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YY RUBENS DE FARIA E SOUZA| Metrologia II ETEc Rubens de Faria e Souza in ectncy SEVECS RUBENS DE FARIAE SOUZA| cniradugio ‘ossa aula Tolerancia dimensional EE muito dificil executar pecas com as me- didas rigorosamente exatas porque todo processo de fabricagao esta sujeito a imprecis6es. Sempre acontecem variagées ou desvios das cotas indicadas no é necessério que pecas semelhantes, tomadas a0 acaso, Sejam intercambiaveis, isto &, possam ser substituidas entre si, sem que haje necessidade de reparos e ajustes. A prética tem demonstrado que as medides das pecas podem variar, dentro de certos limites, para mais ou para menos, sem dueisto prejudiquea qualidade. Esses desvios aceitéveis nas medidas das pecas, Garacterizam o que chamamos de tolerancia dimensional, que é o assunto que vocé vai aprender nesta aula. Astolerancias vém indicadas, nos desenhos técnicos, por valorese simbolos apropriados. Por isso, vocé deve dentificar essa simbologia e também ser capaz de interpretar os gréficos e as tabelas correspondentes, Aspecas,em geral,ndofuncionam isoladamente. Blas trabalham associadas 2 outras pecas, formando conjuntos mecanicos que desempenham fungdes de- terminadas. Veja um exemplo abaixo: 2 & Num conjunto, as pecas se ajustam, isto é, se encaixam umas nas outras de diferentes maneizas e vocé.também vai aprender a reconhecer os tipos de ajustes possiveis entre pecas de conjuntos mecénicos. No Brasil, 0 sistema de toleréncias tecomendado pela ABNT segue as Rormas internacionais ISO (International Organization For Standardization ). A observncia dessas normas, tanto no planejamento do projeto como na execugiéo da pega, é essencial para aumentar a produtividade da indtistria nacional e para tornar o produto brasileiro competitivo em comparagio com seus similares estrangeiros, 2 dimensional As cotas indicadas no desenho técnico sio chamadas de dimensées nominais. E_impossfvel executar as pecas com os valores exatos dessas di- mensées porque Varios fatores interferem no proceso de produgao, tais como imperfeigdes dos instrumentos de medicéo e das maquinas, deformacdes do material e falhas do operador. Entéo, procura-se determinar desvios, dentro dos quais a peca possa funcionar corretamente. Esses desvios sao chamados de afastamentos. astaawrates Osafastamentos so desvios aceitaveis das dimensdes nominais, para mais ‘ou menos, que permitem a execugao da peca sem prejuizo para seu funcion- amento e intercambiabilidade, Eles podem ser indicados no desenhs técnico como mostra a ilustragao a seguir: ESC 1:1 Neste exemplo, a dimenséo nominal do diametro do pino é 20 mm. Os afastamentos so: + 0,28 mm (vinte e oito centésimos de milimetro) e + 0,18 mm (dezoito centésimos de milimetro). O sinal + (mais) indica que os afastamentos sio positivos, isto é, que as variagbes da dimensdo nominal sio para valores maiores Oafastamento de maior valor (0,28 mm, no exemplo) é chamado de afasta- mento superior; ode menor valor (0,18 mm) échamado deafastamento inferior. Tanto um quanto outro indicam os limites maximo e minimo da dimensdo real da peca, Somando o afastamento superior & dimensio nominal obtemos a dimen- sio maxima, isto é, a maior medida aceitavel da cota depois de executada a peca. Entdo, no exemplo dado, a dimensdo méxima do diametro corresponde a: 20 mm + 0,28 mm = 20,28 mm. Somando 0 afastamento inferior @ dimensdo nominal obtemos a dimen- so minima, isto é, a menor medida que a cota pode ter depois de fabricada. No mesmo exemplo, a dimenséo minima é igual a 20 mm + 0,18 mm, ou seja, 20,18 mm. Assim, 0s valores: 20,28 mm e 20,18 mm correspondem aos limites maximo e minimo da dimensao do diametro da Depois de executado, o didmetro da peca pode ter qualquer valor dentro desses dois limites. Adimensio encontrada, depois de executada a peca, éa dimensio efetiva ou real; ela deve estar dentro dos limites da dimensio maxima e da dimensio minima. RUBENS DE FARIAE SOUZA| RUBENS DE FARIAE SOUZA| Verificando o entendimento Analise a vista ortogréfica cotada e faca 0 que é pedido. Ct 2088 3) Complete os espacos com os valores correspondentes: + afastamento superiot:ncsnn + afastamento inferior: + dimensio maxima... + dimensao minima: ... b) Dentre as medidas abaixo, assinale com um X as edtas que podem ser di- mensdes efetivas deste ressalto; 205 ( ) 2004( ) 20,06 () 20,03 ( ) Veja se voc® acertou: a) afastamento superior: +0,05 mm; afastamento in- fetior: + 0,03 mm; dimensio maxima: 20,05 mm; dimensao minima: 20,03 rms ) 20,04 e 20,03 min, Quando os dois afastamentos sio positives, a dimensio efetiva da peca sempre maior que a dimensao nominal. Entretanto, hd casos em que 4 cola apresenta dois afastamentos negativos, ou seja, as duas variagdes em relacio Tolerdncia de perpendicularidade entre uma superficie e uma reta. Especificagio do desenho Interpretacio Afacea direita da pega deve estar com- preendida entre dois planos paralelos distantes 0,08 mm e perpendiculares a0 eixo “D", Tolerancia de perpendicularidade entre dois planos ~ A tolerncia de perpendicularidade entre uma superficie e um plano tomado como referéncia & determinada por dois planos paralelos, distanciados da tolerancia especificada e respectivamente perpendiculares ao plano referencial. plonos de releréncio plane bésico e distantes 0,1 mm, perpendiculares & superficie de referéncia “E”. MEcaTRON Especificagio do desenho Interpretagio Neo Ane, A face a direita da peca deve estar com- preendida entre dois planos paralelos EWE Ss 2 canoer RUBENS DE FARIAE SOUZA| Inclinagio Simbolo: Existem dois métodos para especificar tolerncia angular: 1. Pela variagio angular, especificando o angulo maximo e 0 angulo minimo. Se Aindicagao 75° + 1° significa queentre ~ as duas superficies, em nenhuma me- digéoangular,deve-seachar uméngulo menor que 74° ou maior que 76°. 2. Pela indicagao de tolerancia de orientagao, especificando 0 elemento que serd medido e sua referencia. Tolerancia de inclinagao de uma linha em relagio a uma reta de referéncia ~ O campo de tolerancia é limitado por duas retas paralelas, cuja distancia é a tolerancia, e inclinadas em relagio a reta de referéncia do angulo especificado. Especificagio do desenho Interpretagdo Ocixodo furodeveestarcompreendido entreduasretasparalelascom distancia de 0,09 mm e inclinacao de 60° em re- lagao ao eixo de referéncia “A” 209 37 RUBENS DE FARIAE SOUZA| ‘Tolerancia de inclinagio de uma superficie em relagio a uma reta de base ~ Ocampo de toleréncia é limitado por dois planos paralelos, de distancia igual a0 valor da tolerancia, e inclinados do angulo especificado em relagio a reta de referéncia, Especificacio do desenho Interpretacio f<[0.15} O plano inclinado deve estar com- preendido entre dois planos distantes 0,1 mm v inclinados 75" em relagio ao eixo de referéncia “D". O7 Tolerancia de inclinagio de uma superficie em relago a um plano de referéncia — O campo de tolerncia é limitado por dois planos paralelos, cuja distincia é0 valor da tolerdncia,e inclinados em zelacio a superficie de referencia do angulo especificado. Especificagio do desenho Interpretacio - E © plano inclinado deve estar entre ew dois planos paralelos,com distancia de x. 0,08 mm e inclinados 40° em relacao & superficie de referéncia “E’. Log ‘Teste sua aprendizagem. Faca 0s exercicios a seguir e confira suas respostas com as do gabarito. 