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RESUMO AULA 01 Sumario INTRODUGAO.... TEORIAS PARA EXTINCAO DE LITIGIOS. 1 - AUTOTUTELA... 2 - AUTOCOMPOSICAO .... trés sdo as formas autocompositivas :. 2.1 - conciliagao. 2.2 - mediagdo. 2.3- negociacao coletiva .. 3 HETEROCOMPOSICAO... 3.1 Solugdo jurisdicional. 3.2 A arbitragem, ... . 4 INTRODUCAO E REFORMAR DO PROCESSO EXECUCIONAL....c..0.5 5 - A CLASSIFICACAO DAS SENTENCAS SEGUNDO SEU CONTEUDO EFICACIAL.. TEORIA TRINARIA.. 5.1 SENTENCA DE EFICACIA CONDENATORIA 5.2 SENTENCA DE EFICACIA DECLARATORIA 5.3 SENTENCA DE EFICACIA CONSTITUTIVA . TEORIA QUINARIA.... 5.4 SENTENGAS MANDAMENTAIS.. 5.5 SENTENCAS EXECUTIVAS ... A FORCA EXECUTIVA DAS SENTENCAS DE IMPROCEDENCIA. EXECUGAO X CUMPRIMENTO DE SENTENCA © NOVO SITEMA DE CUMPRIMENTO DE SENTENG: AS ALTERAGOES TRAZIDAS PELA Lei n° 11.232/2005.. JUSTO PROCESSO... PROCESSO SINCRETICO.... m JURISPRUDENCIAS JUSTO PROCESSO E PROCESSO SINCRETICO. 15 PROCESSO SINCRETICO INTRODUCAO A VIDA EM SOCIEDADE - “direito de um acaba quando comega o do outro”, entretanto nem sempre é possivel detectar-se , com raz&o , onde esta este direito, e quais os seus efetivos e corretos limites Apesar desse incontavel ntimero de leis e artigos em nosso ordenamento juridico, que da nao Estado o poder “manu militari” de retirar forgosamente o bem de uma pessoa e transferi-lo a outra, nem sempre se alcanga este fim. Ja foi pior... TEORIAS PARA EXTINCAO DE LITIGIOS Segundo refere o professor e Eminente Des. Dr. Araken de Assis) na obra Manual da Execugdo, trés terapias séo concebiveis para extinguir litigios: “a auto-tutela, a auto-composicio e a heterocomposicao.” - Antes do surgimento do estado - AUTOTUTELA : “LEI DO MAIS FORTE” - Com 0 advento da organizago social corporificada no Estado passou-se "da justica privada para a justica piblica: o Estado, ja suficientemente fortalecido, impoe-se sobre os particulares e, prescindindo da voluntéria_ submissao destes, _impde-lhes autoritativamente a sua solucéo para os conflitos de interesse" £ a chamada heterocomposigao de conflitos. Metodoldgica e didaticamente pode-se fazer aluséo a dois mecanismos de composi¢éo de conflitos. De um lado a autocomposicéo, que acambarca os institutos da conciliagéo, da mediagéo e da negociacéio coletiva, e, de outro, a heterocomposi¢éo, que abrange a arbitragem e a solucdo jurisdicional ‘ASSIS, Araken de. Manual da Execugao.11. ed. S80 Paulo: Revista dos Tribunsis, 2007. p. 70. 1- AUTOTUTELA Explica o autor que pela auto tutela se pode compreender como a justica com as préprias maos, privilegiando o mais forte, pauta esta que hoje € inaceita na sociedade. 2 - AUTOCOMPOSICAO A auto composicao pressupée uma final composicéio das vontades, transigéncia reciproca, ou reconhecimento de parte a parte, fruto de varios estimulos legislativos, mas que nao guarda condigdo de ser forma de resolucéo diante de maior contingenciamento. trés so as formas autocompositivas : 2.1 - conciliagaéo tem-se a figura do conciliador - A conciliagdo é “prevista pela Recomendagéo n° 92, da OIT, e possui dois tipos: judicial e extrajudicial". (CLT, arts. 847 e 850) 2.2 - mediagao surge a figura do mediador, que é escolhido de comum acordo pelas partes em litigio, cuja funcdo é servir de canal de comunicag&o entre os litigantes 2.3- negociagéo coletiva, prevista no art. 114, § 1°, da Constituigéo Federal, cinge-se a fase das tratativas de interesses entre sindicatos de trabalhadores e patronal, que, sem a intervengao de terceiro, ainda que assistidos por advogados 3 HETEROCOMPOSICAO E de resto temos a heterocomposi¢ao, ou seja, a busca da solugéo mediante ingeréncia de terceiro, com institucionalizagéo de regras, se interesses parciais, atuando como representante da sociedade politica. Com a heterocomposi¢ao € que o embate de posicionamentos, de entendimentos, ¢ os atos ou fatos da vida recebem juridicidade. 4 Estabelecem-se entdo posicdes antagonicas, opostas, de enfrentamento, tudo que pela concepedio da vida social relega ao Estado a obrigacdo de prestar “Jurisdi¢do”, assistindo 0 caso, dizendo onde esté o direito e em estagio final fazer cumprir este direito. Nasce entéo a denominada “tutela jurisdicional executiva’, traduzida no plano processual como proceso de execucao. Dos meios heterocompositivos ~ arbitragem e solugao jurisdicional 3.1 Solugao jurisdicional é aquela em que "o Estado exerce a funcao que Ihe é prépria, a jurisdigao, na qual a vontade das partes cede lugar a um érgao imparcial do Estado, qual a Justiga do Trabalho’. 