Você está na página 1de 14

REGULAMENTO DOS ESTGIOS

Aprovado na Assembleia de Representantes de 16 de Maro de 2002.


Alterado pela Assembleia de Representantes de 31 de Maro de 2012.

CAPTULO I
DISPOSIES GERAIS
Artigo 1.
Membro Estagirio
1. Nos termos do Artigo 10. do Estatuto da Ordem dos Engenheiros tem a categoria de
membro estagirio o titular de grau acadmico de licenciatura, mestrado ou
doutoramento, ou equivalente legal, em curso superior de Engenharia, conferido por
instituio de ensino superior, nacional ou estrangeira, que para acesso a membro
efetivo, efetua o estgio nas condies previstas neste Regulamento e demais normas
definidas pelos rgos da Ordem dos Engenheiros.
2. Tem acesso categoria de membro estagirio todo o candidato que, reunindo as
condies previstas no nmero anterior, tenha sido aprovado nas provas de admisso
previstas no Regulamento de Admisso e Qualificao.
3. O membro estagirio tem a designao de Engenheiro Estagirio.
4. Os engenheiros estagirios devem identificar-se sempre nessa qualidade quando se
apresentem ou intervenham em qualquer ato de natureza profissional.

Artigo 2.
Admisso
1. Compete ao Conselho Diretivo Nacional definir a documentao que deve ser
apresentada pelos candidatos a membro estagirio, o modelo do respetivo carto de
identificao e o seu prazo de validade.
2. A documentao completa e nas devidas condies recebida nos servios das
Regies, Seces Regionais ou Delegaes da Ordem dos Engenheiros.
3. No ato de entrega da documentao para admisso os candidatos a membro
estagirio satisfazem as respetivas taxas, encargos e quotas estabelecidos pela Ordem
dos Engenheiros.
4. Compete aos Conselhos Diretivos das Regies e das Seces Regionais apreciar e
decidir das admisses como membros estagirios.

5. Aps aprovao, o Conselhos Diretivos das Regies manda registar cada candidato
como Membro Estagirio na base de dados nacional de membros da Ordem dos
Engenheiros.
Artigo 3.
Carto de membro estagirio
O membro estagirio tem direito ao uso de um carto de identificao o qual emitido
pelos Conselhos Diretivos das Regies, e remetido ao respetivo titular com a indicao
da data da aprovao da admisso.
Ao membro estagirio conferido o direito ao uso de uma Cdula Profissional de
Engenheiro Estagirio, que dignifique a sua qualidade de membro da Ordem dos
Engenheiros mas que, simultaneamente, evidencie a natureza dos atos de engenharia
que pode praticar, em linha com as competncias prprias de membro estagirio.

Artigo 4.
Processo de membro estagirio
Os Conselhos Diretivos das Regies mandam organizar um processo individual do
membro estagirio o qual, alm da documentao de candidatura e inscrio, registar
as ocorrncias relativas ao estgio, incluindo as de natureza disciplinar.

Artigo 5.
Objetivo do estgio
O estgio tem por objetivo a iniciao profissional, implicando no s integrao dos
conhecimentos adquiridos na formao escolar e a experincia da sua aplicao prtica,
mas tambm a perceo das condicionantes de natureza deontolgica, legal,
econmica, ambiental, de recursos humanos, de segurana e de gesto em geral que
caracterizam o exerccio da profisso, de modo a que possam desempenhar a profisso
por forma competente e responsvel.

Artigo 6.
Natureza e modalidades do estgio
Existem duas modalidades de estgio:
a) Estgio Formal
b) Estgio Curricular
A escolha da modalidade de estgio uma opo do candidato.
2

O Estgio profissional em engenharia pressupe o exerccio, sob tutela de um


Engenheiro experiente, de uma ou mais das tipologias de atos que integram a
caracterizao profissional constante do art. 4. do Estatuto da Ordem dos
Engenheiros.
A atividade do estagirio deve centrar-se na adaptao a contextos que no podem ser
adequadamente simulados em ambiente acadmico, nomeadamente em matria de
concorrncia no mercado e de relacionamento com empregadores, clientes,
colaboradores de profisses diversas, licenciadores e demais autoridades pblicas.
O estgio pode tambm ocorrer quando a atividade a desenvolver, no mbito da
Especialidade do engenheiro estagirio, possuir caractersticas de um trabalho
especfico de carter cientfico ou tcnico de reconhecida complexidade e a realizar
durante um perodo limitado de tempo.