38 ‘Marque com X a resposta correta. Exercicio 1 Qestudo da relacdo entre dois ou mais elementos é feito por meio da tole- rancia de: a) (_) tamanho; ) ( ) forma; ©) ( ) posigao; a) ( ) diregao. Exercicio 2 Paralelismo, perpendicularidade e inclinacéo relacionam-se com tolerancia de posigio por: a) () forma; b) (_) tamanho; ©) ( ) orientagio; @ (_) diregao, Exercicio 3 O simbolo de inelinagao é: mw) => bo) ac) Lb ac) ff Exercicio 4 Osimbolo de paralelismo é: ay Wf 3 Exercicios 4o RUBENS DE FARIAE SOUZA| Um problema Tolerancia geométrica de posicao Ce atolerancia de posigaode esas conjugadas para quea montagem possa ser feita sem anecessidade de ajus- ‘es? Essa questao ¢ abordada no decorrer desta aula. Vamos acompanhé-la? As tolerancias de posigo para elementos associados estdo resumidas na tabela abaixo. Posic&o de um elemento Concentricidade e cooxiolidade Posic8o pare elementos associodos 8 g a 8 Posicéo de um elemento Simbolo: @Q A toleréncia de posigéo pode ser definida, de modo geral, como desvio tole- rado de um determinado elemento (ponto, reta, plano) em relago a sua posisao te6rica, E importante a aplicagao dessa tolerancia de posicao para especificar as osig6es relativas, por exemplo, de furos em uma carcaca pata que ela possa ser montada sem nenhuma necessidade de ajuste. Vamos considerar as seguintes tolerancias de posigéo de um elemento: Toleréncia de posigéo do ponto ~ £ a tolerancia determinada por uma Supetficie esférica ou um circulo, cujo diémetro mede a tolerdncia especificada. Ocenito do efrculo deve coincidir com a posigio tedrica do ponto considerado (medidas nominais). 44 Especificagéo do desenho Interpretagio © ponto de intersecgéo deve estar contido em um circulo de 0,3 mm de didmetro, cujo centro coincide com a Posigao te6rica do ponto considerado. Tolerancia de posicao da reta — A tolerancia de posigdo de uma reta é determinada por um cilindro com diémetro "t", cuja linha de centro é a reta na sua posigdo nominal, no caso de sua indicagdo numérica ser precedida pelo simbolo Q. Le } st q sl A tolardncia de localizagéo da reta Quando o desenho do produto indicar posicionamento de linhas que entre si nfio podem variar além de certos limites em relagéo as suas cotas nominais, a tolerancia de localizagio sera determinada pela distancia de duas retas paralelas, dispostas simetricamente a reta considerada nominal, al a O eixo do furo deve situar-se dentro da zona cilindrica de diametro 0,3 mm, 8 cujo eixo se encontrana posigio tedrica da linha considerada. “ 3 finhos Cada linha deve estar compreendida alos entre duas retas paralelas, distantes 0,5 mm, e dispostas simetricamente em relagdo posigio tedrica da linha considerada, cima ata om Cons | i 0, Linha_nominel 42 RUBENS DE FARIAE SOUZA| RUBENS DE FARIAE SOUZA| Tolerancia de posicao de um plano ~ A tolerancia de posigio de um plano €determinada por dois planos paralelos distanciados, de toleréncia especificada € dispostos simetricamente em relagio ao plano considerado normal. Especificagio do desenho Interpretagio A superficie inclinada deve estar contida entre dois planos paralelos, distantes 0,05 mm, dispostos simetric- amente em relagao a posicéo teérica especificada do’ plano considerado, comt relagao ao plano de referéncia A a0 eixo de referéncia B. SI As tolerancias de posigdo, consideradas isoladamente como desvio de posi- ses puras, ndo podem ser adotadas na grande maioria dos casos praticos, pois no se pode separé-las dos desvios de forma dos respectivos elementos. Concentricidade Simbolo: © Define-se concentricidade como a condicao segundo a qual os eixos de duas ou mais figuras geométricas, tais como cilindros, cones etc., s80 coincidentes. Na realidade nao existe essa coincidéncia tedrica, Hé sempre uma variagio do eixo de simetria de uma das figuras em relacio a um outro eixo tomado como referéncia, caracterizando uma excentricidacle. Pode-se definir como tolerancia de concentricidade a excentricidade t, considerada em um plano perpendicular a0 eixo tomado como referéncia, Nesse plano, tem-se dois pontos que so a intersecgao do eixo de referéncia € do eixo que se quer saber a excentricidade. O segundo ponto deverd estar contido em circulo de raio t,, tendo como centro o ponto considerado do eixo de referéncia. plone de mocide linha de Perpend.evar ao #4 Een do #4 iGmetro menor A Gigmavia molar @ O diametro B deve ser concéntrico com o diametro A, quando a linha de centro do didmetro B estiver dentro do circulo de didmetro t,, cujo centro esti na linha de centro do diametro A. Atolerancia de excentricidade poderé variar de ponto para ponto, ao se des- Jocar 9 plano de medida paralelo a si mesmo e perpendicular a linha de centro derefergncia. Conclui-se, portanto, que 0s desvios de excentricidade constituem um caso particular dos desvios de coaxialidade. Especificagio do desenho Interpretagio © centro do circulo maior deve estar contido em um circulo com digmetro de 0,1 mm, concéntrico em relagéo ao _ cfrculo de referéncia A. 20.1 Coaxialidade Simbolo: © A tolerncia de coaxialidade de uma reta em relagdo a outra, tomada como refevéncia, é definida por um cilindro de raio t, tendo como geratriz a reta de referéncia, dentro do qual devera se encontrar a outra reta, : Atolerancia de coaxialidade deve sempre estar referida a um comprimento de referéncia, O desvio de coaxialidade pode ser verificado pela medi concentricidade em alguns pontos. io do desvio de Especificagio do desenho Interpretacio Oeixo do didmetro central deve estar contido em uma zona cilindrica de 0,08 mm de diametro, coaxial ao eixo de referéncia AB. ct O eixo do didmetro menor deve estar contido em uma zona cilindrica de 0,1 mm de diémetro, coaxial ao eixo de refeténcia B. 4H RUBENS DE FARIAE SOUZA| RUBENS DE FARIAE SOUZA| Simetria Simbolo: = A tolerancia de simetria é semelhante a de posigao de um elemento, porém utilizada em condi¢ao independente, isto é, ndo se leva em conta a grandeza do elemento. O campo de tolerancia é limitado por duas retas paralelas, ou por dois planos paralelos, distantes no valor especificado e dispostos simetricamente em Felacdo ao eixo (ou plano) de referéncia Especificagio do desenho Interpretagio EOGE EE) 7 rer O eixo do furo deve estar compre- endido entre dois planos paralelos, distantes 0,08 mm, e dispostos sime- tricamente em relagdo ao plano de referéncia AB. a] [pols Oplanomédis dorasgodeveestarcom- preendido entre dois planos paralelos, distantes 0,08mm, edispostossimetrie- amente em relagao ao plano médio do elemento de referéncia A. Tolerancia de batimento Steabolo: Na usinagem de elementos de revolugao, tais como cilindros ou furos, ocorrem variagées em stias formas e posigdes, o que provoca erros de ovali- zasio, conicidade, excentricidade etc. em relacdo a seus eixos. Tais erros so