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CAPITULO 2 DETERMINANTES 2.1 — CLASSE DE UMA PERMUTAGAO, Considere 0 leitor uma permutagao acb dos trés elementos a, b,c € seja abc, na qual os elementos esto na ordem alfabética, a permutagéo principal. Diz-se que dois elementos de uma permutagio formam uma inversdo se estio em ordem inversa & da permutagio principal. Assim, na permutago dada acb, os elementos e b formam uma inversio. Uma permutacao é de classe par ou de classe émpar, conforme apresente um niimero par ou impar de inversdes. A permutagio acb é de classe impar. 26 Determinantes 27 2.2 — TERMO PRINCIPAL E TERMO SECUNDARIO Dada uma matriz quadrada A, de ordem n, ao produto dos elerméntos da diagonal principal dé-se 0 nome de termo principal, e ao produto dos elementos da diagonal secundéria dé-se 0 nome de termo secunddrio. © Termo principal: 4). 9. 213. +++» ®nn © Termo secundério: 814.7 y.1 +83 n-2+ + + Ant 2.3 — DETERMINANTE DE UMA MATRIZ Chama-se determinante de uma matriz quadrada 4 soma algébrica dos produtos que se obtém efetuando todas as permutagées dos segundos indices do termo principal, fixados os primeiros indices, ¢ fazendo-se preceder os produtos do sinal + ou -, conforme a permutacao dos segundos indices seja de classe par ou de classe impar. © A utilizagao da definiggo ¢ 0 célculo de determinantes serdo feitos logo apés serem dadas algumas informagées necessérias para a melhor compreensao do assunto. © Chama-se ordem de um determinante a ordem da matriz a que 0 mesmo corresponde. Se a matriz.é de ordem 3, por exemplo, o determinante seré de ordem 3. © A representagéo do determinante de uma matriz A, que seré designado por det A, faz-se de maneira andloga & da matriz, colocada entre dois tracos verticais: An ay ws Ain 821 ay Aan detA=| | a1 92 + am © Apesar de o determinante de uma matriz quadrada A = [aj], de ordem n, ser ‘um mimero real, costuma-se, por comodidade, uma vez que aquele mimero € calculado a partir dos elementos das linhas ¢ das colunas da matriz, falar nas linhas e nas colunas do determinante. 28 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equagées Lineares 2.4 — PRELIMINARES PARA O CALCULO DOS DETERMINANTES DE 22 E DE 32 ORDEM Para a correta aplicagfo da definigéo de determinante de uma matriz, considerem-se as tabelas constantes dos itens 2.4.1 ¢ 2.4.2. 2.4.1 — Tabela referente as permutagdes dos numeros 1 e 2 O total de permutagées dos ntimeros 1e 2 €:P, =2!=1x2=2. x Sinal que Permutacao zo | Némerode | Classe da Permutagao |“ precede o principal lnversées | permutagio | re eto 12 12 o par + 12 21 1 fmpar - 2.4.2 — Tabela referente as permutagdes dos numeros 1, 2e 3 O total de permutagées dos niimeros 1,2¢ 3 6: P;=3!=1%x2x3=6. Sinal que Permutasio | pomutacso | Némerode | Classe da = principal inversées | permutacéo oa a 4 123 123 0 par + 123 132 1 fmpar . 