A questo dos Direitos Humanos apresenta-se sob diversas facetas. No saberia
enumerar e/ou conceituar todas - se que se pode enumer-las e conceitu-las adequadamente. Atenho-me apenas a duas que creio importantssimas: a vida e a verdade. Iniciamos pela vida que, alis, onde tudo comea. A vida o bem mais fundamental de cada indivduo, sem a qual nada mais foi, faz ou far sentido. Nesse aspecto, transcende toda e qualquer questo, seja ela filosfica, religiosa, artstica ou cientfica, vez que se esgota em si mesma. Atentar contra a vida significa macular a base que serve de sustentculo construo dos Direitos Humanos. A verdade, por seu turno, baliza ou deveria balizar qualquer ato vinculado justia. Est na essncia da justia ou , dizem alguns, a prpria justia. Traveste-se, tambm, de inmeras roupagens. Resumia Aristteles que a verdade "(...) afirmar o que e negar o que no (...). Mas a verdade no escapou inclume onda relativstica, de tal forma que a verdade, hoje, entende-se relativa. E relativa porque sempre desconheceremos todas as razes e todas as implicaes envoltas em qualquer ato ou ao ocorrido. Em suma, como poetizou Drummond, a porta da verdade estava aberta (...). Agora, o que faz a percia criminal a no ser procurar descortinar a verdade material possvel envolvida em um ato que, ou suprime a vida ou atenta diretamente contra o seu pleno desenvolvimento? O que faz o Perito Criminal a no ser traduzir para o meio jurdico um ato de agresso aos Direitos Humanos? Ocupamos, neste contexto, posio estratgica na garantia a no violao aos Direitos Humanos e, portanto, valorizar a Percia Criminal e os Peritos significa elevar o nvel de proteo de tais direitos. E isto, em ltima anlise, mede o grau de civilidade de uma nao. Em poca de Copa do Mundo interessante no descuidar desses detalhes! ( )
* Fsico e Bacharel em Direito, Mestre em Sensoriamento Remoto e Perito Criminalstico Aposentado.