aceitaveis até certos limites, desde que ndo comprometam seu funcionamento. Dai a necessidade de se estabelecer um dimensionamento conveniente para 05 elementos. Alem desses desvios, fica dificil determiinar na peca 0 seu verdadeiro exo de revolugio. Nesse caso, a medicio ou inspecao deve ser feita a partir de outras referéncias que estejam relacionadas ao eixo de simetria, Essa variagao de referencial geralmente leva a uma composigio de er- ros, envolvendo a superficie medida, a superficie de referéncia ea linka de centro tedrica. Para que se possa fazer uma conceituacao desses erros compostos, sio de- finidos os desvios de batimento, que nada mais sao do que desvios compostos de forma e posigao de superficie de revolugdo, quando medidos a partir de um eixo ou superficie de referéncia. O batimento representa a variagdo maxima admissivel da posicao de um elemento, considerado ao girar a peca de uma rotagéo em torno de um eixo de referéncia, sem que haja deslocamento axial. A tolerancia de batimento é aplicada separadamente para cada posigao medida. Se nfo houver indicacao em contrério, a variagao maxima permitida deverd ser verificada a partir do ponto indicado pela seta no desenho. Obatimento pode delimitar erros de circularidade, coaxialidade, excentric- idade, perpendicularidade e planicidade, desde que seu valor, que representa a soma de todos os erros acumulados, esteja contido na tolerdncia especificada. O eixo de referéncia devers ser assumido sem erros de retilineidade ou de an- gularidade. A tolerancia de batimento pode ser dividida em dois grupos principais: Batimento radial — A tolerdncia de batimento radial é definida como um campo de disténcia t entre dois circulos concéntricos, medidos em um plano perpendicular ao eixo considerado. tolerdncia de batimento radial Especificagao do desenho Interpretacio A peca, girando apoiada em dois prismas, ndo deveré apresentar a LTI (Leitura Total do Indicador) superior 20,1 mm, Ke RUBENS DE FARIAE SOUZA| RUBENS DE FARIAE SOUZA| Métodos de medicao do batimento radial @) Apeca é apoiacia em prismas, ‘A figura mostra uma seco reta de um eixo no qual se quer medit 9 desvic de batimento. ALT! indicard um erro composto, constituido do desvio de batimento radial, adicionado ao erro decorrente da variagio de posigao do centro, superficie de n x yy *Pmedeas tm Lrodiol = 2.tm(Lti) b) A peca é apoiada entre centros, Quando se faz a medigio da peca locada entre centros, tem-se o posicior pamento correto da linha de centro e, portanto, a LTI realmente o desvio de batimento radial ‘A medicéo, assim executada, independe das cimensies da peca, néo im- Portando se ela esteja na condigao de maximo material (didmetro maiox) ou de minimo material (diametro menor, em se tratando de eixo). * Batimento axial ~ A toleréncia de batimento axial t, édefinida como ocampo de tolerancia determinado por duas superficies, paralelas entre si e perpen- diculares ao eixo de rotagio da pega, dentro do qual deverd estar a superficie real quando a pega efetuar uma volta, sempre referida a seu eixo de rotacio, Na tolerancia de batimento axial esto incluidos os erros compostos de forma (planicidade) e de posigio (perpendicularidade das faces em relacio & linha de centro). 4T Métodos de medigio de batimento axial ~ Para se medir a tolerancia de batimento axial, faz-se girar a peca em torno de um eixo perpendicular & super ficie que seré medida, bloqueando seu deslocamento no sentido axial. A min, A méx. of ey (Améx — Amin < ta) medic8o de tolerGncia de batimento oxic! Caso nao haja indicagio da regio em que deve ser efetuada a medicao, ela valerd para toda a superficie. A diferenca entre as indicagies Ag, ~ Aju (obtida a partir da leitura de um reldgio comparador) determinard 0 desvio de batimento axial, que deverd ser menor ou igual a tolerdncia t,, Ban St Normalmente, o desvio de batimento axial ¢ obtido por meio das montagens indicadas abaixo. entre pontas b) esfero tel5gio eomparador risma_em V sistemo de medicdo do desvio do batimento axial A figura a mostra a medigio feita entre pontas. Na figura b, a superficie de referéncia estd apoiada em um prisma em V. 48 RUBENS DE FARIAE SOUZA| Especificagao do desenho Teste sua aprendiza com as do gabarito, Interpretagio O desvio radial nao deve ultrapassar 0,1 mm em cada ponto de medida, du- ante uma rotacao completa em torno do eixo AB. Odesviona diregioda flecha sobrecada cone de medigao nao deve ultcapassar 0.1mm, durante uma rotagio completa em torno do eixo C. O desvio nao deve ultrapassar 0,1 mm sobre cada cilindro de medigo, du- ante uma rotagéo completa em torno do eixoD. igem. Faga os exercicios a seguir e confira suas respostas 4g ‘Marque com X a resposta correta. Exercicios Exercicio 1 Para especificar as posigdes relativas de furos em uma carcaga é necessério estabelecer: a) (_) tamanho dos furos; 'b)(_ ) posigdo dos furos; © (_) forma de ajuste; @ (. ) tolerdncia de posigao. Exercicio 2 Na tolerdncia dle posigéo do ponto,o centro de um circulo deve caincidir com: a) (_ ) a posigéo teérica do ponto considerado; b) (_) o tamanho do ponto considerado; © (_ ) a forma do ponto considerado; 4) (_ ) a medida do ponto considerado. Exercicio3 Na toleréncia de posig&o da reta, a linha de centro & a) (_) © ponto, na sua dimensao normal; b) ( ) areta, na sua posicéo nominal; 9 (_) ocirculo, na sua posigao tedrica; @ (_ ) odiametro, na sua localizagéo normal. Exercicio 4 A tolerincia de posigdo de um plano é determinada por: a) (_ ) dois planos inclinados; b) ( ) dois planos paralelos; ©) (_) dois planos perpendiculares; 4) (_) dois planos sobrepostos. Exercicio 5 Accoincidéncia entre os eixos de duas ou mais figuras geométricas denomina-se: a) (_) equivaléncia; )(_ ) intercambialidade; ©) (_ ) justaposigéo; @) (_ ) concentricidade. Exercicio 6 Na tolerancia de simetria, o campo de tolerdncia é limitado por: a) (_ ) duas linhas de referéncia; b) (_) duas retas paralelas; ©) (_ ) trés retas paralelas; 4) (_ ) trés linhas de referéncia. 50 Goniémetro RUBENS DE FARIAE SOUZA| A téagora, foramestudados instrumentosde Un probien: meciidas lineares. Mas os funciondrios: nGoconheciam instrumentos de verificacio de medidas angulares, muito usados em mecénica. Um desses instrumentos » o gonidmetro — sera estudado nesta aula. Introdugio © goniémetro ¢ um instrumento de medigéo ou de vetificagéo de medidas angulares, © goniémetzo simples, também conlecido como transferidor de grau, 6 utilizado em mediclas angulares que no necessitam extremo rigor. Sua menor divisto ¢ de 1" (um grau). Hi diversos modelos de goniémetio. A seguit, mos. framos um tipo bastante usaco,'em que podemos observar as medidas de um Angulo agucio e de um angulo obtuso, wa = mw ectnets RUBENS DE FARIAE SOUZA] gonidmetro de precisio. O disco graduado Na figura que segue, temos um apresenta quatro graduacdes de0a 90°. O articulador gira com o disco do vernier ¢, em sua extremidade, hé um ressalto adaptavel a régua fxador do ctticuledor Sq Al Ser S Exemplos de aplicagéo do goniémetro Calculo da resolucio Na leitura do nénio, utitizamos o valor de 5! (5 