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Texto terico 2
Sequncia dialogal
A sequncia dialogal a mais comum das sequncias textuais, porque funciona como a
espinha dorsal de vrios gneros orais do dia a dia, como a conversa informal, o debate e a entrevista.
Tambm pode, claro, assumir forma escrita e surgir nos contos, nos romances e nas piadas.
Assim como as demais sequncias, a sequncia dialogal tem uma estruturao peculiar.
Quando se mostra de forma completa, ela apresenta trs partes:
SEQUNCIA FTICA INICIAL SEQUNCIA TRANSACIONAL SEQUNCIA FTICA FINAL
Como o elemento presente em toda sequncia dialogal o dilogo, imagina-se que, antes de
inici-lo, os interlocutores cumprimentem-se, abrindo o canal de comunicao, para depois tratarem do
assunto devido e, ao final, cumprimentem-se novamente. Nos momentos inicial e final, portanto, surgem
expresses fticas tpicas, como oi, bom dia, al e diga a, por exemplo, para o incio, e tchau,
at logo e boa noite, por exemplo, para o fecho. Entre as saudaes iniciais e finais, h uma troca de
falas entre os interlocutores. Veja o minoconto abaixo:
CONVERSA REVELADORA
Sequncia ftica inicial
Oi!
Oi!
Onde voc estava?
Eu?!
Ora, quem poderia ser? Eu estou falando com voc!
Comigo?!
claro!!! Abestalhado!!!
Abestalhado? Eu?
Demente!!! Doido!!! Idiota!!!
Mais...
Burraldo!!! Imbecil!!! gritou lvida de dio.
Enciumado! Morto de cime de voc.
...!!!
...!!!
Tchau!
Tchau!
(autor annimo)
Para produzir sob a forma escrita uma sequncia dialogal, o enunciador precisa saber utilizar,
com mais propriedade, certos sinais de pontuao, como as reticncias e os pontos de interrogao e
exclamao (que imprimem ao dilogo um tom vivo e pitoresco) e o travesso (que demarca a mudana
de fala de interlocutor ou, em outros casos, a separao entre a voz de quem narra e a do personagem).
Muito dificilmente se encontram, sob forma escrita, sequncias dialogais completas. mais
comum as sequncias fticas serem omitidas ou aparecer uma delas. Tambm comum, como j se
afirmou anteriormente, a sequncia dialogal encontrar-se subordinada sequncia narrativa.
REFERNCIAS
ADAM, J. M. Les Texts: types et prototypes. Paris: Edicions Nathan, 1992.
VILELA, M.; KOCH, I. Gramtica da Lngua Portuguesa. Coimbra: Almedina, 2001.