3.2 A arbitragem, também denominada "Lei Marco Maciel" (Lei n® 9.037/96), "é um meio alternative de solucdo de conflitos, através do qual as partes elegem uma terceira pessoa, cuja decisao tera o mesmo efeito que a solucéo jurisdicional, pois é impositiva para as partes’ 4 INTRODUCAO E REFORMAR DO PROCESSO EXECUCIONAL O Cédigo de Processo Civil - CPC, Lei n° 5.869/1973, vem sofrendo reformas substanciais no sentido de adaptar-se as novas realidades sociais e juridicas, - 1994, com a Lei n° 8.952, passando a prever no ordenamento patrio a antecipacao de tutela, atual artigo 273. - Em 2005, com a Lei n° 11.232, o legislador ordinario fez uma nova e importante reforma, modificando substancialmente a execugao judicial Ja no tocante segunda, os chamados titulos executivos extrajudiciais ficaram disciplinados no Livro Il do Cédigo, com regras especificas, atinentes a um processo proprio. Diante desse novo panorama processual, diversos debates surgiram, quando nio se intensificaram. E 0 caso da previsao contida no art. 478-N, inciso I, do CPC. Em outras palavras, ao relacionar os ditos titulos executivos judiciais, o dispositivo em comento substituiu 0 comando contido no artigo 584, Inciso I, qual seja, “sentenca condenatéria proferida no processo civil’, por “sentenca proferida no processo civil que reconhega a existéncia de obrigacao de fazer, nao fazer, entregar coisa ou pagar quantia’. Passou-se entéo a questionar se toda sentenca, tenha ela eficacia preponderantemente condenatéria ou nao, é dotada de forca executiva.????? 5 - A CLASSIFICACAO DAS SENTENCAS SEGUNDO SEU CONTEUDO EFICACIAL TEORIA TRINARIA Para a doutrina classica, trés espécies de sentencas sio contempladas em nosso ordenamento: condenatéria, declaratéria e constitutiva. > Teoria Trindria 5.1 SENTENCA DE EFICACIA CONDENATORIA - reconhece a existéncia de obrigagao e impée a prestag&o ao vencido, nao simplesmente declara. Impde 4 parte vencida em uma demanda judicial o cumprimento de uma obrigacdo, seja cla de fazer, seja de ndo fazer, de pagar quantia ou de entregar coisa. Eficacia Condenatéria: reconhece a existéncia de obrigagao € impée a prestacao ao vencido, nao simplesmente declara, ex. pagar X pelo acidente de carro. Pode ou nao carecer de execucao. 5.2 SENTENCA DE EFICACIA DECLARATORIA A declaratéria visa a dar certeza acerca de algum direito, de uma relagdo juridica, néo necessariamente de uma obrigacao Eficdcia Declarativa: tem por objetivo extirpar a incerteza, tornar indiscutivel a existéncia ou nao de relacao juridica, a autenticidade ou nao de um documento. (para verificar alcance de clausula de contrato,por exemplo), nao nasce efeito executivo, como veremos 5.3 SENTENCA DE EFICACIA CONSTITUTIVA A constitutiva ou desconstitutiva consiste na criacdo, na modificagao ou mesmo na extingdo de uma relacdo juridica. Eficacia Constitutiva: implica mudanga na relacdo juridica, ndo ha execugdo, é ideal, intelectual, muda um estado juridico. Ex separacao por violagdo, resolugao de contrato por inadimpléncia, ete TEORIA QUINARIA Assim advém a chamada teoria quindria, defendida por Pontes de Miranda, que, além das trés jé mencionadas, acrescenta as sentencas mandamentais e as executivas lato sensu. 5.4 SENTENCAS MANDAMENTAIS: As primeiras consistem em decisdes em que o julgador ordena o cumprimento de algo, a realizagao de uma conduta ou mesmo uma omissdo. E 0 exemplo do mandado de seguranca, sentenca que afasta a necessidade de um processo de execugéo proprio. 5.5 SENTENCAS EXECUTIVAS Ja as executivas lato sensu consistem em decisdes cujo cumprimento esta embutido no préprio processo de conhecimento. E 0 caso das acées possessérias. Eficacia Executiva: a forca executiva retira o valor que esta no patriménio do demandado e pée-no no patriménio do demandante, tem eficdcia imediata, 0 ato recairé sobre o bem que integra o patriménio ex. despejo, execucao de titulo, etc Independentemente de qual teoria a ser adotada, é imperioso reconhecer que toda sentenca enseja ndo somente uma eficdcia. Por exemplo, 0 juiz, ao condenar o réu ao pagamento de uma indenizacdo por ato ilicito, esta também declarando que o demandado cometeu uma conduta lesiva ao autor da ago, razdo pela qual foi condenado. © que se deve identificar para classificar a sentenca é