minutos) para cada trago do Rénio. Dessa forma, se ¢ 02° trago no nénio que coincide com um traco de escale fixa, adicionamos 10° aos graus lidos na escala fixa; se 6 0 3° trago, adicionamos 15' se 0 42, 20' ete. Aresolucdo donénio é dada pela férmula geral, amesma utilizada em outros instrumentos de medida com nénio, ou seja: divide-se a menor divisao do disco gtaduado pelo mimero de divisées do nénio, ‘mimero de divisdes do nénio ou seja: 1 Resolugio 2. esolucio # Leitura do goniémetro Os graus inteiros so lidos na graduagio do disco, com o trago zero do nd- ‘io: Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido hordrio quanto no sentido anti-hordrio, A leitura dos minutos, por sua vez, 6 realizada a partir do zero ndnio, se- guinclo a mesma direcao da leitura dos graus. Assim, nas figuras acima, as medidas sdo, respectivamente: A\= 6° B, = 30° Ieitura completa 64°30" Ay= ae B, = 20° leitura completa 42°20' A= 9° B= 15" leitura completa 9°15 RUBENS DE FARIAE SOUZA| Conservacao Evitar quedas e contato com ferramentas de oficina. Guardar o instrumento em local apropriado, sem exp6-1o ao pé ou & umidade. Verificando 0 entendimento Leia e escreva sua leitura nas linhas, sentige de _Ieituro senfido_de_Ietoro sentido de _leiture a b) 9°15" © 30° 4) 50°15" Teste sua aprendizagem. Faca os exercicios a seguir e confira suas respostas | | Veja se acertous a) 24°10" com as do gabarito. | | | 54 Exercicio 1 Leia e escreva as medidas abaixo dos desenhos. Ey ey a) Leitiva = ......, a Leitura =. ©) Leitura = J 2 ° - 7 o 2 o e) Leiture Sieseseneenes ere eerie 8) Leitura = 3 Sete v ey f) Leitura Se ne oo DD Leitura =n. 55 in lerknrcs SEVECS RUBENS DE FARIAE SOUZA| Um problema Controle trigonométrico C- tipos de pecas, devido a sua forma, nao podem ser medidos diretamente. Essas medicbes exigem auxilio de pecas complementares e controle trigonométrico, ¢ é 0 assunto de nossa aula, Medico com pecas complementares Por causa de sua forma, nao é possivel medir diretamente certos tipos de pecas. Estamos nos referindo as pecas prismaticas ou as chamadas pecas de revo- hugo, como, por exemplo, superticies de prismas, com rasgo em V, calibradores ‘cOnicos, parafusos etc. BP KP Existe, entretanto, um modo simples e confidvel de medir essas pegas. Trata- se de um processo muito empregado na verificagio da qualidade. Nesse processo de medigéo é que usamos as pecas complementares, como cilindros, esferas, meias esferas. Esses instrumentos devem ser cle aco temperado e retificado, durdveis e com suas dimensdes conhecidas. Oo Gtioaro estero mela esfera As pecas complementares so usadas na medicao indireta de angulos, espe- cialmente quando se trata de medigées internas e externas de ‘superficies cénicas. Desse modo, podemos calcular valores angulares de determinadas pecas. Exercicio 3 Para a medicéo tridimensional séo usados sensores: a) (__) mecanicos, eletrénicos, 6pticos; b) (_ ) épticos, automaticos, eletrénicos; ©) (_ ) eletrénicos, mecinicos, pneumaticos; 4) (_) mecanicos, 6pticos, digitais. Exercicio 4 No método de medigo com a MMC manual so realizadas as seguintes operacées: a) (_) alinhamento, determinacdo do ponto de acabamento, nivelamento; b) (__) determinagao do ponto de origem, nivelamento, balanceamento; ©) (_) nivelamento, alinhamento, determinacao do ponto de fuga; 4) (_) nivelamento, alinhamento, determinacao do ponto de origem. Exercicio S Osistemade processamento de dadosacopladoa MMC é sempre assistido por; a) (_) processador; ) (_) sensor mecdnico; & (_) computador; 4) (_ ) sensor eletrdnico, Exercicio 6 (Os programas de medigéio geométrica necessitam das seguintes fungSes: a) (_) designacio de plano de referéncia, ponto de origem e eixo de alinhamento; b) (_ ) designacao de planos, pontos e eixos de alinhamento; ©) (_ ) tracejamento de linhas, referéncias e ponto de origem; d) ( ) plotagem de referéncias, esquemas e ponto de origem. 58 RUBENS DE FARIAE SOUZA| Aplicagdes cone fémeo alojomento /Amedigao com pecas complementares tem como base de célculo duas rela- ‘gSes trigonométricas elementares. Num triangulo retangulo em que a. é um dos angulos agudos, teremos: cateto oposto a a a sen = SO Oporton gen a=s hipotenusa e cateto oposto aa a tga= —) a . + | amis arson he (<9) CK Ws Aplicacies 2. Calcular x num encaixe macho rabo-de-andorinha, sendo: teremos; 2h 2.10 20 71 e=L - 2h x 69,432.10 _ = 7 = 48,8 f YAIB— To Gop = 60,418 - 5755 = 60418 ~ 11,547 = 48,871 8,871mm 61 seat, SEVECS Cfiecarmonsk RUBENS DE FARIAE SOUZA| x-e+(Bern) eD=09-h 'e D=09-10 D=9.0mm 9 9 48,8714] 49 = 48,8714 +O] = 2 ee ) (ae ) + ») = 48,871 + 15,588 +9 = 73,459 2 Calcular y num encaixe fémea rabo-de-andorinha, sendo: Considerando a formula principal: Ae 2 yel (o+ 3) Obteremos inicialmente o valor de L usando a formula: en 2.11 ga tg 60" = 35,000 + 57 = 35+12,702 eD=09-hs09-11 62 - 99). . 9), y=(02 +24) am (> + er) 5 _ De _ I 47,702 ( + os} 47,702 -(9,9 + 17,147) = 47,702 — 27,047 = 20,655 RUBENS DE FARIAE SOUZA| Calcular x num encaixe macho rabo-de-andorinha, sendo: L = 80,000 e D=09-h D=09-20 X= 56,906 + (ae xs) x= 56,906 +184 ag 'g +(—38 = +@11 56,906 ( Tat 8) 756906 + (31177 + 18) x = 56,906 + 49,177 = 106,083 63 in hyecenn Se Medigio de encaixe rabo-de-andorinha: ranhura externa @ inierna © EEC? TRON Ranhura externa RUBENS DE FARIAE SOUZA| A +2(248) ~2y Observagio — Os eixos-padrfo devem ser escolhides de modo que os contatos com as faces da pesa que seré medida situem-se, de preferéncia, a meia altura dos flancos. 65 RUBENS DE FARIAE SOUZA| Enecessdrio verificar previamenteseos Angulosconsideradoscomoreferéncia para a medic&o correspondem as especificagdes no desenho. Com alguns exemplos veremos como se faz.a medigao de uma ranhurae um encaixe rabo-de-andorinha. 1. Medicaoderanhura interna, utilizando eixos-padrao,calculandao valor de x: Dados: Formula: A=xt(2+n) sendo: x=A-(2+n) r poe ‘ee teremos: Z= portanto: x= A= (241) x= 80 ~ (17,33 + 10) x= 80-2733 2,67 mum 2. Medigéo de um rabo-de-andorinha macho, por meio de eixos-padrao, de- terminando 0 erro de largura, sendo uma medigao X: r=12 X = 96,820 Formulas: A=B— 2y = 60 ~ (14433 -2) = 31,134 y=htgA=25-tg 30° = 14,433 8 =90° - 60° =30° ze 66 Portanto, sendo a formula original: A=X'=2 (+) teremos: XSA42(@4) 31,134 + 2 (20,786 + 12) 96,706 mm. teremos X — X' = 96,820 — 96,706 = 0,114 RUBENS DE FARIAE SOUZA] ‘Teste sua aprendizagem. Faca os exercicios a seguir e confira suas respostas com as do gabarito, Faca os calculos e marque com X a resposta correta Exercicios Exercicio 1 Calcule a medida y num encaixe fémea rabo-de-andorinha. a) (-) 27,68; by ( ) 29,23; 2 ( ) 33, @)( ) 30,41. Exercicio 2 Calcule a medida y. a) ( ) 39,92; b( ) 33,39; o () 2953; a) ) 28,35. 67 Exercicio 3 Calcule a medida x. a) (_) 23,58; b)( ) 22,29; & ( ) 19,69; RUBENS DE FARIAE SOUZA| 4) () 2412, Exercicio 4 Calcule a medida x. a) ( ) 26,13; b)( ) 25,75; ©) ( ) 26,75; @) ( ) 25,15. 