123 312 2 par + 123 213 1 fmpar 7 123 231 2 par + 123 321 3 fmpar - Determinantes 29 2.5 — CALCULO DO DETERMINANTE DE 2? ORDEM O determinante de 2? ordem é 0 que corresponde 4 matriz de ordem 2: Az={al 412 81 22 O termo principal é a; a,2 € os segundos indices sfio 1 ¢ 2. O conjunto {1, 2} admite 2 permutagées: 12 e 21, a primeira de classe par ¢ a segunda de classe impar. (Ver Tabela, item 2.4.1.) De acordo com a definigao de determinante, pode-se escrever: Ai 12 Aor 822 det A= = 81 829 ~ 812 Aa Por comodidade, costuma-se dizer que o determinante de 2 ordem é igual ao termo principal menos 0 termo secundério. Exemplos: » : aa [7 | = Hl) (5)(2) = -7 + 10=3 2 10 det I -|; | - 1) -00) = 1-0=1 2.6 — CALCULO DO DETERMINANTE DE 3? ORDEM O determinante de 3? ordem € 0 que corresponde & matriz de ordem 3: an 412 943 A=la21 82 823 831 832 833 30 Matrizes, Determinants e Sistemas de Equagées Lineares © termo principal & a1; az a33 € os segundos indices so 1, 2 € 3. O conjunto {1, 2, 3} admite seis permutacées: 123, 312, 231, 132, 213 e 321, as trés primeiras de Classe par e as trés ultimas de classe fmpar.(Ver Tabela, item 2.4.1) De acordo com a definico de determinante, pode-se escrever: det A-= ayy ay. Ags + y3 py Agy + yy Ap yy — yy Ap5 Ag — yy Apq B33 — B43 Ap AQ, Na prdtica, obtém-se essa fdrmula de dois modos que sero vistos a seguir. 2.6.1 — Desenvolvimento do determinante por uma linha A férmula de 2.6 pode ser transformada na seguinte: det A= ayy (@xp 833 — 893 agp) — 89 (@py 33 — B93 54) + 3 (py zp ~ Ay2 51) 822 823 32 833 Aor 823 931 833 ay, a, det A = ay; _ B31 32 isto €, 0 determinante da matriz A, de ordem 3, € igual A soma algébrica dos produtos de cada elemento da 1? linha pelo determinante menor que se obtém suprimindo a 1? linha e a coluna correspondente ao respectivo elemento dessa linha, fazendo-se preceder esses Produtos, alternadamente, pelos sinais + e —, iniciando pelo sinal +. Essa maneira de escrever a férmula de 2.6 para calcular um determinante de 3 ordem é denominada desenvolvimento do determinante pela I? linha. Exemplo: 257 detA=|3 1 4/=42 683 det A = 2 (2—32)—5 (6-24) + 7 (24-6) = 2 (30) —5 (18) + 7(18) det A =— 60 + 90 + 126 = 156 Determinantes cd © Um determinante pode ser calculado por qualquer linha (ou por qualquer coluna), cuidando-se da altemnfncia dos sinais + e — que precedem os produtos. No caso do determinante de ordem 3, a alternancia dos sinais + e ~, por linha e por coluna, € a seguinte: Exemplo: Calcular 0 mesmo determinante, desenvolvendo-o pela 2 coluna: aon det A 7 27 6 2 62 woe yan 34 7 --s| | if | det A = -5 (6-24) + 1 (4-42) -8 (8-21) = -5 (-18) + 1 (-38)-8 (13) det A = 90-38 + 104 = 156 2.6.2 — Regra de Sarrus A férmula de 2.6 também pode ser obtida pela Regra de Sarrus, que consiste no seguinte: 12) repetem-se as duas primeiras colunas a direita do quadro dos elementos da matriz A; 2°) multiplicam-se os trés elementos da diagonal principal bem como os trés elementos de cada paralela a essa diagonal, fazendo-se preceder os produ- tos do sinal +; 3°) multiplicam-se os trés elementos da diagonal secundaria bem como os trés elementos de cada paralela a essa diagonal, fazendo-se preceder os produtos do sinal —. Assim: > eed an - 8%3 a ao 54 852_- 853 31 32. PO - - - + + + 32 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equacoes