CAPTULO II
Aes de formao
Artigo 7.
Deontologia profissional
1. Os rgos Regionais da Ordem dos Engenheiros devem levar a efeito aes de
formao sobre tica e Deontologia Profissional, ficando os Engenheiros Estagirios
vinculados sua frequncia.
2. Os Conselhos Diretivos das Regies e Seces Regionais podem cometer a membros
efetivos da Ordem dos Engenheiros com mais de 5 anos de inscrio nesta categoria,
bem como a outros tcnicos de reconhecida competncia nas respetivas reas, a
lecionao das matrias sobre deontologia profissional e a avaliao dos respetivos
formandos.

Artigo 8.
Outras aes de formao
O Engenheiro Estagirio deve tambm frequentar outras aes de formao que os
rgos da Ordem dos Engenheiros considerem essenciais para o cumprimento do
objetivo do estgio e consequente bom desempenho profissional, quando convocado
para o efeito com a devida antecedncia.

Artigo 9.
Cargas horrias
3

1. A carga horria total das aes sobre deontologia profissional ser definida pelo
Conselho Diretivo Nacional, ouvidos os Conselhos Diretivos Regionais e o Conselho
Jurisdicional e ser igual para todos os Engenheiros Estagirios.
2. A carga horria e as aes de formao previstas no Artigo 8., sero definidas pelo
Conselho Coordenador de Colgios e aprovadas pelo Conselho Diretivo Nacional,
ouvidos os Conselhos Diretivos das Regies.

CAPTULO III
Organizao e controlo dos trabalhos de estgio
Artigo 10.
Uniformizao
1. Compete aos Conselhos Nacionais de Colgio definir os parmetros de realizao dos
trabalhos de estgio de modo a que este seja o mais uniforme possvel para todos os
Engenheiros Estagirios da mesma especialidade.
2. Os parmetros indicados no nmero anterior so ratificados pelo Conselho
Coordenador de Colgios.

Artigo 11.
Organizao e controlo
1. A organizao, controlo e avaliao dos estgios, incluindo a anlise, aprovao dos
relatrios e organizao da eventual entrevista da responsabilidade dos Conselhos
Regionais de Colgio.
2. Os Conselhos Regionais de Colgio podero encarregar membros da Ordem, com
mais de cinco anos de inscrio na categoria de membro efetivo, agrupados na mesma
especialidade, de fazer a anlise dos relatrios de estgio. Estes membros da Ordem
emitiro um parecer tcnico fundamentado, que os Conselhos Regionais de Colgio
tomaro em considerao, juntamente com outros elementos previstos no Artigo 24.,
na deciso final de avaliao.

Artigo 12.
Comisses de estgio

1. Nas Seces Regionais podero ser criadas pelos respetivos Conselhos Diretivos,
Comisses de Estgio por Colgio de Especialidade, que exercero, sob a direo desses
Conselhos Diretivos, as competncias previstas no Artigo 11..
2. Estas Comisses de Estgio de cada Especialidade sero constitudas por um mnimo
de trs membros da Ordem dos Engenheiros, agrupados nessa Especialidade, com mais
de cinco anos de inscrio na categoria de membro efetivo.
3. No caso de no existirem nas Regies Conselhos Regionais de Colgio, ou nas
Seces Regionais Comisses de Estgio da Especialidade do Engenheiro Estagirio,
sero, nestes casos, as competncias previstas no Artigo 11. exercidas por quem o
Presidente do respetivo Conselho Nacional de Colgio designar.