68 Blocos-padrao RUBENS DE FARIAE SOUZA| Ll nia empresa adit ts opertvoe par 6 setor de ferramentaria, Os operitios eran mecinices cone experiencia, Mas, UM problema cle Metrologia, 86 conheciam o paquimetro e 0 micrémetro, Por feso, eles forme submetidos a um treinamento, Oprimeizoestudo do treinamento fo sobre blocos-padrao. Vamos, também, conhecer esses blocos mais de perto? Blocos-padrio Fara realizar qualquer medida, é necessério estabelecer previamente um Padrio de referéncia. ‘Ac longo do tempo, diversos padrdes foram adotados:o pé, obraco ete. Mais tarde, no século XVIII foi introduzido, na Franga, o sistema métrico. Em 1898, C. E. Johanson solicitou a patente de blocos-padrao: pecas em forma ce pequenos paralelepipedos, padronizados nas dimensdes “le 30 ou 35mm x9’ mm, variando de espessura a partir de 0,5 mm. Atualmente, nas in. | = | aoa [750075 mm = a) No caso do exemplo, um bloco-padrdo de 30 mm na classe 0 pode apresentar desvio de até 20,20 pm. Técni a de empilhamento Os blocos deverio ser, inicialmente, limpos com algodo embebido em ben- zina ou em algum tipo de solvente. Depois, retia-se toda impureza e umidace, com um pedaco de camurga, Papel ou algo similar, que nfo solte fiapos, 72 Osblocosséocolocadosdeformacruzada, um sobre o outro. Isso deve ser feito de modo que as superficies fiquem em contato. Em seguida, devem ser girados lentamente, exercerdo-se uma pressio mo- deracla até que suas faces fiquem alinhadas e haja perfeita aderéncia, de modo ® expulsar a limina de ar que as separa. A aderéncia assim obtida parece ser conseqiiéncia do fendmeno fisico conhecido como atragao molecular (com va- lor de aproximadamente 500N/cm?), e que produz a aderéncia de dois corpos ‘metilicos que tenham superficie de contato finamente polidas. Paraamontagem dos demais blocs, procede-se da mesma forma, atéatingir a medida desejada, Em geral, sio feitas duas montagens para se estabelecer 08 limites maximo e minimo da dimensio que se deseja calibrar, ou de acordo com a qualidade prevista para o trabalho (IT), Exemplo: Os blocas-padrao podem ser usados para verificar um rasgo em forma de rabo de andorinha com roletes, no valor de 12,573 + 0,005. Devemos fazer dias montagens de blocos-padrio, uma na dimensio minima de 12,573 mm e outra na dimensao maxima de 12,578 mm. 12,573 "8 Bloco_protetor 2,000 Bloco_protetor 2,000 (003 [1.070 6,500 ‘5,000 Bloco proteter 2,000 Bloco protetor 2,000 7, | vzs7s 12578 B RUBENS DE FARIAE SOUZA| Faz-se a combinacao por blocos de forma regressiva, procurando utilizar 0 menor nimero possivel de blocos.A técnica consiste em eliminaras iltimas casas decimais, subtraindo da dimensio a medida dos blocos existentes no jogo. Exemplo: DINGKO MAA iENSAO win 12578 DIM 12,578 DIM 12,573 BLOCO 4000+ 2bocosprotetores | BLOCO _—4000~ 2 blocos protetores DM 8578 Dim e573 BLOCO _ ~1,008+ 1 DiM_—7570 BLOCO 1270+ 1 Dim 6300 BLOCO_ ~1,300+ 1 DIM 5,000" BLOCO ~5,000-+ 1 06 blocs Bo Blocos e acessérios Hi acessorios de diversos formatos que, juntamente com os blocos-padiao, Permitem que se facam varios tipos de controle. ‘ilindros—padréio ocos prottores Bocas pottio —— Z 20 | 5/4 2 0 Verge eum ee Ls coltader de boca oy 8 Mondbulos de encosto Verficagio de sistanci entre furos ssp f t Tala a4 il rab s Ch finador ‘ormario ‘blocos x prtelores Grampo fixar blocos-padrao conservando ‘98 montagens pasicionadas TA Observasio: No jogo consta umsé padriodecadamedida,ndopodendo | haver repetigao ce blocos. Existe umsuporte,acopladoa uma base, queserve paracalibraromicrémetro interno de dois contatos. Nele, pode-se montar uma ponta para tracar, com exatidao, linhas paralelas A base. Geralmente, os acess6rios séo fornecidos em jogos acondicionadosem estojos protetores. Conservagio + Bvitaraoxidagao pela umidade, marcasdosdedos ouaquecimentoutilizando Juvas sempre que possivel. + Bvitar quedas dé objetos sobre os blocos e nao deixé-los cair, + Limpar os blocos apés sua utilizagdo com benzina pura, enxugando-os com camurga ou pano. Antes de guardé-los, énecessatio passar uma leve camada de vaselina (os blocos de cerdmica nao devem ser lubrificados). + Evitar contato dos blocos-padréo com desempeno, sem o'uso dos blocos protetores. Teste sua aprendizagem, fazendo os exercicios a seguir. Confira suas res- postas com as do gabarito. RUBENS DE FARIAE SOUZA| Exercicios Marque V para as questées verdadeiras e F para as falsas Exercicio 1 a) ( ") Para fazer uma medida é necessério estabelecer um padrao de refe- réncia, gECANIC, | »)(_) Na mecfnica, 0 pé, o braco, 0 palmo sao utilizados como padrao de referencia. © () Os blocos-padrao sio padronizados nas dimensdes de 30 ou 35mm x 9mm, variando somente a espessura. (- ) As dimensdes dos blocos-padro so encontrados somente em mm. ®) (_ ) Os blocos-padrio sao usados somente em laboratérios, (_ ) Os blocos-padrao protetores sao inais resistentes, mas nao seguem as normas de tolerancia dos blocos-padrao comum. 8) (_) A espessura dos blocos-padrao protetores sio, normalmente, 1, 2 ou 2.5mm. h) ( -) Os blocos-padrao sao distribuidos em quatro classes, i ( ) Osblocos-padrao utilizados em laboratério sdo os de classe OO. 3) () Osblocos-padriio sao constituidos em aco, carboneto de tunsgténio, e ceramic: D (_ ) Em geral sao feitas duas montagens de blocos- padrao: uma na cota maxima e outra na cota minima. m)(_) Faz-se a combinagio de blocos-padrao de forma progressiva, utili- zando o maior ntimero possivel de blocos. 1) (_) Os acessérios diversificam a utilizac&o dos blocos-padrao, ©) (_) Os blocos no se oxidam devido ao acabamento lapidado. Marque com X a resposta correta, Exercicio2 Doiscorpos metélicos com superficie de contato lapidadas podem apresentar aderéncia devido a: a) (_ ) atragio magnética b)(_) auséncia de impureza e umidade © (_) atragio molecular 4) (_ ) pressio demasiada Exercicio 3 ‘Monte blocos-padraoem mm para comparar as dimensdes abaixo, Useome- nor mimero possivel de blocos. A espessura do bloco protetor é 2.000mm. a) 14578 20001 — b) 23,245 "+0005 — ¢) 23,245 +0002 — a 3282+ 0001 €) 102,323 +0005 — 16 RUBENS DE FARIAE SOUZA| Um problema Régua e mesa de seno AA empresa precisava mee Angulos ce pecas com maior exatidao. O uso de gonidmetro nao satisfazia porque a medicao era feita com resolucéo de 5 minutos. . Bata resolver situaglo, o supervisor sugeriua mesa de sene, que permite medigdes com resolugdo de segundos. Seu uso, entretanto, dependia de apren- dizagem pelos operadores. Por isso eles foram submetidos a um treinamento rapido. Vamos acompanhé-lo? Régua de seno A régua de seno é constituida de uma barra de aco temperadio e relificado. Com formato retangular, possui dois rebaixos: um numa extremidade e outro proximo a extremidade oposta. Nesses rebaixos que se encaixam 0s dois cilindros que servem de apoio a régua, Os furos existentes no corpo da régua reduzem seu peso e possibilitam a fixagao das pecas que serao medidas. A distancia entre os centros dos cilindros da régua de seno varia de acordo com o fabricante. TT 78 cat. oposto Recordando a trigonometria: “A son ee £820 posto a ws EEC Sen & = —Tipotenusa go” > —) i} JRUBENS DE FARIA E SOUZA| Entao: O fabricante garante a exatidao da distancia (L). A altura (H) é conseguida com a utilizagéo de blocos-padrao. Por exemplo: deseja-se inclinar a régua de seno 30° (a), sabendo que a distancia entre os cilindros é igual a 100 mm (L). Qual é a altura (H) dos blocos-padrao? geno a= He t= seno a-L H-=seno 30". 