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Fev. 010
também possibilitou a
formação de uma colônia
de imigrantes alemães,
contratados por Mariano
Capa do guia Procópio para trabalhar na
de Klumb.
Acervo o bra e que seriam
B. Nacional responsáveis pelos
primeiros núcleos
havia um marco de pedra, visível das diligências, que veículo é a Sege, muito parecida com o "char-à-banc" a
permitia ter uma noção exata das distâncias percorrida e a diferença é que, na Sege, os passageiros sentam-se em dois
percorrer. Haviam belas pontes, entre as quais se destacam bancos colocados de frente um para o outro. Há também as
a das Garças, sobre o rio Paraíba, em Três Rios e a Ponte de diligências e os carroções que comportam até 17
Santana, em Alberto Torres, que foi restaurada em 2002. passageiros e que, com carga máxima, chegam a pesar 3
Além de escoar a produção agrária da Zona da Mata toneladas. Em todos estes veículos o espaço disponível para
mineira, principalmente o café, a Estrada União e Indústria cada passageiro é mínimo, havendo sérias restrições sobre o
também levava os primeiros transportes coletivos. Eram as que pode ser levado. Há um espaço comum onde são
diligências que, com suas quase 3 toneladas, levavam até 14 levadas a bagagem dos passageiros e as malas postais.
passageiros, além do cocheiro, do condutor e de um A Sege e o "char-à-banc" são puxados por 4 mulas
ajudante, que tocava um trompete "como aviso aos que dispostas em 2 parelhas. As diligências e os carroções,
viajavam em sentido contrário". As diligências eram A estrada em 1922 Foto de Daniel Ribeiro
puxadas por quatro mulas, que eram trocadas nas chamadas Álbum do Estado do Rio deJaneiro de Clodomiro Vasconcelos
"Estações de Muda", ao longo do caminho, em um
Diligência da União e Indústria Foto Revert Klumb
Acervo Biblioteca Nacional
dependendo do peso, podem ser puxadas por até 6 mulas. As Estrada União e Indústria Foto Revert Klumb
Acervo Biblioteca Nacional
mulas são selecionadas dentre as mais ágeis e atuavam na
estrada por apenas 2 anos, enquanto estavam no auge da
forma física.
A importância da estrada gerou o primeiro guia de
viagens do Brasil, escrito pelo fotógrafo do Imperador, o
francês Revert Henrique Klumb, intitulado: "Doze Horas
em Diligência - Guia do Viajante de Petrópolis a Juiz de
Fora", editado em 1872, descrevendo com palavras e
fotografias a fantástica viagem.
Para perpetuar na memória coletiva tão auspicioso
acontecimento, foi colocada uma lápide de mármore
branco, logo à entrada da rua Westfalia, atual Barão do Rio
Branco, com os seguintes dizeres: "Sob a muita alta
proteção de S.M o Imperador o Senhor D. Pedro II, na
augusta presença do mesmo senhor e de S.M. a Imperatriz, a
Companhia União e Indústria começou a construir esta
estrada no dia 12 de abril de 1856".
Da antiga União-Indústria ainda restam várias Estrada União e Indústria Foto Revert Klumb
Acervo Biblioteca Nacional
construções e pontes, destacando-se a Ponte de Santana em
Alberto Torres, restaurada pelo governo. Ainda existem
também a Ponte das Garças em Três Rios e a antiga Estação
de Paraibuna em Monte Serrat, município de Comendador
Levy Gasparian, construída em 1856 para a troca das mulas
das diligências (procedimento realizado várias vezes na
viagem entre Petrópolis e Juiz de Fora). Situada em um
bonito chalé em estilo francês, a estação abriga atualmente
o Museu Rodoviário, onde é possível vislumbrar em
detalhes a história da União e Indústria e do rodoviarismo
brasileiro. O Museu foi inaugurado em 23 de junho de 1972.
A rodovia União-Indústria foi absorvida pela BR-3,
que ligava o Rio de Janeiro a Belo Horizonte, tornada a
partir de 1964 parte da BR-135 pelo Plano Nacional de
Viação, e finalmente, desde a revisão do Plano em 1973, é
parte da BR-040 que liga Brasília ao Rio de Janeiro.
Pesquisa e adaptação de texto Luiz Francisco Moniz Figueira
Fontes de Pesquisas
Asminasgerais.com.br Estação de Juiz de Fora Revert Klumb 1870
Instituto Histórico de Petrópolis - www.ihp.com.br - Francisco de Vasconcellos
www.estradas.com.br
http://espeschit.com.br/historia
Álbum do Estado do Rio de Janeiro Comemorativo do Centenário da Independência
do Brasil 1922 - Clodomiro de Vasconcelos
Biblioteca Nacional
Intituto Moreira Sales
Prefeitura Municipal de Levy Gasparian
Revista ABRATI março 2004
EXPEDIENTE
Turismo & Etc., boletim de informação e divulgação sobre turismo,
arte e cultura.
Editor: Luiz Francisco Moniz Figueira - Guia de Turismo e
Pesquisador da História do Vale do Paraíba
Emails: luizfranciscoguia@ig.com.br/ luizfranciscoguia@bol.com.br
franciscoguia66@yahoo.com.br
Fotoblogs:
Museu Rodoviário Instalado na antiga estação de diligências de www.flogao.com.br/conhecendovalenca
Paraibuna, hoje Monte Serrat distrito de Levy Gasparian. É a única www.flogao.com.br/valencaantiga
estação de Diligências que restou, possuindo um rico acervo sobre a www.flogao.com.br/valedoparaiba
história da União e Indústria e do desenvolvimento rodovíario do país, http://fotolog.terra.com.br/valedocafe
sendo considerado o mais importante do Brasil. http://fotolog.terra.com.br/valenca
Foto Luiz Francisco 26/02/09