CAPITULO IV
Realizao do estgio
Artigo 13.
Requisitos de Inscrio
1. No momento da entrega da documentao para admisso como membro estagirio,
devero ser observados os seguintes requisitos:
a) indicao do nome e local da entidade onde ser realizado ou iniciado o estgio;
b) indicao da rea e do programa do estgio, atendendo a recomendao de
incidncia do estgio prevista no nmero 2 do artigo 6. do Regulamento de Admisso
e Qualificao, caso exista;
c) indicao de um Membro Efetivo da Ordem com mais de cinco anos de exerccio
profissional para Orientador do Estagirio o qual deve pertencer, de preferncia,
mesma entidade em que se realiza o estgio e ser da mesma Especialidade do
Estagirio;
d) no caso do estgio ser realizado no estrangeiro o orientador dever ser um
Engenheiro reconhecido profissionalmente no Pas em que se realiza, com mais de
cinco anos de exerccio profissional, devendo pertencer, de preferncia, mesma
entidade em que se realiza o estgio e ser da mesma Especialidade do Estagirio;
e) declarao de aceitao do Orientador.
2. A requerimento fundamentado do interessado, o Conselho Regional de Colgio ou as
Comisses de Estgio no caso das Seces Regionais, pode dispensar alguns dos
requisitos exigidos ao Orientador indicados nas alneas c) e d) do nmero 1 deste artigo,
nomear outro Orientador ou, em casos de manifesta dificuldade em encontrar um
orientador disponvel e para no prejudicar a possibilidade de realizao do estgio ou
a carreira profissional do Engenheiro Estagirio, dispensar o acompanhamento do
estgio por um orientador.
5

Artigo 14.
Durao do estgio
1. Modalidade de Estgio Formal.
a) Compete ao Conselho Nacional do Colgio da Especialidade definir a durao do
estgio o qual, porm, no deve ser inferior a 6 meses nem superior a 12 meses.
b) Caso no tenha sido indicado pelo membro estagirio, ou nomeado pelo Conselhos
Regionais de Colgio, um Orientador, o estgio dever ter durao superior
estabelecida, na mesma Especialidade, para os estgios tutelados por Orientador e no
deve ser inferior a 9 meses.
2. Modalidade de Estgio Curricular.
a) Em funo do Curriculum do candidato, compete ao Conselho Nacional do Colgio
da Especialidade definir a durao do estgio o qual, porm, no deve ser inferior a 12
meses nem superior a 24 meses.

Artigo 15.
Contagem de tempo
1. O tempo de estgio comea a contar a partir da data da aprovao da inscrio como
membro estagirio, ou da data de entrega da documentao de inscrio, caso este o
pretenda.
2. Consideram-se aprovados para efeitos de realizao do estgio, a rea, o local
(quando aplicvel), o programa e o Orientador que forem indicados pelo candidato se
este no receber notificao em contrrio no prazo de quatro semanas, aps a entrega
da documentao para admisso como membro estagirio.
3. O deferimento do requerimento previsto no nmero 1 do Artigo 15., conta para o
clculo do perodo total do estgio.

Artigo 16.
Mudana de Entidade ou Orientador
1. A requerimento fundamentado do interessado ou do Orientador, o Conselho
Regional de Colgio pode deferir a mudana de entidade e/ou Orientador, podendo o
perodo inicialmente fixado para o Estgio, quando requerido, ser prorrogado ou
suspenso, nas condies referidas nos Artigos 19. e 20..

2. O indeferimento do requerimento implica, caso o interessado no mantenha a


situao inicial, o reincio do processo de realizao do estgio.

Artigo 17.
Mudana de rea e programa
O Conselho Regional de Colgio pode, a requerimento do interessado, aceitar a
mudana de rea e/ou do programa previsto na alnea b), do nmero 1, do Artigo 13..