Lineares det A = ayy ayo 33 + Ay Mp3 Agy TF Ay3 Apy Agq— Ay] Ap3 Ay — Byp Ap B33 — 243 Ap2 29] Exemplo: Calcular det A= + 4+ 120 + 168 - 30-64-42 = 156 2.7 — DESENVOLVIMENTO DE UM DETERMINANTE DE ORDEM n POR UMA LINHA OU POR UMA COLUNA Se se repetir 0 raciocinio € 0 roteiro do célculo de um determinante de 3* ordem para um determinante de 4? ordem, por exemplo, se chegard & conclusio de que esse determinante poderé ser calculado desenvolvendo-o por qualquer linha ou por qualquer coluna, devendo-se ter cuidado com a alternancia dos sinais + e — que precedem os produtos, alternfncia essa que, para o determinante de 4? ordem, € a seguinte: + a. Pei +1 t ttt Determinantes. 33 Exemplo: Calcular, desenvolvendo pela 1? linha: 2-3 -1 -2| 1012 det A = 3-14 1 2023-1 Solugao: Oo 1-2 -1 1 -2 -1 0 -2 -1 0 4 det A= + (-2)}-1 -4 1] - €3)/-3 -4 1) + Giy}-3 -1 1] - Ca}3 -1 -4| 2-3-1 2-3 -1 22 -1 223 o 1 2 -1 1-2 -1 0 2 101 detA=-2/-1 -4 1) 4+3]-3 -4 tf -1/-3 -1 1) 42]-3 -1 4 a) 2-3 -1 -2 3-1 2 2-1 2 2 23 Fazendo: Oo 1 -2 41 -1 -1 4 =|- = . (-2) det B Bae +o | fi +l 4] det B = 0(4 + 3) — 1(1 - 2)— 23 + 8) = 0(7) — 161) — 2(11) det B=0+ 1-22 =-21 -1 1 2 41 301 3-4 detC=/-3 -4 1 -+en|4 j-a[2 jem |3 3 2 3 -1 det C =—1(4 + 3)-1(3 + 2)-2 (9-8) = -1(7) - 15) - 211) detC =-7-5-2=-14 ee 7 1 3 - detD=]-3 -1 1 -+en|4 j[o|2 | 2 2 -1 det D = —1 (1 -2)-0 (3 + 2)-2 (-6 -2) = — 1 €1)-0 (5) - 2-8) 34 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equacées Lineares det D = 1-0 + 16=17 -1 01 detE=|-3 -1 -4 =+en|4 | 7 +1 3 . Bo 7 - . det E = — 1 (3 + 8)-0 (9-8) + 1 (-6 -2) = -1(11) - 0(1) +108) det E=-11-0-8=-19 Substituindo det B, det C, det D e det E em (1), vem: det A = — 2(-21) + 3(-14) — 1(17) + 2-19) = 42-42 - 17-38 det A =-55 © Igualmente se pode calcular um determinante de ordem n = 5, 6,7, 8, 10, 50, etc., desenvolvendo-o por uma linha ou por uma coluna, pelo mesmo processo por meio do qual se calcula um determinante de 4? ordem. Entretanto, esse processo, por envolver um niimero excessivamente elevado de operagées, tora-se quase impraticdvel. Por isso, no item 2.9 ser visto um processo em que, apesar de conter ainda um muimero elevado de operagées, esse mimero é sensivelmente menor do que o do desenvolvimento do determi- nante por uma linha ou por uma coluna. © Para se ter uma idéia do mimero elevado de operagées que devem ser feitas no célculo de um determinante de ordem n > 3 pelo processo de desenvolvé-lo por uma linha ou por uma coluna, basta considerar o niimero de determinantes de ordem 2 que devem ser calculados nesse processo. Assim, 0 célculo de um determinante: a) de ordem 3, implica calcular 3 determinantes de ordem 2; b) de ordem 4, implica calcular 4 x 3 = 12 determinantes de ordem 2; c) de ordem 5, implica calcular 5 x 4 x 3 = 60 determinantes de ordem 2: d) de ordem 6, implica calcular 6 x 5 x 4 x 3 = 360 determinantes de ordem 2; e) de ordem 10, implica calcular 10 x 9 x 8xX7X6X5X4X3 = 1.814.400 determinantes de ordem 2. © Quando n > 4, € muito natural que enganos sejam cometidos e que, portanto, 0 cAlculo feito nao corresponda ao valor do determinante. Por essa razio (¢ mesmo que 0 Determinantes 35 Processo a ser visto em 2.9 seja menos trabalhoso), atualmente se calcula um determinante por computador, por meio de um PROGRAMA adequado previamente elaborado. 