100 H 100 H=50mm 79 Mesa de seno Aamesa de seno é semelhante a régua de seno. Suas proporgées, entretanto, sao maiores. Possui também uma base, na qual se encaixa tim dos cilindros, 0 que facilita sua inclinacao. RUBENS DE FARIAE SOUZA| A mesa de seno com contrapontas permite medigéo de pegas cilindricas com furos de centro. Técnica de utilizagio Para medir o angulo de uma peca com a mesa de seno, é necessétio que a mesa esteja sobre o desempeno e que tenha como referéncia de comparagao 0 rel6gio comparador. Reldgi arod CANy Mesa _de_seno EVE 2 Suporte Bloco- padrtio RUBENS DE FARIAE SOUZA| Base da meso Desempeno Se 0 reldgio, ao se deslocar sobre a superficie a ser verificada, ndo alterar sua indicagao, significa que o Angulo da pega é semelhante ao da mesa. Com a mesa de seno com contrapontas, podemos medir angulos de pecas cOnicas, Para isso, basta inclinar a mesa, até a superficie superior da peca ficar paralela a base da mesa. Dessa forma, a inclinagéo da mesa sera igual & da peca fixada entre as contrapontas. > inetinacéo conicidage Obs: A inclinagdo ¢ iguol metade do conicidade Medicao de pequenos angulos Nessa medticao, a mesa de senoe a mesa de seno com contrapontas possuem uma diferenca de plano (dp). Essa diferenca de plano varia de acordo com os Fabricantes, sencio que as alturas mais comuns sao de 5, 10 e 12,5 mm. 9! Aone, Exercicios Sta =Sq \ opoio desempeno “i base Para obter a igualdade de plano colocam-se blocos-paditio que correspondam 8 diferenga de altura entre a base ¢ 0 cilindro. Com esse recurso podemos fazer qualquer inclinagao, por menor que seja, e ainda usar blocos-padrao protetores. ‘Teste sua aprendizagem. Faga os exercicios a seguir e confira suas respostas com as do gabarito. Marque com X a resposta correta. Exercicio 1 Arégua e a mesa de seno sio utilizadas para verificar dimensées a) ( ) lineares; b)(_) deseno; © ( ) angulares; 4) (_) milimetros. Exercicio 2 O principio de medicao da mesa é baseado em: a) (_) blocos-padrao; »)(_ ) conicidade; © (_) diferenca de plano (dp); 4) (_ ) regra do seno. Exercicio 3 A diferenga de plano (dp) na mesa de seno serve para: a) (_ ) fazer pequenas inclinagées e usar blocos protetores; b)(_ ) facilitar 0 uso do rel6gio comparador; ©) (_ ) obter exatidao nas pecas cénicas; 4) (_ ) fixar pegas entre pontas. Exercicio 4 Para inclinar 30° numa mesa de seno, com distancia entre os cilindros de 200 mm e dp = 5, a altura dos blocos-padrao sera: Dado: seno 30° a) () 100; b)( ) 105; 2 ( ) 10; (45. 82 - Acabamentos e Rugosidades Estado de Superficie - Definigo RUBENS DE FARIAE SOUZA| A produgdo de uma pega, ou de um objeto qualquer, parte sempre de um corpo bruto para, passo a passo, chegar ao estado acabado. Durante 0 processo de fabricagio, 0 material bruto softe transformagées de forma, de tamanho e de propriedades. ‘A pega pronta deve ficar de acordo com o seu desenho técnico. Vocé ja sabe que 0 desenho téenico traz informagées sobre as caracteristicas geométricas e dimensionais da pega. Vocé ja aprendeu, também, que certos desvios de tamanho e de forma, dentro de limites de toleréncia estabelecidos no desenho téenico, so aceitiveis porque nio comprometem o funcionamento da pega. Mas, em alguns casos, para garantir a perfeita funcionalidade da pega, € necessério especificar, também, o acabamento das superficies, isto é, a aparéncia final da pega e as propriedades que ela deve ter. As informagdes sobre os estados de superficie sio indicadas, no desenho técnico, através de sitnbologia normalizada. Processos de Fabricagio e de Acabamento de Pecas O método de produgdo interfere na aparéncia, na funcionalidade e nas caracteristicas gerais do produto acabado. Existem varios processos de fabricagao de pegas. Vocé conheceré mais detalhadamente cada um desses processos ao estudar 0 médulo Processos de fabricagio Por enquanto, é suficiente que vocé saiba que a usinagem, a fundigAo e 0 forjamento sto alguns dos processos de fabricagdo de pegas que determinam diferentes graus de acabamento de superficies. Um mesmo grau de acabamento pode ser obtido por diversos processos de trabalho. Da mesma forma, 0 mesmo processo de trabalho permite atingir diversos graus de acablmento. Quanto melhor 0 acabamento a ser obtido, maior 0 custo de execugdo da pega. Portanto, para nao onerar 0 custo de fabricago, as pegas devem apresentar o grau de acabamento adequado a sua fungio. A escolha do processo de fabricago deve levar em conta a forma, a fungo, a natureza da superficie, o tipo de material e os meios de produgdo disponiveis. Mais adiante vocé ficard sabendo como ¢ feita a indicaglio dos processos de fabricagaio nos desenhos $3 técnicos. Antes, porém, voeé precisa conhecer mais alguns detalhes sobre o acabamento de superticies das pegas. Na pratica, a superficie real da pega nunca é igual a superficie geométrica representada no desenho. Analise, na figura abaixo, o perfil geométrico de um eixo e, a sua direita, o detalhe ampliado da superficie deste mesmo eixo. No detalhe ampliado vocé pode observar que a superficie real apresenta irregularidades na forma ton ‘Vocé ja viu que, na fabricagdo de pegas, as superficies estdo sujeitas a erros de forma e de posigo, que determinam as tolerdncias geométricas. Esses erros so considerados macrogeométricos As tolerancias geométricas so estabelecidas para que tais erros nfo prejudiquem 0 funcionamento da pega. Entretanto, mesmo superficies executadas dentro dos padrdes de tolerincia geométrica determinados, apresentam um conjunto de irregularidades microgeométricas que constituem a rugosidade da pega ou textura priméria. A mugosidade consiste nas marcas ou sulcos deixados pela ferramenta utilizada para produzir a pega. As irregularidades das superficies, que constituem a rugosidade, sto as saliéncias e reentrancias existentes na superficie real. olwro do rugostéode: dafettp local (arrankSep A principio, a avaliagdo da rugosidade era feita pela visio e pelo tato. A comparagao visual ¢ tatil dé uma idéia, mas nao transmite a preciséo necesséria, levando a 84 conclusdes muitas vezes enganosas, e que no podem ser expressas em niimeros. Depois, passou-se a utilizar microseépios, que permitiam uma visio ampliada da superficie a ser julgada. Porém, os microscépios apresentavam limitagdes: apesar de possibilitarem a medida da largura € espagamento entre as saliéncias e reentrancias nao forneciam informagdes sobre suas alturas ¢ profundidades. Atualmente, gragas ao progresso da eletrénica, ja existem aparelhos que fornecem informagies completas e precisas sobre o perfil de superficies analisadas. Por meio de uma pequena agulha, que percorre amostras de comprimento da superficie verificada, é possivel obter informagdes numéricas e graficas sobre seu perfil, Assim, utilizando aparelhos como: rugosimetro, perfilografo, perfiloscépio, etc. é possivel avaliar com exatidio se a pega apresenta o estado de superficie adequado ao seu