Artigo 18.
Transferncia de Regio
O Engenheiro Estagirio pode pedir, na Regio ou Seco Regional em que est
inscrito, a transferncia da inscrio para outra Regio ou Seco Regional, nos termos
dos nmeros seguintes:
1. A Regio ou Seco Regional de origem inicia o processo de transferncia, remetendo
Regio ou Seco Regional de destino o processo documental previsto no artigo 4.,
desencadeando a respetiva atualizao da Base de Dados nacional de membros.
2. A Regio ou Seco Regional de destino conclui o processo de transferncia, ao
rececionar a documentao enviada pela Regio ou Seco Regional de origem,
emitindo novo carto de membro o qual, no entanto, deve manter a data de admisso.
3. Compete ao Conselho Regional de Colgio da Regio ou Seco Regional de destino,
atendendo modalidade e ao tempo de estgio j decorrido, bem como aos
condicionalismos de realizao do mesmo, decidir da continuao ou no do mesmo
programa de estgio, ou propor a realizao de novo estgio indicando, neste caso, qual
a modalidade e o tempo que o mesmo deve ter, considerando o estabelecido no artigo
14..
4. O Engenheiro Estagirio que pretenda transferir a sua inscrio, regularizar
previamente eventuais quotas em atraso na Regio ou Seco Regional de origem e
comear a pagar as suas quotas na Regio ou Seco Regional de destino, a partir do
perodo de cobrana seguinte.

Artigo 19.
Prorrogao do estgio
1. A requerimento fundamentado do interessado, o estgio pode ser prorrogado por
duas vezes, no podendo, no entanto, o perodo total da prorrogao ultrapassar o
dobro do perodo inicial fixado, nem a durao total do estgio, incluindo prorrogaes,
ultrapassar trs anos.
7

2 . Compete ao Conselho Regional de Colgio apreciar e decidir do requerimento de


prorrogao.
3. O indeferimento de prorrogao do Estgio, caso o interessado no mantenha o
perodo inicial, implica o reincio do processo de realizao do Estgio, ou a passagem
modalidade de Estgio Curricular, se a modalidade inicial for o Estgio Formal.

Artigo 20.
Suspenso do estgio
1. A requerimento fundamentado do interessado o estgio pode ser suspenso.
2. Compete ao Conselho Diretivo da Regio ou da Seco Regional aceitar as
suspenses de estgio, ouvido o respetivo Conselho Regional de Colgio ou, no caso das
Seces Regionais, a respetiva Comisso de Estgio, caso exista.
3. A suspenso do estgio no implica a suspenso da inscrio na Ordem nem isenta o
Engenheiro Estagirio do cumprimento dos preceitos de deontologia profissional, nem
da satisfao das suas obrigaes para com a Ordem dos Engenheiros, nomeadamente
o pagamento de quotas e outros encargos.

Artigo 21.
Efeitos da permanncia por tempo excessivo na categoria de membro estagirio
1. Caso o membro estagirio permanea nesta categoria dois anos aps a data da sua
admisso, passar a devedor dos seguintes encargos, independentemente de lhe ter
sido concedida prorrogao ou suspenso do estgio:
a) Quota idntica de membro efetivo, a partir da primeira emisso regular de
cobrana subsequente.
b) Taxas de inscrio em aes de formao, visitas tcnicas, colquios, seminrios,
cursos, atividades culturais ou outras organizadas pela Ordem dos Engenheiros de
montante equivalente s taxas pagas pelos Membros Efetivos.
2. Ser cancelada automaticamente, a inscrio na Ordem dos Membros Estagirios
que tenham ultrapassado trs anos de permanncia nesta categoria, sem terem
concludo o estgio e entregue o respetivo relatrio no prazo previsto no Art. 24.
(independentemente de qualquer transferncia de Regio, prorrogao ou suspenso
do estgio que, entretanto, possa ter ocorrido), que depois de notificados por carta
registada com aviso de receo, no entreguem o respetivo relatrio de estgio, numa
ltima oportunidade, no prazo de dois meses aps a receo da citada notificao.