2.8 — PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES Dentre as diversas propriedades dos determinantes serio relacionadas, a seguir, aquelas que, de uma forma ou de outra, dizem mais de perto com o célculo dos determinantes de qualquer ordem ou com as propriedades dos vetores. Essas propriedades nao serao demonstradas mas tio-somente verificadas por meio de exemplos; por outra parte, sempre que for necessério calcular um determinante desenvolvendo-o por uma linha, isso ser feito, por comodidade, pela 1* linha, salvo meng&o expressa em contririo. 1) O determinante de uma matriz A é igual ao determinante da sua transposta A', isto é, det A = A‘. Exemplo: 25 2 7 [; ] = [; 3] = 209-5 = 6-35 = 29 © Como conseqiiéncia dessa propriedade, tudo que for valido para as linhas de um determinante é valido para as colunas e reciprocamente. Tl) Se a matriz A possui uma linha (ou coluna) constitufda de elementos todos nulos, o determinante é nulo, Exemplo: ai 27 det A = =0 yao o 2 7 wae I) Se a matriz A tem duas linhas (ou colunas) iguais, o determinante é nulo. Exemplo: 36 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equacées Lineares det A = 5 (18 — 4) — 5 (18 — 4) + 2 (12 — 12) = 5(14) — 5(14) + 200) det A= 70-70+0=0 IV) Se na matriz A duas linhas tém seus elementos correspondentes proporcionais, o determinante é nulo. (Numa matriz A, dois elementos so corresponden- tes quando, situados em colunas diferentes, esto na mesma linha ou quando, situados em linhas diferentes, esto na mesma coluna. Exemplo: act a=|? ©} = 26 3) = 18-18 =0 =[3 9 | = 2)- 603) = 18-18 = Nesse determinante, os elementos correspondentes das duas colunas sio proporcionais: 6 9 2s oe a V) O determinante de uma matriz diagonal A (superior ou inferior) é igual a0 termo principal, isto é, € igual ao produto dos elementos da diagonal principal. Exemplo: 13 02 03 a det A = =+4 -2 +6 Vwa be 0 0 oon oun Os dois wiltimos determinantes, por terem uma coluna com elementos todos nulos, so nulos (II propriedade); logo: detA= 4 | | = 4((1)(2) — 3(0)) = 4(1)(2) -0 detA=4x1x2 © Como conseqiiéncia dessa propriedade: 4) determinante de uma matriz diagonal (por ser a0 mesmo tempo diagonal superior ¢ inferior) é igual ao produto dos elementos da diagonal principal; Determinantes 37 6) o determinante de uma matriz unidade I, de qualquer ordem (por ser uma matriz diagonal € todos os elementos dessa diagonal serem iguais a 1), é igual a 1, Exemplos: 500 Saar detD=|0 2 0] =5x2x7; detI, = w US 1x ix. x Ted 007 i — VI) Trocando-se entre si duas linhas (ou colunas) de uma matriz A, o determinante muda de sinal, isto é, fica multiplicado por -1, Exemplo: 13°55 atA=|o 0 2J= + 1 |° 2|- 3|° 214 5 ]® © aA 4 12 0 12 04 det A = 100-8) -3(0) + 50) =-8-0 + 0=-8 1 3 det A, = lo 4 12] =1x4x2=8 oo viu de acordo com a propriedade V. Como se vé, ao serem trocadas entre si, a 2° linha pela 3? da matriz