Você está na página 1de 1

1 de 1

10

Decreto que altera regras da


avaliação dos professores pode
ser aprovado pelo Governo esta
semana
22.04.2008, Isabel Leiria

Sindicatos e representantes do Ministério da Educação


(ME) voltaram ontem a reunir-se, desta vez para acertar
o diploma que vai consagrar legalmente o acordo sobre
a avaliação dos professores a que ambos chegaram há
uma semana.
Em cima da mesa estava uma primeira versão de um
decreto regulamentar, apresentado pelo secretário de
Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, e que
altera o diploma em vigor sobre a avaliação de
desempenho, designadamente através da fixação de
apenas quatro critérios que serão tidos em conta de
forma igual em todas as escolas este ano lectivo. Ou
ainda, que consagra a garantia de que os docentes
classificados com Regular ou Insuficiente não são de
imediato penalizados.
De acordo com Mário Nogueira, secretário-geral da
Fenprof, uma das federações que integram a plataforma
sindical que assinou o entendimento com o ME, a tutela
conta fechar o diploma nos próximos dias, de forma a
que seja aprovado na quinta-feira, em Conselho de
Ministros.
Também ontem, os 21 elementos que vão integrar o
Conselho Científico para a Avaliação de Professores
(CCAP) tomaram posse oficialmente perante a ministra
da Educação, com Conceição Castro Ramos, a
presidente deste órgão independente de
acompanhamento e monitorização do processo, a
lembrar que a sua actividade "não pode ser prisioneira
do imediato". A tomada de posse aconteceu mais de um
mês depois de o CCAP ter sido constituído e no dia em
que se reuniu pela segunda vez. O acto "simbólico" foi
aproveitado pela ministra para falar dos últimos meses.
"Não sei se há memória de algum modelo de avaliação
de desempenho ter gerado uma polémica com tanta
visibilidade", comentou, admitindo que não é possível
"ignorar as tensões e reacções" que surgiram entre os
professores. Tensões que até são "justificadas", já que as
regras da avaliação e o novo Estatuto da Carreira
Docente introduziram grandes rupturas. "A profissão do
professor deixou de ser homogeneizada para passar a
ser diferenciada. E passou-se de um enorme
centralismo para uma maior autonomia e diversidade
do que são as práticas das escolas", justificou.
Pequeno destaque em caixa com fundo que tambem
pode servir de legenda para a fotografia do lado
esquerdo

Achou este artigo interessante? Sim

http://jornal.publico.clix.pt/main.asp?dt=20080422&page=10&c=A

Você também pode gostar