos esa fungio-ainuicdo-serdo tines gua (..) Oeve fuero dice” € que nig €um tipo de peezpyio cue "ao passa extamente pals sertids:regits-te 20 nee {oineonesiont,« &cnie abandono foes tenes de ‘explagao czendo. es: No sl como se procesta Jung op cts il Emarte,aimugio € de imoornca fundamertal ea raz em gu de intensidade maior a impossiblidede da racionalzacio precisa. Aarte nfo tem parimetrosigcos de precsio matern- ice, nfo € mensurivel, sendo grandemente produzid ¢asimi- ladh por mpusesintuvos: arte &senta ereceptada, mas de lal adugdo para formas integer ve bala. Essascolocagdes, enetanto, nfo petendem negar que arte tenha também 2sua parte racial. Os crticos, alguns arisias etedricos da arte conseguem reconalzare verbaizar uma parte do taco, masa outa s6 pode sr podria, tans rita e recent par outa inguagem que nfo a vere Por ‘ura lado, nose pode vincuarainuigo exciusvamente & ate e aos artistas, porque ocientista, por mais radional que ‘ej sua atvidade também inti, prropalmente querdo lhe fatarem dador egicor e objetvos IM. J. Coracin (1987), em um estudo sobre o siscurso ico, fan uma série de entrevistas com varios centisas, 05 resultados revela que a grande maria admite 0 uso da inuigo para reabzarpesquiss centfias, A intuigto nada mit & do que uma forma de sabedo- ria; em arte, assume muitas vezes feiges de uma aurdola de mister, pela iculdade de verbal zagioe de expicegSes logics sobre a forme de obtensio de resultados. Os cien- tisas também nem, também utlizam 2 vio inuitia 20 ‘montarem seus projetos desenvolverem suas pesquiras E verdade que cepois procuram comprovar suas intvigho através de mecanismos formas propries do procecimento Cents, Hi muitos mtos sabre form do trabaho cerebral dec entitas earistar, O santo com. costuma abit groweia rmante 20 artista afaculdace de mui 20 ietista a de racio Ast 1 Citrea 20 raza, devo 20 flo dea imagers do trabalho centifca estar associada a ides de extn, precio, verdade e deducio. [Na erdade,acrasvidade est igads 3 intigto. mas nfo & ropriamerte um produto do nconscients Uma importante orrent cos psicanalstas neireucias wnelam a cratidade 4s procugSes do pré-consciente. A pré-corscénca dilere do nconscierte porcue pode se requistads quando existe um re ‘ramento ca parte racioal posse se penetra nessa regio, praticance-se una forma de pensamenta intuitive para bu Car solugies deseacss. A ertvdede & um processo de busca de slusbes imerores, mas nfo claro nem ao préproindiv duo que © exerci; as so.ugbes comeyam a se fornar conse fentes& medida em que vao ganvando Uma forme, quer no de- senho e cores expretios no evalte de um pinto quer nas f= solugoes efSrmulas de um censa, "Na estrada crlatsicade, as primeira ida, anda num es- tad pré-conscenta, ro surgem de forna dara @ cristina, a5 precsam tomar alguma forma apreensve pelo eparatoracional ar sarem trabaladss, ou sj, 6 necessrio submeter asia {agua forma de inguagem, jam paves, rms eu sim- boo, [xo acontece porque © mecaniima crstwo ocorre de ‘uma forma preponderancementeintuta, enguante 0 raciona necesita de clementoz enumerive s, compariveis, ordendves (© que ocorre freqUentemente deniro de um process de tapslho erative & #existéncin de zeqléncias de momen: {0s craivos (Intuitvos),seguidos de ordenagbesracionas ‘Ao longe de ui processo de abalho crave exte uma indica interns de troeas muito rdpdasenire ouitve © 0 racional: procura-se algo, e, aavés de um insight (ntutvo) vvem a solugdo, passa-se ater elementos s0b forma passe 4e ter centroid peo intelecto, 0: qual s40 ordenados. Na seqilénca. surge outro problema. novemerte Um insight, © a fim por dante. Dezea moneira 28 forma aura il Acr- 2380, readace é um ordenamento, é selciorar,reacionar tc itegrar elementos que 2 principio paredam impossves. No inieo, parece que algo pairana ar deforma vags, sls, em se ter um domi efetvo do evento, de rezente algo afera, ese DA Pesquisa wv Aere toma-se mais caro. e quanto mais o centita ou o artista tra- babar a questo, mais lara eaborada se torrars. ‘io Se deve denar ce reconhecer também que tanto no trabalho arisoco como no centlico exste Um cardter pessoal © subjetvo ra forma de se abalare de se encontrar soucées rata. 0 faxo ordenavo segue 05 commandos dads pelo Cérebro do individu qu est procederdo a0 aranjamerto, de tmaforma individual, espelna, so facto, seu interior. ‘criagio artista espelha a wsto pessoal do artista, da mesma forma que a criagio cence rele a vio pessoal db dentstaAdferenga entre uma obreeoutra nose dard ro ato cratvo, mas no proceso de trabalho fundamentado ‘hum determinado paradyma, 0 conhecimento acuulado de quem reaiaa sobre Mutas vezes se exquece cue 0 ato ertivo excede em muito © universe da ae, pois o ciemtsta necesita tato da criatvidade quarto aria. Aida de que aeritividade £6 sth igada 5 atvidades tas como intelecuns &, também, totalmente errdinea. Aividades teas como simples, come 4 traicria do ois. podem ser também atvidedescritvas. “Tanto em arte como em ciéncia ou em cvalquer atv dade, 0 to da cago 0 surgimenta de age original uma frdenagie que assume um cariter que remete 30 novo Podem ocorterdivergéncias quanto & enunciagfo do que venka ser cratvidade, mas a5 diferengas s30 sooretudo Semantics, De uma determinada perspeciva, pode-se até negara eistEncia da cragdo: sob essa 6ptica nada € cra do, tudo que esta no universo e que o ue se chama de eriagdo nada mais & cue um ordenamento do ja existen= te, Uma outra postura assume que qualquer rearranjamen- to de fatores enistentes 6. por 5 $6, ume forma de era slo. pois um ordenamento, desde que sea orginal. pas 52a consiuic algo inédto no qual howe eriagio, jt que fem este 0 inédtondo existira (De uma forma ou de out, a critviade est inca mente Igada 1 sensagio de descoberta. € algo novo, & um Caminho encontrado pars te soluciona alguma coi, @ £6 Aura £Citsea 31 depois de encontrado percebe-se qual fi esse caminho. 4 descbrir igo que extavaexconcido,& pressetir de for ‘ma insbita& coeréncia de elementos srrajados dentro de oma forma nova. Enquanto descoberta, enquanto solugio, ‘io se pode fazer nenhuma dstinglo fundamental ene cr. Selo arise cientfica Ou, como na dizer ce A Meles Ccespito humane & um x8 « 04 procests de crate se apa indiiamente, statu nascerl aos mater do enssmenteraconal ou ca forma esevcn. Ae aerenca” (fes que o espn opera yersam sobre os conteddos, Sere as regras de aceagdo do prodito acabado e no {bre 0: metodos de remido, combinacho, ov varigho des mdtodos de persamenta (Moles, 1981: p-), 3. O PARADIGMA EM ARTE E CIENCIA Thomas Kuhn, em seu livre A Estratura das Revolugées Geentiicas, lange mute ideias de suma importineia sabre 2 forma como #e df 0 desenvolvimento das ciéncias. Analea priecipalmente 0 mecanismo da mudanga dos grandes para figmas nas céncias, ou sea, a substituigao de um conjunto de norms, reras« principize por outros, que vim 3 ser bace de todas as revolucoes cientlcas. Ele identifica e define oF periodos de cigncia normale os de revolurdo centica, sen {do que tanto num como no outro, © pesquisador deve ser criativo para poder desenwolver suas avicades, embora nos periodos de cidncia normal exists 2 tendéncia ® um can: servadorisma. © que acontece de diferente, em ambos os casos, & uma questo de magnitude, de o-dem de grandeza eno de diferenciagSo com relagio & cratvidade nos proces: 505 de produgo cientfica. Nas revolugées cientifias,é ne Cessirio um impulso crativo muito maior para que se posse produzir rompimento de um paracigma, enquanto n0s pe riodos de cidnaa normaftambém se necessia de cratividade, mas possivelmente em proporgdc e magnitude mulzo meno: res, osufciene para encontrar as solugbes dentro do traba- Iho cotidiane, cbedecendo as regras de um paradigma dado, 2 A Posgurss mu Aere sem grandes mudancas, ser rompimentos, apenas o suf lente para solucionar os qusbra-caberas(conforme a termi rnologia de Kuh), ‘A propésita, Kuhn argumenta que a citnca no teve um Uesernolvenente harménio einer como sede parecer pt sta. com uma construgio calcada na acumlagso pro- sressiva de conhecimertos, na qua se tera primeiramente onstrldo uma base e, nums seciéncalogca © harmonic, teria colocado tio sebre tjolo afm de engira grande ecif- tio da iénea tual. © deservalvimentoeieniico deu-se aos s2t05, deforma frgmentada, calcado no ra armlid30 hemo ered e conclégca do decorrer dos evertos, mas nos con nos de teors econceitos que formaram os paradgmes ‘Acifcia vive em torno de urra sucesso de paradigms, fu se, em torno de conjuntos de teoras coerentes entre s f= que no te contradizem. Os centistas que tratalhars em ‘pocas em que existe uma establizaczo,credibéidade e no contestagio desse conjunto de normas, fazem 0 que Kuhn chamou de oncia normal ou, resumidamerte, les torram se soluconadares de quebra-cabesas e nunca aleuém que {esta os paracigmas. Principalmente nessas fases, eles sic Inatacdve's, 0s a arépra comuniade cerca de forma or: garizada abaha a todo custo para preservéles. Nas épocat {be cidncia normal pouces novidades aflora, 0 wrabalho dos ciemtstas fica reduzide a testes de especfiidades dentro do mesmo ceniria, Exste o medo de contradizer as feorias de ‘plantéo, Uma pesquisa que aponte um camirho que posse ‘ontvadier um paracigma ter, num préneiro momento, gran- des reagSes d2 Comunidade centfica, acostumads 2 tabslhar 3 raciocinar dentro de seus moldes. A primeira reagio 40 pescuisador que pertence a essa mesma comunidede #2 de Io se confrontar com seus prapros colegas, @rever o§ r= sultados e a nterpretagio das resuitados de sua pesquisa (Ox paradigms cientficos sio resguardados pela cormuni- ade cientfien, porsidora de escudos crincos por ela prépria para suportar, encuanto for posshel, as presses de novas ‘Gis que poderiooriginar os novos paracigmas. Esse procesto Arts Citueu 83 no &consciente: ou 1a, ocentista que abalha dentro de um paradigm no conseque ver ou ag de maneira diferente, endo Segundo as suas dads por esse parzcgra. Mas of paradigras nfo se mantim exarramente, Ao lon- 0do temo, eles se esgotam pelo crescimento das anoma- Tas ¢, antes de serem substiuidos. existe normalmente um periodo de crise, com divides, descorfiancas e contestages 20 conjunto de prinepios anda vigentes, que sio as pré-con- ‘igbes necessiras para a emergéncia de novas teorias ou, to dizer de Kuhn: “Rejetar um paredigma sem simultanea- mente substitule por out é rejitar a prépria circa (op. et. p. 110) "edas as erses que antecpam a mudanca de paradigras io mareadas pelo consequent relavarrento das regras que orien~ ‘tam a pesquisa norm. O paradgma comeca 2 ser contestado, Na época de crite, if nb se emparam totrmente as noves des cobertas, contraprovas comecam a Surg, e 205 poucos um paredgma vai endo eubstitido total ou parcalmente por outro, ‘Ro surgi um novo paradigme ~ quando normalmence instala-se um peviodo de intonss atvidade,aflorando novas descoberas de relevanca~, a ciatividade fazse necessiia ‘deforma intensa, pois novas teorias vio se forrrando. Todo ‘deve ser repensado e reerquadrado em novos moldes. ‘Acomunidade comeca, acs 90uC0s, a aderr & nova for- ima de pensar, com « conversio de novos adeptos. Aqueles ‘que persistiem em nao acettar as novas lis correm © sco de iar marginalzados. ‘Ateonaelaborada por Kun (op. ct.) toma como base as revolugbas e mudangas ocoridas na Gna mas. guardadas as ‘especfcidades, ocorrem mecanismos semelhantes em are. ‘A dindmica dae ruptures no campo artstico & muito pré- ima do que Kuhn chamou de Revolurdes Cientfcas para os ‘caminhos da ciéncs: 0s dics paradigmsticos guardam, tanto ‘em arte como em cigneia, mutas semelhancas na sua siste= _matica de surgimento e rupture. ‘arte, em todas as épocas, também se desenvolveu ba- seada em paradigmas, De maneira mais ou menos formal, 384A Poecues 01 Are sempre um corjunto de idéas orientou a feitura das ates, desde as pinturas em cavernat, quando os temas assumi am 0 esejo da dominagio da caga e dos arimai, até as releituras pés-modernistas dos das atuzis (Os mecanismos de sucessio de paracigmas ns arte se dio de forma muito préxima aos da ciéncia, inclusive com a inflatncias socias externas & comunidade. A moderna Sscciologa do conhecimento ndo aceta que 2 ciéncia seja, feita exclusivamente pela comunidade centifica, eo pré- prio pento chave da teoria de Kuhn -a ruptura- dé espago para inluéncias sociais externas & ciéncia. Mecanismo se melhante ocorre com relagdo 3 arte, pois além dos artis ‘25 que geram o produto da arte, existem vérioe segmen tos socials cua infuénca interfere no processo, como © publico receptor, a critica, teéricos de toda espécie,slér fos marehance e mecanas. A ciscussio, 2 aceitagdo, a elaboragdo dos princip.os fem arte nio si0 tZ0 formais e orgenizadas como nas co- munidades cientificas. Mas esse processo mais ample & aberto nie evita que a arte nfo caminhe conduzidae ori lentada por parad grras. Os paradigmas na. arte sho 08 Bui- 25 que delimitam 2 forma de atuagio © produgso dos ar tistas, e possuem também regras ce conduta, de certa for ima tgidas, que nfo podem ser transgrecidas ‘Aoobra de arte tem sentido dentro de sua época © esti ‘ondicionada 20s paradgmas vigentes nesse momento histo ‘ico, No teria nenhum sentido os abstratos de Kandinsky re Renascenga, da mesma forma que seria imposshe. con- ceeberapintura de Monalza na época do pleno vigor moder- risa. Nos paradigmas estabelecidos, a exemplo