A, o det A ficou multiplicado por -1, isto é, seu valor foi alterado, Para que se mantenha o valor do det A, no caso de haver necessidade de trocar entre si duas linhas (ou colunas), se procederé do seguinte modo: 1 5 det A =|0 2 0 ROU 1 =-1]0 o onU = 12 12 2 Na realidade, tendo em vista que o det A foi multiplicado por -1, ele, para manter seu valor, deveria ser dividido por -1 (ou multiplicado pelo inverso de -1, no caso 1 es te oe ~-7 « Como 0 resultado seria o mesmo, se optou pela situacao mais simples. 38 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equagées Lineares © Quando se desejar trocar, por exemplo, a 2 linha pela 3? de uma matriz A para facilitar o célculo de seu determinante, se escreverd assim: 7. 00 2 0 4 12 det A = > Ly: det A =-1 1 oO oO one via Essa operaco seré utilizada no cAlculo de um determinante de qualquer ordem, quando, como aconteceu no presente caso, num determinado estfgio do processo do cilculo, nao for conveniente haver o niimero zero na diagonal principal: a troca da 2* linha pela 3* tirou o zero da diagonal principal e colocou em seu lugar o niimero 4, VIL) Quando se multiplicam por um ntimero real todos os elementos de uma linha (ou coluna) de uma matriz A, 0 determinante fica multiplicado por esse ntimero. Exemplo: Na propriedade VI viu-se que: 13 5 det A, = |0 4 12/=8 io 0 2 Suponha o leitor que se deseje multipicar a2 linha por +- (0 que & 0 mesmo que diviir ‘os elementos da linha por 4) e calcular o valor do det A, obtido: 135 13 03 ol aea=jo 1 3]=+1| |->| +5 | ooo 02 02 00 det Ay = 1(2—0)—3(0) + 5(0) = 2-0+0 det A 2 Determinantes 39. © Como se vé, 0 det Ay ficou multiplicado por 4-20 se multiplicar os elemen- tos da 2 linba por +, uma vez que: 1 1 det Ay =2= (det AX = 8xXG, isto 6, o valor de det A,, foi alterado. Para que se mantenha o valor do det A;, no caso de haver necessidade de multiplicar a 2! linha por — , se procederé do seguinte modo: 4 13 5 135 det Ay =]0 4 12] =4 Jo 1 3 00 2 0 0 2 Repetindo o gue jf fi dito, multiplicar os elementos de uma linha por - &0 mesmo que dividir os elementos da linha por 4 (ou, 0 mesmo que dividir o determinante por 4). Dai, porque, para compensar, isto é, para que o determinante mantenha seu valor, é necessétio multiplicé-lo pelo inverso det , Ou Seja, por 4, © Quando se desejar multiplicar, por exemplo, a 22 linha de uma matriz A por L para faclitar 0 eélculo de seu determinant se escreveré assim: 1 1 5 1 det Ay=|0 4 12] +7Ly det A, = 4|0 0 2 0 one onu Ve Essa operacdo seré utilizada no célculo de um determinante de qualquer ordem, quando, como aconteceu no presente caso, num determinado estégio do processo do célculo, se desejar obter o nimero 1 como um dos elementos da diagonal principal: a multiplicagao do mimero 4, que estava na 2! linha como elemento da diagonal principal, pork, colocou © ntimero 1 no seu lugar. 