Artigo 22.
8

Deveres do Engenheiro Estagirio


1. Para alm dos previstos no Estatuto da Ordem, nomeadamente na deontologia
profissional, o Engenheiro Estagirio deve cumprir tambm, os seguintes deveres
especficos:
a) participar nas aes de formao previstas e nas condies do Captulo II deste
Regulamento, bem como noutras que os rgos da Ordem dos Engenheiros
considerem importantes para o estgio e sempre que, para o efeito, seja notificado;
b) colaborar com o Orientador sempre que este o solicite e desde que seja compatvel
com a sua atividade no estgio;
c) guardar respeito e lealdade para com o Orientador;
d) prestar todas as informaes que lhe sejam solicitadas pelos rgos prprios da
Ordem sobre o modo como est a decorrer o estgio;
e) cumprir com zelo e competncia as suas obrigaes para com a entidade onde est a
prestar o estgio;
f) apresentar o Relatrio do Estgio, acompanhado do parecer do Orientador nos
prazos determinados neste Regulamento.
2. Aplica-se aos Engenheiros Estagirios que tenham um atraso superior a um ano, no
cumprimento do dever de pagar as quotas que lhes tenham sido apresentadas para
cobrana, a suspenso automtica prevista no nmero 3 do Artigo 83. do Estatuto.

Artigo 23.
Funo e deveres do Orientador
1. Compete ao Orientador encaminhar a atividade profissional do Engenheiro
Estagirio, no sentido de completar a sua preparao, aconselhando-o e informando-o
sobre o exerccio efetivo da profisso e no cumprimento das respetivas regras
deontolgicas.
2. Ao Orientador cabe ainda apreciar a aptido tcnica, idoneidade tica e deontolgica
do Estagirio para o exerccio da profisso.
3. No final do estgio o Orientador apor o seu visto no respetivo relatrio e elaborar o
seu parecer sobre o desempenho do Estagirio.

Artigo 24.
Relatrio do estgio

1. No prazo de dois meses aps o final do estgio, o Engenheiro Estagirio entregar na


Secretaria ou numa Delegao Distrital da Regio ou Seco Regional em que est
inscrito, o relatrio descritivo das atividades desenvolvidas durante o estgio e demais
elementos previstos neste regulamento.
2. A requerimento do interessado devidamente fundamentado, dirigido a Conselho
Regional de Colgio, o prazo poder, por este, ser prorrogado, no mximo, por mais
dois meses.

CAPTULO V
Avaliao do Estgio
Artigo 25.
Competncia e procedimentos
1. A avaliao do estgio feita pelo Conselho Regional de Colgio respetivo, com base
no relatrio apresentado pelo Engenheiro Estagirio, no eventual parecer tcnico
previsto no nmero 2 do Artigo 11., no parecer do Orientador e, caso considerado
necessrio, numa entrevista pessoal.
2. Nas Seces Regionais, a avaliao feita pela Comisses de Estgio da
Especialidade, quando exista, ou por quem o Presidente do respetivo Conselho
Nacional de Colgio designar.
3. No caso de avaliao negativa, esta deve ser justificada indicando quais as lacunas ou
deficincias do estgio.
4. No relatrio de avaliao negativa deve ser marcado um prazo e as condies que o
estagirio deve cumprir para suprir as lacunas ou deficincias apresentadas.
5. No caso do Estagirio no cumprir o indicado no nmero 4 deste artigo, nem lhe for
concedida, quando solicitada, prorrogao do prazo para o fazer, aps devidamente
notificado, dever realizar novo estgio no prazo indicado no Artigo 14..

Artigo 26.
Finalidade da entrevista
1. A entrevista tem carcter opcional e visar confirmar a apreciao do relatrio de
estgio e do parecer do Orientador, em matria de adequao da preparao
deontolgica e tcnica do Engenheiro Estagirio para o exerccio da profisso.
2. O Orientador pode assistir entrevista sem direito de voto.
3. Compete aos Conselhos Regionais de Colgio indicar um ou dois Membros Efetivos
que iro proceder entrevista.
10

4. Os Membros Efetivos indicados no nmero 3 tm de possuir mais de cinco anos de


inscrio na Ordem dos Engenheiros, nessa qualidade.