qual 0 contetido eficacial preponderante. No caso acima dado como exemplo, resta evidente que prepondera a eficacia condenatéria. A FORCA EXECUTIVA DAS SENTENCAS DE IMPROCEDENCIA As sentencas de improcedéncia sido decisdes declaratérias negativas, que reconhecem a inexisténcia do direito pleiteado pela parte-autora. Na verdade, quando instalada a relagéo processual, tém-se duas pretensées, a do autor, que busca o reconhecimento de um direito; e a do réu, que, ao contestar, visa a declaracdo negativa do postulado pela parte adversa. Logo, o juiz, ao julgar improcedente o pedido do demandante, nada mais faz do que acolher a pretensao do réu. E, ao fazé-lo, conhecendo e resolvendo o mérito da lide, produz a coisa julgada, tornando imutavel a decisao. Parte da doutrina, especialmente aquela que combate a eficdcia executiva das sentencas declaratérias, por evidente, néio reconhece a possibilidade de execucdo forcada nas sentencas de improcedéncia. Necessariamente deve haver uma imposig&o, que se consubstancia na condenagao. A sentenca de improcedéncia apenas nega o pedido do autor. E, se essa negativa consistir no reconhecimento de um direito de crédito ao réu, caberé a ele mover a acdo prépria (reconvencao), entdo ocupando o polo ativo da relacéo processual, j4 que ¢ 0 autor quem delimita a lide. 2 Vide a ligéo de Humberto Theodoro Junior In Curso de Direito Processual Civil. 48. ed. Rio de Janeiro: Forense. v. II. p. 76. Consoante a jurisprudéncia, no se tem como negar que a sentenca de improcedéncia, nos casos em que se visa a declaracdo de inexisténcia de uma relacao obrigacional, detém efeitos duplices, pois, ao afirmar que o autor deve ao réu, possibilita a este exigir essa prestacdo que foi impugnada pelo demandante. tema é bem esclarecido no voto emanado pelo Ministro Teori Albino Zavascki no seguinte julgado (STJ/REsp 1.300.213/RS, data do julgamento em 12.04.2012): “Na verdade, em demandas como a que deu origem ao presente recurso — em que se buscou provimento judicial que certificasse a inexisténcia de uma relagao juridica obrigacional -, a procedéncia e a improcedéncia do pedido representam o verso € o reverso inseparaveis da mesma moeda: 0 julgamento de mérito importara necessariamente um juizo de certeza sobre a existéncia ou sobre a inexisténcia da obrigacdo, sendo que, em qualquer dos casos, a sentenga tera eficdcia preceitual para as partes, como verdadeira norma individualizada (‘lei entre as partes), e, transitando em julgado, sera imutavel e indiscutivel, salvo por rescis6ria, se for 0 caso. Quando improcedente, conferira, portanto, tutela jurisdicional em favor do demandado, independentemente de reconvengdo. Alids, em alguns casos, a norma processual deixa expresso esse potencial efeito diplice, sendo exemplos inequivocos as sentencas de mérito em agées possessérias (CPC, art. 920), em acées de consignacéo em pagamento (CPC, art. 899, § 2°) e em acdes de prestacéo de contas (CPC, art. 918). A reconvencdo, como é sabido, somente se presta para decidir outra causa, fundada em relagéo juridica de direito material distinta, que, embora conexa com a da agao principal (CPC, art. 315), com ela nao se confunde. Conforme assinalou Pontes de Miranda, ‘a pretensdéo, ou a acdo, que é objeto da reconvengao, tem de ser diferente da que é exercida na acdo contra o réu’ (MIRANDA, Pontes de. Comentarios ao Cédigo de Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 1974. Tomo v. p. 161). E conclui, mais adiante, em exemplo que retrata, mutatis mutandis, o que aqui esta em causa: ‘se, contra acéo declaratéria positiva, o réu, defendendo-se, pede a declaragdo negativa, néo ha reconvencdo’ (op. cit., p. 162). Nao é outra a licgdo de Barbosa Moreira, que, ao tratar do interesse processual em reconvir, assevera: ‘Esse requisito falta sempre que a matéria possa ser alegada, com idéntico efeito pratico, em contestacdo. Por exemplo: nao se pode reconvir para pedir simplesmente a declaracao de inexisténcia do mesmo direito postulado na agdo originaria’ (MOREIRA, José Carlos Barbosa. O novo processo civil brasileiro. 