40 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equagées Lineares Se se desejar obter 0 mimero 1 em lugar do ntimero 2 no det Ay, basta multiplicar a 38 linha por -e fazer a respectiva compensagéo multiplicando det A, pelo inverso de co . =z 7 isto é, por 2: 135 135) det Ay=]0 1 3) | det A, = 2/0 1 3 0 0 2] +515 oo1 © Recapitulando todas as operagées feitas até agora com o det A da proprieda- de VI, tem-se: 13 5 13 5 detA=|0 0 2] >Ly5: detA=-1]0 4 12/ +713 0 4 12 00 2 135 135 detA=-1x4/0 1 3 1 detA=-1x4x2/0 1 3 0 0 2) +515: 001 Tendo em vista que, pela propriedade V, o determinante de uma matriz triangular superior é igual ao termo principal e, como no tiltimo determinante, o termo principal ¢ igual a 1 (T = 1x1 1), vem: det A =-1x4x2x1=-8 valor esse que jé foi encontrado ao calcular det A no exemplo da propriedade VI. VIII) Um determinante nao se altera quando se somam aos elementos de uma linha (coluna) de uma matriz A os elementos correspondentes de outra linha (coluna) previamente multiplicados por um ntimero real diferente de zero. Exemplo: 12 4 2 werafe ro 2]=+1 {9 2-24 2] +4[t 5.7 9 det A = 1 (90-84) — 2 (36 — 60) + 4 (28 — 50) = 1(6) — 2(-24) + 4(-22) det A = 6 + 48-88 = ~34 Determinantes. 41 Pretende-se, agora, substituir'a 2? linha do det A pela soma de seus elementos com os elementos correspondentes da 1? linha previamente multiplicados por - 4: 2! linha: 4 10 12 1? linha: 12 4 Multiplicador: 4 4 8 -16 Nova 2? linha O 2 4 det Ay = 1 (18 + 28)—2 (0 + 20) + 4-10) = 1(46) — 2(20) + 4-10) det Ay = 46-40-40 = -34 © Como se vé, det A, = de A, isto é, a utilizagdo da propriedade VIII nio altera o valor do determinante de uma matriz. © Quando se desejar somar, por exemplo, os elementos da 2* linha com os comespondentes elementos da 1 linha, previamente multiplicados por -4, se escreverd assim: 12 4 12 4 detA=|4 10 12| +L,-41,: detA=|0 2 4 5.79 579 Essa operago ser utilizada no célculo de um determinante de qualquer ordem, quando, como aconteceu agora, num determinado est4gio do processo do cAlculo, se desejar o niimero “zero” para formar uma matriz triangular. Para facilitar a obtengao do zero € que se utiliza a propriedade VI, isto é, se faz a operagdo adequada para substituir ‘© miimero que est4 na diagonal principal pelo ntimero 1; € isso que se veré no préximo item, 42 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equagdes Lineares 2.9 — CALCULO DE UM DETERMINANTE DE QUALQUER ORDEM Para calcular o determinante de uma matriz. quadrada A, de ordem n (para n > 2, isto é, n = 5, 6, 10, 20, 50, 100, etc.) serd utilizado 0 proceso de triangulagio. Dada uma matriz quadrada A, de ordem n, se procederio com as linhas (colunas) de seu determinante as operagdes adequadas para transformar a matriz A numa matriz triangular superior (inferior), ao mesmo tempo que se efetuardo com o det A as necess4rias compensagées, quando for o caso, para manter inalterado seu valor, tudo de acordo com as propriedades dos determinantes j4 vistas e verificadas. Antes de dar um exemplo, uma explicagao se faz necesséria ao leitor: o ideal seria calcular um determinante de ordem elevada, mas, no caso, o cdlculo se tornaria demorado e¢ repetitivo, porque, como jd se teve oportunidade de verificar, 0 processo para obter o mimero zero é sempre o mesmo, assim como 0 processo para se obter o ntimero 