Artigo 27.
Prazo para avaliao dos estgios
1. As avaliaes dos estgios devero ser feitas no prazo de 6 semanas aps a entrega de
todos os elementos necessrios avaliao.
2. No caso de estgios em que, ao abrigo dos nmeros 3 e 4 do Artigo 25., tenha sido
exigida a supresso de lacunas ou deficincias, aplicar-se- um novo prazo de 6
semanas, aps a entrega de todos os elementos necessrios para a nova avaliao.
3. O prazo previsto no nmero 1 deste artigo , excecionalmente, alargado para 8
semanas, nos casos em que os relatrios de estgio e demais elementos necessrios
avaliao forem rececionados nos servios das Regies, Seces Regionais ou
Delegaes da Ordem dos Engenheiros, entre os dias 1 e 31 de Agosto.
4. Caso o prazo previsto no nmero 1 deste artigo no seja cumprido, podero os
Conselhos Diretivos das Regies tomar medidas para minimizar o atraso consequente e
o prejuzo para a carreira profissional do Engenheiro Estagirio, nomeadamente,
avocar a avaliao e incumbir outro membro da Ordem dos Engenheiros, com mais de
cinco anos de inscrio na categoria de membro efetivo, agrupado na mesma
especialidade do Engenheiro Estagirio, de emitir um parecer tcnico fundamentado,
sobre o qual o Conselho Diretivo da Regio tomar a deciso final de avaliao, ou
outras medidas que entender necessrias.

Artigo 28.
Resultados da avaliao
Os resultados da avaliao devero ser comunicados ao interessado, ao Orientador e ao
Conselho Diretivo da Regio.

CAPITULO VI
Disposies finais
Artigo 29.
Registo Regional de Orientadores de Estgio
1. Os Conselhos Diretivos das Regies, ouvidos os Conselhos Regionais de Colgio e as
Comisses de Estgio, caso existam, podero constituir uma bolsa de Orientadores
designada por Registo Regional de Orientadores de Estgio que, em articulao com os
11

referidos Conselhos Regionais de Colgio e Comisses de Estgio e sob a sua


orientao, assegurem o acompanhamento de Estagirios, nomeadamente em situaes
onde, na entidade em que se realiza o estgio, no existam Engenheiros nas condies
previstas no Artigo 13. do presente Regulamento.
2. O Registo Regional de Orientadores de Estgio ser constitudo por Membros com
mais de cinco anos de inscrio, Membros Snior ou Membros Conselheiros,
preferencialmente com vocao para orientao de Engenheiros em incio de atividade
profissional.
3. O exerccio da funo de Orientador de Estgio previsto no Artigo 13. e no presente
artigo, releva para fins de enriquecimento curricular do Membro.

Artigo 30.
Guia dos Estgios
Informao processual e indicaes prticas detalhadas, auxiliares para os diversos
intervenientes no processo de Estgio, esto descritas no Guia de Estgios de
Admisso Ordem dos Engenheiros, objeto de proposta conjunta dos Conselhos
Diretivos Regionais e aprovado pelo Conselho Diretivo Nacional.
Este Guia, que se subordinar s normas do presente Regulamento, ser
permanentemente disponibilizado aos interessados pelos meios de comunicao da
Ordem dos Engenheiros.

Artigo 31.
Atos de engenharia
Compete aos Conselhos Nacionais de Colgio, considerando a legislao em vigor,
definir os Atos de Engenharia que os Engenheiros Estagirios podem praticar.