do que ‘ocorre na cifncia, existem também em arte 0 periadoe {que poderiamos denominar de arte normal, possuindo ca ractristicas analogas aos periods que Kuhn (1983) cha: mou de cifncia normal, ou seja, uma produgio artist sem a preocuparae de promaver grandes rupturas, a arte {ita sem grandes buseas, sem a proposigdo de resolusic sre eCitxeu 35 de grandes problemas. Em tas periodos, a crictvidade ava apenas para resolver problemas de menor importancia, ou seia, resolver o que Kuhn chamou de quebra-cabecas. dentro dor paradigmas dados. © nesses periodos cue os artistas trabalham apenes pequenas mudancas e variantes, mexendo na aparéncia sem alterar a esséacia, ou mesmo copiande 0 8 feito de maneira dversa ‘Kmedida que se esgotam as perspectivas dentro de um campo de possibiidades cu em um conjurto de ner mas de uma escola ou movimento, quando a repetigfo ‘ada vez torna-se mais comum, vai se configurando un certo exgotamento com relagio as exploragées dentro esse movimento, chegande a uma fase de erse tl qual se di com 03 paradigmas cientficos. Mas mesmo que e5- ez indieadoree de crive revelem a frag litasio do movi- mento, esses momentos na historia da arte ndo se deram de forma linear e imediatamente identificdvel, Mé mesmo fem ciéncia, mutas vezes a revolucio cientfica pode pas- far quate desperceb dt ou mesmo ser identificada de uma forma muito tara Em arte, devido a sua prépria ratureza, muitas ezes de menor intensidade raconalsta, 2 idertiicagio cesses dife- renter momentos fea muita vezesdfcuitada. Mesmo assim, fo quese detecta€ que os virios movimentos artistcos, de ‘uma forma geral, iveram um inicio sempre vigoros0, em ‘que oartsta que a ele aderatinha tudo a fazer. movice por Uma visio novaque podia recrartudo de maneira original lazo se sucedeu om quase todos 0s mevimentos acorridos dentro do modernismo, com dscuss6es inelectualizadas € ‘alorasas cue muitas vezes se materialzaram em manies: tos esritos e amplamente divulgados. ‘As grandes mudancas em arte tale tenham sido, mui tas vezes, até mais vaumaticas e dificeis do que as revo. lugdet nas céncias exatas, porque por sua maior zubjet- vieade ficam ra dependéncia ce precisposigdo © de deci- so individvl para & acctaglo, enquanto que na ciéncia os fans slo mastrados par férmulas, nimeros € raciocinios 26. APesquen on Are lbgleos. Nas citncas exatas & mis fil se colocar ques- ‘8es logicas pertinentes a uma ou varias tecrias compet vols, e se explicarracionaimente © novo conjunto que compe o paradigms. Em arte, of rover parimetros no podem ser colocadas como tases matemiticas, bseador fem dads raconalizéves, para conveneer of incviduoe = aceitarem of novos padres. Alm do male, 2 comunica Ge cientfiea se rane mais organiacamente para ciscutir novas questoes e a acetacio dos novos paracigmas, en- quanto 2 comunidade atstica nao possi foros ta formals organizados de discussao, Acresca-se a isso 0 fato de exist am dos artistas, crticos e te6ricos, um pablico também participante desta transformagdo ma forma de re- ceptor e interlocutor de produte attitice. ‘A ruptura realizada pelos impressionists, por exem- plo, foi de cera forma traumética, visto que @ movimen- 1 lavou muitos anos para ser aceito pelo grance pablico, ‘mesmo pela maioria dos cricase atsas. A maiora dos artists pioneiros do movimento pagou alto prego pela adesio 8 nova estética, enquanto os que prosseguiram nos ‘amininos di arte académca continusram conforavelmen. te vier de seus trapalhos sem traumas e sangBes, Armedida que 0 Impressionisma foi ganhando 0 reco- rihecimento do seu valor. com © passar dos anos e mes- mmo décadas, a situagdo foi aos poucos se invertenco: 0 movimento tornou-se vioriase e aceito, a ponte de os artistas que 2 opuseram a ele na Epoca, serem até hoje penalizados e discriminados pelos euradores e muredlo £05 que eicendem seus quadros nos pordes de museus A tangio pela nfo adesSo 208 noves paradigias vito- rioses nic ocorre somente, em arte: em cénca existe: mecanismas semelhantes, o cientistas que no aderire™r {as novas idasficarm & margem das suas comunidades. Ennacessiriofisar-se cue um paracigms, por ter sco substituido, nfo perde a sua validade cities, ele spenae Aeisa de ser wilzado, cai em desuso. Em arte também ai se encontram semathancs, abvamente a obra nfo ceira Artes Ctnca 37 de ter valor por ter sido executade sob perspectives pas: sacas, Adiferenca, que pode até chocer pela obviedade, & que em cigncia © pesquitador descarta mais ranidamente 3 su historia, oF paradigmas clo substitidor © erqueci= dos mais rapidamente. © referencial histrico tem, nesse fentido um valor menor, enquarto em arte esse valor his- orice € de suma impertincia, sendo fundamental para a ormagio de qualquer artista, Para se fazer arte ce forma consciente & necessirio, 0 pelo menos desejivel, que se tenha preserze 0 trans- curso a reslzado pr outros artistas e outras escolas em epocas diversas. CConferme jd vimos anteriormente, a0 longo da historia pode-se notar a exsténcie de grandes © pequenos para Giymas. Ha alguns que chegam a dar umes e orienter ou tras menores, como ¢ 0 caso do modernismo, que ser- viu como uma ezpécie de grande gusrda-chive que aati Zou indmeros movimentos atistcos distintas (cubismo, Sbstraconizmo, dada‘smo, surrealism, ete), mas sempre ncorados em algune prncipios comunt, coerentes e com ropes ges defnidas. ‘Omoderrismo, enguanto grande parzcigma, também teve 0 seu inicio, sou desenvolwimento @ 2 sua crise. Na realidade, © que nos das atuais chamamos de ps-mocer: rismo nada mals ¢ 60 que o esgotamento e/ou transicio o paracigma mocernisia para um outro. Para nds € mul te difel, exatamente por estarmos vivencianco e partci- pando do procesto, teniarientificar 0 que realmente su Eede quanto 4 questéo do esgotamento e transigho do modernismo. Quando se esgotou? Foi, come afirmam a: guns autores, em torno dos anos vinte? O movimento pop dos anos sessenta jf era pés-modernismo! E 0 pés-mo dernismo crise e exgotamente de medernismo, ou um rove paradigms? ‘Sem pretender mapear e organizar clssifieagdes de grandes # pequenos paradigmas, e muito menos identi- ‘ar movimentor atisticore cientiicos para delesfzer es. 45 APesquis ot Ane tudo de caso, 9 importante & dar uma idéia dos mecanis- mas gerais de funcionamente que ocorrem nas revolugses ‘crupturas em cigncia e em arte ‘Ateora dot revolures cientifiat de Kunn entre mu tas coisas, explica que a acumulagéo em ciéncia, de certa forma, foge aquele conceito tradicional de uma descoberia abrir carinhos para outra, A acurrulagio de corheemen- to.come uma somatéra de todos os deras de form linear fe subseqUente. Ha mais sentido em se falar em acum Go dentro de um mesmo paradigma. Quando ocorre a udanca de paradigma é abalada ¢cacela que orientava e ‘conduria 8 acumulegt, 'Nio 20 pode fazer um raciocni liner e abrengente que sina como regra bisica para todas az Sreas do conhe- Cimento. Temos que considerar que 2s vias cifncas pos- fem sa pa-tcuardades, além das suas diferentes exco- las, cade qual com premissas prSprias. A acumulagzo de co- rihecimento, ou 0 arogresso es idéias, dd-se dentro dos paradigmas das respectivas correntes de pensamentos Por exemplo, € passive falar no progresso e na acu- rmulagie de conhecimertos dentro do faradigma da econo ‘mia neacdssica ~ que € corrente do pensamento econdm co apoiaco basicamente nos prncipis da racionaldade do ‘consummdor © na perfeicdo do livre mercado ~, pois ase ‘céncia de pesquinas produsidas por esta corrente cont teu para a acumulagdo de conhec mento, A cada trabalho bbem-sucedido publeado e divulgedo, opera-se um acrése- mo nessa massa de saber econdmico, Mas, possvelmer te, error progressos em nada cortribuiko sara a corrente ‘ces economistas marsista, exatamente porque 3 escoles a8 suas premissas sho muto diferentes, embora tenham fem comum 9 mesma eampa de estudo Portanto, em qualquer anise que se faga a respeito do progresca deve-se levar em consideragio nio 36 a {rea de conhecimenta, como também os paradigmas a que estdo submetidas 25 escolas e correntes de pensamento ee go cine 2. arte normalmente¢ tia como ume érez que nd denende da acumuagio de conhecimento e do progres- ‘$0 dat céizs,contudo, dentro do angulo da traigao ius- ‘onista, pode-se pensar em acumulagso e mesmo em pro- {resso. Nese longo trajeto ne quala arte teve como ob- Jetvo bésico aproximar a represetagio da realdade visu- al, apintura,o desenho e a excultra foram diseplinas de ‘conhecimente acumulativo. Favia uma questio técnica em ‘evolugio: um artista se naseava em descobertas de outros ‘para progredic na busca de uma perfeigio representative. 'O conhecico extude de Grombrich (1986), Arte e /b- ho, aplicande 2: teorias de Karl Popper sobre a evolucio do conhecimento,alude 2 tradigio do iusionitma sab 0 Angulo de hipsteres testadas na realidad visual, iplican- ‘dovensaio e erro, scum lagho © progresso. ‘A técnica da perspectva, 0 uso da sombra para melhor identifcacao de volumes, 0 claro-escuro come forma de tratamento da luz foram alguns dos fatores considerades ‘como descobertas que somaram para melhorar a repre- ‘sentagéo de objeto, pessouse paisagens. ‘G objetivo da are & ccerente com 0 conjunio das idéi- «as que o puam, e para se ating tis objetivos normalren- te pode se tor uma acumulagao néo 0 em termes técni- ‘cot como também em termos intelectual. io se pode dizer que 2 propria trajetdria modernis ta nfo conheceu progressos em relagio ao objetivo que visava aleangar, At dazcoberias de Cézane foram furds- Imertais para 0 cubismo, ee cubism por su ve2 teve pa- pel fandamental para a trajeroria de outros movimentos ue se sucederam dentro do paradigma modernista, 0 ‘que pace ser considerado como um fator acumulativo, Uma vez que of resultados de um movimente tiveram in- {uEnca e orentaram os rumo de outros que se seguiram. ‘Aforma como se desenvoive o processo acurnulativo ‘Emuito semelhante tanto em arte quanto em c énci 36 na questso do desenvelvimento das teenicas e instru- mentais, mas principalmente no suporte intelectual € 40. A Posguasa AEE concetual que dio es rumos e sequéncias que percorrem ‘© conjunto Ge ins formadaras cos paradigmas. ‘Ainovagdo tecnolégica, que afeta tanto a arte como a cinca, normalmente nto &. suicente para a mudanga de paradigms, mas pode tanto apontar novos rumors @ provo- ‘ar mudancas signifeativas como ajudar a resaver peque- nos problemas. Nunca se pode prever qual oaleance e abrangéncia de ‘uma inovacdo tecnaldgiea. Normalmente existe us idéia de determinade desenvawirento, vsanda primordialmen- tecerto objetivo, au para resolver um determrado te de problema: mas & partir do invento ou da inovagso € im possivel se imaginas até onde se estenderd seu uo. Qualquerinevacéo, independente dz maneira come fo agerada, na maioria das veres tem vtilizagio ‘oito mais brangerte Go que se preva orginalmente. © desenvelvi« mento de novas tecnalogias necessita normalmente de grandes investimentos, e sempre s3o destinados 3 dreas tieas como priori, éreas dinmicas onde existe gran- des interesses econémicos, polities ou estrategicos. Mas uma vez gerada certatecnovogle ela comega a ser utiliza ‘ade imeclato por outraséreas, ou &solrer pequenas mo- ileagbes vsando adaptagées para as outras eiéneias. Seu so val se desdoarando e se ampliando caca vex mais, © ruitas vezes nova aplicagdes vie tendo descobertas, podendo, em certos casos, até suplantar em importancia 6s objetivos originals, Em arte, esse desenvolvimento se- cundirio praticamente no existe, ada ou muito pouco & Investido em pesquisas objetivando 0 desenvelvimento de tecnologias especificas para serem utilzacas em arte A prande maloria das inovagoes ¢ descobertas teeno- légcasincorporadas pelo fazer atitico ndo foram cries para esse fm. A propria fetografia, que revolucionoua arte no seule passado, foi crada com 0 objetivo Ge registrar Imagens e dar vezio ao artigo dese;o humane de perpet.