27, ed., Rio de Janeiro: Forense, 2008. p. 45). EXECUCAO X CUMPRIMENTO DE SENTENCA? DISTINGAO ENTRE EXECUCAO FUNDADA EM _ SENTENCA CONDENATORIA E SENTENGA EXECUTIVA A distingo entre a execucéo fundada em sentenga condenatéria (art. 475-J do CPC) e a sentenga executiva (art. 461 e 461-A do CPC). A sentenca condenatéria, tal como os demais titulos executivos judiciais, nao podem ser executados ex officio, pelo juiz. A execugao da sentenca condenatéria é condicionada pelo art. 475-J, caput e § 5° do CPC a uma nova demanda, sem a qual ndo podera ter inicio & atividade executiva, propriamente dita. Diversamente ocorre com a denominada sentenga executiva: neste caso, a sentenca, além de reconhecer a existéncia de violacdo atual ou potencial ao direito, determina a pratica de atos executivos tendentes a reparar a lesio, ou a evitar que a mesma ocorra. E o que ocorre, por exemplo, nos casos referidos nos artigos 461 e 461- A do CPC. Com a Lei 11.232/2005, o cumprimento de sentenca tornou-se eficaz a partir de 24.06.2006, desde entéo passou a regular os processos em curso. Parece néo haver diivida de que os processos de execucao de sentenca iniciados no regime anterior, isto €, as sentencas condenatérias sdo executadas na forma antiga, mas mediante novo processo executivo, sé se pode considerar iniciados pelo novo sistema 0s processos que tenha havido citacdo do executado para pagamento (art. 652). Aqueles em que a citagao ndo se deu, seja por nao ter havido pedido formal do credor, seja porque o devedor nao foi encontrado, assim, podem ser transformados em fase para cumprimento da sentenca, porque 0 processo executivo instaurado nao teve eficécia para 0 executado. E, se esse novo processo nao se iniciou, é possivel o credor pedir para se instaurar a nova fase de cumprimento da sentenca. A lei 11.232 de 2005 pretendeu eliminar 0 processo de execugdo de sentenca, introduzindo a fase de cumprimento da sentenga (art. 475-Ia 475-R), que corresponde a execugéo da sentenca. 0 art. 475-I esta assim redigido: “O cumprimento da sentenga far-se-4 conforme os arts. 461 ¢ 461-A desta lei ou, tratando-se de obrigacao por quantia certa, por execugdo, nos termos dos demais artigos deste 10 Capitulo”. De acordo com essa redacdo, parece que a execugdo da sentenca ocorreria apenas nos termos do art. 475-J € ss., destinados basicamente a execucdo de sentenca pecuniaria, e que a efetivagdo das decisées com fundamento nos arts. 461 ¢ 461-A do CPC dar-se-ia pelo cumprimento da sentenga, que nao seria execugdo. ‘As novas regras sobre o cumprimento da sentenga sao destinadas a execucéo pecuniéria. & como se o cumprimento das sentengas dos arts. 461 ¢ 461-A no fosse, substancialmente, uma atividade executiva. Conforme entendimento de Fredie Didier Jr, a mistura terminolégica ndo se justifica: existe execugéo sempre que pretender efetivar materialmente uma sentenga que imponha uma prestacdo (fazer, nao fazer, entregar coisa ou pagar quantia), pouco importa a natureza dessa prestagdo. Talvez o mais correto fosse dizer, para manter a terminologia do Cédigo de Processo Civil, que a execucdo da sentenga de fazer e de nao fazer dar-se-& segundo os termos do art. 461 do CPC, a da sentenca de entrega de coisa, de acordo com o art. 461-A, e a da sentenca pecuniéria, de acordo com as regras do cumprimento da sentenga, previstas no art. 475-J e ss. ATENCAO 1. Diferenca entre Processo de Execucéo e Fase de cumprimento de sentenca. Ambos tratam-se do processo de execugdo, entretanto a doutrina chama de processo de execucdo aquele auténomo feito em processo especial para este fim, no caso de titulos extrajudiciais e de execugées contra Fazenda Publica; Fase de cumprimento de sentenca, trata-se da execuco de titulos judiciais que, a partir da lei 11232/2005, pode ser requerida nos préprios autos, por simples peticio, atendendo assim os principios da celeridade e economia processual. © NOVO SITEMA DE CUMPRIMENTO DE SENTENGA A grande novidade do sistema de cumprimento de sentenca é que, exeqtiivel esta, passa-se a seu cumprimento no mesmo processo (por isso ele é executivo lato sensu), sem necessidade, portanto, de nova citacdo, sendo a execug&o forcada uma nova fase do processo. Antes, havia dois processos: um de conhecimento e outro de execugo; agora a execugdo é nova fase do mesmo proceso. Isso importa na desnecessidade de citagdo, ja representa um grande avanco em relagéo ao sistema anterior, porque se sabe da dificuldade, na pratica, de citar pessoalmente o devedor. iL Entretanto, antes (art. 603) como agora (art. 475-A), s6 pode ser exeqiivel a sentenca liquida; a que depende de acertamento do quantum debeatur nao pode desde logo ser cumprida, porque nao se sabe o valor devido. S6 depois de