funcionamento. Normas de Acabamento Superficial Indicagao de Estado de Superficie no Brasil No Brasil, até 1984, a NBR6402 indicava o acabamento superficial por meio de uma simbologia que transmitia apenas informagdes qualitativas. Esta simbologia, que hoje se encontra ultrapassada, nfo deve ser utilizada em desenhos técnicos mecénicos. Entretanto, é importante que vocé a conhega, pois pode vir a encontré-la em desenhos mais antigos. Veja a seguir, os simbolos de acabamento superficial ¢ seu significado. i iheceas nore vomertiaat Ino que a spertice deveser desta, As ete v pratuahas pos eramenta am er peridot = inca que a peice deve seal apraemunte sv forma marc poues rrpteie vide —— Than qua sapere deve sr pot. asin Fe Atualmente, a avaliagdio da rugosidade, no Brasil, baseia-se nas normas NBR6405/88 ¢ NBR8404/84, que tratam a rugosidade de forma quantitativa, permitindo que ela seja medida, Este é 0 préximo assunto que vocé vai estudar. Avaliagio da Rugosidade A norma brasileira adota o sistema de linha média para avaliagdo da rugosidade. Veja, no desenho do perfil de uma superficie, a representagao da linha média, Alc A2 representam as saliéncias da superficie real. A3 ¢ Ad representam os sulcos ou reentrancias da superficie real. Nao é possivel a determinagao dos erros de todos os pontos de uma superfi . Entio, a rugosidade é avaliada em relago a uma linha (p), de comprimento ¢, que representa uma amostra do perfil real da superficie examinada, A linha média acompanha a dire¢ao geral do perfil, determinando Areas superiores ¢ areas inferiores, de tal forma que a soma das Areas superiores (A1 e A2, no exemplo) seja igual a soma das areas inferiores (A3 e A4, no mesmo exemplo), no comprimento 86 da amostra. A medida da rugosidade é 0 desvio médio aritmético (Ra) calculado em relagdo a linha média. . + Representacto gratice da rugosdade meds A norma NBR 8404/84 define 12 classes de rugosidade, que correspondem a determinados desvios médios aritméticos (Ra) expressos em microns (yum). Veja, na tabela reproduzida a seguir, as 12 classes de rugosidade e os desvios correspondentes. TABELA: CARACTERISICAS BA RUGOSIDADE (Ra) Je rugosidante Desvio medio aritmético Ra faim) NR Nu No No NB NT No us. NB us NA uw NB on Na ou Nu 010s Como exemplos: um desvio de 3,2 ym corresponde a uma classe de rugosidade N 8; a uma classe de rugosidade N 6 corresponde um valor de rugosidade Ra = 0,8 um Consulte a tabela anterior e responda a questo. v ficando o entendimen Qual o valorda rugosidace Ra para a classe N 5? Reka Para encontrar o valor de Ra, vocé deve ter consultado a oitava linha da tabela, de cima para baixo, localizando o valor 0,4 wm. 87 A seguir vocé vai aprender como sio feitas as indicagdes de rugosidade nos desenhos técnicos. Aplicabilidade Indicagio de Rugosidade nos Desenhos Téenicos Simbolo Indicativo de Rugosidade © simbolo bisico para a indicagdo da rugosidade de superficies & constituido por duas linhas de comprimento desigual, que formam Angulos de 60° entre si e em relagdo linha que representa a superficie considerada. o Este simbolo, isoladamente, nfo tem qualquer valor. Quando, no proceso de fabricagdo, é exigida remogdo de material, para obter o estado de superficie previsto, o simbolo basico é representado com um trago adicional. ‘A remogio de material sempre ocorre em processos de fabricagiio que envolvem corte, como por exemplo: 0 torneamento, a fresagem, a perfuragio entre outros, Quando a remogao de material nao é permitida, o simbolo bisico é representado com um circulo, como segue. simbolo basico com um circulo pode ser utilizado, também, para indicar que 0 estado de superficie deve permanecer inalterado mesmo que a superficie venha a softer novas ‘operagdes. Quando for necessério fomecer indicagdes complementares, prolonga-se 0 trago maior do simbolo basico com um trago horizontal e sobre este trago escreve-se a informagao desejada. Area0d0 88 No exemplo anterior esta indicado o proceso de remogao de material por fresagem, Indicagao do Valor da Rugosidade Voeé ja sabe que 0 valor da rugosidade tanto pode ser expresso numericamente, em microns, como também por classe de rugosidade. © valor da rugosidade vem indicado sobre o simbolo basico, com ou sem sinais adicionais. NB 3,2, G 7 Fig. A Fig B Disposigao das Indicagdes de Estado de Superficie Cada uma das indicages de estado de superficie ¢ representada em relago ao simbolo, conforme as posigdes a seguir: a valor da rugosidade Ra, em im, ou classe de rugosidade N 1a N 12; b - método de fabricagao, tratamento ou revestimento da superficie; ¢- comprimento da amostra para avaliagdo da rugosidade, em mm; 4d - diregdo predominante das estrias; e- sobremetal para usinagem (mm). 99 Indicagées de Estado de Superficie nos Desenhos Os simbolos e as inscrigdes devem estar representados de tal modo que possam ser lidos sem dificuldade. Veja um exemplo. No exemplo acima, a rugosidade Ra das faces: inferior ¢ lateral direita ¢ igual a 6,3 jum. © simbolo pode ser ligado superficie a que se refere por meio de uma linha de indicagao, como no préximo desenho. Note que a linha de indicagdo apresenta uma seta na extremidade que toca a superficie. Observe novamente o desenho anterior e repare que o simbolo € indicado uma vez para cada superficie. Nas pegas de revolugio 0 simbolo de rugosidade ¢ indicado uma tinica vez, sobre a geratriz. da superficie considerada, Veja. 90 Quando um determinado estado de superficie ¢ exigido para a maioria das superficies de uma pega, o simbolo de rugosidade correspondente vem representado uma vez, ao lado superior direito da pega. Os demais simbolos de rugosidade, que se referem a superficies indicadas diretamente no desenho, vém apés 0 simbolo principal, entre parénteses. Veja um exemplo, VY) — ZZ) Neste exemplo, N 9 é a classe de rugosidade predominante, Uma das superficies de revolugdo deve apresentar a classe N 8 e a superficie do furo longitudinal deve apresentar a classe N 6. Correspondéncia entre os Simbolos de acabamento e Classes de Rugosidade Os simbolos indicativos de acabamento superfi , apresentados no inicio desta aula, vém sendo gradativamente substituidos pelas indicagdes de rugosidade. E possivel que voeé ainda encontre desenhos que apresentem aquela simbologia j4 superada. Na imbolos de pratica, foi estabelecida uma correspondéncia aproximada entre os antigos acabamento de superficies e os atuais simbolos de rugosidade. SIMBOLO DE ACABAMENTO SUPERFICIAL sfMBOLO INDICATIVO DE RUGOSIDADE ~ . : ao v de N19 N12 w de N7a.NY Wwy de N4a No As classes de N 1a N 3 correspondem a graus de rugosidade mais “finos” que 0 polido WWW Exercicios: 1. Acrescente ao simbolo basico o sinal que indica a remogio de material exigida v 2. Assinale com um X a alternativa que corresponde ao simbolo indicative de rugosidade em que a remogio de material nfo é permitida, a) bw) oVv() 3. A superficie representada a seguir deve ser obtida por torneamento, Complete 0 simbolo basico indicando, no lugar correto, o processo de fabricagio da pega. N&, 4, Analise o simbolo de rugosidade e depois complete as lacunas. a) valor da rugosidade: 0} ») diregao das estrias:... ‘ ©) comprimento da amostra: . 