- ar aparencias e momentos. $6 posteriormente fei utlzaea fenire outras tants fungées, como uma linguagem artisica. ___Aume scien 41 (Os préprios meios de reprocugio que tanto influenciaram (0s rumos da ate, prensas,instamentos etintas, tut zads at hoje para as gravura, ado foram criacas espec fieamente para esses fins artisticos, mas vitando 9 desen. volvimento da indistia griica. O mesmo se dé na érea de video. pois as cimeras que hoje invadem o mercado, 05- viamente no foram criadas nem s30 produzidas para a video-arte, Com relagio 8 informtica, que hoje permeia pratcamente todas 2 atvidedes humanas, foram @ extio, Sendo crades softwares nara os eras diferentes meios de utlizagao. Os que se adaptam a0 fer artstienforem peo: ddzidos visando arender a importante e lucratva indstris da publicdade des dias atutis, endo a criagio da obra de arte no seu sentice pleno. ’stecnovogias de ponta cisponives para fins atsticos ra grande mairia dos casos. nao sofrem nechum tipo de adaptacdo, As tecnologias que podem ser dteis e apiadas as Iinguagers aristias o 30 de forma quase idBnca As que foram criadas or ginalmente para utiizagées com outros Objetvos, so é aplicadas dretamente ser nenhuma inter ferérca de adaptagie, ov com modiicagoes minimas e su perficias, fetes normalmente pelos préprios artistas em evs estos, e nfo por teenbiogos em seus laboratSrios. as, de uma forma ou de outra, 2 inovacdo tecno- Fegica hd muito € um poceroso instrumento para a arte € 42 cifncia. Tals inovag6es funcionam como umm quarto cé- ebro (Plaza, 1388: p.6), OU sej, como “equipamentos € tecnologia avangadas que estio fora do abrigo crariano”™ ce que vem de certa forma interagit com o sistema nervo- so humane a fim de sanar as lmitagées naturals. amplian- do muito asva capaciade. ‘A propria nisibria da c2ncia se mista a inumerdveis lexemplor de avangos e proprestos vindo através de ino= vagoes tecnolégias, Em arte, hstoricamente a questao ca tecnologia ¢ iambém de grande inportancla. Desde ain. vengdo da fotcgraia, vem ocorrendo um constante aven- 9 tecnol6gico. para producéo de imagens. com a velo 42 A Pesguga pe Aare ‘dade das transformagées e possibldades compativel com a velocidade de tudo que ozorreu desde 0 fim do século, passado até os das atuai Contudo, por mas significative que tens sido o ad- verto das inovacées tecnolégieas, nfo foi sufciente para 4 mudanga dos paradigms. As tecnologias foram e cont ‘ouam sendo ferramentas com que o artista paisa 2 con: tar para a expressio e a comunicagio de suas ins, Ela, per si, nfo cram idéias rovas e revoluciondrias, mas ser ver para criar novas perspectivas dantro do mesmo pare sigma, do mesmo conjurto de idéias jf extabelecido, Por exemplo, a holografiae 2 computasio gréfica sio poderososinstrumentos para o tratamento da poesia cor eta, rao querendo ss0 dzer cue seam cridos novos pars digmas paraa orientagsc de ura nova forma podtice. Em c= nea, ocorre 0 mesmo, a propria invengéo dotelescépio no aruiou ov medifcou as descobertas de Galley, apenas se constitu numa preciosa ferramenta para que eeus olhost- vvessem 2 visio ampliada para poder comprovar mais faci rmante suas tories. A tecnologia poce recria e refazer 0 gue nfo fo feito, seu uso € valioso em qualquer paradigm, porém sendo fer- ramenta e nfo ida, nunca por s'sé mucard o paradigma em (que estéatuanco, Cinegivel, contudo, que novas tecnologias abrem eam- po de grande magnitude para a pesquisa em arte, fvorecen de ros apicagdes ao repertério. Mesmo sendo dbvio, vale a afrmagio de gue hoje pode: gerar em videos « compu tadores imagens impossiveis de serem produzidas em epo- ‘as passadas, devdo a fata de condigoestecnol6gicas. CAPITULO + DONS METODOLOGIA DE PESQUISA EM ARTES VISUAIS L.Pesquisa & METODOLOGIA ‘esquina & 2 busca sstemitica de solugBes, com 0 fim de descobrir ou extabelecerfatos ou principio ret vos a cuniquer rea do conhecimento humano, Por ser atvidade sstemitca,requer sempre um métedo, que implica premeditagia, «est exté normalment igada 20 tipo Iogeo © Facional de pensamento, Pesqusar€ desejarsclucionar ago, ‘mas pode-se, em condigSes muito expecias, até encontrar go que rio se estava buscando conscientemerte, sem que essa solugio ocorra através de pesquisa. A pesquisa sempre implica na premecitagio, ra vortade car ece:ermineda dese encontrar Um solid através de trjet6na raconal engencra- ‘da pela razdo, A pesquisa presume a escolha de um caminho ‘a sertrihado para se buscar uma fnalctde determinads [No entarto, como em quziquer avidade humana, pesqui- sz enquanto procesto nfo & somente fruto do racenal © que Sracional 2 consciéncia do desejo, a vontade e 2 predspo- siglo para tal, nfo'o processo da pesquisa ems, que interea- |a'oraconal¢0 intuit na busca comum de sclucionar algo. Esses conceitos servem tanto paraa ciénoa quanto pare 2ate, pois pesquisa € a vontade ea conscéncia de se encontrar so- Bes, para qualquer drea do con ecimento humaro. “oda pesquisa necessia de um método para chegar a sous objetivs. Método &¢.caminho pelo qual eses sho aeangados, 44 A Pesgees 4 Arve Poderéhaver vsios caminhos diferentes, mas std sempre ‘ummais decade para ser trihado, Essa acequacio no di = ‘eto somente a ura escola no Seu sentido logco mas 3pu ‘ado, 0 adequad releva também @ porto de vita pessoal de quem escolhe (oque é acequado para um indvidso ebrigaton- “Smnte pode ndo ter para outro), «© paracigma em que 0 in- elo intetecta do atta, e partanto pedene- cesitar de camnhos menos drefospara que se GE a maturarso ‘ecessiria da solugées objetvadas peo artista ‘© método na invexigagio cies e flosica aparece ‘quando o homem comegou 2 se preocupar com 0 entendi- mento e ite-pretagio do mundo, eganfou feigges mals de- finidas com Deseartes, conforme mencienado no capitulo relerente 3 Arte e Circa “Todo métoco esta baseado de certa maneira num sent do de ordem, senda essa o arranj de algo dentro de algum pardmevo, A ordom, na nia forma mais simples, & expressa basicamente através de seqincias de sucessbes. Bohn e Peat (1989) identiicam varios tpos de ordens, mas ¢ que mas in- teressa pra o desenvolvimento detrabahos relatives A Arte © 4 Ciéncha 60 que eles denominam de ordem generatva. Fe order nko diz respate aor stpectoe supers do ‘Geremohmeno e evourio nif oqhenes de sucesbes mas sm aura order terra eae peunda, a partir 6a ual evergecravarerte a forma manifesta das 0 ‘Bs lop. et p20). Acrcem generativa, ou gerativa, eaté sempre muit li aca aos procestos de tabalho em que 2 criatvidade exerce papel importante, como & o caso das pescuisas em arte € fem cidncia.O prSpre terme expliita 0 seu sentido, & uma Mrropevoci we PEsQUs ot Ares Visuals 45 ‘ordem (de eventos, fetes, elementos, ete.) cuja soquéncia ‘ai num desenrolarsimultineo, gerativo e subsectente, em {que a criatwidade dita orumo de desdabramento, pois ela 4 mola fundamental. NZo se tatam de elementos simples postes em ordem de forma mecinics e superical, amen te criadora & que se tora o principal irstrumento da plan fieagdo dessa ordem. 'O método exté sempre igaco 2 ums forma de ordem, impicando em orgarizar, vacar uma seqinca a ser seguids, Corvenar elementos para evar errs, pois os erros sé atravarr- cam a buxca de ura solugzo. O método & uma que ral depende de exclha determinada epremedisds. 1.1. A Repeculagéa (Desordem Experimental) ‘A especulasia, o fazer para vero que vai dar 0 aca, podem até se constiuir num métode de ceseoberts sem, no Entanto, torarem-se istrumentos de pesquisa de alguma fied. ‘A expecuiagio, ou 0 método da desordem experimen tal, deve ser encarade de cuas formas: 2) como uma forma totalmente ineficiente para buscar as solugdes de problemas formulados pela pesquisa b) come uma forma de s8 acharsoligBes sem exstir © problema e, nesse caso, sem problema, no haveria motivo para pesquisa im suma, a expeculgo pode ser um método de des coberta¢ de te encontrar solugées, mas no & umn método de pesquisa (© individuo que faz especulagio esté consciente da var cuidade de sua proposta,estdsolto e descompromissado ‘com qualquer stuarzc que exja uma resposta, ele tenta sem saber o que consepuia,e ele mesmo nd sabe frmemente ‘que pretence conseguir. Por nfo considerar a especulagio como método de pesquisa, ndo quero dizer que ela ndo tena validade no processo global de produsio artistca, Multos artistas, pos- Mb Pomme ere sovemente a mon, farem da especlag sa vereaaira bare ce suas frente aviades ait. Eves atstar no tim um problema claro propor no posivem um imétodo de pesquisa, buteam rahgbes sem saber previs trent o gor procaram, a no ear, através da eipecul- (Go, liveram ar suas ints = podem encontrar sougbe ities de realvalor Ia cine, exte tipo ce procedimero especlstvo € casualtem paiepagio muito mais reduida co que na are fora tenn ocorico em mutor cass, como a deseo: bores daradiontidade por Becqera, que relzando uma cexpendnca para ver no gue di com 0 vag0 objetivo de tstudar a fsforectncs Jos compostor do urn pela Sprontrazde de uma chapa fotogrfcaem pape negro, de Cinta de wrt, aeabou aor ee cones mam exemplo clic deinverigagd do acso. Tas, de qualquer form, ese tipo de procecimenta erciinca nie tena mesa iportincs nem to ws como nant, dado que os paradgmas cestiieos nuzen o pescusaderaterum omporarerto mal reconal Ae pacing, por seu ma or dexcompromara som 3sciol ste, €wsdda deforma muito mas reqbente no fer a ties. ‘As nowt tecnalogjs, conform fi dsctido anterior mente, urapassam maar dos vezes previa Ge ro de seu crador erga o que az com que, ato a cnc com oenepamerte na arte, fags neces expec 3 novidades tecnclogias: tomar: aparches © manoul-os Puravere qoe vicar Niort, a novastcnolgas si nteduzdas em gran ée prte don casos dese form, sono de anderen potinia attude expecta. precio primer sete co- Thecmento dis quale, aptabidadeeversseade dt ferayemas pare cepos ranipdl-es Pporete dees clro que exstem dlerengeprofir das etre especiaga epesqia corforme podeve obser sar na QUADRO | Meropo.cci be Pespois 4 Aeris Viswas_47 Quadro 1: Diferengas entre Peaquisa ¢ Expoculagio Pesquisa Fspeculagio| “Bente aeataca oes Raia ovine ‘en probine umprsem | premediada e reiida nfo premectadh |r méiodo organzatvo fp desorder expermertal | bose sclucdes prevarenie pode encanta soluoes Sess frespernaer ‘Seguranga nos restates psa raconaldade © naiglo ris naagio que ould [+ sempre exsiom Rpsteses _ ntond hpcteses Na pesquisa sempre se tem a identiicagso de um problema, pois exatarente o que 2 pesquisa se propée @ encontrar solugzo para sttuagées problematicas, c350 ‘contriro, ndo haveria razdo pars levar avante a vestige ‘glo. Na expecuiagéo, normalmente o problema nio & Mentifcado, Toda a pesquisa & premeditada: antes da execu¢to do trabalho existe um amadureeimerto de iéias © uma Sefini= io de rumos. Na especulagio rao existe a oorigatcriedade de premecita¢io, pode-seinicar um trabalho sem uma re- Nlexdo previa, sem iddias claras e camino tragados. 'Na perquita, existe um método organizatvo mas es borada, cue tara muito mais fii = elaboragio de um pro- jeto escrito e sisteratizado, Na arte puramente intutva, cugdo de mesmo, isto ocorre porque nessas atividades iio existe uma premeditagio que desembogue num mé- todo organizarve de trabalho, 48 APrecursa ms Ast Na pesquisa as hipdteses cu expectativas sfo normal ‘mente mas carase defridas. Quarto 205 resultados, ma pes {asa exe seguranga maior a probaldade de se cbterso- ‘ugdes adequacies, enquanto que na especulegso estas 98 cventualmente acorrerio. Deve-se entender esiatafem- {82s como uma regragoral, na qual o: pesor dat compara {bes depencem mato também do nivel artstice e do aude desenvo'vimerto inte de quer executa 2 obra 2. A MeToDOLOGIA NA Pesquisa em Ages Visuan Colocadas as ciferenciagbes entre pesquisa e especu agio, € necessirio caminhar em ausea de uma forma si sematizace para os conceitos até aqui discutidos sobre 2 Desquisa em artes visuals A forma adequada é, 2 meu ver, 2 organizagio de conceitor visando uma tentatva de for~ ‘mulagio de um modelo metodolégico espectico para a Desquisa em artes Em clénca #80 indmeros e incontéveis os estudos que versam sobre 2 metodologiacientifiea. Para cada area entiica exstem proposigdes de modelos metodolézicos {Ue $e diferenciam entre s., visando sempre uma forma Adequada para coda rea, leyando semare em considera- Ho as suas expecifiidades. A medida que se caminha cas reas cas como exatas para a5 cléneas humanas © soc tis, va se tornando mais diel a utlizagio ee parimetres fuantificavels, e se adentrance em metodolog as mais plenas com resultados menos exator. Postivelmente arte € a irea que esti no fim dessa sequéncia de subd ‘as6es do conhecimento hurrare, onde € mais difell qua ‘quer possivel quanifiasio. -retodolgia em ater, nllads plo esos spresertaes ot Tiper Pt v {1990 meus naar proase ur made metooo ogo Sirs 3 pesqusa en comunegio, Merovooui m Pesos us Aer Vsuais #2 Em qualquer pescuise,encarando-se a questio de uma forma abrangente, ester guns pattos cue sio comune 8 praticamente todes, como: a defnicio do objeto a ser estudado, dentiicagio de um problems; ~ a insergbo da questo dentro de um quadro terico: ~o levantamento de hipoteses: ~ 2 obsevagso: ~0 processa de trabalho ~ainterpretagioe <0 resultados © conclusbes ses tens relacionados superpéem-se. na malora das ve- es, fanto na peeqiza em arte quanto na pescuits em ciinea. A hferenga ‘urcamnental reside em tao na erunciagdo das pa tes que camasem a corpo de uma pessurta, mas ns prticla- indadesexstntes dentro das dversas iese do conhecmento. ‘Sto eatamente essa partiadardades que, depos de soladas € ‘etnias, poderdo contribu para a defngao das ureamentos Imetodelogico bcos que caracerzam 2 pesquisa em ates, 2.1. A Definigso do Objeto de uma Pesquisa A primeira fase de qulguer pesquisa detingto do ob jetaser exudao. € fe prelrinarporém findarera para 6 ino de quneueriabalho ansico que realmente sea um trabaho ce aesqusa.E também anterior ¢qunver conta mater enstevmentl deta com area lagee ds ra. AS Operagées que comer ess fe da pesquba fo dfn do do problema releencledrco e a hipdeses Ou ex pects 2.1.1. © problema Teese quilquer pesquisa 6 exe em fungbo da exis {ra deur problema, paisa principal angio da pesquisa & dar respostas 2 problemas dentficacos como tal 50. A Pesguss wn Aust (Os grandes prablemas que cever ser resolvidos pela pesquisa em cigncia -e/ou tecnologia? s4ona grande mai tris, pertencentes a0 senso comum. A cura d3 AIDS, de ‘incer ¢ de um grands ndmero de deengas, a maior pre- gio de alimentos, o controle da poluicie, sio todos grandes problemas que qualquer cidade apontaria facil Frente como sendo problemas de possivel rasolugzo pels nc, Als, quase tudo que o homem necessia para = Sua manutengéo mate'ial, @prinlpic, poceria ser resolv o pela ciénciaecricloga. Ne entanto, & comum 20s pes ‘cuizadores encontrarem