definida a quantia devida é que sera possivel ao devedor cumprir sua prestaco e, diante de sua omiss&o, no processo executam-se medidas tendentes a realizagéo do mesmo resultado. AS ALTERACOES TRAZIDAS PELA Lei n° 11.232/2005 Com o advento das Leis ns. 8.952/1994 e 10.444/2002, e, agora da Lei n. 11,232/2005, © processo de execucdo auténomo ficara restrito a execucao de obrigagéo consagrada em sentenca penal condenatéria transitada em julgado (CPC, art. 475-N, Il), sentenga arbitral (CPC, art. 475-N, IV), sentenga estrangeira (CPC, art. 475-N, V1), formal e certidéo de partilha (CPC, art. 475-N, VII) e em titulos executivos extrajudiciais. ‘As obrigagoes de fazer, nao-fazer (CPC, art. 461), entregar coisa (CPC, art. 461-A) e pagar quantia certa (CPC, art. 475-I) reconhecidas em sentengas judiciais civeis (CPC, art. 475-N, I, Ill, V) serao executadas em mera fase subseqiiente de um processo sincrético, ou seja, de um processo com funcées cognitiva e executiva, que declara ¢ satisfaz o direito. O debate acerca da matéria posta em estudo veio a intensificar-se com 0 advento da Lei n° 11.232/2005, que, dentre outras disciplinas, modificou o rol dos chamados titulos executivos judiciais, elencando como tal, no art. 475-N, inciso I, do CPC: “Art. 475-N. Sao titulos executivos judiciais: I - a sentenga proferida no processo civil que reconheca a existéncia de obrigagao de fazer, nao fazer, entregar coisa ou pagar quantia.” Em uma interpretagdo literal, qualquer sentenga, independentemente de sua natureza, desde que reconhega uma obrigagao, poderia ensejar a execucdo forgada, ndo necessitando de uma condenagao propriamente dita. Araken de Assis entende que a sentenca, ao declarar a existéncia de uma prestagao, enseja, por si s6, a condenacdo. Para Fredie Didier Jr., a execucéo das sentengas meramente declaratérias vem ao encontro do principio da efetividade 12 jurisdicional, sendo que, partindo dessa premissa, j4 se vinha admitindo. Nao obstante os argumentos tecidos e todo o embate técnico, a jurisprudéncia do STJ vem sedimentando-se no sentido de admitir a forca executiva nas sentengas de natureza declaratéria. “TRIBUTARIO - PROCESSO CIVIL - AGRAVO INTERNO EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - SUFICIENCIA DA PRESTACAO JURISDICIONAL - OFENSA AO ART. 535 DO CPC - INEXISTENCIA — EFICACIA EXECUTIVA DE SENTENGA DECLARATORIA - RESP 1114404/MG E RESP 1261888/RS - ART. 543-C DO CPC. 1. Nao ha violagdo do art. 535 do CPC quando a prestacao jurisdicional é dada na medida da pretenséo deduzida, com enfrentamento e resolugéo das questées abordadas no recurso. 2. Segundo jurisprudéncia sedimentada nesta Corte, confere-se eficdcia executiva lato sensu ao provimento declaratério que acerta a relagéo juridica discutida na demanda, pois ‘Nao ha razao alguma, légica ou juridica, para submeter tal sentenca, antes da sua execucdéo, a um segundo juizo de certificagao, cujo resultado seria necessariamente 0 mesmo, sob pena de ofensa a coisa julgada’ (REsp 1300231/RS, rel. Min. Teori Zavascki, Due 18.04.2012). 3. Precedentes do STJ, inclusive julgado sobre o rito do art. 543-C do CPC. 4. Agravo regimental nao provido.” JUSTO PROCESSO Processo Justo - A definicdo de justo processo pela doutrina patria implica na convergéncia de diversos valores de nosso ordenamento juridico que visam A obtengao de uma decisdo justa. Dentre estes valores, encontra-se 0 devido proceso legal, 0 acesso a justiga ¢ a efetividade das decisées. No mesmo contexto, SARLET, MARINONI e MITIDIERO esclarecem que ninguém ser privado da liberdade ou de seus bens sem © devido processo legal, instituindo o direito ao justo proceso no ordenamento juridico brasileiro: De forma absolutamente inovadora na ordem interma a nossa Constituigéio assevera que ninguém serd privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal (art. § LIV). Com isso institui © direito fundamental ao proceso justo no direito Brasileiro. Embora de inspiragdo estadunidense notoria, sendo nitida sua ligagdo com a Vea XIV Emendas & Constituigo dos Estados Unidos da América, certo € que se trata de norma presente hoje nas_principais constituigdes ocidentais, consagrada no plano internacional na Deciaragao Universal dos Direitos do Homem (1948), art. 8 € 10, na 13 ‘Convengao Europeia dos Direitos do Homem (1950) art. 6; no Pacto Internacional relativos aos Direitos Civis e Politicos (1966) art. 14,; na