1, na diagonal principal, também & sempre o mesmo, Por isso, o exemplo a ser dado seré o de um determinante de 42 ordem, embora, repetindo, o processo de triangulagio seja vélido para o cAlculo de um determinante de qualquer ordem. Por outro lado, é preciso declarar que o cdlculo de determinantes de ordem muito grande s6 foi possfvel a partir do uso dos computadores que, em geral, com algumas variagées, utilizam o processo de triangulacao. Dada a explicagéo ao leitor, convém ainda dizer que, por comodidade, facilidade nos clculos e por ser bastante pritico, para executar 0 processo de triangulac&o procura-se colocar, por meio das operagdes adequadas (e das respectivas compensagdes quando for 0 caso), como elementos da diagonal principal, exceto o tiltimo, o mimero 1. Obtido o mimero 1 na 1? linha e 12 coluna, isto €, a,, = 1, substituem-se por meio das operagdes competentes todos os demais elementos da 1? coluna por zeros; da mesma forma, depois de obter a,, = 1, substituem-se os demais elementos da 2? coluna, situados abaixo (acima) de aj) por zeros, assim por diante. Quanto a cada um dos elementos da diagonal principal da matriz. A, trés hipéteses podem ocorrer: 12) 0 elemento ¢ igual a zero, Nesse caso, deve-se proceder & operagao de troca de linhas ¢ multiplicar o det A por -1, como compensacio, isto €, para que det A conserve seu valor; 22) 0 elemento é igual a k. Nesse caso, deve-se multiplicar todos os elementos da linka por —Z— , com o que se obtém 0 mfimero 1 como elemento da diagonal principal Determinantes 43 dessa linha. Por outro lado, para compensar, isto €, para que det A mantenha seu valor, deve-se muliplcé-lo pelo inverso de —] , ou seja, por k; 3) o elemento é igual a 1. Nesse caso, nada a ‘fazer no que diz respeito & diagonal principal. Exemplo: Calcular pelo processo de triangulacao: 23-12 1012 ata =) 4 223-4 Solugao: _ ss 1341 ata-|i 9 12 2 2 2 eo aio 4 1 detA=-2[-1 0 1 -2|+Le+Ly: 22341 3 4 1/41, 43L;: 2 2.3 -Al>L, +2: 1341 1341 22 22 033-1 2,. 0112 zz lt att 3 3] det A=—2 det A=-26) 07 54 07 54 z,. 27 22 b-at 05-21 05 21+ 4-5Ly 44° Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equagdes Lineares 1311 13 11 22 22 0112 | | : 2 det A=-2 &) 3 det A =-2 G) 6) : 00-619] 1. o 0 119 sre 18 00-713 jo 0-713 7 Sa] bat Ths 1344 22 ori 2 det A= -2(3) (-6) 3 a =. 18 jo 0 0 55) 18 mas o determinante de uma matriz triangular superior & igual ao termo principal: 55. = Ty=1x 1x 17g) = -1g logo: = det A= 2 G) (6) Fg) = 18 32) Esse determinante j4 foi calculado no exemplo do item 2.7 e, como era de esperar, 0 resultado foi o mesmo. Determinantes 45 2.10 — PROBLEMAS RESOLVIDOS Assim como foi feito em 2.8, sempre que for necessério calcular um determinante desenvolvendo-o por uma linha, isso serd feito, por comodidade, pela 1? linha, Nos problemas 1 a4, resolver as equag6es: ) Ix-2 x+3 3-1 2 : 3 = 60 = es 1 Solugao: |. +(«-1 V - © (x= 2) 1-6) - (x + 3) (2-9) + K- 1D) 4-3) = 60 (= 2-5) — & + 3)C7) + &- DC) = 60 —5x 4+ 10+ 7x +21+x-1= 60 3x = 60-10-21 +1 3x = 30 = 30 _ 224 = 10 2 3°2x a. = i. Solugdo: _ _ 46 Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equagdes