diiculdaces para identilicar a problema a partir do qual possar formular seus projetos (Ge pesquis Evcentemente ees jamais tentardo uma pes- ‘quia que responds globalmente as grandes indagayoes Ccestinadss 4 igncla Para escolha do problema, eles per ‘ceberio também que ertao sujeitos as regras ce procedi mento adotadas por uma comunidade acacémica que age ‘egundo certor pavacigmas, e portanto 3 sva 2tuagio deve- fe dar também Ge acordo com estes parzcigmas. A iden: ‘Hicagio do problema de uma pescusta esti também sujet tot valores contidor 79s paradigras zcotados, © 0 pro- biema deve ser buscado neste un verso, sem ferir nenhu- 7 Prac ato des pgs, no imgeram tro as dere gs ete cece teccloga em uma cicsso Fess oe poiade ‘ice mass sa fa com eu eb 38 aesontin 0 cerfund (ison ce vse etn como a Jann Zinn (1978"B Soy “hance gua 4 Cnc eum pages peatcamen {errant to pt qe oF Sess propramet, fem ux tuo de esses dearer ferana ere oconcmero oe Italeri So caihednevo trol, plato ts neces (9 homer: ‘Aquaio queer dicks € tol de srr rin (Hote am np ere que 9 osc er aracmea fe aii, © fa tenga es era ae praca hoe, pore ee achum det ‘Brn mit cu ode adr ue pc em geal Mo con Spdergaruma se out Merooo.oois or Paani mt Auras Visuate ‘Acscolha do problema, pio raro, pode tornar-se um ‘outro problema para o pesquisador. Anon'ar 0 prablema fexige inclusive uma dose de crativeade, como © enuncia, Moves (198! p.97} "a critividade ¢ 3 aptidfo de crar 20 mesmo tempo o problema e 3 8 soluga0 (| (© que 2 primera vista parece ce extrema faclidade devido a quantidade incontive de problemas que cabe 3 CCiénca resolver, aps anise mais aprofundads, v8 se que a questi & de diel solugsa. Um dos grandes ftores que poce assegurer 0 sucesso ov nko de uma aesquisa estd ‘exatamente na escolha do problema ser pescusado e es tidado. O que € importante? O cue ¢ elevado pela com> nidade em que se atua? © que é viivel de ser estudado dentro dessasregras? Envi, sto muitas as indagasGes que lm pesquisador deve fazer 20 in iar uma pesquisa nova ‘Se no caro ca ciéncia & muito simples a0 cidacdo co- rum identifine problemas 2 serem resohados, na arte a questio assume um grau de complexidade e abstracae muito mar. Os problemas em arte, normalmente, nc ‘ho co senso comum, cuss tolugéee vio preenchem ne. cestidades imediatat de orcem materia, ‘he grandes indagagSes cue caber & c&ncla resclver so pelo menos mais clarase reat, pertinentes a um mas teriaismo palpivel e sensive, como a fore. a dor, a mo- radia, o trarsporte, etc. As quest6es artstica:ndo se apre Sentam de forma tZo clara; além das fungoes ca arte serem totalmente diversas ¢ nfo terer aplicab thea, 0 universe da art inwitive maior e, por ss0, € mais dif fermslar corcel- {os atender necessigades e resolver problemas através de Ue linguager 6g, Dentro desse quadro, os problemas em arte sio tam bbém mais ifces de ser formulacos verbalmente, mas, 10 eect, apegulin aba presi a Hentai de ro- Os problemas resolvidos pela pesquisa em arte, aife remtemente dos resolves pela athidade da céncia, sio de 62. A Pesgu ox Aero itll identicagto, dado que, muitas vezes, devem ser escoberts ou mesmo crados pelo arista pesquisador. Depoie de rerobidos, 2 exemalo dor retultacos da pescuise cient, também s80 devolidos & sociedade; ras naa em forma de solugces verbalzadas ou em dados ruméricos, mas sim contidosnas obras de arte 2.1.2. O referencial tebrico A defnigio do objeto de uma pesquisa eth intima mente ligada'a um quadro tebrico. Todo artista ou cietista so trananar em um paradigma, seja ele qual for. procura trier responder um problema criatvamente elaborad> entra de um referencaltebrieo. Mesmo porque 0 pro blema s6 existe dentro do quadro teérico em que se pro Jets patquisa, quer se tenna consciéncia deste fato ou ‘nde, Quande o artista vabalha ers determirado paradigma, {esti sujeito a conjuntos de Jes rormas au teo“as mals ou ‘menos formalizadas, sendo que o grau de consciéncia dessa teria, ou coniunte de teorias em que se enquacra seu abalho, & fundamental para a pesquisa em artes. [Um dor viriosfatores que distinguero artista peaqul- sador do artista inuitvo & exatamerte a consciéncia dos parimetrosteéricos em que estéstuande. Toda e qualquer iva artistica se relia em um contesta te6rico e nis- {Erico, no qual a dfinigfo do objeto ea identiieacho do problema d2 pesquisa tem de ser inserida, © ser4 tanto ‘mais elaborada 2 pesquisa, quanto maior fer © grau de consciénca deste /ato pelo pesquisador. 'Nio se pretende dizer com iso que para o artista 2tu- ar como pesqutador, necersie antes de comegar qualquer ‘rabalno efetuar a formalizagio expressa de tudo ave lu, estudou ¢ pensou, porque. importante & a conscientizacio, de arocesto, mais de que a sua formalzegio. Em ciéacia, & norma consensual 2 formalizaglo ex- prestamente verbalizada d3¢ questoes tedvicas com relz- (Glo 20 objeto de peequita, dado que a aeSpria academia Meropouoon Pasgiss wu Aeris Visus 58 é mais organizada e possui novirasj consagradas de con- uta em pesquisa, evando er conta 0 enguadramento da pescuisa em contexte mais amplo, da acumlagso de ¢o- nhecimento ante 0 paracigm adotado. Em arte, deve-se cons derar a ndo exsténcia da dupl- ‘cagio de pesqusas, « desde cue a pesquisa essuma 0 ce- ‘ler de obra de ate, torna-se impessivel esta duplicagdo, Isso faz cam que no sea ho relevant 3 ormalizagio es certa da definigho do objeto de pesquisa, Normalmente, ‘quands iso é feito, € mais por questio de imposigéo aca émica e/ou burocrétea, do que por norma ée trabalho, recestriae consegraca pelos atsts pesquisadorss 2.1.3. Hipéteses ou expectatives 6 6 possvelIrgarhipéteses quando re tem em men: 18.0 desejo de se rabalhar com algum método em que se pressuponha a nocio de ordem, sla la qual for, O aca- 0,0 lazer para ver o que va! darprescinde de hipéteses, ‘ante em ciéncia quant em arte. Somente a medida que o objete da pesquisa é defi ‘do.e inreride num referencial tecrica, € que ee pode l (2 hipdteses. Em ciéncia, © concete de hipstese & ample: mente uilizado, e ‘az parte obrgator's de qualquer rot! 10 de projeto. Em artes, enste também a hipétese na sua cesséncia, mas com algumas diferenciagdes; na realidad, fr artes extte mais uma expactatva de oeortncia do que hipétese como € entendide em sentige certifi lato, En quanco a fungéo da hipStese em cidncia (Cessiver, 1977: 7.230) ¢ fornecer a conexdo entre a trovia = 3 investiga {40 ¢ re constitu como meio pelo qual 3 teora interven rainvestgagio, em arte a hipdtese ndo assure forma 120 Figorosa, sendo mais um desejo © uma expectativa do que poderd ocarrer em termas de resultado ‘inal A hipétese, em qualcuer pesquisa no campo artistico, ‘nao temo mesma grav de vineagso & teorla que na pez quieacientfiea, derotando a conscentiza;io do pesquisa SA Pesos x Ar dor em face do processo de investigagio em vias de se realizar. O arista puramente intuitive ters muito male if Culdades de formular uma hipstese do que o artista nes- {auisador. dado que ele nao possul claramente um abjeti- vo e um pcoblema a ser resolvido, Em vsta cae diferer as parsculardaces sobre h péteses em Arte e Ciencia, passamos a denaminar a hipctese em arte como expec: fata porque, embora postam exstir entre si semelnar= ‘25, nZo constituem sindrimos, no sentido de se vincula- ren de mane'raidéntica ao projet de pesquisa, Em citnea, ao termino do vabahe, poce-se acekar cu rejeitar as hipéteses, ov mesmo aceilé-las ou rej las semente em parte. As expectativas em artes nlo aseu- ‘mem exatamente 9 mesmo cariter, porque ertio mais relacionadas com 0 processo de trabalho co que com a tworia que fundsmenta a obra do artista, 2.2. Métodos de Observagio vernio diz respeit somente A questio fica de um objeto ser focalzado pelo olho. 0 verem sentiso maiz arplo requer um grau de profundidade uta maior, par. ue o ind viduo tem, antes de tuce, de perceber 0 03.0 fem suas reiagbes com o sistema simbéico que Ihe a3 sig- riflado. Em qualquer percepgio estabelece-se uma conexte di rnimica, espago-temperal entre o objeto individual de um lado e 0s sentdos e a meméria de um intérprete de cue. ‘O reconhecimento dessa percepeio d-se pels mediagéo de Lm signe, que asemiéticapierciana classifica como fie. ‘Armaneica de ver e perceber o objeto esta relaciona 4 a0 paracigma que o individuo se propée 2 vivencar. O processo de percepséo e comunicesdo do cientista € d ‘erante do artista: a diferensa nio esti, obvamente, no ‘ato de ambos possuirem indviduaidages carecersticns de cada ser humane, mas sim nes dilerentes paredigmas que Instruemo alhar do artists de ciantits Meroonocu ne Pesos Aeris Visute 85 Como jf vimos antericrmente, dice que a arte por- su paracigmas diferentes des ca ciéncia, os procedimen- tos tamsém sho diferanciados, O que é vile © permit- do para uma ativdadecircunstanciada por um paradigms, pace nao ser para outra, Nos narad gmas a ciéncz, a percepgio ea represen- cde de realidade seguem normas muito mais imtaeae de atuagéo do que nos paradigmas antsticos, que induzern @ forcam a cbservacio de maneirs muito mais complexa e rotunda Cldncia signifies abaragzo, «atta & sempre um empo brecimento a3 realace. As formas das cons fais como sho deseras em concetos cientfica, fender, ‘ads vez mais. a lormar-e simples emule e sur preendentesimpliizace (Cassar, 187 p. 230) A citnca cepresenta a real dade, descrevendo somen- te aigumas de suas caracteristics (culmicas, fica, ee.) restringindo dessa forma 0 canjunto geral de passbiida- de: de percapgio de um objeto na sve cotaldece. Seus paradigias e suas Jes nfo permitem que se saa fora do Contexto do exato e do preciso, regulades pelo raciona lism que s6 se comuriea pela inguager logeae raconal 8. poteve se fazer uma dria leitura ce um cbjeto ana lisaco pela cincia, oJ pelo menos uma por paradigma cientiico. Se exster duas leituras e duas verdades, se: funda a Logica cientiica, uma deve estar er-aca e, neste Faso, abe as scacemiasulgarem a questio, {© método cientfice trabalha com o intuito de sup mrt U pelo menos diminuir,o tipo de visio incivdal © Dessoal, € se for preciso criam-se novos aparelhos. mé= ‘odo e tenicas para diminuir essa apreens30 individial do objeto analisado. Mas, apesar de tod precsdo e exatiddo pretendida pe los cientistas, 2 realidade fez com que eles passassem a trabalnar cada vez mais dentro de parime:ros de alta abs- ‘ragdo, dado que eles ndo trabalham a reaidade, mas re 2 A Pusgurss wx Axe ‘riam-na, observam-na ea encuadram em medelos apro- ximativos da realidade. E neste sentido que se encende trabalhar a relidade de uma forma empobrecida. Sormente o hornem possuia capacdade de elaborarima- gens de coisas auseres. utlizando essis magens nas mals ‘ar adasstuacbes também imagirdnas. Jm objeto observa- Go pelo olho pode remeter 2 oxtras imagens fermades 2par- tir do oar. 6 qual néo & imitacSo da percepcio do objeto ‘em suas caractritics fica imediztas, 0 ol é ir além, & ‘aptarestruturas, & imerpretir 0 que fo observado 2.3. Proceso de Trabalho Uma var de poste das informayées retiradas da obser- vagio, 9 arise eitara prantoa realizar 0 processo de traba- Tho. Na realidade, as etapas ndo se sucedem sempre de ‘modo linear, e varia de trabalho para sraslho. Por exer lo, os pintores 20 levarem cavaltes aos campos pare a exe- ‘ugo de seus vabahos, isturar itermizentemerte a ob: servacze com a exec. gio do trabalho. O artista que preten de azer uma instalagio, porivelmente primeira coletaré odo ‘o materia, ou pelo menos a maior parte dele ~ 0 que po- ‘eriamos identficar mais como abservagso ~, para depois comesar a mentagem, 0 que se apreximaria mas do proces s0 de produgio em si Por processoentende-se ume série de agées sister cas visando um certo resultado. Por rabusho ertende-se cui, 4 eperacionalzaga0 material das idias anteriormente scurladas pela cbrervagdo. alm dels o proprio 'zer gara roves estimulos. 0 por fazer Portanto pracesto de tabatho ‘Euma fase da pesquisa na quel, por meio de agSes sisters ticas, procura-se chegar 1 materiaizagio de uma obra emba- sada plas iis «nterpretaydes de observacao, Na realdade, embora se possaidentfiarteoricamente ‘as etapas de uma pesquisa em ares, na priticz essa identi ‘agio © reparasio no to to simples, existe suserpasi- Merooousais os Pesquisa me Arnis Visas 67 ‘goes, Na maiona das vezes, © pracesso de trabalho & ua viva iterpretagio dos dados observados, © 0 préprio refe ‘oncial toéricof fornece o método interpretative a ser pos toem pritic ‘O processo de trabalho em cncia € em si também um ‘métedo interpretatvo. Lopes (1990), a0 propor uma meto- Sologia para pesquitas em Comuricagzo,charva ext face da pesquisa de nterpretaria dizendo que 2 segunda etapa de adie «com pla pesgulsa age » envio otGpra de decade € ave que wale + ‘eorzago ds dados emprcos deve de prspecva tes Fexadetada oro du poneuss (op. >. 