4) sobremetal para usinagem: €) método de fabricagto: 5. Analise o desenho abaixo e responda as questdes: WV) WZ a) Quais as classes de rugosidade das superficies que formam o rebaixo? R +b) Qual o valor da rugosidade da superficie que forma a base da pega? R: 92 NV, hers Nieto 6. Analise 0 desenho abaixo ¢ complete as frases: 2 ° EWECS sy) aianhan a) A classe de rugosidade da maioria das superficies da pega é. b) As classes de rugosidade indicadas entre parénteses (& & ) referem-se as superficies da do 7. Qual das representagdes a direita equivale ao desenho representado a esquerda? w(Y9) 7, vy) fai be 4 779) a0 Lia, a. 93 8. Represente, nas vistas ortograficas, as classes de rugosidade indicadas na perspectiva. 9. Analise a vista ortogrifica e indique, na perspectiva, as classes de rugosidade de cada superficie, 9 A een Ss ie SEYECS Projetores [RUBENS DE FARIA E SOUZA| Qsandoumnspesémuitopegues, fica dificil visualizar seu perfil e verificar s3medidas com os aparelhos e instrumentos ja vistos, Esse problema é resolvido com os projetores de perfil. Vamos conhecer me- thor esse aparelho? Introdugao Os meios éticos de medigio foram empregados, no inicio, como recurso de 'nboratério, para pesquisas etc. Pouco a pouco, foram também conquistanco 88 oficinas, nas quais resolvem problemas, facilitam a produgao e melhoram a qualidade dos produtos. Hoje, os projetores jé trabalham ao lado das maquinas operalrizes ou, muitas vezes, sobre elas, mostrando detalhes da prépria peca durante a usinagem. Caracteristica e funcionamento Oprojetorde perfil destina-sea verificagéo depegas pequenas, principalmente as de formato complexo. Ele permite projetar em sua tela de vidro a imagem ampliada da pega. 95 Um problema Esta tela possui gravadas duas linhas perpendiculares, que podem ser uti- lizadas como teferéncia nas medigdes. a O projetor possui uma mesa de coordenadas mével com dois cabegotes mi- Ser NIC g cromeétricos, ou duas escalas lineares, posicionados a 90°. WY RUBENS DE FARIAE SOUZA| Ao colocar a peca que ser medida sobre a mesa, obtemos na tela uma imagem ampliada, pois a mesa possuii uma placa de vidro em sua area central Ave permite que a peca seja iluminada por baixo e por cima simultaneamente, projetando a linagem na tela do projetor. O tamanho original da pega pode ser ampliado 5, 10, 20, 50 ou 100 vezes por meio de lentes intercambidvers, 0 que Permite a verificagio de detalhes da pega em varios tamanhos, Ent seguida, move-se a mesa até que uma das linhas de referéncia da tela tangencie o detalhe da peca e zera-se 0 cabecote micrométrico (ou a escala line. 2) Move-se novamente a mesa até que a linha de referéncia da tela tangencie a outra lateral do detalhe verificado. O cabegote micrométcico (ou a escala lineas) indlicard a medida, © projetor de perfil permite também a medigio de angulos, pois sua tela & tofativa e graduada de 1° a 360" em toda a sua volta. A leltura angular se fae iso de 10’. (Nos projetores mais modernos a Outra maneira de verificagio pode ser utilizando um desenho da pega feito em acetato transparente e fixado na tela do projetor. Sistemas de projecao erkue, ‘4 RUBENS DE FARIAE SOUZA| diascépica episcépica Projecio diascépica (contorno) Na projecio diascépica, a iluminagao transpassa a peca que serd examinada. Com isso, obtemos na tela uma silhueta escura, limitada pelo perfil que se ceseja verificar. Para quea imagem nao fique distorcida, o projetor possui dianteda lampada um dispositive éptico chamado condensador. Esse dispositive concentra o feixe de luzsob a peca. Os raios de luz, nfo detidos por ela, atravessam a objetiva am- Plificadora, Desviados por espelhos planos, passam, entio, a iluminar a tela espa lono A | tee esplho pong condensodor Drojecco ~s jetive omplificadoro ‘episcépico objelive omplifcadc move AON ct ces de nebo Sonsnce | “oS espetho plano ‘condensador A projesio diascépica é empregada na medigio de pegas com contornos especiais, tais como pequenas engrenagens, ferramentas, roscas ete. RUBENS DE FARIAE SOUZA| Projecao episcépica (superficie) Nesse sistema,ailuminac&ose concentrana superficie da peca, cujosdetalhes aparecem na tela. Eles se tornam ainda mais evidentes se o relevo for nitido e pouco acentuado. Esse sistema é utilizado na verificagéo de moedas, circuitos impressos, gravac6es, acabamentos superficiais etc Quando se trata de pecas planas, devemos colocar a pega que seré medida Sobre uma mesa de vidro. As pecas cilindricas com furo central, por sua vez, devem ser fixadas entre pontas. Medicao de roscas Poclemos usar 0 projetor de perfil também para medir roscas. Para isso, basta fixar entre pontas e inclinar a rosca que se quer medir. Nao devemos esquecer que uma das referencias da tela deve ser alinhada com o perfil da rosca. O angulo que ela faz com a diregio 0 é lido na escala da tela eno nénio, 98 . . yecANie, Bats determinar o passo, basta deslocar a rosea por meio de um micréme- Ho. Isso deve ser feito de modo que a linha de rete nae coincida, primeiro, srareee tee de um filete e, depois, como flance de went filete, 08 quais S E WEC S aparecem na tela, lioho de cefertncia asso deslocomenlo do rosea ——tescomento da cosco A medida do passo corresponde, portanto, & diferenga das duas leituras do micrémetro, Exemplo: leitura inicial: 5,000 mm. ap6s 0 segundo alinhamento: 6,995 mm Passo = 6,995 — 5,000 Passo = 1,995 mm Montagem e regulagem Vejames, agora, como se manta e regula um Projetor de peril: 1. Em primeira lugat, devemos selecionar a objetiva que permita visualizar com niticez 0 detalhe da pega, 2 Aseguis posicionamosachavegue Permitea projegao episcépica, diascépica ou ambas, 3+ Regulamos o foco com a movimentagio vertieal da mesa 4+ E necessétio, entdo, alinhar a peca sobre a mesa. Isso deve ser feito de Rodo que a imagem do objeto nia tela se desloque paralelamente ao eixo de referencia, i» teleréacio Observagio ~ Nocasocie Prolesaoepiscépica, devemosposicionaro feixede uzsobrea peca; em seguida,colacamoss fle, que protege a visio do operador; © Por fim, regulamos a abertura do feixe de lust RUBENS DE FARIAE SOUZA| Exercicios Conservacao Tibtificar as pecas méveis com éleo fino apropriado, Tamper as partes expostas, sem pintura,combenzina, ¢unté-lascom vaselina Nquida misturada com vaselina pastosa, ‘ste sua aprendizagem. Faca os exercicios a seguir e conta suas tespostas com as do gabarito, Marque com X a respésta correta, Exereicio 1 © projetor de perfil se destina a: a) (_) medi pecas complexas; DC ) medir pecas grandes com formato complexo; © (+) verificar pecas pequenas com formato complexo; © (_) verificar rugosidade, Exercicio 2 4 ampliacao minima obtida num projetor de peril & a) (x) 10 vezes; b)(_ ) 20-vezes; © (_ ) 50 vezes; 4)() Svezes. Exercicio 3 © sistema de projecéo diascépica e episcépica faz, respectivamente, rojecées: a) (_) de superficie e de contomno; ») (_) angular e linear; © () de contorno e angular; ) (_) de contorno ede superficie. 400

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