Você está na página 1de 3

Curso de Anlise Matricial de Estruturas

V MTODO DA FLEXIBILIDADE
V.1 - Aplicao s Estruturas Isostticas
Roteiro de clculo:
a. Fixar o sistema de coordenadas globais (de referncia);
b. Subdividir a estrutura em elementos, e estabelecer o sistema de coordenadas locais;
c. Formular a matriz de incidncia esttica [B], tal que {S} = [B] {R};
d. Formular a matriz de flexibilidade da estrutura desmembrada, cujas sub-matrizes,
referentes aos diversos elementos, se dispem em banda:

[f ] I

[f ] =

[f ] II

!
[f ] n

e. Compor a matriz de flexibilidade da estrutura integrada:

[F] = [B]t [f ] [B]


f. A partir do carregamento dado, formular o vetor das aes nodais {R} ;
g. Calcular os esforos {S}, deslocamentos {}
r e deformaes {s}:

{S} = [B] {R}; {}


r = [F] {R}

{s} = [f ] {S}

Notas de Aula - Luiz A. C. Moniz de Arago Filho

V.2 - Aplicao s Estruturas Hiperestticas:


Neste caso, a matriz de incidncia esttica [B] no pode ser formulada diretamente a
partir das equaes de equilbrio, porque h indeterminao esttica na estrutura.
Para tal, transforma-se a estrutura hiperesttica, rompendo-se tantos vnculos quantos
necessrios para se obter um modelo isosttico (sistema principal). Neste sistema ser
sempre possvel formular a matriz [B] segundo a isosttica.
O sistema principal dever ser compatibilizado com a estrutura hiperesttica original
atravs da aplicao de aes {X} nos locais e direes onde houve cortes de vnculos,
implicando em deslocamentos finais nulos segundo as mesmas coordenadas.
s aes {X} d-se o nome de hiperestticos e s equaes complementares que
compatibilizam os modelos, d-se o nome de equaes de coerncia.
Roteiro de clculo:
a. Deve-se inicialmente estabelecer o sistema principal (isosttico), numerando-se as
coordenadas globais a partir de onde se aplicam as aes externas {R} e ento os
hiperestticos {X};
b. Na equao de equilbrio relativa ao sistema principal podem ser ento considerados
os seguintes vetores de aes exteriores e deslocamentos:
R r

" ; "
X x

c. Desmembra-se a estrutura em elementos, fixando-se as coordenadas locais;
d. A partir das equaes de compatibilidade esttica:

{S } = [B ] {R}
0

{S } = [B ] {X}
1

[]
[B ] = [ [B ]# [B ] ]

Formula-se a matriz de incidncia esttica B relativa ao sistema principal:


0

Ou ainda:

{S} = [ [B

]# [B ] ] RX
1

Curso de Anlise Matricial de Estruturas

e. Formulada a matriz de flexibilidade para a estrutura desmembrada, [f ], ser possvel

[]

compor a matriz de flexibilidade F , do sistema principal integrado:

[F ] = [B ] [f ] [B ] = [[B ] [B ]] [f ] [B ]
[B ]
[B ] [f ] [B ]
[B ] [f ] [B ] [F ]

[F ] =

[ ]

00

[F ]

[ ]

[ ]

[ ]

B t [f ] B
0
1

[B ]

=
[f ] B1 F10

[ ]

01

F11

f. Os deslocamentos do sistema principal so:


F01 R
r F00


" =
"
x F
F11 X
10

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

g. Desses deslocamentos, sabe-se que {x} = {0}, obtendo-se as equaes de coerncia:

[F ] {R}+ [F ] {X} = {0}


10

11

obtendo-se os hiperestticos:

{X} = [F

11

] [F ] {R}
1

10

a expresso final dos esforos (nas coord. locais):

{S} = [ [B0 ]# [B1 ] ]

[ ]

[ ]

R
= B0 {R} + B1 {X}
X

e os deslocamentos nodais (nas coord. globais):


t
{}
r = [F00 ] {R} + [F10 ] {X}

h. Logo, a matriz de flexibilidade da estrutura hiperesttica :

{F} = [F00 ] [F10 ] t [F11 ] -1 [F10 ]

Você também pode gostar