31), 1 pracesse de trzhaho, princpalmente er arte, nio é igo near, & um processo de as €vindas, de intuigdo e de ‘aconaldade cue se iterpéem no ceminho da recorstugi ‘representatva de uma reaidade, € ura etapa eminentere tatna, © que di forma material e organzada 2 uma série de cise fatoscoelados de ume determinadsreakdade.Emibora ‘io sea o momento mais caracerisico, € 0 momento mais ‘mpartante ro desenvolvimento de uns peequea em eres por que ¢ exatamente quarce se matarisiaam asia. © processo de rabathongo & exdusvo da agdo da pee quisa em arte, pos tanto o artista pesqusador como o artista Basicamente insutivo executam 0 wabelho segundo cera ot- dem. A dferenca & de metodo e de concepcbes antsicas d- versa, ro eh no processa de traalha ems, mas principal mente nas fases anteriores que orientam procesto de a= bab dentre de sa pena realzazio Técnias artesanas, industri ou pés industcs nfo iner feromno eanceite metadolggico ems. Pade-ee fazer autén- tia pesquisa em artes ulizando-re desc as tearieastracicio~ ras, como atecelagem com fas de pala, ate as soisticadas work stavons paras gerar imagens de dima gerago em com putagio grificaO grau de soiticaszo e desanvolvmento de Aetermarada tecnologia em nadsinterferr ra sutenidece ou no de ums pesquis em artes. SA Pasouves ou Aer Quadro 2: Comparagio das fases de Pesquisa em Ciencia, Pesquisa em Artes ¢ Arle Pursmonte Intuitiva Fuses da Pesan | Ciéncs| Peta. EmA | A Purine Pron ‘etnico | etre Toe [cr teowco _lewsterte| exsterte | ncarafeistente von | oie | otto ween fosnacie | ote | ite ome Proc or twa, | eae | ome esse esucror | uivocoe [mdi preaivor lin pres ncewe-ncie _[mmpencal) pessoal | pessoal 24, Resultados e Interpretagso pesquisa em cigncia procure sempre restringir a0 mi imo as interpretagées possveis. A cincia busca uma res: ‘osta Gnica aos problemas por ela investigades, por meio e um fecho conclusiva, cabendo a9 receptor da pescui ‘a acetar a8 conclus6es ou no, @ 2m caso negatvo, ele iio ertarcontertande a dBncia, mat © autor, 0 método (04.0 quadro tedrico utiizado. Em resumo, 2 conclusio de uma pesquisa centfica deve apontar para resultados os mas univoces porsives, nare os qua’ interpretaczo am - ‘bam deverd tender aserdnica A cibaca vie, mn sua, ci: minuir os Fscos de resutados e conclusées multinter- pretatvas Em arte, 2 conclusio de uma pesquisa assume feo di fevente, Aaprecentaszo dos resutados nfo & verbalzads, mas faz pate de propre obva de arte realzada. As conclusses da Pesqusa, portant, aio podem ser apresentades pelo autor Como fate Gnico,quase imposto aos espectadores a concli- ____Meroooiacs ne Puss ArresVisuss 3 ‘0 defritva dever ser tach pelos icerloc.tores de obra de Ate, que interpreta eiteragem com 3 obra, ‘Ainterpretagio des resultados da pesquisa em arte no ‘converge pa a Univocidade, mas para a multveeidede, uma ver qUe cada inlerloculor deverd (ager 2 sua interpretagzo pessoal eproceder uma leturasubjetiva para analsar o resul- tado da pesquisa contico na prépria obra de ate. Diferente: mente da cnoa, a arte tem tm caster pessoal de interpre tagio, garanico pela plrieigncagio da linguagem arta, ‘Aspalevras de Bronowaki (983, p25) sustram esse raciocino: sn maniulagso pessoal ds inguager este dom de ‘tanner, um mado dierent, iragens que o: outros nosclerecem é ohdarenta ds ate, Quind eros ut Poems, veres todos ar mesma plas eo eran, fad un Ge nds fe do peerage citron e pessoa 3. RESUMO DA PROPOSTA DE UMA Metopoiocia raza Prsguisa EM Agras VisuaIs Depois de todas as consideragtes e ciscussOes inse- vidas neste capitulo, segue.se a exquematizagio dat fares fessencais para que um trabalho artistco posta ser consi- derado uma pesquisa em arte. Essa esquematizagio deve ser vista como uma proposta que nfo pretende ser nica, nem defntiva ou extotar todos os possveis tens que deve ter cada pesquisa. Todas 2 ases agu deserts jd foram de certa forma tratacas na extensa biblografa existente sobre A pesquisa no seu sentido mas amaia © em especial apl- ‘ada 4 ibnca: a contribuigho maior ¢ mais onginal deste capitulo relere-se a0 tratamento e & aplcabil cade desses parimetros 8 pesquisa artstica, Pordm, mesmo na pesquisa em ate, & preciso comside rar que cada pesquisa poderd te particularidades préprias mas, Ge qualquer forma, penso esa censiruinéa am conjito de pardmetros maleives, capazes de responder & mdagagto se (0A Pescurss ou Aare bbroum dado projeto ou trabalho artico dever ser conse ‘ado ou no uma pescuisa em ares. (Creo que a estrutura bsica dt maioria dae pesqisas em ate, que jf foram cu sera deserwolidas, nio deve se afartar ra do idaho Vere go Quadro 3: Fases da Pesquisa em Artes Dafnigéo do Objeto +o problera * referencia e6rco * hipbteses ‘Observasio | Proceno de Trabalho [[Resttiaios etrierpreagio ——SSSC*d CiAREA TAU IOC RTETS| ANAUISES 1.Os PARAMETROS PARA A ANALIGE epoit de propor 9 modelo metodo égico para apes fquisa em artes visuis,passo a avalar a abrangéncia 2a pertingncia da proposta. Para tanto parece opor- ‘uno testarempiricamente a proposicio tesrica [ste trabaho, com ji fol exposio na introducto, tem ca- river prtico e vise a esoluszo de quests que rondam o dia ‘a dia princpalmente das urivrsdades dos institutes fnancia ‘dores do fazer atstico, O que preterdo &a propesigia de wma mmetodoloia acequads& pescuisa em artes na atualdade, © por itso pento que ela deva se aproxmar daquela que os artistas pesquisadores esti de alguma forma uttzando hoje, mesmo ‘que afagam com um gra de conscietizacio vareve Para testar a pertnénciae ograu de proxiidade da pro~ posta 20 que se oe alualrvente, recor a trabahos feitos por artistas, confronte-os coma proposta. apart da colh uma resposta da adequagdo ou no do modelo retocolégco pro- porto, Como jf afrme em cepftlos antesores, uma pesqui sem ares & perletamente possivel de ser deserwolvde ser (que rads tenha sc expresso atraves de palavas. masse 2 om que sjapraticamente impossivel uma avalaglo da mes: ‘ma enquanto pescusa auttnic. ‘A dnica forme exstente que oferece precsio para ura andlse mais cuidadosa, para seating 0s objetvos que equi 2 A Pass on As se pretendem, € 0 exame detahado do materil escrito pe- los artitas sobre seus proetos etrabslhos. ‘Ninda que & antl ca obra seja importante & compreen so dos resultados da pesquisa, temos de considerar que omenie 9 exame da abra, fem explcagio de carter verbal 7 permite a avalacie do trabalho como se eproximando bu nto de pesquits, ‘En ua alle de carder explcatvo eracional como ag & proposte,acredto que os escrito as verbaizacées sobre ‘trabalho se constituer na base findamental da anise a er realzads. € necesirio sempre se lembrar ce que a propos: {a andlsefeltaneste captlo di respeito ao corfronto de um trabalho em relagio a um modelo, endo 8 anise da cbra ce are em 3, ol em autas paler, est se analsando 0 mé:o- to de trabaho para se caracterizar uma pesquisa, er 0 2- balho que foi gerado como produto final desse méiodo, por exis ratio o exame da obra lo 6 fundamental O artista, em geral, que escreve sobre 0 seu trabalho, obnigatorarente rac fer pesquisa, Pode fazer uma smples Fellexto sobre a sua forma de tababar, de expressar cous ‘conceles, CUvdas, nuietagdes, mé:odos de trabalho, pre ferancine © opines, em na entanterea‘tar peequts ‘Da mesma forma que existe pesqusa sem textos escri- tos, existem textos escritos sem pesquisa. Sendo assim, deve-reatentar quando se examina Um texto produzigo por lm artista sobre sua obra pos este pode ser uma pesquisa femarte ou ums rellexio sobre o seu trabalho arsteo. ‘om cairem maniguemos ou em dizotomias exladentes ‘quanto um trabalho ser cu ko ser pescuisa em arte, o que ‘ccorre normalmente& cue um trabalho pode ter un grau de Igenticagio maior ou menor com o que re entende por pet ‘iia, conforme a propasta expressa ro Quadro 4. Mas por ‘utr ao, far-s mister algum pardmetro de comparaso para fe chegar a uma resposta da apconimagio entre 0 modelo roposto e 2s pesquisas eeu trbahos Que ser analisacos hesie canto. O crtéria de 2valagto dos wabalhos e/ou pro- jetos que serfo aalizados, seguer os seguintes potos: Asius =O primeiroe principal ponte a se- cons derade na ave lacie diz raspeta a idenifcagsoe dareza do problems, pois a pesquisa visa, em suma, resolver problemas, para tanto fundamental a identfcagdo do mesmo, “0 segundo item a ser avaliaco corresponde & andh 8 do grau de conscientizagdo do artists frante & adoqso e um referencal teérico, bem como a clareza com que fenquadra seu trzbalno em relazto As teorias, tendénciat cu rman festagées artisticas que foram ou séo impertantes pars fo seu trazalho atua. Seré examinada também a bibliogra- fia utlizada ou ctada pelo arvsta, no que te relere 4 sua aqualicede © pertinéncia em relegéo ao trabalho que esté sendo desenvolvido. Segue-se a avaliagdo da Expectativa (Hipétese), ou $6.0 autor formula eu ndo aiguma expectatva ou n= potzse sce os resutados pretencidos na pesquisa, A dla~ Feza do método organizativo do trabalho, ou ej, 2 fates, passos, seqUéncias e cronogramas de desenvolvimento lumbérnserdo re evados na avalagdo gera’ do projeto ou trabalho. ‘Ceram dos tens descritos permitiré avaiar 0 grav de aproximagio co trabalno au projeto em conirenta 30 me- elo merodelegeo propesto paraa pesquisa em arte. (Como eritrio de avaliagio, utlze-me da atribuig de pontos para 0s vlog tens examinados em cada prota, fi endo 2 segunte contagem: A identicaczo e& clarezaexpressa do problema foram atrbuldes de G4 pontos ‘Ao referencia feérca incuindo a pertingrcia ea qual dade ca biblogra, foram atribuldos de 02 2 portos, 2 clreza metodolégica e's hipceeres foram atibuldos e022 pontos ‘A torma, apretentagio e outros apectos mis stbjetvos {que podem fornecerindcios de que se rate d2 pesquisa em ate Tora atribuides de 022 pontos. ‘Acscala apresentada 2 seguir fi edotada para sisterati= zeros resuitados ds andiseseavalagées, 04 A Domguaa w+ Aur Quadro 4: Grau de aprosimasio do projeto on trabalho em relagio ao modelo metodal6gico pou red eeostoe eal Tamers | repos) |e rs eitaeg 1S lise ass ag witeey [Muto Longe | (de 22 pontos) mt _ 2. As Fontes [Em todas as fonts selecionadas pars a coleta do ma- teria ematrico a ser tlizado, procedeu-serigorose sele~ ‘fo dos traba hos a serem analsados. $6 foram selec fados tabalhos em que © produto final resultasse inequ vocamente em obra de arte, tendo sido descartados mui- tos trabalhos que, embora foscem realizados por artistas, fife preenchiam esta condigfo, pois nham coma preocu pagdes outros campos, como a histéria da arte a arte- Jucasdo, restauregde, ou mesmo questées auramente téenieas de execugao. [Dentro do universo das possvels pesquiss em arte 2 serem anal sas, procurel zempre a abrangénca maxi dos dados, ou sea, trabalhar a totalidade possivel das pesquisas fexstentes, e aor ess razdo no me apoiel em nenhum mé todo ou técnica de amostrager ‘Como fortes posse's ce obtengio do material a ser trax bbahada selecione as srguintes: a) Pesquisas Fram tomadss para exame todas 25 pesquisas apro- vadare financada pelo CNPq de 1984 até (991, que es. Asauirs Os tavern cispontve semestre de 1991 Esse material ser tlizaco para teste da valdace co mo- {elo proposto em ralagio aa que & entendido como pesqu- sa em arte pelo CN?q. Os dacos cesta instuigio so de ex trema importncia par a pesquisa em artes por dois mosivor ‘Sto bastrtesgnifexivs da produgio de posquises em arte em nivel nacional, sendo a dnica insttuiio brasieia 3 apolar sisematicamente a pesquisa em artes. “0 conce/tode pesquisa em artes adotado pelo CNP 4, na realdate, urna somateria de conceitasde "uitos seg” rmertos que atuam no érglo, pois aér ce seus tecnicos © diretores, todas as decisdes t1o tomadas de forma a te ou. vira comunidace acadériea da Srea, s-evés de represen” lantes eleitos para atarem junto &instituigdo e de consul- tores ad hoc pertencentes tanbén & mesma comunidad. Dessa forma os conceites sabre pesquisas e at deciedes ‘emadas a esse rexpeita nfo 2e reringem a questoes bu- rocrticas ov 4 vsd0 dos técnicos do érglo de fora iso- lads. as estio de acordo coma inteligénci da comunida de que o assessora, A aplicagio de teste do modelo, 20 se utilizar os da- dos do CNP, assume representatividace e importdacia, pois € um tesie que envalve comparasio com a concei- ‘uagio geral predominante hoje (por mais intutiva e nao sisteratizada que possa ser) nos meios intelectuale da pescuisa em artes, nor arquivor da insttuigio no primeira b) Dissertagées ¢ Teses: I - Foram examinadas todas as dsvertagder e terat defendicas na ECA/USP desde 2cragho dos cursos de pbs sraduagéo, que estavem csponives na bibliografa da ECA fem abril de 1991, data em que procedi a0 levantamento, b.2 -Também foram inculdas todas as teses e disse ago de brasileros pas-graduacos no exterior, de 1984 21991, que se encontravam nos arquivos do CNP, 20 Pasouies ws Ast = © conirante do modelo metodeldgice praposte com az teres (anto at defendidas na ECA como as dos bolsis~ ts do CNPq no exterior) deve ser encarado como uma anise pritica de mocelo propaste em termos de se ve- Iificar 0 rau de aproximagto d3s teses com o que se en- ‘ende aqui por pesquisa em arte. Quasquer que sejam os resultados estaisticas da proximidade ou no ds teses com a melodologia proposta, indicardo apenss 0 grau de ‘pesquisa contdo nesta teses desenvolvidas na CCA nos Curses de pés-graduagio no exterior, mas ndo servirs ‘como um teste de valdade ca adequacto ertre a pescui ‘2 este modele proposto 2.1. Pesquisas Apoiadas pelo CNPq Basicamente, © CNPq tem apoiado pesquisss com dois instruments diferentes: uma das formas consiste em financiar as despeses de capital e custeio (Ausllio Pesqui sa) das perquisas aprovadas, a outra mane ra é de forne ‘er bolsas como forma de complementacZo salarial pes {usadores (Bolsa de Pescuia). Ne andiise a que se pro- ‘cade. nio (0 feta distingdo ertre esses dois instrumen: tos, por s# considerar que para o objetivo pretendico poucs