Para a reorganizao da produo de croch de Nova Russas, nos
moldes de uma economia solidria, o primeiro passo a criao de uma comisso, formada por pessoas da comunidade, que se disponham a contatar e pedir o apoio das instituies estaduais e federais voltadas ao associativismo e ao cooperativismo. Seria importante que este passo inicial fosse liderado pela atual diretoria da ARTCRON, associao que se esfora para divulgar e apoiar o trabalho das crochezeiras de Nova Russas. Nesse sentido, o SEBRAE com certeza ter um papel importante, inicialmente fazendo um diagnstico sobre o potencial da produo artesanal de croch de Nova Russas para se constituir em uma cooperativa, assim como na orientao de todas as etapas a serem realizadas para a criao dessa entidade. Teremos, primeiramente, que ultrapassar o individualismo hoje muito arraigado na nossa sociedade - e difundir uma nova mentalidade baseada na coeso social conciliao de interesses, dilogo cooperativo, solidariedade , condio esta que se faz absolutamente necessria. Isto poder ser feito por meio da realizao de cursos, encontros, palestras voltados conscientizao das(os) artesos e formao de lideranas locais. No temos dvida que este esforo comunitrio ser apoiado, alm do SEBRAE, por vrias outras instituies j existentes no mbito dos governos estadual e federal, com o objetivo de apoiar e estimular a economia solidria. No mbito local, ser importante conquistar a adeso de lideranas comunitrias e polticas, educadores, formadores de opinio e, de forma muito especial, da Escola Tcnica de Nova Russas, cuja participao e integrao ao movimento fundamental. Em sntese, todos os esforos nesta etapa inicial devero ser voltados construo de uma nova cultura, fundada nos valores humanos de solidariedade, fraternidade e de concrdia. E a organizao da sociedade, por meio da criao de espaos para o dilogo com vistas conciliao e integrao dos interesses coletivos, se apresenta como absolutamente necessria. A coeso social permite a formao do chamado capital social, principal arma para o desenvolvimento de comunidades que no possuem capital financeiro. Continuaremos a falar sobre este assunto nos prximos artigos.