Lineares 32x + x)—2(K-2x) + x14 4) =8 3 x) -2 Cx) + xG) = 8 —3x+2x+3x=8 2x =8 8 xaz a4 3) 8-x 10 | 2 7-x| = ° Solugao: (8-x) (7-—x)- 10 (2) =0 56 — 8x —7x + x2-20=0 x2 — 15x + 36 =0, equacio cujas raizes so x, = 12 x, =3 4) B-x 1 “1 5-x | = 0 1 ox Solugao: Sex 1 1 “1 5—x]_ al sa -o ft Pao lee (3—x) (IS —8x + x2-1) 416-3 4+x+1+10-5+x)=0 45 — 24x + 3x23 — 15x + 8x2-x3 +x-34+x+4+14+1-54+x=0 —x3 + 11x? - 36x + 36 =0 x3 — 11x? + 36x -36 = 0 Na equagéo do 3° grau, as solugées inteiras, caso existam, so divisoras do termo independente — 36. Com as devidas substituic6es na equagdo acima, verifica-se que Determinantes. 47 x=2 6 uma delas. Conseqiientemente, x— 2 6 um fator do polinémio x? — 11x? + 36x — 36. Dividindo o polinémio por (x — 2) a equago poderd ser representada assim: (x — 2) (x2 -9x + 18)=0 (x2) (x-3) «-6) =0 As raizes dessa equaco so: x, = 2, x. =3e x; = 6. 2.11 — PROBLEMAS PROPOSTOS Dadas as matrizes: a4. 4-1 3 26 8 A=|-5 2 -9| B=|3 0 t]eC=]3 9 12 7 8 6), 2a -1 -2 -3|, calcular, pelo processo de triangulagéo ou pelo desenvolvimento por uma linha (ou coluna): 1) det A 8) det (AC) 2) det B 9) det (CB)A 3) det C 10) det CBA) 4) det (A +B) 11) det B(CA) 5) det (A~B) 12) Verificar se det (A +B) = det A + det B 6) det (2A — 3b + 4C) 13) Verificar se det (AB) = det A x det B 7) det (BC) 14) Calcular o determinante da matriz: ee 12 3 = 5 3 1 a) Desenvolvendo-o pela 2? linha. = b) Pelo proceso de triangulacio. 48 —— Matrizes, Determinantes e Sistemas de Equagoes Lineares Nos problemas 15 a 24, resolver as equagdes dadas. 4 5 a 15) 17) 5 Ee 7x, 19) |12-x 18-2x 15-2x, 21) |2 23) |10-x 10 6 x 16) 2 -x| =-128 4 2x 1 3 18) oO 1] = 100 2 1 1 20) 3 = 10 oO 1 x 2 22) 1 x} =-3 1 6 4 2) 13x ” 3 2x, 4 x+3 4 9 AN Tx 2 x+1 x+4 -2 ox 2 7 3 10 7 x-1 x-2 x-4 2 2 4 0 -2| =0 S-x 2.11.1 — Respostas ou roteiros para os problemas propostos 1 a 3) Roteiro: Esses problemas sao resolvidos de modo anélogo ao dos exemplos do item 4) Roteiro: 6) Roteiro: 8) Roteiro: 10) Roteiro: 2.6.1 ou do exemplo do item 2.9. 1) Caleular A + B = E 5) Roteiro: 12) Calcular A—B = F 22) Calcular det E 22) Calcular det F 12) Fazer G = 2A-3B +4C 7) Roteiro: 1°) Calcular BC = H 22) Calcular G 22) Calcular det H 32) Calcular det G 12) Determinar C 9) Roteiro: 12) Calcular CB = L 22) Calcular AC* = J 2) Calcular LA = M 32) Calcular det J 32) Calcular det M 12) Calcular BA = N 11) Roteiro: 12) Calcular CA = P 22) Calcular CN = M 3°) Calcular det M 2°) Calcular BP = Q 3°) Caloular det Q Determinantes 49 12) Roteiro: 12) Calcular det A 13) Roteiro: 1°) Calcular det A 22) Calcular det B 22) Calcular det B 32) Calcular A + B 32) Calcular AB 42) Calcular det (A + B) 42) Calcular det (AB) 5°) Calcular det A + det B 52) Calcular det A x det B 62) Comparar det (A + B) 62) Comparar det (AB) com det A + det B com det A x det B 14) Roteiro: As alfneas a) e b) desse problema so resolvidas de modo anélogo ao dos exemplos dos itens 2.7 e 2.9 respectivamente. 15)x=2 17) x=5 19)x=7 2)x=5 e¢ x=3 22)x=4 23)x=18 € x=5 )x=3, x=6 © x=9

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