ou nenhuma relevéncia teria essa distingdo, o que Imparta no 0 instrumento em si, mas © teor das pes- fquisas aprovadss. (Os arquivor do CNPq nto estio 4 dsposicto do po: blico, por isso a8 pesquisas e/ou prajetos que constam dos procestos nio estio autoriz2cos pelos autores pare ‘ivulgagdo, fate que me levou a fazer a ardlse de forma Sucinta, nfo etendo autora, titulo do projete nem idéias inddites dos autores e 1088 conclusées. Ao longo da ani- lise desse material me ative exclusivamente as questées de interesse dos objtives deste livre 'As andl es foram feitas de forma impessoal, cuidan do para runca expressarem um julgamento de valor quzn- toa qualidade do trabalho. As anlses se resuiram ds ob- wusse OF servagoer bem gerais sabre o projeto, didentifeagko do problema, 4 metodologa e por fim &avaliagdo do projete ‘quanzo 10 grau de proximicace a0 modelo metodologieo Proposto, conforme a escaa expressa no Quadro 4. Procedeu-se & andlse ndo a partr as conclusbes fi ‘ais do trabalho, mas dos projetos apresentacos. porque, _alnal, foram pelasidéias verbalzacas no projeto que o 1 balro fo! julgado pelo CNPq e obteve aprovagio, 2 nao pelo resultado final da pesquisa ‘valiagio:P Thule: | Oteenapces Grae: projeto wa eboragio de um 4tbum de vlogravare a core, bateado em tema ecoig co em una perspeciva regional © album tem o carder ‘de homenagem aartstasvigjantes que pessaram em expe déer pelo Brasil no passado, send os primeiros a do- Currentarvirios aspectos davies bras ea, principlmen teafore.e fune "Todo processo de trabalo serd baseado na expe- rimentagdo:Ievantamento iconogrslico de espécies dz fauna a serem retrstaday,tonte de diversos i pos de ma Gea para uo em slogravra, nov fas vegas encon tradas com facicade na rego para afetura de papel ara 2 inpreszo ‘metodo organ ztivo lo prejeto€ mute claro. Bxs- tem hindteses © expectatuas bem dein ¢eronogramas ce execusio, ‘Peferoncil Torco: No cavamente expresso ao lon 0 de tabalo, mae 6 ctads longs biblografa prtinente 20 ‘Problems dif x pinger um problema Unice dente do projeto spresertade, pos talvez por ser um trabalo ce Cariter mas pico exster vis problemas colocados de forma clara, ¢ que dizem respeite a quse toca as fates ce texecugio do rabane, come a necessidede de sizayioce 98. A Pasquia ox Aste novas Fras para a fabricagio de papel para a imprestio, evas maceiras para a gravasdo, novos equipamentos, etc valiagio: P Titulo: 2 ObservagSes Gerais:O trabalho se propée a ita ‘rites vezes 9 trabalho cesses ertsis, O problema consate na fata de opgaes ce bom material a prego aces evel ralingo: R Thule: 6 Observagdes Gerais: © autor se prope a trabalhar na radusdo arttice mediado pela aividade de terceiros, ou Sia sem ter contato fico direto com a execugio da obra, sande a reazacio de desenos, pinturase escuturas de ratureca geoméirica. © processo de trabalho & claro e eb- Jetive e consta das seguintesfases: ‘iagio mental da imager, + transposigdo para uma retcua milimetrade ou volu- ine simples se.egdo de cores @ da composicio em termos de f- gure-fundo, no caso de piniura; selecdo das secySes, ire (665 & profundidades no caso de eseuitur ~ realzasio ‘vatril por terceiros, com supervisio. Aviusee 71 Reference! Trico: Nio & claramente apresentado no projeto, mas menciona as experiBncias antecedentes de nscocificagdes fetes por Moholy-Nagy em 1922, ‘roblema:O prob ems da pesquisa écarissimo, trata-se fa impossilidade de um artsta em poder ut.zar asus ener fincorporal para a realzagio ce seu trabalho, e¢ objetve do projeto€ encontrar solugSes etestar um método para are: alzagio de um trabalho arstico nessascondigaes Avaliagio: P Tilo: 7 (Observagses Gerais: trata-se de um vaballo de impres tho de imagens de sintese gerade por computador através de extudo de reprodusio gréfieaiformatizade (© método erganizativo £ claro e bem definido, com detalhes de construgdo de imagens numéricas de uma re alidade pré-exisente, Relerencil Iedrico: NBo consta caramente de forma ‘expressa no projeto, mas nota-se em um exame Tals tunto que existe ura preocupagio e referéncias com re lagdo a teoria da cor Problema: claro bem definido,trata-se das difcl- dades tunics e pratcas da impresszo 8 cores das imagens antsticascradas via computador. Avaliagio: P Tilo: & Observagées Geras:O projeto consste em trabalhar Imagens dstorcenco-3s «dando apartncias pevspectivedas, ras eeduzisas a0 plano atrevés de silnuetas, Com isso surgem paracoxos visuals através da inverigagdo de modo 2 artifciaizar imagens perspecivadas por construg&es a bitririas © sem rigor. ‘O método de trabalho bem definido, « jf foi testa- do em trabalhos anteriores. A expectativa & dara, demons 72. A Poogun on hers trando um alto grau de conscientizagio co que o artista ‘espera de resuitado visual ial de ob Referencil Tedrica: E expresse no projeto um rete rencal tebrico pertinente e acequade &s proposigées nele cortico, a bibliog-afia cada ¢ ampla, @a maiora das obras ‘tm uma relagio dita com a problemética a ser sratads ne decorrer do trabalho ‘Problema: € aasicamente encontrar forms inusitadas avrevés do wso Gos cédigos de projegdo, especialmente os fa perspectiva, nara a produsio de imagers deformades © com eaactersticas dferertes do que normalmente teiam quande utlizacas as regras das erspectvas em sua aplica- {80 normal ou, para 28 ular o termo que coneta no pro jeter para produ imagens iacorretas. Avaliagio: MP Thue: 9 teers Gee Ee projet da mesma ara da anaincotnerererte, essere na means ia de tao enaano aperadonlcadee rgueado expec, triretateaproknds aguas quest core o coi n- tre lat eeoncregdo. Nene pojeto€anbém propo 0 Uso d cor edo deseo i ceormacesprojivas feteroncal Tanco-tbascmente © mexmo do Pro- : Problema: O problema é também bastante semelhan- tec do fio @ ces dor ements ca, ret ters igor, Enes recursos se por um ese relorgam 2 usdo daimagem. or outro ldo fazem nota a exsen- Gia ma aie da super dos recates, Avaliagto: MP Thue: 10 Observagéex Geran: Trats-se de um projeto que pre: Oe © comvivia de arte © cigncia como processo em eae EES Ny Te comtinuum sem a necessriaresposta chjetval esperada da arte. © projeto se desdobra em duas propostas ras qusis fe necessice da pesquisa cientiice para encontrar meios formais pare a concregio do evento artisico, (Os métodos de trabalho $30 claros © objetivos, com fases definicas e expressas em cronograma, Referencial Teérico: O projeto situa 2 pesquisa dentro de um referencal teérico com insergio histérca, andizes ‘¢ uma extensa bibliogratia sobre 2 questio. O autor de- monsta através do projeto ato grau de consciertzagio do referencia teérico em relagdo e pritca, Problema: Os problemas propostes sio claramente idensificados e enumerados. Censtam basicamente no aproveltamento cas materiaicades estudadas pe'a cénea tua, visando 2 operacionaldace de potercias posticos Avalagio: MP Titulo 11 Observagdes Gerais: O pro'eto, com a uilizagio da computacio griica, pretende resgalar imagens es:dicas bidimersionais, transtormando-as novamente em dindmi- case tridimensiona’s a partir de construsées vetorais ‘© método de trabalho & bem definida, claro e dividi- do em etapas 2) 0 corpo constrido a partir dla rearesetagdo vetrit bye corpe construkioz partr da representagao de rae ‘c) movimento de imagens de corpo humana. ‘eferencia!Tedrico: ho longo do projeta percebe- se que oautor tem um alto grau de concientizagio do enqua: moselo metclegco pro- porte, somenta 6.00% cm om ovel Reguar de agua Biol 56% do vel Longe, Nio ext nena Pes Gies araleada que se nuncraee ro nivel de adecuayio Mito tor Por clas requtaciasobservadas, embora dentro de um unvers estarnticapequeno, pode arma com e- furanga que o modelo metodolgico propos é peri ene compativel com que 0 CNPQ (Ienias se580- Avvusee 77 res indicados © a comunidace di area através de assesso- Fes ad hoc) entende por pesquisa em arte 2.2. Dissertagder © Terer 32:1 Tiahalhos do curse le por-graduagio da ECA/USP Muito embora a FAU/USP jé contasse com algumas teses dele dides por artistas, os cursos de pr-graduasac da ECATUSP foram de forma eletiva 0s primeiros ¢ se- rem implantados especificamente no pals nz area de ar- tes. O doutorado permanece aré hoje como o Unico exis. tente. Isso significa, em termes de coleta ce material empiric, que a [CA é a dnice nsttuigio de ensino na- ional que possui um acervo significative de texes id de {endidas em linguagem visuas, ou se, trabelhos préticos realzados por artistas acompanhados de textos sobre a obra, Foram coletadas todas as dizertagSes de mestrado e teses de doutorado defendides ra ECAUSP que estavam cisponiveit na biblioteca da ECA em abril de 1990. Algu- ‘mes, jé defendidas, einda nio constavam da relagic de te- ses dos seus arquivos, e nfo puderam ser incorporadas A ardlise: outas ndo se encontravam disponiveis naquele momento; houve ainda, teres ce artistas que ro resi ram um trazalhe essencialmente pritico, e nesse caso no foram exarrinacas porque fugiam aos interesses des anilises aqui 2ropostas. De qualquer forma acredito que ‘este conjunte analisado & bastante representativo do que. ji fol reaizaco dentro de campo das linguagers visuais, thos des curios de pés-graduagto da ECA/USP Foi feia a leitura de todes as teses ou dissertagses sslecionadas, ese procedeu 3 uma andre de coviroma- fo dos vabslhes Mente & metocelogia praporta, para ze 78 A Poconos thas poder aviiar © grau de proximidade que esses tém com © modelo metodelopies proposto. ‘Segundo as info7magbes recebidas, a FCAUSP até a dato pesquienda., no seu programa de pée graduagio, nfo exigia que o wabaho fosse uma pesquisa auténtica, para a Dbtengio co titulo ce mestre ou outer © eancidata po- dia apresentar um memorial descritvo dos trabalhes prs ticos contends um texto puramentereflexvo, sem cont. do se constiuir em uma pesquisz, pele menos como 2¢ul E entendida. Cabe ressaltar que 0s tabelhos s40 aqui ana- lisados Unica e exclus vamente em cardter comparativo com e modelo metodologico propasto, sem nenhume preocupacio com 2 andlise da qualidade estética das dife Femtes tees esturacas. Na entrard qualquer tiza de jul- gamento de valor das teves analsadas, mesmo porque © DObjetivo desta andlse & a questio da metodologia utliza {8230 longo do procesto de criagio da obra, e720 a and lise ou crftiea 63 obra ce arte gerada por diferentes méto- dor. Para evitar a dentiieagio desnecessiria © qualquer postivel iatorgdo de interpretagso aoe objetivos da an 6, omisi os Uulos dos trakalhos e os nomes de seus 2u Thulo: 1 Problema: O problema bisico da pesquisa esté nes possiblidades de uso de suportes para a pinta. e consiste fem se encontrar solucoes de aproveltarente da intere- rencia ea fisicaidade do material utlizado na claboragzo/ construgto da obra, fazendo uma obra impregnada de corporeidade, que posta ser submetisa de uma intengio ‘objet ‘Referencia Tadrico: O autor posiciona as preceup2- «Bes de seu trabalho na éptica histric, fzendo sua pes- (uisa conaciente de sus posigho frente as tendéncies da are centemporinea. ses © autor nko aprofunds a questio teériea dentro da contexto geral da histSr ov teare da arte, mas tem 3 ‘conseiBnea das lnhas gerais dessa escolas que 0 influer~ “Expectatvas: ho longe do texto, o artista far detahe= és explanagia sobre e pargué de certosratamentos @ lizagio de elementos, como a cor tamanho dos médulos, formatos ¢ texturas. Ao expliat justificar 2 intencio da lzaglo destes elementos 0 autor est lancando expecta~ {has Sobre o que ele espera que ocorrs ra obra concuica ‘Obreniagéo » Processo de Tabafho:Pelo menos pat te do observagio € deserita 20 longo de texto, O auter sempre esti chamnando a atengio para fendmenos que ob Serva com carte rigor 30 longo da executo de seu traba- Tho, come os detalnes de cor, materiais, superfces, lz, efeitos Gpicos em geral. as cinensées fieas do trabalho, outros. ‘O procesto de trabalho & minvciossmente descrito 25 Jango do trabalho, com detalres, decisées, indagagées © tentatvas. Ndo ge atém muito 2 questzo da técnica. pos- sivelmente por née incorporar newhura téesea ou teenc- logle que ndo seja ce ur amo dominio. Avaliagio: MP Thru: 2 Problema: Nie & explictade Feferencial Tedrico: Néo & claro Expectations: Nao sho mencionades. Observagio 2 Processo de Tabatha: autor faz uma rellenio sobre seus trabalhor, nfo se propondo a fazer tum pesquisa, como aqui €ertendida ‘O texto apresentado diszorre sobre 0 processo de seu trabalho, © € amente iusto com croquls e de senhos, faciltande a compreensio do desenrolar do pro~ ‘cesso de trabalho € observagie, O autor também nao formalize # questdo dentro de um quadre teérico, Opta 50. A Pesgnes su Aare or primeir realizar e conclu os trabahospriticas que dia Crigem 2a canjurta de obras que apresenta somente depos que passa ese preocunar com explsnagio expresea sobre a rellacio dos mesmos. Muito embora @ memorial com seu conteddo rellexivo susie no entendimenta de suas intengSes, prncpalmente do processo de trabstho, ele se afasta bastante de Uma pesqu faemartet nor moldes metodalégicer aqu propostos. Avaliagio: ML ‘Titulo: 3 Problema:© autor ni ida precsamente um proble- ma expectice, ropond se a nee trabulhar, ou se quitermos fencara a questo de outra forms, o problema é ti geral que poe ser considerado camo 0 prouieme de qualquer pessoa fo escoher uma determina Ingusger antsica, proposta uma dicussio Sobre a possibiidade de umn