Convengao Americana sobre Direitos Humanos (1969) art. 8. O direito a0 fair trial, no por acaso_constitui a maior contribuigao a0 comum law para a civilidade do direito e hoje certamente representa 0 novo jus comunne em matéria processual’. Os autores enfatizam, ainda, que 0 direito ao justo processo esta caracterizado como direito fundamental em nosso ordenamento juridico: [..] © direito a0 proceso justo constitui principio fundamental para organizacéo do processo no Estado Constitucional. E 0 modelo minimo de atuago processual do Estado e mesmo dos particulares em determinadas situagdes substanciais. A sua observagdo & condigéo necesséria e indispensdvel para a obtengso de decisbes justas’ Neste vértice, HUMBERTO THEODORO JUNIOR correlaciona 0 devido processo legal® ao processo justo: A garantia do devido processo legal, porém, nao se exaure na observancia das formas da lei para a tramitacao das causas em juizo. Compreende algumas categorias fundamentais como a garantia de juiz natural (CF, art. 5°, inc. XXXVI) ¢ do juiz competente (CF, art. 5°, inc. LIM), a garantia de acesso a justica (CF, art. 5° inc. XXXV}, de ampla defesa ¢ contraditério (CF, art. 5°, inc. LV) e, ainda, a de fundamentacao de todas as decisdes judiciais (art. 93, inc. IX). Uma assimilagao da ideia de devido ‘proceso legal a de processo justo é feita modernamente. A par da regularidade formal, 0 processo deve adequar-se a realizar 0 melhor resultado concreto, em face dos designios do direito material. Entrevé-se, nessa perspectiva, também um aspecto substancial na garantia do devido proceso legal’. 4 SARLET, Ingo Wolfgang; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Curso de di constitucional. 2. ed. Sao Paulo: Revista dos Tribunais, 2013, p. 699. 5 SARLET, Ingo Wolfgang; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO Daniel, Curso de direito constitucional. 2. ed. Sao Paulo: Revista dos Tribunais, 2013, p. 700. ®"1...] O devido processo legal, no Estado Democratico de Direito, jamais podera ser visto como simples procedimento desenvolvido em juizo. Seu papel é o de atuar sobre os mecanismos procedimentais de modo a preparar e proporcionar provimento jurisdicional compativel com a supremacia da Constituiggo e a garantia de efetividade dos direitos fundamentais |... (THEODORO, Humberto Jiinior. Processo Justo e contraditério dinamico. in: Revista de Estudos Constitucionais, Hermenéutica e Teoria do Direito (RECHTD) UNISINUS, Janeiro/Junho de 2010, p. 67). *THEODORO, Humberto Jtinior, Processo Justo e contraditério dinamico. In: Revista de Estudos Constitucionais, Hermenéutica @ Teoria do Direito (RECHTD) UNISINUS, Janeiro/Junho 2010, p.66. 14 ‘Ao correlacionar o principio do acesso a justica ao processo justo, CAMBI assevera que este compreende as principais garantias processuais, como as da acdo, da ampla defesa, da igualdade e do contraditério efetivo, do juiz natural, da publicidade dos atos processuais, da independéncia e da imparcialidade do juiz, da motivacao das decisées judiciais, da possibilidade de controle recursal das decisdes. Logo, observa-se que o direito ao processo justo é sinénimo do direito fundamental a tutela jurisdicional efetiva, célere e adequada’. PROCESSO SINCRETICO Por Joel Dias Figueiras Junior, as acOes sincréticas sao: "Todas as demandas que possuem em seu bojo intrinseca e concomitantemente cognicao (processo de conhecimento) e execugao, ou seja, no apresentam a dicotomia entre conhecimento e executividade, verificando-se a satisfacéo perseguida pelo jurisdicionado numa tnica relago juridico-processual, onde a deciséo interlocutéria de mérito (proviséria) ou a sentenga de procedéncia do pedido (definitiva) seréo auto- exequiveis”? JURISPRUDENCIAS JUSTO PROCESSO E PROCESSO SINCRETICO “A Lei 11.382/2006, todavia, promoveu profundas alteragdes no proceso de execucao de titulos extrajud! exemplo a Certiddo de Divida Ativa (CDA), COM O OBJETIVO DE RESGATAR A D{VIDA HISTORICA DO LEGISLADOR COM O CREDOR, DEVOLVEN DO A PRESTACAO JURISDICIONAL EM TAIS HIPOTESES A EFETIVIDADE OUTRORA PERDIDA .” (REsp 1100228/MA, ° CAMBI, Eduardo. Neoconstitucionalismo e neoprocessualismo. In: FUX, Luiz; NERY JUNIOR, Nelson; WAMBIER, Teresa Arruda Alvim (Coord.) Processo e constituigao. Estudos em homenagem ao Professor José Carlos Barbosa Moreira. Sao Paulo: Revista dos Tribunais, 2006, p. 674. ° Disponivel em: http://www. conteudojuridico.com.bri?artigos&ver=2.315448se0=1 15 Rel.Ministra ELIANA CALMON,Segunda Turma, julgado em 17/03/2009, DJe 27/05/2009) Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NAO ESPECIFICAGAO. EXECUCAO DE ‘TITULO EXTRAJUDICIAL. PENHORA. POSSIBILIDADE DE NOVA AVALIACAO DO IMOVEL. ART. 683, CPC. DECISAO AGRAVADA MANTIDA. Diante do fato de que o direito a uma nova avaliagéo esté intimamente ligado ao direito fundamental ao justo processo executivo, visto que evita o enriquecimento sem causa do exequente ou adquirente do bem penhorado em desfavor do executado, de modo a impedir a expropriacéo por valor incompativel com aquele que o bem efetivamente merece, € caso de reforma da deciséo agravada para determinar a realizac&o de nova avaliacdo do imével penhorado, a fim de evitar um possivel erro na avaliagéo do imével. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO LIMINARMENTE, COM BASE NO ARTIGO 587, §1°-A, DO CPC. (Agravo N° 70052989639, Décima Sétima Camara Civel, Tribunal de Justica do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 28/02/2013) - Numero: 70052989639 I TJ RS TJ-DF - Apelacao Civel APC 20130111641078 DF 0041602- 45.2013.8.07.0001 (TJ-DF) - Data de publicagdo: 20/01/2015 Ementa: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. APELACAO. REPARAGAO DE DANOS. ATRASO NA ENTREGA DE IMOVEL. PRELIMINAR. NULIDADE DA SENTENCA. JUIZO A QUO. ABERTURA DE PRAZO PARA CONTESTACAO. PRECLUSAO CONSUMATIVA. NAO CONFIGURADA. PRINCIPIOS. DEVIDO PROCESSO LEGAL. PROCESSO JUSTO. SOBREPOSICAO AO FORMALISMO. PRINCIPIO DA COOPERACAO OU COLABORAGAO. 1. Inexiste preclusdo consumativa quando, embora a ré tenha se manifestado nos autos antes da cita¢éo, o juizo de origem abre prazo para que ela apresente contestacao. Desse modo, a peca apresentada como resposta nao pode ser desconsiderada. 1.1. Acolhida a preliminar de nulidade da sentenca. 2. O feito deve observar 0 devido processo legal, no qual a idéia de processo justo deve sobrepor ao formalismo da norma processual. 2.1. Ademais, eventual prejuizo causado por equivoco do juizo nao pode ser repassado A parte. 3. O Projeto do Novo Cédigo de Processo Civil, no art. 5°, assenta o principio da cooperacéo ou da colaboracdo, que 16 estaria voltado eminentemente para o magistrado, de modo a orientar sua atuacéo como agente colaborador do processo, inclusive como participante ativo do contraditério, néo mais se limitando a mero fiscal de regras (in: Elpidio Donizetti Nunes). 4. Recurso da ré provido para acolher preliminar. 4.1. Sentenga cassada PROCESSO SINCRETICO TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70058380890 RS (TJ-RS) - Data de publicacao: 19/08/2014 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NAO ESPECIFICADO. CONTRATO DE PARTICIPACAO FINANCEIRA. CUMPRIMENTO DA SENTENCA. PROCESSO SINCRETICO. A legislacaéo em vigor estabelece o processo sincrético, ou seja, ndo ha mais diviséo entre processo de conhecimento e processo de execugao como ocorria antes do advento da Lei n. 11.232/2005. O cumprimento de sentenca € apenas uma fase do processo. No caso concreto, considerando os principios da celeridade e da economia processual e a simplicidade da forma, bem como inexistindo qualquer risco de tumulto processual, ndo se justifica a formacdo de autos apartados para alguns autores. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento N° 70058380890, Décima Nona Camara Civel, Tribunal de Justiga do RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Julgado em 14/08/2014) TJ-SP - Agravo de Instrumento AI 20084669520138260000 SP 2008466-95.2013.8.26.0000 (TJ-SP) Data de publicacdo: 30/09/2013 Ementa: PROCESSO CIVIL. PROCESSO SINCRETICO. SENTENCA CONDENATORIA. FASE CUMPRIMENTO DE SENTENCA. OPOSICAO DE EMBARGOS A EXECUCAO, RECEBIMENTO COMO IMPUGNACAO. POSSIBILIDADE. Admite-se 0 recebimento dos embargos do executado como impugnagao, a despeito do nomen juris, pois que de impugnagao mesmo se cuida ¢ 0 titulo (denominagao) poderia até ser suprimido ou 17 omitido, tratando-se de questo meramente seméntica. Recurso provido. TJ-RS - Agravo de Instrumento AI 70058380890 RS (TJ-RS) - Data de publicacao: 19/08/2014 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NAO ESPECIFICADO. CONTRATO DE PARTICIPACAO FINANCEIRA. CUMPRIMENTO DA SENTENCA. PROCESSO SINCRETICO. A legislagao em vigor estabelece o processo sincrético, ou seja, nao ha mais diviséo entre processo de conhecimento e processo de execu¢ao como ocorria antes do advento da Lei n. 11.232/2005. O cumprimento de sentenga é apenas uma fase do processo. No caso concreto, considerando os principios da celeridade e da economia processual e a simplicidade da forma, bem como inexistindo qualquer risco de tumulto processual, nao se justifica a formacéo de autos apartados para alguns autores. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento N° 70058380890, Décima Nona Camara Civel, Tribunal de Justica do RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Julgado em 14/08/2014) TRT-3 - AGRAVO DE PETICAO AP 01363201010503006 0001363- 43.2010.5.03.0105 (TRT-3) Data de publicagdo: 19/09/2014 Ementa: PROCESSO SINCRETICO. CITACAO NA FASE DE CONHECIMENTO. EFICACIA. CUMPRIMENTO DE SENTENGA. INTIMAGAO DA EMPRESA POR SEU PROCURADOR. INEXISTENCIA DE NULIDADE. Tratando-se de cumprimento de sentenga (execugao de titulo executivo judicial), diante do atual sincretismo processual, encontra-se superada a nogdo de existéncia de um processo auténomo de execucdo trabalhista. A eficacia da citagao do devedor na fase de conhecimento da agao trabalhista abrange todas as subsequentes fases processuais, sendo certo que a mera intimacdo da empresa por seu advogado (art. 652 , § 4° , do CPC ) do cumprimento da sentenga é 0 quanto basta para o prosseguimento dos atos executorios. Incontroverso que a executada esta plenamente integrada a lide, 18 havendo ciéncia de sua parte quanto a sua condi¢do de devedora que pode ter o patriménio alcancado pelos atos executérios, nao ha que se falar em nulidade da intimacao para cumprimento da sentenga feita por intimacao postal ou por publicagéo em nome dos advogados. TJ-SP - Agravo de Instrumento AI 20084669520138260000 SP 2008466-95.2013.8.26.0000 (TJ-SP) ata de publicacdo: 30/09/2013 Ementa: PROCESSO CIVIL. PROCESSO SINCRETICO. SENTENCA CONDENATORIA. FASE CUMPRIMENTO DE SENTENCA. OPOSICAO DE EMBARGOS A EXECUCAO. RECEBIMENTO COMO IMPUGNACAO. POSSIBILIDADE. Admite-se 0 recebimento dos embargos do executado como impugnacao, a despeito do nomen juris, pois que de impugnagao mesmo se cuida e 0 titulo (denominacao) poderia até ser suprimido ou omitido, tratando-se de questéo meramente seméntica. Recurso provido. TRF-1 - CONFLITO DE COMPETENCIA CC 572605020124010000 (TRF-1) Data de publicacdo: 01/09/2014 Ementa: PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETENCIA. IMPUGNACAO AO CUMPRIMENTO DE SENTENCA. PREVENCAO DO JUIZO PROLATOR DA SENTENCA NA ACAO PRINCIPAL. PROCESSO SINCRETICO. INCIDENCIA DA REGRA GERAL CONTIDA NO ART. 475-R DO CPC . PRINCIPIO DA LEGALIDADE E DO JUIZ NATURAL. CONFLITO CONHECIDO. 1. Conflito suscitado entre juizos da mesma secdo judiciéria. 2. © Cumprimento de Sentenca instituido pela Lei n. 11.232 /2005 introduziu no sistema do Cédigo de Processo Civil o que é hoje conhecido como processo sincrético, que se caracteriza por se reunirem no mesmo processo a fase cognitiva ¢ executiva - sendo esta, em regra, mera fase subseqiiente Aquela, e ndo proceso auténomo. 3. O art. 475-R do CPC estabelece que "Aplicam-se subsidiariamente ao cumprimento da sentenga, no que couber, as normas que regem o processo de execucao de titulo extrajudicial". 4. A regra geral de competéncia para o cumprimento de sentenga é a da prevencao; 5. O Juizo que julgou a acéo na qual se originou o titulo executivo € © competente nao s6 para processar a subseqiiente execucdo/cumprimento de sentenga, como também para conhecer e julgar a impugnagéo que Ihe corresponde 6. Conflito julgado procedente, para declarar competente o Juiz Federal da 3° Vara Federal da Seco Judiciaria de Goids, suscitado. TJ-PR - Agdo Civil de Improbidade Administrativa 10740539 PR 1074053-9 (Acérdao) (TJ-PR) Data de publicagdo: 24/06/2014 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUSTAS PROCESSUAIS NA FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENCA - DESNECESSIDADE - ALTERAGOES TRAZIDAS PELA LEI 11.232 /05 - PROCESSO SINCRETICO - EXTINCAO DO PROCESSO AUTONOMO - MERA FASE SUBSEQUENTE AO PROCESSO DE CONHECIMENTO - RECURSO CONHECIDO E NO MERITO PROVIDO, Com o advento da Lei Federal n° 11.232 /05, a execucdo toma um novo conceito para si, deixando de ser um procedimento auténomo, tornando-se, tio somente, uma fase processual que representa uma continuidade do processo de conhecimento. 20

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