Artigo 32.
Recursos
1. Das decises negativas de prorrogao e avaliao do estgio cabe recurso para o
Conselho Nacional de Colgio.
2. Das deliberaes do Conselho Nacional de Colgio no h recurso.
3. Das decises negativas relativas a transferncias de regio e seco regional e de
suspenses do estgio, cabe recurso para o Conselho Diretivo Nacional que decide em
ltima instncia.
12

Artigo 33.
Dispensa de estgio
dispensado de prestar estgio quem:
a) comprove que possui mais de cinco anos de experincia profissional e possua um
currculo profissional que o Conselho de Admisso e Qualificao considere suficiente
para tal;
b) cumprindo as condies previstas na alnea a) deste artigo, tenha sido aprovado nas
provas de admisso Ordem dos Engenheiros.
c) requeira ao Bastonrio e obtenha deferimento da dispensa de estgio, nos termos do
nmero 2 do artigo 9. do Regulamento de Admisso e Qualificao.

Artigo 34.
Inscrio como Membro Efetivo
1. O Engenheiro Estagirio que obteve resultados positivos na avaliao do estgio tem
direito inscrio como Membro Efetivo, a qual deve efetuar-se num prazo de 2 meses
ou, a requerimento devidamente justificado, no prazo mximo de quatro meses.
2. Para o efeito previsto no nmero anterior deve o interessado satisfazer as condies
que lhe forem comunicadas pela Ordem dos Engenheiros.

Artigo 35.
Taxas
As taxas e encargos relativas inscrio como Membro Estagirio, avaliao do
estgio e inscrio como Membro Efetivo, sero fixadas pelo Conselho Diretivo
Nacional.

Artigo 36.
Casos omissos
Os casos omissos sero resolvidos pelo Conselho Diretivo Nacional.

Artigo 37.
Norma revogatria
13

Com a entrada em vigor da presente reviso deste Regulamento so revogados:


a) o Regulamento dos Estgios, aprovado pela Assembleia de Representantes a 16 de
Maro de 2002;
b) as disposies de outros regulamentos em vigor que colidam com as disposies do
presente regulamento.

Artigo 38.
Entrada em vigor
A presente reviso do Regulamento entra em vigor um ms aps a sua aprovao pela
Assembleia de Representantes, perodo durante o qual dever ser assegurada a sua
divulgao pblica aos membros da Ordem dos Engenheiros e outros interessados.
Aplica-se a todos os Membros Estagirios admitidos aps a entrada em vigor.

14

Você também pode gostar

  • 7 Ponto de Portas
    7 Ponto de Portas
    Documento1 página
    7 Ponto de Portas
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Portas Resumo
    Portas Resumo
    Documento1 página
    Portas Resumo
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Pport As
    Pport As
    Documento1 página
    Pport As
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Paulo Portas Demissao
    Paulo Portas Demissao
    Documento1 página
    Paulo Portas Demissao
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Pport As
    Pport As
    Documento1 página
    Pport As
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Paulo Portas Demissao
    Paulo Portas Demissao
    Documento1 página
    Paulo Portas Demissao
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • JN 22
    JN 22
    Documento1 página
    JN 22
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Homem Arrastado
    Homem Arrastado
    Documento1 página
    Homem Arrastado
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Mafra
    Mafra
    Documento1 página
    Mafra
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • PJ Libertou Criança Raptada em Mafra e Deteve Suspeitos
    PJ Libertou Criança Raptada em Mafra e Deteve Suspeitos
    Documento2 páginas
    PJ Libertou Criança Raptada em Mafra e Deteve Suspeitos
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Titul
    Titul
    Documento1 página
    Titul
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Homem Arrastado Pelo Próprio Carro Durante Assalto
    Homem Arrastado Pelo Próprio Carro Durante Assalto
    Documento1 página
    Homem Arrastado Pelo Próprio Carro Durante Assalto
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • JN 2
    JN 2
    Documento1 página
    JN 2
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Documento
    Documento
    Documento1 página
    Documento
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações
  • Filenot 736
    Filenot 736
    Documento4 páginas
    Filenot 736
    filipericardodiass
    Ainda não há avaliações