ppensamento conectado ao ato da criagéo: O problema & uma ‘questo geral ca lnguagem em que 0 autor aia, ou sea, © pPensamenta presente no ato da criagso. ‘Reterencal Jedrco: 0 referencia teorico ¢ compative, ‘com a amaidie do problema proposto. Da mesma forma que io isolou uma panicularidade com relagdo 20 problema, 0 Suter encara a questi tecries também de mancira bastante amps, O trabalho € ettercialmentete6rica, no seu sentido Tato, endo te atém somente a detahes mais especiosicen- tifeados parbcuernente com a produgio do arta, embora se os seu traalhos come ponto de apoio e referencia a0 longa do process ‘O autor retorsa muitas das questOes relatives a sa lingua em e deserwolverellexdes edcasabrangentes, akadss em Vitiosflbsofos e pensadores. ‘Expectatvas: Nao aparecem de forma clara 20 longo do texto do memoral, (Observacio Processo de Trabao: O autor raramente Uescreve seu processo de vabalho, Por ser um trabalho de Ansuses reflexdo de obra fekas em épocas anteriores, o artista opta pr descrever¢explcar mais a ua tajetoriaejuseficetivas ao (us por que tai trabalhos ‘cram fetos, em detrimenta oe Come foram fetes. ‘valagio:R “Tiulost Problema: mut dil sao problema da questi ince vaso tecnolpea, quando se la uma nova tectoloi ai {com todas porbiidadesaserem descobe-tas. Norval ‘rents pesquisa engiobs em seu Dojo restive teayz0 ie se trabahar com as mutts possi daces que se oferecen dels facliades do nelto «do no questo acco mo- ‘ranto ae cferecendo e ndsrinda 0 artsta a meeplhos em iguasvegens. © problema do trabalho ora analsado passa por essa questo. celocad centro ds exrtura mar da questo ae tocol abatada pel ator O cairo de problema & bs ante mp: preocipego bse de uma ago podta uz Govse co tecolopas moderna ‘eterenci rc: O auto em seu memorial az um apa- hado ds reflexes « concusbes de dversos autores. Sits tem evade Fstrica a peaqusas eexperéncs ja ealzdas, {mesmo sine que els tweram sobre a esis eo ‘emporineas nasartes que za tecnologia avanadss 'O autor mosa-se bastante consclnte ds queef dice concen retinas a szagio de tecnotogas mode tas em arte, nese grande cua que ia edesenveve 8 fu proporta ce rabalna "Focesio de Taba e Obsenagio: Desreveminucios mente sacs 0 proceso de rababo, desde a gerario das pre incras image at + seqotncia de passos que io grat ‘as imagens centro de um procsio de recnagh através dos Teoures ce 95x-produgio. © autor desereve também com detahes os aspects dericos uzades ra geraaa e proces. {atoeno as imagers, o que € important pra se escarece= 2 A Pique oA : « exolcar melhor todo e qualquer trabalho realizado com tecnologias ou teniae no convercionas ‘Avalngho: MP Treulo: § ‘Probema:A preciparo fundamental do rabubo ga em toro do mito, eu mebor da representasz0 do mito. uma vez {48 0 mito no tem corp, é.uma ergo, race simool. proslema posto exatamerte o a matrialzagz0 & expresso dos lator matficantes, raves de agers rovas © pestoals qe arti e prope a const par que sia pos- tele obeersador com ela mteragy Na ead, o que fz & 2 ecrago ea reletura gests mics, uve? que ee, tendo reprerenadis dce temper remota ReferenclTdrieoO ate a eso dabbogr- {sobre mts, selecionaco, neste uiversc bastante mp, pontor de interest esecfc pra seu rabalo. autor ta também artistas dete secle que veram. de formas varias, influtnca sobre es £u8 pesquisa, 05 qua tm sus produSes lied onsibidade ssc. Expectatias:O aor usa mais ume hipétese de créer conceal do qu uma expectv, confor oncstsanos 0 cept amare A hipéteseconct.ada esti ml lecona- da com ua premisa de trabalho do que com algo que 52 comprova'd ou nio, come é usa ev céri “Oteragdo Proceso de FabatnoO artista dsingue, dentro de uma preodiaacio mesedoligia. dus formes Js tints nas obras realzades a vendo das obras liscas © 2 lear tei dos mesmas. ‘Avaliagéo: MP Trl: (© autor apresenta como material destinado a ser subme- tido 8 avaligSo, uma ama e vowmosa ccrospectva de seu ‘rabalho, Nao &possivel pelo memorial apresentado detectar~ Aniusce 83 se. problema, o referencia tedrico as hipoteses que con Guciram seu trabalho, Taz mengBes 2 formas propris de ob senagio, mas escreve outa Sobre o seu procesto de tra: abo. Avakasio: ML Thal: 7 Problema: questi fundamental tatada a0 lorgo do tra~ bao € a da criagho de eepagos sob forma de instalagSes, ve tenham conotagSer seme hances 20 espaco ritual. O autor ‘ocupa-se coma quesdo do mito e do ral, e desenvolve um ttabulho espectco de artes pstias para se manfestar acerca cdeses dots eventos. Faz parte de suas preocupagSes sempre 56 maniestar através da imaginagdo indivdua),tentando 20 esmo tempo fcar dstante de eler-entos considerados rituaistas eft chit. Referencl Tecrico: No longe do memorial apresentado pelo artista contata-te claramente a preocupecio teérica que sume a0 longa de pratcarente todo o text, Muito artists conternporineos so cades, nfo somente como um condo que leva a escbrecimentos do vio te6r ‘0 ce trabalho, oda trl server istralvamente para Seavalir 0 pau de conscéreahistvica que creunds seu tra bao. Cta-es com rqueza de detalhes, explicande o que cade Um contribu em termos de infuénca ro trabalho que esis realaando Expectatvas:O artista larga Wipétesese expressa expec tats 60 que deve ccerrer com 0 erloctorperarte Seu tre bbaho, Expl inclusive detales do material ilizado © 0 por ‘qul dese uillzar este ero aquele material, Obrervagio e Processo ae Trabalho: O processo ce trabalho @ desert junto a tenativas, divas © deias mutas das quale foram abandonadas durante o fazer, existe quase Sempre ur hati que explca 2 oped feta, Alguns detalnes tdenicos também eo ctados no memorial sermpre com ae pilagao do porqué de cada escoha 24 A Pesos os Aare Aragio: MP Thule: 8 (© autor no se propie a veaizar ume pesquise, da for~ ‘ra raconalzada e organizada como ¢ enterdida aqui, Ot bbalho € um conjunto de imagens e textos, que formam um Nios identi pelo texto de apresentagSo nenhum pro blema de que 0 autor se ocupa durarieo trabalho, da mesma. forma que nto hireferdnciastebricas. © autor fa uma retros: pectva anterior de evs trabulhos, ex lim?a apoucos comen- ‘nos sobre os dealhes © processs de trabalho de conjunto gue apresenta ‘valagio: ML Thule: 9 Problema:© problema central co conjunto dos trabaltos apretentados c da natureza da representagio visual, seus Btigose elagées com a perceacio, ‘Reference! Tadrco: © autor ets somente a principals fontes atstica etedrcas, ou sea, aquelas que mais dire'a ‘mente estio relacionadas com 2 orien'agdo co desenvoli- rmanto do seu trsbaln, mat 9 f2 de forma preci e cone Gente, Expectatvas: A consciéncia do método com que 0 ar- tise rabathae a careza de suas expecativas éti0 grande que tele ecriosamerte chega a criar uma metocologi 2 partir da bipé:ese do resukado co trabalho, ist 6 trabalaz nartr da fexpectativa de um reeltade final, invertende de cert forma © principio metodolégica, riendo ume metodolog tant ‘motodoldgca, para chegat M80 20 que Um cath pre- eco ldo determinars, mas sim, a0 que 0 dessjo de um resulta 4o fer por indicar como sendo 0 caminho que devera ser sequio. Obseraso e Resulaces:© processo de trabahe do tista ext itemamertelgado 3 questio das expecatnas co trae Ausiuses a batho fin: primeira concepgo do resutado fal e 36 de ois reflexdo sobre os modas de obt-lo. Quadro 4.2: - Resultados da andlise do Modelo metodelégico proposto pare as lesce « monografias do Curso de Pés-Graduagso da ECA/USP. NdeTraoahor | Porcenagens (8) | s 55.55 L z a mt a Tow. ° Forte isitcs ECAUSP| Notase que, segundo os dads apresentacos no Qua: ro 42. a maior das exes © monografas deservohidas nos cursos de pés-graduasio da CCMUSR ou seja 55,55% ‘Se enquscrar pefetamente como pesquisa em artes, oun- o.© modelo metodolégico proposto. Nota-se também que 33,3396 feam no autre extreme, enquacrando-re camo ‘Maito Longe. Exes dads subsdiados pela minuciosa letra realzal dos textos, lv a interpreta de que os hiro ‘e2ECA fizeram escolnas de forms conicienze em optar OU ‘0 por desenvoler pesquisas em artes, Em outraspalavras, Isto quer dizer que aquees cue reaimerte optaram por rea lzar pesquisa em artes, fizeram-no em todaa sua pen tude ‘ apresentaram se abalnos come auténieas aerquas em artes. Em contrapartda observourse que aqueles que foram {asiieacos come Ml optaram corscieniemente porno re- ‘alaar perguita em arte ca forma come aqui €ertendi, 20-A Pesqua eu Arts tudo levando a crer que assim ofizeram aio por descanhe simento, mas por terem desejedo desenvolver apenss Um ‘memorial com relexBes sobre seus vabalhos 2.2.2. Mestrado « doutorado no exterior Procedi a um levantamento de todas o rabulhos de bo sists de mestrado e doutorado do CNPq no exterior, levan= ‘So sempre em carta © mesma ertrioadatada para oe tens anteriores, devendo constar do retultado final Sempre ura ‘obra de arte. Dertro desses pardmetros de selegio foram le vantados todos 05 processos existentes nos arcuivos. de 1984 a 1931 entre o materia anaizade exstem tabslhos i conell= core trabalhos em ancamento, Nota-se daramente que @ mmaivia sic trabahos em andamento Para fe proceder a anise foram examinados os projetos inicas de odor 0 processos setecionados, Nos rabahos em lancamento, foram consulades 0s reatérios paris, © nos Irabalhos concludes, foram analsados,além co provto, os ‘eat6rios pacia os ras, sempre que posslvel 35 teses Ou rcertagier first Procesi dessa maneira porque foi a forma encontrads pera garentir mor precsio para fazer uma interpetagéo mi ‘nucosa da esséncia das iis que os autores dos trabalhos {inham em reiagio 20 derenvolmento @ aor objtvor que pretenciam alceng No exterior exerpio do que ocorre com a ECAUSR, as tase obrigatoriamente nto necessam ser pesquisas. po- dem ger memoriss escrtvos ou simples rellexGer acompa- nando a apresentaci fra da cbra de ate 'Nos Cstados Unices, por exemplo, na grande msioria das universidades ndo existe doutorado (PRD) na rea dacr- gio artistic; © curso de maior grau & MFA (Master of Fine Ate) que ee apronima do mestrado no rai, Neste cureo, normalmerte € exigda dos candidatos ac tulo, uma ex30" Sido das obras realzadas e um memorial constanco Ga bi avlucee 87 praia do autor e algumas explicgtes sobre 2 obra que esta fendo mostrada para 3 obtengio de titulo. Desea forma, 2 Droprieorientagdo dos cursos ndo incentiva maiores rll Ges teSricas © mesmo pesquisa em artes da manera que {gu entendemos. ‘Também aqui no se procederd adentfiagio dos auto- res, des tulos dos trabalho, dos cursor © nemo pases em ‘que estio sendo desenvelvides 08 tabalkos, pelos motos Bexpostas Thu: | Obseragoes Gerais‘ Tat-seca elaboragto de ua serie de paints de grande formato utilzando-se 8 técnica de Sleo sobre tela. Cada ur cos pains representa um m&s de ges+ taglo human [No memorial que acompaaha o projet 6 fea longa re flexto sobre tudo 0 que ¢ executado ao longo do processo de vabalho, O métedo do wabalho & também descito em de- lalhes, taco no que se reere & execusie prétca, cuanto 2 ‘uestBes conceit 'Asexpectatvas do trabalho sio claas @ bem coloczcas FeforencilTedrizo€ feta uns analogs ente oatal 2 balnoea pinta de Frid Kahlo mas, contudo, 0 autor no a5- sume a carecerizacio de que essa artista possa ter servido ‘come orientagio mais efetiva e sstematizad para 2 execuczo do sbi. Problema: racamente opoto,resumesse a discus iculdades da represertaéo esttica «pista da gestagio ingior Thuto: 2 Obzervagdes GersitO trabalho consist bascamente na ‘execugiove pinturas,aboreardo a questo da representasio/ Uwl2agao do espago em sae mips relacoes. ‘Relorercia Teco: Nao consi de projet. Problems: Nao & expresso 6A Praga on Aare ‘valiagSo: ML. Thule: 3 (Observagtes Gerais Trata-se de um trabalho pritico de pinura, no qual 0 memorial que o acomparia tz uma au: tobiografia comencada do artista, € uma pobre descrgho das ‘obras que expée, para a obtengio do tue, ‘eferenca’Tedrco: © ator ndo apresentou nada rele vante com relagéo a questdes teéricas, nem no projeto rem no memorial de final de cure. Problema: Em nenhum momento foi mencionado algo que, mesmo vagamente, pudesse ser dentiicado come UT problemas ser invesigedo, Avaiagio. ML Titulo: 4 Observagdes Gerais: O projeto visa trocas de imagens por telefone via Slow-Scan e Fax, contactanco-se artstas brasileira e franceses. FeferencialTedrco: O projeto fala sobre a evolugio do Fax 0 avorda como umn processo interativo. E apresen- tado também um estado biblografico sobre a questao, em {que sho relacionades e mencionadasindmeras obras perti= Problema: O problema néo ¢ clramente celocado, © trabalho desenvolve-se basicamerte assertado em expe riéncias mpiicas, se no entanco expressar de forma clara ‘probleme a ser solucionace. Araliagio: R “Tito: § Observagées Gerais: Tata-se de desenvolvimento ‘empiri de aidad= em pintura,cilizando a técnica de leo sobre tela, Ndo consta qualquer explicitagéo de un méto- do erganizativo,hipéteses ou exoectativas. Anduste Referencial Tebrico: Nao & expresso no trabalhe. Problema: Nao & Wdentiicade. Avaliagies ML Tilo: & Observagses Gerais: © trabalho verta sobre reflexes 1 estudos do processa de criagfo artstica do préprio autor, {que bascemerte se uiiza da performance. (© métoce organizative do trabalho & muito vago € no so colocadas hipéteses ou expectativas RelerencelTebrico"€ apresentada long sta bblogr’- fica em que of estudos para o trabalho se apoiariam. ras segundo 0 exame feito do material, n§o se constata maior ‘ntrelagamerto da biliogrfnapresaatada com o desenvol- vimenta da trabalho Problema: Nio esté claro no materia analsado, vaagio: L Titulo: 7 (Observasies Gerais: Trta-se de um treinamento pura mente empirico na drea de pintura, ne qual o candidate faz Luma expotisto eminentemente pritia 20 final de curs. Rolerencial Te6nco: Nao const expressamente no ma serial analisedo. ‘Problema: Nao hé referéncia a problemas a serem vestgades. ‘Avaiagie: ML Thulo: 8 Obeervapbes Gera trabalho visa um estuco de api cago pritiea sobre 9 interrelacionamento entre diferentes processor ce mmprassda, tendo a gravura em metal como @ Dreecupacio central do estudo. O trabalho visa também fa- ber um levintamenta sobre a produgéo de gravuras norte- 90_A Prague wot Are americanas a fim de utilizar 0s procedimentos tecnicos nelas fempregados nos trebalhos artsticot do autor. O métode ‘organizatvo ¢ claro e bem corocade ReferencialTadrico:© trabalho adota 3 historia da gravs- ‘dos Estados Unides como ponto de partca para 0 este lecimento das referéncas. O autor baseia-se not artistas Que assumiram relevnciaa pari do perodo pé- guerra. Problema: Nao & claramente Geirico, mas gira em tor no do descorhecimento ce detahes técnicos utiizados por dversos artstas de relevanca nos Estados Unidos, Avalingo: P Thu: 9 Obcervagées Gerais: Tata-se de um trabalho de compu- tagho grifica com animagio feta em trés dimens6es (3D), com imagens representatvas de objeto, Ae animagies mis- tram técricastradiciorais de animagao (key Fame animation) ‘com animagées paramétrcas(texturas, tansparéncas, mo- vvmenta de cimerss et) Referencial Teco, Parallarente 20 desenvohimento prétco existem refexées de cardter mais teérico. No texto S10 citados varios autores, a bibliografia ¢ pertinente 35, questbes estuddas. ‘Problems: £ bem definido, nota-se por meio do texto ‘que grande preocupagio do trabalho, dz respeito butlia- ‘lo do computador como uma ferramenta de rea efcécia para desenvolvimento de um trabalho em que sea garantida qualidade artstica, Avalingio: P Tlo: 10 Observagses Geras:© trabalho faz um estudo sobre a ‘obra de Davie Hockney, buscando nas sutlezas 2 teenies, lenterder a maneiraelequerce pela qual este artista expres ‘2 suas dias, Fito iso, © autor passa 2 tsar esses con Asse OD Ccusbes para poder incorporé-las em trabalhos proprios. O ‘todo organizative é expresso, mas de form frig e Serr ‘grande detahamerte. ‘Referencial Tedrico:A nica mengio feta € sobre 8 bre ‘6 David Hockney ‘Problema: Néo & claramente proposto no projet. Avalagio: Tilo: 11 Obzervasées Gerais: Tiata-se de um treinarrento pura- mente pritico, sem preocupagbes teéricas. O trabatho fina pata a obtengio co thulo cansste basicamente em 2 tees pin {adas a dleo | ta de video VHS contendo um trabalho de animagio em computacio gif "ReferencialTe6rco: Nao consta nos escritos examinados 120 longo do processo analsado. ‘Problema: Néo fl identifcado, Aealagio: ML Thule: 12 Obzervasées Gerais um trabalho que se dé em um ni- vel primorcialmente técnica, buscando melhor controle de atmoslera de forno, em téenicasespecifias de construgic © ‘queima de pecas em cerdmic. ‘ Feferencial Ta6rco: No hs nenhuma referénciate6ri- «2.29 longo dos escritos do autor no processo analisado. ‘Froblema:Nao &colocad de forma explicta aagio: L Trulo: 13, Observasier Gerais: Tatase de um estuso cue visa tra bahar a poesia axravés de hologramas.O autor se prope & aperfeigoar seus canhecimentos tabre athena da ho ogra fia realzar varios srabalhos com téericas diversas como, 2A Pesgunes 24 Aare transmissio de laser com rao ¢vidid, relexdo com rai di Vidido, master com rao dwidido, et, ReferencalTeérico:Kintengho do autor é mais um trei= namento em nivel pritco do que téorico, por iso no esté expresso ur referencial terico. Consta ume extensa lint i= Dlogrfica no projeto de tee, ‘Problems: Nic ¢ bem colocade, presume-se que seja reiativo a necessidade de taiores conhecimentos tecnicos ‘em hologrfa Axiuses 03 cui foi entendido por pesquisa em arte, © cue existe Luma diferenga signifeativa, quando se conffonta esses re- sultados com os levantados no curso de pds graduagdo a ECA/US? Quadro 4.4. Resultados Comparativos dos Trabalhos Analisados nos Trés Universos Estudados em Termos Percentuais. Quadro 4.3. Resultados das Anslises das Disser- ston riba [ce yf econ tagées¢ Teses desenvelvides por alunos braslei- see We ae 09 em cursos de pr-fradvagio no exterior, com re a es = relagéo a0 modelo metodelégico proposto ’ 4686 = 1538 taagic | _N-deahoe | Pocenagee (6) z ee Ta isa Me = = t eee : nea7 me esas) He 5 pa | aes ® 2 1528 Tea | Toxo] aan 19000] rE 30.77 Fone: Chis «FERS? cs sas © Quadro 4.4. agrega.as informacdes de odasasané- om 13 100.00 lises empiricas realizadas. Na primeira coluna do Quadro Fae ‘Avalagioconstam os Dies de sproximagdo ct abalhon O primeira fato que chama.a atengio no Quadro 4.3, © que nenhum trabalho analizaéo ‘ei class ieada como. ‘Tulto préwima -MP. do modelo proposto; nota-re tam: em que existe aumento das porcentagens de freqUén- cia 4 medida que se caminha na escala em ciregio 30 distancamento do modelo metacolagico. Resumigamen- te pode-se afiemar que os trabalnot realizados no exte rior, em geral, no tem grande proximidade com 0 que fnalsados em relogio a0 modelo metodol6gico propesto: Muito Préxime -MP-, Proximo -P-, Regular Re, Longe -L- "Muizo Longe -ML. Nas irs colunas subsequentes se en- Contram o¢ resultados relatvos as peseuisat apoiadas pelo (CNP, a5 teves © monografie co curso de pos graduacio. da ECAUSP € a5 teses © monogralias de brasieiros bosi- tas do CNP no exterior respactvamente. ‘O que ce mas importante pode-se depreender des se quadro dir respeito 20 alo indies de adequaca0 do ™e- 6 A Daag ox Arms elo metacelégico proposte com relagéo as pesquisas ‘poiadas pe'o CNPa, Ess ato & de grande relevincia por- que fornece fortes indicios de que o modelo proposto # Fealmante adaquade &realdade ds pesquisa om artes que fentd sendo realzeda no pals CONCLUSOES {0 mais caro, para im. quea pesquisa em artes, nor ‘ser ums avicade setemiis,requer um método, que todo método impiia premeditacio e toda premeditagie & atvdade na qual parila foremente ointeectoe oracional Nao encontrei cutramare’ra de propor esquemas organi- zntvor e uma metodologia especies sem lngar mao de 20 lusdes recionasas. Na realidad, © como joi do, a pesquisa em artes en- quanto processo nio & somente to do rational, que &ra- Cconalé a conscénca de um problema a ser solucionado, das letapas a serem curpritas e do controle 2 ser exercido sobre todo. processo de investigagio. Ess elementos. quando ss- tematizador, deserbocam em um métede, e este cabs por aterder primordaimence aos padres do equacionamento e da xplagio racioral. No nies do tabalho. © em fase ainca de rojeto, ev bona es cia como virtua lave. Ela 2 per. 1 do corjunto de pressupostos que poderiam se suceder, as ara mim no estava io caro a iersidace de sua ocorréncia. “Tamtoa citnea quanto aare, enguanto processos erat: vos einsrumentot do conhecimenta humana, guardam 32: rmelhangas este tas. Tanto em ume quanto nouva, & neces sfria a combinacio dos aspects racionase intutvos para se A ‘longo do desenvolvimento deste trabaho, foi fcar- A Pasgures x Aare escnvolver os produtos gerados por suas ativcades. Na comparagio fete entre arte © encia vo longo dest ivr, fo ram encontradas mutas semehangas e coincidéncat ‘Uma das comparagoes que eu aponto como merecedo- rade estudosfururos mais aprofundetes diz respeito& api ‘agdo da teoria de Thomas Kun (1989) aos movimentos aristicos. Kuhn analsa as revolugdes © mecanismos acorn dos na cénca, as quai, guardadas as devas especticdades, ‘ococeeram também de forma muito semelhantes em ate. A indica das rupturas no campo atstico & muito préxima do {que Thomas Kuhn chamnou de Revoligdes Cienticas, 03 ci- ‘os paradigmiticos guardam, tanto em arte como em cién. 3, muita semelhangas na sua sistemstice de surgimento © ruptur.A luz dessa tena, seria interessante também se pro- cederiestigagSes mais aprofundadas quanto & questio do eigotareento co mocelo modernisa, e tentarrespostas 2 respeito do pos-modernismo: € crise © esgotamento do modernsme, cu um novo peradigma? ‘Atarela central empreendida neste trabalho fo apropos: so de uma metodologia acequada para a pesqisa em artes LDepois de cavear as cilerencas ene 2 especlacso © pes ua, foram dscatides delhadamente os faxores funcarer: this 20 deservalwmento da pesquisa em artes, eda saram a- [pumas concusées importantes Uma delas © entencimento do que sea um problema de pesquisa ¢ as caracterstcas ue Ble assume em arte. Reconrece-se que se, muita vezes, é de dific earacterzagdoe verblzagio, mas fnéarenta para que ‘esta uma pescuisa, pois sem preblemasndo hd porque bus ‘arsolugdes e nem porgue fazer pescuisa. No enanto, food ressaltado que 05 problemas resolvcos pela arte ndo si ‘como 0s resoivces pela Stra, sdo mals Sus © menos evi lentes, ras, depois de identifcados e solucionads. sio, a ‘exemplo dos resolves pel cifnca. devovvidos& sociedad ‘io em forma verslzada com cesltados coneretas © mi teria, mas im cantidasras obras de arte Depots ds ciscussio acerca das diferengas existentes entre a are, a cidncia e are produzica de forma puramerte Cosctsates 97 ineita, chegou-se a uma série de concusées, resumidas no Quadro 3 « que retemo agora somente no que se refere & Pesquisa em arte e are puramente itu. Quadro 5: Comparagao das fases de Pesquisa em Citncia, Pesquisa em Artes fe Arte Puramente Intuitive revtrasal |Ehesi nee ravine SS SSS ee pessoal pesioa) Este Quadro resume algumas ds principals conclsoes cara.cas deste trabsiho, Acolura da exquerda Fises a Pes ‘ita resume of pontos entendidos come fundamentais 3 toda © qualquer atwidade de pesquisa. Nas ovtras duas co unas, esto listadas as caacteritcas epartculaidades refe- rantes 3 pesquisa em artes e em arte produzca por forma preponderantemente inti. ‘Com relagio a percepséo ¢ identicagio do problema a ser invertgade, que é um dot pontos fundamentsis do 2ro- cesso de pesquisa, vé-ie que esta etapa ocorre de mareina di versa na pesgisaem artes enaartepuramerte itive, © ecu Valente adzer que artista ndo domina conacientements of rumos que seu trabalho i tomar Com relaggo 2 obzervacio a0 processo de trabalho, ni existe renhumra diferenciagao 8A Pesguuea ou Aue entre as duasatvdades, © mesrno acontece com relagio aos resultados, que er qualaver forma de se fazer arte-incepen- dente de ser orisnca da pesquta ou No ees so sempre su- jetos varies de irterpretagzo.O interlocutor da obra de ae, sea ela orunda de pesqusa ou nic, interpreta ivaravl: ‘mente os resuitados deforma pesioal esubjetiva. De todas as concusdes que podem ser extraidas do Quar ro, aprncpal e mas importante & aquea que vem confers ahioiese cerrado wbalho, que €2 exstinca de cferenca ‘do erte a formas de se fazer arte, ¢adistingdo ere gripoe e artetas quanto & forma de vabuho, ou sea, a exsténca de artistas pesqusadores ede aristaspuramenteiittvos. Pere se testa proposta metodolégic, foi analisado um conjunto de 37 trabalhos e/ou projetos de wrabalhos,cujos resltaces foram, de forma resumida, presentados no Qua- cro 4.4 Aprinipal conclusio que se exra dasse quadto di res peito ao ato nivel de adequagdo do modelo metodolégico roposto com relagdo is pesquisas apoiades pelo CNPq 86,65% estio em MP e F © somente 6.6% es:z0 ababo do nivel regular. Devdo 3 imaortncia e &representatvdade esse universo araliado -d2s pesquisas apoiadas pelo CCINPg-, pode-se concuir que hi indieos de que o modelo metodoldgico proposto é adequado para ser aplicado e ut lizado em relagio & pesquisa em artes no Gra ‘Com relagdo aca dados referents aos trabalnos realzados tem cursos de as-gractagio, ceve-se ter em merce que nem na ECA nem no exeror existe a obrgatonedace ce se apresertar como trabalho de concls3o de curso ua obra que ana esa {ado do desenvolvirento de pesqusas como aqui é entendido ‘al term. Sio aceitos come ‘rans de nal ce curso, me: ‘mari desertvos sobre obras efouartsas e exposes, sem que ese rater obrigtriamente se cortiua em pesquisa, (Os dads relativos 20 Quadro mostram que, de forma {tral 05 trabalhos relzados na ECAVUSP se aproximam mas do cue é aqui enencide come pesquta em ane, do que ot ‘rabalos realzados em cursos de pos graduagio no exterior. Cconcusus (O que se deve ressaltar mais uma vez, neste ponto, & que ox trabalhor submetcos a este modelo, © que fearam situados no ponto MLou L,nZ0 dever, de forma alguma, ser tentendicos como tendo seu valor diminulde, 04 como sen. do tratalhos de qualidade inferior aos demais.Tatese, 18 verdade, de uma decorréncia do modelo proposto, que & ssumido por mim como um modelo redutor em relagdo 3 amplitude des signiicagdes nc universe artstco, Parafralizen creio que este traoaho reine em seu corpo) uma sie de concetos dds que poderso ser uilzados por todos aqueles que, de diferertesfermas, ocuper se diretz ou indietamente, come pesqusa em arte artistas pesquisadores, curtos de pds-gradagto, pro-eitores de pesquise,agéncas de tomento,pSs-gradandos bem como aqueles que se pre- ‘ocopam com 3 complexz questio da pesqusa em arte. Brntiocearia ESPECIFICA ANDERY. IA. ali, Ara Compreencir 2 Cincia Rio de nero, EsitoraEspago, Sio Paulo, Edtora ds PUC, | 988, ARNHEIM, Rudo etlecto na Arte. 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